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REVISÃO OSCE FINAL

-HABILIDADE CLÍNICAS-
Por Victor Santos
(26/05/2018)
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ÍNDICE

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA:
1. Anamnese obstétrica (DUM, DPP e IG).

2. Exame de mamas.

3. Exame da genitália.

4. Exame de colpocitologia oncótica e toque vaginal.

5. Altura uterina.

6. Manobras de Leopold.

PEDIATRIA:
1. Medidas antropométricas.

2. Escala de APGAR.

3. Capurro.

4. DNPM.

5. Calendário vacinal.

GERIATRIA:
1. AGA “Avaliação Geriátrica Ampla”.

2. Sarcopenia.

3. Oftalmoscopia e Otoscopia.

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REGRAS GERAIS
DA PRÁTICA CLÍNICA

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O eixo de habilidades clínicas prevê a continuidade e o acumulo do conhecimento básico que,


por sua vez, deve sempre estar presente no cotidiano e em nossas provas práticas do OSCE,
por isso, não esqueçam dos seguintes pontos fundamentais para alcançar a melhor nota
possível na prova:

1. Cumprimentar o paciente, perguntando o nome e se apresentando.

2. Explicar o procedimento que será realizado.

3. Pedir para o paciente se acomodar ou se posicionar para a manobra.

4. Lavar as mãos antes de tocar no paciente.

5. Pedir licença ao tocar.

6. Se o paciente estiver sobre a maca (médico sempre a direita).

7. Executar a manobra.

8. Explicar sobre os achados após terminar a manobra.

9. Se despedir.

Não se esqueçam de manter a calma e a postura de detentor do conhecimento, afinal o médico


deve passar segurança para seu paciente.

A pressa é inimiga da perfeição, porém, não esqueçam de ser objetivos e estarem atentos ao
tempo, uma vez que a prova exige.

DICA PRECIOSA DE EXPERIÊNCIA PRÓPRIA: Se o tempo terminar antes de ter


terminado a manobra, não se desesperem, mantenham a postura e façam até o final, uma vez
que, a maioria dos professores aceita e considera muito mais o esforço e o conhecimento do
que o tempo propriamente dito!

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GINECOLOGIA
E
OBSTETRÍCIA

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1. ANAMNESE:
O acolhimento de uma paciente gestante exige o máximo de respeito e cuidado com as
palavras, afinal a gravidez é um período de extrema vulnerabilidade da mulher.

A anamnese da gestante é muito semelhante a qualquer outra, contudo pontos específicos e


fundamentais para as futuras condutas de pré-natal são importantes, sendo elas:

A. DUM – Data da Última Menstruação.


Consiste na data do primeiro dia da sua última menstruação antes do teste de gravidez positivo.
ATENÇÃO!!!
Se o período menstrual de uma mulher se inicia dia 09/12/2017 e termina no dia 12/12/2017.
A DUM, será dia 09/12/2017, uma vez que a menstruação é um ciclo.

B. ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS:
Número de gestações, partos e abortos.

GX/PY/AZ.

C. DPP – Data provável para o parto:

• Para calcular a DPP é necessário conhecer a DUM.

• Devemos considerar como duração média da gestação 40 semanas (280 dias).

• Regra de Nagele: Adicionar 7 dias na casa dos dias e somar 9 meses (janeiro, fevereiro
ou março) ou subtrair 3 meses (abril até dezembro).

Abaixo teremos alguns exemplos.

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Exemplo 1:
DUM: 09/12/2017
DPP:
09 + 07 dias = 15 dias.
12 – 03 = 09.
Não esqueça que é do próximo ano, logo a DPP será 15/09/2018.

Exemplo 2:
DUM: 28/01/2017
DPP:
28 + 07 = 35 dias. (Opa, meu preto não existe mês com 35 dias... Claro que não, nesse caso
você observa o mês em questão que é janeiro e possuí 31 dias, logo se é dia 28 e vão passar 7,
temos uma sobra de 4 dias para o mês seguinte, nesse caso fevereiro.
Agora você deve prestar atenção, já que ocorreu a passagem do mês.
Em vez de usar 01, vai usar 02 no cálculo do mês, entendeu?
02 + 09 = 11
Nesse caso não virou o ano, então ficará uma DPP de 04/11/2017.

