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Finalidade
O presente manual tem por finalidade:
a. Estabelecer as peculiaridades do emprego das comunicações no âmbito da Força
Terrestre (FT);
b. Orientar o planejamento do sistema tático de comunicações (SISTAC);
c. Servir de fonte de estudo sobre os fundamentos básicos do emprego
das comunicações.
Generalidades
a. As comunicações compreendem o conjunto de meios destinados a estabelecer as
ligações entre os diversos escalões, com a finalidade de apoiar o exercício do comando e
controle.
b. Cada escalão da Força Terrestre possui seu elemento de comunicações, o qual tem por
missão o planejamento, a instalação, a exploração e a manutenção do respectivo sistema de
comunicações, bem como prover a segurança física das suas instalações.
Conceitos Básicos
a. As operações militares compreendem um complexo de atividades que exige uma
elevada capacidade de planejamento, comando, controle e coordenação de emprego das forças
terrestre, aérea e naval. A grande mobilidade, a velocidade de deslocamento dessas forças e o
grande tráfego de informações exigem um planejamento centralizado, um comando único e uma
execução descentralizada, fazendo com que as decisões sejam rápidas e que possam ser
executadas oportunamente.
b. Essas características levam à necessidade de um sistema de comunicações confiável,
de grande capacidade de tráfego, muito flexível, permitindo transmissão de mensagens em tempo
real e que ofereça segurança face às atividades de guerra eletrônica (GE) do oponente.
c. A transmissão em tempo real tem por objetivo prestar ao comandante e seu estado-
maior informações das ações das tropas amigas, das atividades do inimigo e das alterações no
terreno, no exato momento em que as mesmas ocorrem, de forma a permitir-lhes tomar decisões
de conduta do combate, empregando pessoal e material na ocasião e local oportunos, com o
menor risco de perdas e melhores condições de obtenção de êxito.
Ligações
Generalidades
Ligações são as relações ou as conexões estabelecidas entre os diferentes elementos que
participam de uma mesma operação, sendo uma ferramenta de apoio às atribuições de comando
e controle.
Meios de Ligação
a. Os meios de ligação são os componentes e recursos que constituem o vínculo entre os
elementos integrantes de uma mesma operação.
b. Tipos de meios de ligação
Ligações Necessárias
a. As ligações necessárias são constituídas pelos contatos diretos ou indiretos que devem
ser estabelecidos entre um determinado escalão e outros envolvidos em uma operação militar,
indispensáveis para o exercício do comando e controle.
b. As necessidades são determinadas pelo comandante e condicionadas pelo tipo de
operação, momento, escalão considerado, e pelos elementos envolvidos na mesma missão.
c. Nas operações militares, a efetivação das ligações necessárias é obtida através do
emprego dos meios de ligação.
d. As ligações necessárias permitem:
(1) o exercício do comando e controle no âmbito do escalão considerado;
(2) a integração ao sistema de comando e controle do escalão superior;
(3) a conexão com os elementos subordinados, vizinhos, apoiados, em apoio, em
reforço/integração, outras forças singulares e sistemas de telecomunicações civis.
Generalidades
a. É necessário e fundamental que o militar tenha conhecimento das regras básicas de
exploração, de modo a se obter a eficiência e a eficácia dos meios de comunicações empregados.
b. A informação obtida, normalmente, é transmitida, utilizando-se uma mensagem.
Mensagem, portanto, é uma idéia ou um sinal inteligente, ou conjunto deles, com significado
próprio. Nas comunicações militares, mensagem é o instrumento utilizado para a troca de
informações, dar ciência das decisões, das ordens e de comunicados em geral. Quando
transmitida por um dos meios de comunicações, pode ser diretamente compreensível ou não,
podendo estar soba forma de dados, imagem, voz e texto.
c. O uso da mensagem para a transmissão de informações deve obedecer a uma
padronização, não só em termos de formatação física, mas também, em aspectos básicos ligados
à segurança e à transcrição do seu conteúdo.
d. Os C Com fiscalizam os aspectos relativos à adequada utilização dos meios de
comunicações, formatação de mensagens, segurança e outros fatores ligados ao fluxo de
informações pelos meios de comunicações.
e. Este manual traça as normas básicas para o processamento de mensagens e outros
procedimentos relativos aos C Com.
Conceitos Básicos
a. Mensagem simples - é aquela enviada a um só destinatário.
b. Mensagem circular - é aquela enviada a dois ou mais destinatários.
c. Mensagem de partida - é aquela que é enviada, pelos meios de comunicações, a outro
C Com ou comando, localizado fora do alcance do serviço de mensageiros locais.
d. Mensagem de chegada - é a que chega ao C Com, proveniente de outro C Com, por
intermédio dos meios de comunicações, para ser entregue na região do PC ou escalão do QG por
ele apoiado.
e. Mensagem pré-formatada - é a mensagem cujo texto obedece a uma estruturação
previamente determinada, com o objetivo de ordenar e simplificar informações a serem
transmitidas, sem prejuízo do conteúdo.
f. Mensagem criptografada - é a mensagem cujo texto não apresenta idéia inteligível em
qualquer idioma ou esconde o verdadeiro sentido da idéia que apresenta. A mensagem
criptografada é freqüentemente chamada CRIPTOGRAMA.
Precedência
A precedência indica a prioridade com que uma mensagem deva ser veiculada em relação
às demais mensagens dentro de um sistema de comunicações. A classificação da precedência é
dada pela autoridade expedidora da mensagem, conforme o que se segue.
a. Urgentíssima - Tem precedência sobre todas as demais mensagens, interrompendo o
processamento e a transmissão daquelas. É usada em casos muito especiais e será indicada pelo
algarismo 1 (um).
b. Urgente - Tem precedência sobre as de menor prioridade e interrompe a transmissão
daquelas. É utilizada para assuntos que tratem da ampliação do contato com o inimigo, de riscos
à vida humana ou da perda de material importante. Será indicada pelo algarismo 2 (dois).
c. Preferencial - É a precedência mais alta que se pode dar às mensagens administrativas.
