Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Distribuição
Logística de Distribuição
1ª edição
2017
Unidade 6
Logística de Distribuição
Objetivos de Aprendizagem
3
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Legenda: A figura mostra mercadorias sendo identificadas para depois serem dis-
tribuídas usando mais de um modal de transporte.
Disponível em: <http://www.commar.com.br/distribuicao.php>. Acesso em: 08 maio 2017.
A Logística de Distribuição engloba todas atividades da distribuição física de mercadorias, desde a indústria até o
consumidor final. Novaes (2007, p. 123) conceitua distribuição física como “processos operacionais e de controle
que permitem transferir os produtos desde o ponto de fabricação até o ponto em que a mercadoria é finalmente
entregue ao consumidor”. O autor informa que processos de controle também constituem as atividades de dis-
tribuição. Rastreadores, por exemplo, são utilizados para controle de rota dos veículos.
O abastecimento da indústria com matéria-prima se chama Inbound Logistics, ou Logística de Suprimentos. Já a
atividade de distribuir os produtos acabados é chamada Outbound Logistics, ou somente distribuição. É impor-
tante lembrar que o outbound pode ser da fábrica direto ao cliente, o que pode ocorrer em uma compra pela
internet, em que muitas vezes o produto é fabricado a partir do pedido do cliente, que recebe a mercadoria direto
da fábrica em sua residência.
Glossário
4
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Osmar Vinci Filho (2016) apresenta as principais etapas da Logística de Distribuição, outbound, ou seja, a saída do
produtos acabados da distribuidora ou da fábrica.
• Conferência: O produto precisa ser conferido e sair somente se a carga estiver em bom estado e de
acordo com a nota fiscal. Deve existir uma sistemática de controle na saída do produto, que evita trans-
torno em toda cadeia de suprimentos. Leitores de código de barras diminuem erros humanos na saída
de mercador, por exemplo. Um controle a ser adotado é conferir a mercadoria e a nota fiscal novamente
no embarque da mercadoria no veículo. Assim, a empresa assegura que expediu o produto certo em bom
estado, na quantidade solicitada pelo cliente, e que este irá ao destino final. A conferência evita devolu-
ções, que são custos, e confere o prazo de validade do produto, que vai diminuindo com o tempo.
• Roteirização de cargas: Distribuição bem planejada evita custos financeiros e de tempo na distribuição.
Pedágios, custos de hospedagem e de combustível devem ser reduzidos ao máximo com uso da roteiriza-
ção. A roteirização deve considerar também as características da carga, a legislação e o veículo de trans-
porte. Determinadas mercadorias em veículo podem circular em horários restritos para evitar engarrafa-
mentos e acidentes. A segurança da carga e do motorista também influencia nos roteiros. Determinados
locais são mais arriscados, mesmo que o veículo seja rastreado. No transporte rodoviário, as condições das
estradas são impacto no custo de manutenção e o roteiro precisa considerar tal fator. A roteirização pode
considerar mais de um modal de transporte para a entrega do mesmo produto ou de vários produtos.
• Gestão de transporte: Deve considerar se é melhor utilizar frota própria ou terceirizada, bem como quais
veículos são mais apropriados para cada produto.
• Negociação de fretes: A empresa deve fazer cotações periodicamente para conseguir um valor de frete
acessível com bom nível de serviço ao cliente.
• Utilização de indicadores: Controles medem e informam como o serviço está sendo prestado. Atrasos,
erros de documentação e devolução são os principais indicadores na Logística de Distribuição. O sistema
chamado KPI, por exemplo, é utilizado para mostrar o desempenho diário, semanal, mensal e anual da
empresa, quanto à faturamento, viagens realizadas, locais atendidos, entre outras informações impor-
tantes para tomar decisões com relação à logística da empresa.
5
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Legenda: A figura mostra os desperdícios que a logística lean e o just in time evitam.
