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OBJECTIVOS
1. Conhecer o conceito de empresa como um sistema integrado.
2. Compreender a importância da comunicação entre os vários sectores para o sucesso
da organização.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1.1 A organização 004
1.2 A empresa como um sistema integrado 006
1.3 A gestão da produção e a estratégia da empresa 008
1.4 Organização e flexibilidade 009
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1.1 A ORGANIZAÇÃO
Durante séculos a produção foi efectuada por artesãos isolados ou agrupados em
corporações, mas recentemente as imposições criadas à concepção, produção,
distribuição e utilização dos bens conduziram ao desenvolvimento da obra colectiva.
Surgiu então a necessidade da reunião e organização de meios e pessoas para a
realização das actividades.
Actualmente são raros os casos em que a produção é efectuada por um só indivíduo,
trabalhando isoladamente e tornou-se quase geral a associação dos esforços pelo
trabalho em grupo, especialização das tarefas e a divisão do trabalho. Esta evolução
trouxe a necessidade de organizar e gerir os meios e pessoas, para que trabalhem
coordenadamente, de forma a atingirem o objectivo final: fornecer o produto ou serviço
pretendido pelo cliente.
Blau e Scott (1963) referiam que: “As organizações caracterizam-se por serem
estabelecidas na intenção explícita de atingir certos objectivos, tendo simultaneamente:
1. Regras concebidas para prever e modelar os comportamentos no sentido desses
objectivos.
2. Uma estrutura formal de estatutos com canais de comunicação e de linhas
hierárquicas claramente definidas”.
Segundo Etzioni (1972) “As organizações caracterizam-se por:
1. Divisões de trabalho, poder e responsabilidades de comunicação, que não são
casuais ou estabelecidas pela tradição mas planeadas intencionalmente a fim de
intensificar a realização de objectivos específicos;
2. A presença de um ou mais centros de poder que controlam os esforços combinados
da organização e os dirigem para os seus objectivos; esses centros de poder devem
reexaminar continuamente a realização da organização e, quando necessário,
reordenar a sua estrutura a fim de aumentar a sua eficiência;
3. Substituição do pessoal, isto é, as pessoas pouco satisfatórias podem ser demitidas
e designadas outras pessoas para as suas tarefas. A organização pode também
recombinar o seu pessoal, através de transferências e promoções”.
Podemos verificar que apesar destas definições de organização serem diferentes, ambas
de algum modo referem a hierarquização de poder, o estabelecimento e cumprimento
de objectivos e a interligação entre funções. Assim, para melhor compreender o
funcionamento de uma organização torna-se necessário conhecer:
- Os seus componentes;
- As funções de cada componente;
- O inter-relacionamento entre cada função.
O conhecimento dos componentes de uma organização bem como das suas funções é
necessário para que se efectue uma melhor divisão das tarefas e sejam atribuídas
responsabilidades.
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ADMINISTRAÇÃO
DIRECÇÃO GERAL
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Sistemas Subsistemas
Gestão comercial - Marketing;
- Vendas…
Gestão da produção - Fluxos produtivos;
- Métodos, tempos e implantações;
- Planeamento e controlo da produção;
- Gestão dos aprovisionamentos;
- Gestão da manutenção;
- Garantia e controlo de qualidade…
Gestão de recursos humanos - Recrutamento e selecção;
- Formação e desenvolvimento;
- Administração das remunerações;
- Estrutura administrativa;
- Cadastro dos recursos humanos…
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Administração / Gestão
Gestão Financeira
Gestão de Recursos
Gestão da Produção Humanos
Gestão da Qualidade Lucros
Gestão Comercial
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A organização interna de uma empresa deve ser de modo a que esta possa dar a
melhor resposta, a mais rápida e mais barata, para corresponder às solicitações
do mercado.
A Indústria do Vestuário tem vindo a sofrer uma grande evolução ao nível do equipamento,
técnicas de produção e especialmente ao nível da organização e novas filosofias de
trabalho.
Uma vez alterada a estratégia da empresa, todos os sectores que a constituem sofrem
alterações de modo a que no conjunto a empresa consiga dar a resposta desejada.
Grande parte das empresas de vestuário encontram-se na situação de mudança radical
de estratégias.
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Será preferível partir para a resolução, em primeiro lugar, das insuficiências actuais das
fábricas, começando por simplificar a organização e optimizar o seu funcionamento.
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AUTO-TESTE DO TEMA
Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituído
por 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão de
A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/
as respostas que considerar mais adequadas para responder correctamente a cada
uma das questões.
Numa empresa:
B1 Apenas há um tipo de actividade.
B2 As actividades têm como objectivo final obter lucros.
B3 As várias actividades são independentes e não se relacionam.
B4 Sistema integrado significa interligação entre vários departamentos.
TOTAL
Gerir é:
D1 Receber os lucros.
D2 Dar ordens.
D3 Estudar, planificar e controlar.
D4 Decidir.
TOTAL
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Numa empresa:
B1 Apenas há um tipo de actividade.
B2 As actividades têm como objectivo final obter lucros.
B3 As várias actividades são independentes e não se relacionam.
B4 Sistema integrado significa interligação entre vários departamentos.
TOTAL
Gerir é:
D1 Receber os lucros.
D2 Dar ordens.
D3 Estudar, planificar e controlar.
D4 Decidir.
TOTAL
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BIBLIOGRAFIA
[1] CAMARINHA MATOS, Worid - “Congress on intelligent manufacturing processes and
systems”. Hungary, 1997.
[2] GOLDMAN, S. L.; NAGEL, R. N., PREISS, K. - “Agile competitors and virtual
organizations: strategies for enriching the customer”. NY: Van Nostrand Reihnold, 1995.
[3] HEIZER, J.; RENDER, B. - “Production and operations management: strategies and
tactics”. Allyn and Bacon, 1988.
[4] HITOMI, K. - “Manufacturing systems engineering”. Taylor & Francis, 1979.
[5] MINTZBERG, H. - “The structuring of organizations”. Prentice Hall, 1979.
[6] PUTNIK, G.; SILVA, S. C.- “OPIM”, Basys’95. Samuelson and Nordhaus “Economia”.
McGraw-Hill,1995.
[7] SILVA, S. C.; ALVES, A. C.- Diferentes perspectivas de sistemas de produção orientados
ao produto. 1° Encontro Nacional de Engenharia e Gestão Industrial. Lisboa, Junho 1997.
[9] SANTOS, Gilda - "Organização da produção em confecção". V.N.Famalicão: CITEVE,
2000.
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PRODUTIVID
PRODUTIVID ADE
ODUTIVIDADE M-2 PLANEAMENTO
OBJECTIVOS
1. Conhecer o conceito de produtividade.
2. Compreender a necessidade de melhoria da produtividade como forma de manutenção
da competitividade das empresas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
2.1 Conceitos e definições de produtividade 016
2.2 Factores de melhoria da produtividade 018
2.2.1 Factores internos 019
2.2.2 Factores externos 020
2.3 Análise da produtividade 021
2.4 Aplicação de uma técnica de medição da produtividade 023
2.5 Exemplo prático 024
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PRODUTIVID
PRODUTIVID ADE
ODUTIVIDADE M-2 PLANEAMENTO
Quantidade Produzida
Produtividade =
Tempo Gasto
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PRODUTIVID
PRODUTIVID ADE
ODUTIVIDADE M-2 PLANEAMENTO
Factores de
Produtividade de
uma Empresa
Factores Administração
Factores Ajustes Recursos
Rígidos Pública e
Flexíveis Estruturais Naturais
Infra-estruturas
Produto Pessoas Económicos Mão-de-obra Mecanismos
Institucionais
FACTORES RÍGIDOS
Produto - A produtividade deste factor caracteriza-se pelo grau de satisfação que lhe é
associado face às exigências de produção. O seu “valor de uso” é o quanto o cliente está
disposto a pagar por um produto de qualidade determinada.
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FACTORES FLEXÍVEIS
Organização e Sistemas - Os princípios de uma boa organização tem como objectivo
prever a especialização e divisão do trabalho bem como a sua divisão dentro da empresa.
Uma organização tem de ser dinâmica e estar sempre orientada para os seus objectivos
e periodicamente deve ser alvo de análise, redefinição e reorganização, para se adaptar
aos novos objectivos que vão sendo definidos. Uma das principais causas de baixa
produtividade em muitas organizações é a sua rigidez, pois não são capazes de se
adaptarem às mudanças do mercado. A falta de comunicação horizontal cria barreiras e
atrasa a adopção de decisões. Para minimizar os efeitos das mudanças deve-se criar
sistemas dinâmicos e flexíveis, mas por melhor desenhado que esteja nenhum sistema
é eficiente em todas as situações.
Métodos de Trabalho - A melhoria dos métodos de trabalho, principalmente quando a
disponibilidade de capital é baixa, nas economias em desenvolvimento e quando são
utilizados métodos de trabalho ultrapassados, é um dos factores com maior potencial
para a melhoria da produtividade. As técnicas relacionadas com os métodos de trabalho
têm como objectivo a optimização dos movimentos humanos tendo em conta os
instrumentos utilizados, a disposição do posto de trabalho, a manipulação dos materiais
e as máquinas utilizadas. Os métodos são melhorados com a análise dos métodos
utilizados, eliminando os movimentos desnecessários, apostando numa maior eficiência
e menor esforço.
Tipos de Gestão - Os aumentos ou melhorias da produtividade na organização estão
directamente ligados à vontade, ao empenho e ao bom senso por parte da gestão, visto
que é da sua responsabilidade o uso eficaz dos recursos da empresa. Não existe nenhum
tipo de gestão que se considere o perfeito. A eficiência da gestão depende de quando,
onde, como e a quem se atribui essa função. Os tipos e práticas da gestão influenciam
a estrutura organizacional, as políticas de pessoal, os postos de trabalho, o planeamento
e o controlo, as compras e os aprovisionamentos, os sistemas de produção e as técnicas
de controlo de custos.
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PRODUTIVID
PRODUTIVID ADE
ODUTIVIDADE M-2 PLANEAMENTO
e matérias-primas.
A gestão da empresa tem de entender e tomar em consideração estes factores ao
planificar e executar os programas de melhoria da Produtividade, uma vez que tendo
presentes todos os laços sociais, políticos, económicos e organizacionais que existem
entre os consumidores, os trabalhadores, as direcções das empresas, as autoridades
públicas, os diferentes grupos de pressão e entre as instituições e a infra-estrutura
organizacional, é imprescindível examinarmos os principais factores macroeconómicos
relacionados com a produtividade, que ao seu modo aceleram ou bloqueiam os processos
de melhoria de uma empresa.
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PRODUTIVID
PRODUTIVID ADE
ODUTIVIDADE M-2 PLANEAMENTO
nem sempre são lineares, por esse motivo, é essencial que a produtividade seja medida
durante um largo período de tempo.
Outros erros frequentes são:
- Confundir os custos indirectos com os custos directos;
- Incluir custos de horas extraordinárias nos “inputs”;
- Ignorar custos indirectos de planeamento e controlo, investigação e desenvolvimento
dos produtos, custos de manutenção;
- Atribuição de custos mal concebidos.
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HIPÓTESE 1
Produção = 1000 peças
Rend. do corte = 70%
Qt. Peças Cortadas 1000
Produtividade 1 = = = 2.0 Peças/kg.
Kg. Malha Consumida 500
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PRODUTIVID
PRODUTIVID ADE
ODUTIVIDADE M-2 PLANEAMENTO
HIPÓTESE 2
Produção = 1000 peças
Rend. do corte = 90%
350 Kg.
Consumo de Malha = = 389 Kg.
0.90
Qt. Peças Cortadas 1000
Produtividade 2 = = = 2.6 Peças/kg.
Kg. Malha Consumida 389
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AUTO-TESTE DO TEMA
Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituído
por 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão de
A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/
as respostas que considerar mais adequadas para responder correctamente a cada
uma das questões.
Maior produtividade significa:
A1 Mais produção.
Menos defeitos para a mesma quantidade produzida com os
A2
mesmos recursos utilizados.
Mais produção obtida com os mesmos recursos utilizados para a
A3
obter.
Produzir as mesmas quantidades em menos tempo utilizando os
A4
mesmos recursos.
TOTAL
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PRODUTIVID
PRODUTIVID ADE
ODUTIVIDADE M-2 PLANEAMENTO
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BIBLIOGRAFIA
[1] François, A. R. - “Organização da empresa“. Porto: Rés-Editora.
[2] LAURIOL, André - Modes & Techniques. “L’organisation du travail e des fabrications”.
Paris: Vauclair, 1992. ISBN 2-903 395-11-X.
[3] SILVA, Jacinto - "Planeamento e Organização da Produção em Confecção". Braga:
Controlconsul, 2003.
