Você está na página 1de 10

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

EDUCAÇÃO FÍSICA

PRODUÇÃO TEXTUAL
TEMA: Alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física

Curvelo
2015
PRODUÇÃO TEXTUAL
TEMA: Alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física

Trabalho apresentado ao Curso (nome do curso) da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina
[Nome da Disciplina].

Prof.

Curvelo
2015
1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar a pesquisa realizada sobre a


Sindrome de Down, falando sobre seus aspectos, caracteristicas e, de uma forma,
geral, como é a integraçao de um aluno portador da síndrome nas aulas de educacao
fisica dentro da escola.
Na segunda parte, o trabalho apresenta as reflexoes feitas pela equipe,
levando em consideracao o que dito nas entrevistas realizadas com professores de
educacao fisica das escolas, falando sobre seu trabalho e experiencia com alunos
Down.

2 DESENVOLVIMENTO

Síndrome de Down ou trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético


causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou parcialmente. É uma
condição genética conhecida há mais de um século, descrita por John Langdon Down e
que constitui uma das causas mais freqüentes de deficiência mental (18%). No Brasil,
de acordo com as estimativas do IBGE realizadas no censo 2000, existem 300 mil
pessoas com Síndrome de Down.  As pessoas com a síndrome apresentam, em
conseqüência, retardo mental (de leve a moderado) e alguns problemas clínicos
associados.
Diferentemente dos 23 pares de cromossomos que constituem o nosso
genótipo, no caso da Síndrome de Down há um material cromossômico excedente
ligado ao par de número 21 e por isso também é chamada “trissomia do 21. O portador
da Síndrome pode apresentar várias características como:
A cabeça é um pouco maior que o normal. A parte posterior da cabeça é
levemente achatada, cabelo liso e fino, podendo haver áreas com falhas de cabelo
(alopecia parcial), ou, em casos raros, todo o cabelo pode ter caído (alopecia total).
Rosto tem um contorno achatado. Osso nasal geralmente afundado.
Olhos tem uma inclinação lateral para cima e a prega epicântica (uma prega na
qual a pálpebra superior é deslocada para o canto interno), semelhante aos orientais.
Pálpebras estreitas e levemente oblíquas.
Orelhas pequenas e de implantação baixa. Os canais do ouvido são estreitos.
A boca é pequena. Mandíbulas pequenas, o que leva, muitas vezes, a
sobreposição dos dentes.
Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca.
O abdômen costuma ser saliente.
As mãos e os pés tendem a serem pequenos e grossos.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S, 1997) o ensino da
Educação Física deve respeitar o que a criança traz em si mesma, uma educação que
priorize poderes sobre ela, desafiando-a a que lhe dê autodomínio, autoconfiança e
autonomia.
Cabe ao profissional de educação física a capacitação devida para as
intervenções necessárias. De acordo com Correia (2003, p. 21),
[...] a inserção do aluno com necessidades educativas especiais na classe
regular onde, sempre que possível, deve receber todos os serviços educativos
adequados, contando-se para esse fim, com o apoio apropriado (de docentes
especializados, de outros profissionais, de pais [...] as suas características e
necessidades.

Diz Sampaio (1946, p. 104) que “A deficiência pressupõe um vazio a ser


preenchido”. Viver o corpo é a exigência de se viver o mundo, é a possibilidade de
ocupar o vazio de deficiência do corpo com o vazio maior da alteridade da existência. E
é esse vazio que o profissional precisa preencher, tendo em mente que a Educação
Física é fundamental para o processo educativo e de desenvolvimento do aluno como
um todo.
Segundo os PCN’S (1997, p. 30) “por desconhecimento, receio ou mesmo
preconceito, a maioria dos portadores de deficiências foram (e são) excluídos das aulas
de Educação Física”. A participação nessa aula pode trazer muitos benefícios a essas
crianças.
A criança Down apresenta muitas debilidades e limitações, assim o trabalho
pedagógico deve primordialmente respeitar o ritmo da criança e propiciar-lhe
estimulação adequada para desenvolvimento de suas habilidades. Programas devem
ser criados e implementados de acordo com as necessidades específicas das crianças.
Neste sentido, devem ser evitadas atividades que não sejam compatíveis as
limitações. A segurança das crianças e o acompanhamento de perto das atividades
realizadas, garantem o primeiro estágio de desenvolvimento.
Como beneficios podem ser ressaltadaos: Maior interação social; Melhora da
autoestima e autoconfiança; Melhora do equilíbrio emocional; Ajuda a prevenir doenças
crônicas; Melhora da capacidade cognitiva e do raciocínio lógico; Aumento da atenção,
concentração, antecipação e estratégia; Melhora do equilíbrio, ritmo, coordenação
motora, musicalidade, orientação espacial; Aumento da força e resistência muscular e
diminuicao da gordura corporal, dentre outros.
Texto reflexivo

