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Caracteristica Dos Pós
Caracteristica Dos Pós
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METALURGIA DO PÓ
Para uma completa especificação do pó é também necessário descrever como ele foi
produzido. Todos estes parâmetros são importantes para uma padronização.
Tamanho da partícula
A maioria das análises do tamanho de partículas têm por objetivo obter um único
parâmetro geométrico geralmente associado ao tamanho da partícula esférica
equivalente.
fig22.bmp
- comprimento máximo M ;
- largura projetada W ;
- altura projetada H ;
- diâmetro da projeção esférica de área equivalente ;
1
DA A
2
2
A=π ⇒ DA = 4
4 π
- volume esférico equivalente ;
1
3
4 DV 6V 3
π =V ⇒ DV =
3 2 π
- diâmetro da superfície esférica equivalente;
1
2
DS S 2
4π = S ⇒ DS =
2 π
Dados comparativos para uma partícula do tipo arredondado irregular:
H 1,00
W 0,72
M 1,03
DA 0,76
Ds 1,45
Dv 0,95
Do
DA
(a)Telúrio, moído.
(b)Liga Fe, atomização a gás (argônio).
(c)Tungstênio, reduzido por gás, agregado poligonal.
(d)Estanho, atomizado com ar, arredondado com ligamentos.
(e)Liga Fe, atomizado por centrifugação, esférico.
(f)Estanho, resfriamento rápido sobre uma placa, flocos.
(k) (i) (g)
gn225.tif
Passaremos agora descrever as técnicas e medidas que são utilizadas para caracterizar
as partículas de pó. ( A influência destas características no processamento serão
vistas posteriormente. )
B430)
Condutividade Elétrica (ASTM C690) 0,5 - 800
Raios-X 0,05 - 0,2
fig24.bmp
new25.tif
fig25.bmp
∑F = 0 ⇒ FG − FB = FV
πD 3
FG = mg =Vρm g = ρ g ρm - densidade do pó.
6 m
πD 3
FB = Vρf g = ρg ρf - densidade do fluido
6 f
FV = 3πD vU (v= velocidade terminal e U= viscosidade do fluído)
18 HU 1
v = gD 2 ( ρ m − ρ f ) / 18U → (v = H/t) → D = [ ]2
gt ( ρ m − ρ f )
Limites
Partículas menores que 1µm devido a turbulência e gradientes térmicos.
Partículas irregulares apresentam trajetória não retilínea ⇒ velocidade variável
fig28.bmp
fig210.bmp
fig27.bmp
new29.tif
• A fenda fixa conjugada com a fenda rotativa, com várias janelas dispostas ao longo do
raio, é a chave desta medida. Através da fenda rotativa se seleciona a faixa angular do
“spot” que atinge o detetor. Esta faixa angular está relacionada com o tamanho da
partícula.
• É possível, computacionalmente, tratar os dados de intensidade e ângulo de forma a se
obter a distribuição do tamanho de partículas (na solução do problema assume-se as
partículas são esféricas)
D = (0,9 λ) / ( B2 cos (θ ))
onde B22 = B2exper. - B2partículas > 1µm
alargamento produzido alargamento do aparelho
pelas partículas finas
fig211.bmp
A raia mais larga refere-se ao resultado experimental obtido para o pó com partículas de
diâmetro menor que 1 µm. A raia estreita é o resultado experimental obtido com
partículas de diâmetro bem maior que 1 µm.
Área Superficial
Existem duas técnicas de medida de área superficial que são: adsorção gasosa e
permeabilidade. A técnica de adsorção é mais precisa que a de permeabilidade.
Adsorção Gasosa
Mede a quantidade de gás que é adsorvido, pela superfície limpa do pó, quando se varia a
pressão parcial de um gás inerte sob a amostra mantida a temperatura de condensação do
gás.
gn228.tif
gn229.tif
P 1 C -1 P
= +
X( Po − P) XmC XmC Po
gn230.tif
B A
P 1 C -1 P
= +
X (Po − P ) X m C X m C Po
1 1 C - 1 C 1
A + B = pois + = =
Xm X mC X mC X mC Xm
Xm Ao
S = onde, Xm - massa de uma monocamada
M / No W
M/No - massa de uma molécula
Xm
- nº de moléculas
M / No adsorvidas
X m N oA o
S =
WM
A medida de X pode ser feita pela variação da condutividade do gás, pela queda de
pressão ou pelo aumento de peso da amostra. No caso da montagem experimental
mostrada acima a medida da massa é feita através da variação da capacidade térmica da
mistura gasosa de N2 e He. Nesta figura a área do pico está relacionada com X.