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OBJECTIVOS
1. Conhecer o conceito de gabinete técnico.
2. Compreender o seu enquadramento com todos os outros departamentos que fazem
parte da estrutura organizativa da empresa.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
3.1 Estrutura organizacional da empresa 030
3.1.1 Comunicação interdepartamental 030
3.1.2 Organização e funções dos departamentos 033
3.1.2.1 Departamento comercial 034
3.1.2.2 Departamento técnico 037
3.1.2.3 Departamento produção 042
3.1.2.4 Departamento financeiro 045
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forma que possa ser uma fonte de informação livre de qualquer possibilidade de
interpretações divergentes eliminando a necessidade de recorrer a outros documentos.
De facto, a existência de fichas de especificações de produto e de processo é um factor
de primordial importância para a correcta transmissão da informação e consequentemente
para o bom funcionamento de qualquer empresa.
Diálogo claro
Informações e completo entre Protótipos
Legais e sociais o cliente e os
subcontratados
DOSSIER
Informações
TÉCNICO
comerciais
VESTUÁRIO
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Numa empresa de confecção podemos distinguir, de um modo geral, duas grandes fases:
a criação/desenvolvimento do produto e a produção em série desse produto. É durante
a fase de criação/desenvolvimento que o dossier técnico deve ser elaborado, pois, é
aqui que se procede à concepção e desenvolvimento dos modelos, à escolha das
matérias-primas e aviamentos mais adequados e ao estudo da industrialização do produto.
Posteriormente, durante a produção em série, o sector fabril só tem que seguir as
indicações constantes no dossier de modo a obter um produto em conformidade com as
especificações.
CONCEPÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE CORTE
MODELOS
ESTUDO E INDUSTRIALIZAÇÃO
ACABAMENTO
DO PRODUTO
O dossier técnico deve ser elaborado por uma equipa interdisciplinar, coordenada pelo
Gestor de Produto e constituída por técnicos das áreas de Design, Comercial/Marketing,
Modelação/CAD, Métodos e Tempos, Qualidade, Amostras e Compras. Esta
interdisciplinaridade é necessária para que o produto:
- Satisfaça especificações funcionais e estéticas;
- Esteja de acordo com certos critérios de desempenho e de limitação de recursos;
- Seja realizável com a tecnologia existente;
- Satisfaça outros critérios, tais como a simplicidade de fabrico, de manutenção, de
reciclagem.
Estilismo
Design Comercial
Marketing
Modelação
CAD
GESTOR Estudos
DO Métodos
PRODUTO Tempos
Compras
Qualidade
Amostras
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COMUNICAÇÃO INTERDEPARTAMENTAL
O meio de comunicação interdepartamental é o dossier técnico.
O GERENTE OU DIRECTOR-GERAL
Coordena as actividades de quatro departamentos:
- O departamento comercial;
- O departamento técnico;
- O departamento de produção;
- O departamento financeiro.
GERÊNCIA
O GERENTE OU DIRECTOR-GERAL
Deverá coordenar e supervisionar a execução das tarefas:
- Ligação entre os departamentos técnico, de produção, comercial e financeiro,
coordenando as reuniões entre eles;
- Aceitar ou rejeitar as encomendas, com base em:
- Carteira de encomendas existentes;
- Prazo de entrega pretendido;
- Interesse em relação a outras encomendas;
- Grau de adaptação aos meios de produção existentes;
- Preço, custo e quantidade.
- Executar encomendas dentro dos prazos de entrega estabelecidos sem prejuízo da
quantidade e qualidade.
- Executar as encomendas de acordo com as normas de qualidade estabelecidas com o
cliente:
-Percentagem de encolhimento;
-Peso (g/m2 );
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GERÊNCIA
O gerente ou director-geral coordena as actividades de quatro departamentos:
- O departamento comercial;
- O departamento técnico;
- O departamento de produção;
- O departamento financeiro.
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DEPARTAMENTO COMERCIAL
Todas as actividades das empresas devem começar pelo estudo do produto ou
serviço. Um erro na concepção do produto pode custar muito caro, pelo que é
necessário conhecer os desejos do mercado, devendo definir-se quais as
características e as quantidades dos produtos potencialmente vendáveis.
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Por Por
Visto Visto
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Necessidades implícitas
e explicitas do cliente
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DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
- Modelação:
1. Alterações técnicas, gradação e preparação dos moldes.
2. Preparação do plano e da ficha técnica de corte para a produção.
O ciclo do processo apresenta-se no fluxograma seguinte:
Criação moldes
tamanho base
Escalonamento
Gradação
Encaixe/Plano de corte
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- Amostras:
1. Execução das amostras.
2. Apoio ao responsável de métodos e tempos sempre que necessário.
- Estudos e especificações:
1. Estudar as malhas/tecidos e acessórios, preparar especificações e fichas técnicas.
ESTUDO DO TRABALHO
- Preparação da ficha técnica de confecção;
- Implantação das linhas de confecção;
- Determinação dos tempos de execução das operações, produtos e encomendas;
- Estudo dos métodos de trabalho e ergonomia do posto;
- Colaboração com a secção de amostras.
QUALIDADE
A secção da qualidade tem como função supervisionar e assegurar o bom funcionamento
do sistema de gestão da qualidade da empresa.
Este sistema tem como objectivo a detecção imediata de qualquer desvio que o produto
possa ter em relação às especificações determinadas pelo departamento técnico e
comunica-lo de imediato ao director de produção.
O modo de intervenção do controlo de qualidade é o seguinte:
- Revistar a malha/tecido na recepção, assinalar os defeitos e decidir a aceitação ou
rejeição das peças;
- Verificar especificações da malha/tecido solicitando ao laboratório a execução de ensaios:
- Verificação da largura de peça;
- Gramagem (peso/m2);
- Encolhimento;
- Cor e sua variação;
- Solidez dos tintos;
- Colunas/cm e Fileiras/cm ou Fios/cm e Passagens/cm.
- Controlo na confecção para verificação do plano de encaixe dos moldes, e do
cumprimento da ficha técnica de corte e costura;
- Controlo dos desperdícios no corte;
- Revista do produto após confecção.
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DEPARTAMENTO TÉCNICO
O departamento técnico tem por objectivo, a industrialização do modelo/protótipo.
DIRECTOR DE PRODUÇÃO
DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO
Chefe de
Encarregado Encarregado Encarregado Encarregado Encarregado Encarregado Encarregado Encarregado
Linha (4)
Aprovisiona- Manutenção Reparações
P. C. P. Expedição Mesa nº 1 Mesa nº 2 Costura Acabamento
mento Preventiva e Afinações
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CORTE
- Assegurar-se da existência dos materiais a usar na produção.
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COSTURA
- Organização da produção na costura e acabamento.
- Verificação e cumprimento das fichas técnicas e da ficha de costura.
- Assegurar a disciplina e limpeza na secção.
- Cumprir o plano de produção estabelecido.
- Observar os métodos de trabalho das operárias.
- Implementar um espírito de equipa.
- Avaliar o estado de conservação das máquinas.
- Garantir os níveis de qualidade exigidos.
- Observar a existência de “gargalos”.
- Sugerir alterações aos postos de trabalho.
- Assegurar a alimentação de trabalho na linha, etc.
MANUTENÇÃO
Manutenção preventiva:
- Organizar o sistema de manutenção preventiva do parque de máquinas da empresa
em colaboração com os encarregados do corte e costura, estabelecendo mapas de
manutenção preventiva por secção e assegurando a existência dos “stocks” de peças
e materiais necessários à manutenção.
Reparação e afinação:
- Organizar o sistema de reparação de avarias;
- Organizar o sistema de limpeza.
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Amostra: Produção:
Página N° :1/1
Cliente: DBB Estação: Verão
Versão : 01
Referência do cliente: AB/0123 Data recepção:20/04/03
Artigo: 200
N/ Referência: TS/v01 Data entrega:30/04/03
1 - CROQUIS
Por: Por:
Visto: Visto:
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Amostra: Produção:
Página N° :1/1
Cliente: DBB Estação: Verão
Versão : 01
Referência do cliente: AB/0123 Data recepção:20/04/03
Artigo: 200
N/ Referência: TS/v01 Data entrega:30/04/03
Pregar gola:
Ponto 514
Fechar lateral:
Pregar manga:
Ponto 514
Ponto 514
Fazer bainha:
Ponto 406
Fazer bainha:
Ponto 406
Por: Por:
Visto: Visto:
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Amostra: Produção:
Página N° :1/1
Cliente: DBB Estação: Verão
Versão : 01
Referência do cliente: AB/0123 Data recepção:20/04/03
Artigo: 200
N/ Referência: TS/v01 Data entrega:30/04/03
Etiqueta:
Gola: Centrada no decote e Tapa costura:
Altura: 2.5cm. sem inclinação. Pesponto regular e sem
Rib uniformemente distribuido. torturas.
União da gola a coincidir com a Pontos/cm: 5.
costura do ombro.
Made by CITEVE
SAMPLE BUREU
Bainha da manga:
Altura: 2,5 cm.
Pontos/cm: 5.
Tolerância: 0.
Pespontos paralelos com
distância entre agulhas de
7 mm.
Especificações gerais:
Linha à cor.
Costuras com
elasticidade
necessária.
Costuras sem pontos
Bainha de fundo: falsos.
Altura: 2,5 cm. Pontos correctamente
Pontos/cm: 5. formados.
Tolerância: 0.
Pespontos paralelos com distância
entre agulhas de 7 mm. REFERÊNCIA A DOCUMENTOS EXTERNOS:
União das costuras a coincidir. Manual de qualidade:
Outro :
Por: Por:
Visto: Visto:
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Amostra: Produção:
Página N° :1/1
Cliente: DBB Estação: Verão
Versão : 01
Referência do cliente: AB/0123 Data recepção:20/04/03
Artigo: 200
N/ Referência: TS/v01 Data entrega:30/04/03
Esquema de Medida
F J
H
G
D
E
I
B
A
Por: Por:
Visto: Visto:
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Amostra: Produção:
Página N° :1/1
Cliente: DBB Estação: Verão
Versão : 01
Referência do cliente: AB/0123 Data recepção:20/04/03
Artigo: 200
N/ Referência: TS/v01 Data entrega:30/04/03
L S L S
M M
M S
L S
L M
Tamanhos : S, M, L
Referência moldes: T- SHIRT
Referência matéria-prima: Jersey cinza
Eficiência plano: 78.79%
Largura plano: 155 cm
Comprimento do plano: 195 cm
Consumo unitário: 65 cm
Por: Por:
Visto: Visto:
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Amostra: Produção:
Página N° :1/1
Cliente: DBB Estação: Verão
Versão : 01
Referência do cliente: AB/0123 Data recepção:20/04/03
Artigo: 200
N/ Referência: TS/v01 Data entrega:30/04/03
TOTAL 7,47
Por: Por:
Visto: Visto:
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Amostra: Produção:
Página N° :1/1
Cliente: DBB Estação: Verão
Versão : 01
Referência do cliente: AB/0123 Data recepção:20/04/03
Artigo: 200
N/ Referência: TS/v01 Data entrega:30/04/03
Matérias-primas e aviamentos
Cor do
artigo Referência do Referência Consumo
Designação
fornecedor interna Unitário
MATERIAIS COMUNS
Para todas as cores FRPE 10 Linha cinza 50%co/50%pes 40 m
Para todas as cores FRPE 11 Linha cinza 100%pes 80 m
Para todas as cores CIT 01 Etiqueta de marca 1 unidade
Para todas as cores FTV 10 Etiqueta de conservação e limpeza 1 unidade
Para todas as cores PPP 0100 Saco plástico 300*400 1 unidade
Por: Por:
Visto: Visto:
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Amostra: Produção:
Página N° :1/1
Cliente: DBB Estação: Verão
Versão : 01
Referência do cliente: AB/0123 Data recepção:20/04/03
Artigo: 200
N/ Referência: TS/v01 Data entrega:30/04/03
MATÉRIA-PRIMA
Referência do material JER 01 AMOSTRA CARTAZ DE CORES
Referência da cor CINZA
Estrutura JERSEY
Composição 100% ALGODÃO
Largura 155 CM
Peso/m2 /Densidade 150
Encolhimento 5%
BOTÕES
Referência do material
Referência da cor
Composição
Tamanho
LINHAS
Referência do material FRPE 10
Referência da cor cinza
Composição 50% algodão/ 50% poliester
Título do fio
ETIQUETAS
Referência do material CIT 01/ FTV 10 Made by CITEVE 100% Algodão
SAMPLE BUREU
Referência da cor Cinzenta/branca
Composição 100 % algodão
OUTROS ACESSÓRIOS
Referência do material
Referência da cor
Composição
Por: Por:
Visto: Visto:
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Amostra: Produção:
Página N° :1/1
Cliente: DBB Estação: Verão
Versão : 01
Referência do cliente: AB/0123 Data recepção:20/04/03
Artigo: 200
N/ Referência: TS/v01 Data entrega:30/04/03
CUSTO MATERIAIS
Refª Preço Consumo Consumo Custo
Materiais Fornecedor N/ Refª % Desp.
