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1. Conceitos iniciais
A gestão é uma área do conhecimento das ciências sociais muito recente.
Só a partir dos anos 80 ganhou maioridade e o estatuto de autonomia relativamente à economia.
Uma boa gestão e necessária em todas as organizações.
Tipos de empresa
Quanto à sua atividade económica
− Comerciais – vendem aquilo que compram (sem transformação)
− Industriais – vendem aquilo que produzem
Quanto à propriedade (dos meios de produção)
− Privadas – pertencem a particulares
− Publicas – são propriedade do estado ou outros entes públicos
− De economia mista, etc.
Quanto à dimensão
− Micro (<10 colaboradores | <2M€ de volume de negócios/ano)
− Pequenas (<50 colaboradores | <10M€ de volume de negócios/ano)
− Médias (<250 colaboradores | <50M€ VN/ano)
− Grandes
Notas importantes
Uma empresa deverá ter, ao mesmo tempo, diversos produtos em fases distintas de crescimento
(para não pôr em causa a sua sobrevivência)
O ciclo de vida dos produtos tem cada vez menor duração exigindo da empresa uma maior rapidez
na introdução de novos bens no mercado
O processo de gestão
Gerir implica:
Planear
Organizar
dirigir/liderar
controlar
todas as atividades de uma empresa. -> Este é o processo de gestão
Planear
└ Definir a missão, os objetivos (gerais e específicos) e a melhor forma de os atingir (definir uma
estratégia)
Os objetivos devem ser SMART
S – Específicos (Specific): os objetivos devem ser formulados de forma clara;
M – Mensuráveis (Measurable): os objetivos devem ser definidos de forma a poderem ser medidos e
analisados em termos de valores;
A – Atingíveis (Attainable): a possibilidade de concretização dos objetivos deve ser real, estes
devem ser alcançáveis;
R – Realistas (Realistic): os objetivos mão pretendem alcançar fins superiores aos que os meios da
empresa permitem;
T – Enquadráveis no tempo (Time-bound): os objetivos devem ser definidos em termos de duração
(meses, anos, etc.)
Organizar
− Forma de distribuir a autoridade, o trabalho e os recursos pelos elementos da empresa de modo
que estes possam atingir eficientemente os objetivos propostos
A estrutura organizacional
Define o conjunto de departamentos, serviços e níveis hierárquicos;
Define também as relações e os canais onde fluem a autoridade e a comunicação.
Vantagens da departamentalização:
− + eficácia da empresa;
− + gestão de recursos;
− + autoridade/delegação;
− + coordenação
A estrutura organizacional: abordagens mais tradicionais
Funcional (vertical)
Divisional
Matricial (horizontal)
Abordagem funcional
− As tarefas e os indivíduos estão agrupados em departamentos de acordo com a especialização
do trabalho
Alguns riscos:
− A comunicação pode tornar-se lenta
e pouco fiável;
− Burocratização (à medida que a
organização aumenta);
− Dificuldade de adaptação (contextos
dinâmicos);
− Segmentação de interesses e de
objetivos (por departamento)
− Podem esquecer-se do objetivo
global da organização
Abordagem divisional
Abordagem matricial
− Parece corresponder a um arranjo que procura conjugar as virtudes de departamentalização
funcional com o melhor da estrutura divisional.
Dirigir/liderar
− Diz respeito à forma como são dirigidos e motivados os trabalhadores no desenvolvimento do
seu trabalho
O líder (o gestor) deverá:
− proporcionar um ambiente propício à execução de um trabalho de qualidade e no qual os
trabalhadores se sintam satisfeitos
− selecionar o canal de comunicação mais adequado e resolver os conflitos dentro da organização;
− verificar se as ações desenvolvidas estão em sintonia com os objetivos da empresa (definidos na
fase planear)
Controlar
Esta função consiste na monitorização e avaliação do desempenho e na tomada de medidas corretivas,
no caso de se verificarem desvios significativos
2.1- Gestão estratégica
É importante que os gestores definam estratégias capazes de responder aos atuais desafios para
alcançarem…
o sucesso empresarial.
Mundo VUCA
Segundo Peter Drucker: “as empresas beneficiam da identificação das suas metas e sofrem pela sua
indefinição”
Este meio incide sobre o conjunto de fatores que exercem uma influência direta sobre a empresa.