Disponível em: <http://kaizen-lean-logistica.blogspot.com.br/2011/02/logistica-enxuta-ou-lean-logistics.html>. Acesso
em: 08 maio 2017.
Na Unidade 2, estudamos o conceito de just in time, que significa reduzir ao máximo os esto-
ques, evitando desperdícios para fabricar o produto exigido pelo consumidor e disponibilizá-
-lo no tempo solicitado.
O just in time atua junto com a distribuição lean para evitar desperdícios com superprodução, espera, transporte,
processamento, estoque, movimentação e defeitos. Assim, a distribuição lean, ou enxuta, busca reduzir o lead
time e o tamanho dos lotes. A ideia não é prever a demanda, mas sim focar em projetos otimizados, específicos
conforme o pedido do cliente. O tamanho do lote é reduzido, pois a fábrica produz somente o que foi solicitado
pelo cliente, o que, por consequência, afeta a distribuição com volumes menores e redução do lead time. Zylstra
(2008) revela os benefícios da distribuição lean:
A abordagem da Distribuição Enxuta aumenta a flexibilidade e a simplicidade e, assim, reduz a
necessidade de confiar em previsões e fornece planos otimizados para alcançar melhores resulta-
dos. Com a prática enxuta, a melhoria do processo e do desempenho é focada na redução do lead
time, na redução dos tamanhos de lote e no aumento da confiabilidade, fornecendo a flexibili-
dade e a simplicidade necessárias para alcançar resultados consistentes. (ZYLSTRA, 2008, p. 20).
O autor mostra que a Distribuição Enxuta proporciona simplicidade e flexibilidade. Simplicidade implica em
focar no atendimento do pedido e nada mais do que isso. Já a flexibilidade significa que a empresa considera
cada pedido como único, podendo adaptar o seu serviço para realizar o atendimento conforme as exigências do
cliente. Por consequência, há aumento da confiabilidade por parte do cliente, que perceberá a empresa como
fonte de um serviço único e inteligente à disposição para atendê-lo.
6
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Glossário
Zylstra (2008, p. 22) afirma que a vulnerabilidade da previsão de demanda gera conflitos entre fornecedores e
clientes. Os fornecedores precisam saber a necessidade exata de material para produzir, e a demanda dos clien-
tes muda de acordo com seus mercados atendidos. A Distribuição Enxuta faz a mediação na relação entre forne-
cedor e cliente para haver todos terem ganhos, sem precisar compensar possíveis falhas.
Legenda: A figura mostra uma balança que deve buscar o equilíbrio com a Distri-
buição Enxuta na relação da empresa com fornecedores e clientes.
Fonte: Zylstra (2008, p. 23).
A Distribuição Enxuta possui determinadas características, conforme aponta Zylstra (2008, p. 33):
• Serviço ao cliente: gerencia os fluxos a partir do pedido do cliente;
• Previsões: considera-se que não são exatas e, por isso, podem ser utilizadas somente para o planeja-
mento a longo prazo;
• Estoques: deve-se consolidar sempre que possível para repor com baixo custo;
• Variabilidade: demanda do cliente varia e, por consequência, variam as operações para atendê-lo;
7
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Glossário
As características da Distribuição Enxuta são atribuídas ao fato de a demanda ser puxada, ou seja, todas opera-
ções começam a partir do pedido do cliente. Para haver otimização no atendimento, segundo Zylstra (2008, p.
61), deve-se:
• Estruturar e otimizar a rede: Determinar os locais e espaços necessários para fazer as entregas de
acordo com os produtos e pedidos dos clientes. Isso pode envolver estratégias, como ter um centro de
distribuição, parceiros com espaços diversos e transportadores comprometidos.
• Projetar e analisar os processos: Simplificar os processos e automatizar sempre que possível para evitar
erros.
• Operar os processos e a rede: Gerenciar os processos dos diversos negócios que a empresa atende, bem
como a distribuição física. Ter controle referente à satisfação do cliente e às possibilidades de melhoria.
