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CAPÍTULO VIII – COMUNICAÇÕES

(Segundo o C24-17: Manual de Campanha – Centro de Comunicações. 2ª Edição 2001)

(Segundo o C11-1: Manual de Campanha – Emprego das Comunicações. 2ª Edição 1997)

Finalidade
O presente manual tem por finalidade:
a. Estabelecer as peculiaridades do emprego das comunicações no âmbito da Força
Terrestre (FT);
b. Orientar o planejamento do sistema tático de comunicações (SISTAC);
c. Servir de fonte de estudo sobre os fundamentos básicos do emprego
das comunicações.

Generalidades
a. As comunicações compreendem o conjunto de meios destinados a estabelecer as
ligações entre os diversos escalões, com a finalidade de apoiar o exercício do comando e
controle.
b. Cada escalão da Força Terrestre possui seu elemento de comunicações, o qual tem por
missão o planejamento, a instalação, a exploração e a manutenção do respectivo sistema de
comunicações, bem como prover a segurança física das suas instalações.

Conceitos Básicos
a. As operações militares compreendem um complexo de atividades que exige uma
elevada capacidade de planejamento, comando, controle e coordenação de emprego das forças
terrestre, aérea e naval. A grande mobilidade, a velocidade de deslocamento dessas forças e o
grande tráfego de informações exigem um planejamento centralizado, um comando único e uma
execução descentralizada, fazendo com que as decisões sejam rápidas e que possam ser
executadas oportunamente.
b. Essas características levam à necessidade de um sistema de comunicações confiável,
de grande capacidade de tráfego, muito flexível, permitindo transmissão de mensagens em tempo
real e que ofereça segurança face às atividades de guerra eletrônica (GE) do oponente.
c. A transmissão em tempo real tem por objetivo prestar ao comandante e seu estado-
maior informações das ações das tropas amigas, das atividades do inimigo e das alterações no
terreno, no exato momento em que as mesmas ocorrem, de forma a permitir-lhes tomar decisões
de conduta do combate, empregando pessoal e material na ocasião e local oportunos, com o
menor risco de perdas e melhores condições de obtenção de êxito.

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d. As comunicações devem ser o elo entre o comandante e sua tropa, levando a sua
presença em todos os lugares, simultaneamente.
e. O Sistema de Comando e Controle depende da eficácia das comunicações, o que o
torna alvo primordial do esforço de busca do inimigo para obtenção de informações através das
medidas eletrônicas de apoio (MEA) (busca, interceptação, monitoração, registro, localização
eletrônica e análise) e, nos momentos críticos das operações, das contramedidas eletrônicas
(CME) (interferência e dissimulação eletrônica) buscando não só dificultar a intervenção do
comandante no combate, como também degradar a coordenação dos diversos elementos
desdobrados.

Princípios de Emprego das Comunicações


a. Tempo integral - O sistema de comunicações opera durante as vinte e quatro horas do
dia a fim de cumprir sua finalidade. Se assim não acontecer, o apoio de comunicações torna-se
insuficiente e falho. Este princípio influencia diretamente a dotação de meios de comunicações -
pessoal e material – para qualquer escalão.
b. Rapidez - O sistema de comunicações deve proporcionar rapidez às ligações. Isto
significa que as ligações necessitam oportunidade, isto é, devem ser estabelecidas em tempo útil
para surtir os efeitos desejados.
c. Amplitude de desdobramento - O apoio de comunicações tem uma grande amplitude de
desdobramento: os meios se estendem da linha de contato até as áreas mais recuadas do teatro
de operações, abrangendo as zonas de combate e de administração, em largura e em
profundidade. Este princípio gera uma dispersão dos meios que acarreta problemas de
segurança, manutenção e suprimento.
d. Integração - Um sistema de comunicações de determinado escalãonão é isolado; faz
parte do sistema de comunicações do escalão superior e abrange os sistemas dos escalões
subordinados.
e. Flexibilidade - A multiplicidade das ligações estabelecidas pelos sistemas de
comunicações de qualquer escalão, possibilita uma rápida adequação às mudanças das
operações táticas e das organizações militares.
f. Apoio em profundidade - O apoio de comunicações se exerce e profundidade, pois o
escalão superior apóia os escalões subordinados com os meios - pessoal e material - que se
fizerem necessários e freqüentemente se incumbe das ligações laterais à retaguarda dos
mesmos, de forma a liberar as comunicações desses escalões para o apoio à frente.
g. Continuidade - As ligações, sendo fundamentais para o sucesso de qualquer operação,
devem ser mantidas a qualquer custo. Mesmo que o escalão considerado não seja responsável

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pelo estabelecimento inicial de determinada ligação, lança mão de todos os recursos para
restabelecê-la, quando interrompida.
h. Confiabilidade - A confiabilidade de um sistema de comunicações é assegurada pelo
estabelecimento de caminhos alternativos para a transmissão das mensagens, utilizando
itinerários diferentes para o mesmo meio ou empregando meios distintos.
i. Emprego centralizado - A concentração dos meios em centros e eixos de comunicações
permite um melhor aproveitamento dos mesmos. A capacidade de apoio de um sistema integrado
é maior que a soma das capacidades de seus elementos componentes, quando operando
independentemente.
j. Apoio cerrado - Em princípio, quanto menores as distâncias entre os elementos a serem
ligados, mais eficientes serão as comunicações. Os inconvenientes provocados por órgãos ou
postos intermediários devem ser evitados sempre que possível.
l. Segurança - Todas as medidas são tomadas para proteger os sistemas de
comunicações, de modo a impedir ou pelo menos dificultar a obtenção de informações pelo
inimigo. A segurança das comunicações contribui significativamente para preservar a liberdade de
ação do comando e garantir a surpresa.
m. Prioridade - A instalação de um sistema de comunicações faz-se progressivamente,
iniciando-se com as ligações que merecem prioridade mais elevada, isto é, aquelas consideradas
essenciais ao exercício do comando e a conduta das operações. O sistema é expandido
paulatinamente, fazendo-se as ligações complementares de acordo com as disponibilidades de
tempo e meios (pessoal e material).
n. Além dos princípios citados, o emprego das comunicações deve atender a outros,
comuns a qualquer planejamento, tais como, economia de meios, simplicidade etc.

Ligações
Generalidades
Ligações são as relações ou as conexões estabelecidas entre os diferentes elementos que
participam de uma mesma operação, sendo uma ferramenta de apoio às atribuições de comando
e controle.

Meios de Ligação
a. Os meios de ligação são os componentes e recursos que constituem o vínculo entre os
elementos integrantes de uma mesma operação.
b. Tipos de meios de ligação

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(1) Rotina burocrática - Vincula os diferentes escalões por meio de ordens, relatórios, partes,
instruções, regulamentos, normas, planos e outros documentos escritos, gráficos, ou
informatizados, do tipo transmissão de dados ou banco de dados.
(2) Contato pessoal - Realizado através da presença física dos elementos interessados, mediante
atividades de inspeção, visita ou encontros preestabelecidos.
(3) Observação direta - Identificada pelo acompanhamento visual do desenrolar de uma
determinada ação, por parte do comandante, a partir de um posto de observação ou de terminais
de vídeo informatizados, transmitindo a imagem do campo de batalha.
(4) Agente de ligação - Elemento destacado por uma autoridade junto a outra, com a finalidade de
prestar esclarecimentos e de colher informações em proveito do cumprimento da missão.
(5) Destacamento de ligação - Grupo constituído por agentes de ligação ou unidades designadas
para cumprir missões de ligação por meio do estabelecimento de contatos físicos, com a
finalidade de coordenação e controle, dentro de um mesmo quadro tático, normalmente
concretizados em locais previamente estabelecidos, designados como pontos de ligação.
(6) Meios de comunicações - Pessoal, meios técnicos e procedimentos empregados para
transmitir, emitir, receber e processar mensagens e informações através de sinais sonoros,
eletrônicos, escritos e imagens, com a finalidade de estabelecer a ligação entre dois ou mais
elementos.

Ligações Necessárias
a. As ligações necessárias são constituídas pelos contatos diretos ou indiretos que devem
ser estabelecidos entre um determinado escalão e outros envolvidos em uma operação militar,
indispensáveis para o exercício do comando e controle.
b. As necessidades são determinadas pelo comandante e condicionadas pelo tipo de
operação, momento, escalão considerado, e pelos elementos envolvidos na mesma missão.
c. Nas operações militares, a efetivação das ligações necessárias é obtida através do
emprego dos meios de ligação.
d. As ligações necessárias permitem:
(1) o exercício do comando e controle no âmbito do escalão considerado;
(2) a integração ao sistema de comando e controle do escalão superior;
(3) a conexão com os elementos subordinados, vizinhos, apoiados, em apoio, em
reforço/integração, outras forças singulares e sistemas de telecomunicações civis.

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Responsabilidade Pelas Ligações
a. Para cada situação existe um responsável pelas ligações necessárias o qual deverá
estabelecê-las e fornecer, quando necessário, equipamentos de comunicações aos outros
elementos envolvidos.
b. A responsabilidade pelas ligações necessárias, em um determinado escalão, obedece
aos seguintes princípios (Fig 2-1):
(1) o escalão superior tem a responsabilidade pela ligação com seus escalões diretamente
subordinados, incluindo-se os recebidos em reforço ou em integração;
(2) o elemento que apoia é responsável pela ligação com o apoiado. Nas operações de
substituição, a tropa substituída fornece o apoio;
(3) entre elementos vizinhos, caso não haja instruções específicas, a responsabilidade é do
elemento da esquerda, considerando-se o observador posicionado com a sua frente voltada para
o inimigo.
c. Em determinadas situações, essas responsabilidades podem ser alteradas, mediante
prévia determinação do escalão superior ou do comandante do escalão considerado, nos casos
das suas ligações com seus elementos subordinados.
d. Quando ocorrer uma interrupção nos meios que estabelecem uma determinada ligação,
os usuários e responsáveis técnicos deverão desencadear, imediatamente, as providências
cabíveis para que o seu restabelecimento ocorra independentemente de ele ser ou não o
responsável por essa ligação.

Fig 2-1. Ligações necessárias

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Mensagens

Generalidades
a. É necessário e fundamental que o militar tenha conhecimento das regras básicas de
exploração, de modo a se obter a eficiência e a eficácia dos meios de comunicações empregados.
b. A informação obtida, normalmente, é transmitida, utilizando-se uma mensagem.
Mensagem, portanto, é uma idéia ou um sinal inteligente, ou conjunto deles, com significado
próprio. Nas comunicações militares, mensagem é o instrumento utilizado para a troca de
informações, dar ciência das decisões, das ordens e de comunicados em geral. Quando
transmitida por um dos meios de comunicações, pode ser diretamente compreensível ou não,
podendo estar soba forma de dados, imagem, voz e texto.
c. O uso da mensagem para a transmissão de informações deve obedecer a uma
padronização, não só em termos de formatação física, mas também, em aspectos básicos ligados
à segurança e à transcrição do seu conteúdo.
d. Os C Com fiscalizam os aspectos relativos à adequada utilização dos meios de
comunicações, formatação de mensagens, segurança e outros fatores ligados ao fluxo de
informações pelos meios de comunicações.
e. Este manual traça as normas básicas para o processamento de mensagens e outros
procedimentos relativos aos C Com.

Conceitos Básicos
a. Mensagem simples - é aquela enviada a um só destinatário.
b. Mensagem circular - é aquela enviada a dois ou mais destinatários.
c. Mensagem de partida - é aquela que é enviada, pelos meios de comunicações, a outro
C Com ou comando, localizado fora do alcance do serviço de mensageiros locais.
d. Mensagem de chegada - é a que chega ao C Com, proveniente de outro C Com, por
intermédio dos meios de comunicações, para ser entregue na região do PC ou escalão do QG por
ele apoiado.
e. Mensagem pré-formatada - é a mensagem cujo texto obedece a uma estruturação
previamente determinada, com o objetivo de ordenar e simplificar informações a serem
transmitidas, sem prejuízo do conteúdo.
f. Mensagem criptografada - é a mensagem cujo texto não apresenta idéia inteligível em
qualquer idioma ou esconde o verdadeiro sentido da idéia que apresenta. A mensagem
criptografada é freqüentemente chamada CRIPTOGRAMA.