A ansiedade do professor ao se deparar com um aluno deficiente em sala de


aula é muito natural, pois não foi preparado para lidar com a situação da forma que
deve ser, uma vez que, a maioria foi formada em bases tecnicista, onde tudo era
pensado para a sala de aula ideal, completamente fora do real. A formação para
professores foi pensada em todos os sentidos para o aluno não deficiente.
Para esse tipo de trabalho é necessário o professor polivalente, que tenha
desenvolvido competências para enfrentar situações adversas em sala de aula e saber
lidar com os dois tipos de alunos em sala de aula. Um tipo de aluno não pode ser
impeditivo do aprendizado do outro.
Neste sentido a formação continuada do professor deve ter por finalidade a
promoção de discussões sobre a aprendizagem de alunos com deficiência e as
técnicas que podem proporcionar esta aprendizagem, como também a utilização de
novos caminhos rumo ao saber. Deve também preparar o professor para a resposta do
aluno, que, certamente, será diferenciada da do aluno não deficiente.
Portanto, trabalhar em favor da educação inclusiva é rever as concepções de
aprendizagem e de ensino, de forma reflexiva e procurando torná-las atuais e mais de
acordo com as necessidades dos alunos.
Ter um portador de necessidades especiais na escola significa se desdobrar em
cuidados e atenções, principalmente porque ela suscita muitas dúvidas e sofrimentos.
Por isso é importante que, profissionais estejam preparados para todo e qualquer
acontecimento importante, a fim de que a criança com necessidades especiais seja
acolhida com toda atenção que merece.
Infelizmente, o que se vê hoje na educação é um profundo descaso com a
educação especial, como se esta não fosse importante e nem fizesse parte das
modalidades de ensino regidas pela lei.
As escolas não estão preparadas para atender adequadamente esta
modalidade de ensino, por mais que tenha leis que a regulamente. Dentro de suas
dependências encontram-se profissionais que, no mínimo, são bem intencionados, mas
nada preparados para atuarem de forma eficiente no preparo e desenvolvimento destas
crianças.
A educação especial é determinante no processo de estimulação inicial e
cabe ao profissional de turmas especiais trabalharem suas crianças desenvolvendo
estas capacidades de praticarem atividades diárias, participar das atividades familiares,
desenvolverem seu direito de cidadania e até mesmo desenvolver uma atividade
profissional.
Para isso, profissionais especializados e cuidados especiais devem ser tomados,
a fim de facilitar e possibilitar um maior rendimento e desenvolvimento educacional dos
portadores de deficiências.
A escola que atende alunos especiais hoje é mais assistencialista do que
preparadora para o futuro das crianças com necessidades especiais. Não conta com
profissionais especializados de vital importância para os mesmos como o psicológico e
o fisioterapeuta e/ou uma equipe multiprofissional para atendimento especializado.
Outro fator que chama a atenção é a estrutura da escola como um todo, uma
vez que falta material básico especial para o trabalho, sem contar sua estrutura física,
muitas vezes adaptada de forma errada.
Neste sentido, é necessário que haja uma profunda mudança dentro da escola
que envolva todos os sujeitos da educação.
Portanto, trabalhar em favor da educação inclusiva é rever as concepções de
aprendizagem e de ensino, de forma reflexiva e procurando torná-las atuais e mais de
acordo com as necessidades dos alunos.
Desta forma, para que o aluno deficiente possa ter acesso ao processo de
aprendizagem na escola é necessário criar condições adequadas para que ele possa
interagir, locomover-se, comunicar-se e participar de processo como um todo. O
atendimento educacional especial deve fazer uma seleção de recursos adequados a
cada caso dentro da escola para maximizar a participação do aluno, tendo como
objetivo o aprendizado.

