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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE ESTÁGIOS E PRÁTICASS ESCOLARES

PROPOSTA DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE


CIENCIAS DA RELIGIÃO, EM CARÁTER DE TRATAMENTO EXCEPCIONAL

Proposta apresentada à Pró


Reitoria de Ensino como sugestão
retirada de decisão colegiada dos
professores do Curso de Ciências
da Religião da UNIMONTES para
continuidade das atividades de
Estágio Curricular Supervisionado
durante a pandemia.

Montes Claros, maio de 2020


PROPOSTA PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO DO DEPE/UNIMONTES EM CARÁTER DE TRATAMENTO
EXCEPCIONAL

1. APRESENTAÇÃO:

O presente documento fundamenta-se, em linhas gerais, no direito de


todos à educação, defendido na Constituição Federal e na LDB 9394/1986 e,
especificamente, nas disposições exaradas pelo Governo do Estado e pela
UNIMONTES no que tange às medidas preventivas em relação à COVID-19,
respectivamente a Resolução 4310 da Secretaria de Estado da Educação de
Minas Gerais e as Portarias 044 e 053, da Reitoria da UNIMONTES. Alinhado à
essas determinações e orientações, o grupo de professores da disciplina Estágio
Curricular Supervisionado, integrantes do Departamento de Estágio e Práticas
Escolares – DEPE, define orientação aplicável às alunas e alunos do Curso de
Ciencias da Religião, da UNIMONTES, para realização do estágio curricular na
educação básica, condição obrigatória de todas as licenciaturas.
Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente
de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que
estejam freqüentando o ensino regular em instituições de Educação Superior, de
Educação Profissional, de Ensino Médio, da Educação Especial e dos anos finais
do Ensino Fundamental, na modalidade profissional da Educação de Jovens e
Adultos. (Lei 11.788 de 25/09/2008). A Lei (Lei do Estágio) não
prevê expressamente a possibilidade de realização do estágio curricular
supervisionado em situação de home office (teletrabalho). Porém, diante
da pandemia do vírus Covid-19 (Corona vírus), declarada pela Organização
Mundial da Saúde – OMS, todas as medidas para evitar contágio e propagação
do vírus devem ser tomadas.
O estágio supervisionado deverá ser realizado no sistema de ensino, tendo
em vista o regime de colaboração instituído pela Constituição Federal. De acordo
com as especificidades do Curso de Licenciatura em Ciências da Religião , a
Resolução do Conselho Nacional de Educação – CNE/CES n° 04 de 8 de
março de 2004 que aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Ciências da Religião e estabelece em seu Art. 12º. Os cursos
de graduação em Ciências da Religião para formação de docentes, Licenciatura
Plena, deverão observar as normas específicas relacionadas com essa
modalidade de oferta.

2. OBJETIVO:

Realizar o Estágio Curricular Supervisionado em caráter de excepcionalidade,


acompanhando e apoiando a atividade remota de professores da educação básica,
de escolas públicas ou privadas, criando estratégias para aperfeiçoar a interação
virtual e as ferramentas para avaliar todo o processo e, dessa forma, colaborando
para a melhor compreensão dos limites e das possibilidades do trabalho escolar
remoto determinado pelos municípios e pelo Estado. Propiciar condições para que
os licenciandos possam articular teoria e prática, tendo a teoria como guia da ação
transformadora. Oportunizando a interação do estagiário com situações reais do
trabalho pedagógico, favorecer o desenvolvimento da responsabilidade social e
política do licenciando com o sistema educacional e possibilitando o
desenvolvimento das competências e habilidades exigidas na prática profissional, no
âmbito da Educação Básica.

2.1 ESPECÍFICOS:
 Colher dados sobre a atividade escolar remota nesse momento de
quarentena;
 Estudar detalhadamente e analisar criticamente não apenas os documentos
oficiais que orientam as escolhas curriculares por parte das escolas – a BNCC e o
Currículo de Referência de Minas Gerais, por exemplo – mas também todos os
documentos disponibilizados pelas secretarias municipais e estadual de educação
para operacionalizar a educação durante a pandemia
 Identificar e analisar as estratégias e ferramentas utilizadas pelos professores
para cumprirem com o trabalho docente, durante o isolamento;
 Levantar a percepção de gestores, professores, pais e crianças sobre as
principais dificuldades encontradas nesse período, especificamente em relação à
manutenção das atividades escolares, de forma remota;
 Criar alternativas de execução das ementas da disciplina Estágio Curricular
Supervisionado, do 4º ao 7º período do curso de Ciências da Religião, levando em
consideração o contexto de isolamento social;
 Estimular a reflexão e a criatividade dos acadêmicos em relação ao trabalho
docente em tempos de crise;
 Avaliar a possibilidade de se constituir rede de apoio à escola pública em
meio às dificuldades geradas pela pandemia, colaborando diretamente com os
professores e pais na execução da proposta para o trabalho escolar remoto dos
municípios e do Estado;
 Produzir e comunicar conhecimento sobre toda a experiência do Estágio
Curricular Supervisionado realizado à distância.