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g. Mensagem de trânsito - é aquela que chega a um C Com, proveniente de fontes não
locais, para ser retransmitida a outro C Com, por intermédio dos meios de comunicações. Essas
mensagens são processadas no C Com de trânsito, tanto como mensagens de chegada como de
partida.
h. Mensagem local - é a proveniente de seção ou repartição situada na região do PC ou
escalão do QG, para ser entregue a outra repartição ou seção do mesmo PC ou escalão do QG.
Essas mensagens não são processadas pelo C Com, sendo, normalmente, encargo da repartição
ou seção interessada.
i. Gerenciador eletrônico de mensagem (GEM) - software empregado no processamento
eletrônico das mensagens.

Precedência
A precedência indica a prioridade com que uma mensagem deva ser veiculada em relação
às demais mensagens dentro de um sistema de comunicações. A classificação da precedência é
dada pela autoridade expedidora da mensagem, conforme o que se segue.
a. Urgentíssima - Tem precedência sobre todas as demais mensagens, interrompendo o
processamento e a transmissão daquelas. É usada em casos muito especiais e será indicada pelo
algarismo 1 (um).
b. Urgente - Tem precedência sobre as de menor prioridade e interrompe a transmissão
daquelas. É utilizada para assuntos que tratem da ampliação do contato com o inimigo, de riscos
à vida humana ou da perda de material importante. Será indicada pelo algarismo 2 (dois).
c. Preferencial - É a precedência mais alta que se pode dar às mensagens administrativas.
São processadas e transmitidas na ordem em que são expedidas. Será indicada pelo algarismo 3
(três).
d. Rotina - Reservada a todos os tipos de mensagens cuja importância não justifique
precedência mais elevada. Será indicada pelo algarismo 4 (quatro).

Grau de Sigilo
a. A atribuição do grau de sigilo de uma mensagem é de responsabilidade da autoridade
expedidora e o tratamento que esta mensagem deve ter, em conseqüência desta classificação, é
da responsabilidade de todos que a manusearem.
b. O chefe do centro de comunicações pode sugerir a alteração da classificação sigilosa se
ela for diferente da usada em mensagens que tratam do
mesmo assunto ou assunto correlato.
c. O grau de sigilo dos documentos, em geral, e o tratamento diferenciado que cada
classificação impõe são regulados por legislação específica de âmbito federal.

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d. Os graus de sigilo são os seguintes:
e. O documento que não tiver classificação sigilosa será chamado ostensivo. Será indicada
pelo algarismo 5 (cinco).

Ultra-Secreto (USEC)
Atribuído aos documentos que requeiram excepcionais medidas de segurança, cujo teor só
deva ser do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio. Esta
classificação é atribuída aos documentos referentes à soberania e integridade territoriais, planos
de guerra e relações internacionais do País, cuja divulgação ponha em risco a segurança da
sociedade e do Estado. Será indicada pelo algarismo 1 (um).

Secreto (SEC)
Atribuído aos documentos que requeiram rigorosas medidas de segurança e cujo teor ou
característica possam ser do conhecimento de pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao
seu estudo ou manuseio, sejam autorizadas a deles
tomarem conhecimento em razão de sua responsabilidade funcional.
Esta classificação é atribuída aos documentos referentes a planos e detalhes de operações
militares, a informações que indiquem instalações estratégicas e aos assuntos diplomáticos, que
requeiram rigorosas medidas de segurança, cuja divulgação ponha em risco a segurança da
sociedade e do Estado. Será indicada pelo algarismo 2 (dois).

Confidencial (CONF)
Atribuído aos documentos cuja divulgação e conhecimento do seu teor possa ser
prejudicial aos interesses nacionais. Esta classificação é atribuída aos documentos onde o sigilo
deve ser mantido por interesse do governo e das partes e cuja
divulgação possa vir a frustrar seus objetivos ou ponha em risco a segurança da sociedade e do
Estado. Será indicada pelo algarismo 3 (três).

Reservado (RES)
Atribuído aos documentos que não devam, imediatamente, ser do conhecimento do público
em geral. Esta classificação é atribuída aos documentos cuja divulgação, quando ainda em
trâmite, compromete as operações ou os objetivos neles previstos. Será indicada pelo algarismo 4
(quatro).

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Escrituração de Mensagens
Responsabilidades
a. A expedição de mensagens das unidades, em todos os escalões, é responsabilidade de
seus respectivos comandantes, podendo delegar competência a seus auxiliares diretos.
b. Os elementos que receberem a delegação para expedir mensagens, serão os
responsáveis pelas respectivas assinaturas.
c. As mensagens somente serão aceitas no C Com para a transmissão, se assinadas por
pessoal autorizado, de acordo com a relação de autógrafos.

Formulário de Mensagens
a. Formulário de mensagem Mod 1 (ANEXO A) - utilizado em campanha, em todos os
escalões. Apresenta-se reunido em blocos e com a capa padronizada, constituindo a caderneta de
mensagens. Destina-se ao registro de dados e informações constantes das mensagens, de forma
sintética e abreviada. No seu preenchimento, sempre que possível, utiliza-se mensagens pré-
formatadas.
b. Formulário de mensagem Mod 2 (ANEXO B) - destina-se ao registro de mensagens que
possuam texto longo.

Partes Componentes das Mensagens


A mensagem apresenta três partes distintas: cabeçalho, texto e fecho.
a. Cabeçalho - é a parte da mensagem que precede o texto. Contém informações relativas
à precedência, classificação sigilosa, número de referência, real destinatário e real expedidor.
b. Texto - é a parte principal da mensagem. Contém a idéia que se deseja transmitir, a
autenticação da mensagem e o número de grupos, caso seja criptografada.
c. Fecho - é a parte final da mensagem. Contém informações complementares como:
determinação para enviar em claro ou criptografada, assinatura, nome e função do expedidor.

Regras Básicas para a Redação de Mensagens


As mensagens serão preparadas de acordo com as normas gerais adotadas na redação
de correspondência militar. A representação das letras, dos algarismos, dos sinais de pontuação e
a indicação dos parágrafos obedecerão às normas regulamentares para a correspondência do
Exército e às prescrições contidas neste manual.
a. Abreviaturas - o uso das abreviaturas limitar-se-á às normas regulamentares do C 21-30
- ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS. Quando houver
possibilidade de interpretação errônea, deverão ser evitadas.

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b. Acentuação - a acentuação será usada normalmente na redação de mensagens. Poderá
deixar de ser transmitida em função do meio utilizado, devendo o expedidor ter o cuidado de não
permitir interpretação errônea pela ausência de acentuação.
c. Caligrafia - as palavras serão digitadas ou manuscritas com letras maiúsculas, tipo
imprensa, ou letra de forma ou caixa alta.
d. Concisão - o texto das mensagens será o mais conciso possível, sem prejudicar a
clareza e a precisão. Será transmitido exatamente de acordo com a redação original. Evitar o
emprego de conjunções, preposições e artigos, a menos que sejam essenciais à compreensão.
e. Destinatário - o endereçamento das mensagens será feito de acordo com as seguintes
normas:
(1) Endereçadas ao comandante.
EXEMPLO:
PARA: 22 GAC AP
(2) Não serão utilizadas designações em código, como endereço, ou parte dele.
(3) Precedendo ao nome da OM destinatária poderá constar a seção do EM a quem interessa
diretamente a mensagem.
EXEMPLO:
PARA: S4 22 GAC AP
(4) Uma só mensagem poderá conter ao mesmo tempo vários destinatários (mensagem circular).
f. Expedidor - o expedidor será sempre o comandante da organização militar ou autoridade
por ele designada para representá-lo. Neste caso, constará a sua função, de forma abreviada, no
espaço que precede o nome da OM expedidora.
EXEMPLOS:
1) Expedida pelo Cmt DE: 5 DE
2) Expedida por delegação do Cmt PARA: E1 5 DE
g. Letras isoladas do texto da mensagem - são redigidas de acordo com o alfabeto fonético
internacional.
EXEMPLO: Itinerário A = Itinerário ALFA
Entroncamento C = Entroncamento CHARLIE
h. Números - serão representados por algarismos arábicos. Havendo necessidade, os
algarismos romanos serão indicados normalmente. Quando essa representação acarretar
confusão com letras, usar-se-á numeração arábica correspondente, precedida da palavra
―ROMANO‖. EXEMPLO: ROMANO 4 (e não 4º ou ROMANO quarto). As frações como três
quartos, dois e meio, etc, serão representadas por 3/4, 2 1/2, etc.

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i. Pontuação - a pontuação será utilizada empregando-se os sinais gráficos
correspondentes. Será transmitida se o meio de comunicações utilizado o permitir. Caso se deseje
certeza na transmissão, serão escritos utilizando-se as abreviaturas regulamentares.

Redação de Mensagens
a. Preparação das mensagens - as mensagens serão preparadas e enviadas ao CM em
disquete ou via rede local.
(1) Em disquete - quando a mensagem for entregue por meio de disquete, será enviado também
01 (uma) via da mensagem impressa, que será imediatamente devolvida ao expedidor contendo o
Grupo Data Hora (GDH) e o recibo do C Com;
(2) Via rede local - quando a mensagem for enviada ao CM pela rede local o GDH e o recibo do C
Com serão automáticos.
( ) CLARO ( X ) CRPT
Mário MÁRIO E 3
ASSINATURA NOME FUNÇÃO
b. Redação - o preenchimento dos espaços, tais como: meio, rede, indicativos, GDH e QSL
são de responsabilidade do C Com. Os demais espaços são preenchidos pelo expedidor da
mensagem, da maneira que se segue.
(1) Relativos ao cabeçalho
(a) Precedência - escreve-se o algarismo indicativo da precedência escolhida, no espaço
correspondente.
1 = Urgentíssima, 2 = Urgente, 3 = Preferencial e 4 = Rotina.
(b) Classificação Sigilosa - escreve-se o algarismo indicativo da classificação sigilosa atribuída, no
espaço correspondente.
1 = Ultra-secreto, 2 = Secreto, 3 = Confidencial e 4 = Reservado.
Este campo será preenchido com o número 5 (cinco) caso a mensagem não tenha classificação
sigilosa.
(c) Referência - escreve-se o número de três algarismos correspondente à mensagem que o
expedidor está elaborando. A numeração recomeça ao atingir 999.
(d) Destinatário e Expedidor - preenchidos conforme letras ―e.‖ e ―f.‖ do parágrafo 2-8.
(2) Relativos ao texto - o espaço central do impresso é reservado ao texto, que é a parte principal
da mensagem, pois contém aquilo que se quer transmitir. Deverá ser preenchido de acordo com
as normas de pré-formatação de mensagens em vigor. Quando não for utilizada a pré-formatação,
será preenchido de forma concisa e clara, e poderá conter, ainda, as informações
complementares que o expedidor julgar necessárias ao destinatário.

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(3) Relativos ao fecho - os espaços destinados ao fecho serão preenchidos pelo expedidor da
maneira descrita abaixo.
(a) O expedidor colocará um ―X‖ na quadrícula ―CLARO‖ ou ―CRPT‖, caso deseje a transmissão
em linguagem clara ou criptografada. Caso nada seja assinalado e a mensagem tenha
classificação sigilosa, esta será automaticamente criptografada.
(b) Na linha superior, o expedidor assinará e colocará o seu nome e função, o que permitirá a
conferência, pelo C Com, da autenticidade da mensagem, junto à relação de autógrafos.

8.3 – MEIOS DE COMUNICAÇÃO FIO

Fios e Cabos de Campanha


Características Gerais
Os fios e cabos de campanha, para possibilitar o rendimento necessário, devem possuir as
seguintes características gerais:
a. condutores flexíveis (geralmente multifilares);
b. resistência à tração relativamente alta;
c. boa condutibilidade (baixa resistência elétrica);
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d. isolamento à prova d'água, com boa resistência aos desgastes, e
e. fácil manejo e lançamento rápido (por turmas pequenas, com equipa-mento reduzido).

Classificação
a. Quanto ao número de condutores
(1) Fios duplos telefônicos - os que possuem dois condutores (um circulto).
(2) Cabos múltiplos- os que possuem mais de um circuito.
b. Quanto ao peso
(1) Cabo leve até 15 kg por km de cabo ou fio.
(2) Cabo pesado - acima de 15 kg por km de cabo ou fio.

