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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Departamento de Física - CCET


Campus Universitário "Prof. José Aloísio de Campos"
49.100-000 - São Cristóvão - SE - BRASIL

Guia de Laboratório de Estrutura da


matéria I

ELABORADA PELO PROFESSOR:


DR. RONALDO SANTOS DA SILVA

Novembro
2019

1
Índice

1 - Distribuição de Maxwell- Boltzmann....................................................................................................................................3


1.1 - Introdução.....................................................................................................................................................................3
1.2 – Objetivos.......................................................................................................................................................................5
1.3 – Procedimento experimental.........................................................................................................................................6
1.4 – Discussão.......................................................................................................................................................................6
1.5 - Referências Bibliográficas............................................................................................................................................7
2 - Caminho Aleatório.................................................................................................................................................................8
2.1 - Introdução.....................................................................................................................................................................8
2.2 – Objetivos.......................................................................................................................................................................9
2.3 – Procedimento Experimental......................................................................................................................................10
2.4 – Discussão.....................................................................................................................................................................10
2.5 – Referências Bibliográficas.........................................................................................................................................11
3 - Experimento de Frank-Hertz...............................................................................................................................................12
3.1 - Introdução...................................................................................................................................................................12
3.2 – Objetivos.....................................................................................................................................................................13
3.3 – Procedimento Experimental......................................................................................................................................13
3.4 – Discussão.....................................................................................................................................................................16
3.5 – Referências Bibliográficas.........................................................................................................................................17
4 – Efeito fotoelétrico................................................................................................................................................................18
4.1 – Introdução...................................................................................................................................................................18
4.2 - Objetivos......................................................................................................................................................................21
4.3 – Procedimento Experimental......................................................................................................................................22
4.4 – Discussão.....................................................................................................................................................................23
4.5 – Referências Bibliográficas.........................................................................................................................................24

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1 - Distribuição de Maxwell- Boltzmann
1.1 - Introdução
A termodinâmica fornece a metodologia geral para a descrição das trocas de energia entre um
sistema de partículas e a sua vizinhança, sem considerar explicitamente as propriedades específicas das
partículas que compõem o sistema. Como tal, várias grandezas físicas de natureza macroscópica (calor,
entropia, capacidade calorífica, etc.) que podem ser medidas em laboratório são introduzidas sem se
relacionarem diretamente com a estrutura interna do sistema. No entanto, as propriedades de um
sistema dependem criticamente das propriedades dos seus constituintes. Por isto é muito importante
relacionar o comportamento macroscópico de um sistema com a sua estrutura microscópica. A
mecânica estatística estabelece a ponte entre a ciência empírica da termodinâmica e a estrutura atômica
da matéria.
Considere um sistema isolado composto por um grande número N de partículas. Admita que
cada partícula possa ser encontrada num dos vários estados de energia E1, E2, E3,... Os estados de
energia podem estar quantizados (como os estados vibracionais e rotacionais moleculares e os estados
estacionários dos elétrons em torno do núcleo), ou podem formar um espectro praticamente contínuo
(como acontece com a energia de translação das moléculas de um gás e o espectro de radiação beta na
desintegração radioativa). Num determinado instante as partículas podem estar distribuídas de uma
determinada maneira entre os diferentes estados, de modo que n1 partículas têm energia E1, n2
partículas têm energia E2, etc. O número total de partículas é dado por:
N=∑ ni
i (1.1)
e a energia total do sistema é dada por:
U=∑ ni Ei
i (1.2)
A seqüência de números (n1, n2, n3,...) constitui uma partição do sistema. Esta define um micro-
estado do sistema consistente com o macro-estado, ou condição física geral do sistema, que é
determinado pelo número de partículas, energia total, estrutura de todas as partículas e os parâmetros
externos.
O problema chave da mecânica estatística é encontrar a partição mais provável (ou lei de
distribuição) de um sistema isolado, dada a sua composição. Uma vez encontrada a partição mais
provável, o problema seguinte é o de encontrar um método para deduzir, a partir dela, as propriedades
macroscópicas observadas no sistema, tais como temperatura, energia média e entropia. Para
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determinar a lei de distribuição de um sistema, podemos tentar várias hipóteses plausíveis até obtermos
uma lei de distribuição que esteja de acordo com os dados experimentais. Atualmente são usadas três
leis de distribuição, ou leis estatísticas. Neste experimento iremos utilizar a lei de distribuição de
Maxwell-Boltzmann, que é a base da mecânica estatística clássica.
Consideremos um sistema composto por um grande número de partículas idênticas, ou seja,
partículas com a mesma estrutura e composição (é o que acontece com um gás composto de uma única
espécie de moléculas, ou com os elétrons livres num metal). Suponhamos que as partículas possam
ocupar os estados de energia E1, E2, E3,... e que há n1, n2, n3,... partículas para cada estado (Figura 1.1).
Então, o número total de partículas N e a energia total U são dadas pelas equações 1.1 e 1.2,
respectivamente. Além disso, se o sistema estiver isolado as quantidades U e N serão fixas.
A primeira tarefa da mecânica estatística é determinar a probabilidade P de ocorrência de uma
dada partição (n1, n2, n3,...) quando assumidas algumas hipóteses sobre as partículas. Admitiremos que
a probabilidade de uma partição em particular é proporcional ao número de distribuições possíveis das
partículas pelos estados de energia disponíveis, compatíveis com os valores fixos de N e U. O segundo
passo consiste em calcular a distribuição correspondente ao micro-estado de equilíbrio do sistema, o
que implica determinar a distribuição para a qual a probabilidade P tem um valor máximo (para os
valores dados de N e U).
Admite-se aqui o uso da estatística de Maxwell-Boltzmann e que não há restrições quanto ao
número de partículas que podem ocupar um determinado estado de energia. Contudo pode acontecer
que haja estados de energia que têm maior probabilidade de ocupação do que outros. Em outras
palavras, os estados de energia podem ter diferentes probabilidades intrínsecasgi de serem ocupados.
Portanto, quanto maior gi, maior será a probabilidade do estado ser ocupado.