Fornecedor Unitário Unitário Final Unitário
Malha - cinza S. M., Lda. PRE 101 102 5.490 € 0.152 Kg 5 0.160 Kg 0.878 €
Linha Coats FRPE 100 150 8.980 € 120m 0.216 €
Etiqueta marca Fonseca, Lda CTIV 01 160 0.100 € 1 0.100 €
Etiqueta
conservação Fonseca, Lda FTV 10 161 0.070 € 1 0.070 €
e limpeza
TOTAL 1 1.264 €
CUSTO DE MÃO-DE-OBRA
Fase Tempo Custo minuto Custo Unitário
Corte 1.5 0.120 € 0.180 €
Preparação
Costura 7.47 0.120 € 0.896 €
Remate/Revista
Acabamento 2.3 0.120 € 0.276 €
Embalagem
Outros
TOTAL 2 1.352 €
TOTAL (1+2) 2.616 €
OUTROS CUSTOS
PERCENTAGEM VALOR PREÇO
% Lucro 10 0.270 € 2.886 €
% Artigos defeituosos 2 0.060 € 2.946 €
% Vendedores/comissionistas 5 0.150 € 3.096 €
PREÇO DE VENDA 3.100 €
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Etiqueta de marca
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SAMPLE BUREU
QUTE.:
Por: Por:
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AUTO-TESTE DO TEMA
Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituído
por 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão de
A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/
as respostas que considerar mais adequadas para responder correctamente a cada
uma das questões.
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BIBLIOGRAFIA
[1] ARAÚJO, Mário de - “Tecnologia do vestuário”. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
1996. ISBN 972-31-0706-6.
[2] François, A. R. - “Organização da empresa”. Porto: Rés-Editora.
[3] SANTOS, Gilda - “Elaboração de Dossier Técnico na Confecção”. V.N. de Famalicão:
CITEVE, 2002.
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OBJECTIVOS
1. Compreender a importância do estudo do trabalho como forma de organização da
empresa.
2. Conhecer os conceitos relacionados com os processos de estudo de métodos de
trabalho e de estudo dos tempos ou medida do trabalho.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
4.1 Evolução Histórica 060
4.2 Estudo do Trabalho 061
4.2.1 Porque é útil o Estudo do Trabalho 062
4.2.2Técnicas de Estudo do Trabalho e suas ligações recíprocas 063
4.2.3 A Técnica fundamental do Estudo do Trabalho 063
4.3 Estudos dos Métodos 064
4.3.1 Porque utilizamos o Estudo dos Métodos 065
4.3.2 Princípios do Estudo dos Métodos 065
4.3.3 Economia de Movimentos 067
4.4 Medida do Trabalho ou Estudo dos Tempos 071
4.4.1 Cronometragem 072
4.4.2 Amostragem do Trabalho 080
4.4.3 Sistemas de Dados de Referência ou Tempos Sintéticos 080
4.4.4 Tempos Pré-determinados 080
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ENFOQUE MECANICISTA
A organização era comparada a uma máquina, que segue um projecto pré-definido. A
partir desta visão, cada operário era visto como uma engrenagem na empresa,
desrespeitando a sua condição de ser humano. O homem certo para o lugar certo
considerando apenas as habilidades específicas do indivíduo;
HOMO ECONOMICUS
O salário é importante, mas não é fundamental para a satisfação dos operários. O
reconhecimento do trabalho, incentivos morais e a auto-realização são também aspectos
importantes que a Administração Científica de Taylor desconsiderava;
ABORDAGEM FECHADA
A Administração Científica não faz referência ao ambiente da empresa. A organização é
vista de uma forma fechada, desvinculada de seu mercado, desprezando as influências
que recebem e impõe ao que a cerca;
SUPER-ESPECIALIZAÇÃO DO OPERÁRIO
Com a divisão excessiva das tarefas, a qualificação do operário passava a ser supérflua,
fragmentando a participação do operário. Desta forma, o operário executa tarefas
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Frank e Lilian Gilbreth desenvolveram importantes trabalhos sobre os estudos dos tempos
e movimentos com o objectivo de reduzir a fadiga do trabalho, resultando na publicação
dos sistemas MTM - Methods Time Measurement.
O Estudo do Trabalho está estritamente ligado à produtividade, pois tem como objectivo
aumentar a produção de uma dada quantidade de recursos, sem novas despesas de
investimento.
A longo prazo, no aperfeiçoamento de novos processos e na instalação de máquinas e
de equipamento moderno é o meio mais eficaz de aumentar a produtividade.
Quando o papel do elemento humano na produção é acentuado, o aumento de
produtividade é conseguido através do Estudo do Trabalho porque este visa mais a
operação do que os processos técnicos.
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ESTUDO DO TRABALHO
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SELECCIONAR
O trabalho ou processo a estudar (E.M. e M.T.);
REGISTAR
Por observação directa todos os factos relevantes, com a ajuda das técnicas de
registo mais apropriadas (E.M. e M.T.);
EXAMINAR
E criticar os factos registados, verificando sistemática e sucessivamente o objectivo
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DESENVOLVER
O método mais prático, eficaz e económico, tendo em consideração todas as
circunstancias e as opiniões dos envolvidos na tarefa (E.M.);
MEDIR
A quantidade de trabalho exigida pelo método escolhido e calcular um tempo de
referência para a sua execução (M.T.);
DEFINIR
E apresentar o novo método e o tempo calculado, de uma forma clara a todos os
envolvidos (gerência, supervisores e operários) (M.T.);
IMPLEMENTAR
O novo método, que será de futuro o método normal com os tempos estabelecidos,
sem desconsiderar a formação das pessoas envolvidas (E.M.);
VIGIAR
A aplicação do novo método através de um controlo apropriado, de modo a evitar
a tendência natural de retorno dos trabalhadores ao método anterior (E.M.).
A ideia de que não existe um método perfeito, permite uma postura crítica e coerente
com uma procura contínua de aperfeiçoamento. Deverá ser esse o espírito de um bom
agente de métodos.
O Estudo dos Métodos tem por fim:
- Melhorar os processos e métodos de execução;
- Melhorar a implantação das fábricas, oficinas e postos de trabalho e a concepção
das instalações e do material;
- Economizar o esforço humano e diminuir toda a fadiga inútil;
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GRANDE MÉTODO
Está a indicar um certo número de condições gerais que devem ser consideradas e que
envolvam os factores principais para se poder efectuar o trabalho.
O agente de métodos deverá questionar-se sobre:
Melhoria da Operação
- O produto pode ser simplificado?
(Verificar se é ou não possível eliminar ou suprimir alguma operação);
- As operações podem ser combinadas?
(Verificar se é ou não possível associar duas ou mais operações, e consequentemente
aumentar a produtividade);
- A sequência das operações é a mais adequada?
(Verificar se estamos a utilizar a melhor sequência na montagem da peça ou se por
exemplo deveremos efectuar a inspecção entre operações e não apenas no final das
operações);
- Melhor utilização do método de transporte?
(Exemplo: Evitar deslocar o operário do posto de trabalho para mudar de lote. O material
deve estar junto do operário).
Melhoria do Posto de Trabalho
- Existe insalubridade?
(Ventilação, iluminação, temperatura, poluentes, etc.);
- Existem condições de risco?
- Existem todas as ferramentas, dispositivos e acessórios necessários em cada
operação por posto de trabalho?
- Existe uma área adequada para recepção e expedição do material?
- Os sistemas de transporte necessários estão disponíveis?
- Existem movimentos manuais que possam ser substituídos?
- As máquinas necessárias estão em boas condições de uso?
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PEQUENO MÉTODO
Está a indicar um certo número de condições que envolvem mais especificamente a
operação que está a ser examinada.
O Agente de Métodos deve perguntar a si próprio:
- É esta a melhor máquina para a operação?
- Qual o melhor método ou acessório para cortar a linha, etc.?
Quando o Grande Método e o Pequeno Método estão estudados, é necessário estudar
de seguida a Economia de Movimentos.
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condições:
a) As costas da operária devem estar sustentadas pela região lombar;
b) As coxas devem estar horizontais, de modo que o peso delas seja sustentado
pelos pés e não pela cadeira;
c) Os pontos de trabalho devem ser visíveis, sempre que a operária precise de mudar
a posição do corpo para olhar ou alcançar o objecto;
d) Os movimentos devem seguir os princípios dos movimentos naturais.
Todos estes princípios devem ser observados pelo agente de métodos, antes de decidir
o método a utilizar na operação:
- Ocupar o mais possível ambas as mãos;
- Movimentos simultâneos e opostos;
- 3º e 4º dedos não podem fazer movimentos de habilidade;
- Movimentos curvados devem preferir-se aos de ângulo recto;
- Não usar as mãos se puder ser feito por outro membro;
- Todas as partes devem ter posição fixa;
- Contentor do lote o mais perto possível do posto de trabalho (quando existente);
- Contentor de evacuação da peça terminada (quando existente);
- Evacuação da peça, se possível, na direcção onde vai buscar a seguinte;
- A peça deve ser evacuada de forma a facilitar a próxima operação;
- Evitar usar as mãos, e segurar, se possível, as partes com um dispositivo;
- Controlar a luz disponível.
RITMO
A aquisição de um ritmo é essencial para a execução fácil e automática do trabalho. O
tempo de acção e de repouso de cada sistema muscular e nervoso do corpo humano
constitui o ritmo que permite, a cada alternância, uma recuperação da energia despendida.
O ritmo reduz a fadiga.
O factor de eficiência é função da habilidade (destreza na execução da tarefa) e do
esforço (vontade, empenho na realização da tarefa).
A Tabela I procura avaliar o ritmo de trabalho em termos de habilidade e esforço por
parte do operário.
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Enquanto o Estudo dos Métodos tem como objectivo diminuir o conteúdo de trabalho,
visando principalmente eliminar os movimentos inúteis, o Estudo dos Tempos tem por
objectivo estudar, reduzir e eliminar, tanto quanto possível os tempos improdutivos.
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4.4.1 CRONOMETRAGEM
A cronometragem é basicamente a realização de observações directas,
ou seja, observações feitas junto do posto de trabalho em estudo e a
medida destas é através de um aparelho de medida (o cronómetro) que
determinará o tempo exigido para a execução de uma dada tarefa.
Esta técnica é usada em tarefas manuais ou semi - automáticas de
ciclos curtos e repetitivos.
Para se realizar um estudo completo dos tempos por cronometragem devem seguir-se
as seguintes etapas:
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- Da operação;
- Da instalação;
- Da máquina;
- Do executante.
e informações relativas à duração do estudo e condições ambientais do local de trabalho.
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45 15 75 25 75 25
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30 50 50
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Cronometragem Múltipla
Envolve dois, três ou mesmo quatro cronómetros, montados na mesma prancheta com
uma ligação mecânica entre eles.
Com dois cronómetros, em cronometragem contínua, um pára e outro começa a
trabalhar, permitindo a leitura com o cronómetro parado. Os tempos elementares são
obtidos posteriormente pela subtracção de leituras alternadas.
Em cronometragem com retorno a zero, o cronómetro parado é levado a zero após a
leitura e os tempos elementares são lidos directamente.
Com três cronómetros de leitura contínua, a cada pressão do mecanismo, um para,
outro retorna a zero e o terceiro começa a trabalhar a partir do zero. É possível utilizar
um quarto cronómetro em leitura contínua para verificação do tempo total.
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Em que:
N'- número de observações necessárias para satisfazer o nível de confiança.
Z - valor da tabela estatística para uma determinada probabilidade e precisão
(normalmente arredondado para 2).
- erro padrão
S - desvio padrão
- média das observações
xi - valor de cada medição
n - número total de medições
PREPARAÇÃO DA CRONOMETRAGEM
A fase de preparação na cronometragem é extremamente importante apesar de muitas
vezes ser minimizada.
Após o estudo do posto de trabalho, de acordo com os princípios de economia de
movimentos e de se ter procedido à formação do executante, é necessário verificar se
todos os detalhes previstos pelo estudo são correctamente executados.
Esta primeira fase compreende a definição das condições de execução e a análise do
método de execução durante a qual se decompõe o ciclo de trabalho em elementos,
cujo tempo se irá medir posteriormente.
Além das considerações apresentadas, a fase de preparação da cronometragem
compreende também a escolha dos momentos mais favoráveis para a execução da medida
dos tempos e a escolha dos executantes em relação aos quais os tempos serão medidos.
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TN = TO X ( FA / AR )
Em que:
TN - Tempo normalizado.