Fio Duplo Telefônico EB 11 - (Cab-207)


a. Descrição - O fio duplo telefônico EB 11-(CAB-207) é formado por um par torcido de
condutores isolados entre si. Cada condutor é constituído de 4 filamentos de cobre e 3 de aço,
torcidos em espiral; com duas camadas de isolamento, sendo a mais externa de nailon e a interna
de polietiteno.
b. Características físicas e elétricas
(1) Maior dimensão da secção: 4,3 mm.
(2) Diâmetro de cada condutor: 0,279mm, com tolerância de ± 5%.
(3) Peso: 13,5 kg/km 5%.
(4) Resistência à tração do condutor revestido: maior do que 38 kg.
(5) Alcance mínimo: 20 km (terreno molhado) e 30 km (terreno seco).
(6) Resistência à CC: 70 ohms/km ± 10%.
(7) Capacitância mútua: menor do que 0,081 microfarad por km até 1 KHz.
(8) Atenuação: 1 dB/km (seco) e 1,5 dB/km (molhado) até 1 KHz.
(9) Impedância característica: 600 ohms em 1000 Hz.
(10) Tempo de utilização ideal: 30 dias.
c. Emprego - Nos ramais locais e circuitos-troncos de todos os escalões.

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Fig 2-1. Fio Duplo Telefónico EB 11-(CAB-207).

Cabo EB 11 -Fc 5/Etc


a. Descrição - O cabo EB 11 -FC 5/ETC é um cabo múltiplo de cinco pares de condutores,
similar ao norte-americano EB 11-(WC-534), sem conectores nas extremidades.
b. Características físicas e elétricas
(1) Maior dimensão da seção: 1,27 cm.
(2) Diâmetro de cada condutor: N9 27 AWG (0,361 milímetro).
(3) Peso: 187 kg/km.
(4) Resistência à tração: 212,5 kg.
(5) Alcance: 30 km.
(6) Resistência à CC: 30 ohms por km a 20°C.
(7) Atenuação: 1 dB/krn (seco ou molhado) até 1 KHz.
(8) Capacitância: 0,108 microfarad por km até 1 KHz.
(9) Fabricação: nacional.

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Fig 2-2. Cabo EB 11-C1 5ÍETC.
c. Emprego - O cabo EB 11-FC 5/ETC é utilizado nas áreas de posto de comando (PC) ou
próximo aos centros de construção, como circuitos-tronco de um mesmo centro telefónico.
Apresenta as variantes que se seguem.
(1) Cabo EB 11-CL 5/ETC r ConStituido por $00 m do cabo EB 11 FC 5/ETC, com um conector U-
226 B/G ou EB 11'-KZ 1/ETC em cada extremidade. Quando o comprimento do cabo for de 100
metros, a sua nomenclatura será EB 11 -CL 5B/ETC. O seu similar norte-americano é o cabo EB
11 -(CX-162/G).
(2) Cabo EB 11-CL 5A/ETC - Similar ao cabo norte-americano EB 11- (CX-163/G). É o terminal
dos cabos EB 11-CL 5/ETC e EB 11-CL 5B/ETC, apre-sentando numa extremidade um conector
(U-226 B/G) ou EB 11-KZ VETO e na outra um chicote, permitindo a ligação na régua terminal ou
no equipamento. E fornecido com um comprimento de 15 metros.

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Fig 2-3. Cabo EB 11-CL 5A/ETC.

Cabo EB 11-(WC-534)
a. Descrição - O cabo EB 11 -(WC-534) é um cabo múltiplo de cinco pares decondutores,
similar ao nacional EB 11 -FC 5/ETC, sem conectares nas extre-midades.
b. Características físicas e elétricas
(1) Maior dimensão da seção: 1,27 cm.
(2) Diâmetro de cada condutor Nc-' 19 AWG (0,914 mm).
(3) Peso: 218 kg/km.
(4) Resistência à tração: 212,5 kg.
(5) Alcance: 30 km:
(6) Resistência à CC: 58 ohms/ km.
(7) Atenuação: 1,5 cleikn-i até 1 KHz
(8) Fabricação: norte-americana.
c. Emprego - Nas áreas congestionadas de PC ou próximo aos centros de construção.
Como circuitos-tronco de um mesmo centro telefônico. Apresenta as variantes que se seguem.

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(1) Cabo EB 11-(CC-345) -- Composto do cabo WC-534, com dois co-nectares PI-163 em cada
extremidade e encontrado em diferentes tamanhos de 30 a 800 metros.

Fig 2-4. Cabo EB 11 -(WC-534}.

Fig 2-5. Cabo EB 11-(CC-344).

(2) Cabo EB 11-(CC-344) - Composto de cabo WC-534, com um conec-tor PI-163 numa das
extremidades; a outra apresenta as pontas dos condutores sem isolamento (chicote). É um cabo
tèrminal, com 3,04 m de comprimento, que permite a ligação dos cabos EB 11 -(CC-M.5) e EB 11-
(CC-355) à régua terminal ou aos equipamentos.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................387 /468 )


(3) Cabo EB 11-(CX 162/G) - É idêntico ao cabo EB 11-(CC-345); dife-rente deste, no tipo de
conector (U-226 B/G) em suas extremidades.
(4) Cabo EB 11-(CX 163/G) - É um cabo terminal apresentando, em apenas uma de suas
extremidades, um conector tipo U-226 B/G; a outra, apre-senta as pontas dos condutores sem
isolamento (chicote). E fornecido em com-primento de 3,65 m. Permite a ligação do cabo EB 11-
(CX 162/G) à régua terminal ou equipamentos.

Cabo EB 11-FC 26/ETC


a. Descrição - O cabo EB 11 - FC 26/ETC é um cabo múltiplo de 26 pares de condutores (26
circuitos), sem conectores nas extremidades. Cada condutor é constituído de 6 fios de cobre
estanhado, concentricamente enrolados em torno de um fio de aço galvanizado, e isolado com
polietileno colorido de alta densi-dade. Os condutores isolados são torcidos dois a dois e
montados em três co-roas, formando um núcleo cilíndrico. A coroa central é formada por três
pares de condutores; a intermediária, por 9 pares e a mais externa por 14 pares. Este núceleo
cilíndrico é enfaixado por uma fita de teraftalato de polietileno, sobre a qual é aplicada uma capa
interna de polietileno de 0,35 mm. A segunda capa do nú-cleo é formada por uma malha de fios
de aço galvanizado, cuja finalidade é au-mentar a resistência à tração. A capa externa, aplicada
sobre a malha, é formada por uma camada de 1,2 mm de cloreto de polivinil (PVC) preto.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................388 /468 )


Fig 2-6. Cabo EB 11-FC 26/ETC,

b. Características físicas e elétricas


(1) Diâmetro de cada condutor: nY 32 AWG (0,203 mm).
(2) Peso: 226 kg/km.
(3) Resistência à tração: 360 kg.
(4) Resistência à CC: 220 ohms por km a 200 C.
(5) Atenuação: 1,7 dBikm (seco ou molhado).
(6) Capacitância: 56 nanofarads./km até 1000 Hz.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................389 /468 )


Os condutores são identificados pelo código de cores conforme a tabela.

c. Emprego - O cabo EB 11 -FC 26/ETC é utilizado nas áreas de PC ou pró-ximos a


centros de construção, para interligação de centros telefônicos móveis ou destes a centros
rnultiplexadOres móveis. Apresenta-se com as variantes que se seguem.
(1) Cabo EB 11-CL 6/ETC - É formado por 100 metros do cabo EB 11- FC 26/ETC, com um
conectar U-185 B/G (importado) ou EB 11-KZ 2/E TC (nacional) em cada extremidade.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................390 /468 )


Fio 2-7. Conecto U-185 BIG ou EB 11-K2 2/ETC.

Fig 2-8. Cabo EB 11-CL 6/ETC.


(2) Cabo EB 11-CL 6A/ETC - Constituído de 5 metros rio cabo EB 11- FC 26/ETC com um
conectar U-1.45 B/G ou EB 11-K Z 2/ETC, em uma das extremi-dades, e condutores sem
isolamentó na outra. Permite a conexão do cabo EB 11-CL 6/ETC a réguas terminais ou a painéis
que não disponham de conectares apropriados.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................391 /468 )


Fig 2-9. Cabo EB 11-CL 6A/ETC.

Cabo EB 11 -(WC-535)
a. Descrição - É um cabo múltiplo de 10 pares de condutores (10 circuitos), sem
conectores nas extremidades. Cada condutor é constituído de um fio de co-bre estanhado, isolado
por uma camada de borracha colorida ou na cor natural do latex. Os 10 (dez) pares são torcidos
em torno de um cordão de algodão ou juta, que atua como centro de enchimento do cabo. Utiliza
uma camada de bor-racha sintética como revestimento externo. Os circuitos são identificados com
o seguinte código de cores:
- Circuito 1- vermelho e natural
- Circuito 2 - branco e natural
- Circuito 3 - azul e natural
- Circuito 4 - preto e natural
- Circuito 5 - verde e natural
- Circuito 6 - vermelho e branco
- Circuito 7 - vermelho e verde
- Circuito 8 - azul e branco
- Circuito 9 - preto e verde
- Circuito 10 - verde e branco

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................392 /468 )


b. Características físicas e elétricas
(1) Maior dimensão da secção: 1,78 cm.
(2) Diâmetro de cada condutor: ng 19 AWG (0.,914 milímetro).
(3) Peso: 375 kg/km.
(4) Resistência à tração: 20 kg.
(5) Alcance: 30,2 km.
(6) Resistência à CC: 58 ohms por km a 200 C.
(7) Atenuação: 1 cIB/km (seco ou malhado) até 1 KHz.
c. Emprego - O cabo EB -(1IC-535) é utilizado nas áreas de PC ou na saída do centro de
construcão, como cabo de distribuição em instalações semi-permanentes ou tronco de um centro
telefónico. Apresenta a variante que se se-gue.
-- Cabo EB 11 -(CC-.355) - Composto do cabo WC-535, com dois conectores Pl.-163 em cada
extremidade. A cada conector, sao ligados 5 pares de condutores.

Fig 2-10 Cano EB 11 – (CC355)

Cabo de Longa Distancia EB 11 -KP 30/ERC


a. Descrição - E composto de 400 metros de cabo de longa distância com 4 (quatro)
condutores ("Spiral four") e um conector do tipo universal (U 176/G) em cada extremidade. Os 4
(quatro) coridutores, são de cobre, isolados separa-damente com polietileno e torcidos em espiral
em torno de um núcleo de polie-tileno. Somente um dos pares dos condutores é colorido. O
conjunto formado pelos condutores e o núcleo é revestido por 'uma cinta de polietileno. Esta cinta
é envolvida por uma fita de tecido de Carvão, revestida por uma malha de aço, cuia finalidade é
dar resistência .mecânica ao conjunto. A camada externa é de borracha ou vinil.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................393 /468 )


Fig 2-11. Cabo de Longa Distância EB 11-KP 30/ERC.

b. Características físicas e elétricas


(1) Diâmetro de cada condutor: nº 19 AWG (0,914 mm).
(2) Peso: 120 kg/km.
(3) Resistência à tração: 320 kg.
(4) Resktência à CC: 54, 1 ohms/km, sem bobina de carga; e 57,8 ohms/km, com bobina de
carga.
(5) Atenuação: 0,78 dB/krn até 1 KHz, a 200 C, sem bobina de carga; e 0,45 dB/km até 1 KHz, a
200 C, com bobina de carga nos correctores universais.
(6) Irnpedância: 600 ohms até 1 KHz, sem bobina de carga; e 400 ohms até 1 KHz, com bobina de
carga.
(7.) Capacitãncia: 51,5 microfarads/km, até 1 KHz.
c. Emprego - É utilizado como linha de transmissão no sistema multicanal por cabo e nos
sistemas telefônicos não multiplexados.

