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1- Tenha um caderninho de citações

Escreva ideias de séries, filmes, livros e teóricos que podem ser citados na


redação. Organize tudo em um caderninho, dividindo o conteúdo por eixos
temáticos.
Felpi, por exemplo, planejava mencionar "Black Mirror" se o tema fosse
tecnologia ou meio ambiente. Em 2018, a proposta foi "manipulação do
comportamento de usuário pelo controle de dados na internet" -- ótima
oportunidade para ele ele fazer referência à série da Netflix.
2- Mantenha uma rotina de treinos
Faça uma redação por semana e peça que um professor a corrija. Fique atento
às falhas que você costuma cometer e tente evitá-las no texto seguinte.
Isabella Bernardes conta que tinha até um "caderno de erros" para anotar suas
dificuldades.
3- Elabore sua 'fórmula de sucesso'
Formule o SEU modelo de redação e desenvolva um método para escrever o
texto -- não chegue ao local de prova sem ter esse planejamento. Pense nestes
questionamentos: "por onde prefiro começar?", "quanto tempo vou reservar
para escrever?", "que tipos de repertórios posso citar?".
Não se apegue a formatos disponíveis na internet. Em outra live do g1 Enem, o
professor Thiago Braga, do Colégio e Curso pH (RJ), disse que "o texto tem de
ter a sua cara de alguma forma".
"As redações pré-prontas soam artificiais e o corretor percebe, então, não é um
método indicado."
4- Retome suas citações ao longo do texto
Se você citar um livro, por exemplo, no início do texto, tente retomá-lo no
desenvolvimento ou na conclusão. Isso demonstra ao corretor que sua redação
é coesa e que as referências estão bem "encaixadas" nos seus argumentos.
5- Não se apegue às aspas
Não se preocupe em memorizar uma frase inteira de determinado autor para
fazer uma citação. Use o discurso indireto e explique a ideia geral daquele
escritor. Um exemplo:
"De acordo com Kant, o ser humano é o que a educação faz dele."
É uma solução mais fácil do que decorar exatamente a frase: “O homem não é
nada além daquilo que a educação faz dele".
6- Planeje o espaço que vai ocupar na folha
Treine escrever sua redação em uma folha igual à do Enem. É importante
pensar no tamanho da sua letra para que a dissertação caiba inteira no espaço.
Se for colocar título (opcional), você terá uma linha "a menos" para o texto.
7- Vai sugerir uma ação no último parágrafo?
Especifique o agente
Não esqueça que a proposta de intervenção, no último parágrafo, deve ter
um agente relacionado ao tema. Não basta escrever que "é preciso criar uma
política pública que resolva o problema". Quem vai criar essa política? Um
ministério? A prefeitura? Isso deve estar claro.
8- Faça simulados nesta reta final
Faça simulados, mesmo que em casa, para descobrir se você se prefere
começar ou terminar pela redação. Você pode usar uma versão antiga do
Enem, separar uma garrafinha de água, ficar dentro do quarto (sozinho e sem
celular) e tentar responder tudo dentro dentro do mesmo limite de tempo do
exame.
No caso de Lucas, Isabella e Raíssa, a escolha foi fazer o rascunho logo no
início da prova. Se tivessem alguma dificuldade, partiriam para as questões de
ciências humanas e linguagens, e voltariam para a dissertação depois.
9- Não perca tanto tempo tentando adivinhar o
tema da redação
É natural que você esteja curioso para saber qual será o tema da redação
escolhido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep). Mas convenhamos: é muito difícil acertar exatamente a
proposta.
Por isso, em vez de perder tempo com previsões, Lucas Felpi recomenda que
você observe os temas dos anos anteriores e note quais eixos temáticos não
foram abordados recentemente: meio ambiente, esporte e segurança são
exemplos.
Dessa forma, é possível pensar em repertórios culturais e em propostas de
intervenção seguindo essas "grandes áreas", em vez de focar seu esforço em
algo muito pontual que provavelmente não vai "cair" na prova.
10- Seja gentil consigo mesmo
Respeite seus limites, reserve um tempo para descansar e não foque só no
que "faltou fazer": cada um estudou o que foi possível em um ano de
pandemia.
"A gente não pode cometer o erro de querer ingressar no ensino superior a
qualquer custo e sacrificar nossa saúde", afirma Raíssa Fontoura.

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