Exemplo 3:
DUM: 30/04/2017
DPP:
30 + 07 = 37 (Como abril possui 30 dias, irão sobrar 7 para o próximo mês, no caso maio).
Em vez de usar o mês 04, irá usar o mês 05:
05 – 03 = 02
Observe que o ano nesse caso também virou, logo a DPP será 07/02/2018.

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D. IG – Idade Gestacional:

• A idade gestacional irá informar qual a idade do feto e será fundamental para
acompanhar o seu desenvolvimento.
• A maioria das condutas do pré-natal são baseadas na idade gestacional.
• O cálculo deve ser feito sempre baseado na DUM e no dia da consulta.
• Para calcular a IG é importante conhecer quantos dias tem em cada mês:

Exemplo 1:
DUM: 09/12/2017
Data da consulta: 08/03/2018
IG:
Primeiramente devemos ver quantos dias faltam para completar o mês da DUM:
O mês da DUM é Dezembro, um mês que contém 31 dias, se o dia da Dum é 09, faltam:
31 – 09 = 22 dias.
Agora basta somar todos os dias de cada mês que decorreu desde a Dum até a data da consulta:
A dum foi em dezembro, então se passaram janeiro (31 dias) + fevereiro (28 dias) + março (8
dias).
Logo teremos: 22 + 31 + 28 + 08 = 89
Pegamos o valor da somatória e dividimos por 7 (NÃO FAÇA EM CALCULADORA):
89/7 = 12 e resto 5... O valor inteiro significa o número de semanas e o resto o número de dias.
IG: 12 semanas e 5 dias.

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Exemplo 2:
DUM: 31/01/2017
Data da consulta: 05/07/2017
IG:
Nesse caso, a dum foi no último dia de janeiro, não necessitando completar o número de dias
do mês.
Passaram de janeiro até a data da consulta em julho:
Fevereiro (28) + março (31) + abril (30) + maior (31) + junho (30) + julho (05) = 155
155 / 7 = 22 semanas e 1 dia.

Exemplo 3:
DUM: 20/10/2017
Data da consulta: 19/02/2018
IG:
Completando os dias que faltam no mês de outubro (mês de 31 dias): 11 dias.
Passaram de outubro até a data da consulta em fevereiro:
Outubro (11) + Novembro (30) + Dezembro (31) + Janeiro (31) + Fevereiro (19) = 122
122/7 = 17 semanas e 3 dias.

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2. EXAME DE MAMAS:
Devemos dividir as mamas em 4 quadrantes

A. INSPEÇÃO ESTÁTICA:
Paciente sentado em frente ao médico, avaliar:
• Número de mamas – Amastia (mamas ausentes); Politelia (mamas supranuméricas).
• Simetria e contornos – Mamas simétricas e contornos bem definidos?
• Presença de abaulamentos e/ou retrações.
• Volume – Pequena, média, grande.
• Lesões cutâneas.
• Ulcerações – retração mamilar.

B.INSPEÇÃO DINÂMICA:
• Paciente sentado ou em pé.
• Pedir para erguer os braços a 90º e a 180º sucessivamente.
• Pedir para erguer as mãos diante do tórax e executar o movimento de contração do
músculo peitoral.
• Pedir para comprimir as mãos da nuca e depois no quadril, realizando o movimento de
xícara.

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C. PALPAÇÃO DE LINFONODOS:
Axilar:
Local: Cavo axilar.
Técnica: Com o braço do paciente em posição ipsilateral, oferecer apoio ao antebraço do
mesmo de forma que fique relaxado e com a mão contralateral (3 quirodáctilos) palpar o
cavo axilar, com a técnica do dedilhamento.

Supraclavicular:
Técnica: Dois quirodáctilos palpar a região supraclavicular.

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D. PALPAÇÃO DE MAMAS:
Avaliar nódulos palpáveis:
• Tamanho (associar a objetos).
• Bordas (bem definidas, regulares ou não).
• Forma.
• Superfície (plana ou rugosa).
• Mobilidade.
• Fixação.
• Consistência.
• Localização.
• Condensações.
• Derrame papilar.
Técnica:
a. Mão espalmada (região palmar dos dedos): verifica lesões mais profundas.

b. Dedilhamento ou Bloodgood (falanges distais do 2ª


e 3ª quirodáctilos): Mais profunda.