Legenda: A otimização inicia com a estruturação da rede, depois segue para automatização e para operação de pro-
cessos. É um ciclo, onde deve-se operar os processos de rede na estruturação da rede e na automatização.
Logística de Distribuição Enxuta visa resolver os problemas dos clientes de forma customizada e utilizando a otimi-
zação. Zylstra (2008, p. 163) revela os problemas mais comuns dos clientes e as soluções com a Distribuição Enxuta:
• Espaço disponível para estoque: Os cientes podem ter limitação quanto aos estoques. Entregar com
menor quantidade e capacidade rápida de resposta do fornecedor são fatores que desoneram esse pro-
blema para o cliente.
• Variação da demanda: A resposta rápida do fornecedor deve ser flexível para atender ao cliente, ainda
mais quando se tratam de itens críticos.
8
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
• Ligação entre produtos de suprimentos: Os produtos de um mesmo cliente devem ser entregues jun-
tos, sempre que possível, para reduzir custos de transporte e evitar preocupação para o cliente.
• Custo de manutenção de estoques: Responder o mais rápido possível para evitar custos de estoque ao
cliente. Produtos refrigerados, por exemplo, necessitam de maiores cuidados e custos de armazenagem
no estoque.
• Dificuldade de acompanhar o estoque: Algumas empresas optam por deixar o fornecedor gerenciar os
seus estoques e somente se envolvem com a liberação da compra.
6.1.3 Cross-docking
Legenda: a figura mostra a prática do cross-docking, onde os produtos vem de diversos fornecedores e são
imediatamente disponibilizados para serem entregues aos clientes, sem precisar de armazenamento.
Fonte: http://portallogistico.com.br/2015/04/27/cross-docking-39781/
9
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
A utilização do cross-docking reduz o tempo da operação no armazém, agilizando todo processo na cadeia de
suprimentos. Com cross-docking após o recebimento, a mercadoria é conferida e já é separada para ser conferida
novamente antes de ser despachada. Sem isso, seria necessário carregar a mercadoria para o armazenamento,
acarretando mais tempo, custo e mão de obra na operação. Percebe-se que o lead time fica menor com a utiliza-
ção do cross-docking.
Segundo Ching (2001), existem três níveis de cross-docking que podem ser utilizados nas empresas:
• Nível 1 - cross-docking paletizado: os produtos chegam dos fornecedores e são direcionados para outro
veículo aos clientes, sem seleção ou preparação da carga;
• Nível 2 - cross-docking com separação: as mercadorias são recebidas e separadas para uma região
específica;
• Nível 3 - cross-docking com separação e reembalagem: os produtos são recebidos, separados e reem-
balados para serem direcionados aos veículos que farão as entregas.
O mesmo armazém pode trabalhar com os três tipos de cross-docking dependendo do acordo realizado com
fornecedores e clientes. O nível 1 apresenta maior agilidade em comparação aos outros níveis, pois a mercadoria
é recebida e já sai para entrega.
10
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Os Canais de Distribuição possuem características que fazem suas estruturas serem diferentes. Novaes (2007, p.
135) afirma que extensão e amplitude são as propriedades dos Canais de Distribuição.
A extensão do Canal de Distribuição está relacionada ao número de intermediários existentes desde a fábrica até
o cliente final. Cada intermediário forma um nível do canal. Se não há intermediário entre a fábrica e o cliente,
então, o Canal é de nível zero. Os níveis mais comuns são:
Canal de nível zero: quando o produto vem da fábrica para o consumidor. As compras realizadas pela internet,
por exemplo, podem sair da fábrica direto para casa do cliente;
Canal de um nível: quando existe um intermediário entre o fabricante e o cliente. Ocorre, por exemplo, quando
os varejistas compram das fábricas para revender aos clientes;
Canal de dois níveis: quando existem dois intermediários entre a fábrica e o cliente final. Um exemplo é quando
a loja compra de um atacado que por sua vez tinha sido abastecido pela fábrica.