Bobinas para Fios


Bobina EB 11-(BOB-201)
a. Descrição - A bobina EB 11-(80B-201), similar à bobina norte-america-na, EB 11-(DR-4),
é um carretel confeccionado em chapa de ferro. E utilizada para acondicionar, transportar, lançar
e recolher os fios de campanha.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................394 /468 )


3-1. Bobina EB 11-(808-201).

b. Características
(1) Peso: 11 kg (vazia) e 35 kg (.corn 1600 m d.e FDT).
(2) Capacidade:
- empregada, normalmente, corn, 1600 metros de fio duplo telefônico E 11 (CAB-207);
- máxima, de 2100 metros de fio duplo telefónico EB 11 -(CAB-207).

Bobina EB 11-(BOB-202)
a. Descrição - A bobina EB 11-.(BÓB-202:), similar à bobina norte-americana EB 11-(DR-
5), é um carretel confeccionado em chapas de ferro. É utilizada no acondicionamento, transporte,
lançamento e recolhimento de fios duplos telefônicos.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................395 /468 )


Fig 3-2. Bobina EB 11 -(80B-202).

b. Características
(1) Peso: 17 kg (vazia) e 65 kg (com 3200 m de FDT).
(2) Diâmetro: 50 cm.
(3) Largura: 45 cm.
(4) Capacidade:
- 3200 metros de FDT EB 11-(CAB-207); e
- 300 metros de cabo de longa distância (CLD).

Bobina ES 11- (BOB-203)


a. Descrição - A bobina ER 11- BOB-203), similar à bobina norte-america-na EB 11 -(DR-
8l, é um carret& de chapa de ferro com dois terminais para teste.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................396 /468 )


Fig 3-3. Bobina EB 11 -(BOB-203).

b, Características
(1) Peso: 1 kg (vazia) e' kg (com 400 metros de FDT).
(2) Diâmetro do liange: 2:3 em.
(3) Largura: 20 cm.
(4) Capacidade: 400 metto,6 de FDT EB 11-(CAB-207).

Bobina EB 11 -(RL-159/U)
a. Descrição - A bobina EB 11 -(RL-159/U) é um carretel confeccionado em chapa de ferro,
com a mesma capacidade da bobina EB 11 -(BOB-201), porém, com um diâmetro externo menor.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................397 /468 )


Fig 3-4. Bobina EB 11 -(R1-159/U).

b. Características:
(1) Peso: 11Kg (vazia) e 35 Kg (com 1600 metros de FDT).
(2) Diâmetro do flange: 50cm
(3) Largura: 18 cm
(4) Capacidade: 1600 m de FDT EB 11- (CAB-207)

Bobinas para Cabos


Bobina EB 11-BOB 5
a. Descrição - A bobina EB 11-BOB 5, similar à bobina norte-americana EB 11-(DIR -15), é
um carretel confeccionado em chapa de ferro, nas mesmas dimensões da bobina EB 11 -(808-
202). Possui um adaptador FT-315, que se destina ao acondicionamento dos conectores dos
cabos de longa distância.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................398 /468 )


Fig 3-5. Bobina EB 11-BOB 5.
b. Características
(1) Peso: 17 kg N./azia) e 67 kg com 400 m de CLD.
(2) Diâmetro: 50 cm.
(3) Largura: 45 cm.
(4) Capacidade: 400 metros de cabo EB 11-KP 30/ETC.

Desenroladeiras

Desenroladeira EB 11 -DES-201)
a. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americana: [E 11 -(RL-27), modelos A e B.
(3) Comprimento: 72,5 cm,
(4) Peso: 2,5 kg, nos modelos EB 11-(RL-27) e EB 11 -(Rt. -27A); e 3,5 kg, no modelo nacional e
no EB 11-(RL-27B).
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................399 /468 )
(5) Capacidade: 1 bobina EB 11-(BOB-201) ou EB 11-(DR -4).
(6) Descrição - Consiste de um eixo de aço, tendo nas extremidades dois punhos serrilhados e
uma manivela. Um dos punhos é amovível para per-mitir a entrada da bobina.

Fig 4-11. Desenroladeira EB 11-(DES-201).

b. Emprego - Utilizada por 2 (dois) homens no lançamento manual de ramais locais, ou de


outros circuitos pequenos, em que as condições do terreno não permitam a utilização de
equipamentos mais eficientes.

Desenroladeira EB 11-(DES-202)
a. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americana: EB 11-(RL -31), modelos A, B e C.
(3) Peso: 16 kg, no modelo EB 11-(RL-31); e 28 kg, no modelo nacional e no EB 11-(R1-31 A, B e
C).
(4) Capacidade: 1 (uma) bobina EB 11 -(BOB-202); 1 (urna) bobina EB 11 -BOB 5; 2 (duas)
bobinas EB 11-(BOB-201); e 2 (duas) bobinas EB 11-(1-11-159/U).
(5) Descrição - E uma armação portátil, consistindo de um eixo de aço sobre montantes. Este
conjunto é sustentado por quatro pernas. Braços trans-versais ligam as pernas duas a duas. Os
dois conjuntos de pernas são ligados por contraventos móveis. O eixo que recebe e sustenta a
bobina, é de secção quadrada em quase todai,a extensão; nas partes de apoio sobre o montante,
apresenta secção cilíndrica. Os montantes alojam o eixo e o fixam por meio de um fecho
articulado. Em duas de suas pernas; urna de cada lado, existem calços oblongos nos pontos de
articulação, para permitir o emprego da desenroladeira como padiola.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................400 /468 )


Fig 4-12. Desenroladeira ER 11- (DE S-202).
b. Emprego - A desenroladeira EB 11-(DES-202) é normalmente instalada em viatura, para
lançamento e recolhimento dos cabos de campanha. Em terre-nos que não permitam o tráfego de
viatura, ela é empregada como padiola ou carrinho desenrolador. Possibilita também a instalação
no solo, para a manu-tenção dos cabos de campanha.
(1) Instalação no solo - As pernas são abertas num ângulo de 600 (em forma de "A") e, em
seguida, travadas. Abrem-se os montantes, agindo nas orelhas existentes sobre os mesmos, e
retira-se o eixo. Após encaixado na bobina, o eixo é novamente colocado nos montantes, que são
fechados.
(2) Instalação no interior de viatura - A desenroladeira é utilizada com a armação aberta, a
exemplo da instalação no solo, montada sobre o estrado da viatura. A fixação da desenrola-deira,
no piso da carroceria da viatura, é realizada por meio dos calços das sapa-tas ou aparafusando-se
as sapatas diretamente na viatura.
(3) Instalação na traseira de viatura - Neste tipo de instalação, empregam-se duas barras com
braçadeiras de fixação, que acompanham a desenroladeira. Cada uma delas é constituída por
uma barra de ferro de 54 cm de comprimento, com suas extremidades em ângulo reto, uma para

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................401 /468 )


cada lado. Em uma dessas extremidades, encaixam-se as sapatas da desenroladeira que possui
na sua extremidade uma braçadeira, também articulada, cuja finalidade é travar as pernas da
desenroladeira.

Fig 4-13. Desenroladeira EB 11-(DES-202) instalada no solo,.

Fig 4-14. DesenroiadeiraE8 11-(DES-202) instailada no interior de viatura.

(4) Instalação como padiola - Para este tipo de utilização; as contraventos são presos aos seus
su-portes e os dois conjuntos de pernas são rebatidos, até que um fique no prolon-gamento do

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................402 /468 )


outro. Esta posição é mantida por meio de dois calços oblongos. As duas correias de transporte
ST--19A (OUST-42), que acompanham a desenrola-deira, são fixadas ás pernas, pela introdução
de seus mosquetões nos orifícios das sapatas.

Fig 4-15. Desenrolacleira EB 11-(DES-202) instalada na traseira de viatura.

(5) Instalação como carrinho desenrolador Com os contraventos presos, as pernas são fechadas,
encostando-se um conjunto sobre o outro. O "carrinho", formado pelo conjunto desenroladeira e
bobina, é conduzido pelas sapatas. Este tipo de instalação só deverá ser utilizada quando não
houver possibilidade de empregar viatura, só existir um elemento disponível para operar a
desenroladeira e, mesmo assim, em terreno pa-vimentado ou liso, para não danificar a bobina.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................403 /468 )


Fig 4-16. Desenroladeira EB 11-(DES-202) utilizada como padiola.

Fig 4-17. Desenroladeira EB 11-(DES-202) utilizada corno carrinho desenrolador.


Desenroladeira EB 11-(DES-205)
a. Características
(1) Fabricação: nacional,
(2) Similar norte-americana: EB 11-(RL-39),
(3) Peso: 1,3 kg (com correias de transporte).
(4) Capacidade: 1 (uma) bobina EB .11 - (BOB -203).
(5) Descrição -- E um equipamento metálico portátil, destinado ao lan-çamento ou recolhimento
manual de fios duplos telefónicos leves. É constituído dos elementos que se seguem.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................404 /468 )


(a) Dois montantes - Alojam o eixo e suportam as duas alças em forma de 'U".
(b) 2ia..ci EB 11-(RL-39) - É um eixo de aço de 29,7 cm de compri-mento, destinado a suportar a
bobina. Em um de seus extremos, encontra-se uma manivela constituída de um braço e um
punho. Na outra, um contrapino, que permite a retirada e a fixação do eixo nos montantes. No
lado interno do braço da manive'.a há um contraoino sobressalente.
(c) Alças em "U" Em número de duas e solidárias aos montantes; urna delas possui um punho. No
lançamento, as duas são utilizadas para trans-porte de bobina. No recolhimento, são utilizadas
para fixação das correias de transporte ST-34 e ST-35, • •
(d) Correia ST-34 - Possui 2 (dos) mosquetões que são presos nos seus alojamentos. Durante o
recolhimento, a correra deve ser passada pela cin-tura do homem, para evitar que a bobina fique
balançando.
(e) Correia ST-35 - É presa, por meio de seus mosquetões, aos alo-jamentos existentes na alça
com punho. Possui duas derivações menores, também com mosquetões, que se engrazam nos
mesmos alojamentos dos mos-quetões da correia ST-34 (alça sem punho). No recolhimento, ela é
passada por trás do pescoço do construtor, fazendo com que o peso da bobina se distribua pelos
ombros.
(f) Correia ST-33 - Ajustável, permite durante o lançamento, o transporte de um telefone,
sustentado no pescoço do construtor, possibilitando a ligação com o ponto inicial do circuito,
b. Emprego
(1) A desenroiadeira EB,11-(DES -205) é muito empregada em circuitos locais, em
circuitos curtos através de vegetação densa e na zona próxima do inimigo. Pode ser empregada
por um homem rastejando, pois à medida que a bobina rola no terreno, o cabo vai sendo
desenrolado.
(2) O conjunto formado pela desenroladeira EB 11-(DES-205), as correias de transporte,
uma bobina EB 11-1805-203) e um telefone EB 11-AF 1/ETC, constitui o Equipamento Telefónico
cie Emergência EB 11-ETC 100.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................405 /468 )


Fig 4-18. Desenroladeira EB 11-(DES-205).

Fig 4-19. Equipamento Telefónico de Emergéncia EB 11-ETC 100.