Figura 1.1 – Distribuição de partículas entre os diversos estados de energia

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Em primeiro lugar, é lógico admitir que quando se atinge o equilíbrio estatístico e a
probabilidade P é máxima, os números de ocupação ni devem ser proporcionais às probabilidades
intrínsecas gi, uma vez que quanto maior for gi mais provável é que uma partícula esteja no estado Ei.
Também podemos admitir que as partículas em equilíbrio tendem a favorecer os estados de energia
mais baixa, de modo que as partículas em modos de energia mais elevada tendem a passar para estados
de energia mais baixa. Em outras palavras, quanto maior for a energia Ei, menos provável é que a
partícula esteja nesse estado quando se alcança o equilíbrio estatístico. Uma expressão exponencial
−βE i
negativa da forma e satisfaz esta exigência, com  sendo um parâmetro positivo que está
relacionado com a temperatura. Portanto é plausível admitir que os números de ocupação da partição
mais provável ou de equilíbrio deverão ser da forma:
N −βE
ni = g i e i
Z (1.3)
onde Z é chamada de função de partição e é dada por:
−βEi
Z =∑ gi e
i (1.4)
No caso deste experimento serão utilizados dados que não apresentam “vícios”, ou seja, a
probabilidade intrínseca de cada uma das faces é a mesma, o que leva a uma probabilidade intrínseca
g=1.
Outra grandeza física macroscópica importante é a entropia, que é proporcional ao logaritmo da
probabilidade da partição correspondente ao estado do sistema dada por:
S=k . ln ( P ) (1.5)
Esta definição estatística de entropia aplica-se a qualquer partição ou estado, de equilíbrio ou
não. Para qualquer estado de equilíbrio pode-se demonstrar que a entropia também pode ser expressa
pela equação:
U Z
S= +kN [ln ( )+1] (1.6)
T N

1.2 – Objetivos
Estudar um sistema idealizado de 20 partículas, usando resultados simulados por dados manuais
e por um programa de computador, determinandosua energia mais provável, bem como a função de
partição, a temperatura e a entropia.

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Obter a entropia e a temperatura para os valores de energia total U =50, U =55U =60 e U =65,
e interpretar como estes parâmetros variam com a energia total.
1.3 – Procedimento experimental
Para coleta dos dados 2 métodos distintos serão utilizados:
Primeira parte - Cada aluno do grupo deverá efetuar 150 lançamentos de um grupo de 20
dados. Para cada um destes lançamentos será anotado o número de ocorrências de cada um dos valores
da face que apareceu voltada para cima em cada um dos dados. Considere que um dado onde a face
para cima corresponde a 1 tem uma energia de 1, se a face for 2, a energia é 2 e assim por diante
preenchendo a Tabela 1.1. O primeiro lançamento dos dados deverá então ter n1 ocorrências do número
1, n2 ocorrências do número 2, e assim por diante. Este lançamento então corresponde a um
microestado, que não é obrigatoriamente o mais provável.
Segunda parte - No segundo método faremos uso de um software que simula um sistema
composto por um grande número de partículas idênticas, semelhante ao lançamento dos dados.
1. Utilizando o software, simule um número igual de lançamentos ao executado no item 1. Por
exemplo, se forem 3 alunos serão 450 lançamentos;
2. Novamente utilizando o software, simule 1.000, 5.000 e 10.000 lançamentos.

Tabela I
Face/ 1 2 3 4 5 6 Energia
Lançamento (U)
1
2
3
4

1.4 – Discussão
Título da experiência
Grupo
Turma
Data da realização Dias ___/___/___, ___/___/___, ___/___/___
Resultados e Discussão
1 –Com relação à primeira parte, utilize a equação 1.2 para calcular a energia total de cada
microestado para os diversos lançamentos realizados.
2 – Construa um histograma e discuta o formato do gráfico.
3 – Determine a partir do gráfico, a energia mais provável.
4 – Com relação à segunda parte, construa um histograma para cada número de lançamentos. Um em