Podem existem diversos níveis de canais e quanto mais níveis, mais complexo se torna o abastecimento.
Agente
Varejo
Atacado
Varejo
Varejo
Legenda: A figura ilustra os três níveis mais comuns dos Canais de Distribuição.
Fonte: Carvalho (2009). Disponível em: <https://pt.slideshare.net/LaisCarvalho/aula-canais>. Acesso em 08 maio 2017.
11
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Glossário
A amplitude ou largura do Canal de Distribuição se refere ao número de empresas que ocupam seus níveis.
Novaes (2007, p. 135) indica três principais amplitudes: unitária, múltipla controlada e múltipla aberta.
Distribuição exclusiva (amplitude unitária): existe uma empresa atuando em cada região. Pode ser, por exem-
plo, um fornecedor para todas lojas, ou uma loja que comprar de todos fornecedores. Essa amplitude é comum
para produtos especiais, exclusivos, quando existe poucos acessos aos produto.
Distribuição seletiva (amplitude múltipla controlada): existem algumas empresas atuando na mesma região.
Assim, existem mais opções de abastecimento no caso de ter mais uma fábrica na região. Há mais opções de
clientes por existirem várias lojas que compram dos fornecedores. É caso dos produtos que envolvem pesquisa
antes da compra, com lojas em pontos estratégicos de acesso ao consumidor.
Distribuição intensiva (amplitude múltipla aberta): o fabricante distribui para o maior número possível de
revendedores em diversas regiões. É o caso de produtos de consumo frequente, como sabonetes.
A escolha da amplitude do Canal depende, segundo Novaes (2007, p. 135), do tipo de produto: de consumo fre-
quente, que envolvem pesquisa antes da compra e produtos especiais.
12
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Cadeia de Suprimento
Consumidor
Legenda: A figura mostra as quatro funções dos Canais de Distribuição da cadeia de suprimentos para o consumidor final.
Fonte: Novaes (2007, p. 128).
A cadeia de suprimentos é composta pelos canais de distribuição. Cada canal tem a função de induzir a demanda,
bem como satisfazê-la, prestar serviços de pós-vendas e disponibilizar informações do cliente para o restante da
cadeia de suprimentos e da cadeia de suprimentos para o cliente.
Glossário
Show room é um espaço que algumas fábricas têm na entrada para mostrar seus produtos
ao cliente.
13
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Os Canais de Distribuição são adotados de acordo com a estratégia da empresa e se dividem em:
• Verticais: seguem uma sequência rígida, onde a responsabilidade do produto é transferida para os
Canais de Distribuição;
• Híbridos: um pouco mais flexível, com duas saídas do produto, em que a responsabilidade já é comparti-
lhada. O fabricante pode, por exemplo, se responsabilizar por parte do serviço de pós-vendas;
• Múltiplos: operações acontecem paralelamente por conta de existirem diversos tipos de consumidor. Por
exemplo, alguns clientes compram na loja e outros pela internet, onde o produto pode sair direto para
fábrica, sem passar pelo varejo;
• Reversos: trata do retorno do produto devolvido pelo cliente. A logística reversa cuida dessas atividades
que tratam de analisar o produto para reuso, reciclagem ou descarte ecologicamente correto.
14
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Legenda: A figura mostra uma operação sendo realizada em um armazém por um opera-
dor logístico terceirizado utilizando tecnologia, que lembra agilidade e eficiência.
Disponível em: <http://abolbrasil.org.br/>. Acesso em: 08 maio 2017.
Glossário
Sistema vertical é quando a empresa não tem como prática contratar terceiros para ajudar
na execução de suas atividades.
