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EXTRAÇÃO DE DNA DO KIWI

HIPÓTESE

“É possível visualizar e extrair o DNA das células do Kiwi usando uma solução de água, sal e
detergente da loiça.”

PRINCÍPIOS TEÓRICOS

➢ O kiwi é constituído por células eucarióticas vegetais, sendo muito fácil de homogeneizar. Este
fruto (tal como os morangos ou as bananas) é policoloide, ou seja, contém muito DNA, pois tem
oito cópias de cada conjunto de cromossomas, ao contrário dos humanos que possuem apenas
duas.
➢ Nas células eucarióticas o DNA encontra-se no núcleo;
➢ As células vegetais possuem parede celular e membrana celular;
➢ A trituração destrói as paredes celulares e parte das membranas plasmáticas, o que facilita a
atuação de detergentes;
➢ As células e o seu núcleo têm à sua volta uma membrana (celular e nuclear), formada por
gorduras (fosfolipídios);
➢ Os lípidos não se dissolvem na água;
➢ Os detergentes emulsionam as gorduras - dividem as partículas grandes de gordura em
partículas menores, para que depois as enzimas possam atuar;
➢ A filtração retém alguns constituintes maiores (compostos membranares) e é permeável a
moléculas como o DNA e as proteínas (ou seja, atravessam o filtro);
➢ O sal – NaCl – quando em solução aquosa, dissolve-se na água e dissocia-se em Na+ e Cl-;
➢ O DNA possui carga negativa
➢ O sal provoca reações químicas e neutraliza a carga por natureza negativa do DNA - o cloreto de
sódio dissocia-se em Na+ e Cl- enquanto o grupo fosfato, presente na molécula de DNA possui
uma carga negativa. A junção dos dois elementos permite a agregação das moléculas de DNA,
visto que os iões Na+ reagem com os grupos fosfato do DNA.
➢ O DNA é insolúvel no álcool gelado, por isso forma uma espécie de “nuvem” visível aos olhos –
diz-se que precipita o DNA;
➢ Bolhas em solução liquida tornam o meio menos denso.

LISTA DE PALAVRAS QUE SE DEVER TER ALGUM CONHECIMENTO

➢ Células eucarióticas ➢ Cromossomas


➢ Células eucariontes vegetais ➢ Grupo fosfato
➢ Membrana celular/plasmática e nuclear ➢ Poliploide
➢ Parede celular ➢ Emulsão
➢ Núcleo celular ➢ Filtração
➢ Proteínas ➢ Kiwi
➢ Lípidos ➢ Detergente
➢ Fosfolípides ➢ Sal (NaCl)
➢ Ácidos nucleicos ➢ Água (H2O)
➢ DNA ➢ Álcool etílico (C₂H₆O)
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E DO PROCEDIMENTO

Nesta experiência, foi realizada a extração do DNA do kiwi porque este é um fruto poliploide. A
extração do DNA destas células consiste fundamentalmente em três etapas:

Para começar, na primeira etapa, foi necessário esmagar e triturar o kiwi (através do almofariz) para
quebrarmos as paredes celulares e parte das membranas celulares do kiwi, com o objetivo de facilitar
a função do detergente ,que foi posteriormente adicionado, a libertar o conteúdo do DNA que estava
dentro do núcleo das células e por isso, intacto. Obteve-se, assim, uma grande rutura das células do
kiwi.

Como resultado desta operação resultou uma polpa de kiwi espessa. Ao kiwi foi, numa segunda fase,
adicionado uma solução de extração de DNA que continha sal, detergente e água. Utilizámos o sal
(cloreto de sódio, NaCl) para ajudar a manter as proteínas dissolvidas no líquido extraído, impedindo
que elas se precipitem com o DNA. Mas a razão principal pela qual utilizámos o Sal deve-se ao facto
deste interferir com a carga da molécula de DNA, tornando a molécula mais estável. Ao contribuir com
iões positivos para a solução, vai provocar reações químicas e neutralizar a carga por natureza
negativa do DNA. Utilizámos o detergente, pois este tem como função separar as gorduras e afetar as
membranas, abrindo e quebrando as camadas lipídicas que compõem a membrana plasmática e as
membranas dos organelos (incluindo a nuclear). O que resulta numa exposição do DNA, que já não se
encontra mais no núcleo das células, o que permite a sua extração.

Numa terceira fase, filtrámos a preparação (através do papel de filtro) para o tubo de ensaio , para
que apenas uma parte líquida e quase translúcida (que contém proteínas e DNA) atravesse o filtro,
não permitindo a passagem de substâncias mais espessas da polpa de kiwi (incluindo compostos
membranares), ficando detidas no papel de filtro colocado no funil. Esta solução deposita-se no fundo
do tubo de ensaio, de forma uniforme.

Posteriormente, na última fase, adicionámos o álcool gelado, visto que o DNA não é solúvel neste
composto, logo vai precipitar-se. Ao derramarmos o álcool na solução, foi claro que estes dois não são
solúveis e a pouco e pouco começaram a notar-se no extrato filamentos brancos muito finos, na zona
de intersecção dos dois líquidos (por baixo a solução de sal, água e detergente e por cima o álcool
etílico), como se nota na figura 1. Estes filamentos representam o DNA. Como o DNA precipitado é
menos denso que a água ascende rapidamente e acumula-se na parte superior. O DNA vai ascendendo
lentamente, ficando em suspensão na camada de álcool, o que torna possível a sua visualização. As
bolhas existentes facilitam também a ascensão de DNA, uma vez que estas tornam o meio menos
denso.

CONCLUSÃO:

Após a realização desta experiência, podemos concluir que é possível visualizar e extrair o
DNA das células do kiwi, por este ser um ser poliploide e pela ajuda de outros fatores, como a
trituração, a solução de extração de DNA, a filtração da mistura, e a junção de álcool etílico. Dado que
no final se observa um precipitado em suspensão no álcool etílico, o DNA, conclui-se que este foi
removido e extraído das células vegetais.

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