Expressão mamilar:
• Espontâneo ou provocado.
• Uni ou bilateral.
• Duto único ou vários.
• Secreção: Serosa, sanguinolenta, purulenta ou
láctea.

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3. EXAME FÍSICO DA GENITÁLIA

A. INSPEÇÃO ESTÁTICA:
• Trofismo
• Simetria
• Tamanho dos grandes e pequenos lábios.
• Clitóris, hímen e glândulas de skene e bartholim.

B. INSPEÇÃO DINÂMICA:
• Pedir para paciente realizar manobra de valsava.
• Avaliar prolapso uterino e incontinência urinária de esforço.

C. PALPAÇÃO:
• Unidigital.

4. COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA (EXAME PESCULAR):


Deve ser feita preferencialmente 7 dias após o fim da menstruação e a paciente não pode ter
realizado atividade sexual 2 dias anteriores ao exame.
Material:
• Espéculo de Collins.
• Luva descartável.
• Lâmina de coleta.
• Espátula de Aires.
• Escovinha.
• Fixador.

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Técnica:
I. Pegar a lâmina, verificar o lado que possui a rugosidade e escrever a lápis as inicias da
paciente, data de nascimento e data de exame.

II. Posiciona o espéculo de Collins há 1 hora da uretra (usando a mão dominante).

III. Introduzir e rotacionar o espéculo de Collins conforme for sendo inserido na vagina e
posicionar paralelamente a parede lateral da vagina.

IV. Realizar a abertura do espéculo, deixando sempre o colo uterino centralizado de forma
que seja possível visualizar o colo.

V. Pegar a espátula de ayres e introduzir a ponta mais longa na parte externa do orifício e
fazer um movimento de 360º para coletar o material da ectocervice.

VI. Passar na lâmina (os 2 lados).

VII. Pegar a escovinha (escova endocervical) e introduzir na endocervice e fazer um giro de


360º.

VIII. Passar na lâmina (girando para cima e para baixo).

IX. Iniciar o giro de retorno e ir fechando o espéculo até a posição inicial.

5. ALTURA UTERINA:

• É utilizada para avaliar o crescimento do bebê intrauterino, utilizando uma fita métrica.
• Mede-se desde a borda superior da sínfise púbica até o fundo uterino.
• A altura uterina começa a ser medida por volta das 20 semanas, pois é nessa idade
gestacional que o útero começa a se destacar do osso pélvico chegando à altura do
umbigo.
• Há uma tolerância de 2 cm para maior 2 cm para menor.
• A altura uterina normalmente segue a idade gestacional até por volta da 36º-37º semanas
quando ocorre a queda do ventre.

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6. MANOBRAS DE LEOPOLD:
A manobra de leopold é conhecida com palpação abdominal obstétrica e é utilizada após a 28º
semanas de gestação.
A palpação uterina permite conhecer o concepto e identificar a situação fetal (longitudinal ou
transversal), a posição de acordo com dorso (esquerda ou direita) e a apresentação: cefálica ou
pélvica.

Os 4 tempos da manobra:
I. Delimitar o fundo uterino usando as duas mãos para deprimir a parede abdominal
com a borda cubital das mãos. Uma vez localizado o fundo, realiza-se compressão
do fundo para avaliar o “rechaço” para avaliar a quantidade de líquido amniótico.

II. Desliza-se as mãos do fundo para as laterais, tentando-se apalpar o dorso fetal e os
membros. (Para onde estiver o dorso, é a posição).

III. Serve para explorar a mobilidade fetal da apresentação no estreito superior do trajeto.
Tenta-se apreender o polo fetal entre o polegar e o indicador da mão direita,
imprimindo movimentos laterais para procurar o grau de penetração.

IV. Com as extremidades dos dedos, palpa-se a pelve para tentar identificar a
apresentação.

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PEDIATRIA

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1. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS:

• Medição de estatura/comprimento.
• Medir PC/PT/PA.
• Pesar (balança pesa bebê).
• Calcular IMC e relacionar com as curvas da caderneta.