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cada plano.
5 – Discuta formato dos gráficos com o mesmo número de lançamentos nas duas etapas.
6 – Determine, a partir dos gráficos, a energia mais provável. Construa uma tabela e compare os
valores obtidos nos 5 gráficos.
7 - Considerando agora somente os valores obtidos pela simulação para 10.000 lançamentos,
selecione aqueles lançamentos cuja energia total é igual a 50, 55, 60 e 65. Organize uma tabela
indicando o número de ocorrências de cada face (microestados). Calcule o número médio de
ocorrência de cada uma das faces, ou seja, de cada uma das energias. Você terá aqui então um
número de ocorrências nicorrespondentes a uma energia Ei. A equação 1.3 fornece uma relação entre
estas grandezas.
8 - Construa os quatro (U = 50, 55, 60 e 65) gráficosde nipor Ei, e através dos coeficientes linear e
angular determine os valores numéricos de Z e de . Note que N= 20. Faça os gráficos considerando
as incertezas.
9 – Utilizeo valor de obtido no gráfico e substitua na equação 1.4. O valor de Z é confirmado?
10 – Construa o gráfico da entropia e da temperatura em função da energia total para os quatro
valores citados de energia total. Discuta o resultado obtido. Faça os gráficos considerando as
incertezas.
11 – Faça a conclusão.

1.5 - Referências Bibliográficas


1. EISBERG, R e RESNICK, R. Física Quântica. 2 ed. Campus, 1983.
2. ALONSO, M e FINN,E. J. Física. Vol. III. Fundo Educativo Interamericano, 1971.

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2 - Caminho Aleatório
2.1 - Introdução
Consideremos um determinado sistema em que uma partícula caminha ao longo de uma linha
dando passos de comprimento l para a direita ou esquerda de forma aleatória, dando nd passos para a
direita com probabilidade pe ne passos para a esquerda com probabilidade q = 1 – p, de modo que p +
q = 1. O problema consiste em se determinar qual a probabilidade PN(m) de encontrar uma partícula na
posição X = mL, sendo que –N ≤ m≤ N depois de ter dado N passos. O número total de passos é dado
por:
N = n d + ne (2.1)
Sendo m a distância liquida percorrida (número de passos), dada por:
m = n d - ne (2.2)
A probabilidade de uma determinada sequência de N passos, com nd passos para a direita e ne
passos para a esquerda é dada por:
P= p . p . p … .. p × q . q . q … ..q= pn 1 qn 2.
O número de sequências desse tipo (isto é, sequências com nd passos para a direita e ne passos
para a esquerda) é obtido pelo fator combinatório:
N!
nd ! n e !
Dessa forma a probabilidade total,PN(nd), de realizar nd passos para a direita ene passos para a
esquerda é dada por:
N!
P N ( nd )= . p n .q N −n
d d
(2.3)
nd ! (N−n d )!
Das eqs. (1) e (2), temos
N +m N −m
n d= e ne =
2 2
Substituindo estes resultados na eq. 2.3, ficamos com
N +m N−m
N! 2 2
P N ( m) = .p .q
N + m N −m
( )! ( )!
2 2
Ou equivalentemente,
N +m
N! 2
P N ( m) = .p .¿
N + m N −m (2.4)
( )! ( )!
2 2

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Para estabelecer uma conexão com o fenômeno da difusão pode-se descrever o problema de
caminho aleatório por meio de uma equação diferencial envolvendo variáveis contínuas. Supondo que
Δt seja o tempo necessário para realizar um passo, então P N ( m) é a probabilidade da partícula se
encontrar na posição X = ml no instante de tempo t=N Δ t.
De modo que a probabilidade P N ( m ) obedece à seguinte relação de recorrência:
PN(m) = pPN(m - 1) + qPN(m + 1) (2.5)
No caso particular em que p = q = 1/2, e tomando o limite no qual Δt e l são muito pequenos
podemos escrever a eq. 2.10 por uma representação continua na forma:
P N +1−PN ∂ P P ( ml−1 ) + P ( ml+1 ) −2 P( ml) ∂2 P
e
∆t ∂t l2 ∂ X2
Nesse limite, obtemos a equação da difusão e constante de difusão (D), como:
∂P ∂2 P l2
=D e D=
∂t ∂ X2 2 Δt
Usando métodos de resolução de equações diferenciais, obtém-se como solução uma
distribuição de probabilidade gaussiana dada pela a seguinte relação:
2
−(x−µ)
1 2σ
2
(2.6)
P ( X )= e
√2 π σ2
Onde,
µ=¿ x >¿
σ 2=2 Dt =2 DN Δt (2.7)
¿ x >¿ - Deslocamento médio.
σ –Difusão, largura da distribuição.
A eq. 2.6 mostraque a probabilidade de a partícula encontrar-se na posiçãoX = ml depois
deNpassos tem uma distribuição gaussiana.
Neste experimento serão feitas simulações para obter uma melhor compreensão do
“Randomwalk” ou caminho aleatório. Faremos uso de mesa de pregos, que consiste de uma série de
canaletas numeradas e paralelas dispostas a receber bolas de vidro após a passagem das mesmas por
uma série de impactos com pregos. Cada impacto entre uma bola e um prego é independente do
anterior e consiste em um passo do caminho aleatório. Após certo número de passos (ou impactos), as
bolas têm uma dada probabilidade de cair em cada uma das canaletas.