TO - Tempo observado.
FA - Factor actividade .
AR - Actividade de referência.
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operação.
Para se obter o tempo padrão é aplicado ao tempo normalizado (TN) o total das correcções.
A equação é a seguinte:
Em que:
TP - Tempo padrão
TN - Tempo normalizado
CT - Correcções totais
JULGAMENTO DE ACTIVIDADE
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CORRECÇÕES
Existem vários tipos de correcções, os principais a considerar são:
Correcções de repouso
São aplicáveis a qualquer tipo de operação e têm como finalidade dar um acréscimo ao
tempo normalizado, por forma a que o trabalhador se recomponha dos efeitos psicológicos
e fisiológicos de determinada tarefa. Estas correcções podem ser fixas ou variáveis.
Correcções para ocorrência irregular
Apesar de ser desejável estudar e identificar todas as ocorrências irregulares e distribui-
las proporcionalmente por cada ciclo de trabalho, existem algumas ocorrências que são
particularmente difíceis de aplicar essa distribuição. Deste modo, torna-se necessário
calcular uma percentagem representativa do tempo necessário para a execução desta
ocorrência.
Correcções por demoras inevitáveis
São correcções aplicáveis, quando existem instantes de ociosidade forçada que tem
origem na natureza do processo ou da operação e que, a não serem compensadas,
originariam um prejuízo no prémio do executante.
Correcções especiais
Trata-se de correcções para actividades que normalmente não fazem parte do ciclo da
operação, mas são indispensáveis à boa execução do trabalho.
Correcções suplementares
São do tipo de correcções que o gestor pode prever, se o considerar vantajoso, para
além das requeridas pelas características do trabalho estudado.
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AUTO-TESTE DO TEMA
Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituído
por 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão de
A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/
as respostas que considerar mais adequadas para responder.
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BIBLIOGRAFIA
[1] BARROSO, Mónica Paz - "Métodos e Tempos". Grupo de Engenharia Humana. DPS
- Escola de Engenharia da Universidade do Minho.
[2] BRISLEY, C.L.; EADY, K. - “Predetermined motion time systems”. Gabriel Salvendy.
[3] CARVALHO, M.A.F - "Utilização de sistemas de tempos pré-determinados na Indústria
da Confecção". Revista das Primeiras Jornadas Têxteis e do Vestuário da Universidade
do Minho. Abril 1997, p. 34-36.
[4] CARVALHO, M.A.F. - "Utilização de sistemas de tempos pré-determinados na Indústria
da Confecção". Moda e Confecção. n.º 3 (Novembro 1997), p. 24-28.
[5] CARVALHO, M.A.F. - "A importância da tecnologia computadorizada de medição
previsiva na ajuda a escolher o investimento correcto em maquinaria de confecção".
Moda e Confecção. n.º 3 (Novembro 1997), p. 24-28.
[6] COSTA, L. Gomes da - "Introdução à medida do trabalho". Grupo de Engenharia
Humana. DPS - Escola de Engenharia da Universidade do Minho.
[7] GENAIDY, A.M.; AGRAVAL, A; MITAL, A. - “Computerized predetermined motion-time
systems in manufacturing industries”. Computers and Industrial Engineering. Great Britain:
Pergamon Press, 1990. Vol.18.
[8] GLOCK, Ruth E.; KUNZ, Grace I. - “Apparel manufacturing: sewn product analysis.
2nd ed. New Jersey: Prentice Hall, Inc., 1995. ISBN 0-02-344142-9.
[9] LOPES, Carla - GSD: Manual do Utilizador. “Computer aided manufacturing system”.
Braga: Controlconsul, 2003.
[10] LOPES, Carla - "Fazer da forma mais simples. Produtividade em confecção - métodos
e tempos". Braga: Controconsul, 2003.
[11] Manual do Curso de Formação para Agentes de Métodos. Paris: Kurt Salmon
Associates. Ingénieurs Conseils, 1975.
[12] Organização Internacional do Trabalho. "Introdução ao Estudo do Trabalho". Lisboa:
Editora Portuguesa de Livros Técnicos e Científicos, Lda., 1984.
[13] ROSA, Eurycibíades Barra - "Estudo de Métodos & Tempos - Racionalização
industrial". Departamento de Produção. Itajuba, Brasil: EFEI, 2004.
[14] WYGANT, R.M.; WHITE, B.E.; HUNT, D. – “Combining ergonomics and work
measurement for job analysis”. Computers and industrial engineering. Great Britain:
Pergamon Press, 1993. Vol. 25 .
[15] WYGANT, R.M. – “A comparison of computerized predetermined time systems”.
Computers and industrial engineering. Great Britain: Pergamon Press, 1989. Vol. 17.
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ESTUDO DE IMPLANTAÇÕES
IMPLANTAÇÕES M-2 PLANEAMENTO
OBJECTIVOS
1. Conhecer a importância da correcta implantação de máquinas e operações no processo
produtivo.
2. Identificar os aspectos essenciais para uma melhor organização e controlo da produção
(diminuição da distâncias e cruzamentos no fluxo produtivo).
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
5.1 Introdução 088
5.2 Estudo de implantações 088
5.3 Quando e como implantar 089
5.4 Princípios para uma boa implantação 090
5.5 Áreas de implantação 091
5.6 Tipos de implantação 092
5.6.1 De acordo com as características do processo produtivo 092
5.6.2 De acordo com a organização do trabalho adoptada 093
5.7 Concepção de uma Unidade de Produção 095
5.8 Casos práticos (Exemplos) 096
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5.1 INTRODUÇÃO
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ESTUDO DE IMPLANTAÇÕES
IMPLANTAÇÕES M-2 PLANEAMENTO
requisitos:
- Que a sua disposição seja a mais adequada;
- Que se mantenha em condições de funcionamento (disponibilidade).
O primeiro destes objectivos consegue-se através de um estudo a fundo da situação
relativa dentro da oficina de trabalho dos diferentes elementos produtivos, ou seja, da
implantação dos mesmos.
O segundo objectivo é conseguir a disponibilidade óptima das instalações a cargo da
função manutenção nas suas facetas de reparação de avarias e manutenção preventiva.
QUANDO
- Antes de construir os edifícios;
- Antes de entrar em novos locais;
- Antes de modificar o volume de fabricação;
- Antes ou durante mudanças de processos técnicos, novas máquinas e manutenções;
- Antes ou durante mudança do tipo de artigos.
COMO
Tendo em conta o:
- Volume de produção;
- Processo de fabrico;
- Tipo de artigo.
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IMPLANTAÇÃO
A situação relativa dos diversos elementos de um processo produtivo influencia a
produtividade do mesmo, pois determina a extensão dos circuitos de transporte interno,
a superfície ocupada, o plano necessário para a condução das instalações (de forma a
possibilitar ou não a condução de várias máquinas) e os tempos mortos ente operações
devido aos deslocamentos dos materiais.
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ESTUDO DE IMPLANTAÇÕES
IMPLANTAÇÕES M-2 PLANEAMENTO
CIRCULAÇÃO DO PESSOAL
- Eliminação de tempos perdidos em deslocamentos;
- Redução da mão-de-obra dedicada a transportes internos.
CONDIÇÕES DE TRABALHO
- Aumento de segurança (isolamento de instalações que representam um perigo
especial);
- Atenção aos aspectos da higiene industrial (arejamento, iluminação).
FACILIDADE DE MANUTENÇÃO
- Devem existir condições para a reparação das instalações;
- Facilidade nos acessos para a montagem e desmontagem.
O modelo de implantação é muitas vezes definido em função da organização do trabalho
adoptado ou das características do processo produtivo.
O fluxo de trabalho deve ser o mais curto possível. Não deve haver retrocessos.
As condições de trabalho devem ser as adequadas (posto de trabalho; iluminação;
arejamento; pavimento; etc.).
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A. PROCESSO LINEAR
Existe um circuito único percorrido sucessivamente por todos os produtos.
B. PROCESSO CONVERGENTE
As matérias-primas e os componentes de distintas procedências convergem numa linha
final de produção ou montagem.
Circuito do componente A
Montagem
Circuito de caixas
Produto D
Produto A
Produto E
Matérias-primas Produto F Processo divergente de
Produto B fabricação
Produto G
Produto C
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ESTUDO DE IMPLANTAÇÕES
IMPLANTAÇÕES M-2 PLANEAMENTO
Matéria A
Produto 1
Matéria B
Matéria D
A - GRUPOS FUNCIONAIS
Os postos de trabalho agrupam-se pela natureza da sua actividade.
Corte
Montagem
Acabamento
Este tipo de implantação é utilizado no caso de processos descontínuos.
Resulta da Organização Tayloriana e agrupa as máquinas tecnicamente semelhantes
ou dispondo das mesmas funções. Agrupa igualmente as máquinas segundo critérios
de qualidade (precisão) ou capacidade. Regra geral encontramos a montagem separada
da fabricação, a recepção das matérias-primas e dos produtos adquiridos ao exterior
centralizados num único espaço (frequentemente justificado por um controlo de recepção).
PRINCIPAIS VANTAGENS:
- Agrupamento das Especialidades - o pessoal que trabalha num sector é especializado
num determinado tipo de máquina podendo passar facilmente de uma máquina para
a outra;
- Flexibilidade - a implantação é independente das gamas de fabricação sendo, por
isso, possível fabricar todo o tipo de produtos utilizando os meios disponíveis na oficina
sem perturbar o fluxo.
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CONFEC@nett
PRINCIPAIS INCONVENIENTES:
- Fluxos complexos - neste tipo de implantação os fluxos são complexos, com
numerosos pontos de inversão e de acumulação. A implantação das máquinas não
respeita a ordem das operações de uma gama forçando o produto a inverter o sentido
de movimentação ao longo da linha para passar à operação seguinte;
- Tempos de Produção - é a consequência lógica da complexidade dos fluxos que se
transforma inevitavelmente em atrasos significativos na produção;
- Volume de “em curso” e Tempo de Lote - A distância entre postos de trabalho que
efectuam operações sucessivas na mesma peça torna necessária a fabricação por
lotes, a fim de minimizar a frequência de transporte entre operações. Assim a fabricação
por lotes implica prazos de produção e níveis de stocks intermédios elevados.
B - LINHAS DE FABRICAÇÃO
Os postos de trabalho dispõem-se de forma sucessiva na rigorosa ordem do processo
de produção.
As máquinas são colocadas em linha de acordo com a ordem da gama de fabricação.
PRINCIPAIS VANTAGENS:
- Inexistência de pontos de inversão;
- Fluxos mais fáceis de identificar.
PRINCIPAIS INCONVENIENTES:
- Flexibilidade Limitada - sendo esta implantação orientada por produto ou família de
produtos a sua flexibilidade é extremamente limitada.
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ESTUDO DE IMPLANTAÇÕES
IMPLANTAÇÕES M-2 PLANEAMENTO
Célula em U
Armazém
Célula em linha
PRINCIPAIS VANTAGENS:
- Baixo volume “em curso” - esta implantação reduz consideravelmente os stocks
intermédios e os prazos;
- Rápida montagem da célula - uma célula de fabrico permite uma melhor adaptação
da disposição das máquinas na mudança de artigo;
- Aumento da diversidade de tarefas - o aumento da diversidade de tarefas ou máquinas
a operar reduz a monotonia do trabalho.
PRINCIPAIS INCONVENIENTES:
- Aumento da diversidade de tarefas - este tipo de implantação requer uma maior
polivalência dos operários. O operário necessita de saber operar com todas as
máquinas da célula de fabrico logo exige deste uma maior capacidade de
aprendizagem e adaptação.
D - PRODUÇÃO EM POSTO FIXO
A Unidade a produzir é executada praticamente num único posto de trabalho (onde se
efectua a maior parte das operações).
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ESTUDO DE IMPLANTAÇÕES
IMPLANTAÇÕES M-2 PLANEAMENTO
B - “LAYOUT” PROPOSTO
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EXEMPLO II
A - “LAYOUT” EXISTENTE
A H H-12
B H H-11
C H H-3/11
D I-7 I-4
E-13 H-6 I
F H-5 H-9
F F-2/10 F-16
L-17
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ESTUDO DE IMPLANTAÇÕES
IMPLANTAÇÕES M-2 PLANEAMENTO
B - “LAYOUT” PROPOSTO
A D C
F-1 H H
F-2 H-5 F
H-3 H-6 I
H-9 F-10 G
F-10 I B
E-13
L-17
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AUTO-TESTE DO TEMA
Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituído
por 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão de
A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/
as respostas que considerar mais adequadas para responder correctamente a cada
uma das questões.
Quando implantar?
A1 Depois de construir edifícios.
A2 Antes de entrar em novos locais.
A3 Mudanças de processos, novas máquinas e manutenções.
A4 Quando recebemos novas encomendas do mesmo artigo.