São processadas e transmitidas na ordem em que são expedidas. Será indicada pelo algarismo 3
(três).
d. Rotina - Reservada a todos os tipos de mensagens cuja importância não justifique
precedência mais elevada. Será indicada pelo algarismo 4 (quatro).
Grau de Sigilo
a. A atribuição do grau de sigilo de uma mensagem é de responsabilidade da autoridade
expedidora e o tratamento que esta mensagem deve ter, em conseqüência desta classificação, é
da responsabilidade de todos que a manusearem.
b. O chefe do centro de comunicações pode sugerir a alteração da classificação sigilosa se
ela for diferente da usada em mensagens que tratam do
mesmo assunto ou assunto correlato.
c. O grau de sigilo dos documentos, em geral, e o tratamento diferenciado que cada
classificação impõe são regulados por legislação específica de âmbito federal.
Ultra-Secreto (USEC)
Atribuído aos documentos que requeiram excepcionais medidas de segurança, cujo teor só
deva ser do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio. Esta
classificação é atribuída aos documentos referentes à soberania e integridade territoriais, planos
de guerra e relações internacionais do País, cuja divulgação ponha em risco a segurança da
sociedade e do Estado. Será indicada pelo algarismo 1 (um).
Secreto (SEC)
Atribuído aos documentos que requeiram rigorosas medidas de segurança e cujo teor ou
característica possam ser do conhecimento de pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao
seu estudo ou manuseio, sejam autorizadas a deles
tomarem conhecimento em razão de sua responsabilidade funcional.
Esta classificação é atribuída aos documentos referentes a planos e detalhes de operações
militares, a informações que indiquem instalações estratégicas e aos assuntos diplomáticos, que
requeiram rigorosas medidas de segurança, cuja divulgação ponha em risco a segurança da
sociedade e do Estado. Será indicada pelo algarismo 2 (dois).
Confidencial (CONF)
Atribuído aos documentos cuja divulgação e conhecimento do seu teor possa ser
prejudicial aos interesses nacionais. Esta classificação é atribuída aos documentos onde o sigilo
deve ser mantido por interesse do governo e das partes e cuja
divulgação possa vir a frustrar seus objetivos ou ponha em risco a segurança da sociedade e do
Estado. Será indicada pelo algarismo 3 (três).
Reservado (RES)
Atribuído aos documentos que não devam, imediatamente, ser do conhecimento do público
em geral. Esta classificação é atribuída aos documentos cuja divulgação, quando ainda em
trâmite, compromete as operações ou os objetivos neles previstos. Será indicada pelo algarismo 4
(quatro).
Formulário de Mensagens
a. Formulário de mensagem Mod 1 (ANEXO A) - utilizado em campanha, em todos os
escalões. Apresenta-se reunido em blocos e com a capa padronizada, constituindo a caderneta de
mensagens. Destina-se ao registro de dados e informações constantes das mensagens, de forma
sintética e abreviada. No seu preenchimento, sempre que possível, utiliza-se mensagens pré-
formatadas.
b. Formulário de mensagem Mod 2 (ANEXO B) - destina-se ao registro de mensagens que
possuam texto longo.
Redação de Mensagens
a. Preparação das mensagens - as mensagens serão preparadas e enviadas ao CM em
disquete ou via rede local.
(1) Em disquete - quando a mensagem for entregue por meio de disquete, será enviado também
01 (uma) via da mensagem impressa, que será imediatamente devolvida ao expedidor contendo o
Grupo Data Hora (GDH) e o recibo do C Com;
(2) Via rede local - quando a mensagem for enviada ao CM pela rede local o GDH e o recibo do C
Com serão automáticos.
( ) CLARO ( X ) CRPT
Mário MÁRIO E 3
ASSINATURA NOME FUNÇÃO
b. Redação - o preenchimento dos espaços, tais como: meio, rede, indicativos, GDH e QSL
são de responsabilidade do C Com. Os demais espaços são preenchidos pelo expedidor da
mensagem, da maneira que se segue.
(1) Relativos ao cabeçalho
(a) Precedência - escreve-se o algarismo indicativo da precedência escolhida, no espaço
correspondente.
1 = Urgentíssima, 2 = Urgente, 3 = Preferencial e 4 = Rotina.
(b) Classificação Sigilosa - escreve-se o algarismo indicativo da classificação sigilosa atribuída, no
espaço correspondente.
1 = Ultra-secreto, 2 = Secreto, 3 = Confidencial e 4 = Reservado.
Este campo será preenchido com o número 5 (cinco) caso a mensagem não tenha classificação
sigilosa.
(c) Referência - escreve-se o número de três algarismos correspondente à mensagem que o
expedidor está elaborando. A numeração recomeça ao atingir 999.
(d) Destinatário e Expedidor - preenchidos conforme letras ―e.‖ e ―f.‖ do parágrafo 2-8.
(2) Relativos ao texto - o espaço central do impresso é reservado ao texto, que é a parte principal
da mensagem, pois contém aquilo que se quer transmitir. Deverá ser preenchido de acordo com
as normas de pré-formatação de mensagens em vigor. Quando não for utilizada a pré-formatação,
será preenchido de forma concisa e clara, e poderá conter, ainda, as informações
complementares que o expedidor julgar necessárias ao destinatário.
Classificação
a. Quanto ao número de condutores
(1) Fios duplos telefônicos - os que possuem dois condutores (um circulto).
(2) Cabos múltiplos- os que possuem mais de um circuito.
b. Quanto ao peso
(1) Cabo leve até 15 kg por km de cabo ou fio.
(2) Cabo pesado - acima de 15 kg por km de cabo ou fio.
Cabo EB 11-(WC-534)
a. Descrição - O cabo EB 11 -(WC-534) é um cabo múltiplo de cinco pares decondutores,
similar ao nacional EB 11 -FC 5/ETC, sem conectares nas extre-midades.
b. Características físicas e elétricas
(1) Maior dimensão da seção: 1,27 cm.
