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Administração na educação

Participação dos pais no processo de gestão democrática 1/2


CAVALCANTE. Roseli Schultz Chiovitti. Colaboração entre pais e escola: educação
abrangente. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pee/v2n2/v2n2a09. Acesso em:2018
“Uma das principais razões porque escolas e pais tão raramente colaboram uns com os outros
é a falsa crença entre muitos educadores de que a escola é impotente para afetar de maneira
positiva as famílias dos alunos. Muitos acreditam que crianças que vem de famílias
"disfuncionais" ou "carentes" são incapazes ou desmotivadas, e destinadas a falhar na sua
escolaridade, tendo o seu futuro já predeterminado na sociedade” (p. 2).

Escola e família são vistas como instituições complementativas, mas


completamente separadas uma das outras.

“O comentário que e comumente ouvido nos corredores escolares: "Não podemos fazer nada
por este aluno. a sua situação familiar e terrível!" reflete uma atitude negativa e estereotipada
com relação a certos alunos a qual precisa ser eliminada do discurso educacional” (p. 2).

A falta de participação de pais na escola muito comumente é atribuída a situação


social da família.

“Estas crenças, além de serem inacuradas, são oriundas de uma perspectiva que encara escola
e família como duas instituições separadas e não-interativas. Esta perspectiva, no entanto,
tem sido refutada por autores que vêem a família como um sistema complexo e as vivências
infantis como experiências globais, não fragmentadas. De acordo com esta visão, toda
interação da criança dentro da escola esta também conectada com suas vivências no grupo
familiar” ( p. 2).

Para alguns autores, família e escola são inseparáveis, pois uma influi no trabalho
da outra, principalmente no cognitivo da criança.

“Outro fator que contribui para a falta de interação entre pais e escola é a expectativa de que
cabe aos pais dos alunos iniciarem o contato e a interação com a escola. No entanto, à escola
cabe tomar a liderança para que a colaboração possa se estabelecer. Isso pelas seguintes
razões: Primeiro, porque desenvolvendo a colaboração com os pais, a escola estará mais
capacitada em sua missão e trabalho frente a seus alunos” (p. 3).

A responsabilidade de chamar os pais a participarem da gestão democrática cabe


a escola, pois é ela quem tem os meios para conscientizar e desenvolver essa
colaboração.

“A segunda razão, é que a falta de recursos econômicos, analfabetismo ou


semianalfabetismo, e outros fatores limitantes, tendem a inibir muitos pais de tomarem a
iniciativa de se envolverem na vida escolar de seus filhos. Finalmente, porque a escola, como
instituição que historicamente tem sido usada para preservar as diferenças sociais, deve ser a
responsável por destruir as barreiras que ela mesma construiu e que servem para impedir a
participação mais efetiva dos pais” (p. 4).

A condição social dos pais não pode ser impeditivo para que participem da gestão
escolar.
Participação dos pais no processo de gestão democrática 2/2
As maiores barreiras ao desenvolvimento da colaboração entre estas duas importantes
instituições que são a família e a escola são geralmente resultados de estereótipos, percepções
distorcidas e falta de entendimento mútuo entre pais e educadores. No entanto, estes não são
os únicos bloqueios (p. 3).

Os estereótipos são impeditivos para uma interação entre escola e família, estas
percepções errôneas não deixam que os pais e escola se aproximem.

O envolvimento das famílias nestas atividades, no entanto, não assegura o estabelecimento de


uma real parceria. Como foi mencionado anteriormente, colaboração é mais do que
envolvimento dos pais em atividades escolares, e acima de tudo, uma atitude da escola. Por
conseguinte, é possível que a escola envolva os pais em suas atividades sem tratá-los, no
entanto, como parceiros e colaboradores. A seguir, algumas ideais que poderão incentivar e
promover uma real colaboração entre famílias e escolas serão apresentadas (p. 5).

Mas não resolve apenas a presença dos pais na escola. é necessário que eles
também se envolvam no trabalho de gestão.

Administração na educação
Resgate histórico das teorias administrativas no contexto educacional 1/2
REBELATTO, Durlei Maria Bernardon. Trajetória da Administração Educacional no
Brasil: Tessituras, Rupturas e Continuidades. Universidade do Oeste de Santa Catarina. Colóquio
Internacional de Educação, 2014. Disponível em
http://indicadoresdequalidade.unoesc.edu.br/images/uploads/5149-19501-1-PB.pdf. Acesso em
2018.

O texto apresenta a formação da gestão escolar como campo de estudo,


mostrando seus primeiros teóricos e teorias que a embasaram.