Desenroladeira EB 11-DZ 3 B/E


a. Características
(1) Fabricação nacional.
(2) Similar norte-americana: EB 11-(RL-26).
(3) Peso: 200 kg
(4) Altura: 0,90 m.
(5) Largura: 0,88 m.
(6) Profundidade: 1,18 m.
(7) Capacidade: 4 Bobinas EB 11 -(BOB-201) ou 2 Bobinas EB 11 -(BOB-202).
(8) Velocidade de recolhimento: 8 km/h
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................406 /468 )
(9) Transmissão - Por corrente do eixo primário ao eixo suporte das bobinas.
(10) Embreagem - De fricção, independente para cada eixo das bobinas; acionamento manual,
quando se deseja transmitir potência aos eixos.
(11) Motor
(a) Fabricação: nacional.
(b) Modelo: Montgomery M -137-F2.
(c) Ciclos: 4 (quatro).
(d) Cilindros: 1 (um).
(e) Cilindrada: 136 crn3.
(f) Capacidade do tanque de gasolina: 3 litros.
(g) Lubrificação: óleo SAE 20 a 40, por respingos.
(h) Arrefecimento: ar.
(i) Filtro de ar: por banho de óleo.
(j) Ignição: magneto.
(1) Partida: manual.
(m) Parada: interruptor.
(n) Potência: 3,5 CV.
(o) Vela de ignição. 14 mm, tipo quente.
(12) Descrição - É um equipamento acionado a motor, capaz de lançar e recolher,
simultaneamente, até 4 circuitos do fio duplo telefônico EB 11 - (CAB-207), ou similar. O motor é
instalado na base da armação. A alavanca do acelerador e o dispositivo de parada do motor
encontram-se na parte traseira da armação, o que, alem de facilitar sua utilização, ainda protege o
operador. A potência do motor é suficiente para ó acionamento dos dois eixos-suportes das
bobinas, por meio de embreagem de fricção, comandada por manivela. 0 motor dispõe, também,
de um pedal para partida. Acompanha a equipamento um logo de luvas-guia, que serve corno,
caiço' quando são usadas duas bobinas EB 11- (BOB-201) num mesmo eixo. Presa'à armação,
existe urna alavanca-guia de ali-nhamento, para distribuição uniforme do fio das bobinas. Um freio
manual, do-tado de lonas, permite o contrdle da velocidade das bobinas e sua frenagem. Além
deste freio, há um dispositivo de frenagem extra, cuja finalidade é manter constante a tensão do
cabo .na .rebotiinagem. Uma caixa, presa à armação, contém as ferramentas, acessório e
sobressalentes necessários ao emprego da desenroladeira e à manuteneão pelo operãdor. Uma
cobertura de lona proteje o conjunto. Uma manivela perrhite o acionamento manual de cada eixo-
suporte das bobinas, no caso da falha do motor.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................407 /468 )


Fig 4-20. Desenroladeira EB 11-DZ 3 B/E.
b. Emprego - Empregada normalmente sobre o piso da carrocería de viatura de 2 1/2 ton,
no lançamento e recolhimento de cabos de campanha. Pode também ser instalada em viaturas de
3/4 ton, porém, será impossível a retirada do eixo inferior após o equipamento instalado. Pode,
ainda, ser utilizada sobre o solo, na manutenção dos cabos de campanha.

Telefones de Campanha
Telefone EB 11- (TLF-201)
a. Descrição — Confeccionado em ebonite, na cor preta. Contém no seu in-terior,
cápsulas magnéticas de recepção e transmissão ligadas em paralelo. O combinado está ligado a
um cabo com garras.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................408 /468 )


Fig 5-1. Telefone EB 11-(TLF-201).

b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americano: EB 11-(TS-10).
(3) Tipo de Operação: sistema de bateria local (BL), não podendo ser utilizado em sistemas que
utilizam magneto como órgão de chamada.
(4) Tipo: portátil.
(5) Fonte de alimentação: voz do operador.
(6) Faixa de freqüência: 300 a 3000 Hz.
(7) Alcance: 8 km.
c. Emprego - Pequenos escalões de combate, principalmente nas seguin-tes ligações:
postos de vigilância, grupo-pelotão, postos de segurança dos PC de unidade, e nas verificações
de linha.
d. Testes de Verificação
(1) Teste Operacional do circuito de conversação
(a) Com as garras terminais abertas, soprar no microfone; deve-se ouvir um ruído correspondente
no fone.
(b) Com as garras terminais em curto, soprar no microfone; nada deve ser ouvido no fone.
(2) Operação
(a) Ligar as garras terminais aos condutores do cabo telefônico.
(b) Segurar o combinado, falar no microfone e ouvir no fone.

Telefone EB 11-Af 1/ETC


a. Descrição - É um telefone acondicionado em urna caixa de duralumínio, à prova d'água.
Contém no seu interior as cápsulas magnéticas do fone e micro-fone. Externamente possui um
botão de controle cio volume da cigarra, localiza-do na parte inferior. Na parte central, apresenta
um indicador visual. A tecla do combinado e a alavanca do magneto estão situadas nas laterais. O
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................409 /468 )
combinado é ligado a um cordão espiralado que possui Lima tomada com 2 (dois) bornes,
destinada à ligação do telefone à linha.

Fig 5-2. Telefona EB 11-AF 1/ETC.


b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americano. EB '11-(TA 1/PT).
(3) Tipo de operação: sistemas BL.
(4) Tipo: Portátil.
(5 Órgão de chamada: magneto.
(6) Órgãos de anunciação: cigarra e indicador visual.
(7) Fonte de alimentação: voz do operador.
(8) Faixa de freqüência: 300 a 4000 Hz.
(9) Alcance: 6 km.
c. Emprego - Em pequenos escalões de combate e nas verificações de linha.
d. Testes de Verificação
(1) Teste Operacional
(a) Circuito de conversação com os bornes "L1" e "L2" abertos.
- Apertar a tecla do combinado.
- Soprar no microfone.
- Ouvir o ruído correspondente no fone.
(b) Circuito de conversação com os bornes "L1" e "L2" em curto
- Apertar a tecla do combinado.
- Soprar no microfone.
- Nada deve ser ouvido no fone.
(c) Circuito de anunciação e chamada

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................410 /468 )


- Ligar o telefone EB .11-AF 1/ETC a um telefone com órgão de chamada (telefone auxiliar).
- Colocar o contróté "Silenciador" do telefone EB 11-AF 1/ETC na posição intermediária.
- Girar o magneto do telefone auxiliar: o anunciador visual do telefone EB 11-AF 1/ETC mudará
para branco e a cigarra soará.
- Apertar a alavanca do magneto do telefone EB 11-AF 1/ETC: deverá soara campainha do
telefone auxiliar.
(2) Operação
(a) Ligar o cabo de campanha ao5 bornes "L1" e "L2" do telefone.
(b) Colocar a chave controle de volume da cigarra na posição inter-
mediária.
(c) Se o indicador v:sual estiver na posição branca, apertar a tecla do combinado para que o
mesmo volte à posição normal.
(d) Para chamar: comprfrnir e soltar a alavanca do magneto.
(e) Para transmitir: comprii-niro,tecia do combinado.
(f) Para melhor receber: sóltar a .tecia do combinado.
(g) Anunciador visual.
- Branco: indica que o sinal de chamada foi recebido.
- Preto: posição de repouso.

Telefone. EB 11-(TLF-202)
a. Descrição
(1) Estojo De couro, tona ou vulcourà, 'com alça para transporte e instalação em suportes.
(2) Combinadd De ebonite, na Cor preta, contendo:
(a) internamente - cápsulas do fohe e microfone;
(b) externamente - tecla do combinado e cabo de ligação com 3 (três) fios,
(3) Corpo Dividido em 3 (três) partes: tampa, Chassi e órgãos.
(a) Tampa (ou bloco de terminais), incluindo:
- gancho interruptor;
- parafuso interruptor ("BC – BL)
- botão de teste da campainha;
- terminais para o cabo de ligação do combinado ("+ B, F e C"):
- terminal para bateria externa ("-B"), e
- terminais de linha ("LI" e "L2").
(b) Chassi (parte externa):
- alavanca do magneto;
- alojamento das baterias, e

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................411 /468 )


- tomada para fone de cabeça.
(c) Órgãos (interior do chassi):
- campainha;
- magneto;
- transformador;
- bobina de retenção;
- resistores;
- capacitores, e
- chicote do corpo.

Fig 5-3. Telefone EB 11-(TLF-202).

b. Características
(1) Modelos: B, C e E.
(2) Fabricação: nacional.
(3) Similar norte-americano: EB 11-(E E-8).
(4) Tipo de operação: sistemas de bateria local (BL) e de bateria central de sinalização (BCS).
(5) Tipo: portátil.
(6) Órgão de chamada: gerador manual (magneto).
(7) Órgão de anunciação: campainha.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................412 /468 )
(8) Fonte de alimentação: 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) em série, ou fonte externa de 3 VCC
ligada aos terminais "+ B" e "-B".
(9) Faixa de freqüência: 300 a 3000 H?.
(10) Alcance: 25 km.
c. Emprego - Para ligações nos escalões pelotão/seção, subunidade, uni-dade e brigada.
d. Testes de Verificação
(1) Teste Operacional
(a) Circuito de chamada
-Colocar os terminais "Li" e "12' em curto.
- Girar parafuso interruptor para BL.
- Comprimir o botão de teste da campainha.
- Girar a manivela do magneto: a. campainha deverá soar.
OBSERVAÇÃO - No telefone modo EB 11-(TLF-202/E), girar o parafuso interruptor para "BC",
sem coiocár os terminais "L1" e "L2" em curto.
(b) Circuito de conversação
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11 -(BA-30) no alojamento (terminais positivos para cima).
- Colocar o fone no ouvido.,
- Apertar a tecia do microfone;
- Soprar no microfone.
- Ouvir o ruído correspe,ndente no tone.
(2) Operação
(a) Sistema de bateria local (BL) "
- Girar o p•rahiSointerruptor para BI.
- Colocar 2 (duas l baterias EB 11-(BA 30) no alojamento, ou uti-lizar uma fonte externa de 3 VCC.
- Conectar o fio duplo telefónico nos terminais "L1" e "L2".
- Pará chamar. girar a manivela do magneto.
- Para irannitiri apertar a tecla.,
- Para receber:s&tar a tecla.
(b) Sistema de bateria central de sinalização (BCS) - Girar o parafuso interruptor para BCS.
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30} no aloiamento, ou utilizar uma fonte externa de 3 .VCC.
- Conectar o FDT nos terminais "1.1" e "L2".
-.Para chamar: retirar.o combinado do gancho.
- Para transmitir, apertar a.tecla do. combinado.
-Para receber: soltar a tecla. - Após a operação: colocar o combinado no gancho.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................413 /468 )


Telefone EB 11-AF 2/ETC
a. Descrição - É um equipamento leve, robusto, à prova d'água, projetado para uso em
campanha, para circuito a dois fios, em ligações ponto a ponto, composto na forma descrita a
seguir.
(1) Combinado - De baquelite moldado na cor verde oliva fosco, contendo microfone, fone, chave
de comutação (tecla), e cordão espiralado com quatro condutores.
(2) Caixa - De alumínio injetado na cor verde oliva, constituída das partes que se seguem.
(a) No painel:
- suporte do combinado;
- bornes de linha;
- controle de volume;
- chave seletora "AP - BP - TST";
- alojamento das baterias, e
- terminais de ligação de fonte de alimentação externa "BAT EXT".
(b) Na lateral:
- manivela do mag neto, e
- controle do volume da cigarra.
(3) Estojo De lona, com bandoleira para transporte ou fixação em árvore, poste
ou estaca.

Fig 5-4. Telefone EB 11-AF 2/ETC.


b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Tipo de operação: BL.
(3) Tipo: portátil.
(4) Órgão de chamada: magneto.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................414 /468 )
(5) Órgão de anunciação: cigarra.
(6) Fonte de alimentação do amplificador: 5 (cinco) baterias EB 11-(BA-42) ou fonte externa de 6
a 7,5 VCC, ligada aos terminais (+) e (-) "BAT E XT".
(7) Alcance: função das condições do cabo de campanha. Com o fio du-plo telefônico EB 11-
(CAB-207), permite conversação e chamada até 40 km.
c. Emprego - Escalão subunidade e superiores, quando houver necessida-de de ligações
telefónicas à distâncias maiores que as comumente atingidas pe-los telefones normais de
campanha.
d. Testes de Verificação
(1) Testes operacionais
(a) Circuito de chamada
- Colocar a chave "AP-BP-TST" na posição teste ("TST").
- Colocar o silenciador todo para a esquerda.
- Girar o magneto: a cigarra deverá soar.
(b) Circuito de conversação
- Colocar 5 (cinco) baterias EB 11-(BA-42), observando a polari-dade correta (Fig 5-5).
- Colocar a chave "AP-BP-TST" na posição "AP" (alta potência) ou "BP" (baixa potência).
- Apertar a tecla do combinado. - Soprar no microfone: deve-se ouvir um chiado no fone.
(2) Operação
(a) Colocar a chave "AP-BP-TST" na posição adequada:
- "BP", para distâncias até 15 km;
- "AP", para distâncias maiores que 15 km.
(b) Colocar o controle de volume de recepção em posição intermediária.
(c) Colocar o silenciador da cigarra em posição intermediária.
(d) Girar o magneto para chamar.
(e) Apertar a tecla para falar.
(f) Soltar a tecla para ouvir.