(2) Diâmetro de cada condutor Nc-' 19 AWG (0,914 mm).
(3) Peso: 218 kg/km.
(4) Resistência à tração: 212,5 kg.
(5) Alcance: 30 km:
(6) Resistência à CC: 58 ohms/ km.
(7) Atenuação: 1,5 cleikn-i até 1 KHz
(8) Fabricação: norte-americana.
c. Emprego - Nas áreas congestionadas de PC ou próximo aos centros de construção.
Como circuitos-tronco de um mesmo centro telefônico. Apresenta as variantes que se seguem.
(2) Cabo EB 11-(CC-344) - Composto de cabo WC-534, com um conec-tor PI-163 numa das
extremidades; a outra apresenta as pontas dos condutores sem isolamento (chicote). É um cabo
tèrminal, com 3,04 m de comprimento, que permite a ligação dos cabos EB 11 -(CC-M.5) e EB 11-
(CC-355) à régua terminal ou aos equipamentos.
Cabo EB 11 -(WC-535)
a. Descrição - É um cabo múltiplo de 10 pares de condutores (10 circuitos), sem
conectores nas extremidades. Cada condutor é constituído de um fio de co-bre estanhado, isolado
por uma camada de borracha colorida ou na cor natural do latex. Os 10 (dez) pares são torcidos
em torno de um cordão de algodão ou juta, que atua como centro de enchimento do cabo. Utiliza
uma camada de bor-racha sintética como revestimento externo. Os circuitos são identificados com
o seguinte código de cores:
- Circuito 1- vermelho e natural
- Circuito 2 - branco e natural
- Circuito 3 - azul e natural
- Circuito 4 - preto e natural
- Circuito 5 - verde e natural
- Circuito 6 - vermelho e branco
- Circuito 7 - vermelho e verde
- Circuito 8 - azul e branco
- Circuito 9 - preto e verde
- Circuito 10 - verde e branco
b. Características
(1) Peso: 11 kg (vazia) e 35 kg (.corn 1600 m d.e FDT).
(2) Capacidade:
- empregada, normalmente, corn, 1600 metros de fio duplo telefônico E 11 (CAB-207);
- máxima, de 2100 metros de fio duplo telefónico EB 11 -(CAB-207).
Bobina EB 11-(BOB-202)
a. Descrição - A bobina EB 11-.(BÓB-202:), similar à bobina norte-americana EB 11-(DR-
5), é um carretel confeccionado em chapas de ferro. É utilizada no acondicionamento, transporte,
lançamento e recolhimento de fios duplos telefônicos.
b. Características
(1) Peso: 17 kg (vazia) e 65 kg (com 3200 m de FDT).
(2) Diâmetro: 50 cm.
(3) Largura: 45 cm.
(4) Capacidade:
- 3200 metros de FDT EB 11-(CAB-207); e
- 300 metros de cabo de longa distância (CLD).
b, Características
(1) Peso: 1 kg (vazia) e' kg (com 400 metros de FDT).
(2) Diâmetro do liange: 2:3 em.
(3) Largura: 20 cm.
(4) Capacidade: 400 metto,6 de FDT EB 11-(CAB-207).
Bobina EB 11 -(RL-159/U)
a. Descrição - A bobina EB 11 -(RL-159/U) é um carretel confeccionado em chapa de ferro,
com a mesma capacidade da bobina EB 11 -(BOB-201), porém, com um diâmetro externo menor.
b. Características:
(1) Peso: 11Kg (vazia) e 35 Kg (com 1600 metros de FDT).
(2) Diâmetro do flange: 50cm
(3) Largura: 18 cm
(4) Capacidade: 1600 m de FDT EB 11- (CAB-207)
Desenroladeiras
Desenroladeira EB 11 -DES-201)
a. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americana: [E 11 -(RL-27), modelos A e B.
(3) Comprimento: 72,5 cm,
(4) Peso: 2,5 kg, nos modelos EB 11-(RL-27) e EB 11 -(Rt. -27A); e 3,5 kg, no modelo nacional e
no EB 11-(RL-27B).
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................399 /468 )
(5) Capacidade: 1 bobina EB 11-(BOB-201) ou EB 11-(DR -4).
(6) Descrição - Consiste de um eixo de aço, tendo nas extremidades dois punhos serrilhados e
uma manivela. Um dos punhos é amovível para per-mitir a entrada da bobina.
Desenroladeira EB 11-(DES-202)
a. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americana: EB 11-(RL -31), modelos A, B e C.
(3) Peso: 16 kg, no modelo EB 11-(RL-31); e 28 kg, no modelo nacional e no EB 11-(R1-31 A, B e
C).
(4) Capacidade: 1 (uma) bobina EB 11 -(BOB-202); 1 (urna) bobina EB 11 -BOB 5; 2 (duas)
bobinas EB 11-(BOB-201); e 2 (duas) bobinas EB 11-(1-11-159/U).
(5) Descrição - E uma armação portátil, consistindo de um eixo de aço sobre montantes. Este
conjunto é sustentado por quatro pernas. Braços trans-versais ligam as pernas duas a duas. Os
dois conjuntos de pernas são ligados por contraventos móveis. O eixo que recebe e sustenta a
bobina, é de secção quadrada em quase todai,a extensão; nas partes de apoio sobre o montante,
apresenta secção cilíndrica. Os montantes alojam o eixo e o fixam por meio de um fecho
articulado. Em duas de suas pernas; urna de cada lado, existem calços oblongos nos pontos de
articulação, para permitir o emprego da desenroladeira como padiola.
(4) Instalação como padiola - Para este tipo de utilização; as contraventos são presos aos seus
su-portes e os dois conjuntos de pernas são rebatidos, até que um fique no prolon-gamento do
(5) Instalação como carrinho desenrolador Com os contraventos presos, as pernas são fechadas,
encostando-se um conjunto sobre o outro. O "carrinho", formado pelo conjunto desenroladeira e
bobina, é conduzido pelas sapatas. Este tipo de instalação só deverá ser utilizada quando não
houver possibilidade de empregar viatura, só existir um elemento disponível para operar a
desenroladeira e, mesmo assim, em terreno pa-vimentado ou liso, para não danificar a bobina.