3. JUSTIFICATIVA:

Visa o aprendizado de habilidades e competências próprias da atividade


profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do
educando para a vida cidadã e para o trabalho. É o momento de acompanhar alguns
aspectos dos campos de atuação do ponto de vista profissional.
A pandemia de Corona Vírus mudou radicalmente a sociabilidade planetária.
As medidas de distanciamento e isolamento social, consideradas eficazes para
conter a curva exponencial de contágio, impactaram sobre as rotinas de famílias,
empresas e instituições, rompendo com nossas práticas costumeiras em todas as
dimensões da vida cotidiana.
As escolas da rede pública se dividiram: aquelas geridas pelo município
conseguiram se organizar, minimamente, para continuarem os contatos com seus
alunos, em sua maioria, da educação infantil, mas também dos anos iniciais e finais
da educação fundamental e ensino médio.
As escolas estaduais, assim que foi anunciada a suspensão das atividades
escolares, anteciparam as férias a partir do final de março. No início de abril, a
Secretaria de Estado da Educação publica a Resolução 4310, definindo as normas
para a oferta de “Regime Especial de Atividades Não Presenciais”, e instituindo o
“Regime Especial de Teletrabalho nas Escolas Estaduais da Rede Pública de
Educação Básica e de Educação Profissional”. Um mês depois, chamava gestores e
professores para o planejamento das atividades pedagógicas, com vistas ao trabalho
remoto que deveria ser retomado no início de maio.

Por sua vez, as escolas da rede privada se organizaram, imediatamente, para


dar continuidade à prestação de seus serviços e, usando de variadas plataformas
colocadas à disposição, algumas pagas, outras gratuitas, vem conseguindo manter o
contato com os alunos, há que se pesquisar ainda com que resultados. Embora seja
o recurso disponível e necessário para manter, minimamente ativo, o contato das
crianças com a escola e com o aprender, o ferramental da educação a distância
aplicado às rotinas de ensino-aprendizagem de professores e alunos da educação
básica que pouco ou quase nenhum contato tinham com tais ferramentas, se mostra
controverso.

O mais grave, no entanto, é que o acesso a tais recursos é extremamente


desigual entre os alunos das escolas públicas. Apesar do crescimento exponencial
do uso de celulares, acessível, inclusive, aos mais pobres, não se pode afirmar, nem
mesmo prever, que uma criança de menor poder aquisitivo tenha livre acesso, pelo
tempo necessário, à um celular que possibilite a interação com um professor,
remotamente: bons planos de internet são caros, nisso consistindo a maior
dificuldade das famílias de baixa renda em manter contatos on line frequentes com a
escola.

Além disso, num contexto de crise, com pais perdendo emprego e o caótico
clima de insegurança que nos atinge a todos, dificilmente podemos imaginar que as
crianças terão, em suas casas, a tranquilidade necessária para assumir horas de
estudo, controlado remotamente por uma professora que também se vê às voltas
com inúmeros problemas decorrentes do isolamento.

A presente proposta serve, portanto, a dois objetivos principais: oportunizar


que aqueles acadêmicos que queiram, que se sintam suficientemente mobilizados
para “entrar em campo”, virtualmente, nesse momento crítico, o façam amparados
por nós, professores da disciplina Estágio Curricular Supervisionado, respeitando
integralmente os protocolos que regulam o isolamento social durante a pandemia e
seguindo um planejamento específico, a ser acordado com as autoridades
constituídas, especificamente no âmbito das Superintendências Regionais de Ensino
e das Secretarias Municipais e Estadual de Educação. Em segundo lugar,
pretendemos produzir conhecimento sobre a educação e o papel da escola durante
a crise global, antecipando importantes questões que deverão permear a
sociabilidade e, especificamente, o funcionamento das escolas, algum tempo depois
de vencida a pandemia.