TOTAL
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ESTUDO DE IMPLANTAÇÕES
IMPLANTAÇÕES M-2 PLANEAMENTO
Quando implantar?
A1 Depois de construir edifícios.
A2 Antes de entrar em novos locais.
A3 Mudanças de processos, novas máquinas e manutenções.
A4 Quando recebemos novas encomendas do mesmo artigo.
TOTAL
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BIBLIOGRAFIA
[1] BÉRANGER, Pierre - “As novas regras de produção”. Edições Técnicas, 1989.
[2] GLOCK, Ruth E.; KUNZ, Grace I. - “Apparel manufacturing: sewn product analysis”.
2nd ed. New Jersey: Prentice-Hall, Inc., 1995. ISBN 0-02-344142-9.
[3] LAURIOL, André - Modes & Techniques. “L’organisation du travail e des fabrications”.
Paris: Vauclair, 1992. ISBN 2-903 395-11-X.
[4] LOPES, Carla - "Fazer da forma mais simples. Produtividade em confecção.
Implementação de sistemas de resposta rápida do trabalho em grupo". Braga:
Controconsul, 2003.
[5] SANTOS, Gilda - "Organização da produção em confecção". V.N. Famalicão: CITEVE,
2002.
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OBJECTIVOS
1. Indicar os vários sistemas de organização do trabalho.
2. Conhecer as características inerentes a cada sistema de organização.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
6.1 Tipologias de produção 104
6.1.1 Classificação em função da importância das séries de fabrico e da sua
repetitividade 104
6.1.2 Classificação em função da organização do fluxo de produção 105
6.1.2.1 Produção contínua 105
6.1.2.2 Produção descontínua 106
6.1.2.3 Produção por projecto 106
6.1.3 Classificação em função do tipo de relacionamento com o cliente 107
6.1.3.1 Produção para stock 107
6.1.3.2 Produção por encomenda 107
6.2 Os diferentes sistemas de organização do trabalho 107
6.2.1 Posto autónomo 107
6.2.2 Grupo autónomo (célula de produção) 108
6.2.3 Grupo homogéneo 111
6.2.4 Linha de produção 113
6.2.5 Linha de produção com tapete rolante 115
6.2.6 Linha de produção com rampas 117
6.2.7 Linha de produção com lote progressivo 118
6.2.8 Transportador aéreo 120
6.2.9 Conclusão 121
103
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Produção Contínua
Figura 1 - Produção contínua
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Corte
Montagem
Acabamento
Figura 2- Produção descontínua
Neste tipo de produção as máquinas e respectivas instalações têm capacidade para
realizar um grande número de operações não sendo exclusivas de um só produto, o que
lhes confere uma grande flexibilidade. Mas, por outro lado, é muito difícil equilibrar as
tarefas numa produção descontínua, o que gera elevados níveis de stocks e de em curso
de fabricação.
São empresas deste tipo as indústrias metalomecânica e as de confecção.
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Porta bobinas
Posto de costura
Mesa de depósito
da matéria
Figura 3- Posto Autónomo
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PRINCIPAIS VANTAGENS:
- Possibilidade do operador colaborar estreitamente com a modelista e sugerir
modificações benéficas;
- Possibilidade de fabricar todos os modelos, sem qualquer equilibragem, sem novas
implantações;
- Possibilidade de abandonar provisoriamente a fabricação do modelo, para
confeccionar um outro mais urgente, existindo portanto uma grande flexibilidade do
trabalho;
- Tempo de fabricação curto;
- Fácil supervisão.
PRINCIPAIS INCONVENIENTES:
- Necessidade de operadores muito experientes;
- Necessidade de conhecer o funcionamento e regras de vários tipos de máquinas e
acessórios;
- Baixa produtividade;
- Custos excessivos;
- O absentismo é muito notado.
CARACTERÍSTICAS:
- O grupo deve ser constituído por 4 a 10 pessoas no máximo (dependendo do tipo de
artigo);
- Não há chefe mas sim um líder que assegura a coordenação do trabalho;
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LEGENDA:
1 - m/c bordar - 1 5 - operadores de pé com posto de trabalho
2 - m/c 2 ag. p/p. alim. sup/inf. com sobreposição
3 - m/c 1 ag. p/p. alim. sup/inf.
4 - m/c 2 ag. p/p. alim. sup/inf. - entrada das partes
5 - m/c 1 ag. p/p.
6 - m/c 2 ag. c/c. A - frente
7 - m/c 2 ag. c/c. B - costas
8 - m/c 2 ag. c/c. C - punhos
9 - ferro D - mangas
10 - prensa E - emenda da manga
11 - m/c 1 ag. p/p F - colarinho e entretela
12 - m/c 1 ag. c/c G - emenda do peito
13 - m/c 1 ag. c/c H - peça acabada
14 - m/c 1 ag. p/p
15 - m/c 1 ag. p/p - setas azuis - trajecto das partes das peças
16 - m/c base cil. c/p
17 - m/c 1 ag. p/p
19 - revista
Figura 4 - Grupo autónomo (célula de produção)
PRINCIPAIS VANTAGENS:
- Humanização do trabalho;
- Rotação de tarefas;
- Sentido de responsabilidade de cada um no seio do grupo;
- Espírito de equipa;
- Interesse pelo trabalho, participação de cada uma nas decisões;
- Mobilidade e flexibilidade dos grupos o que confere melhor adaptação à passagem
de séries muito curtas;
- Possibilidade de manter uma qualidade elevada (auto-controlo);
- Redução do pessoal indirecto;
- Elevada produtividade (devido a diminuição do tempo de espera da peça de operação
para operação);
- Mesmo que o produto produzido mude consideravelmente não há quebras de
produtividade;
- Excelente para produções de pequenas séries;
- Tempo do produto em curso de fabricação muito curto, ( as peças podem ser entregues
ao cliente 2 ou 3 horas depois da ordem de encomenda);
- Melhoria na qualidade dos produtos ( evita-se perigos de mistura de cores, pois
cada produto é confeccionado individualmente).
PRINCIPAIS INCONVENIENTES:
- Necessidade de muitas máquinas semelhantes para os vários grupos;
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CARACTERÍSTICAS:
- Os postos de trabalho são agrupados por tipo de máquinas;
Exemplo:
- Grupo de montagem máquinas de corte e cose
- Grupo de montagem máquinas de ponto preso
- Grupo de passagem a ferro
- Grupo de acabamento
- A progressão dos produtos é assegurada pelas distribuidoras ou por um sistema
mecanizado;
- Os elementos de um grupo asseguram a totalidade dos trabalhos correspondentes às
máquinas desse grupo;
- Os operadores são independentes uns dos outros, cada grupo é independente e
dirigido por um chefe;
- O tempo de transporte dos lotes é normalmente mais elevado do que nos outros
sistemas de trabalho.
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PRINCIPAIS VANTAGENS:
- Implantação adaptável a praticamente todos os modelos;
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- Pequena área para implantação dos postos e elevada taxa de utilização do material;
- Custos relativamente baixos;
- Possibilidade de altos rendimentos encorajados por prémios;
- O operador tem à sua disposição um grande número de peças, assim não tem
esperas improdutivas;
- Possibilidade de passagem de peças urgentes sem provocar muito atraso.
PRINCIPAIS INCONVENIENTES:
- Trabalho em curso importante devido à quantidade de peças por lote;
- A independência entre os postos de trabalho exclui o decorrer sucessivo das
operações, sendo necessário empregar distribuidores;
- Impossibilidade de equilibrar convenientemente os postos no interior do grupo;
- Risco de troca de peças e de tamanhos existindo dificuldade no controlo de produção;
- Necessidade de utilizar numerosas mesas para receber os lotes terminados que
vão sendo redistribuídos aos outros grupos;
- Tempos longos de trabalho em curso;
- Prazos de entrega pouco precisos devido ao rendimento variável dos operadores.
CARACTERÍSTICAS:
As máquinas estão dispostas segundo a ordem cronológica da gama de fabricação do
artigo.
As peças circulam entre os postos, por exemplo em caixas deslizantes nas mesas, por
gravidade ou por tapetes rolantes.
A preparação e montagem das peças de vestuário obriga a que o operador tenha de
abrir e fechar o lote com que vai trabalhar.
Este método de trabalho pode ter um avanço de peças por posto (em curso) que permite
ao operador uma certa independência de cadência da linha.
Os operadores são dependentes uns dos outros, daí o nome “cadeia”, normalmente
empregue para designar o trabalho em linha.
Este sistema é muito rígido devido à necessidade de dividir a montagem da peça em
operações que requeiram o mesmo tempo de execução. Sempre que se verifique uma
mudança de produto aparecem dificuldades dado que a totalidade ou parte da linha tem
de ser rapidamente modificada. A ocorrência de problemas numa operação pode atrasar
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Lançamento
Tapete
Rolante
Controlo
Tapete
de evacuação
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PRINCIPAIS INCONVENIENTES:
- Equilibragem muito trabalhosa;
- A eficiência do sistema diminui consideravelmente à medida que aumenta o nº de
operações;
- Obrigação de respeitar o processo técnico;
- Rigidez da produção;
- Desorganização da linha pelo absentismo, daí a necessidade de operadores
polivalentes;
- Desinteresse pelo trabalho (devido ao facto de realizarem sempre a mesma operação)
faz aumentar o absentismo;
- Superfície de implantação importante provocada pela disposição da linha - é
necessária uma maior supervisão pele chefe de equipa.
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PRINCIPAIS VANTAGENS:
- Produção diária regular;
- Trabalho em curso reduzido;
- Fluxo lógico das operações sem retrocessos;
- Superfícies de implantação pouco importante;
- Controlo facilitado por paragens do tapete ou por deslocamento ao “ralenti” do tapete;
- Redução ao mínimo do pessoal de distribuição.
PRINCIPAIS INCONVENIENTES:
- Rigidez da produção;
- Dificuldade para a operadora quando se atrasa;
- Dificuldade na atribuição de prémios à peça;
- Tempos improdutivos provocados por esperas;
- Necessidade de um local com disposição no sentido do comprimento;
- Rigidez de implantação, tapete praticamente inamovível;
- Absentismo muito notado;
- Vulnerabilidade aos acidentes mecânicos (por exemplo, troca da correia
transportadora).
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Legenda:
1 - operador da máquina
2 - rampa
As partes das peças são passadas de um operador para outro através de canais em
forma de rampa, onde se junta um pequeno inventário que, se for bem controlado, não
aumenta significativamente o tempo em curso de fabricação da peça.
Com bom controlo, a utilização da mão-de-obra é boa, mas os inventários são pequenos,
sendo em partes individuais em vez de lotes e os atrasos tendem a ser cumulativos.
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Aprovisionamento
Produtos acabados
Figura 9- Linha de produção com lote progressivo
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Cada operador trabalha à sua própria cadência, retirando novos lotes de trabalho em
curso, à espera nos reservatórios, e ocasionalmente transferem-se operadores de umas
operações para outras, de forma a equilibrar o fluxo do trabalho.
A utilização dos operadores é muito elevada, sendo mais difícil combater o absentismo
neste sistema do que nos outros sistemas em linha anteriormente discutidos.
Devido ao facto de os operadores se habituarem a uma alimentação constante de trabalho,
os incentivos individuais são muito importantes.
CARACTERÍSTICAS:
O sistema é constituído por linhas principais e por meio delas são encaminhadas os
artigos a trabalhar. Estas linhas principais são suportadas por dispositivos fixos no tecto
ou no solo. Cada linha principal deriva em linhas secundárias. Existem tantas linhas
secundárias quantos os postos de trabalho.
PROGRAMAÇÃO DO TRABALHO:
1- Pela controladora que envia as peças que vêm do corte, pelos respectivos postos.
2- Pela operadora que após executar o seu trabalho o dirige a outro posto.
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- Possibilidade de fazer vários modelos de cada vez, por simples programação dos
circuitos;
- Ganhos de tempo;
- A operadora não tem que fazer circular o trabalho para o posto seguinte dado que a
simples manipulação num botão da máquina é suficiente para a saída;
- Fácil controlo de cargas, desde a programação até ao posto de lançamento;
- Não há necessidade de distribuidoras;
- O absentismo é pouco notado.
PRINCIPAIS INCONVENIENTES:
- Vulnerabilidade aos acidentes mecânicos e eléctricos;
- Instalação dispendiosa;
- Rigidez de implantação;
- Necessidade de uma equipa de técnicos para assegurar o bom funcionamento do
dispositivo.
6.2.9 CONCLUSÃO
A escolha do sistema de trabalho no local de costura é um assunto que não pode ser
decidido com base em elementos de avaliação de tipo teórico, mas sim, tendo em conta
factores concretos, harmonizados num conjunto organizativo que só pode realizar quem
estiver suficientemente preparado para isso.