I. MEDIÇÃO DE ESTATURA:

Conforme a PNDS (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde):

• Altura: Maior extensão do indivíduo na vertical.


• Comprimento: Medida de altura com o indivíduo na posição horizontal.

Por isso, quando falamos de bebês, o qual medimos seu “tamanho” na horizontal (deitado),
devemos nos referir como comprimento da criança.

Aparelho: Estadiômetro ou régua.

PARTE FIXA PARTE MÓVEL

Técnica:
Com paciente em decúbito dorsal devemos posicionar o estadiometro sempre a direita do
paciente. Pedimos para que a mãe ajude a segurar a cabeça do bebê (parte fixa) e
posteriormente apoiamos os pés do bebê na parte móvel, formando um ângulo de 90° com
apoio plantar total e a perna retificada.

Como referir:
“Primeiro, vou colocar a parte fixa da régua voltada para a cabeça e a móvel para os pés.
Agora, vou colocar a criança em decúbito dorsal, deixar a cabeça e o corpo dele bem retos
(pediria ajuda para mãe), os membros inferiores precisam estar em extensão, e para isso irei
colocar uma das minhas mãos no joelho do paciente para deixar o membro inferior bem reto e
posicionar o pé em 90º com a parte móvel.”

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II. PESO:
Aparelho: Balança pesa bebê (até 16kg).

Técnica: levar o bebê da maca em direção à balança, segurando nos pés e pernas por baixo,
além do apoio na cervical e cabeça também por trás do bebê.
OBS: lembrar-se de falar que vai verificar o peso com o bebê desnudo, sem a fralda.

Lembra-se:

• Macrossomia - acima de 4.000g;


• Normal – 3.000g a 3.999g;
• Insuficiente – 2.500g a 2.999g;
• Baixo peso – 1.500g a 2499g;
• Muito baixo peso – 1.000g a 1499g;
• Extremo baixo peso – menor que 1.000g

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III. IMC:
Após verificação do peso e estatura, pode ser que venha na prova o cálculo do IMC para ser
comparado com o gráfico da caderneta. Na hora da prova as professoras vão apagar os escores
do gráfico então é importante decorar mesmo.

Atenção:
Quando o IMC for normal, usar o termo eutrófico. Falar magreza acentuada, e nunca
“desnutrido”. Falar obesidade grave, e nunca “mórbida”.

Cálculo do IMC:

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Gráfico de IMC da caderneta da criança de 0 a 5 anos.

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Gráfico de IMC da caderneta da criança de 5 a 19 anos.

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IV. PERÍMETRO CEFÁLICO:

Aparelho: Fita métrica.

Técnica: Com o paciente em decúbito dorsal devemos passar


a fita métrica por trás da cabeça na linha do occipício em
direção à região anterior, glabela. Normalmente o PC é 2 cm
maior que o PT.

Atenção: Média do diâmetro é de 32 a 37 cm. – Adequado.

V. PERÍMETRO TORÁCICO:
Aparelho: Fita métrica.

Técnica: Com a fita métrica devemos envolver o tórax do


paciente em direção à região intermamilar.

Comparação com o PC:


• Até 6 meses: PC>PT (em média 2 cm menor).
• De 7 a 9meses: PC=PT.
• De 10 em diante: PC<PT.

VI. PERÍMETRO ABDOMINAL:


Aparelho: Fita métrica.

Técnica: Com a fita métrica envolver o abdome do paciente no


ponto médio entre o rebordo costal e a crista ilíaca.

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2. ESCALA DE APGAR

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3. CAPURRO
Avalia os fatores para calcular a idade gestacional do RN em semanas.
• Avalia 5 fatores somáticos e 2 neurológicos;
• Somático: Soma os 5 somáticos + 204 divide por 7.
• Somático neurológico: Soma todos (7) + 200 divide por 7.

O resultado do teste relacionado no gráfico com o peso de nascimento do RN, revela a


classificação da idade gestacional (PIG, AIG ou GIG).

Crescimento intrauterino – Peso e idade


gestacional.

PIG: Pequeno para a idade gestacional


(percentil menor que 10);

AIG: Adequado para a idade gestacional


(percentil de 10 a 90);

GIG: Grande para a idade gestacional


(percentil maior que 90);

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ATENÇÃO: Não faça a divisão em uma calculadora, pois é importante observar que o resto
da equação irá representar os dias.

