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Curso de Psicologia
ITAJUBÁ – MG
2014
Camila Tássia Correa
ITAJUBÁ – MG
2014
CORRÊA, Camila Tássia
Reflexão sobre o impacto emocional causado nos pais diante da hospitalização do filho
(a). Camila Tássia Corrêa. Itajubá, 2014, 32p.
Aprovada ( )
Aprovada com Restrições ( )
Reprovada ( )
Nesse momento, mais um objetivo alcanço em minha vida, por isso devo
agradecer inicialmente a Deus, pelo dom da vida e por guiar meus passos.
Agradeço aos meus pais Antonio de Oliveira Corrêa e Alenilda Gonçalves
Santos Corrêa, pelo amor, pela confiança, pelas orações e dedicação, não medindo
esforços para realizar meu sonho de ser psicóloga.
Agradeço aos meus familiares, meu irmão, meus amigos que sempre
estiveram do meu lado.
Aos meus colegas que dividiram comigo as decepções, alegrias e conquista
ao longo do curso, o que deixará eterna saudade. Em especial minha colega
Josiana, que se tornou irmã da vida.
Agradeço a FEPI, na figura dos meus mestres pelos ensinamentos
eternizados.
Agradeço a minha orientadora Priscila Abreu por proporcionar dias de
aprendizados que levarei sempre comigo.
Agradeço também a minha amiga e coorientadora Fabiana Sene, pela
paciência e por proporcionar que esse trabalho fosse mais prazeroso.
Agradeço a Banca Examinadora por todo conhecimento transmitido, em
especial a Professora Roselle Torres que me apoiou e incentivou em vários
momentos, a quem também admiro muito!
Enfim, a todos vocês que torceram por mim, o meu mais sincero Obrigada.
Sei que muitas lutas me esperam! Mas tenho sempre em mim esta força que
me trouxe até aqui e que agora me levas a seguir um novo caminho.
The objective of this work is to analyze how the hospital environment can affect
emotionally the hospitalized child as well as their family members. In addition to
identifying the emotional factors relevant to the case of hospitalization, noting the
importance of interdisciplinary work the care team, as well as coping strategies such
as emotional support, addressing the role of the psychologist in the hospitalization of
the child and their family. First we will address the emergence of hospital and the
emotional aspects involved in the process of the child's hospitalization and his family.
They will then discussed the importance of the psychologist as support for children,
as well with your family.
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................8
3 MÉTODO.................................................................................................................24
REFERÊNCIAS..........................................................................................................27
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1. INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
Realizar uma reflexão sobre o impacto emocional, causado nos pais diante da
hospitalização do filho (a). E observar quais os sentimentos implícitos durante a
internação, assim verificar a importância do trabalho do psicólogo como suporte aos
familiares e desse modo conferir as estratégias de enfrentamento encontrado pelos
familiares diante da hospitalização.
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2. REFERENCIAL TEORICO
A palavra hospital vem do latim “hospes”, que significa hóspede e deu origem
a “hospitalis” e “hospitium”, que designavam o lugar onde se hospedavam na
Antiguidade, além de enfermos, viajantes e peregrinos. Quando o estabelecimento
se ocupava dos pobres, incuráveis e insanos, a designação era de “hospitium”, ou
seja, hospício, que, por muito tempo, foi usado para designar hospital de psiquiatria
(GONÇALVES e BORBA apud CAMPOS, 1995).
A figura do hospital, bem como suas funções tem um marco divisor: antes e
depois da Era Cristã. Na Grécia, Egito e Índia, os médicos aprendiam medicina em
locais junto aos templos e exerciam a profissão no domicílio das pessoas enfermas.
Havia na Grécia construções semelhantes a hospitais junto aos templos dedicados
ao deus Esculápio. Nesses locais, eram colocadas as pessoas enfermas ante a
estátua desse deus para que a ação dos sonhos associada à de medicamentos
empíricos preparados pelos sacerdotes pudessem curar os doentes.
De acordo com Campos (2005), o hospital surgiu no ano 360 d.C quando
surge a primeira entidade assistencial - Hospital. Sob a máxima de "Amar o próximo
como a si mesmo" advinda do Cristianismo. Assim o homem passa a se preocupar
com o seu semelhante. Desta forma, a história do hospital começa a ser contada a
partir de Cristo, pois, recebendo influência direta da religião cristã.
