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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS SÃO JOSE DO RIO

PRETO CURSO DE ENGENHARIA CICLO BÁSICO

RELATORIO: QUEDA LIVRE

Discentes: RA:
Lucas Vicente Cardoso N6105G-2
Daniel Queiros de Medeiros N636HC-7

Professor:
Ângelo Rober Pulici

Turma:
EB2T

São José do Rio Preto


2020
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Sumário

1. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 3

`2. INTRODUCAO................................................................................................................... 3

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................................... 5

3.1 MATERIAL NECESSARIO ........................................................................................... 5

3.2 EXPERIMENTO ............................................................................................................. 5

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 6

5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 8

6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................ 9


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1. OBJETIVOS

O objetivo geral do experimento realizado foi compreender como se dá a queda


livre na prática, medindo de maneira automatizada o tempo de queda livre de uma
esfera de aço ao cair de diferentes alturas. Além disso, buscar verificar a aceleração
gravitacional que atua sobre um corpo durante esta queda no local onde foi realizado
com gravidade local de Novo Horizonte, São Paulo.
Por fim, comparar o MRUA com o movimento ideal de queda livre e concluir que
este movimento é um caso particular do MRUA.

`2. INTRODUCAO

A princípio, de acordo com as ideias de Aristóteles, ao compararmos dois


corpos soltos de uma mesma altura pré-estabelecida com massas diferentes, o
corpo de massa maior cairá mais rápido que o de menor massa. Em 1554 as ideias
de Galileu Galilei revolucionaram as ideias de Aristóteles, onde inicialmente Galileu
constatou que a queda dos corpos não depende de suas massas e sim da
resistência do ar e altitude do local em relação ao nível do mar. Com isso, surgiu
uma nova parte da física que denominamos de queda livre (DUARTE, 2011).
Em torno da Terra existe uma região chamada campo gravitacional. Os
corpos que estão nesta região são atraídos para o centro da Terra. Nesse contexto,
queda livre é o movimento de subida ou descida que os corpos realizam no vácuo
quando estão nas proximidades da Terra. Dizemos que um corpo está em queda
livre na superfície de um planeta quando desprezamos o efeito da resistência do ar
sobre ele, também conhecida como queda no vácuo. Em nossa natureza há a ação
da resistência do ar, porém para minimizarmos esse efeito teríamos que visualizar
corpos com certas massas e certos formatos (HALLIDAY e RESNICK, 1993).
Desta forma, todos os corpos, independentemente de sua massa, forma ou
tamanho, caem com aceleração constante e igual quando se encontram em queda
livre. A aceleração constante de um corpo em queda livre é denominada aceleração
da gravidade e é representada pela letra g, onde além de diminuir com a altitude
varia também quando se passa do Equador (g=9,78 m/s2 ) para os polos (g=9,83
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m/s2 ). Ao nível do mar, na latitude 45º, a aceleração da gravidade tem o valor


aproximado de 9,8 m/s² ou 10 m/s².
O movimento de queda livre é uma particularidade do movimento
uniformemente variado. Sendo assim, trata-se de um movimento acelerado, fato esse
que Galileu conseguiu provar (Duarte, 2011). Aplicando a equação do MRUA e
considerando a aceleração da gravidade g é possível deduzir a equação horária da
trajetória do objeto tal qual mostra abaixo:

𝑔 ∗ 𝑡2 𝑔 ∗ 𝑡2
Y
Onde

Y= Espaço final

𝑌0= Eapaco inicial


𝑉0= Velocidade inicial
T= Tempo gasto
G= Aceleração da gravidade

Através da queda livre de esferas de aço pode-se medir a aceleração da


gravidade g. Se as esferas forem soltas de uma altura h, sem velocidade inicial (v0 =
0), vale a relação v = gt, onde v é a velocidade final da esfera e t, o intervalo de tempo
de queda.
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Medindo-se os intervalos de tempo t, diferentes para cada altura h escolhida,


podemos obter a constante g através da linearização dessa função quadrática. Se
colocarmos em um gráfico diretamente h em função de t, teremos uma parábola. Mas
se calcularmos os quadrados de t, isto é, 𝑡2, e fizermos um gráfico de h em função de

𝑡2 , é como se estivéssemos analisando a função


𝑔𝑡2
ℎ= .
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3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAL NECESSARIO

• Equipamento com sistema de sustentação principal de aço e dispositivo para


variação contínua;
• 1 bobina de retenção magnética acoplada ao equipamento;
• 1 chave de disparo e retenção acoplada ao cronômetro digital;
• 1 cronômetro digital;
• 1 sensor fotoelétrico ajustável com múltiplas esperas de posicionamento;
• 1 Esfera metálica;
• 1 Suporte para aparar a esfera ao cair;
• 1 Trena.