Exemplo 1:
1- Pavilhão totalmente encurvado: 24
2- Glândulas mamárias palpáveis entre 5 e 10mm: 10
3- Bico do mamilo com diâmetro de 7,5mm aréola pontiaguda e borda levantada: 15
4- Pele grossa apergaminhada sulcos profundos: 20
5- Sulco na ½ anterior da planta: 15

Soma: 204 + 24 + 10 + 15 + 20+ 15 = 288


Divisão: 288/7 = 41 semanas e 1 dia

Exemplo 2:
Classifique o RN que nasceu pesando 2250g, 47 cm de comprimento, ainda na sala de parto
ao ser examinado apresentação aréola pigmentada, pontiaguda, diâmetro menor que 0,75cm
(10pts), pele fina e lisa (5pts), pavilhão auricular parcialmente encurvado em toda parte
superior (16pts), glândula mamaria com diâmetro entre 0,5 e 1 cm (10pts), marcas plantares
sobre a metade anterior e sulcos no 1/3 anterior do pé (10pts), sinal de cachecol: cotovelo
alcança a linha média esternal (12pts) e cabeça totalmente fletida (12pts).
CAPURRO SOMÁTICO (SALA DE PARTO):
• Diâmetro da aréola menor de 0,75cm: 10
• Pele fina e lisa: 5
• Pavilhão auricular parcialmente encurvado em todas as partes: 16
• Glândula mamaria com diâmetro entre 0,5 e 1: 10
• Marcas plantares sobre a metade anterior e sulcos no 1/3 anterior do pé: 10
TOTAL: 51
SOMA COM 204 (CAPURRO SOMÁTICO) = 255
DIVIDE POR 7 = 225/7 = 36 semanas e 3 dias (PRÉ-TERMO).

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4. DNPM (Desenvolvimento Neuropsicomotor):


Reflexos:
Reflexos: Reflexo do Abraço ou Moro (até 4 meses); da Preensão palmo-plantar (até 6 meses);
de Sucção (até 1 ano); de Babinsky (até 1 a 2 anos); Marcha.

• Reflexo de Moro: É desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do
examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros superiores seguida por choro.

• Sucção Reflexa: É desencadeado pela estimulação dos lábios. Observa-se sucção


vigorosa. Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave.

• Reflexo de busca: É desencadeado por estimulação da face ao redor da boca. Observa-


se rotação da cabeça na tentativa de “buscar” o objeto, seguido de sucção reflexa do
mesmo.

• Reflexo Tônico-Cervical Assimétrico (ou reflexo do esgrimista): É desencadeado


por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN.
Observa-se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro
superior contralateral.

• Preensão Palmar: É desencadeado pela pressão da palma da mão. Observa-se flexão


dos dedos.

• Preensão Plantar: É desencadeado pela pressão da base dos artelhos. Observa-se


flexão dos dedos.

• Apoio Plantar: É desencadeado pelo apoio do pé do RN sobre superfície dura, estando


este seguro pelas axilas. Observa-se extensão das pernas.

• Marcha Reflexa: É desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do


apoio plantar. Observa-se cruzamento das pernas, uma à frente da outra.

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5. CALENDÁRIO VACINAL:

• Ao nascer:
➢ BCG (Dose única)
➢ Hepatite B
• 2 Meses:
➢ Penta/DTP (1ª dose)
➢ VIP/VOP (1ª dose)
➢ Pneumo 10 (1ª dose)
➢ Rotavírus (1ª dose)
• 3 Meses:
➢ Meningo C (1ª dose)
• 4 Meses:
➢ Repete todas de 2 meses (2ª dose)
• 5 Meses:
➢ Meningo C (2ª dose)
• 6 Meses:
➢ Penta/DTP (3ª dose)
➢ VIP/VOP (3ª dose)
• 9 Meses:
➢ Febre amarela (Dose única)
• 12 Meses:
➢ Pneumo 10 (Reforço)
➢ Meningo C (1ª Reforço)
➢ Tríplice viral (Dose única)
• 15 Meses:
➢ Penta/DTP (1ª Reforço)
➢ VIP/VOP (1ª Reforço)
➢ Tetra viral (Dose única)
➢ Hepatite A (Dose única)
• 4 anos:
➢ Penta/DTP (2ª Reforço)
➢ VIP/VOP (2ª Reforço)
➢ Varicela (Dose única)
• 9 Anos:
➢ HPV (1ª Dose Meninas)
• 10 a 19 Anos (Adolescente):
➢ Hepatite B (3 doses caso não tenha recebido o esquema na infância)
➢ Meningo C (2ª Reforço) – 11 a 14 anos
➢ Febre amarela (Dose única caso não tenha recebido o esquema na infância)
➢ HPV (Meninos: 11-14) / (Meninas: 9-14)
➢ Qual a diferença entre a VIP e a VOP?

