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O VETO DO ART.

333 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: Interesse, Inaplicabilidade ou


Resistência?

RESUMO
O presente estudo visa aprofundar o texto do art. 333 do Código de Processo Civil, alvo de veto
presidencial quando da promulgação do novo diploma processual. Procurou-se explicitar o
conteúdo dos dispositivos, sua compatibilidade com o sistema e também o contexto extraprocessual
que envolvia a vigência ou não da inovação legal. O intuito do presente trabalho, ainda que possa
vir a concluir entendimento coadunando-se com o veto, é de promover a tutela de direitos em
âmbito coletivo.

PROBLEMAS

1) RESUMO
Ao longo de seus incisos e parágrafos, o art. 333 referia alguns requisitos, peculiaridades de
processamento e excludentes, os quais se passa a analisar pormenorizadamente.
Logo em seu caput, o art. 333 previa a possibilidade do juiz, mediante requerimento do
Ministério Público ou da Defensoria Pública, em converter a ação individual em ação coletiva,
conforme determinados requisitos, quais fossem: atenção à relevância social, dificuldade na
formação do litisconsórcio, ou que o pedido tivesse alcance coletivo em razão da tutela de bem
jurídico difuso ou coletivo stricto sensu conforme previsão do Código de Defesa do Consumidor 1, e
ofendesse, simultaneamente, as esferas jurídicas do indivíduo e da coletividade; bem como tivesse
por objetivo a solução de conflito de interesse relativo a uma mesma relação jurídica plurilateral,
cuja solução, por sua natureza ou por disposição de lei, deva ser necessariamente uniforme,
assegurando assim tratamento isonômico para todos os membros da coletividade.2
O seu §1º referia que também o pleito de conversão seria estendido também à União, os
Estados-Membros, o Distrito Federal, Municípios, autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista e associações, na esteira do previsto no art. 5º da Lei nº 7.347/85.
O seu §2º vedava a conversão prevista no caput do art. 333 para a tutela de direitos
individuais homogêneos. O §3º, de modo complementar, também vedava a conversão em caso de já
iniciada a audiência de instrução ou julgamento na ação individual, caso houvesse preexistência de
processo coletivo com o mesmo objeto ou o juízo não tivesse competência para o processo coletivo
que seria formado.
Os §§ 4º e 5º tratavam da intimação do autor para que aditasse a inicial, adequando seu pedido
à tutela coletiva e posterior intimação do réu, caso houvesse aditamento.

1
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo
individualmente, ou a título coletivo. Lei nº 8.078/90. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm>. Acesso em 28 jun. 2018.
2
Art. 333. Atendidos os pressupostos da relevância social e da dificuldade de formação do litisconsórcio, o juiz, a
requerimento do Ministério Público ou da Defensoria Pública, ouvido o autor, poderá converter em coletiva a ação
individual que veicule pedido que: (...). Mensagem nº 56. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Msg/VEP-56.htm>. Acesso em 28 jun. 2018.
O §6º indicava que o autor originário da ação individual atuaria na condição de litisconsorte
unitário do legitimado para condução do processo coletivo, e que, conforme o §7º, não seria
responsável por qualquer despesa decorrente da conversão.
O §8º dispunha que, após a conversão, seriam observadas as regras do processo coletivo.
O §9º referia que a conversão ocorreria ainda que na ação originária houvesse pedido
estritamente individual cumulado com o segmento a ser convertido, de modo que o processamento
do primeiro se daria em autos apartados.
Por fim, o §10º previa que o Ministério Público seria ouvindo quando da conversão, caso o
pedido não tivesse sido por ele feito.