Do nosso comentário emergem, de forma bastante evidente, as razões orientadoras.
Cremos, de qualquer maneira, poder afirmar o seguinte:
“ FUNDAMENTAL E DETERMINANTE PARA QUALQUER SISTEMA QUE SE DESEJE
IMPLANTAR, É A BOA ORGANIZAÇÃO DE BASE. ”
Com uma tal situação ideal, a escolha do sistema de trabalho torna-se mais fácil, sem
qualquer dúvida, e a sua aplicação menos dispendiosa.
Concluímos então que, quando não se pode contar com uma boa organização de base,
não existe sistema de trabalho que funcione.
121
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AUTO-TESTE DO TEMA
Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituído
por 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão de
A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/
as respostas que considerar mais adequadas para responder correctamente a cada
uma das questões.
122
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123
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BIBLIOGRAFIA
[1] BÉRANGER, Pierre - “As novas regras de produção”. Edições Técnicas, 1989.
[2] COURTOIS, Alain; PILLET, M.; MARTIN, C. - “Gestão da produção”. Edições Técnicas
Lidel, 1991.
[3] GLOCK, Ruth E.; KUNZ, Grace I. - “Apparel Manufacturing: sewn product analysis”.
2nd ed. New Jersey: Prentice Hall, Inc., 1995. ISBN 0-02-344142-9.
[4] LAURIOL, André - Modes & Techniques. “L’organisation du travail e des fabrications”.
Paris: Vauclair, 1992. ISBN 2-903 395-11-X.
[5] LOPES, Carla - “Fazer da forma mais simples. Produtividade em confecção.
Implementação de Sistemas de Resposta Rápida do Trabalho em Grupo”. Braga:
Controconsul, 2003.
[6] MENDONÇA, Artur - “Organização da produção em confecção têxtil”. Porto:
Publindústria, Edições Técnicas, 2000. ISBN 972-95794-6-6.
[7] SANTOS, Gilda - “Organização da produção na confecção”. V.N. Famalicão: CITEVE,
2002.
124
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OBJECTIVOS
1. Conhecer o conceito de equilibragem nas linhas de produção.
2. Compreender os métodos de realização de uma equilibragem (determinação dos
equipamentos, cargas de trabalho e sua distribuição).
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
7.1 Introdução 126
7.2 Generalidades 126
7.2.1 Processo operatório e tempos de operação 126
7.2.2 Tempo de produção, rendimento e absentismo 127
7.2.3 Planeamento de produção 128
7.2.4 Equilibragem e base de fragmentação 129
7.2.5 Determinação do parque de máquinas 130
7.3 Aplicações dos conceitos a um caso genérico 131
7.3.1 Elaboração do Mapa de Planeamento 131
7.3.2 Equilibragem da linha de produção 133
7.3.2.1 Determinação da base de fragmentação 134
7.3.2.2 Equilibragem 134
7.3.3 Determinação do parque de máquinas 137
7.4 Aplicação dos conceitos a um produto: camisa clássica de homem 138
7.4.1 Processo operatório do modelo 1001 138
7.4.2 Determinação do número de operários 139
7.4.3 Determinação da base de fragmentação 140
7.4.4 Equilibragem da linha 140
7.4.5 Determinação do número de máquinas 142
7.5 Conclusão 144
125
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7.1 INTRODUÇÃO
O Sector Têxtil e do Vestuário (STV), tem atravessado no últimos anos um processo de
restruturação significativo. Foram várias as áreas atingidas por este processo de
organização tão profundo, passando pela produção, pelos recursos humanos, através
de planos integrados de formação profissional, pelas finanças, pelo desenvolvimento e
pesquisa de novos mercados, culminando no desejado aumento de competitividade das
empresas do STV.
De um modo geral, o Planeamento e a Organização da Produção assumem um papel de
capital importância na obtenção de níveis de produtividade capazes de assegurarem
uma competitividade eficaz das empresas, sendo este aspecto muito relevante nas
empresas de confecção.
Sendo a produtividade uma relação entre a produção obtida e os meios utilizados,
interessa distinguir Produtividade dos Recursos Humanos, da Produtividade dos Recursos
Técnicos e Materiais. No entanto, a sua análise deve ser feita de um modo global,
interessando para aumentar a produtividade, aumentar a quantidade produzida com os
mesmos meios, ou produzir o mesmo com a utilização de menos recursos,
independentemente de se estar a falar de Produtividade de Mão-de-obra ou de
Produtividade de Recursos Materiais e Técnicos.
Quantidade Produzida
Produtividade =
Recursos Utilizados
Neste capítulo, a análise será feita tendo como fulcro a produtividade de mão-de-obra,
sendo objectivo fundamental a redução ao mínimo dos tempos mortos de produção,
produzindo assim mais, melhor e com os mesmos recursos humanos.
Será definida uma situação sobre a qual se irá concentrar todo este capítulo, podendo
extrapolar-se para outras situações.
7.2 GENERALIDADES
126
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se do que outras.
O tempo de realização das operações em confecção, expressa-se normalmente em CMN
(centiminutos), podendo encontrar-se outras unidades de medir o tempo (DMH,
centimilésimo da hora).
A que irá ser adoptada nos casos apresentados é o CMN.
1minuto= 100 CMN
Tempo de Produção
Rendimento (%) = x 100
Tempo de Presença/dia
Sendo uma empresa de confecção composta por diferentes operários com capacidades
próprias, parece evidente que os Rendimentos poderão também eles serem diferentes.
Deste modo, deve-se distinguir o Rendimento Individual de um operário do Rendimento
de um Grupo de trabalho.
127
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A percentagem de absentismo para um período de tempo (mês ou ano) deve ser sempre
determinada, pois o número de operários que de facto estão, em média, presentes
efectivamente na linha de produção, não corresponde ao número total de operários.
128
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Tempo do Produto
Base de Fragmentação = (CMN)
Nº Operários
Ou então,
Pode-se dizer também que equilibrar é nivelar, com relação a tempos, uma linha de
produção ou montagem, dando a mesma carga de trabalho às pessoas ou máquinas. A
equilibragem anula os “gargalos” de produção proporcionando o máximo de produtividade
e eficiência, eliminando as “esperas” e mantendo o ritmo de trabalho do conjunto.
É comum fazerem-se algumas recomendações de modo a obterem-se melhores
resultados:
- Ter em conta as aptidões específicas e as características de cada operária;
- Não sobrecarregar os postos do início da linha;
- Dar apenas um elemento de fabricação a cada posto, ou então elementos de
fabricação compatíveis.
130
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Nota:
Tanto a B.F como o Parque de Máquinas, podem ser determinados de outras formas,
obtendo contudo resultados coincidentes.
131
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132
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7.3.2.2 EQUILIBRAGEM
A Base de fragmentação (B.F.) serve como indicador e instrumento de trabalho na
determinação das quantidades a atribuir para cada operação.
Assim:
- Se o Tempo Unitário da operação for superior à B.Máx., a operária não consegue
realizar sozinha a totalidade das peças devendo ser auxiliada por outras;
- Se o Tempo Unitário para a operação estiver entre a B.Min. e a B.Máx., a operária
assegura sozinha a realização da quantidade pretendida, não fazendo mais nada;
- Se o Tempo Unitário da operação for inferior à B. Min., a operária consegue realizar
sozinha a quantidade pretendida, sobrando-lhe tempo que deve ser utilizado na
realização de outra operação.
Sempre que possível, a operária que vai executar duas ou mais operações diferentes,
deve operar com o mesmo tipo de máquina, de modo a tornar mais eficaz a adaptação à
nova operação, ou trabalhar o mesmo elemento do produto.
Numerando as operárias disponíveis em cada dia de trabalho de 1 a 36 (tendo em
consideração que das 40 apenas 36 se apresentarão ao trabalho em cada dia).
Tendo em consideração que a capacidade de produção diária para o modelo TS002 é de
532 peças, e conhecendo o tempo padrão de cada uma das suas onze operações
podemos calcular a capacidade de produção por operário em cada uma dessas
operações, bem como determinar a quantidade de operários necessários em cada uma
delas, para atingir as 532 peças diárias.
134
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A partir deste momento deverão ser afectas as operárias a cada uma das operações:
135
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Pela análise da tabela anterior, podemos observar que na operação 002, a operária 8
necessita de efectuar apenas 86 peças, resultantes do facto de apenas serem necessárias
532. Assim:
Quantidade a produzir pela Operária 8 = 532 – (148+148+148) = 86
Desta forma, esta operária está disponível para efectuar outras operações, pois tem
136
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Tempo Ocupação
Número de Máquinas =
Base de Fragmentação
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Tempo do Produto
Base de Fragmentação = (CMN) = 2658CMN/34 = 78CMN
Nº Operários
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7 10 43 500 21500
7 16 62 300 18600
8 13 25 500 12500
8 15 40 500 2000
9 14 70 500 35000
9 19 82 40 3280
10 17 21 500 10500
10 18 57 500 28500
11 19 82 460 37720
12 20 59 280 16520
12 28 48 500 24000
13 21 55 500 27500
13 38 25 500 12500
14 22 83 460 38180
15 23 20 500 10000
15 24 66 440 29040
16 24 66 60 3960
16 25 62 500 31000
16 26 70 60 4200
17 26 70 430 30100
17 34 90 100 9000
18 27 50 500 25000
18 29 91 155 14105
19 29 91 345 31395
19 30 94 80 7520
20 30 94 420 39480
21 31 80 500 40000
22 32 65 500 32500
22 33 108 60 6480
23 33 108 360 38880
24 34 90 400 36000
24 33 108 25 2700
25 35 80 500 40000
141
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26 36 28 500 14000
26 41 120 180 21600
27 37 85 500 42500
28 39 95 410 38950
29 39 95 90 8550
29 40 100 300 30000
30 41 120 320 38400
31 42 42 500 21000
31 40 100 200 20000
32 43 140 280 39200
33 44 80 500 40000
34 43 140 220 30800
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FERROS:
Tempo de Ocupação: 376 CMN
CASEAR:
Tempo de Ocupação: 85 CMN
PRENSA:
Tempo de Ocupação: 120 CMN
PÔR BOTÕES:
Tempo de Ocupação: 95 CMN
(*) Apesar de uma máquina não ser suficiente para pôr botões, não será necessário
adquirir outras unidades pois o seu custo dificilmente seria amortizado nas condições
143
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7.5 CONCLUSÃO
A abordagem feita a este assunto tão vasto, não pretendeu exaustivamente analisar
todas as possibilidades de Organização da Produção e de Planeamento dentro de uma
Empresa de Confecção. Concentrou-se principalmente na equilibragem das produções
e na determinação dos equipamentos básicos a adquirir.
O planeamento realizado a médio prazo, considerado como o intervalo de tempo de uma
estação (6 meses), exige um fluxo de informação permanente entre o sector comercial
de produção.
Como se diz na prática, “ o planeamento é feito todos os dias”. Assim, todos os
pressupostos feitos durante a realização do trabalho perdem a validade se entretanto,
aquando da sua implementação, não se fizer o Diagnóstico ou Controlo da situação
presente.
Só deste modo se pode alterar o planeamento feito inicialmente, caso este se desvie
significativamente do plano de trabalho previsto.
O planeamento deve assim ser o sector mais dinâmico e versátil de toda a organização
produtiva. A redução dos tempos de decisão traz consigo vantagens competitivas, que
em caso algum devem ser negligenciadas, sob pena de não dar uma resposta eficaz às
solicitações dos mercados.
Na análise feita nos pontos 3 e 4, partiram-se de pressupostos diferentes: Enquanto que
no ponto 3 (caso genérico), supõe que a empresa já existe e dispõe de um determinado
número de operários, sendo determinada a quantidade a produzir para determinado
modelo, no ponto 4 a situação é diferente, pois conhece-se o valor de produção desejado,
sendo pedido o número de operários necessários para dar cumprimento às encomendas.
Assim, podem encontrar-se duas situações bem distintas:
- A empresa já existe com um determinado número de operários, com uma determinada
tecnologia e “know-how”;
- A empresa não existe, sendo necessário contratar operários, adquirir tecnologia e
144
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AUTO-TESTE DO TEMA
Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituído
por 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão de
A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/
as respostas que considerar mais adequadas para responder correctamente a cada
uma das questões.
146
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147
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148
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149
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BIBLIOGRAFIA
[1] CHUTER, A.J. - “Introduction to clothing production management”. 1998.
[2] GLOCK, Ruth E.; KUNZ, Grace I. - “Apparel manufacturing: sewn product analysis”.
2nd ed. New Jersey: Prentice Hall, Inc., 1995. ISBN 0-02-344142-9.
[3] LAURIOL, André - Modes & Techniques. “L’organisation du travail e des fabrications”.
Paris: Vauclair, 1992. ISBN 2-903 395-11X.