Telefones de Campanha
Telefone EB 11- (TLF-201)
a. Descrição — Confeccionado em ebonite, na cor preta. Contém no seu in-terior,
cápsulas magnéticas de recepção e transmissão ligadas em paralelo. O combinado está ligado a
um cabo com garras.
b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americano: EB 11-(TS-10).
(3) Tipo de Operação: sistema de bateria local (BL), não podendo ser utilizado em sistemas que
utilizam magneto como órgão de chamada.
(4) Tipo: portátil.
(5) Fonte de alimentação: voz do operador.
(6) Faixa de freqüência: 300 a 3000 Hz.
(7) Alcance: 8 km.
c. Emprego - Pequenos escalões de combate, principalmente nas seguin-tes ligações:
postos de vigilância, grupo-pelotão, postos de segurança dos PC de unidade, e nas verificações
de linha.
d. Testes de Verificação
(1) Teste Operacional do circuito de conversação
(a) Com as garras terminais abertas, soprar no microfone; deve-se ouvir um ruído correspondente
no fone.
(b) Com as garras terminais em curto, soprar no microfone; nada deve ser ouvido no fone.
(2) Operação
(a) Ligar as garras terminais aos condutores do cabo telefônico.
(b) Segurar o combinado, falar no microfone e ouvir no fone.
Telefone. EB 11-(TLF-202)
a. Descrição
(1) Estojo De couro, tona ou vulcourà, 'com alça para transporte e instalação em suportes.
(2) Combinadd De ebonite, na Cor preta, contendo:
(a) internamente - cápsulas do fohe e microfone;
(b) externamente - tecla do combinado e cabo de ligação com 3 (três) fios,
(3) Corpo Dividido em 3 (três) partes: tampa, Chassi e órgãos.
(a) Tampa (ou bloco de terminais), incluindo:
- gancho interruptor;
- parafuso interruptor ("BC – BL)
- botão de teste da campainha;
- terminais para o cabo de ligação do combinado ("+ B, F e C"):
- terminal para bateria externa ("-B"), e
- terminais de linha ("LI" e "L2").
(b) Chassi (parte externa):
- alavanca do magneto;
- alojamento das baterias, e
b. Características
(1) Modelos: B, C e E.
(2) Fabricação: nacional.
(3) Similar norte-americano: EB 11-(E E-8).
(4) Tipo de operação: sistemas de bateria local (BL) e de bateria central de sinalização (BCS).
(5) Tipo: portátil.
(6) Órgão de chamada: gerador manual (magneto).
(7) Órgão de anunciação: campainha.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................412 /468 )
(8) Fonte de alimentação: 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) em série, ou fonte externa de 3 VCC
ligada aos terminais "+ B" e "-B".
(9) Faixa de freqüência: 300 a 3000 H?.
(10) Alcance: 25 km.
c. Emprego - Para ligações nos escalões pelotão/seção, subunidade, uni-dade e brigada.
d. Testes de Verificação
(1) Teste Operacional
(a) Circuito de chamada
-Colocar os terminais "Li" e "12' em curto.
- Girar parafuso interruptor para BL.
- Comprimir o botão de teste da campainha.
- Girar a manivela do magneto: a. campainha deverá soar.
OBSERVAÇÃO - No telefone modo EB 11-(TLF-202/E), girar o parafuso interruptor para "BC",
sem coiocár os terminais "L1" e "L2" em curto.
(b) Circuito de conversação
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11 -(BA-30) no alojamento (terminais positivos para cima).
- Colocar o fone no ouvido.,
- Apertar a tecia do microfone;
- Soprar no microfone.
- Ouvir o ruído correspe,ndente no tone.
(2) Operação
(a) Sistema de bateria local (BL) "
- Girar o p•rahiSointerruptor para BI.
- Colocar 2 (duas l baterias EB 11-(BA 30) no alojamento, ou uti-lizar uma fonte externa de 3 VCC.
- Conectar o fio duplo telefónico nos terminais "L1" e "L2".
- Pará chamar. girar a manivela do magneto.
- Para irannitiri apertar a tecla.,
- Para receber:s&tar a tecla.
(b) Sistema de bateria central de sinalização (BCS) - Girar o parafuso interruptor para BCS.
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30} no aloiamento, ou utilizar uma fonte externa de 3 .VCC.
- Conectar o FDT nos terminais "1.1" e "L2".
-.Para chamar: retirar.o combinado do gancho.
- Para transmitir, apertar a.tecla do. combinado.
-Para receber: soltar a tecla. - Após a operação: colocar o combinado no gancho.
(1) Combinado - De baquelite moldado na cor verde oliva fosco, contendo microfone, fone, chave
de comutação (tecla) e cordão espiraiado com três condutores.
(2) Caixa De alumínio injetado na cor verde oliva, constituído das partes que se seguem.
(a) No painel:
- alojamento do combinadó com gancho interruptor;
- bornes de linha;
- botão de teste;
- chave seletora "BC - MG";,
- alojamento das baterias, e
- terminais de ligação de .fonte de alimentação externa - "BAT
(b) Na lateral:
- controle de volume da cigarra, e
- manivela do magnete.
(3) Estojo De lona, com. bandoleira para transporte ou fixação em árvore, poste ou estaca.
b. Características:
(1) Fabricação: nacional,
(2) Tipo de operação: S;stemas BL e BCS.
(3) Tipo de equipamento: portátil.
(4) Órgão de chamada: magneto.
(5) Órgão de anunciação: campainha,
(6) Fonte de alimentação: 2 (duas) baterias EB 11 -(BA-30), ou fonte externa de 3 VCC.
(7) Alcance aproximado: .20 km.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................416 /468 )
c. Emprego - No escalão pelotão e superiores.
d. Testes de Verificação
(1) Testes operacionais
(a) Circuito de chamada e anunciação
- Colocar a chave "BC-MG" na posição "BC".