O impacto destas variáveis é forte e rápido.
Quanto maior a intensidade de cada uma das forças competitivas menor será esse potencial
Análise à empresa
Com a análise à empresa pretende-se estudar:
− As características dos seus recursos (quantidade e qualidade)
− Capacidade de competir (no ME)
Pretende-se aqui identificar os seus pontos fortes e fracos relativamente aos concorrentes
Ferramentas de análise do ambiente interno:
− Análise funcional
− Análise da cadeia de valor
Análise funcional
1º- identificar as áreas funcionais (variam muito de empresa para empresa)
2º-caraterizar cada uma das áreas funcionais (indicadores de desempenho)
É importante que esta análise tenha como termo de comparação o desempenho dos concorrentes
Sendo uma análise estática, é importante proceder ao estudo da evolução ao longo do tempo de cada
uma das variáveis
Análise SWOT
Consiste num sintetização e análise:
− Das ameaças e oportunidades – identificadas na análise à envolvente
− Dos pontos fortes e fracos – identificados na análise à empresa
A análise SWOT:
− Strengths (forças)
− Weaknesses (fraquezas)
− Opportunities (oportunidades)
− Threats (ameaças)
2.2- Gestão de Marketing
Enquanto área de conhecimento, o Marketing é objeto de estudo algo recente
Hoje em dia, o marketing assume nas organizações um lugar de destaque igual ao detido pelos
restantes ramos da gestão.
No mundo das organizações, o Marketing é hoje uma realidade incontornável, sendo algo muito
importante para o sucesso empresarial
Definição de Marketing
Tradicional: é o conjunto dos meios de que uma empresa dispõe para vender os seus produtos e
serviços aos seus clientes, com rendibilidade.
Atual: é o conjunto dos meios de que uma organização dispõe para promover, nos públicos pelos quais
se interessa, comportamentos favoráveis à realização dos seus próprios objetivos.
“Novas” abordagens
Marketing social
O marketing social refere-se ao uso de princípios e técnicas de marketing para a promoção de uma
causa, ideia ou comportamento social
Temas abordados no MKT Social?
− Saúde - Aspetos Sociais
− Ambiente - Participação
− Educação - Solidariedade
− Economia - Etc.
Marketing desportivo
Marketing territorial
Marketing sensorial
Marketing tribal
Marketing político
Marketing em saúde
Marketing digital
Etc.
Definição (tradicional) de Marketing
Existem várias formas de definir o que é o marketing, mas, todas têm um denominador comum
Marketing é algo que vê na satisfação das necessidades dos consumidores a melhor forma de uma
organização atingir os seus objetivos.
O marketing sobrevive durante a eternidade porque o ser humano sente uma necessidade saciada
pensa logo na seguinte
Implementação do pmkt
A implementação da filosofia do marketing nas organizações é algo de extremamente complexo.
A gestão de topo
Deve ter os clientes no coração (efeito dominó)
Aceitam correr riscos (novos produtos))
Conhecimento de várias áreas (ex. psicologia, sociologia)
As estruturas organizacionais
Uma excessiva departamentalização, formalização e centralização…dita o insucesso!
Relações entre departamentos
O marketing necessita de boas relações entre departamentos para uma maior partilha de
informação, discussão, etc.
Atitudes de MKT
VER para além do produto – vender benefícios e sonhos (Ex. cosméticos)
Estar próximo dos clientes – estudar comportamentos
Basear as decisões em factos e não em opiniões
Manter espírito crítico, de síntese e de antecipação
Vigiar de perto a concorrência (as suas estratégias, posicionamento)
Assumir riscos
Ser coerente (na política e estratégias)
Marketing estratégico
Marketing de massas
Marketing segmentado
Marketing one-to-one
Vantagens da segmentação (para as empresas)?