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2.2 – Objetivos
Estudar o problema do caminho aleatório usando uma mesa de pregos, determinando a
probabilidade PN(m) de encontrar uma partícula na posição X = mL, sendo que –N¿m¿N, depois de ter
dado N passos. Calcular a difusão σ para as diferentes situações e encontrar a constante de difusão D
do sistema.

2.3 – Procedimento Experimental


Parte 1 - Verificação do número de tentativas necessárias para a determinação do
comportamento do sistema.
1 – Apartir do ponto mais alto da mesa deixe que 50 bolas rolem até a base, uma de cada vez.
Anote o número de bolas em cada canaleta.
2 – Solte mais 50 bolas e anote o número de bolas total (agora com 100 lançamentos) em cada
canaleta.
3 – Solte mais 150 bolas até chegar a um número total de 250 bolas jogadas e anote o número de
bolsa em cada canaleta.
4 – Solte mais 250 bolas (total de 500) e anote o número de bolsa em cada canaleta.

Parte 2 – Variação do número de passos


1 - Faça o lançamento de 250 bolas diminuindo o número de passos (ou impactos) em duas
unidades. Isto significa que você deve lançar as bolas a partir de um ponto mais baixo na mesa de
bolas.
2 - Repita o procedimento anterior diminuindo em mais 2 unidades no número de passos do
caminho aleatório.

Parte 3 - Variação do ponto de partida


1 – Faça250 lançamentos a partir de um ponto que seja um passo a menos no caminho aleatório,
mas que também esteja deslocado do centro da mesa (para a direita).

2.4 – Discussão
Título da experiência
Grupo
Turma
Data da realização Dias ___/___/___, ___/___/___, ___/___/___
10
Resultados e Discussão
1 –Com relação à primeira parte construa os histogramas com 50, 100, 250 e 500 lançamentos.
2 – Discuta o formato das curvas. Qual é o tipo de distribuição obtida? A partir de quantas bolas
lançadas se obtém esta informação?
3 - Para a curva com 500 lançamentos, determine a posição média, a difusão σ e o coeficiente de
difusão D (eq. 2.7) e sua incerteza.Para calcular o valor de D utilize Δt=1(unidade de tempo). O
valor de N deve ser escolhido da seguinte forma: Para lançamentos da parte superior da mesa use N
= 10 (são dez filas de pregos), para lançamentos com passos a menos diminua (10 – o número de
passos). Essa situação é a ideal, com colisões ideais.
4 – Com relação à segunda parte construa os dois histogramas com 250 lançamentos, cada um em
um plano.
5 – Compare os dois gráficos do item 4 com o gráfico do item 1 com 250 lançamentos, e discuta a
dependência do formato da curva com a redução do número de passos.
6 – Determine, para os três gráficos do item 5, a posição média, a difusão σ e sua distribuição (eq.
2.6), e o coeficiente de difusão D (eq. 2.7) e sua incerteza. Discuta a dependência desses valores com
a redução do número de passos.
7 – Com relação à terceira parte construa o histograma com 250 lançamentos.
8 – Discuta o formato da curva. Ela tem o mesmo formato, dependência matemática, das curvas
anteriores? Por que?
9 – Faça a conclusão.

2.5 – ReferênciasBibliográficas
1 - REIF, F. Fundamentals of statistical and thermal physics. Singapore: McGraw-Hill, 2009.
2 - MANDL, F. Statistical physics. 2. ed. Chichester, Estados Unidos: John Wiley& Sons, 1998.

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3 - Experimento de Frank-Hertz
3.1 - Introdução
A teoria de Bohr para o átomo de hidrogênio, desenvolvida entre 1912 e 1913, obteve enorme
sucesso, pois conseguiu explicar de forma convincente os espectros de raias e, mais particularmente, as
séries espectrais do hidrogênio. Um conceito fundamental por ele introduzido é que as transferências
de energia, seja na geração de um fóton, seja na absorção de radiação (levando o átomo para um estado
excitado superior) se dá de maneira quantizada.
Em 1914 James Franck e Gustav Hertz realizam um experimento que não só comprova as
ideias de Bohr, mas também mostra que as transferências de energia por colisão se dão de forma
quantizada. Uma típica válvula de Franck-Hertz é mostrada na Figura 3.1. Nela, o catodo é aquecido ao
submetê-lo a uma tensão (em nosso experimento ela é de 6,3 V~) e nesse processo forma-se uma
nuvem eletrônica ao seu redor. Se a grade for colocada em um potencial positivo (denominado de
potencial de excitação), os elétrons irão ser acelerados em sua direção e alguns deles passam por ela,
sendo recolhidos no anodo. Contudo, se o anodo for colocado em um potencial negativo (chamado de
potência de retardo), apenas os elétrons que tiverem energia maior que este potencial irão atingir a
placa. O interior da válvula é preenchido com gás de mercúrio e os átomos deste gás se chocam com os
elétrons acelerados a partir do catodo. Em geral esses choques são elásticos, de forma que não ocorrem
transferências de energia. Contudo em determinados valores bem específicos de energia dos elétrons os
choques são inelásticos e há então transferência de energia para os átomos de Hg. Sob o ponto de vista
quântico, essa transferência de energia corresponde à transição entre níveis de energia do Hg, mais
especificamente do estado fundamental ao primeiro estado excitado. Essa diferença é de 4,9 eV.
Ao perder energia para os átomos de Hg, os elétrons não terão energia suficiente para vencer o
potencial de retardo e dessa forma a corrente recolhida pelo anodo diminui. Entretanto, devido ao
potencial de excitação, a energia dos elétrons aumenta novamente e a partir de um determinado valor
superam o potencial de retardo e assim a corrente no anodo passa a crescer. Contudo o crescimento da
energia dos elétrons vai até o ponto onde sua energia é equivalente à diferença dos níveis de energia do
Hg e assim uma nova absorção ocorre, isto é, um novo choque inelástico ocorre e a corrente do anodo
decresce novamente. Este comportamento é ilustrado na Figura 3.1b