- Apertar o botão de teste.
- Girar simultaneamente o magneto: deverá soar a cigarra, indicando que o circuito de chamada
(magneto) e de anunciação (cigarra) estão em condições de utilização.
(b) Circuito de conversação
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) no alojamento das baterias.
- Retirar o combinado do suporte.
- Apertar a tecla do combinado.
- Soprar no microfone: deve-se ouvir o ruído correspondente no
(2) Operação
(a) Sistema BL
- Conectar o cabo de campanha nos bornes "1.1" e "L2".
- Colocar as baterias no alojamento, observando a polaridade.
- Girar a chave seletora "BC-MG" para "MG".
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição
intermediária.
- Para chamar: girar a manivela do magneto.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.
(b) Sistema BCS
- Conectar.° cabo de campanha nos bornes "1.1" e "L2".
- Colocar as baterias no alojamento, observando a polaridade.
- Girar a chave seletora "BC-MG" para "BC".
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição intermediária.
- Conservar o combinado no gancho, quando não estiver usando o equipamento.
- Para chamar: retirar o combinado do gancho.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.
TelefoneEB 11-(TA-3121PT)
a. Descrição
(1) Estojo De lona VO, com uma alça presa por mosquetões aos anéis existen-tes nos lados do
estojo. Uma presilha prende-o ao painel e à caixa do telefone.
(2) Corpo à prova d'água, divide-se em painel e caixa.
(a) Constituem o painel:
- 2 (dois) terminais de linha;
- alojamento do combinado com gancho interruptor;
- tomada para combinado de cabeça;
- 2 (dois) terminais de bateria externa;
- alojamento das baterias;
- chave "EXT - INT" (chave seletora do tipo de combinado);
- parafuso interruptõ.r "CB-LB-BCS";
- controlador de volume da cigarra "LOW-LOUD", e
- placa de inscrição.
(b) A caixa apresenta:
- internamente, cigarra e magneto, e
- externamente, alavanca do magneto na parte lateral.
b. Características
(1) Fabricação: norte-americana.
(2) Tipo de operação: sistemas BC, BL e BCS.
(3) Tipo de equipamento: portátil.
(4) Órgãos de chamada
(a) Magneto: para operação em sistema BL.
(b) Gancho: para operação em sistemas BC e BCS.
(5) Órgão de anunciação: cigarra (regulável).
(6) Fonte de alimentação: 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30), ou fonte ex-terna de 3 VCC ligada aos
terminais (+) e (-) "EXT BAT".
(7) Alcance: 3M km com FDT (seco), e 22,4 km (molhado).
(2) Instalação.
(a) Ligar os terminais do FDT dos assinantes aos conectores-adap-tadores EB 11-(U-184/GT),
pelo lado onde há placa de identificação.
(b) Deixar uma folga suficiente, para fazer uma alça de escoamento e permitir o livre movimento
do conector.
(c) Identificar os conectores com algarismos romanos de 1 a VI.
(d) Introduzir cada corector-adaptador no jaque correspondente do estojo e o conector do
operador no jaque marcado "TEU.
(3) Operação
(a) Assinante chamando a central.
- O assinante gírarif magneto do telefone de campanha.
- A lâmpada non do conector correspondente ao assinante acenderá.
- O operador da central introduzirá a pega do conector de servi-ço no jaque do coneetor do
asinante chamador.
- O operador verificará com quem o assinante deseja ligar-se.
(b) Procedimento do operador da central para completar a ligação.
- Introduzir a pega do conjunto (formado com os conectores adaptadores,do assinante:charnador
e serviço), no jaque do assinante chamado.
b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Tipo: móvel ou transportável por dois homens.
(3) Capacidade: máxima de 16 troncos e 32 ramais.
(4) Alimentação: tensão nominal de 48 VCC, positivo aterrado (variação de 42 a 56 V); corrente
até 4 Ampères.
(5) Faixa de freqüência: 300 a 3400 Hz.
(6) Classes de serviço para ramais: variável de acordo com a programação:
(a) classe O - acesso automático só ao operador;
(b) classe 1 - acesso automático ao operador ou a outro ramal da mesma central;
(c) classe 2 - acesso automático ao operador, a outro ramal ou a ou-tras centrais, através de
linhas de junção (centrais militares);
(d) classes 3 - acesso automático ao operador, a outro ramal ou a outras centrais, através de
linhas de junção. Acesso à rede pública pelo operador ou através de consulta/transferência;
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................430 /468 )
(e) classe 4 - acesso automático à rede pública local;
(f) classe 5 - acesso automático à rede pública nacional (DDD), e
(g) classe 6 - acesso automático à rede pública internacional (DOU.
(7) Prefixo da central: 42 (programado pela fábrica). Pode ser modifica-do para qualquer número
entre 10 e 69. (8) Número dos ramais: 4201 a 4232 (variável de acordo com o prefixo da central).
Os dois primeiros algarismos determinam o prefixo da central e os outros dois o número do ramal.
Generalidades
a. O rádio constitui o principal meio de comunicações de muitas unidades táticas. Ele é
utilizado para comando, direção de tiro, troca de informações, administração e ligação entre
unidades ou no âmbito das mesmas (Fig 1-1), como também é empregado nas comunicações
entre aviões em vôo e entre estes e as unidades em terra.
Vantagens e Limitações
a. Vantagens
(1) Normalmente, os meios de comunicações pelo rádio podem ser instalados mais rapidamente
que os de comunicações por fio; por esse motivo, o rádio é amplamente utilizado como meio
principal de comunicações nos estágios iniciais das operações de combate e nas situações táticas
de movimentação rápida.
Transmissor
O tipo de aparelho transmissor mais simples consiste de uma fonte de suprimento de
energia e de um oscilador. A fonte de suprimento pode consistir de baterias, um gerador, uma
fonte de corrente elétrica alternada (CA), incluindo um retificador e um filtro, ou uma unidade
rotativa produtora de corrente contínua (CC). O oscilador, que gera energia de RF, deve estar
provido de um circuito regulador, que permita sintonizar o transmissor na freqüência operacional
desejada. O transmissor deve estar equipado com algum dispositivo para controlar a energia de
radiofreqüência gerada pelo oscilador. O dispositivo mais simples é um manipulador telegráfico, o
qual não é outra coisa senão uma espécie de interruptor, que controla o fluxo de corrente elétrica.