[4] ROSA, Eurycibíades Barra - “Estudo de Métodos & Tempos. Racionalização Industrial”.
Departamento de Produção. Itajubá, Brasil: IFEI, 2002.
150
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OBJECTIVOS
1. Conhecer os conceitos de planeamento e controlo da produção.
2. Identificar as tarefas inerentes ao planeamento e ao controlo da produção.
3. Conhecer os diferentes sistemas de planeamento.
4. Interpretar e construir diagramas de Gantt.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
8.1 Introdução 152
8.1.1 Organização e gestão da produção 152
8.1.2 Planeamento e controlo da produção 154
8.2 Sistemas de planeamento 160
8.3 Exemplos práticos 162
8.3.1 Conceitos básicos do planeamento da produção 162
8.3.2 Planeamento da capacidade 165
8.3.3 Fases do planeamento da produção 168
151
CONFEC@net
8.1 INTRODUÇÃO
Organização Operador
Logística
Organização Atenção
Aprovisionamento 75 - 85 % Destreza 15 - 25 %
Fiabilidade das Máquinas Falhas
Técnicas de qualidade
152
CONFEC@net
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CONFEC@net
154
CONFEC@net
TAREFAS DO PLANEAMENTO
Tarefas de Planeamento
Assegurar a Execução das Tarefas Supervisionar a Realização das Tarefas Originar Execução de Tarefas
Fazer Determinar
Determinar Preparar Colocar Provocar
Programa e Determinar Prazos e
Necessida- Suprimento Documenta- Meios à a Execução
Ordens de Existências Ocupar
des ção Disposição das Tarefas
Serviço Capacidades
155
CONFEC@net
156
CONFEC@net
CICLO PDCA
P - Planeamento
Definir metas que se pretende atingir e os meios a
PLANEAMENTO
D - Execução
Preparar as condições paea executar as operações, Após a correcção
assegurar as informações e competências dos desvios, o
necessárias, materiais e equipamentos e executar planeamento deverá
o plano. ser refeito tendo em
conta as alterações
C - Verificar aplicadas e a
Avaliar o trabalho realizado durante a execução das informação adquirida
operações, verificando os processos, métodos durante a fase de
CONTROLO
A - Actuar
Agir sobre a organização de modo a corrigir os
desvios e a optimizar os processos.
157
CONFEC@net
Estes níveis são definidos em função do tempo, e das tarefas desempenhadas por cada
um, podemos observar essa distribuição no diagrama que se segue.
Nível de Planeamento
Estratégico
Tempo
O NÍVEL ESTRATÉGICO
Trata da definição de políticas de longo prazo para a organização e envolve decisões
como por exemplo a área de actuação, parcerias, alterações na capacidade produtiva,
disponibilidade de recursos relativos a mão-de-obra e equipamentos, contratações,
subcontratações, identificação do tipo de produto a produzir (segmentos de mercado),
utilização de novas tecnologias, etc.
O NÍVEL TÁCTICO
Estabelece os parâmetros de médio prazo, definindo a formulação de planeamento-
mestre da produção e tendo como resultado o plano-mestre da produção, que considera
números de turnos, recursos envolvidos e procura equacionar a capacidade produtiva
para a programação da produção. Este plano estabelece para os próximos períodos as
necessidades de produtos finais, grupos de produtos e componentes necessários para
substituição. É necessário conhecer as encomendas e ter previsões de procura para
construir este plano.
O NÍVEL OPERACIONAL
Especifica as acções de curto prazo e desenvolve o acompanhamento dessas acções.
Como resultado prevê a programação das operações, gestão dos stocks, emissão de
ordens de compra, de fabricação e de confecção quando for o caso, assim como os
relatórios de desempenho das actividades empreendidas. Nesta fase combinam-se as
necessidades de produção com os planos de trabalho. Faz-se a atribuição de operações
individuais a grupos de equipamento, de forma a obter-se uma atribuição de capacidade
produtiva em termos temporais. Insere-se neste nível o controlo de produção, aqui as
operações são escalonadas de acordo com equipamento específico, considerando
critérios de optimização.
O esquema que se apresenta de seguida exemplifica os diversos níveis de planeamento,
bem como o que o que resulta de cada um deles.
158
CONFEC@net
Planeamento estratégico
Planos de negócio,
Deve-se salientar que tudo deve marketing e qualidade
Produção:
funcionar como se tratasse de um único Localização e implementação fabris
Desenvolvimento de produtos
Planeamento de longo
sistema para, desta forma, se consigam prazo
Selecção de tecnologias
159
CONFEC@net
160
CONFEC@net
Este sistema baseia-se no conhecimento das estruturas dos produtos e nos tempos de
obtenção ou produção dos seus componentes. Em função desta informação são
calculadas as quantidades e as datas necessárias para a produção.
Este sistema implica a centralização da informação, o que implica a existência de
mecanismos fiáveis e actuais para a transferência de dados.
O “just-in-time” procura eliminar tudo o que não acrescenta valor, utilizando stocks
baixos desde o fornecedor até ao produto acabado entregue ao cliente.
161
CONFEC@net
162
CONFEC@net
Previsões de vendas
ou encomendas
confirmadas
Análise do Plano
Director de Produção
por sector
Não
Simulação da Acção sobre
Não
possibilidade de capacidades ou
execução prioridades
Sim
ESCALONAMENTO
Trata-se de um planeamento fino em que as ordens de fabrico são sequenciadas na
unidade fabril através de prioridades.
CONTROLO DA PRODUÇÃO
163
CONFEC@net
Exemplo:
Mesa
RECURSO
Consiste no conjunto de meios necessários à realização, transformação,
movimentação, teste e avaliação de um produto.
CAPACIDADE
É a medida de aptidão que determinado recurso dispõe para tratar um fluxo
produtivo.
CARGA
Mede a capacidade de fluxo produtivo necessário para satisfazer a procura. É uma
medida de débito requisitado ou encomendado.
CONTEÚDO DE TRABALHO
De um produto: é o tempo médio necessário para produção de uma unidade desse
produto.
De uma encomenda: é o tempo necessário para a produção de uma encomenda.
ORDENS PROPOSTAS
São as ordens calculadas pelo sistema de planeamento da produção. Se as necessidades
se alterarem, elas serão posteriormente re-planeadas pelo sistema, sendo
sistematicamente decompostas em elementos de acordo com as respectivas árvores do
produto.
164
CONFEC@net
ORDENS LANÇADAS
Ordens em curso (em produção ou em aprovisionamento). As quantidades e as datas
foram fixadas pelo gestor no momento do lançamento, não podendo ser decompostos
nos seus elementos depois da sua decomposição já feita durante o lançamento.
ORDENS FIRMES
São colocadas pelo responsável do planeamento com o objectivo de fixar quantidades e
datas. Baseia-se num lançamento previsional que não deve ser utilizado senão em
situações excepcionais, como por exemplo, quando se pretende planear uma quantidade
diferente do lote normal, porque ocorreu uma ruptura de stocks, ou quando se pretende
planear peças num prazo diferente do habitual por razões de sobrecarga num determinado
período. Se ocorrer uma alteração das necessidades, estas ordens não serão re-
planeadas.
ORDENS BLOQUEADAS
Ordens que se encontram pendentes na sequência de uma avaria ou paragem de outra
natureza.
CAPACIDADE PARALELA
Quando os recursos trabalham em paralelo a capacidade total teórica dos recursos
é obtida adicionando a capacidade de cada um dos recursos.
Se determinada secção possui três prensas idênticas, cada uma com 40 horas / semana,
então a capacidade teórica da secção de prensas é de 120 horas / semana.
165
CONFEC@net
CAPACIDADE EM SÉRIE
Quando os recursos trabalham em linha, a capacidade total teórica dos recursos
limita-se à capacidade do elemento com menor capacidade.
Esse elemento é chamado elemento gargalo, dado que é ele que estrangula o ritmo da
produção.
166
CONFEC@net
CURVAS DE APRENDIZAGEM
Tempo
Suponhamos então que existem quebras de eficiência nas primeiras horas de produção
deste artigo, devido à adaptação/aprendizagem dos operários, tal como nos indica o
quadro seguinte:
Tempo (h) 1 2 3 4 5 6 7 8 8,41
Produção (peças) 29 38 44 51 54 54 54 54 22
Eficiência (%) 54 % 70 % 81 % 94 % 100 % 100 % 100 % 100 % 100 %
Produção Acumulada 29 67 111 162 216 270 324 378 400
No quadro anterior verificamos que são então necessárias 8.41 horas para se produzirem
as 400 peças da encomenda.
Com este exemplo verificou-se que uma encomenda que à partida tinha um tempo de
produção de 6.67 horas com todas as correcções aplicadas passou a ter um tempo de
8.41 horas, ou seja, demora cerca de mais ¼ do tempo inicialmente previsto.
1ª FASE
Cálculo de necessidades, que consiste na determinação das quantidades de
componentes e materiais necessários à realização do produto acabado a partir da árvore
do produto.
2ª FASE
Calendarização das necessidades, cujo objectivo é o cálculo e a fixação das datas de
disponibilidade dos componentes e materiais. Esta fase implica o conhecimento dos
tempos de processamento (produção), transporte e espera.
Semana Nº 25 26 27 28 29 30
Necessidades Brutas 50 0 70 40 10 0
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ÁRVORE DO PRODUTO A:
A
B 2 C 1
Semana Nº 24 25 26 27 28 29 30
Necessidades Brutas de B 0 80 80 20 0 0
Existências de B 100 100 20 0 0 0 0
Necessidade Líquidas de B 0 60 20 0 0
Ordens de Fabrico 60 20 0 0
Neste caso as ordens de fabrico são antecipadas duas semanas dado o tempo de fabrico
ser de 2 semanas.
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CONFEC@net
Neste caso as ordens de fabrico são antecipadas uma semana dado o tempo de fabrico
ser de 1 semana.
170
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Produção Tecido 10
Tingimento 3
Confecção 5
Embalagem 1
Transporte Cliente 2
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Tingimento 3 -16
Preparação 1
-11
Confecção 5 -10
Acabamento 2 -5
Aquisição Embalagens 1 -4
Embalagem 1 -3
Transporte Cliente 2 -2
Entrega ao Cliente 0
Figura 12 - Número de dias de antecedência, relativamente à data de entrega ao cliente, em que cada uma das
operações deve ocorrer
172
CONFEC@net
EDD - Utiliza as datas de entrega para o seu escalonamento. Começa-se por colocar
o trabalho com a data de início mais próximo na primeira posição. O trabalho seguinte
é o que tem a data de início mais próximo entre o lote de trabalhos ainda não
escalonados.
173
CONFEC@net
SOBRECARGA
Em caso de sobrecarga poderão ser desencadeadas as seguintes acções:
- Realização de horas extraordinárias;
- Deslocação de pessoal de outras secções;
- Transferência de actividades para outras secções;
- Contratação de pessoal;
- Subcontratação;
- Trabalho durante os fins-de-semana;
- Aquisição de mais equipamento.
SUBCARGA
Em caso de subcarga poderão ser desencadeadas as seguintes acções:
- Redução das horas extraordinárias;
- Deslocação de pessoal para outras secções;
- Redução da subcontratação;
- Supressão de máquinas.
174
CONFEC@net
Exemplo:
Tarefas
Tarefa Duração Tarefas Precedentes
A 3 dias B, D A
B 6 dias C B
C 4 dias E D
D 7 dias
E 5 dias
Define-se uma barra horizontal para cada uma das tarefas e o comprimento de cada
barra corresponde à sua duração. A posição da barra no gráfico é função das ligações
entre as diferentes tarefas.
O critério de representação é o seguinte:
1. Começa-se pelas tarefas que não têm tarefas precedentes;
2. Representam-se, de seguida, as tarefas que têm por tarefas precedentes as tarefas já
representadas;
3. Repetir este último passo até terminar a lista de tarefas.
DIAGRAMA DE GANTT
Tarefas Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
A
B
C
D
E
Tarefa Folga
175
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- Prioridade ao fabrico do produto com data de entrega mais cedo respeitando o mais
possível os prazos;
- Primeira encomenda confirmada, primeira encomenda executada, para não se lançar
em produção produtos que poderão não se vender. Conduz à formação de “stocks”;
- Prioridade à operação cuja duração é mais curta;
- Prioridade à tarefa que tem a folga mais pequena. Sendo a folga o tempo que resta
até ao prazo de entrega;
- Prioridade à tarefa com o rácio crítico mais fraco. Sendo o rácio crítico o tempo que
resta até ao prazo de entrega a dividir pelo somatório dos tempos das operações que
faltam realizar.
Define-se uma barra horizontal para cada uma das tarefas e o comprimento de cada
barra corresponde à sua duração. A posição da barra no gráfico é função da data em que
a tarefa deve estar concluída.