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Figura 3.1 – Diagrama esquemático do arranjo experimental e resultado experimental para o átomo de
Hg da experiência de Franck-Hertz.

3.2 – Objetivos
Reproduzir a experiência de Franck-Hertz determinando e justificando as condições
experimentais mais favoráveis para a verificação do fenômeno;
Determinar a energia de transição para o 1º estado excitado do átomo de mercúrio comparando
com o valor determinado da espectroscopia.

3.3 – Procedimento Experimental


Tubo de Franck-Hertz com forno;
Termopar com medidor;
Chave inversora.
Fontes de tensão de -50V...0V (DC), de 0V...3V (DC) e de 6,3V (AC);
Amplificador de corrente;
Interface Cobra 3;
Microcomputador e Software Measure.

Monte o experimento de acordo com o diagrama abaixo, mantendo a chave de curto circuito
fechada (posição FECHADO). Durante essa operação todos os equipamentos devem estar desligados.
O forno não deve estar próximo aos equipamentos.
Será utilizado o arranjo da Phywe, mod. 09086-1, que já vem equipado com um forno e painel
de conexão para a válvula. O aquecimento é obtido por intermédio de um transformador variador de

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voltagem (VARIAC) localizado na parte posterior do forno. A temperatura de operação do tubo deve
estar em torno de 140 a 200 °C (regule a temperatura por meio do Variac). A temperatura deverá ser
medida com o auxílio de um TERMOPAR.
O amplificador de corrente é utilizado para a medida da corrente elétrica entre o anodo e o
catodo em função da tensão aplicada entre o catodo e a grade.

Figura 3.2 – Esquema de montagem do circuito para realização da experiência de Franck-Hertz.

Execução da experiência:

ATENÇÃO
Não ligue as fontes ao tubo de Franck-Hertz sem antes aquecê-lo. O mercúrio dentro do
tubo pode provocar curto-circuito danificando os componentes!
Durante o processo de medidas, principalmente em temperaturas mais baixas, fique
observando o tubo de Franck Hertz. Se um brilho azulado aparecer entre o catodo e a grade,
significa que um processo de “ignição” no tubo pode estar iniciando. Isso pode provocar
um curto circuito em seu interior, danificando-o permanentemente. Feche imediatamente a
chave de curto-circuito e diminua a tensão de aceleração. Refaça a medida ajustando a
tensão de aceleração para um valor menor daquele no qual houve o início de ignição do
tubo.

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Primeira etapa: Conhecendo o sistema
1 - Ligue a Interface à entrada serial do computador usando o cabo RS232.
2 - Conecte um voltímetro para ler a tensão de retardo Us. Conecte também outro voltímetro
para lera tensão da saída 0…50V da fonte.
3 - Insira o fio do termopar na entrada apropriada do forno, certificando-se que sua ponta esteja
bemno centro do dispositivo e não tocando nas paredes ou no tubo Franck Hertz.
4 - Ligue todos os equipamentos, verificando se todos os botões de controle da fonte tensão
seencontram na posição mínima.
5 - Abra o programa Measure e clique no ícone New Measurement. Um quadro semelhante à
figuraabaixo aparecerá na tela. Configure os parâmetros de acordo com a Figura3.3.

Figura 3.3 – Cópia da tela do programa Measure utilizado para coleta de dados durante a experiência.

6 - Mantendo a chave de curto circuito fechada, fixe a tensão de retardo em Us = 4,0 V e ajuste
atensão de aceleração em 40 V. Ligue o forno e espere sua temperatura atingir aproximadamente
180°C.
7 - A corrente coletada é da ordem de dezenas de nano Ampères, de forma que o amplificador
decorrente deve estar em fundo de escala dessa ordem de grandeza. Tente inicialmente a escalade 0.1
μA.
8 - Clique no botão Continue do programa de aquisição de dados. Uma nova tela surgirá. Para
iniciaro processo de aquisição de dados clique no botão Start measurement e abra a chave de
curtocircuito. Observe a leitura do canal Analog 1 e certifique-se que nãoultrapassa 10 V (os números
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ficam vermelhos). Caso isto ocorra, significa que o fundo de escalafoi ultrapassado. Interrompa a
medida e a reinicie com um fundo de escala maior.
9 - O processo de medida deve terminar quando a leitura do canal Analog 2 atingir a metade
datensão de aceleração, isto é 25 V. Este valor é atingido em cerca de 2 minutos. Clique no botãoStop
measurement e feche a chave de curto circuito.
10 - Antes de prosseguir com outras medidas, crie uma pasta com seu nome em C:\Usuários\ e
salve seu arquivo escolhendo na barra de menu a opção Export data⇒Savemeasurements as...
Obs: Se a curva obtida no experimento não sair “lisa” e sim “quebradiça”, significa que o
fundo de escala usado no amplificador de corrente não foi adequado. Diminua o fundo de escala e
refaça a medida.