Quando o manipulador é operado, o oscilador é ligado e desligado durante certos espaços de
tempo, formando-se assim os pontos e traços do Código Morse.
Transmissor de Radiofonia
Para transmitir mensagens faladas, torna-se necessário dispor de algum meio de controle
da energia produzida pelo transmissor, de acordo com as freqüências da voz. Isto é conseguido
através de um modulador, que modifica a produção do transmissor de conformidade com essas
freqüências (audiofreqüências). Este processo é conhecido como modulação e a onda submetida
ao mesmo é chamada onda modulada. Quando o sinal de modulação ocasiona a mudança em
amplitude da onda de rádio, o processo é chamado de modulação em amplitude (AM) e quando
modifica a freqüência da onda, ele é conhecido como modulação em freqüência (FM). A figura 2-3
mostra um transmissor de radiofonia equipado com um modulador e um microfone, e convertido
assim em um transmissor radiofônico de amplitude modulada.
Antenas
Após o transmissor ter gerado e amplificado um sinal de radiofreqüência, torna-se
necessário dispor-se de um meio para enviar esse sinal ao espaço e, da mesma forma, também é
necessário que a estação receptora disponha de outro meio para interceptar (captar) o sinal
lançado. Os dispositivos utilizados para enviar e captar esses sinais chamam-se antenas. A
antena transmissora lança sinais de energia no espaço e essa energia, irradiada sob a forma de
ondas eletromagnéticas, é interceptada pela antena receptora. Se o aparelho receptor é
sintonizado na mesma freqüência que o transmissor, os sinais serão captados de forma
satisfatória e inteligível. No capítulo 5, maiores detalhes sobre antenas, serão abordados.
Receptor
Existem duas espécies gerais de sinais de radiofreqüência que podem ser captados por
um receptor de rádio: os sinais de rádiofreqüência modulada, que transportam palavras, música,
ou qualquer outra espécie de energia audível, e os sinais de onda contínua (CW), que são
Meios Rádio
a. Generalidades
(1) As comunicações por rádio se constituem, normalmente, no meio que permite maior
flexibilidade e rapidez de instalação, facilitando as comunicações em operações de movimento e
em situações de emergência.
(2) O rádio permite o estabelecimento de ligações através de terminais de fonia, telegrafia,
teleimpressor, fac-símile e outros.
(3) As possibilidades dos meios de guerra eletrônica tornam os equipamentos rádio convencionais
extremamente vulneráveis às ações de interferência, interceptação e localização. Isto reduz
sensivelmente as possibilidades de emprego do rádio, uma vez que se tornam fontes de
informações de grande valor para o inimigo, no que diz respeito à localização de postos e
Alfabeto Fonético
O alfabeto fonético utilizado na exploração é internacional e seu uso está consagrado
pelas Forças Armadas. A parte em negrito das palavras corresponde à sílaba tônica, isto é, a
sílaba que deve ser pronunciada com maior inflexão de voz.
A ALFA N NOVEMBER
B BRAVO O OSCAR
C CHARLIE P PAPA
D DELTA Q QUEBEC
E ECHO R ROMEO
F FOXTRT S SIERRA
G GOLF T TANGO
H HOTEL U UNIFORM
I INDIA V VICTOR
J JULIET W WHISKEY
K KILO X XRAY
L LI MA Y YANKEE
M MAIQUE Z ZULU
Algarismos Fonéticos
Os algarismos fonéticos utilizados na exploração radiofônica são específicos de nosso
País e seu uso é obrigatório para a Força Terrestre, como também para a Aviação Civil e Militar,
1 UNO 6 MEIA
2 DÔ-IS 7 SÉ-TÊ
3 TRÊS 8 ÔI-TO
4 QUA-TRO 9 NÓ-VÊ
5 CIN-CO 0 ZÉ-RÔ
Redes
Conceito
Denomina-se redes, o grupo de estações dotadas de equipamentos compatíveis entre si,
operando na mesma freqüência, com o mesmo tipo de sinal e de modulação e sob o controle de
uma delas, tanto sob o aspecto técnico como no tocante à disciplina de exploração.
Finalidade
O agrupamento em redes das diversas estações, que servem a um determinado escalão
de comando, visa a disciplinar a exploração, além de proporcionar melhor rendimento em termos
de transmissão de mensagens e, sobretudo, reduzir a vulnerabilidade à GE inimiga.
Indicativos de Chamada
Conceito
Os indicativos de chamada, também denominados indicativos operacionais,
são combinações de caracteres ou palavras pronunciáveis que identificam uma estação, um
comando, uma autoridade ou uma unidade.
Finalidade
Como medida de segurança da exploração, os indicativos de chamada são considerados,
sob a ótica da GE, como procedimentos de MPE no campo das comunicações. São utilizados,
basicamente, no estabelecimento e manutenção das comunicações radiotelefônicas.
Mudança de Indicativos
a. Os indicativos de chamada devem ser mudados em intervalos de tempo aleatórios, de
acordo com o que prescrevem as Normas Gerais de Ação de Comunicações e Eletrônica (NGA
Com Elt) do escalão considerado, ou, quando estas nada prescreverem, de acordo com a
instrução referente a indicativos e freqüências I E Com Elt do referido escalão. O tempo de
vigência de um mesmo indicativo depende do grau de segurança desejado.
b. A mudança de indicativo, em princípio, deve ser acompanhada de mudança da
freqüência de operação e, se possível, de mudança do local da estação.
c. A transmissão de indicativos dispensa o uso da expressão ―SOLETRANDO‖.