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VIP é a sigla para Vacina Inativada Poliomielite.

VOP se refere à Vacina Oral Poliomielite.

A diferença entre elas é que a VIP é injetável (intramuscular), enquanto a VOP é a “de
gotinhas”. Ambas são trivalentes (ou seja, protegem contra os vírus da pólio tipos 1, 2 e 3),
mas a VIP contém apenas partículas desses vírus, enquanto a VOP é composta pelos vírus
inteiros enfraquecidos.

BCG – Protege contra tuberculose.

DTP - Tríplice bacteriana, imuniza contra: (Difteria, Tétano e Coqueluche -Pertússis-).

Penta – É a Tetra + Hepatite B: (Tétano, Difteria, Meningite, Coqueluche e Hepatite B).

Tríplice viral – (Sarampo + Caxumba + Rubéola).

Tetra viral – (Sarampo + Caxumba + Rubéola + Varicela).

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6. SINAIS NORMAIS AO EXAME FÍSICO DO RN:

• Vérnix caseoso: substância sobre a pele do bebê que


parece uma pasta.

• Mancha mongólica: São marcas de nascença comuns,


especialmente em bebés afro-americanos e asiáticos.

• Ginecomastia neonatal: O aumento do volume das


mamas que acontece nos RN é bastante comum.
Também conhecida como Ginecomastia Neonatal ou
do RN, ocorre pouco tempo depois do nascimento e
está presente tanto no sexo masculino quanto no
feminino.

• Eritema tóxico do RN: Pápulas ou lesões


vesicopustulosas que surgem de 1 a 3 dias após o
nascimento, sendo localizado na face, troncos e
membros. É classificado como benigno e desaparece em
1 semana.

• Lanugem: Penugem fina que recobre o corpo do RN.

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GERIATRIA

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1. AGA (Avaliação Geriátrica Ampla)

• É multidimensional e interdisciplinar.
• Objetiva determinar deficiências, incapacidades e desvantagens do idoso.
• Difere do exame clínico padrão por enfatizar a avaliação da capacidade funcional e da
qualidade de vida.
• Baseia-se em escalas e testes quantitativos.

I. TESTES DE ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA (ABVD).

A- ESCALA DE LAWTON E BRODY


• Entrevista com propósito de identificar o nível de condição funcional do idoso, por
intermédio das possíveis dificuldades do seu dia a dia.
• Procura recordar as atividades que o idoso consegue fazer sem auxilio;

Pontuação máxima: 27
Pontuação mínima: 9

CLASSIFICAÇÃO:
• Totalmente dependente: 9
• Dependente grave: 10 a 15
• Dependente moder.: 16 a 20
• Dependente leve: 21 a 25
• Independente: 26 a 27

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B- ÍNDICE DE KATZ
Ficha de avaliação que avalia cada área de funcionamento listada no teste.

Legenda:
(I) – Independente (aplica-se valor 1).
(D) – Dependente (aplica-se valor 0).

Classificação conforme pontuação de Katz:


• 5 a 6= Independência.
• 3 e 4= Dependência moderada.
• 0 a 2= Dependência total.

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I- TESTES DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E RISCO DE QUEDA.