Telefone EB 11-AF 3/ETC


a. Descrição - É um equipamento leve, robusto, à prova d'água, projetado para uso em
campanha, para circuito a dois fios, em ligações ponto a ponto, composto na forma descrita a
seguir.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................415 /468 )


Fig 5-5. Instalação das baterias no Telefone EB 11-AF 2/ETC.

(1) Combinado - De baquelite moldado na cor verde oliva fosco, contendo microfone, fone, chave
de comutação (tecla) e cordão espiraiado com três condutores.
(2) Caixa De alumínio injetado na cor verde oliva, constituído das partes que se seguem.
(a) No painel:
- alojamento do combinadó com gancho interruptor;
- bornes de linha;
- botão de teste;
- chave seletora "BC - MG";,
- alojamento das baterias, e
- terminais de ligação de .fonte de alimentação externa - "BAT
(b) Na lateral:
- controle de volume da cigarra, e
- manivela do magnete.
(3) Estojo De lona, com. bandoleira para transporte ou fixação em árvore, poste ou estaca.
b. Características:
(1) Fabricação: nacional,
(2) Tipo de operação: S;stemas BL e BCS.
(3) Tipo de equipamento: portátil.
(4) Órgão de chamada: magneto.
(5) Órgão de anunciação: campainha,
(6) Fonte de alimentação: 2 (duas) baterias EB 11 -(BA-30), ou fonte externa de 3 VCC.
(7) Alcance aproximado: .20 km.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................416 /468 )
c. Emprego - No escalão pelotão e superiores.
d. Testes de Verificação
(1) Testes operacionais
(a) Circuito de chamada e anunciação
- Colocar a chave "BC-MG" na posição "BC".
- Apertar o botão de teste.
- Girar simultaneamente o magneto: deverá soar a cigarra, indicando que o circuito de chamada
(magneto) e de anunciação (cigarra) estão em condições de utilização.
(b) Circuito de conversação
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) no alojamento das baterias.
- Retirar o combinado do suporte.
- Apertar a tecla do combinado.
- Soprar no microfone: deve-se ouvir o ruído correspondente no
(2) Operação
(a) Sistema BL
- Conectar o cabo de campanha nos bornes "1.1" e "L2".
- Colocar as baterias no alojamento, observando a polaridade.
- Girar a chave seletora "BC-MG" para "MG".
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição
intermediária.
- Para chamar: girar a manivela do magneto.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.
(b) Sistema BCS
- Conectar.° cabo de campanha nos bornes "1.1" e "L2".
- Colocar as baterias no alojamento, observando a polaridade.
- Girar a chave seletora "BC-MG" para "BC".
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição intermediária.
- Conservar o combinado no gancho, quando não estiver usando o equipamento.
- Para chamar: retirar o combinado do gancho.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................417 /468 )


Fig 5-6. Telefone EB 11-AF 3/ETC.

TelefoneEB 11-(TA-3121PT)
a. Descrição
(1) Estojo De lona VO, com uma alça presa por mosquetões aos anéis existen-tes nos lados do
estojo. Uma presilha prende-o ao painel e à caixa do telefone.
(2) Corpo à prova d'água, divide-se em painel e caixa.
(a) Constituem o painel:
- 2 (dois) terminais de linha;
- alojamento do combinado com gancho interruptor;
- tomada para combinado de cabeça;
- 2 (dois) terminais de bateria externa;
- alojamento das baterias;
- chave "EXT - INT" (chave seletora do tipo de combinado);
- parafuso interruptõ.r "CB-LB-BCS";
- controlador de volume da cigarra "LOW-LOUD", e
- placa de inscrição.
(b) A caixa apresenta:
- internamente, cigarra e magneto, e
- externamente, alavanca do magneto na parte lateral.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................418 /468 )


(3) Combinado - De plástico, na cor verde-oliva, contendo internamente, uma cápsula a carvão
(microfone) e urna magnética (fone) e, externamente, a tecla do combi-nado e um cabo
espiralado. As tampas são vedadas para torná-lo à prova d'á-gua.

Fig 5-7. Telefone EB11-(TA-312iPT).

b. Características
(1) Fabricação: norte-americana.
(2) Tipo de operação: sistemas BC, BL e BCS.
(3) Tipo de equipamento: portátil.
(4) Órgãos de chamada
(a) Magneto: para operação em sistema BL.
(b) Gancho: para operação em sistemas BC e BCS.
(5) Órgão de anunciação: cigarra (regulável).
(6) Fonte de alimentação: 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30), ou fonte ex-terna de 3 VCC ligada aos
terminais (+) e (-) "EXT BAT".
(7) Alcance: 3M km com FDT (seco), e 22,4 km (molhado).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................419 /468 )


Fig 5-8. Telefone EB 11 -(TA-312/PT) com combinado de cabeça.

c. Emprego - Em todos os escalões, como telefone de mesa ou parede, e com


equipamentos de controle remoto para operar conjuntos-rádio.
d. Testes de Verificação
(1) Testes operacionais
(a) Circuito de chamada e anunciação
- Ligar os terminais de linha do telefone EB 11 -(TA-312/PT) a outro telefone com órgão de
chamada já testado (telefone auxiliar).
- Colocar a chave de controle de VOIUME da cigarra ("LOW-LOUD") na posição central. - Girar o
magneto do telefone auxiliar deverá soar a cigarra do telefone EB 11-(TA-312iPT).
- Girar o magneto do telefone EB 11-(TA-312/PT): deverá soar a cigarra (campainha) do telefone
auxiliar.
(b) Circuito de conversação
- Colocar o parafuso interruptor na posição "LB" ou "BCS".
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) no seu alojamento, observando a polaridade.
- Selecionar a chave "EXT-INT" para o tipo de combinado a ser utilizado; posição "INT". para usar
combinado de mão, e "EXT", no caso do combinado de cabeça (Fig 5-8).
- 'Apertar a tecla do combinado e, simultaneamente, soprar no microfone: deve-se ouvir o ruído
correspondente no fone.
(2) Operação (a) Sistema BL
- Conectar a linha aos bornes "L1" e "L2".

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................420 /468 )


- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) no alojamento, observando a polaridade, ou ligar urna
fonte externa de 3 VCC.
- Girar o parafuso interruptor para "LB".
- Operar a chave "INT-EXT" para o tipo de combinado desejado.
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição central.
- Para chamar: girar a manivela do magneto.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.
(b) Sistema BCS
- Conectar o cabo de campanha aos bornes "L1" e "L2". - Colocar 2 (duas) baterias E/3 11-(BA-
30) no seu alojamento, observando a polaridade, ou ligar uma fonte externa de 3 VCC nos
terminais "BAT" (+) e (-) do painel.
- Girar o parafuso interruptor para "BCS".
- Operar a chave "INT-E XT- para a posição "INT".
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição
- Conservar o combinado no gancho, quando não estiver usando o equipamento.
- Para chamar: retirar o combinado do gancho.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.
(c) Sistema em bateria central (BC)
- Retirar as baterias EB 11-(BA-30) do alojamento ou desligar a fonte externa de 3 VCC.
- Girar o parafuso interruptor para "BC".
- Operar a chave "INT-EXT" para a posição "INT".
- Operar a chave de controle de volume da cigarra para a posição central.
- Conectar o cabo de campanha aos bornes "L1" e L2".
- Conservar o combinado no gancho, quando não estiver usando o equipamento.
- Para chamar: retirar o combinado do gancho.
- NÃO APERTAR a tecla do combinado, para transmitir ou receber.

Centrais Telefónicas de Campanha

Central Telefônica EB 11-(SB-993/GT)


a. Descrição - É um equipamento compacto, leve e de fácil operação, utilizado como
central de emergência em sistema telefônico manual de bateria local. Necessita de um telefone de
bateria local para o operador.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................421 /468 )


A central é constituída das partes que se seguem. ;
(1) Bolsa - De lona VO, protege e transporta o estojo. Possui, na parte poste-rior, duas alças de
lona e um gancho de Metal para prendê-la no cinto NA.
(2) Estojo - É utilizado no transporte e operação dos 7 (sete) conectores-adapta-dores EB 11 -(U-
184/GT).
Internamente, o fundo do estojo é forrado com borracha esponjosa, cuja finalidade é
acondicionar os conectares durante o transporte. Para ope-ração, os conectores são fixados nos
jaques isolados eletricamente. A tampa, internamente, apresenta urna régua com sete caracteres
impressos em baixo rele-vo e fosforescentes. Durante a operação, a tampa permanece aberta
através de dois fixadores de metal.

Fig 5-9. Central Telefônica EB 11-(SB-993/GT).

(3) Conectores-Adaptador EB 11-(U-184/GT) - É uma combinação de pega e ¡adue, montada em


um corpo de matéria plástica transparente. Uma resistência de 50.000 ohms e uma lâmpada neon
estão conectadas em um circuito série-paralelo, no interior da pega. No centro do corpo há dois
orifícios circulares onde são fixados os terminais de li-nha. Na parte inferior, uma placa permite a
identificação do assinante.
b. Características
(1) Fabricação: norte-americana.
(2) Tipo de operação: sistema de bateria local.
(3) Tipo: portátil.
(4) Capacidade: 6 (seis) assinantes.
(5) Sistema de chamada: não possui; utiliza-se do órgão de chamada do telefone do operador,
(6) Sistema de anunciação: visual - lâmpada neon.
(7) Fonte de alimentação: não possui.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................422 /468 )
(8) Alcance: o do telefone do operador.
(9) Peso: 940 g e 1080 g, com a bolsa.
c. Emprego - Operações anfíbias e aeroterrestres, nos escalões pe-lotão/seção e
subunidade. Empregada, também, como central de emergência no escalão unidade.
d. Instruções condensadas de operação
(1) Teste de Verificação.
(a) Ligar os terminais -1.1" e "L2- de um telefone de campanha com órgão de chamada a 1,20 m
de FDT.
(b) Introduzir as pontas da outra extremidade do FDT nos orifícios circulares do conector-
adaptador, pelo lado da placa de identificação.
(c) Atarrachar as pegas.
(d) I ntroduzr as pegas do conecto -adaptador no jaque do conector que será testado.
(e) Girar o la-gneto do telefone, As duas lâmpadas neon dos conectores adaptadores deverão
acender,
(f) Repetir o teste com os demais conectores-adaptadores.
(g) Separar os conectores-adaptadores cujas lâmpadas não acenderam.

(2) Instalação.
(a) Ligar os terminais do FDT dos assinantes aos conectores-adap-tadores EB 11-(U-184/GT),
pelo lado onde há placa de identificação.
(b) Deixar uma folga suficiente, para fazer uma alça de escoamento e permitir o livre movimento
do conector.
(c) Identificar os conectores com algarismos romanos de 1 a VI.
(d) Introduzir cada corector-adaptador no jaque correspondente do estojo e o conector do
operador no jaque marcado "TEU.
(3) Operação
(a) Assinante chamando a central.
- O assinante gírarif magneto do telefone de campanha.
- A lâmpada non do conector correspondente ao assinante acenderá.
- O operador da central introduzirá a pega do conector de servi-ço no jaque do coneetor do
asinante chamador.
- O operador verificará com quem o assinante deseja ligar-se.
(b) Procedimento do operador da central para completar a ligação.
- Introduzir a pega do conjunto (formado com os conectores adaptadores,do assinante:charnador
e serviço), no jaque do assinante chamado.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................423 /468 )


- Enviar o sinal cle.ciaarnada, girando o magneto do telefone do operador.
- Aguardar o inicio da conversação. - Retirar o conector-adaptador de serviço do conjunto de
conectores e introduzi-lo no jaque marcado "TEL".
(c) Fim de conversação
- O assinante charnador enviará sinal de fim-de-conversação, girando o magneto.
- As lâmpadás neon dos conectores acenderão.
- O operador da central introduzirá a pega do conector de serviço no jaque do conjunto dos
conectores.
- Ao final da conversação, o operador deverá desfazer as ligações e introduzir os Conectores
adaptadores nos respectivos jaques.