Segunda etapa: Influência da tensão de retardo


1 - Mantendo a temperatura constante em torno de 180 °C e a tensão de aceleração em 40
V,repita os passos de 8 a 10 da primeira etapa para valores de tensão de retardo Usiguais a 2, 4, 6, 7, 8,
9 e 10 V. Salve os resultados.

Terceira etapa: Influência da tensão de aceleração


1–Escolha valores adequados de tensão de retardo e temperatura e, repetindoos passos de 8 a 10
da primeira etapa, faça um estudo da dependência do comportamento da curva com a tensão de
aceleração para valores iguais a 20, 30, 40,45 e 50 V. Salve os resultados.

Quarta etapa: Influência da temperatura


1–Escolha valores adequados de tensão de aceleração e tensão de retardo e, repetindoos passos
de 8 a 10 da primeira etapa, faça um estudo da dependência do comportamento da curva com a
temperatura. Escolha 4 valores de temperatura entre 140° e 200°C. Salve seus resultados.

3.4 – Discussão
Título da experiência
Grupo
Turma
Data da realização Dias ___/___/___, ___/___/___, ___/___/___
Resultados e Discussão
1 – Construa o gráfico de corrente no anodo (tensão no anodo) em função da tensão de aceleração

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para as diferentes tensões de retardo. Todas as curvas devem estar em um mesmo plano.
2 – Discuta o formato das curvas no gráfico do item 1. Como se comporta a corrente no anodo com o
aumento da tensão de retardo? Por que?
3 – Construa o gráfico de corrente no anodo (tensão no anodo) em função da tensão de aceleração
para as diferentes tensões de aceleração. Todas as curvas devem estar em um mesmo plano.
4 – Discuta o formato das curvas no gráfico do item 3. Como se comporta a corrente no anodo com o
aumento da tensão de aceleração? Por que?
5 – Construa o gráfico de corrente no anodo (tensão no anodo) em função da tensão de aceleração
para as diferentes temperaturas. Todas as curvas devem estar em um mesmo plano.
6 – Discuta o formato das curvas no gráfico do item 5. Como se comporta a corrente no anodo com o
aumento da temperatura? Por que?
7 - Escolhendo as melhores curvas obtidas em todas as etapas, determine a diferença de energia entre
o estado fundamental e o primeiro estado excitado do átomo de Hg. Construa uma tabela com os
valores e determine seu valor médio e desvio padrão.
8 – Discuta o valor médio obtido no item 7 com o valor teórico esperado.
9 - Como seria a curva I x V se não houvesse o mercúrio?
10 – Porque os picos obtidos não são abruptos, se a energia de transição é bem definida?
11 – Discutaa questão do brilho azulado e da “ignição” do tubo.
12 – Faça a conclusão.

3.5–Referências Bibliográficas
1 –Eisberg, Robert and Resnick, Robert. Física Quântica: átomos, moléculas, sólidos, núcleos e
partículas. Rio de Janeiro: Elsevier.
2 –Tipler, Paul A.; Llewellyn, Ralph A. Física Moderna. Rio de Janeiro: LTC

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4 – Efeito fotoelétrico
4.1 – Introdução

O processo de emissão de cargas elétricas por uma superfície metálica foi descoberto por
Heinrich Rudolf Hertz em 1887. A Figura 4.1 mostra um esquema da montagem utilizada por Hertz.
Um catodo C (emissor de cargas negativas) e um anodo A (receptor de cargas negativas) são mantidos
a uma diferença de potencial de alguns volts no vácuo. Quando luz ultravioleta (ν = 1016 Hz), atinge o
catodo C, observa-se um fluxo de corrente elétrica através do anodo A. Esse fenômeno ficou conhecido
como efeito fotoelétrico.

Figura 4.1: Experimento de Hertz para o efeito fotoelétrico.

A identificação dos elétrons em 1879 por Joseph John Thomson, através da medida da razão e/m
entre a carga e a massa da partícula em um tubo de raios catódicos, sugeriu que as partículas
carregadas negativamente do efeito fotoelétrico também fossem elétricos. Essa hipótese foi confirmada
em 1900 por Philipp von Lenard, quando mediu a razão e/m das partículas fotoelétricas e mostrou que
era a mesma que a dos elétrons medida por Thomson. De fato, a experiência de Lenard esclareceu as
dúvidas relacionadas à identidades das partículas fotoelétricas. Entretanto, mostrou também algumas
propriedades do efeito fotoelétrico muito difíceis de serem compreendidas em termos das teorias da
física clássica. Lenard mediu a corrente através do anodo A como função da diferença de potencial
aplicada entre os eletrodos para intensidades altas e baixas da luz incidente. O resultado é mostrado na
Figura 4.2.

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Figura 4.2 - Corrente fotoelétrica em função da diferença de potencial para diferentes intensidades.