A- GET UP AND GO
• Teste de avaliação da mobilidade funcional, cujo desempenho está relacionado com o
equilíbrio, marcha e capacidade funcional do idoso, podendo indicar o grau de
fragilidade.
• Objetivo: Avaliar risco de quedas.
• Procedimento: Solicitar ao idoso, que se levante sem apoio, caminhe e retorne ao local
de origem, sentando-se novamente. Deverá ser avaliado o tempo de percurso e as
condições em que o idoso realiza o trajeto.
Instruções:
• Material: cadeira (45 cm a 48 cm de altura) com braços, de pés fixos, cronômetro, fita
adesiva, trena ou fita para marcar distância de 3m.
• Orientar o procedimento e certificar-se que o paciente compreendeu.
• Demonstrar o procedimento uma vez.
• É permitido ao participante o uso de dispositivo de auxílio à marcha *bengala ou
andador).
• O paciente deve estar calçado.
• O cronômetro deve ser disparado quando p paciente projetar os ombros para frente
(desencostar da cadeira) e deve ser parado, quando o mesmo encostar completamente
o tronco no encosto da cadeira.

Procedimento:
• O idoso deverá estar sentado em uma cadeira com
apoio lateral de braço.
• Solicitar ao idoso, que se levante sem apoiar nas
laterais da cadeira.
• Caminhar 3 metros, virando 180º e retornando ao
ponto de partida e sentar-se.

Resultado:
• Teste considerado normal quando o tempo for inferior a 10 segundos. (<10s)
• Risco baixo de queda quando o tempo estiver entre 10 e 14 segundos.
• Risco moderado de queda entre 14 e 30 segundos.
• Risco elevado de queda se o tempo for maior que 30 segundos.

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B- TESTE DE BERG (ESCALA DE BERG)


• Instrumento confiável para ser usado na avaliação do equilíbrio do idoso.
• É composta por 14 itens envolvendo tarefas funcionais especificas.
• Cada item apresenta uma escala ordinal de 5 alternativas que recebem uma pontuação
entre 0 e 4. Total de 56 pontos.
• A escala é baseada na habilidade para executar as tarefas em tempo e de forma
independente e engloba 3 dimensões: Manutenção da posição, ajuste postural e
movimentos voluntários.
Classificação:
• Entre 0 a 20 – Mau equilíbrio.
• Entre 21 e 39 – Equilíbrio moderado.
• Entre 40 e 56 – Bom equilíbrio.
Material:
• Régua.
• Relógio (Tempo de execução: 30 minutos).
• Duas cadeiras e 1 banco.

C- TESTE DE ROMBERG

• Exame otoneurológico que serve para avaliar a integridade somatossensorial.


• O médico orienta o paciente para que permaneça, por alguns segundos, em posição
vertical, com os pés juntos, inicialmente olhando para frente. Em seguida, pede para que
ele feche os olhos.
• A prova de romberg é positiva quando o paciente apresenta oscilações do corpo, com
desequilíbrio e forte tendência a queda, que pode ser:
➢ Para qualquer lado e imediatamente após interromper a visão, indicando lesão das
vias de sensibilidade proprioceptiva consciente.
➢ Sempre para o mesmo lado após pequeno período de latência, o que indica lesão
do aparelho vestibular.
• No paciente normal, nada é observado.

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III – TESTE DE AVALIAÇÃO COGNITIVA

MINI MENTAL (MINI EXAME DO ESTADO MENTAL – MEEM).

Classificação:
NORMAL
• ≥ 26 (Para 8 anos de escolaridade).
• ≥ 24 (Para 4 anos de escolaridade).
• ≥ 18 (Para analfabetos).

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TESTE DO RELÓGIO.

1- Instruções:
• O avaliador fornece uma folha de papel em branco e solicita: Por favor, desenhe
um relógio com os números e depois disso desenhe os ponteiros marcando, por
exemplo, 11 horas e 10 minutos.

2- Pontuação:
• 0 pontos: Inabilidade absoluta para desenhar o relógio.
• 1 ponto: O desenho tem algo a ver com o relógio, mas com desorientação viso
espacial grave.
• 2 pontos: Desorganização viso espacial moderada que leva a uma marcação de
hora incorreta, perseveração, confusão esquerda direita, números faltando, sem
ponteiros, com ponteiros em excesso.
• 3 pontos: Distribuição viso espacial correta com marcação errada da hora.
• 4 pontos: Pequenos erros espaciais com dígitos e horas corretas.
• 5 pontos: Relógio perfeito.

3- Interpretação:
• Pontuação abaixo de 4 pontos indicam a necessidade de maior investigação.