2) PROBLEMATIZAÇÃO
O primeiro empecilho a ser enfrentado é a “relevância social” apontada como requisito da
conversão da ação no caput do art. 333. O conceito se apresenta aberto e sem qualquer delimitação
seja no próprio dispositivo ou em outro referenciado, de modo que ficaria a critério do magistrado,
de forma arbitrária, determinar se o caso apresentado se enquadraria no requisito posto.
Quanto ao requisito de “dificuldade de formação de litisconsórcio”, este se afigura
contraditório e de difícil compreensão. Ora, se a ação a ser convertida foi postulada por autor
individual, presume-se, logicamente, que não havia contexto que ensejasse a formação de
litisconsórcio, se não a ação assim teria sido proposta. Ainda, justamente quando da facilidade de
formação de polo litisconsorte é que a tutela coletiva se afigura mais proveitosa 3, de modo que a
dificuldade de formação, neste sentido, acaba por ir de encontro ao instituto da tutela coletiva de
direitos.
O primeiro inciso do dispositivo, somado ao §2º do mesmo (que vedava a conversão da ação
para tutela de direitos individuais homogêneos), eram os de maior complexidade e contradição. A
conversão da ação individual em coletiva só seria permitida quando versasse sobre direitos difusos,
compreendidos aqueles transindividuais, de natureza indivisível, dos quais são titulares pessoas
indeterminadas e conectadas por circunstâncias de fato, ou seja, não há titular individual do direito
bem como a possibilidade de tutela coletiva só surge quando da lesão ao âmbito da integralidade do
grupo4; ou coletivos stricto sensu, sendo aqueles igualmente transindividuais e indivisíveis, porém,
de titularidade de determinado grupo específico, com existência de elemento subjetivo que liga
estes sujeitos5.
Sendo assim, se afigura impossível e inimaginável qualquer situação que se enquadre nos
requisitos de conversão da ação elencados pelo dispositivo. Ora, a tutela de direitos difusos ou
coletivos stricto sensu, por definição, só se dá mediante ação coletiva proposta pelos agentes
legitimados do art. 82 do Código de Defesa do Consumidor em sede de substituição processual 6,
jamais de forma individual. Assim, restariam os direitos individuais homogêneos, pois estes
possibilitam a identificação dos sujeitos dele titulares 7. Contudo, o §2º do art. 333 bloqueia por
completo esta possibilidade, engessando assim o sistema e inutilizando todo o instituto.
3
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo Curso de Processo Civil:
Tutela dos Direitos mediante Procedimentos Diferenciados. Vol. 3. 2ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2016, p. 429-430.
4
ZAVASCKI, Teori Albino. Processo coletivo: tutela de direitos coletivos e tutela coletiva de direitos. 5. ed. rev. e
atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p.34.
5
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; DINAMARCO, Cândido Rangel; GRINOVER, Ada Pellegrini. Teoria geral
do processo. 31ª ed., São Paulo: Malheiros, 2015, p. 380.
6
DIDIER JÚNIOR, Fredie Souza; ZANETI JÚNIOR, Hermes. Processo coletivo passivo. Revista de Processo, São
Paulo: Revista dos Tribunais, v.33, n.165, nov. 2008, p. 30.
Somado a isso, o segundo inciso do art. 333 estipula condições ainda mais condições
genéricas como que a solução do conflito tenha que se dar de maneira uniforme por natureza ou
força de lei, assegurando assim tratamento isonômico para todos os membros do grupo. Ora, se está
se utilizando o termo “grupo”, em tese, está se excluindo a possibilidade da tutela coletiva em sede
de conversão dos direitos difusos, pois, conforme já visto, não se pode delimitar seus titulares.
Ainda, a imposição de tratamento uniforme por natureza ou força legal não é clara e prejudica ainda
mais a aplicação do instituto.
As outras barreiras impostas, agora, no §3º, acredita-se, são razoáveis e poderiam ser
mantidas, caso o art. 333 tivesse logrado continuidade dentro do sistema jurídico. A audiência de
instrução e julgamento é marco importante quanto à produção de provas, de modo que a conversão
da ação individual em coletiva no meio de seu trâmite seria deveras prejudicial ao autor originário;
a pendência de processo coletivo com o mesmo objetivo, igualmente, é obstáculo necessário, pois
valoriza um primeiro litígio proposto coletivamente em detrimento do individual possivelmente
convertido em tela; a ausência de competência para julgamento da demanda também é importante,
pois auxilia na delimitação do direito tutelado, exemplificando-se, aqui, a Orientação
Jurisprudencial nº 130 da Subseção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho 8, que
estabelece a competência para julgamento de Ação Civil Pública em âmbito laboral, semelhante à
tutela coletiva.
O §4º também é problemático, pois forçaria ao autor a emendar ou aditar a petição inicial no
sentido de adaptar seu pedido à tutela coletiva, em uma primeira leitura do dispositivo. Outra
impossibilidade. Tendo em vista o já explicitado, ainda, não pode o autor da ação individual
converter seu pedido em coletivo, pois tanto não possui legitimidade para isso, quanto é inviável
impor ao jurisdicionado que transfigure todo processo, conforme decisão arbitrário do magistrado,
ainda que a tutela coletiva não seja a mais adequada ao caso concreto.
Logo em seguida, o §6º estabelecia que os legitimados para tutela dos direitos coletivos
conduziriam o processo convertido, figurando autor individual “original” como litisconsorte
unitário destes, o que, aparentemente, se afigurava razoável. Contudo, se um dos legitimados do art.
82 do Código de Defesa do Consumidor iriam conduzir o processo, da mesma forma deveriam
realizar a adequação da petição inicial, e não o autor originário, até pelo fato de possuírem maior
capacidade de manejo deste tipo de ação específica.
Os §§7º e 10º encontram-se razoáveis pois não poderia ser o autor condenado ao pagamento
de custas decorrente de um fenômeno processual não por ele requerido. Ainda, a participação do
Ministério Público, nestes casos, seria essencial, mesmo que não fosse o requerente da conversão.
Já o §8º representa mais um deslinde do legislador. Sem qualquer fundamento a imposição da
observância das “regras do processo coletivo”, pois elas sequer existem! Pode-se até extrair alguns
princípios pois, tratando-se de tutela de direitos em âmbito que transcende a esfera individual,
poderia estar se arguindo uma linha de pensamento social, por ventura com base no Capítulo I do
Título II da Constituição Federal, que trata de direitos e deveres individuais e coletivos. Porém, fato
notório e sabido é que não há no Brasil um “Código de Processo Coletivo” (ou atual Projeto de Lei
neste sentido)9, bem como as disposições à tutela de direitos coletivos encontra-se pulverizada entre
o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90), a lei que regula a Ação Civil Pública (Lei nº
7.347/85), o Código de Processo Civil, a Constituição Federal, dentre outros diplomas que inclusive

