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Universidade Estácio de Sá

Igor Moraes ferreira

Itaboraí 2021

Introdução
Conhecimento prévio do aluno
O conhecimento prévio de maneira simples, é tudo que o aluno traz
para a sala de aula, que não adquiriu na escola.

De acordo com a influência familiar, religiosa, política, econômica,


intelectual e cultural.

Grande parte do conhecimento prévio do aluno é também


popularmente chamado de senso comum. Ou seja, uma série de
crenças admitidas no seio de uma determinada sociedade, que
seus membros presumem ser partilhadas por todo ser racional.
Portanto, o meio em que o aluno vive exerce influência em seus
conhecimentos prévios, mesmo que tenham alguma base científica,
pois são conhecimentos que ele já detém ao chegar à escola.

Se resgatarmos Paulo Freire e Vigotski ambos concebem o


processo de conhecimento como fenômeno cuja produção depende
da relação de troca, de interação. E que se efetiva e se caracteriza
fundamentalmente pela mediação social.

Vigotski destaca ainda que o meio social tem peso importante no


desenvolvimento do sujeito. E Paulo Freire argumenta que a
identidade cultural do aluno é constituída pelas vivências cotidianas.

Para ocorrer a aprendizagem significativa, é necessário que o


aprendiz manifeste uma disposição de relacionar o novo material de
maneira substantiva e não-arbitrária à sua estrutura cognitiva.

Sendo assim, nós, professores temos papel importante em


auxiliar os alunos a reverem seus conhecimentos prévios para
que possam se apropriar de conhecimentos sistematizados de
tal forma que façam sentido a eles, que sejam significativos.

Ou seja, é a nossa intervenção que faz com que o aluno


reconheça que os conhecimentos prévios que traz não dão
conta de ajudá-lo no enfrentamento de problemas e na
compreensão consistente de fenômenos naturais e situações
vivenciadas em seu cotidiano.
Desenvolvimento

Mas como fazer isso em sala de


aula?
Para isso, nós enquanto professores, utilizamos diversas
estratégias. Uma delas é a problematização. E é para problematizá-
lo que devemos apreender o conhecimento já construído pelo
aluno. Ou seja, para aguçar as contradições e localizar as
limitações desse conhecimento, quando colocado ao lado do
conhecimento científico.

Assim, podemos ensinar um distanciamento crítico do educando, ao


se defrontar como conhecimento que ele já possui.

E, ao mesmo tempo, propiciar a alternativa de apreensão do


conhecimento científico. Essa problematização exige, por parte do
docente, tempo e planejamento, já que, deverá lançar um problema
que contenha uma contradição, como um desafio.

Para que dessa forma, os alunos sintam a necessidade de buscar o


conhecimento sistematizado para ajudá-los na resolução do que foi
proposto.

A função do problema é desencadear uma sequência de


Problematização inicial, Organização do Conhecimento e Aplicação
do Conhecimento.

É o chamado três momentos pedagógicos, que já tratamos aqui.

Que vai de encontro com o conflito ou desequilíbrio cognitivo citado


como fundamental para a aprendizagem por diversos autores.
Como por exemplo Piaget, Jerome Bruner,Vigotsk e Wallon

No entanto, por razões diversas, inclusive por não estar preparado


para agir de forma a considerar e problematizar as concepções
alternativas do aluno, muitas vezes, acabamos não dando espaço
para esse conhecimento prévio, ou muita vezes solicitamos ao
aluno esse conhecimento prévio antes da apresentação do tema da
aula e não retomamos isso.

Conclusão
É importante notar que nem todo o conhecimento prévio trazido
pelo aluno vai encaixar em determinada aula, por isso é importante
filtrar, guiar o aluno para que não fuja do tema proposto.

Mas também é fundamental retomar ao conhecimento exposto ao


início para verificar se o aluno conseguiu fazer a ponte entre o
conhecimento prévio e o conhecimento científico.

Essa é uma forma de tornar o aluno protagonista do processo de


ensino aprendizagem, de possibilitar uma aprendizagem
significativa, e também de tornar a aula muito mais interessante
para os alunos.

REFERENCIAS:
Piaget - Coleção Os Pensadores, Jean Piaget, 296 págs.,
Ed. Abril Cultural (edição esgotada)

Psicologia Educacional, David Ausubel, Joseph Novak e


Helen Hanesian, 625 págs., Ed. Interamericana (edição
esgotada)

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