Nesse sentido, é importante compreender, por exemplo, como gestores e


professores das escolas públicas e privadas, que pais e crianças estão lidando com
o fato de terem que manter atividade escolar remota durante o período de
quarentena e isso inclui as seguintes questões: como os gestores definiram e estão
acompanhando as atividades previstas? Que ferramentas os professores estão
utilizando para manter o contato com os alunos e que atividades estão priorizando?
Como as famílias tem se organizado para possibilitar a continuidade da atividade
escolar nesse período? Como está sendo operacionalizado o Plano de Ensino
Tutoriado organizado e disponibilizado pela Secretaria de Estado da Educação às
escolas da rede pública estadual? O que de fato as crianças estão conseguindo
fazer e como se sentem em relação à quarentena? Qual a percepção e o sentimento
prevalente entre todos esses atores em relação ao regime de isolamento social?

A realidade de boa parte dos acadêmicos de Ciências da Religião da


UNIMONTES, é que muitos se encontravam com o estágio iniciado quando foi
imposta a quarentena; talvez essa seja a realidade da grande maioria das turmas, de
todos os campi, com exceção talvez daqueles cursos modulares que ainda não
iniciaram a disciplina. Pensamos que o fato de estarmos vivendo, como sociedade, o
desafio do enfrentamento coletivo à ameaça do Coronavírus se apresenta como
oportunidade de levarmos nossas acadêmicos e acadêmicas a pensarem a o ensino
religioso e a educação em momentos de crise. Sem que tenhamos qualquer
parâmetro de situação similar de uma crise com essas proporções, a academia não
pode se furtar de pensar a educação nesse contexto, não apenas em função das
dificuldades geradas pelo isolamento, mas também para que seja possível refletir
sobre o sentido e o papel da escola no momento em que fecha as portas e,
principalmente, sobre o que virá depois.

Quando retornarmos à normalidade, como estarão pais, crianças e


professores depois de terem vivido a ameaça do Coronavírus, alguns de forma
dramática, com perda de parentes, experiência de empobrecimento ainda maior e
todos os problemas dele decorrentes, incluindo a violência doméstica? O que
aprenderemos, como sociedade, com a crise? É possível pensar em novas formas
de solidariedade social frente ao inimigo comum? Que papel cabe à escola nesses
movimentos de reinvenção?

Da mesma forma, é possível antever a exaustão de professores que, além de


terem que conviver com o perigo iminente de contágio e a desorganização da vida
social, ainda tiveram que assumir tarefas para as quais não foram previamente
preparados. Como os estudantes de Ciências da Religião poderiam apoiar os
professores nesse momento de dificuldade e mais adiante, na retomada das
atividades rotineiras da escola?

Consideramos que a Universidade não pode se ausentar dessa discussão. É


um privilégio que nós, do DEPE, tenhamos as condições institucionais para levantar
a realidade das escolas nesse momento de crise. Por si só, a possibilidade de
acessarmos, diretamente, professores, gestores, pais e crianças, através de nossos
estagiários ou da nossa própria autoridade como orientadores do estágio curricular
supervisionado, representa uma oportunidade de não apenas realizarmos o estágio
curricular supervisionado evitando que nossos acadêmicos atrasem a conclusão do
curso, mas também de levantarmos uma série de informações sobre como a escola
vem enfrentando a crise e, sobretudo, de preparamos as acadêmicas e acadêmicos
do Curso de Ciências da Religião para atuar num contexto de crise e, quem sabe,
constituirmos uma rede de apoio à escola pública, em um momento em que toda
nossa capacidade de empatia e solidariedade social está colocada à prova.

Por fim, sendo o Departamento de Estágio e Práticas Escolares o


responsável pela realização do XIII Encontro Internacional de Formação de
Professores e Estágio Curricular Supervisionado - EIFORPECS, em 2021, na
UNIMONTES, pretendemos que a experiência de acompanhamento sistemático
dos professores das escolas públicas durante a pandemia possa se converter em
linha mestra das discussões e teorizações do evento, dada não apenas a
complexidade da situação em que essa crise global nos coloca e, particularmente,
coloca a educação no mundo, mas também a riqueza das informações que serão
colhidas a partir do trabalho orquestrado com base no Estágio Curricular
Supervisionado.
4. OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
CIÊNCIAS DA RELIGIÃO – ESTAGIO I, II, III, IV

O Estágio Curricular Supervisionado das licenciaturas das UNIMONTES,


regulado no âmbito do Departamento de Estágio e Práticas Escolares e
operacionalizado segundo as disposições fixadas pelo Núcleo de Estágio Curricular
Supervisionado – NECS, tem se caracterizado por articular 3 momentos: 1) o
momento de observação e levantamento de dados, em que o aluno se inteira da
realidade da escola e do seu entorno; 2) O momento da Monitoria, em que os alunos
se oferecem como auxiliares dos professores no desempenho de suas funções
docentes, em sala de aula; e 3) o momento da Regência propriamente dita, em que
cada estagiário ou estagiária assume a sala de aula e exerce a função docente por
um período determinado, sob a supervisão do professor regente.