CONCLUSÃO
Ao concluir este trabalho a equipe oportunidade de conhecer a realidade da
educação inclusiva na rede regular de ensino. Incluir um indivíduo especial na rede
regular de ensino para que ele aprenda e desenvolva é uma conquista que vai facilitar
com que as pessoas façam parte da sociedade.
A legislação garante somente o acesso do aluno, mas não garante a
permanência para que ele conclua com êxito a educação básica. As políticas públicas
deverão desenvolver outras estratégias de inclusão, pois a forma como está sendo
desenvolvida, somente no papel, a aprendizagem do aluno fica a desejar.
Para que a inclusão aconteça e que o aluno realmente aprenda e desenvolva
como os demais é necessário uma mudança no sistema educacional envolvendo um
compromisso coletivo, governantes, educadores, dirigentes de escolas comuns e
regulares, a familia , alunos e a sociedade em geral.
Uma escola realmente inclusiva depende de uma expansão rápida dos
projetos verdadeiramente imbuídos do compromisso de transformar a escola para se
adequar aos novos tempos.
Como disse a professora entrevistada, o trabalho com alunos surdos é
desafiador e exige que o professor seja dinâmico e pesquisador, sempre buscando
coisas novas para conduzir o processo ensino-aprendizagem e também para um
trabalho realizado com êxito que os objetivos propostos pela escola sejam alcançados é
necessário que a escola garanta mais do que acesso à pessoas surda, mas a
permanência , o recurso e a terminalidade da educação básica.

Referencias.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:


Educação física / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.

Conheça seus filhos. Enciclopédia de psicologia. Editora Globo, 1997.

CORREIA, L. M. Inclusão e necessidades educativas especiais – Um guia para


educadores e professores. Porto: Porto Editora, 2003.
SAMPAIO DÓRIA. Direito Constitucional – Comentários à Constituição de 1946, v. 3, p.
602
Anexos
Roteiro para a entrevista:
Entrevistado – Professor Michel Benfica. Graduado em Educação Física
Bacharelado e Licenciatura.

Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com
alunos com deficiência?
R – Sim. Durante o curso tivemos a disciplina educação inclusiva que abordava o
assunto, embora de forma teórica.
Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses
alunos?
R – Pelo que aprendi no curso, a educação física para alunos com deficiências ajuda no
desenvolvimento global do aluno.
Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? (Caso a resposta seja
sim). Fale um pouco sobre essa experiência.
R – Não.
Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada
com alunos com deficiência?
R – ainda não tive nenhum aluno portador de deficiência, mas creio que a maior
dificuldade seja a adaptação do mesmo as aulas.
Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
R – Não, principalmente porque ainda não passei pela experiência.
Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a
aula de educação física?
R – entorses, quedas, pequenos arranhões, etc...
Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros
socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para
este fim?
R – O atendimento é feito pelo SAMU.
Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
R – Sim. Aprendemos respiração artificial, ventilação, e outros tipos de atendimentos
necessários.
Anexo 2
Roteiro para a entrevista:
Entrevistado – Professora: Stelamar Nunes. Graduada em Educação Física
Licenciatura.

Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com
alunos com deficiência?
R- Sim. Na faculdade vimos o conteúdo educação inclusiva que abordava o assunto.
Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses
alunos?
R – Da maior importância, uma vez que proporciona o desenvolvimento integral do
aluno e também de habilidades necessárias ao processo educativo.
Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? (Caso a resposta seja
sim). Fale um pouco sobre essa experiência.
R – Tenho uma aluna cega. No principio foi uma experiência muito difícil por causa da
comunicação, mas as barreiras foram superadas.
Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada
com alunos com deficiência?
R – o apoio da escola no que diz respeito ao material a ser utilizado. No caso da aluna
cega, preciso de bolas especiais. Outra dificuldade é a família que é muito protetora.
Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
R – Hoje me sinto mais preparada sim, pois já vivencio a situação.
Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a
aula de educação física?
R – quedas, entorses, desmaios, cortes e outras.
Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros
socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para
este fim?
R – na escola sou eu que atende o aluno primeiro. Depois é chamado o SAMU
Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
Sim. Tivemos o conteúdo primeiros socorros básicos que nos prepara para situações
de emergências.

Você também pode gostar