− Exercer um esforço concentrado de MKT e avaliar os resultados com maior facilidade;
− Percecionar mais facilmente as tendências do mercado;
− Diminuir os investimentos em publicidade;
− Aumentar o lucro;
− Melhorar a imagem nos mercados-alvo; …
Posicionamento
Lugar que a empresa, produto e/ou serviço vai ocupar na mente dos consumidores em relação aos
concorrentes;
Associações chave: Volvo=segurança;
Os slogans
Marketing-mix
Marketing operacional
4P’s (ou 7P’s)
Marketing de serviços
+Pessoas
+Processos
+Evidências Físicas
Marca
A gestão das marcas/branding é hoje uma das preocupações centrais do marketing
As marcas são sinónimos de competitividade e permanência no mercado
As marcas são importantes quer do ponto de vista dos consumidores como das empresas
Consumidores.
− Diminuição do risco (garantia de qualidade);
− Simplifica o processo de decisão de compra;
− Facilita o comercio internacional;
− Maior eficiência do nível da informação (identifica e diferencia);
− Ajuda o consumidor a expressar a sua identidade (real e ideal);
− …
O triângulo da marca
Uma marca assenta em 3 pilares:
Sinal;
Missão/objeto;
Imagem/interpretante.
Missão/Objeto
Criação de atributos e posicionamento desejado (origem no emissor)
Como queremos ser vistos pelo nosso cliente?
Imagem
Imagem efetiva
Simplificação/interpretação de inúmeras associações e fragmentos da informação;
É o que o consumidor retém da enorme quantidade de informação que recebe de determinada marca
Evolução da GRH
− Engenheiros + Advogados + Economistas
− + Psicólogos + Sociólogos
− Gestores de pessoas
Esta evolução é reflexo:
− Do desenvolvimento da formação especializada nesta área;
− Do reconhecimento crescente da sua importância no âmbito da gestão
Verifica-se, atualmente, uma mudança do paradigma de gestão que determina a relação da empresa
com o empregado
Relação “pai | Filho” -> Relação entre “Adultos” (onde todos fazem parte do processo de decisão)
As pessoas articulam-se no sentido de alcançar um objetivo comum (apesar dos seus objetivos
individuais)
Cultura Organizacional
Representa a “personalidade” da organização (traços distintivos que lhe conferem identidade e
a torna única) – tem a sua base na missão e visão da organização
Exemplos a considerar: valores, mitos organizacionais, rotinas de trabalho, comportamentos
incentivados e desincentivado, etc.
A cultura organizacional reflete-se no clima organizacional
Clima Organizacional
Ambiente interno da organização (ex.: estilo das relações interpessoais)
Cultura organizacional --> Clima organizacional --> comportamento
O centro da atuação da GRH é precisamente o comportamento dos indivíduos da organização.
Atividades da GRH
Planeamento – antecipar necessidades e prever excessos (ou não) de RH
Obtenção – recrutamento e selecionar RH
Aplicação – descrever conteúdos funcionais e afetar pessoas às tarefas
Manutenção – gerir sistemas de remunerações e de incentivos, promover boas condições de trabalho
Desenvolvimento – promover planos de formação, apoiar ações de desenvolvimento pessoal e
organizar planos de carreira
Controlo – acompanhar e avaliar o desempenho
Plano de RH
Do plano de RH constam, normalmente, as seguintes informações:
− Número total de empregados
− Nível de qualificação
− Cronograma de entradas e saídas
− Necessidades de substituição
− Candidatos internos potenciais
− Necessidades de formação
− Ganhos de produtividade
− Custo estimados, etc.
O PRH deverá ser discutido e formalmente aprovado pela direção da organização
Deve ser revisto anualmente com vista a corrigir desvios que eventualmente possam ir surgindo
Necessidade de recrutamento
Origem:
− Identificada, por exemplo, no PRH
− Fruto de acontecimentos inesperados
− Etc.
Definição da função
Esta fase consiste em inventariar as características da função em causa (tarefas, responsabilidades,
objetivos), o perfil do candidato ideal e as condições que a organização está disposta a oferecer.
Recrutamento
Processo de atração de candidatos aos lugares que se pretende preencher.
Interno – visa encontrar os melhores candidatos entre o conjunto de pessoas que já trabalham na
organização
Origem: escolha direta ou concurso interno
Externo – consiste em procurar candidatos apenas externos à organização7
Origem: jornais, revistas, online, bases de dados de candidaturas espontâneas recebidas,
associações
empresariais, universidades, feiras de emprego, relações pessoais e profissionais, etc.