7
ZAVASCKI, Teori Albino. Processo coletivo: tutela de direitos coletivos e tutela coletiva de direitos. 5. ed. rev. e
atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p.38.
8
Orientação Jurisprudencial 130 da Subseção II Especializada Dissídios Individuais. Tribunal Superior do
Trabalho. Disponível em: <http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_2/n_S6_121.htm#tema130>. Acesso em 28
jun. 2018.
9
Pesquisa realizada em no site <http://www.camara.leg.br/buscaProposicoesWeb/pesquisaSimplificada>. Acesso em
28 jun. 2018.
especificam questões particulares quanto ao direito material a ser tutelado. Com isso, não se afigura
possível observar as regras do processo coletivo, até porque as mesmas não foram estabelecidas de
fato, seja em termos legais, doutrinários ou jurisprudenciais.
A previsão de processar pedido individual remanescente em autos apartados prevista pelo §9º
até se afigura minimamente razoável, pois respeita a inafastabilidade do controle jurisdicional 10,
contudo, prejudica a economia processual que, em tese, seria melhor realizada mediante ação
coletiva, pois dá início a um novo processo a ser processado e julgado de forma tradicional.
Quanto ao veto do art. 333, a justificativa dada ao “veto” foi a seguinte, nos termos do texto
do Planalto:
“Da forma como foi redigido, o dispositivo poderia levar à conversão de
ação individual em ação coletiva de maneira pouco criteriosa, inclusive em
detrimento do interesse das partes. O tema exige disciplina própria para
garantir a plena eficácia do instituto. Além disso, o novo Código já
contempla mecanismos para tratar demandas repetitivas. No sentido do
veto manifestou-se também a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.”11