I Sendo assim inicia-se a "Era dos Hospitais" com atividades básicas de
restaurar a saúde, pregar a assistência, simplesmente concluindo diagnóstico e
efetuando tratamentos limitados pelos padrões e condições da época.
Com o desenvolvimento da medicina e de acordo com as regiões, o Hospital
assumiu determinadas características. Os primeiros hospitais foram criados como
locais de isolamento onde a caridade se exercia como uma prática cristã. Eram
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De acordo com Pedrosa et al. (2007), Favarato (apud LAMOSA, 1990), Dias,
Baptista e Baptista (apud BAPTISTA, 2003), Moraes e Costa (2009) e Chiattone
(2003), a hospitalização pode modificar o desenvolvimento da criança, com
alterações físicas e mentais, gerando sentimentos de menos valia, insegurança e
inferioridade.
No hospital predominam os comportamentos de repressão de sentimentos na
criança em que ela não pode expressar suas emoções; neste local, também é
comum encontrar nos médicos, enfermeiros, pais e acompanhantes as expressões
“você é corajosa”, “menino não chora”, “vamos tomar a injeção bem quietinha para ir
logo para casa”, “ele é forte, não chora”, “ela é boazinha” dentre outras. Muitas
vezes a criança expressa sua raiva com “nomes feios”, comportamentos agressivos
e, na maioria dos casos as pessoas que ali estão não validam esta expressão
ignorando esta necessidade (SOUZA; CAMARGO; BULGAVOV, 2003).
Ainda, ressalta-se que a criança, a partir da sua birra, expressa sua dor, que é
constitutiva do momento que está sendo vivenciado, denunciando suas relações
interpessoais que negam a sua identidade. Quando da expressão da sua dor, choro
ou do seu grito segue-se o eco de alguém que diz “olha, eu estou aqui!”, “sou uma
criança!”, “tenho um nome!”, “uma história!”, “quero brincar”, “quero viver”, “este
lugar é horrível!”, “me deixe sair!”. Estes apelos precisam ser ouvidos na sua
extensão, não reprimidos e nem regulados na sua forma de expressão (SOUZA;
CAMARGO; BULGAVOV, 2003).
Segundo Favarato (apud LAMOSA, 1990), muitas vezes a criança precisa se
separar dos pais e os medos e ansiedades são vivenciados pelo ambiente novo,
como também os procedimentos terapêuticos desconhecidos e desagradáveis
acabam provocando sentimentos de abandono e desamparo. A criança sente-se
culpada, como se a doença fosse um castigo por algo errado que tenha feito, ou
ainda passa a culpar a família, ou a equipe, por elas estarem impondo um
sofrimento.
De acordo com Dias, Baptista e Baptista (apud BAPTISTA, 2003), durante a
internação se torna imprescindível detectar sinais e sintomas da presença de
transtornos psiquiátricos, na criança e na família, que poderiam comprometer a
recuperação do quadro clínico da mesma.
Para diminuir as sensações desagradáveis da hospitalização da criança, o
brinquedo pode ser utilizado para alegrar e amenizar; desta forma, se estará
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Nesse aspecto, é importante tanto o medico quanto a equipe que esta atendo
a criança e sua família, entenda o quanto é difícil e doloroso para a mãe perceber o
filho (a) doente, sentindo-se impotente diante dessa situação, sendo mais agravante
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A família busca a cura desse paciente e deseja que os médicos dêem essa
certeza, o que algumas vezes não é possível devido ao diagnostico dado, e a
incerteza de como o paciente irá reagir, fazendo aumentar a impotência familiar e
conflitos de sentimentos. A reação que algumas famílias demonstram como fuga e
negação, refletem a insegurança da vivencia, da impotência, pela falta de habilidade
e flexibilidade em enfrentar as existências diante a doença e a hospitalização.
Segundo Azzi e Andreoli (2008, p.95)
De acordo com esses autores acima citados (op.cit) existem evidencias que o
impacto negativo é relativamente mínimo sobre os familiares e crianças, para tanto,
os mesmo necessitam serem adequadamente manejados, ou seja, sendo
preparados e orientados para compreensão do processo de hospitalização. Sendo
assim, esses fatores quando bem acompanhados, passa a serem vistos
positivamente, pois as crianças e seus familiares tornam-se previamente estável
emocionalmente, com habilidades de reorganização diante de situações difíceis.
