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Aluno(a): Luan Mateus Antunes Carminatti ( x ) G1 on-line

Professor: Yasa Rochelle Santos de Araújo ( ) G2 on-line


Disciplina: Direito Civil VIII ( ) Substitutiva
Curso: Direito ( )2ª Chamada
Semestre: 10º A Peso: 4,0
Data: 06/10/21 NOTA:

1. Arnaldo tem três filhos: Carolina, Bianca e Júlia, irmãs bilaterais, filhas de sua
primeira esposa Fernanda. Tem ainda, duas filhas oriundas de seu segundo
matrimônio com Renata, Bruna e Alice. Quando Arnaldo falece, podemos
detectar as seguintes situações – assinale as alternativas como verdadeiras ou
falsas: (mapa 6 – 1,0)

a. ( V ) Renata concorrerá com Bruna, Alice e também com Carolina,


Bianca e Júlia, se Arnaldo tiver bens particulares.
b. ( F ) Carolina, Bianca e Júlia herdarão o dobro que Bruna e Alice,
por serem irmãs bilaterais.
c. ( F ) Renata não terá direito à herança, em razão de ser meeira,
sendo esta uma regra aplicável à todas as pessoas que vivem sob união
estável.
d. ( V ) Estando separado de fato há mais de dois anos, Fernanda
será excluída da sucessão.

2. Bruno faleceu sem deixar herdeiros conhecidos. O juízo do inventário


estabeleceu a arrecadação dos bens e, após expedir editais, cumprido o
lapso temporal de um ano, declarou a herança VACANTE. Digamos que um
mês após a publicação desta sentença, dois primos de Bruno se habilitem no
inventário. O fato de não serem herdeiros necessários servirá de impeditivo
para que recebam sua parte na herança? Explique: (mapa 5 e 6 – valor 1,0).

Sim. Após declarada a vacância, os herdeiros colaterais não mais poderão se


habilitar para receber a sua parte, somente os herdeiros necessários. O artigo
1.820 do Código Civil traz esta previsão de vacância quando passado 1 ano
da publicação dos editais. Já o artigo 1.822, do já mencionado diploma legal,
traz a ideia de que somente podem se habilitar após a declaração de
vacância, os herdeiros necessários, entendendo-se por isso, os ascendentes,
descendentes e cônjuge.

3. Beatriz e Lucas são herdeiros de um vasto patrimônio, em razão do


falecimento de seu genitor, Alberto. Beatriz deseja renunciar à sua parte na
fazenda, eis que esse bem encontra-se cheio de dívidas, mas quer manter seu
quinhão junto as empresas que rendem vultosas quantias. Uma vez feita por
instrumento público, tal medida é válida? Justifique sua resposta: (mapa 3 –
valor 1,0).

Não, conforme Artigo 1.808, do Código Civil, a renúncia de parte da herança


é vedada, nos seguintes termos: “Não se pode aceitar ou renunciar a herança
em parte, sob condição ou a termo”.
Portanto, a legislação rechaça expressamente a renúncia parcial, de forma
que, a renúncia da herança somente poderá ser feita em sua totalidade.
4. Qual a relação entre os direitos sucessórios e o princípio da solidariedade
familiar? Elabore um pequeno texto, ressaltando qual a intenção do legislador
na criação da sucessão legítima, da figura do herdeiro necessário e da ordem
de vocação hereditária: (todos os mapas – valor 1,0)

Ao consagrar expressamente na Constituição Federal o direito de herança


(artigo º, inciso XXX), o legislador ampliou o conceito de família, nãos endo
mais considerada apenas uma Instituição. Esta garantia fundamental impediu
que o Estado se apropriasse dos bens do indivíduo após a sua morte, de forma
que, esta necessária transferência de patrimônio, traduziu-se em verdadeira
solidariedade entre os indivíduos de uma entidade familiar. A sucessão
legítima é decorrência da própria legislação infraconstitucional, que
preconiza em seu artigo 1.786, do Código Civil que a sucessão dá-se por lei,
ou por disposição de última vontade, tornando a sucessão legítima subdivida
em necessária e não necessária. Neste sentido, a figura do herdeiro
necessário nasce diretamente desta previsão constitucional que visando
impedir a apropriação do patrimônio do falecido pelo Estado, garantindo aos
ascendentes, descendentes e cônjuges, a transferência do patrimônio do
falecido como entronização dos princípios da solidariedade e dignidade da
pessoa humana.
Esta ordem de vocação hereditária também permite maior racionalidade na
sucessão, de forma que, preservasse o direito dos mais próximos, conhecidos
como herdeiros necessários, mas não excluem-se da sucessão caso inexistam
herdeiros necessários, os parentes colaterais.

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