Nossa proposta de realização do estágio virtual vai, primeiramente, manter as


características básicas de cada uma dessas fases, embora as ferramentas e
estratégias utilizadas sejam, por força da situação, outras bem diferentes daquelas
utilizadas no estágio presencial.

Embora tenha sido escrito para propor o Estágio Curricular Supervisionado


em situação de excepcionalidade, este projeto se atém, integralmente ao cerne de
cada uma das ementas que integram o Projeto Político das Ciências da Religião do
Curso da UNIMONTES. Por essa razão, propomos, em seguida, uma estratégia para
cada um dos períodos em que se prevê a realização do Estágio, dada a
particularidade de cada uma das situações consideradas. Vamos, portanto,
apresentar a ementa e, em seguida, as sugestões para operacionalização do
Estágio por parte dos acadêmicos daquele período.

5. ESTRATÉGIAS E PROVIDÊNCIAS INSTITUCIONAIS PARA REALIZAÇÃO


DO ESTÁGIO

 Definição de um professor articulador em cada um dos municípios em que


a UNIMONTES mantém o Curso de Ciencias da Religião para realização
de contato e de tratativas sobre formas de acompanhamento e apoio ao
professor, e acesso aos materiais e orientações formuladas pelo município
para atendimento remoto às crianças de 0 a 5 anos;
 Contato com a rede particular para oferta do estágio na educação infantil;
 Distribuição dos acadêmicos pelas escolas que aceitarem participar do
projeto;
 Preparação da versão digital da documentação comprobatória do estágio e
envio às escolas participantes;
 Preparação de crachá de identificação do aluno da UNIMONTES caso seja
necessário que este ou esta trabalhe nas dependências da Secretaria
Municipal de Educação, respeitando, rigorosamente, as regras restritivas à
esse tipo de contato presencial.
 Definição das ferramentas de acompanhamento das atividades dos
estagiários por parte dos professores orientadores do Estágio, bem como
de aferição da carga horária cumprida e seu registro, e dos procedimentos
de avaliação do estágio;
 Reunião com todos os estagiários que optaram pelo Estágio Virtual para
discussão dessas diretrizes, equalização das informações e distribuição de
materiais pertinentes.
 Estudo da documentação oficial para os anos iniciais do ensino
fundamental, particularmente da Base Nacional Comum Curricular e do
Currículo de Referência do Estado de Minas Gerais;
 Análise do “Documento Orientador Para o Regime de Atividades Não
Presenciais” e dos “Planos de Ensino Tutoriado – PET”, disponíveis no site
estudeemcasa.educacao.mg.gov.br ;
 Análise dos PETs em comparação com as orientações oficiais para o
ensino fundamental;
 Levantamento e análise das estratégias formuladas pelas Secretarias
Municipais de Educação que oferecem ensino fundamental para
cumprimento das atividades escolares remotas; estímulo à discussão e
comparação das estratégias de ambas as instâncias (SEE e SME);
 Pesquisa de levantamento das condições de acesso dos alunos da rede
pública estadual e municipal de educação aos materiais e estratégias
disponibilizados pelo Estado e pelos municípios para realização das
atividades escolares remotas;
 Leitura, estudo e acompanhamento da programação da SEE para anos
iniciais do Ensino Fundamental, com o objetivo de conhecer as diversas
mídias utilizadas para interação com os alunos da Educação Básica e as
estratégias mais recorrentes para alcançar os alunos;
 Análise crítica das videoaulas na Rede Minas, de sua relação com as
orientações contidas nos PETs e da coerência em relação à BNCC e ao
CRMG;
 Concepção, criação e aplicação de materiais e atividades, em colaboração
com a professora regente;
 Correção e avaliação das atividades realizadas pelas crianças e emissão
de relatório para as professoras regentes;
 Monitoramento de grupos de whatsapp organizados pela escola para
acompanhamento das crianças e apoio às famílias;
 Participação em vídeoconferências com o objetivo de preparar, junto com
os professores orientadores de estágio, a elaboração/planejamento dos
materiais, bem como das atividades que serão ofertadas;
 Acompanhamento e análise da participação dos alunos nas videoaulas,
criando instrumentos específicos para isso;
 Análise do material didático disponível para as aulas quanto ao conteúdo,
comunicação e método;
 Análise dos conteúdos, sua organização sequencial e relação
aprendizagem/currículo da escola;
 Análise da proposta de avaliação da aprendizagem, se está presente em
quais momentos e quais instrumentos foram utilizados;
 Elaboração de Planos de Aula com base nas unidades temáticas do PET;
 Planejamento de, pelo menos, uma oficina virtual dirigida aos seus
colegas de turma e para professores da rede pública, sobre uma das
unidades temáticas do PET;
 Análise dos espaços comuns que se transformaram em espaços
educativos;
 Análise e discussão do processo educativo em tempos de pandemia, seu
contexto, sua eficiência, sua viabilidade, bem como os efeitos das
desigualdades de acesso que ficaram patentes durante o teletrabalho
escolar;
 Apoio às professoras na análise do desenvolvimento das crianças;
 Auxílio no preenchimento das fichas que o Estado colocou como uma das
tarefas dos professores para certificação do trabalho remoto;
 Com base na BNCC  e no CRMG, conceber e  propor projetos de trabalho,
especialmente projetos voltados para o contexto atual que envolve
educação para a saúde, solidariedade social, alimentação, doenças virais e
formas de prevenção;
 Análises dos aspectos operacionais do trabalho escolar remoto, como por
exemplo: qual o papel do professor e da escola em um contexto de crise
global e, especificamente, na modalidade de atividade remota? Como o
professor interfere na aprendizagem do aluno? Como o professor retorna
para o seu aluno o seu desempenho? Como tira dúvidas?
 Analisar como a programação das teleaulas foi distribuída pelos anos
iniciais e finais do EF;
 Analisar as dificuldades encontradas em todo o processo, por professores,
gestores, pais e crianças;
 Realização de pesquisa junto aos alunos, professores e pais sobre esse
processo de ensino aprendizagem, no período de quarentena, bem como
levantamento da avaliação dos gestores sobre as estratégias criadas tanto
pelos municípios quanto pelo Estado.
 Produção de artigos, papers e pôsters sobre toda a experiência da
educação na pandemia, materiais esses que poderão ser publicados em
futuros eventos organizados pelo DEPE – ou condensados para publicação
na modalidade e-book ou revista Ciranda.
 Preparação de Seminário final, presencial ou virtual, a depender dos
desdobramentos da crise, sobre toda essa experiência. 
6. CRONOGRAMA
ATIVIDADE CRONOGRAMA/MESES

Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

1. Contatos institucionais com as X


SREs
E com as Secretarias Municipais
De Educação.
2. Elaboração de lista dos alunos X
inte-
ressados em realizar o estágio
virtual
3. Distribuição dos alunos nas X X X
escolas
4. Início da atividade de Estágio X X

5. Reuniões do DEPE para X X X X X X X


discussão e
encaminhamento
6. Acompanhamento das X X X X X
propostas de
Intervenção dos estagiários
7. Análise de todo o processo X X X X X

8. Produção de relatórios e artigos X X X X

9. Comunicação dos resultados X X

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

E importante pensarmos em uma estratégia de estágio curricular


supervisionado não apenas para evitar atraso na formação profissional de nossos
alunos, para também para propiciarmos a experiência única e irrepetível de
pensar o papel da educação nesse contexto de crise global. Consideramos
fundamental que nossos alunos e alunas reflitam sobre tudo o que está
acontecendo,  sobre como todos esses problemas são agravados pela enorme
desigualdade social que marca a sociedade brasileira e como são urgentes
políticas públicas que considerem os pobres desse país e que acolham suas
necessidades. O projeto que ora apresentamos tenta manter as condições
previstas para a realização do estágio curricular obrigatório, no que toca aos
momentos de observação e levantamento de dados, monitoria e regência. No
entanto, é necessário perceber as especificidades do momento que atravessamos
e não perder de vista os desafios que estão colocados. Estamos convencidas de
que proporcionar a que nossos alunos assumam protagonismo nesse momento
tão conturbado da vida social e comunitária será de extrema importância para a
sua formação profissional e humana.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério Da Educação. Texto integral da BNCC. Brasília-DF, 2017.

HERNANDEZ, F.; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de


trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.

MASSCHELEIN, J.; SIMONS, M. Em defesa da escola: uma questão pública. Belo


Horizonte: Autêntica, 2017.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Resolução 4310. Belo


Horizonte, março de 2020.

PIMENTA, S.G.; LIMA,M.S.L. Estágio e docência: diferentes concepções. Revista


Poíesis -Volume 3, Números 3 e 4, pp.5-24, 2005/2006.

THIOLENT,M. A metodologia da pesquisa-ação. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1986.

UNIMONTES. Projeto político pedagógico do curso de Ciências da Religião.


Montes Claros: Centro de Ciências Sociais e Humanas, 2013.

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1996.

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