A empresa que contrata serviços de terceiros, foca na sua atividade principal e delega as demais responsabilida-
des para os contratados. Mas, a empresa contratante tem a função de gerenciar os terceiros, bem como fiscalizar
a qualidade dos serviços prestados. Os operadores logísticos são os terceiros que prestam serviço relacionados
à logística. Novaes (2007, p. 282) aponta o conceito de Operador Logístico, fornecido pela ABML (Associação
Brasileira de Movimentação e Logística):
Operador Logístico é o fornecedor de serviços logísticos, especializado em gerenciar e execu-
tar todas ou parte das atividades logísticas nas várias fases da cadeia de abastecimento de seus
clientes, agregando valor aos produtos dos mesmos, e que tenha competência para, no mínimo,
prestar simultaneamente serviços nas três atividades básicas de controle de estoques, armazena-
gem e gestão de transportes.
15
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Acesse o site e saiba mais sobre a Associação Brasileira de Operadores Logísticos: <http://
abolbrasil.org.br/>.
É muita responsabilidade a se delegar e controlar e, por isso, sugere-se selecionar o operador com experiência de
mercado, bem conceituado. Desse modo, Goi (2014) aponta as principais expectativas quanto aos serviços dos
Operadores Logísticos:
• Flexibilidade: para suportar as oscilações da demanda e atender pedidos emergenciais;
• Ter plano de contingência: para todo evento inesperado;
• Custo: menor do que se o serviço fosse realizado pela empresa;
• Absorver aumentos de custo: sem afetar os preços;
• Utilizar menos mão de obra: espera-se que o prestador de serviços tenha processos automatizados e
menos suscetíveis a erros;
• Atingir altos índices de performance: espera-se que o prestador tenha performance próxima a 100%
em todas atividades;
• Realizar as atividades just in time: estar disponível para realizar as atividades no momento desejado e
executá-las no menor tempo possível;
• Atender toda norma técnica, legal, de sustentabilidade: se enquadrar em todas normas exigidas pela
legislação e pela empresa contratante.
Podemos perceber que há muitas expectativas relacionadas ao prestador de serviços logísticos. Importante
salientar que muitas dessas expectativas podem ser desenvolvidas com a parceria do contratante.
A operação terceirizada passa por um ciclo de maturação (GOI, 2014). Nesse ciclo, é preciso planejar e revisar
periodicamente as operações para que se desenvolva continuamente e se torne cada vez mais um provedor de
serviços capacitado e integrado aos processos da empresa de forma economicamente viável.
16
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Legenda: A figura mostra o ciclo de maturação da operação terceirizada, com cinco etapas que se complementam.
Disponível em: <http://www.tecnologistica.com.br/wp-content/uploads/2014/10/Figura1.jpg>. Acesso em 08 maio 2017.
Compreender o ciclo de maturação do prestador de serviços logístico significa que o contratante deve estar
aberto a negociações e parcerias benéficas a toda cadeia de suprimentos. O feedback constante tem papel
essencial em todos momentos de prestação de serviço, para apontar sugestões de melhoria e reiterar o que está
sendo realizado de forma satisfatória.
Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Operadores Logísticos, o nível de satisfação das empresas brasilei-
ras com terceiros é de 81%, sendo igual ao da Europa e mais baixo se comparado aos Estados Unidos (89%), e a
Ásia (89%). O índice de satisfação aumenta quando contratante e prestador de serviço mantêm a comunicação
clara quanto aos seus objetivos.
17
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Outra pesquisa da Associação Brasileira de Operadores Logísticos mostra os serviços mais utilizados na Amé-
rica do Norte, Europa, Ásia e Brasil. Em todos os casos, o transporte doméstico foi maioria em percentual. Isso
acontece devido à necessidade de distribuir os produtos para as diversas regiões dentro dos países. Serviços de
desembaraço tiverem altos índices, pois estão relacionados à elaboração de toda documentação necessária para
exportar e importar produtos. A armazenagem, segundo a pesquisa, também apresentou importância dentro dos
serviços terceirizados. Esses índices indicam a demanda pela prestação de serviços e são interessantes para os
operadores logísticos investirem em seus negócios.