3.2 EXPERIMENTO

Inicialmente realizou-se uma ambientação com o equipamento para que não


houvesse erros experimentais, ajustando o cronômetro digital para a função de
“queda livre” e observando o experimento ser realizado com auxílio do professor. Em
seguida, posicionou-se o sensor fotoelétrico na posição h= 10 cm abaixo da bobina de
disparo e acionou-se o botão de zeramento do cronômetro para que a esfera de metal
pudesse ser presa ao sistema de magnetização da bobina de disparo.
Após algum tempo, a esfera se desprendeu da bobina, entrando em movimento
e acionando os sensores fotoelétricos, que marcaram no cronômetro o primeiro tempo
gasto nesta primeira queda. Anotou-se então a medida obtida e repetiu-se a mesma
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operação mais quatro vezes sem alterar a posição do sensor, para que obtivéssemos
5 repetições para cada altura.
Logo após, alterou-se a posição inicial do sensor fotoelétrico por mais quatro
vezes de modo que obtivéssemos 5 alturas diferentes observadas, repetindo todo o
procedimento e anotando os valores obtidos de maneira adequada. Os demais valores
de altura utilizados foram de 20 cm, 30 cm, 40 cm e 50 cm.
Com os dados obtidos distribuídos em uma tabela, calculou-se então o valor
médio de tempo gasto, somando cada valor e dividindo pela quantidade de repetições
(cinco) e também o valor de tempo médio elevado ao quadrado para concluir o
preenchimento da tabela.
Então, montou-se um gráfico h x t (altura versus tempo médio) e outro gráfico h
x t² (altura versus tempo médio quadrado), traçando a reta que melhor representava o
comportamento dos pontos assinalados. Por fim, escreveu-se a equação desta reta,
determinando seu coeficiente angular e comparou-se a mesma com a equação horária
das ordenadas, determinando assim o valor experimental para a aceleração da
gravidade g.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os tempos obtidos para cada altura e repetição estão expostos na tabela 1.


Tempo médio, assim como tempo médio elevado ao quadrado foram calculados
como explicado anteriormente e os resultados estão expostos na tabela 1.

Altur Temp Temp Temp Temp Temp T T2 g


a (m) o 1 (s) o 2(s) o 3 (s) o 4 (s) o 5 (s) médio médio (m/s2
(s) (s) )
h 0,10 0,1272 0,1374 0,1360 0,1362 0,1360 0,134 0,018 11,05
1 5 0
h 0,20 0,2012 0,2033 0,2019 0,2042 0,2025 0,202 0,041 9,74
2 6 0
h 0,30 0,2493 0,2487 0,2507 0,2489 0,2500 0.249 0,062 9,63
3 5 2
h 0,40 0,2829 0,2822 0,2813 0,2809 0,2817 0,281 0,079 10,07
4 8 4
h 0,50 0,3187 0,3193 0,3173 0,3188 0,3189 0,318 6 0,101 9,85
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Tabela 1: valores de tempo, tempo médio ao quadrado e gravidade.


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Analisando na tabela os valores da gravidade obtidos e comparando com o

valor da gravidade de 9,8m/s2, é possível que dois valores foram muito discrepantes

para mais, dois valores foram discrepantes para baixo e um valor ficou próximo, isso
pode ter ocorrido na hora da manipulação do equipamento com relação a altura a ser
colocada, ou até mesmo na hora de colocar a chave de disparo simétrico ao sensor
fotoelétrico.

Gráfico 1: Altura em função do tempo.


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Gráfico 2: Altura em função do tempo elevado ao quadrado


Analisando o gráfico 2 é possível identificar a equação da reta representada
pelo mesmo, essa equação é uma função do primeiro grau. De acordo com a literatura
em uma função de primeiro grau F(x)= ax+b, onde a é o coeficiente angular, temos
assim para a nossa função o coeficiente angular igual a 0,2048.
Ainda sobre a análise dos gráficos é possível observar que mesmo os pontos
fora da reta estão bem próximos da reta, isso pode ser justificado pela manipulação
do equipamento.

5. CONCLUSÃO

A partir desse experimento foi possível compreender, observar e manusear, de


forma prática, como se dá a queda livre de um determinado objeto. Foi possível
também perceber a partir dos cálculos efetuados a diferença na aceleração
gravitacional que atuou sobre corpo no momento da queda, a partir disso foi possível
identificar que houve uma grande variação na gravidade calculada comparado a

gravidade determinada de 9,8m/s2, essa variação pode ser explicada pelo manuseio

errado do equipamento.
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6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

HALLIDAY, David e RESNICK, Robert. Fundamentos de física 1: mecânica, 3ª ed.


Rio de Janeiro: LTC, 1994; BONJORNO, Regina Azenha et alii. Física fundamental:
2º grau: volume único. São Paulo: FTD, 1993.
DUARTE, Mateus Oliveira. QUEDA LIVRE. Universidade Federal de Goiás.
Instituto de Física/Bacharelado em Física, 2011.
REDE SOCIAL PARA COMPARTILHAMENTO ACADEMICO:
http://www.ebah.com.br/
MUNDO EDUCACÃO EM: mundoeducacao.uol.com.br/fisica/quedalivre

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