FLUÊNCIA VERBAL.
“Quero que o sr. Fale o nome de todos os animais e bichos em 1 minuto.”
• Registrar os nomes falados, mesmo as repetições e as instruções.

Classificação:
• 1 ponto para cada animal, sem repetições e de diferentes raízes (gato e gata só vale 1).
• NORMAL ≥ 9 pts (baixa escolaridade); ≥ 13 pts (Alta escolaridade).

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2. SARCOPENIA

A- O que é:
• É uma síndrome caracterizada por progressiva e generalizada perda de massa e função
muscular com risco de eventos adversos como incapacidade física, perda da qualidade
de vida e morte.
• É a perda da massa + força + função muscular.
• Sarx= Carne + Penia= Perda.

B- Classificação:
1- Primária: É definida pela ocorrência da condição em pessoas idosas e sem a
identificação de outras causas que não a passagem do tempo.
2- Secundária: Identifica as situações em que uma ou mais de outras causas são
identificadas.

C- Estágios:
1- Pré-sarcopenia: Redução de massa apenas.
2- Sarcopenia: Redução de massa + redução de força ou desempenho.
3- Sarcopenia grave: Redução de massa + redução de força + desempenho.

D- Diagnóstico:
• Métodos de imagem: Tomografia, RNM, densitometria.
• Bioimpedância.
• Medidas antropométricas.
• Força muscular: Força de preensão palmar, flexão e extensão do joelho, pico de fluxo
expiratório.
• Para avaliar a força de preensão utiliza-se o dinamômetro Jamar (hand grip).
• Os testes de Get up and go e Romberg também são utilizados para avaliar sarcopenia.

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Técnica:
• Para a avaliação da força de preensão a ASHT recomenda que o paciente deve estar
confortavelmente sentado, posicionado com o ombro aduzido, o cotovelo fletido a 90º,
o antebraço em posição neutra e, por fim, a posição do punho pode variar de 0 a 30º de
extensão.
• Realizar 3 pressões para obter a maior medida (melhor de 3).

Circunferência do maior diâmetro da panturrilha: normal (≥ 31 cm)

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3. OFTALMOSCOPIA (EXAME DO OLHO):

MOTRICIDADE OCULAR EXTRÍNSECA:


• Paciente com cabeça reta.
• Acompanhar o movimento apenas com os olhos.
• Utilizar um objeto (ex.: caneta).
• Movimentar o objeto em 4 quadrantes.

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MOTRICIDADE OCULAR INTRÍNSECA:


• Avaliar contração ocular (miose).
• Utilizar lanterna.
• Lanterna começa na lateral e segue até o olho tapando o caminho do outro.

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CAMPIMETRIA:
• Paciente e examinador na mesma altura de frente um para o outro.
• Paciente tapa um olho com a mão do mesmo lado (Mão Esquerda no olho esquerdo).
• Fixar o olho aberto (direito) no olho oposto do médico (esquerdo).
• O médico deve então cobrir o olho direito com a mão direita.
• Movimentar a mão em diferentes quadrantes e variar entre mexer ou não o dedo.
• Perguntar: “está mexendo ou está parado?”.

OFTALMOSCOPIA:
• Utilizando o oftalmoscópio.
• Avaliar o fundo do olho (fundoscopia).
• Segurar o oftalmoscópio com a mão do mesmo lado do olho a ser avaliado.
• Ex.: Segurar o oftalmoscópio com a mão direita para avaliar o olho direito do
paciente, usando o olho direito (do médico).
• Trocar de mão para avaliação do outro lado.
“Macula e papila normocoradas, com contornos regulares, vasos sanguíneos sem alterações e
ausência de hemorragias”.

Regulador da lente

Nº do grau

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4. OTOSCOPIA
• Avaliação do conduto auditivo interno (membrana timpânica).
• Instrumento: Otoscopio.
• Introduzir o otoscopio no meato auditivo (Puxar o hélice para cima e para trás).

Membrana timpânica:
• Integridade.
• Transparência.
• Coloração.
• Posição.
• Contorno.
• Presença do triângulo luminoso.

“Membrana timpânica íntegra, normocorada, transparente com posição e contornos


regulares. Triângulo luminoso presente.”

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