HIPÓTESES
a) caso não tivesse sido vetado o art. 333 do Código de Processo Civil quando de sua promulgação,
seria eficaz sua aplicabilidade no sistema jurídico pátrio?
b) em que pese eventual prejuízo na tutela de direitos coletivos mediante conversão da tutela
individual, conforme previsão do art. 333 do Código de Processo Civil, poderia algum de seus
dispositivos ser utilizado ou útil para o instituto?
OBJETIVOS
O presente estudo busca identificar se os motivos explicitados que ensejaram o veto
presidencial do art. 333 do Código de Processo Civil quando do advento do novo Código
encontram-se razoáveis.
Busca-se, ainda, analisar o conteúdo do extinto dispositivo processual, verificando se seu
texto, ou parte dele, ou ainda algum instituto nele previsto poderia ser utilizado no processo
contemporâneo.
A conclusão do presente estudo visa contribuir com a onda de cientificidade debruçada sobre
o instituto do “Processo Coletivo”, com grande incentivo dos resultados historicamente obtidos
pelas Class Actions norte-americanas12, de modo que a mais elevada doutrina brasileira tem
dispensado grandes trabalho sobre a temática ora abordada.

JUSTIFICATIVA

10
DIDIER JÚNIOR, Fredie Souza; ZANETI JÚNIOR, Hermes. Processo coletivo passivo. Revista de Processo, São
Paulo: Revista dos Tribunais , v.33, n.165, nov. 2008, p. 42.
11
Conforme se verifica em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Msg/VEP-56.htm>. Acesso
em 28 jun. 2018.
12
BARROSO, Luís Roberto. A proteção coletiva de direitos no Brasil e alguns aspectos da class action norte-
americana. Boletim científico: Escola Superior do Ministério Público da União Brasília, n.16, jul/set. 2005, p.
132-134. Disponível em: <http://boletimcientifico.escola.mpu.mp.br/boletins/boletim-cientifico-n.-16-2013-julho-
setembro-de-2005>. Acesso em 28 jun. 2018.
O presente trabalho se justifica pela necessidade de produção científica que vise aprofundar a
tutela de direitos em âmbito coletivo, observado o contexto no qual se encontra o Poder Judiciário
brasileiro atualmente.
A massificação de demandas, o surgimento de novas relações interindividuais, a já existência
do instituto em outros Sistemas, dentre outros, são vários dos fatores que ensejam a presente
pesquisa.
Ainda, acredita-se que o fomento à tutela coletiva possa a vir influenciar, ainda que
minimamente, a sociedade em se desprender das amarras do mindset individualista contemporâneo
enraizado, valorizando atitudes com intuito pró-social e solidário.

CONCLUSÃO
Se verifica da análise do texto proposto do art. 333 do Código de Processo Civil que o
mesmo, caso fosse assim promulgado, seria impossível de ser aplicado.
O engessamento promovido pelos seus dispositivos, em especial seu §2º, impediriam que se
desse a conversão de tutela individual em coletiva mediante aplicação do disposto no art. 81 e
incisos do Código de Defesa do Consumidor, caso os mesmos permanecessem mantidos.
Denota-se falta de conhecimento por parte do legislador dos dispositivos legais que
fundamentam a tutela de direitos em âmbito coletivo atualmente no Brasil, o que é de se causar
espanto, pois deveria ser justamente este segmento legal a ser minuciosa e previamente estudado
quando da elaboração de proposta para nova legislação.
Contudo, é louvável o esforço para que, ainda que de forma desvirtuada, tivesse sido
incentivada a tutela de direitos em âmbito coletivo em nosso sistema. Infelizmente, conforme já
abordado, esta influência não foi atendida pelo Poder Legislativo e, atualmente, não há notícia de
qualquer movimento no sentido de proposta de nova legislação que trate da matéria, ou ainda,
sintetize as disposições legais já existentes em nosso sistema há algumas décadas.
Quanto ao texto do veto, tendo em vista os poucos recursos oferecidos ao autor para que
contrarie a decisão de conversão de sua ação individual em coletiva, acredita-se ser possível que a
mesma ocorreria de forma pouco criteriosa, principalmente pelo fato de que, aparentemente, o
instituto é muito mais direcionado ao Juiz do que às partes ou à sociedade. Não se verifica, contudo,
a necessidade de disciplina própria para a aplicação do instituto. Ações Coletivas tramitam
historicamente no Brasil, sem que para isso fosse necessário um “Código de Processo Coletivo”,
mas sim, dispositivos aptos a regular tais procedimentos, em que pese seja criticável a dispersão
destes dispositivos ao longo de tantos diplomas, o que dificulta a compreensão do instituto.
O fato do – à época, Novo – Código de Processo Civil já contemplar mecanismos que lidem
com demandas repetitivas – e, aqui, acredita-se que o “veto” estaria se referindo ao Incidente de
Resolução de Demandas Repetitivas do art. 976 e seguintes –, também não obsta a possibilidade da
“Conversão”. Ademais, a lógica da resolução de demandas repetitivas é diversa da tutela de direitos
em âmbito coletivo.
Identificável também o interesse da Ordem dos Advogados do Brasil (em conjunto com a
Procuradoria Geral da República) em que fosse vetado o dispositivo. Um dos principais motivos
que impulsionam o excesso de demandas individuais no atual cenário jurídico é que o mesmo acaba
por ser configurar-se como funcionalidade Mercantil – ao invés de solucionar os conflitos da
sociedade - em face da expressiva e exagerada quantia de advogados habilitados no Brasil.
Dessa forma, conclui-se que o veto ao art. 333 do Código de Processo Civil levou em
consideração não tão somente a inaptidão de seus dispositivos para tutela de direitos em âmbito
coletivo, mas também a pressão externa perpetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil. Ainda, e
acredita-se que neste ponto o fundamento é razoável, os termos estipulados no extinto artigo
confeririam poder arbitrário ao Magistrado, de modo que não seria priorizado o interesse da
sociedade – semelhante às demais tutelas em âmbito coletivo – mas sim o do Juiz em diminuir a
quantia de demandas sobre as quais se debruça diariamente.
Ainda que esta seja reconhecidamente excessiva, não se pode conferir possibilidade de adoção
de medidas de combate a problemas do Judiciário em desfavor dos próprios jurisdicionados, o que
possivelmente ocorreria.