“À luz das especificidades e em que pesem os esforços de pesquisadores e educadores para a


valorização da educação no país, a administração da educação se desenvolveu como campo
de estudo e como atividade profissional”. (p. 322).
De acordo com a autora, a administração passou a ser vista como campo de
estudo a partir do interesse e publicações de autores ligados ao fenômeno
educacional,

“A preocupação com o conhecimento em administração, como já apontando na introdução,


vem sendo uma constante na história das instituições sociais públicas, inclusive da escola
(SANDER, 2007a), por trata-se de um elemento que alerta para a atenção ao contexto
histórico, social, político, econômico, científico e cultural do país como atitude necessária ao
entendimento da genealogia e do desenvolvimento da administração escolar” (p. 322).
A administração escolar deve ser entendida em toda sua extensão, incluindo aqui
o seu papel social, político, econômico e cultural estudado de forma científica.

“a administração, necessária a uma sociedade organizada em diversas formas institucionais,


vai se modificando conforme demandas da dinâmica de modelos de desenvolvimento dessa
mesma sociedade” (p. 323).
A administração deve acompanhar a evolução e as mudanças de seus contextos,
adaptando aos meios, tempos e relações que a envolve.

“Através dos tempos, o ensino e sua organização foram marcados por um caráter normativo e
prescritivo que, no século XIX, foi acentuado pelo positivismo francês em todo o mundo
ocidental, inclusive no Brasil. É também a partir desse século que a exploração organizacio-
nal advinda da Revolução Industrial motivou, no princípio do século XX, o surgimento das
teorias de administração.” (p.323).
A administração moderna tem suas bases na Revolução Industrial quando foi
instituída por Taylor para racionalizar e coordenar o trabalho fabril, ficando seu
estudo por muito tempo restrito às essas instituições.

“Através dos tempos, o ensino e sua organização foram marcados por um caráter normativo e
prescritivo que, no século XIX, foi acentuado pelo positivismo francês em todo o mundo
ocidental, inclusive no Brasil” (p.323).
O positivismo Frances trouxe novos olhares sobre sociedade industrial, unindo
conhecimento, ciência e ética humana.

Resgate histórico das teorias administrativas no contexto educacional 2/2


“Teorias essas imbuídas do propósito de dispor sobre políticas e práticas administrativas
aplicáveis a qualquer organização da sociedade” (p. 324)
As teorias da administração clássica não levaram em conta que cada objeto
precisa de um tipo especifico, assim como governos e escolas, mas serviram de
referência para desenvolver a administração escolar como campo de estudo e
atividade profissional.

“Em que pesem os esforços de pesquisadores e educadores para a valorização da educação no


país, é somente na década de 1930 que a administração educacional surge como campo de
estudo. Inclusive porque, antes disso, durante o período do Império e da Primeira República,
não há registro da existência “ […] de uma infraestrutura organizacional e administrativa do
Estado brasileiro preparada para atender às exigências mínimas das poucas instituições edu-
cacionais para a elite governante da época e, muito menos, para planejar e dirigir as escolas
destinadas à educação popular.” ( p.325).
Embora o tema administração não seja recente, a discussao em torno da
administração escola passou a ter mais força somente na década de 30,
principalmente devido a falta de registros na época do império.

“Anísio Teixeira escreve sobre administração educacional baseiam-se na sua experiência


enquanto diretor de órgão de educação pública no Distrito Federal, quando consolidou seus
ideais reformistas naquele sistema de ensino. Em seus trabalhos, tece críticas à escola
tradicional, referindo a necessidade de profissionalização da educação e o incremento dos
condicionantes quantitativo e qualitativo no atendimento educacional” (p. 326).
Teixeira, pela experiência administrativa no setor público, defendia que a escola
devia ser para todos e não atender as demandas de uma só classe, como também
precisava de profissionais habilitados e de qualidade na oferta d ensino.
“No seu conjunto, os estudos empreendidos pelos primeiros autores brasileiros no campo da
administração educacional expressam esforços no traçado de conceitos e de teorias visando à
delimitação da administração educacional como um campo de estudo. Se, por um lado, uma
análise contemporânea dessas produções nos leva ao apontamento de limitações, por outro,
considerando o contexto em que foram produzidas, não se pode negar sua grande
contribuição para a constituição desse campo específico de estudo, tarefa que se seguiu nas
décadas seguintes” (p. 329)
O estudo da administração escolar ganha destaque a partir de publicações de
autores como Teixeira, dentre outros, que buscavam mostrá-la como campo de
estudos científico.