Designação de Indicativos
a. A designação de indicativos destinados às diferentes estações da rede deve ser feita
com o máximo cuidado, seguindo o que prescreve as Instruções Padrão de Comunicações e
Eletrônica (I P Com Elt). A escolha de termos pouco adequados pode resultar em confusão e
deficiências operacionais na rede. Para tal, os indicativos devem ser breves, com vistas a atender
o princípio da simplicidade e diminuir o tempo de transmissão.
b. A distribuição de indicativos deve ser feita pelo comandante ou oficial de comunicações
para os diferentes escalões, sendo estabelecida nas suas respectivas I E Com Elt.
c. A transmissão de indicativos constituídos de grupos de letras e algarismos
deve ser feita com o emprego do alfabeto e algarismos fonéticos.
Controle
Estação Controladora da Rede (ECR)
a. As redes são organizadas, no mínimo, com duas estações, sendo uma delas a Estação
Controladora da Rede (ECR). Para exemplificar, considerando ANEXO ―C‖ (EXEMPLODEREDE),
notamos que na rede 1 (um) a estação TUPY é a ECR.
b. Devem ser evitados indicativos que permitam identificar ECR ou que tenham relação
com a realidade do quadro tático.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................448 /468 )
c. Finalidade - a ECR serve para dirigir, coordenar e controlar o tráfego de tráfego e
centralizar o controle da rede. Ela tem plena autoridade quanto ao controle técnico, seja no
tocante à operação da rede, seja na manutenção da disciplina de tráfego. Não tem nenhuma
ingerência quanto à organização, ao emprego tático e ao deslocamento de outras estações. A
rigorosa disciplina no funcionamento é essencial para a eficiência das comunicações em qualquer
rede.
d. Designação - a ECR deve ser sempre a estação que serve ao mais alto escalão
presente na rede. Dentre as demais estações, qualquer deles poderá ser designado como ECR
substituto, denominado ECR-2, o qual deverá assumir, automaticamente, as funções do primeiro,
na hipótese de eventuais impedimentos daquele. Como exemplo, considerando o ANEXO ―C‖
(EXEMPLO DE REDE), notamos que na rede 1 (um) a estação MACUCO é a ECR-2. O conceito
de ECR está ligado aos conceitos de redes externa e interna, uma vez que o escalão considerado
designa as ECR para as suas redes internas, mas suas estações, nas suas redes externas,
obedecem ao estipulado pelos ditames das ECR designadas pelo seu escalão superior.
e. Funções - a ECR abre e fecha a rede, controla as transmissões e mantém o tráfego
desembaraçado dentro da mesma, corrigindo erros de exploração e concedendo ou negando
autorização para que as demais estações possam entrar ou sair dela. Sempre que possível, deve
utilizar-se de outros meios de comunicações para atender às suas necessidades de coordenação,
de modo a dificultar a identificação de sua função pela GE inimiga.
f. Grau de Controle - o grau de controle exercido pelo ECR sobre a rede varia de acordo
com as condições de operação, experiência dos operadores e qualidade (clareza e intensidade)
dos sinais. Uma rede operada por pessoal experimentado e que mantenha o tráfego fluente e
ordenado precisará de pequeno controle formal. Por outro lado, se o tráfego for intenso e os
operadores forem inexperientes, a ECR deverá exercer controle rígido, de modo a manter a rede
organizada e o tráfego fluindo ordenadamente.
Autenticação
a. A autenticação é uma medida de segurança das comunicações, mais especificamente
de segurança da exploração, destinada a proteger os sistemas de comunicações contra
transmissões de origem duvidosa. Sem essa providência, as estações inimigas, fazendo-se
passar por amigos, poderão transmitir mensagens falsas de toda natureza ou mesmo receber as
mensagens oriundas de nossas estações, evitando ou retardando, desse modo, a entrega das
mensagens a seus verdadeiros destinatários, com conseqüências desastrosas para o
cumprimento da missão do escalão considerado.
b. Conceitos básicos
Procedimentos de Exploração
Abertura e Fechamento de Redes
a. Chamada coletiva de rede
(1) As chamadas coletivas são atendidas na ordem alfabética dos indicativos das estações, ou na
ordem estabelecida pelas IEComElt.
(2) Quando uma estação não responder na sua vez, aquela que se segue a ela deverá aguardar 5
segundos e atender à chamada. A estação que não atendeu em tempo, somente deverá fazê-lo
após o atendimento de todas as outras.
b. Estabelecimento de Redes
(1) Para uma rede começar a operar, ele deverá estar aberta. No horário estabelecido ou após um
evento determinado, os integrantes de uma rede sintonizam seus equipamentos e permanecem
em condições de iniciarem a operação.
Silêncio de Emergência
a. Quando ocorrer uma situação operacional de emergência, a prescrição rádio em silêncio
pode ser determinada pelo emprego da expressão ―SILÊNCIO‖ falada três vezes. Somente a
ECR, por determinação superior, poderá dar essa ordem. Ela exige autenticação do posto
emissor, se houver sistema de autenticação prescrito.
b. As estações não atenderão ou darão recibo para uma transmissão que imponha silêncio
de emergência. A partir de então as estações só poderão transmitir quando a prescrição em vigor
for modificada por meio de ordem da autoridade competente.
c. Um dos procedimentos recomendados, em caso de suspeita de interferência
ou escuta do inimigo, em nossas transmissões, é não denunciar a eficiência do sinal inimigo, ou a
sua presença. Assim, as informações sobre o silêncio de emergência devem ser transmitidas por
outro meio o mais rápido possível, salvo se o rádio for o único meio disponível. Mesmo assim,
deve ser adotada alguma expressão convencional.
d. Exemplo de imposição do silêncio de emergência por meio do rádio
- ―UNO AQUI TUPY – CHARLIE BRAVO DELTA LIMA LIMA - SILÊNCIO SILÊNCIO SILÊNCIO -
APAGO‖.