Tarefas a realizar:
Equipa Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
1
2
176
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177
CONFEC@net
O cliente que encomendou este produto estipulou como prazo de entrega 11 dias.
1. Construa o Diagrama de Gantt;
2. Verifique se é possível entregar o produto no prazo pedido;
3. Suponha que houve uma avaria numa das máquinas que efectua a operação D e esta
operação passou a demorar 5 dias. Será ainda possível entregar o produto
atempadamente?
4. Suponha que a operação C se atrasou meia hora. Será ainda possível entregar o
produto atempadamente?
178
CONFEC@net
Respostas:
1. Diagrama de Gantt
Operação Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
A
B
C
D
E
F
Operação Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
A
B
C
D
E
F
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CONFEC@net
AUTO-TESTE DO TEMA
Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituído
por 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão de
A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/
as respostas que considerar mais adequadas para responder correctamente a cada
uma das questões.
180
CONFEC@net
181
CONFEC@net
BIBLIOGRAFIA
[1] BÉRANGER, Pierre - “As novas regras de produção”. Edições Técnicas, 1989.
[2] CARVAJAL, Rodrigo; SEQUEIRA, João M. Bilstein - “Gestão da Produção”. Lisboa:
Colecção o Gestor, 1994.
[3] COURTOIS, Alain; PILLET, M.; Martin, C.- “Gestão da Produção”. Edições Técnicas
Lidel, 1991.
[4] MARTIN, C.; COURTOIS, Alain; PILLET, M. - “Gestão da Produção”. Edições Técnicas
Lidel, 1997.
[5] MARQUES, Ana Paula - “Gestão da Produção”. Lisboa: Texto Editora, 1991.
182
CONFEC@ne
CONFEC@nett
CUSTO MINUT
CUSTO O
MINUTO M-2 PLANEAMENTO
OBJECTIVOS
1. Conhecer os conceitos de custos aplicados a uma empresa de confecção.
2. Indicar as formas de definir o preço de venda.
3. Perceber o método de cálculo do custo minuto.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
9.1 Introdução 184
9.2 Calculo do preço de venda 184
9.2.1 Método empírico 185
9.2.2 Método de apuramento dos custos 187
9.3 Cálculo do custo minuto 189
9.4 Custo - abordagem simplificada 191
9.5 Formação do preço de venda 195
9.5.1 Mark-UP 195
183
CONFEC@ne
CONFEC@nett
9.1 INTRODUÇÃO
A determinação do custo minuto é de extrema importância para a gestão de qualquer
empresa. Dele irá depender o sucesso da empresa. Um custo minuto mal calculado é
prejudicial nos dois sentidos. Um custo demasiadamente elevado (mal calculado ou
elevado por inefeciência produtiva) poderá fazer com que a empresa perca competitividade
e venha a perder encomendas como consequência da concorrência do mercado. Um
custo demasiado baixo fará com que a empresa faça maus negócios, podendo estar a
perder dinheiro em cada negócio que realiza.
Como reflexo da grande concorrência existente no mercado têxtil, a margem bruta entre
os preços de venda aceites pelos clientes/consumidores e os custos verificados durante
a produção dos artigos têxteis tem vindo a diminuir significativamente, obrigando a que
a precisão no seu cálculo adquira uma importância cada vez maior.
A determinação rigorosa do custo de fabrico constitui pois um importante objectivo para
qualquer empresa, de modo a impedir que sejam comercializados produtos a preços
que venham a traduzir-se em prejuízo, por não cobrirem todos os custos envolvidos na
sua produção, devido à pressão constante dos clientes em reduzir o preço a pagar, e por
outro lado, impedir que sejam apresentados preços de venda muito superiores ao
necessário, levando à perda de clientes devido à falta de competitividade.
As empresas têm necessidade de criar condições que lhes permitam:
- Racionalizar os consumos de materiais, componentes, mão-de-obra, energia e todos
os factores produtivos envolvidos, principalmente, os de maior peso no custo dos
produtos;
- Um melhor aproveitamento da capacidade instalada;
- Efectuar aprovisionamentos de forma eficiente para que os materiais e componentes
entrem na empresa ao menor custo possível, sem prejuizo da qualidade;
- Efectuar a mais rápida rotação de stocks dos materiais e componentes, produtos em
curso de produção e entrega dos produtos fabricados;
- Um controlo efectivo e em curto prazo dos custos efectivamente verificados, por
forma a determinar os desvios entre estes custos e os previstos, analisando as suas
causas, de modo a serem definidas acções correctivas e preventivas.
Assim, a implementação de uma adequada gestão de custos é imprescíndivel para o
sucesso das empresas, a qual passará pelo:
- Cálculo rigoroso dos custos;
- Controlo atempado de custos.
184
CONFEC@ne
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CUSTO MINUT
CUSTO O
MINUTO M-2 PLANEAMENTO
apurados.
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CONFEC@nett
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CUSTO MINUT
CUSTO O
MINUTO M-2 PLANEAMENTO
Gerência
MOD
Comercial
Investigações e Aprovisionamento Contabilidade Matéria Prima
Desenvolvimento
Encargos
Gerais
Armazém Produção
Matéria Prima de
Matéria para Produto Acabado Transporte Produto Acabado
Prima Produção expedição
Controlo da Qualidade
Fornecedores Transporte
B) CUSTO DA MÃO-DE-OBRA
É necessário conhecer o tempo de produção e o custo minuto da empresa.
C) OUTROS CUSTOS
É necessário conhecer o peso de outros custos da empresa na produção de um artigo
específico, nomeadamente os custos relativos à prestação de serviços afectos ao produto,
custos de origem financeira, custos de origem fiscal, e outros.
De modo a facilitar o cálculo do preço de venda, aconselha-se a utilização de um
documento (em formato informático ou apenas registo em papel), onde são preenchidos
todos os parâmetros com influência no cálculo do preço de venda.
Exemplo de uma ficha de cálculo do preço de venda
Neste exemplo apresentamos o preço de venda composto dos seguintes valores:
1. Custo das matérias-primas e componentes (aviamentos);
2. Custo de mão-de-obra directa;
3. Encargos com a estrutura da empresa;
4. Despesas com a comercialização e margem de lucro.
187
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CUSTO MINUT
CUSTO O
MINUTO M-2 PLANEAMENTO
CUSTO MINUTO
Exemplo:
Dias de trabalho por ano: 220
Minutos de trabalho por dia: 8x60 = 480
Total minutos por operário num ano: 220x480 = 105600
Custo anual por operário= [Salário médio mensal por operário+ (Encargos mensais
por operário (taxa social) x Salário médio mensal por operário)] x Meses de
remuneração por operário.
189
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Custo minuto dos EGF = Custo global por ano/Total minutos MOD disponíveis
por ano.
Custo Minuto = Custo minuto da MOD + Custo minuto da MOI + Custo minuto
dos EGF.
CONCLUSÃO
Nos dias competitivos de hoje as empresas de confecção enfrentam grandes dificuldades
e já não podem cobrir os erros à custa da margem de lucro. Uma eficiente gestão dos
custos é pois fundamental para a sua competitividade.
As empresas têm que:
- Calcular com rigor o custo de cada produto;
- Controlar a sua produção de modo a detectar desvios em relação ao previsto;
190
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CUSTO MINUT
CUSTO O
MINUTO M-2 PLANEAMENTO
PARTE DIRECTA
É composta por gastos de aquisição dos materiais utilizados integralmente no processo
produtivo (tecnicamente conhecidos por Materiais Directos=MD ou Matéria-Prima=MP)
mais o custo das horas de trabalho (tecnicamente conhecidos por Mão-de-obra Directa
= MOD). A soma destes gastos é também denominada por Custo Directo, dado que as
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PARTE INDIRECTA
É composta por gastos com outros elementos que concorreram indirectamente para a
produção da camisa, como: energia eléctrica, água, aluguer ou amortização do custo de
aquisição das instalações, a depreciação da máquina de costura, os custos de supervisão
e gestão da empresa, etc. (tecnicamente conhecidos por Custos Indirectos de
Fabricação = CIF).
O Custo Directo de produção é facilmente determinado, pois geralmente corresponde
aos valores integralmente gastos na compra dos materiais utilizados, mais a mão-de-
obra das pessoas que trabalharam directamente na sua produção.
Para calcular o valor dos Custos Indirectos de Fabricação de cada produto, devem
estabelecer-se regras e efectuar cálculos para que os referidos custos sejam
adequadamente atribuídos a cada produto.
A denominação de Custos Indirectos de Fabricação surge do facto destes não
corresponderem a gastos ocorridos especificamente para um determinado produto. Numa
empresa industrial, dizem respeito a toda a produção obtida num determinado período.
Por exemplo, o gasto com aluguer de instalações é indispensável para que a empresa
possa existir, no entanto não está ligado a nenhum produto específico. Assim, o seu
custo deve ser atribuído através de algum critério para todos os produtos que foram
produzidos pela empresa nesse período.
No exemplo da camisa, para conhecer o Custo de Produção real, é preciso incluir uma
parcela dos custos indirectos de fabricação.
192
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CUSTO MINUT
CUSTO O
MINUTO M-2 PLANEAMENTO
ALUGUER
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Considerando que, durante o mês, foram gastos 120,00€ em energia eléctrica e água, e
sabendo que a empresa tem 5 sectores sendo as camisas um deles, e que os consumos
de energia eléctrica e água são proporcionais a todos os sectores, podemos estabelecer
que a energia eléctrica e a água consumida para produzir uma camisa correspondem a
0,10€ (equivalente a 1.0 hora de trabalho).
120,00€ /5 sectores = 24,00€ mensais por sector
Logo, 24,00€ /30 dias = 0,80€ por dia
Assim, o valor de uma hora será 0,80€ /8 horas = 0,10€ .
SUPERVISÃO DA EMPRESA
194
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CUSTO MINUT
CUSTO O
MINUTO M-2 PLANEAMENTO
9.5.1 MARK-UP
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O cálculo do preço de venda (PV) é o valor que a empresa deseja obter de forma
a conseguir alcançar os seus objectivos e a rentabilidade desejada.
Exemplo:
Calcular o preço de venda de um produto que possui um custo de produção de 500,00€ ,
e o coeficiente que deve ser aplicado sobre o custo para identificação desse preço de
venda:
a) Identificação dos percentuais de impostos sobre as vendas
IVA: 19,00 %
Outro 1: 1,65 %
Outro 2: 3,00 %
Total: 23,65 %
b) Determinação dos percentuais padrões de despesas operacionais, despesas
financeiras e margem de lucro desejada.
Despesas Comerciais: 14,40%
Despesas Administrativas: 7,60%
Despesas Financeiras: 1,80%
Margem de Lucro desejada: 3,90%
Total: 27,70%
Fórmula a ser utilizada:
Resolução:
PV = (500,00)/(1–(0,2265+0,2770))
PV = 500,00/0,4965
PV = 1.007,05€
Coeficiente para aplicação sobre o custo de produção = 1.007,05/500,00 = 2,0141.
No caso da empresa estar a iniciar as suas actividades e não ser possível identificar um
percentual de despesas sobre o preço de venda, pode utilizar-se a seguinte fórmula:
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AUTO-TESTE DO TEMA
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por 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão de
A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/
as respostas que considerar mais adequadas para responder correctamente a cada
uma das questões.
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MINUTO M-2 PLANEAMENTO
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BIBLIOGRAFIA
[1] BORNIA, Antonio Cezar - “Gestão análise gerencial de custos”. Porto Alegre: Bookman,
2002.
[2] GLOCK, Ruth E.; KUNZ, Grace I. - “Apparel manufacturing: sewn product analysis”.
2nd ed. New Jersey: Prentice-Hall, Inc, 1995. ISBN 0-02-344142-9.
[3] HORNGREN, Charles T. - “Contabilidade de Custos”. São Paulo: Atlas, 1978.
[4] LI, David H. -“Contabilidade de custos”. Rio de Janeiro: Ed. Interamericana, 1981.
[5] LOPES, Carla - "Cálculo de custos em confecção". Braga: Controlconsul, 2003.
[6] MARQUES, Kelly Cristina Mucio- “Apostila de contabilidade de custos”. Universidade
Estadual de Maringá, 2002.
[7] MARTINS, Elizeu. “Contabilidade de custos”. São Paulo: Atlas, 1978.
[8] PADOVEZE, Clovis Luís - "O paradoxo da utilização do método de custeio variável
versus custeio por absorção". Revista do Conselho Regional de Contabilidade São Paulo.
nº 12 (Junho 2000).
[9] PANOSSO, Alceu - “Formação de custo aplicado à confecção”. Universidade Estadual
de Maringá, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 2003.
[10] SANTOS, Gilda - "Organização da produção na confecção". V.N.Famalicão: CITEVE,
2000.
202