Recrutamento interno
− + processo é mais rápido (do que o recrutamento externo);
− + permite aproveitar o investimento na formação
− + oferece oportunidade de carreira (motivação);
− + evita o risco de inadequação cultural;
− + reduz a incerteza quanto ao potencial;
− + custo do processo é menor
− + é mais rápido
− …
Recrutamento externo
− + permite renovar o quadro de competências existentes;
− + pode aumentar a visibilidade da organização (projetando a imagem de renovação);
− + aproveita os conhecimentos e as experiências adquiridas anteriormente pelos candidatos;
− …
Em geral, nos processos clássicos de seleção, existem pelos menos duas fases sequenciais em que se
filtram as candidaturas até chegarmos ao candidato escolhido.
1ª fase de seleção
└ análise dos dados curriculares e profissionais dos candidatos (CV+ carta de
apresentação/motivação)
Depois de reduzir o número de candidatos a um gruo de dimensões aceitáveis para efetuar avaliações
personalizadas passa-se à 2ª fase do processo de seleção.
2ª fase de seleção
└ Procura-se saber mais sobre cada um dos candidatos e avaliar a sua preparação para as
exigências da função.
Como?
Testes – testes de inteligência, testes de personalidade, testes de conhecimento, testes de valores, etc.
Entrevistas -face a face; de grupo, entrevistas de pressão; entrevista social, etc.
Negociação e contratação
Negociação – das condições remuneratórias e de trabalho
Contratação – se for alcançado um acordo
Avaliação do desempenho
└ Avaliação: por parte dos supervisores diretos (formato clássico de avaliação), pelos colegas de
trabalho, pelos subordinados, por agentes externos (ex: clientes, fornecedores, etc.)
Para que os colaboradores tenham um bom desempenho as empresas devem apostar na formação e no
desenvolvimento dos seus RH
Formação
└ Processo educacional de curto prazo que visa dotar as pessoas de novos conhecimentos
Ex: desenvolver competências relacionadas com a capacidade de utilização de um software,
capacidade de liderança e de trabalho em equipa, capacidade de comunicação, competências de
negociação, etc.)
Introdução à Contabilidade
A CONTABILIDADE COMO PRÁTICA DE APOIO À GESTÃO
Contabilidade é a linguagem dos negócios
O BALANÇO
Balanço – representa a posição financeira de uma entidade num determinado momento (em regra, um
ano).
Recursos/Aplicação de Financiamento/ Origem
Fundos/Investimento de Fundos
Capital próprio
Ativos
Passivos
3 situações
Ativo > Passivo → CP >0
Ativo = Passivo → CP = 0
Ativo < Passivo → CP < 0 → Falência técnica
Ativo: corresponde ao que a entidade tem, isto é, ao conjunto dos seus bens e direitos. São os recursos
controlados pela entidade como resultado de acontecimentos passados dos quais se espera que fluam
para a entidade benefícios económicos no futuro.
→ corrente: prazo de recuperação < 12 meses, por exemplo, matérias-primas, depósitos, etc.
→ Não corrente: prazo de recuperação > 12 meses, por exemplo, máquinas, propriedades, etc.
Passivos: obrigações presentes resultantes de acontecimentos passados, cuja liquidação se espera que
resulte uma saída de recursos que incorporam benefícios económicos
→ corrente: prazo de liquidação < 12 meses
→ Não corrente: prazo de liquidação > 12 meses
Exemplo: Empréstimo solicitado a um banco
Capital próprio: corresponde ao que resta depois de soldadas todas as obrigações da entidade, ou seja,
é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os passivos. Engloba os
recursos originários dos sócios e os resultados gerados e não distribuídos.
Exemplos: Dinheiro investido pelos sócios; Lucro
A demonstração de resultados
RESULTADO LÍQUIDO DO PERIODO=RENDIMENTOS+GASTOS
3 Situações:
Rendimentos > Gastos → Lucro
Rendimentos = Gastos → Resultado nulo
Rendimentos < Gastos → Prejuízo
Verificar se a empresa tem ou não criado valor (análise histórica) ou se é estimada a criação de valor
(análise previsional)
concentrada na interpretação dos dados financeiros para informar as decisões estratégicas e melhorar
o desempenho financeiro a longo prazo
Uma análise financeira imite uma opinião sobre o desempenho, ou seja, sobre a situação financeira de uma
empresa.