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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI

CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELA

ENGENHARIA CARTOGRAFICA E DE AGRIMENSURA

MATERIA: HUMANIDADES, CIÊNCIAS SOCIAIS E


CIDADANIA

DOCENTE: CELSO DE BRITO

DISCENTES: ANA BEATRIZ LIMA FERREIRA

RESUMO

(O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho”)

TERESINA- PI, OUTUBRO DE 2021


Segundo o Damata, nós, brasileiros, vivemos uma realidade ambígua, em que existe o caos
(carnaval), que nos permite transgredir e fugir das regras. Temos ordem, o que exige disciplina e
cumprimento da lei. Nesta forma, é difícil entender os padrões gerais e sua aplicabilidade. O
resultado disso nos fez perceber que sempre há uma maneira de satisfazer nossos desejos.

De acordo com seu artigo publicado no livro “Carnaval, mentiroso e Herói”, estamos diante de
um dilema, que passa pela existência de indivíduos (sujeitos que se integram em leis universais
e modernizam a sociedade) e pessoas (usuários de um sistema). As relações sociais pessoais, o
sujeito dos extremos tradicionais), portanto, há uma luta entre as leis que devem ser universais.
O resultado é um sistema social dividido e equilibrado, algo entre truques, truques e o famoso
"Você sabe com quem está falando?" Essa será a forma brasileira típica de enfrentar essas
contradições e paradoxos. Esse tipo de mediação também está na lei, o que baixa o moral.

No terceiro parágrafo, deu exemplos de situações que nos levaram a encontrar soluções para
problemas, como "não estacionar!", "Não fumar!" E até mesmo a famosa "fila de quilómetros",
enfim, é As dificuldades do nossas vidas diárias. A comparação do autor entre Brasil e Estados
Unidos, França e Reino Unido e outros países mostra que nessas sociedades há coerência entre
as normas jurídicas e as práticas da vida cotidiana, o que nos intriga. Obcecado pela obediência,
isso acaba se traduzindo em: civilização, disciplina, educação e ordem. Para passar para os
cidadãos desses países, sentimos muita falta da confiança. Aqui, perdemos a diversão e
desmontamos nosso projeto.

Devido a esses fatores, DaMatta disse que essa é a razão pela qual podemos descobrir e
melhorar os modos, métodos e estilos de navegação social, porque está sempre no meio do "não
pode!" É também porque temos um sistema jurídico dividido, que nem sempre está de acordo
com a nossa realidade. No sexto parágrafo, ele começou a conceituar "o caminho", que é uma
maneira de fazer as coisas e um estilo de fazer as coisas, uma forma compassiva, desesperada ou
humanizada de conectar a impessoalidade com os indivíduos e a paz; até mesmo abordando
legalmente esses O problema leva a essa relação causal completa entre a lei e a pessoa que a
usa.

Para exemplificar esse processo, o autor cita três atos, que consistem na relação da pessoa
humilde, com superioridade do servidor público e este, com o "sabe com que está falando?". No
primeiro ato, ele fala da hierarquização das posições sociais, em que a pessoa ignorada por sua
aparência, não é atendida com respeito pelo funcionário público. No segundo, cria-se um
impasse, porque o atendente complica as coisas e começa a falar das penalidades legais que o
usuário pode sofrer. Após isso, o autor explica a posição do servidor e o valor social do
solicitante. Dando continuidade, no terceiro ato, ele fala da questão do "pode" e do "não pode"
dito pelo funcionário.

Na relação entre a autoridade e o servidor, ele explica que não há busca de uma igualdade
simpática, pois o "jeitinho" dessa vez é provindo do "sabe com quem está falando?" Desta
forma, tem-se uma hierarquização inapelável, entre o usuário e o atendente. Ele diz, que existe
um modo harmonioso de resolver a disputa e outro conflituoso, um tanto direto de realizar a
mesma coisa. Há sempre outra autoridade, ainda mais alta a quem se poderá recorrer.
A outra forma de navegação social dita pelo autor é a Malandragem, um profissional do
"jeitinho" e da arte de sobreviver nas situações mais difíceis, figura que possui um
relacionamento complexo e criativo, entre o talento pessoal e as leis. Cria artifícios pessoais que
nada mais são que modos engenhosos de tirar partido de certas situações (a venda de um bilhete
premiado da loteria) como exemplo. Porém, existe a figura do despachante, com o seu oposto
social, esse especialista entra em contato com as repartições oficiais, para obtenção de
documentos. Ele é um mediador entre a lei e uma pessoa, pois deve guiar seus clientes, fazendo
com que eles sigam o caminho certo, seria uma espécie de padrinho das classes baixas.
No desfecho desse capítulo, DaMata fala das diversas formas de navegação social, que nós
brasileiros acabamos por fazer, já que seria uma forma ou estilo de conciliar ordens impossíveis
de serem cumpridas com situações específicas. Mencionou que há grandes tipos de
malandragens e como bom exemplo, citou Pedro Malasartes, incluindo nesse meio, até o
famoso Pero Vaz de Caminha, quando escreveu a sua carta histórica do descobrimento,
caracterizando-a como fundadora do nosso modo de ser.
Podemos perceber com a leitura de DAMATTA, como somos pobres coitados, por tentarmos
fugir dessa contradição. Infelizmente, ainda temos esse "defeito" que Roberto DaMatta indaga
tão criticamente, que nos faz dar sempre aquele jeitinho pra tudo, sujando a nossa imagem a
cada passo errado". O autor não dá o devido valor às questões histórico-sociais de cada povo
analisado, em especial, o Brasil.

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