A corrente fotoelétrica satura para valores altos da diferença de potencial V. Nessas condições,
todos os fotoelétrons emitidos por C são coletados por A. Quando V é invertido (V < 0), o anodo torna-
se negativo e repele os elétrons liberados pelo catodo. Entretanto, a corrente fotoelétrica não cai
imediatamente a zero como se poderia esperar. Este fato sugere que os elétrons sejam emitidos de C
com alguma energia cinética. Alguns elétrons alcançarão o anodo A mesmo que o campo elétrico se
oponha ao seu movimento. Quando a diferença de potencial atinge um valor V0, denominado de
potencial frenador, a corrente fotoelétrica torna-se nula, independentemente do valor da intensidade.
Nesse momento nenhum elétron, inclusive aquele mais fracamente ligado ao metal e
consequentemente o de maior energia cinética, alcança o anodo A. A energia cinética Kmax desse elétron
mais rápido é dada em função do potencial frenadorV0 como
Kmax = eV0 (4.1)
onde e = 1,6 × 10-19 C é carga do elétron. A teoria ondulatória clássica afirma que a intensidade I
de uma onda é proporcional ao quadrado do módulo do vetor campo elétrico E, isto é, I ∝ E2. Como a
força sobre um elétron é F = eE, isso sugere que a energia cinética K dos fotoelétrons seja proporcional
a intensidade, isto é, K ∝ I. Entretanto, a Eq.4.1, obtida da experiência mostra que a energia cinética
deve independer da intensidade da luz. A Figura 4.3 mostra o comportamento do potencial frenador V0
em função da frequência ν da luz incidente sobre uma superfície metálica.

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Figura 4.3 – Comportamento do potencial frenador em função da frequência da luz em uma superfície
metálica.

Observa-se a presença de um limiar de frequência νl abaixo da qual o efeito fotoelétrico deixa de


ocorrer espontaneamente. Pela teoria clássica, o efeito fotoelétrico deveria ocorrer para qualquer
frequência da luz incidente, desde que é a intensidade seja suficiente para ejetar os elétrons. Entretanto,
o gráfico da figura mostra a existência de um limiar de frequência para o efeito fotoelétrico para
qualquer que seja a intensidade da luz incidente.
Em 1905, Einstein propôs a teoria quântica do efeito fotoelétrico. De acordo com a teoria
quântica de Planck, partículas e campos eletromagnéticos oscilantes à frequência ν, podem mudar de
energia somente por múltiplos inteiros da energia quântica hν. Einstein sugeriu que, no processo de ir
de um estado de energia nhν para outro (n − 1)hν, a fonte emite uma porção de energia eletromagnética
dada por:
E = hν (4.2)
Einstein assumiu que tal porção de energia emitida, estivesse localizada num pequeno volume
do espaço e que se afasta da fonte com uma velocidade c. Esse quantum de energia tem características
de partícula sem massa e foi denominado de fóton.
No processo fotoelétrico, um elétron é absorvido completamente por um elétron do fotocatodo,
que é emitido da superfície do metal com uma energia cinética K = hν − w, onde hν é a energia do
fóton incidente e w é o trabalho necessário para remover o elétron do metal. Alguns elétrons estão mais
fortemente ligados ao metal do que outros. Alguns perdem energia por colisão na sua trajetória. No
caso do elétron mais fracamente ligado ao metal, o fotoelétron deve emergir com a energia cinética
máxima Kmax dada por:
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Kmax = hν − w0 (4.3)
onde w0, uma energia característica do metal denominada de função trabalho, é a energia mínima
necessária para o elétron escapar às forças atrativas de ligação ao metal.Como se pode ver na Eq.4.4, a
teoria quântica do efeito fotoelétrico concorda com a observação de Lenard de que Kmax independe da
intensidade da luz incidente. Aumentar a intensidade da luz meramente aumenta o número de fótons e
consequentemente a fotocorrente, mas isso não altera a energia hν de cada fóton. O limiar de
frequência νl, observado por Millikan, é obtido também da Eq. 4.4 tomando-se Kmax= 0, tal que:
hνl = w0 (4.4)
Um fóton de frequência νl tem somente a energia suficiente para retirar o elétron do metal. Se a
frequência for menor do que νl, nenhum elétron será ejetado independentemente da intensidade, ou
número de fótons da luz incidente. Finalmente, a emissão de um fotoelétron será imediata logo que este
absorva um fóton da luz incidente. A energia é fornecida em pacotes concentrados e não se espalha
uniformemente sobre uma área extensa como se supôs no exemplo com a teoria ondulatória clássica.
Combinando a Eq. 3.1 com a Eq.3.4, obtém-se:
h w
V 0= ()
e
v− 0
e
(4.5)

Portanto, a teoria de Einstein prevê uma relação linear entre V0 e ν, o que está de acordo com o
resultado experimental de Millikan. O coeficiente angular h/e da reta pode ser calculado diretamente
do gráfico e o resultado é h/e = 3, 9 × 10-15 V.s. Usando e = 1,6 × 10-19 C para a carga do elétron,
obtém-se h = 6,2 × 10-34J.s para a constante de Planck. De uma análise muito mais rigorosa realizada
posteriormente em superfícies de Lítio,Millikan obteve o valor h = 6,57 × 10-34J.s para a constante de
Planck com uma precisão da ordem de 0,5%. Essa medida é da ordem do valor da constante h obtida a
partir da teoria quântica de Planck para a radiação de corpo negro. A concordância numérica para o
valor da constante de Planck obtida de teorias completamente diferentes era notável. O valor da
constante de Planck atualmente usado é h = 6,626076 × 10-34 J. s = 4,135669 × 10-15eV.s.