“Esse processo de construção teórica no campo da gestão educacional, no sentido da su-


peração de uma visão positivista e funcional em favor de outra pautada em uma concepção
sociocrítica, corresponde aos anseios da sociedade pela democratização da educação pública
e da sociedade como um todo. Nessa direção, a educação é concebida como fator de
transformação social, através da apropriação da cultura historicamente produzida (PARO
2012), ou seja, educação compreendida como uma prática social, comprometida com um
projeto de transformação social” (P. 331)
A gestão escolar precisa ser entendida em todos os âmbitos, uma vez que suas ações
refletem dentro da escola e na sociedade como um todo.

Administração na educação
Gestão democrática da escola publica 1/2
PARO, Henrique. Gestão democrática da escola publica.4ª edição obra revista e
atualizada.Cortez Editora
“Toda vez que se propõe uma gestão democrática da escola pública básica que tenha efetiva
participação de pais, educadores, alunos e funcionários da escola, isso acaba sendo
considerado como coisa utópica. Acredito não ser de pouca importância examinar as
implicações decorrentes dessa utopia. A palavra utopia significa o lugar que não existe. Não
quer dizer que não possa vir a existir” (p.13).

Toda democracia na escola é necessário ter presença de todos responsáveis como pais
alunos, professores e funcionários a democracia se faz com todos, todos tem que
examinar a importância da democracia na escola.

“A gestão democrática da escola e as relações com a comunidade”. Reagi a ele, alertando


para a necessidade de se lhe fazer a crítica no sentido de elucidar um dos grandes equívocos
relativos ao papel reservado à comunidade na gestão da escola pública. Se “falamos “gestão
democrática da escola”, parece-me já estar necessariamente implícita a participação da
população em tal” (p 21).

A gestão democrática da escola já amplia a participação de todos para melhorar a


escola para todos, com a democracia todos tem direito de optar para sua melhoria.
“A consideração a respeito do trabalho pedagógico precisa ter presente, preliminarmente, o
próprio conceito de trabalho humano “em geral”. Se, como faz Karl Marx (2013, p. 212),
consideramos o trabalho como uma “atividade adequada a um fim”, estamos supondo o
trabalho como característica essencialmente humana, como o que identifica o homem e o
diferencia do restante da natureza. Isto porque só ele é capaz de estabelecer objetivos,
calcados em valores, e buscar sua concretização” (p 37).

O trabalho pedagógico na escola precisa ser presente para coloca em pratica ate o fim
isso e a diferença do restante da natureza e coloca seu valor em concretização.

“A situação precária em que se encontra o ensino público, em especial o fundamental, no


Brasil é fato incontestável, cujo conhecimento extrapola o limite dos meios acadêmicos,
expandindo-se por toda a população” (p 49).

O ensino publica é critico no Brasil, a situação do ensino deixa todos os professores


em estado critico, pois os acadêmicos esta expandido mais os professores não são
valorizados e acaba prejudicando o ensino por falta de valorização.

“Uma das grandes virtudes das pesquisas que se fazem sobre o cotidiano das escolas
públicas, em particular das de ensino fundamental, parece referir-se à possibilidade de se
conhecer mais de perto a forma como os determinantes estruturais do sistema social mais
amplo se manifestam na situação escolar” (p 87).

As pesquisas feita sobre o ensino fundamental e sempre bem clara e sempre em busca
de melhoras embora os profissionais não são valorizado mesmo assim os
profissionais fazem o melhor pra cada ensino fundamental.

Gestão democrática da escola publica 2/2


“Como essa implementação supõe uma cadeia de órgãos, decisões, medidas políticas e
concretizações de projetos e intenções que descem desde as instâncias superiores do sistema
até chegar aos usuários do ensino, a discussão sobre o assunto, certamente, precisaria levar
em conta a eficácia com que os objetivos estariam sendo alcançados na ponta inferior” (p
101).

Cada projeto na educação e necessário todos os órgão pra colocar em pratica, pois os
profissionais sozinhos não podem tomar decisão e necessário todos pra realizar os
objetivos da escola.

“O homem constrói sua especificidade e se constrói como ser histórico à medida que
transcende o mundo natural pelo trabalho. Ao transcender a mera natureza (tudo aquilo que
não depende de sua vontade e de sua ação), o homem ultrapassa o nível da necessidade e
transita no âmbito da liberdade. A liberdade é, pois, o oposto do espontaneísmo, da
necessidade natural; é algo construído pelo homem à medida que constrói sua própria
humanidade” (p 129).

O homem tem a liberdade de construir seu próprio trabalho alguns trabalhos não
dependem da sua vontade nem ação mais consegue ultrapassar o nível da sua
necessidade construindo sua própria necessidade.

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