Valores e Significados
a. Clareza - entende-se por clareza a qualidade com que o sinal chega ao equipamento
receptor, caracterizando-se pela limpeza da transmissão e ausência de ruídos ou transmissões
espúrias, que dificultem o entendimento do conteúdo da mensagem transmitida. A escala
numérica de 1 a 5 significa o grau atribuído à inteligibilidade da mensagem.
b. Intensidade - entende-se por intensidade a força com que o sinal chega ao equipamento
receptor, caracterizando-se pela quantidade de tom da transmissão. A escala de 1 a 5 significa o
grau de diminuição ou aumento de volume da recepção.
Utilização
a. Deve-se considerar sempre que uma estação está transmitindo sinais fortes e de boa
qualidade, a não ser que outra estação acuse o contrário.
b. As experiências fonia, quando necessárias, devem ser realizadas pela ECR com o
propósito de verificar as condições de operação da rede, atendendo às restrições das prescrições
rádio.
c. Em uma rede dirigida, quando eventualmente uma estação constatar o mau
funcionamento de seus equipamentos e desejar verificar a intensidade e a qualidade de seus
sinais, poderá realizar uma experiência fonia com a ECR.
3 Regular Regular
4 Claro Boa
Exemplo de Utilização
a. Considerando a rede constante do ANEXO ―C‖ (EXEMPLO DE REDE), teremos:
(1) ―SINO AQUI TUPY - COMO ME RECEBE – CÂMBIO‖
(2) ―TUPY - RECEBIDO CINCO POR CINCO ―.
b. No exemplo, nota-se que a ECR da rede 1, que utiliza o indicativo TUPY, realiza uma
experiência fonia com uma das estações da rede, cujo indicativo é SINO. Também é possível
verificar que, para SINO, as transmissões originadas de TUPY possuem intensidade ótima e estão
perfeitamente claras, dispensando a chamada completa, bem como a expressão final.
Procedimentos de MPE
Considerações Iniciais
a. Muito embora as MPE sejam uma atividade de GE, é fundamental tornar claro que a
adoção de procedimentos de MPE não é privativa das OM de GE. Pelo contrário, constitui
responsabilidade de todos os planejadores, supervisores e operadores de sistemas rádio, em
todos os escalões de comando de qualquer arma, serviço ou quadro. Constituem medidas de
proteção, destinadas a impedir que o inimigo tome conhecimento do conteúdo de nossas
transmissões, analise nosso tráfego rádio, localize nossas estações, obtenha êxito na suas ações
de interferência ou nos engane com emprego da dissimulação eletrônica imitativa.
b. É, portanto, imprescindível que todos os envolvidos com o funcionamento do sistema
rádio disponham de conhecimentos de GE, com ênfase em medidas de proteção eletrônica e que
cultivem e divulguem a necessidade da guerra eletrônica no combate.
Procedimentos Gerais
a. Conduta do operador da estação
(1) O operador da estação deve se ater estritamente às regras de exploração em vigor. Qualquer
alteração ou descumprimento das mesmas acarretará, invariavelmente, confusão, reduzindo a
confiabilidade e a rapidez das comunicações, comprometendo sua segurança.
(2) Ao passar o serviço de uma estação, o operador substituído deve transmitir ao substituto todas
as ordens particulares e informações concernentes, o que inclui todos os dados úteis ou
Mensagens
Generalidades
Conceito
Mensagem, para a radiotelefonia, é o instrumento utilizado nas comunicações militares
para a troca de informações, dar ciência das decisões, das ordens e de comunicados sob a forma
de voz.
Composição da Mensagem
a. A mensagem é composta por três partes distintas: cabeçalho, texto e fecho.
b. O cabeçalho contém informações relativas ao assunto, à classificação
sigilosa, aos destinatários, ao grupo data-hora, à numeração, à precedência e ao remetente.
c. O texto contém a idéia que se deseja transmitir e a autenticação da mensagem. É a
parte principal da mensagem.
d. O fecho contém as assinaturas da autoridade expedidora e as informações relacionadas
com a parte técnica da transmissão da mensagem.
Identificação de Mensagens
a. As mensagens serão identificadas pelo grupo data-hora acrescido do indicativo do
remetente da mensagem.
b. Se for necessária uma identificação posterior, o cabeçalho, o texto ou o fecho, parcial ou
completo, poderão ser usados.
c. Em todos os casos, a informação usada para identificar uma mensagem será tão curta
quanto possível.
Mensagens de Serviço
a. Mensagens de serviço são pequenas mensagens, normalmente expedidas pelos
operadores e relacionadas com a exploração da rede. Não exigem certos elementos, tais como
precedência, grupo data-hora, etc.
b. Na chamada preliminar, ao invés da transmissão do algarismo que indica a precedência
da mensagem, deverá ser empregada a expressão ―SERVIÇO‖.
Interrupção da Mensagem
a. Uma estação que tenha que transmitir uma mensagem de precedência
―URGENTÍSSIMA‖ ou ―URGENTE‖ pode interromper a transmissão de uma mensagem de
precedência inferior.
b. Não serão, normalmente, feitas interrupções durante a transmissão de mensagens
táticas, exceto para informações sobre o inimigo.
SINAL SIGNIFICADO
ANEXO B
EXPRESSÕES CONVENCIONAIS DE SERVIÇO
B-1. GENERALIDADES
A fraseologia reunida no presente anexo segue o previsto no Manual MD31- M-01
MANUALDECOMUNICAÇÕES PARAOPERAÇÕESCOMBINADAS, do Ministério da
Defesa, além de trazer texto extraído do Manual de Campanha C24-12 -
COMUNICAÇÕES – SINAISDE SERVIÇO E INDICATIVOS OPERACIONAIS.
B-2. EXPRESSÕESCONVENCIONAISDE SERVIÇOMAISUTILIZADAS.
EXPRESSÃO SIGNIFICADO
DEOIS DE... Verificar ou repetir a parte da mensagem após o grupo que segue.
PALAVRA ANTES Usada para verificação, repetição e correção para indicar a parte
da mensagem.
PEÇO COTEJO ―repita toda esta transmissão exatamente como foi recebida‖.
Seguida de dados de identificação, significa: ‖Repita a parte
indicada desta transmissão, exatamente como foirecebida‖.