4.2 - Objetivos
Determinação e observação dos aspectos associados ao efeito fotoelétrico não explicado pelas
teorias clássicas, tais como: limiar fotoelétrico e potencial frenador. Utilização do modelo corpuscular
da radiação de Einstein e o efeito fotoelétrico para a determinação experimental da constante de
Planck.

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4.3–Procedimento Experimental
Fotocélulade Ag (W0 = 4,73 eV) revestida com Cs (W0 = 4,73 eV);
Amplificador de corrente;
Voltímetros;
Fonte de luz com lâmpada de Mercúrio;
Inversor de polaridade elétrica;
Fonte de Tensão;
Filtros diversos, Banco óptico, Suportes para o banco óptico, Porta-filtros.

Execução da experiência:

ATENÇÃO
A lâmpada será ligada no início da aula pelo professor e não deverá ser desligada mesmo ao
término da experiência.
Não olhe diretamente para a luz, mesmo com os óculos de proteção.

No arranjo experimental que dispomos no laboratório, ao invés de medirmos a corrente devido


aos fotoelétrons, mediremos a diferença de potencial em um amplificador.
Confira as conexões da fonte de voltagem variável, inversor de polaridade elétrica, e multímetros
na célula fotoelétrica de acordo com a Figura 4.4.

Primeira etapa: Dependência da fotocorrente com a intensidade luminosa


1 – Mantendo a fonte de luz obstruída (não desligue a lâmpada), meça a corrente (tensão) de
fundo. Utilize esse valor para correção.
2 – Posicione a fonte de luz a uma distância de 20 cm da fotocélula; Coloque o filtro de 545 nm;
Retire a proteção da fotocélula; Alinhe o feixe de luz de modo que o feixe incida no centro da
fotocélula;Coloque a máscara da fotocélula para diminuir os efeitos da luz ambiente.
3–Mantenhaa polaridade da chave inversora na posição direta e aumente a tensão aplicada na
fotocélula até 7 V. De 0 a 1Vutilize passos de ~0,1 V; De1 Va 7 V utilize passos de ~0,5 V. Anote o
valor da “fotocorrentei1” (tensão no amplificador). Escolha uma escala adequada no amplificador.
4 – Reduza a tensão a zero. Inverta a polaridade com a chave inversora e
“aumentenegativamente” a voltagem em passo de 0,05 V até que a fotocorrente seja nula.

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5 – Afaste a lâmpada 10 cm da posição inicial, ajuste a incidência da luz sobre o catodo da
fotocélula, e repita os passos de 3 e 4.

Figura 4.4 - Diagrama esquemático das ligações da montagem experimental.

Segunda etapa: Dependência da fotocorrente com a comprimento de onda


1 – Posicione a fonte de luz a uma distância de 30 cm da fotocélula; Retire a proteção da
fotocélula; Alinhe o feixe de luz de modo que o feixe incida no centro da fotocélula; Coloque a
máscara da fotocélula para diminuir os efeitos da luz ambiente.
2 – Coloque o filtro de 436 nm; Mantenhaa polaridade da chave inversora na posição INVERSA
e aumente a tensão aplicada na fotocélula até que o valor da fotocorrente seja nula. Repita este
procedimento 3 vezes sem trocar o filtro;
3 – Repita o procedimento 2 para todos os filtros.

4.4–Discussão
Título da experiência
Grupo
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Turma
Data da realização Dias ___/___/___, ___/___/___, ___/___/___
Resultados e Discussão
1 – Construa o gráfico de Fotocorrente (tensão medida no amplificador) versus Tensão aplicada para
as duas intensidades luminosas (duas distâncias medidas). As duas curvas devem estar no mesmo
plano.
2 –Com base no gráfico anterior determine e discuta o potencialfrenador.
3 – Discuta a validade deste resultado com base na teoria do efeito fotoelétrico.
4 – Construa agora o gráfico de potencial frenador em função da frequência.
5 – Discuta forma do gráfico do item 4.
6 – Ajuste uma curva de acordo com a equação 4.5.
7 – Com base no gráfico do item 4 e o ajuste da curva determine: i) A frequência limiar; ii) A função
trabalho do metal constituinte da fotocélula; iii) A constante de Planck. E suas respectivas incertezas.
8 – Discuta os resultados obtidos no item 6 com base na teoria.
9 – Faça a conclusão.

4.5 – Referências Bibliográficas


1 – Eisberg, Robert and Resnick, Robert. Física Quântica: átomos, moléculas, sólidos, núcleos e
partículas. Rio de Janeiro: Elsevier.
2 –Tipler, Paul A.; Llewellyn, Ralph A. Física Moderna. Rio de Janeiro: LTC

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