Você está na página 1de 10

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Prof. Ana Letícia Covre Odorizzi Marquezan


Psicologia – CEULP/ULBRA

Geragogia –
Educação de
Adultos Seniores
Geragogia ou Educação Gerontológica
• Refere-se à aprendizagem das pessoas antigas, ou seja, levá-los a
ter um envelhecimento com sucesso, tornando ao mesmo tempo
esse processo consciente e produtivo.

• Peterson (1985) escrevendo a história da gerontologia educativa,


recorda que, desde 1976, sob esta denominação se entende “o
estudo e a pratica do empenhamento educativo ‘por’ e ‘sobre’ as
pessoas seniores”.
• A educação dos adultos e pessoas antigas desde
1973, e discute o desenvolvimento quanto a
aprendizagem dos pessoas antigas, a gerontologia
educacional e mais em particular a educação antes
da aposentadoria. (OLIVEIRA, 2006).

• Assim, a UNESCO, na sua 4° Conferência


Internacional sobre educação dos adultos,
considerou as pessoas antigas como um grupo
com necessidades educativas particulares.

• Essa educação diferenciada foi proposta por Willis


e Schaie (1981) com cinco objetivos para a
educação da pessoa antiga:
1. Ajudá-los a compreender as modificações corporais e do
comportamento que se manifestam na velhice.

2. Levá-los a compreender as mudanças tecnológicas e


culturais da sociedade contemporânea, mudanças
extremamente rápidas, como a internet e tudo que está
ligado a informática.

3. Torná-los aptos a desenvolver capacidades de luta contra as


consequências na própria pessoa das mudanças
socioculturais e do envelhecimento.

4. Levá-los a adquirir novas aptidões para lidar com as novas


situações.

5. Fazê-los aceder a um desenvolvimento satisfatório e a


descobrir novos papeis. (OLIVEIRA, 2006).
• Beauvoir (1990) em sua obra a Velhice,
destaca:

• Primeiramente a vida inteira atrás de nós.

• E segundo “eu sei que amanhã serei o mesmo


de hoje” – troca-se um futuro indefinido por
um futuro limitado.

• Um futuro limitado, um passado imobilizado,


tal é a situação que os idosos tem que
enfrentar. Em inúmeros casos essa situação
paralisa a atividade. Todos os seus projetos ou
foram realizados, ou foram abandonados, sua
vida fechou-se sobre eles mesmos, nada os
solicita, eles não tem mais nada a fazer.
• Ao se falar sobre a educação das pessoa
antiga deve-se atentar para as
personalidade, comportamentos e
atitudes, desde aqueles com pouca
cultura a aqueles já formados, motivá-los
a participar e inseri-los em um ambiente
adequado.

• Os métodos de ensino/aprendizagem dos


acadêmicos velhos também devem ser
diversificados. É necessário recorrer muito
mais à experiência acumulada do que
fornecer novos conhecimentos.
• “...ao ensinar acadêmicos velhos não devemos
preocupar-nos tanto em transmitir novos
conhecimentos ou informações, quanto
principalmente em desencadear uma nova
compreensão do que está já presente nos
educandos”. (MOODY, 1990 p.30 apud OLIVEIRA,
2006).

• Essa educação dos mais velhos não apenas


favorece esta classe, mas toda a sociedade e a
comunhão entre as diversas gerações. Cada vez
mais educados, os pessoas antigas podem, por sua
vez, tornar-se educadores dos mais novos.
• Usando do alto a sua sabedoria, mais do que com
teorias, eles podem educar por meio da experiência
que é mestra da vida. E os mais novos podem e
devem dispor-se a aprender dos mais velhos e antes
de mais a respeitá-los e a acarinhá-los. (OLIVEIRA,
2006).

• A educação das pessoas antigas não apenas é


possível, mas também necessária para a construção
de uma nova sociedade onde eles constituirão cada
vez mais uma parte significativa e decisiva da
população. Uma velhice bem sucedida significará
também uma sociedade e uma nova geração bem
sucedida.
Referencias Bibliográficas:
• BEAUVOIR, S. A Velhice. O mais importante ensaio contemporâneo sobre as
condições de vida dos pessoas antigas. Tradução de Maria Helena Franco Monteiro
– Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
• CAPUZZO, D.B. Elementos para a Educação de Pessoas Velhas. Tese de doutorado
em Educação. Universidade Católica de Goiás – PUC, Goiânia – GO, 2012.
• CHEBABI, W.L. A Criatividade e o Envelhecimento. Psicanalítica. Vol. VII. Numero1,
2006.
• NERI, A.L. O fruto dá sementes: processos de amadurecimento e envelhecimento.
In. A. L. Neri (org.). Maturidade e velhice: trajetórias individuais e socioculturais.
Campinas: Papirus, 2001.
• OLIVEIRA, J.B. Educação das pessoas idosas. Revista Psicologia Educação e Cultura
vol. X n° 2, pag 267-309, 2006.
• OSÓRIO, N.B; ANDRADE, C.M. Asilo, é possível viver com alegria? Universidade
Federal de Santa Maria, Santa Maria – Rio Grande do Sul, 2000.
• PERESTRELLO, M. Da Criatividade e do Envelhecimento. Psicanalítica. Vol. VII.
Numero1, 2006.
Obrigada!!

Você também pode gostar