Central Telefônica EB 11-0C 1/ETC


a. Descrição - É urna central leve, portátil, e de bom grau de rusticidade. Quando fechada
e trancada, torna-se à prova d'água. E constituída das partes que se seguem.
(1) Tampa da caixa, apresentando:
(a) em uma das .faces, uma Placa de cor amarela, que permite ao operador confeccionar o
diagrama do tráfego telefônico;
(b) nas laterais; pinos de fixação da tampa à caixa;
(c) na parte frontal, um a tira de lona, utilizada no transporte da central;
(d) no interior, tiras para acondicionar o conjunto telefônico de cabeça.
(2) Caixa (Estojo da Central), apresentando:
(a) na parte frontal, á unidade do operador e os 12 painéis das unidades de linha;
(b) na parte traseira .exterior, uma tampa que, na sua face interna, possui a identificação dos
bornes da central;
(c) na parte traseira interior, os 18 bornes de terminais e as molas de contato que fixam a caixa de
baterias.
(3) Unidade do operador:
É a parte inclusa na caixa da central, ficando à vista apenas o seu painel frontal que apresenta a
alavanca do gerador manual de chamada, o cordão do operador, o jaque do operador, a chave do
alarme noturno e ilumi-nação, o conector do conjunto-telefônico de cabeça, a chave de chamada e
a chave de três posições ("VIS-DES-AUD").
(4) Unidade de linha:
É a parte inclusa na caixa da centrai, ficando à vista apenas o seu painel, que apresenta o
indicador visual de chamada, jaque de linha, a pega do cordão de linha e a faixa designativa do
assinante,
(5) Conjunto-Telefônico de Cabeça EB 11-CJ 101ERC

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................424 /468 )


É constituído de um suporte de cabeça., um fone, um microfone e uma chave "TRANS REC". É
utilizado, na conversação, pelo operador da central.
b. Caracterfsticas
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americana: EB 11-(SB-22/PT).
(3) Tipo de operação: sistema de bateria local.
(4) Tipo: portátil.
(5) Tipo de circuito de cordas: monocorda.
(6) Capacidade: 12 assinantes. Quando associada a outra central do mesmo tipo, o conjunto
possibilita a ligação de 29 assinantes.
(7) Sistema de chamada: manual (magneto).
(8) Sistema de anunciação: audível (cigarra) e visual (tipo bola).
(9) Fonte de alimentação: duas baterias EB 11-(BA-30) em série, para o circuito do conjunto-
telefônico de cabeça; duas baterias EB 11-(BA-30) em série, para o circuito de iluminação e
alarme noturno.
(10) Faixa de seqüência; 300 a 3000 Hz.

Fig 5-10. Central Telefônica EB 11-QC 1/ETC.


c. Emprego - Nos escalões subunidade, unidade e brigada. d. Instruções condensadas de
operação

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................425 /468 )


(1) Teste de Verificação
(a) Circuito de linha e do telefone do operador
- Ligar um telefone com circuito de chamada aos terminais de uma unidade de linha.
-. Girar o magneto do telefone de campanha. O anunciador vi-sual tipo bola deverá ficar branco.
- Introduzir a pega do operador no jaque correspondente. O anunciador mudará para a cor preta.
- Estabelecer a conversação.
- Repetir o teste em todas as unidades da linha.
(b) Circuito de chamada de retorno
- Introduzir a pega do operador no ¡aque da unidade de linha em que está instalado o telefone de
campanha.
- Girar o magneto; a campanha do telefone não soará.
- Pressionar a chave "CHAMAR DE VOLTA - TOQUE EXT LI-GADO" na posição "CHAMAR DE
VOLTA" e, simultaneamente, girar o magne-to; a campainha do telefone deverá soar.
(c) Circuito de chamada
- Introduzir a pega do operador em qualquer jaque de uma unidade de tinha.
- introduzir a pega da unidade escolhida no jaque da unidade de linha em que está ligado o
telefone de campanha.
- Girar o magneto; deverá soar a campainha do telefone.
(d) Circuito de alarme noturno
- Girar o magheto de Um telefone de campanha ligado à central.
- Com a chave "VIS-DÉS-AUD", na posição "VIS", a lâmpada de alarme noturno deverá acender.
Introduzir a pega do operador no jaque em que o anunciador visual estiver branco. O anunciador
mudará para preto e a lâmpada apagará.
- Coma chave "VIS-ICES-AUD", na posição "AUD", a cigarra deverá soar. Introduzir a pega do
operador no jaque em que o anunciador visual estiver branco. O anunciador mudará para preto e
a cigarra deixará de soar.
(2) Instalação
(a) Da central telefónica
- Colocar a central sobre uma superfície plana.
- Soltar os fechos de ambos os lados da caixa e remover a tempa.
- Retirar o conjunto-telefônico de cabeça EB 11-CJ 10/ERC de seu alojamento na tampa.
- Colocar a tampa sobre a central e fixá-la com os fechos da cai-xa, com a parte amarela voltada
ao operador da central.
- Introduzir o conector do conjunto-telefônico de cabeça no seu receptáculo da unidade do
operador.
- Introduzir a pega do cordão do operador no jaque do opera-dor.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................426 /468 )


- instalar a estaca terra (terminal "TERRA").
(b) Das baterias - Abrir a tampa traseira da central e remover a caixa de baterias.
- Desaparafusar as tampas da caixa de baterias.
- Colocar duas baterias EB 11-(BA-30), em cada lado da caixa, com o polo positivo voltado para o
lado aberto da caixa de baterias.
- Recolocar as tampas, sem apertá-las em demasia.
- Recolocar a caixa de baterias na central, evitando danificar as molas de contato.
(3) Operação
(a) Procedimentos operacionais preliminares
- Colocar na cabeça, o conjunto-telefônico de cabeça EB-11-CJ 1O/ERC e ligá-lo à central.
- Prender a chave "TRANS-REC" à blusa de instrução,
- Operar a chave de alarme noturno "VIS-DES-AUD" na po-sição que irá fornecer o melhor
rendimento de trabalho.
- Introduzir a pega do operador no jaque do operador. Operar a chave '`TRANS-REC" e prendê-la
na posição para tetefone.
(b) Assinante chamando a central
- O assinante girará o rnagneto do telefone de campanha.
- O anunciador visual tipo bola (da unidade de linha correspon-dente ao assinante chamador)
girará de "preto" para "branco" e tocará a cigarra ou acenderá a lâmpada, caso o alarme noturno
esteja ligado.
- O operador da central introduzirá a pega do operador no jaque do assinante chamador.
- O anunciador visual girará para preto e a cigarra ou lâmpada é desacionada.
- O operador verificará com quem o assinante chamador deseja ligar-se.
(c) Procedimento do operador da central para completar a ligação
- Introduzir a pega do assinante chamador no jaque do assinante chamado.
- Enviar o sinal de chamada, girando o magneto da unidade do operador.
- Aguardar o início da conversação.
- Retirar a peça do operador do jaque do assinante chamador e introduzí-la no jaque do operador.
(d) Fim de conversação
- O assinante chamador enviará o sinal de término de conversação, girando o magneto do seu
telefone de campanha.
- O anunciador visual (da unidade de linha do assinante chamador) mudará para branco e tocará a
cigarra ou acenderá a lâmpada, caso o alarme noturno esteja ligado. - Introduzir a pega do
operador no jaque do assinante chamador.
- O anunciador visual mudará para preto e a cigarra ou a lâmpada é desacionada.
- Desfazer as ligações.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................427 /468 )


- Introduzir a pega do operador no seu jaque.

Central Telefônica Automática EB 11-ETC 400


a. Descrição - A central telefônica EB 11 -ETC 400 é uma central privada de comutação
telefônica temporal, controlada por um computador, que utiliza em seu processamento um
controle de programa armazenado (CPA), permitindo estabelecer ligações automáticas ou semi-
automáticas. A central é constituída basicamente pelos elementos que se seguem.
(1) Gabinete EB 11-MY 14/ETC - Consiste de uma caixa metálica, com tampas traseira e frontal
removíveis, provida de alças na sua parte superior, para facilitar o transporte. Possui,
internamente, toda a cabeação da central, suporte com amortecedores para fixação do sub-
bastidor, caixas de proteção (fusíveis) e, externamente, em sua lateral esquerda, um painel com
todos os conectores ne-cessários à sua operação.
(2) Sub-Bastidor EB 11-MY 15/ETC - Encontra-se fixado internamente no gabinete ES 11-MY 14/-
Te. Destina-se a alojar as unidades moduladoras e a fonte de alimentação.
(3) Unidade do Operabor 11 -0P 3/E-IC - É de construção metálica e contém os circuitos de
controle dc, operador, teclado, indicadores, cabo de inter-conexão, combinado e duas lateras para
o descanso do mesmo.
(4) Unidades modulares São constituídas de caixas metálicas, providas de conectores, que alojam
os circuítos eletrônicos correspondentes, mostrados em placas impressas.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................428 /468 )


Fig 5-11. Central Telefônica Automática EB 11-ETC 400,

Fig 5-12. Unidade do Operador E 6 11-0P 3/ETC.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................429 /468 )


Fig 5-13. Composição da Central Telefônica Automática ES 11-ETC 400.

b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Tipo: móvel ou transportável por dois homens.
(3) Capacidade: máxima de 16 troncos e 32 ramais.
(4) Alimentação: tensão nominal de 48 VCC, positivo aterrado (variação de 42 a 56 V); corrente
até 4 Ampères.
(5) Faixa de freqüência: 300 a 3400 Hz.
(6) Classes de serviço para ramais: variável de acordo com a programação:
(a) classe O - acesso automático só ao operador;
(b) classe 1 - acesso automático ao operador ou a outro ramal da mesma central;
(c) classe 2 - acesso automático ao operador, a outro ramal ou a ou-tras centrais, através de
linhas de junção (centrais militares);
(d) classes 3 - acesso automático ao operador, a outro ramal ou a outras centrais, através de
linhas de junção. Acesso à rede pública pelo operador ou através de consulta/transferência;
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................430 /468 )
(e) classe 4 - acesso automático à rede pública local;
(f) classe 5 - acesso automático à rede pública nacional (DDD), e
(g) classe 6 - acesso automático à rede pública internacional (DOU.
(7) Prefixo da central: 42 (programado pela fábrica). Pode ser modifica-do para qualquer número
entre 10 e 69. (8) Número dos ramais: 4201 a 4232 (variável de acordo com o prefixo da central).
Os dois primeiros algarismos determinam o prefixo da central e os outros dois o número do ramal.

F ig 5-14. Distribuidor Geral.


c. Emprego - Nos escalões brigada, divisão de exército e exército de campanha.
d. Instruções condensadas de operação
(1 ) Instalação - A central foi projetada para ser instalada em centros te-lefônicos móveis EB 11-E
TC 300, mas poderá ser instalada em viaturas ou instalações fixas, desde que existam meios para
a fixação mecânica da central, fonte de alimentação, painéis de interligação, proteções contra
altas tensões e sistema de refrigeração. Em qualquer tipo de instalação, após a fixação mecânica,
execu-tam-se as seguintes medidas preliminares:
(a) remover a tampa frontal, atuando nas presilhas;

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................431 /468 )


(b) retirar a unidade do operador, acondicionada abaixo do sub-bastidor, desaparafusando as
duas borboletas de fixação;
(c) conectar o cabo de conexão da unidade do operador no conector da unidade auxiliar A;
(d) ligar o conector do combinado na unidade do operador;
(e) ligar os terminais de alimentação do distribuidor geral a uma fonte de 48 VCC ou a 4 (quatro)
baterias tipo chumbo-ácido, em série, com capa-cidade total mínima de 40 Ah;
(f) aterrar o equipamento no borne positivo, utilizando uma estaca-terra em um solo de boa
condutibilidade;
(g) ligar os ramais nos pares de borne das linhas do distribuidor geral (DG), e
(h) ligar os troncos (central da rede pública) e as linhas de junção (central militar), através de
correctores, no distribuidor geral.
(2) Preparação a Com a alimentação de 48 VCC ligada, o indicador luminoso do painel frontal da
unidade central de processamento (UCP) acenderá: inicialmente, de maneira intermitente e, após
alguns segundos, de modo contínuo, significando que a central apresenta condições de realizar
conexões a nível de ramais. Entretanto, para o sistema tornar-se totalmente operacional, há
necessidade de se programar a central com os dados variáveis; que dependerão do sistema de
comunicações por fio, montado para cada situação tática. Para a programação, utilizar o manual T
11-1304 a CENTRAL TELEFÔNICA AUTOMÁTI-CA EB 11-ETC 400 - 1 Parte, Volume,
Programação e Reprogramação da Central.
(3) Operação
(a) Assinante externo chamando a central
- serão ativados o indicador de auxilio (indicador "A") e a cigarra;
- o operador pl.-és-Si:orlará' a tecia "A", ativando o "PA" e o núme-ro da linha externa aparece no
visor "PA"; o operador verificará com quem o assinante externo deseja ligar-se;
(b) O operador da central completa a ligação
- o operador 'pressionará a tecla "PB", desativando a indicação luminosa "PA" e ativando a "PB"; o
operador aguardará o tom de discar interno e digitará o número do ramal solicitado, e
- o operador dí4.s`central poderá ou não esperar o ramal chamado atender para conectar o
assinante externo ao ramal chamado, o operador deverá pressionar a tecla "E", que irá desativar
todas as indicações e conectar a chamada.
(c) Assinante interno chamando a central para uma ligação externa (central pública)
- serão ativados o indicador de auxílio (indicador "M") e a cigarra;
- o operador da central pressionará a tecla "M", ativando o "PA". (O número cio ramal é sinalizado
no visor "PA"); o assinante solicitará a ligação com o assinante externo;
- o operador pressionará a tecla "PB"; será ativado o indicador "PB" e ouvido o tom de discar
interno;

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................432 /468 )


- o operador pressionará a tecla "Bi" ou o dígito zero; o número da linha externa é sinalizado no
visor "PB" e ouvido o tom de discar da central pública;
- o operador da central digitará o número do assinante externo
solicitado, e
- o operador pressionará a tecla "E"; todas as indicações serão desativadas e a conexão estará
completada.