O gás utilizado pode ser: nitrogênio, kriptônio, CO, CO2, H2O e Benzeno.
Permeabilidade
gn231.tif
∆PαA
vA = Q = α=coeficiente de
UL
permeabilidade
U= viscosidade
PU>PL
∆P= PU-PL
∆P(α )
v =
UL
1/2
1 1 ε3
S = ε é a porosidade
ρm 5α (1 - ε ) 2
Vocupado
ε = 1 - FE = 1 - ρaparente = 1 -
Vtotal
Esta técnica não mede a parte da superfície das partículas que está em
contato.
Gnfig232.tif
A taxa de escoamento (vazão = ρv) de um pó é medida através da passagem do pó,
forçado pela gravidade, através de uma pequena abertura. Esta medida fornecerá uma
informação sobre a densidade aparente do pó. Pós muito finos exibem uma grande
dificuldade para atravessarem a abertura devido a alta fricção entre as partículas.
Técnicas de medida de ρA
GNfig233.tif
Existem duas maneiras básicas de se medir a densidade aparente que são o medidor de
escoamento de Hall e o medidor de volume de Scott (ASTM B212 e B213 para Hall e
ASTM B329 para Scott), o primeiro é usado para partículas grossas e o segundo para
partículas finas, principalmente de materiais refratários que exibem alta fricção entre as
partículas.
Hall Scott
Definição:
Taxa de Escoamento = G
Massa W Wl Onde, ρa= Dens. Aparente
G= = = = (ρ a ) v escoamento
Áreaorifício ⊗ Tempo A ⊗ t ( A l )t
A
funil
Densidade do pó em função do número de “taps” para os pós de Al-atomizado (ρteórico = 2,7 g/cm3)
e Fe-atomizado e reduzido (ρteórico = 7,9 g/cm3).
A definição de porosidade
Hfig230.tif
Sistema FE
Cúbico Simples 0,52
CCC 0,68
CFC 0,74
HC 0,74
FE = Vocupado / V estrutura
Porosidade = 1 -FE
Hfig222a.tif Hfig222b.tif
Hfig223.tif Hfig224.tif
Hfig225.tif Hfig226.tif
Hfig227.tif
Curva 1 - Aumento contínuo da densidade aparente, nenhuma tendência à formação de
pontes;
A densidade aparente, portanto, pose ser manipulada pela adição de pós de vários
tamanhos e formas.
Exemplo: Efeito da adição de partículas finas (-325 mesh, menor que 44 µm) de
diferentes formatos ao aço 316 (+325 mesh, maior que 44 µm).
Hfig228.tif
P(D) = (D / Dmax)3
Obs.: No aço esférico este efeito não é crítico. Isto é, a densidade aparente diminui
quando se afasta da forma esférica.
Já a partir da análise dos dados da tabela abaixo podemos observar que a densidade aparente
diminui quando se aumenta a rugosidade da partícula.
onde C = (w Sw R) / (A k c)
w = massa do pó
Sw= superfície específica
R = fator dependente da rugosidade
A = área do orifício
k = cte. de proporcionalidade
c = constante representando o
tamanho e a forma do orifício
Gnfig217
Geralmente utilizam-se valores médios da dimensão linear para caracterizar esta
distribuição. Esta é uma aproximação nem sempre adequada mas frequentemente
utilizada.
Média Aritmética
d=
∑nd i i
∑n i
Média Geométrica
log dg =
∑ n log d i i
∑n i
Superfície Média 1 1
∑ nidi 2
1
2
4π 2 4π 2
ds =
4 4 ∑ ni
dv =
3( 2 ) 3( 2 ) ∑ ni
3 3
Muitas vezes os pós exibem uma curva bem comportada quando plotados num gráfico
semilog e apresentam uma distribuição Gaussiana. Uma distribuição cumulativa
também é usada para se representar num gráfico a fração de partículas abaixo ou acima
daquele valor. Existem quatro principais alternativas de mostrar uma distribuição de
tamanho de partículas
Gnfig221.tif
1 ( x − x )2
P ( x) = exp −
2π (σx ) 2σx 2
A área W(σx) é definida como a área da curva compreendida entre (x - σx) e (x + σx)
vale 0,683, isto é:
W(σx) =68,3%
W(2σx)= 95,4%
W(3σx)=99,7%
Gnfig218.tif
Gnfig220.tif
A distribuição Gaussiana (Log Normal) tem a vantagem de poder ser reduzida a dois
parâmetros (coeficiente angular e linear) quando se traça o desvio padrão em função de
log d. Numa distribuição Gaussiana é possível se realizar uma transformação de uma
distribuição de tamanho em peso para população (freqüência).
Gnfig23.tif