Conforme Câmara (2009), Moraes e Costa (2009), Pinto, Ribeiro e Silva
(2005), Amaral e Albuquerque (apud SILVARES, 2000) e Motta (1998) com a
hospitalização da criança, algumas mudanças acabam por ocorrer na dinâmica da
família. Segundo Milanesi et al. (2006) o estado de saúde do filho gera tensão, tanto
pelo fato de estar doente, como pela família assumir os cuidados e, muitas vezes,
não receber informação para tal. Mediante todas essas dificuldades e necessidades
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surgem o medo da morte e a sensação de impotência ao não saber o que fazer para
amenizar a dor.
Conforme Motta (1998), Barros (1999 apud DOCA; COSTA JUNIOR, 2007),
Pinto, Ribeiro e Silva (2005) e Milanesi et al. (2006), a hospitalização que os pais
enfrentam diante da doença do filho, na maioria das vezes, se torna desesperadora,
pois o ambiente hospitalar, sua dinâmica de trabalho, os longos tratamentos e os
imprevistos acabam gerando sofrimento, dor física e problemas emocionais para a
criança e para os pais.Chiattone (apud ANGERAMI, 2003) ressalta que os pais e a
criança precisam ser ajudados ao chegarem ao hospital. Pois os pais, assim como a
criança, passam por diferentes estágios. No primeiro momento, ocorre o choque e a
descrença, ou seja, a negação da realidade; em seguida, vêm a raiva e o
ressentimento; depois, aparece à culpa por condutas ou sentimentos em relação ao
paciente, e esta dá lugar à tristeza e à depressão, para, no final, se chegar à
aceitação (ANGERAMI et al., 2003).
De acordo com Pinto, Ribeiro e Silva (2005), no novo ambiente, a família
pode se sentir cansada e pouco à vontade para cuidar da criança; desta forma, pode
vir a apresentar dificuldades para conviver com a hospitalização.
Lima (2004) coloca que a criança tem o direito de saber o que se passa com
ela e, dessa forma, os pais e a equipe do hospital precisam encontrar palavras que
possam esclarecer o seu estado de saúde atual, de acordo com o entendimento da
criança. Estas informações possibilitam a organização do seu emocional para
melhor enfrentamento da situação.
Conforme Milanesi et al. (2006), quando os pais não aceitam o problema,
torna-se ainda mais difícil o processo de internação da criança. Muitas vezes, os
pais potencializam a angústia, a preocupação, a impotência e o desespero por não
aceitarem a hospitalização.
Conforme Amaral e Albuquerque (apud SILVARES 2000), a promoção de
saúde na criança contribui, de certa forma, na mediação dos pais, e a maneira como
os pais se comportam diante da doença do filho depende em parte do conhecimento
que estes têm da doença, sua evolução e gravidade.
Dessa forma, Mensorio e Kohlsdorf (2009) ressaltam que auxiliar os
acompanhantes da criança na exploração de estratégias de enfrentamento é uma
forma eficaz para promover a participação no tratamento, ajudando no
desenvolvimento tanto dos pais como dos filhos ao longo da hospitalização. Assim,
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segundo Costa Junior (2004 apud DOCA; COSTA JUNIOR, 2007) os pais, na
hospitalização da criança, representam elementos-chave no processo de
enfrentamento e, oferecendo modelos adequados, estimulando o desenvolvimento
de habilidades e apoio emocional.
4. MÉTODO
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AMARAL, Vera Lúcia Adami Raposo do; ALBUQUERQUE, Sílvia Regina Teixeira
Pinto de. Crianças com problemas crônicos de saúde. In: SILVARES, Edwiges
Ferreira de Mattos (Org.). Estudos de caso em Psicologia Clínica
Comportamental Infantil. 5.ed. Campinas: Papirus; 2000, cap. 8, p.219-232.
Disponível em: <http://books.google.com.br/books?
id=2g2UhkeWiNkC&pg=PA261&dq=psicologia+hospitalar+infantil&cd=1#v=onepage
&q&f=false>. Acesso em: 04 mai. 2014.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas,
2007.
PINTO, Júlia Peres; RIBEIRO, Circéa Amália; SILVA, Conceição Vieira. Procurando
manter o equilíbrio para atender suas demandas e cuidar da criança
hospitalizada: a experiência da família. Revista Latino-Americana de
Enfermagem, Ribeirão Preto, v.13, n.6, nov./dez. 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S010411692005000600009&script=sci_arttext>. Acesso em: 14 abr. 2014.
%20import%C2ncia%20do%20psic%D3logo%20no%20tratamento%20de%20crian
%C7as%20hospitalizadas.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2014.