Legenda: A tabela mostra a utilização dos serviços logísticos na América do Norte, na Europa, na Ásia e no Brasil.
Disponível em: <http://abolbrasil.org.br/pdf/1475075234.pdf>. Acesso em: 08 maio 2017.
18
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
Glossário
Acesse o site e saiba mais sobre os índices de terceirização no Brasil e no mundo: <http://
abolbrasil.org.br/pdf/1475075234.pdf>.
6.3.2 Broker
Legenda: O broker atua desde a saída do produto da indústria até sua chegada no consumidor final.
Disponível em: <http://sincapr.com.br/setor-no-brasil/>. Acesso em: 08 maio 2017.
O broker é o intermediário que se responsabiliza pelo produto desde sua saída da indústria até a sua venda. Para
a indústria, o broker representa uma estratégia para alavancar as vendas da empresa, pois gerencia os demais
intermediários que possam existir no negócio e ganha sua comissão com a venda dos produtos.
19
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
A responsabilidade do broker pode englobar armazenagem, distribuição, transporte até a venda do produto ser efe-
tuada. A indústria centraliza sua estratégia em produzir e o broker cuida de toda logística de distribuição e vendas.
Pense em tudo que estudamos nesse capítulo e como podemos utilizar esse conhecimento
para sugerir soluções no Fórum Desafio.
20
Considerações finais
A logística de distribuição física se divide em duas grandes atividades:
• Inbound Logístics ou Logística de Suprimentos: refere-se ao abas-
tecimento da indústria com matéria-prima.
• Outbound Logistics ou Logística de Distribuição: Atividade de distri-
buir os produtos acabados.
A Logística de Distribuição possui as seguintes etapas:
• Conferência: mercadorias e documentos;
• Roteirização: caminhos mais ágeis e com menor custo;
• Gestão de transporte: veículos mais apropriados para mercadoria;
• Negociação de fretes: fazer orçamentos antes de definir o transporte;
• Utilização de indicadores: medir para controlar o desempenho
da operação.
• Distribuição lean ou enxuta: aliada ao conceito de just in time,
visa solucionar os principais problemas de distribuição: espaço
para estoque, variação da demanda, ligação entre produtos de
suprimentos, custo de manutenção de estoques, dificuldade de
acompanhar o estoque.
• Cross-docking: é quando o produto é recebido e já direcionado
para as entregas, evitando a armazenagem. Os níveis de cross-
-docking são: nível 1, com carga paletizada; nível 2, com separa-
ção; e nível 3, com separação e reembalagem.
• Propriedade dos Canais de Distribuição: extensão (dividida em
níveis) e amplitude (número de intermediários envolvidos).
• Os operadores logísticos: são empresas terceirizadas que pres-
tam serviços logísticos, enquanto a contratante se dedica a sua
atividade principal. O broker é um intermediário que cuida do pro-
duto desde sua saída da fábrica e se responsabiliza pelas vendas e
pelos demais intermediários.
21
Referências bibliográficas
CARVALHO, L. Canais de Distribuição. Disponível em: <https://
pt.slideshare.net/LaisCarvalho/aula-canais>. Acesso em: 28 mar. 2017.
22
Logística de Distribuição | Unidade 6 - Logística de Distribuição
SINCA. Setor atacadista no Brasil. Disponível em: <http://sincapr.com.br/setor-no-brasil/>. Acesso em: 28 mar.
2017.
VINCI FILHO, O. Logística de Distribuição: Conheça as etapas chaves do processo e a importância de cada
uma delas. 2016. Disponível em: <http://www.painellogistico.com.br/logistica-de-distribuicao-conheca-as-
-etapas-chaves-do-processo-e-a-importancia-de-cada-uma-delas/>. Acesso em: 26 mar. 2017.
ZYLSTRA, K. D. Distribuição Lean: a abordagem enxuta aplicada à distribuição, logística e cadeia de suprimentos.
Porto Alegre: Bookman, 2008.
23