PALAVRAS-CHAVE
Código de Processo Civil. Veto. Processo Coletivo. Tutela Coletiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROSO, Luís Roberto. A proteção coletiva de direitos no Brasil e alguns aspectos da class
action norte-americana. Boletim científico: Escola Superior do Ministério Público da União
Brasília, n.16, jul/set. 2005, p. 132-134. Disponível em:
<http://boletimcientifico.escola.mpu.mp.br/boletins/boletim-cientifico-n.-16-2013-julho-setembro-
de-2005>. Acessp em 28 jun. 2018.

BRASIL. Mensagem nº 56. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Msg/VEP-


56.htm>. Acesso em 28 jun. 2018.

_____. Constituição Federal da República (1988). Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 28 jun.
2018.

_____. Assembleia Legislativa.


<http://www.camara.leg.br/buscaProposicoesWeb/pesquisaSimplificada>. Acesso em 28 jun. 2018.

_____. Orientação Jurisprudencial nº 130 da Subseção de Dissídios Individuais – II. Tribunal


Superior do Trabalho.. Disponível em:
<http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_2/n_S6_121.htm#tema130>. Acesso em 28 jun.
2018.

_____. Lei nº 8.078/90. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.


Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm>. Acesso em 28 jun. 2018.

_____. Lei nº 13.105 de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em 14 abr.
2018.

_____. Lei nº 7.347 de 1985. Disciplina a Ação Civil Pública e dá outras providências.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347Compilada.htm>.

CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; DINAMARCO, Cândido Rangel; GRINOVER, Ada


Pellegrini. Teoria geral do processo. 31ª ed., São Paulo: Malheiros, 2015.

DIDIER JÚNIOR, Fredie Souza; ZANETI JÚNIOR, Hermes. Processo coletivo passivo. Revista
de Processo, São Paulo: Revista dos Tribunais , v.33, n.165, nov. 2008.

GIDI, Antônio. A class action como instrumento de tutela coletiva dos direitos: as ações
coletivas em uma perspectiva comparada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.

MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo Curso de
Processo Civil: Tutela dos Direitos mediante Procedimentos Diferenciados. Vol. 3. 2ª ed. rev.,
atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016

ZAVASCKI, Teori Albino. Processo coletivo: tutela de direitos coletivos e tutela coletiva de
direitos. 5. ed. rev. e atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p.38.

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