8.4 – MEIOS DE COMUNICAÇÕES RÁDIO


(Segundo os Manuais de Campanha – C 11-1 Emprego das Comunicações- 2ª Edição, 1997, C 24-18
Emprego do Radio em Campanha - 4ª Edição, 1997 e C 24-9 Exploração em Radiotelefonia – 4ª Edição
2004).

Generalidades
a. O rádio constitui o principal meio de comunicações de muitas unidades táticas. Ele é
utilizado para comando, direção de tiro, troca de informações, administração e ligação entre
unidades ou no âmbito das mesmas (Fig 1-1), como também é empregado nas comunicações
entre aviões em vôo e entre estes e as unidades em terra.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................433 /468 )


Fig 1.1 Emprego do rádio em campanha

b. As comunicações por rádio são particularmente adaptáveis às operações caracterizadas


pelo dinamismo das ações. As comunicações com unidades altamente móveis, tais como navios,
aviões ou carros de combate, seriam extremamente difíceis se não fosse possível utilizar o rádio.
c. O rádio também é essencial às comunicações entre pontos separados por grandes
extensões de água, território ocupado pelo inimigo, ou terreno onde a construção de linhas seria
impossível ou impraticável.

Vantagens e Limitações
a. Vantagens
(1) Normalmente, os meios de comunicações pelo rádio podem ser instalados mais rapidamente
que os de comunicações por fio; por esse motivo, o rádio é amplamente utilizado como meio
principal de comunicações nos estágios iniciais das operações de combate e nas situações táticas
de movimentação rápida.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................434 /468 )


(2) O equipamento de rádio pode ser utilizado na própria viatura onde foi instalado, sem
necessidade de posteriores reinstalações.
(3) O rádio pode ser empregado sem qualquer demora, tanto por unidades móveis, aéreas,
anfíbias ou terrestres, como por unidades terrestres estacionárias ou fixas.
(4) O rádio se presta a muitas formas de operação, tais como a radiotelefonia, radiotelegrafia,
radioteleimpressão e transmissão de dados e imagens.
(5) A efetividade do rádio não está limitada pelos obstáculos naturais, nem pelo terreno sob
controle ou fogo inimigo, na mesma medida em que o estão outros meios de comunicações.
(6) Através da utilização de dispositivos de controle remoto, o operador pode situar-se a certa
distância do aparelho que está operando. Isto proporciona maior segurança, tanto para o próprio
operador quanto para a instalação e para o posto de comando (PC), servido pela estação.
b. Limitações
(1) O rádio está sujeito a avarias e desarranjos do equipamento, bem como a interferências
atmosféricas, ou ocasionadas por outros dispositivos eletrônicos, sendo estas últimas
relativamente fáceis de serem provocadas.
(2) Para funcionar em conjunto, as estações de rádio devem operar nasmesmas freqüências ou,
no mínimo, utilizando algumas freqüências sobrepostas; devem transmitir e receber os mesmos
tipos de sinais e estar localizadas dentro de um determinado alcance operacional.

Elementos da Transmissão e Recepção


Conjuntos-Rádio
Um conjunto-rádio consiste, essencialmente, de um transmissor, que gera energia
transformada em radiofreqüência (RF); uma fonte de energia elétrica; um manipulador, microfone
ou teleimpressor, que controla as ondas de energia; uma antena transmissora, que emite ondas
de RF; uma antena receptora, que intercepta algumas das ondas emitidas; um receptor, que
converte as ondas de RF captadas em energia utilizável (geralmente em ondas de
audiofreqüência); um alto-falante, fones ou teleimpressor, que tornam os sinais inteligíveis.
Quando duas estações operam dentro de uma faixa de freqüência similar, têm a mesma
modulação e a distância entre elas não ultrapassa o alcance operacional das estações, é possível
estabelecer-se a intercomunicação através das ondas eletromagnéticas (rádio). A figura 2-1
mostra um diagrama em bloco de um conjunto básico de rádio.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................435 /468 )


Fig 2-1. Diagrama em bloco de um conjunto-rádio básico

Transmissor
O tipo de aparelho transmissor mais simples consiste de uma fonte de suprimento de
energia e de um oscilador. A fonte de suprimento pode consistir de baterias, um gerador, uma
fonte de corrente elétrica alternada (CA), incluindo um retificador e um filtro, ou uma unidade
rotativa produtora de corrente contínua (CC). O oscilador, que gera energia de RF, deve estar
provido de um circuito regulador, que permita sintonizar o transmissor na freqüência operacional
desejada. O transmissor deve estar equipado com algum dispositivo para controlar a energia de
radiofreqüência gerada pelo oscilador. O dispositivo mais simples é um manipulador telegráfico, o
qual não é outra coisa senão uma espécie de interruptor, que controla o fluxo de corrente elétrica.
Quando o manipulador é operado, o oscilador é ligado e desligado durante certos espaços de
tempo, formando-se assim os pontos e traços do Código Morse.

Transmissor de Onda Contínua


A energia de radiofreqüência gerada através de um oscilador não é, normalmente, estável
e nem bastante alta para proporcionar uma transmissão satisfatória, a longa distância; por esse
motivo os transmissores de onda contínua estão equipados com um amplificador de
radiofreqüência, ligado após o oscilador, a fim de se obter uma produção de energia mais alta e
estável. Na transmissão em código, esses transmissores oferecem resultados inteiramente
satisfatórios.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................436 /468 )


Fig 2-2. Diagrama em bloco de um transmissor de onda contínua ( CW )

Transmissor de Radiofonia
Para transmitir mensagens faladas, torna-se necessário dispor de algum meio de controle
da energia produzida pelo transmissor, de acordo com as freqüências da voz. Isto é conseguido
através de um modulador, que modifica a produção do transmissor de conformidade com essas
freqüências (audiofreqüências). Este processo é conhecido como modulação e a onda submetida
ao mesmo é chamada onda modulada. Quando o sinal de modulação ocasiona a mudança em
amplitude da onda de rádio, o processo é chamado de modulação em amplitude (AM) e quando
modifica a freqüência da onda, ele é conhecido como modulação em freqüência (FM). A figura 2-3
mostra um transmissor de radiofonia equipado com um modulador e um microfone, e convertido
assim em um transmissor radiofônico de amplitude modulada.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................437 /468 )


Fig 2-3. Diagrama em bloco de um transmissor radiotelefônico

Antenas
Após o transmissor ter gerado e amplificado um sinal de radiofreqüência, torna-se
necessário dispor-se de um meio para enviar esse sinal ao espaço e, da mesma forma, também é
necessário que a estação receptora disponha de outro meio para interceptar (captar) o sinal
lançado. Os dispositivos utilizados para enviar e captar esses sinais chamam-se antenas. A
antena transmissora lança sinais de energia no espaço e essa energia, irradiada sob a forma de
ondas eletromagnéticas, é interceptada pela antena receptora. Se o aparelho receptor é
sintonizado na mesma freqüência que o transmissor, os sinais serão captados de forma
satisfatória e inteligível. No capítulo 5, maiores detalhes sobre antenas, serão abordados.

Receptor
Existem duas espécies gerais de sinais de radiofreqüência que podem ser captados por
um receptor de rádio: os sinais de rádiofreqüência modulada, que transportam palavras, música,
ou qualquer outra espécie de energia audível, e os sinais de onda contínua (CW), que são

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................438 /468 )


impulsos de energia de RF, que transportam informação através de sinais codificados (pontos e
traços).
a. Detetor (Demodulador) - O processo mediante o qual é extraída a
informação transportada pelos sinais de radiofreqüência é chamado detecção ou demodulação. O
circuito utilizado para efetuar a demodulação é chamado detetor (Fig 2-4), posto que, na
realidade, este circuito detecta a informação transmitida. O receptor deve contar com meios para
sintonizar, ou selecionar, a freqüência do sinal de (RF) desejado. Esse processo de seleção é
necessário, a fim de evitar a detecção simultânea de muitos sinais de RF de freqüências
diferentes. A parte do detector que sintoniza o sinal desejado é chamado circuito sintonizador. Nos
receptores de FM, o detector é conhecido como discriminador.

Fig 2-4. Diagrama em bloco de um receptor de rádio simples

b. Amplificador de radiofreqüência - Devido ao fato de que a intensidade ou amplitude de


um sinal de radiofreqüência diminui rapidamente, a partir do momento em que é lançado pela
antena transmissora, como também devido a que muitos sinais de RF, de diversas freqüências, se
acumulam dentro do espectro da freqüência do rádio, o detector não pode ser utilizado
isoladamente, a não ser que o receptor esteja equipado com um amplificador de radiofreqüência,
para aumentar sua sensibilidade (capacidade de captar sinais débeis) e sua seletividade
(capacidade para separar sinais de diferentes freqüências). Esse amplificador é provido com um
ou mais circuitos sintonizados, de forma que o sinal de RF desejado (aquele no qual o
equipamento está sintonizado) possa ser mais amplificado que os sinais de outras freqüências.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................439 /468 )


Fig 2-5. Diagrama em bloco de um detetor e um amplificador de RF

c. Amplificador de audiofreqüência - A capacidade de um detector, com ou sem


amplificador, em geral é demasiado pequena para ser útil. Por esse motivo, o receptor é equipado
com um ou mais amplificadores de audiofreqüência (Fig 2-6), a fim de aumentar sua capacidade
até o nível necessário para operar os fones, o alto-falante, ou o teleimpressor.

Fig 2-6. Diagrama em bloco de um receptor de rádio completo

Meios Rádio
a. Generalidades
(1) As comunicações por rádio se constituem, normalmente, no meio que permite maior
flexibilidade e rapidez de instalação, facilitando as comunicações em operações de movimento e
em situações de emergência.
(2) O rádio permite o estabelecimento de ligações através de terminais de fonia, telegrafia,
teleimpressor, fac-símile e outros.
(3) As possibilidades dos meios de guerra eletrônica tornam os equipamentos rádio convencionais
extremamente vulneráveis às ações de interferência, interceptação e localização. Isto reduz
sensivelmente as possibilidades de emprego do rádio, uma vez que se tornam fontes de
informações de grande valor para o inimigo, no que diz respeito à localização de postos e

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................440 /468 )


unidades, análise de tráfego e conhecimento do conteúdo das mensagens, sejam em claro, sejam
criptografadas.
(4) Para diminuir e, em alguns casos, até mesmo impedir, as atividades inimigas de guerra
eletrônica, têm sido desenvolvidas técnicas especiais de transmissão, tais como: por salto de
freqüência, por salvas e em banda larga.
(5) Para maior rendimento, são reunidos dois ou mais postos que, coordenados por um deles,
formam redes, que atendem a uma determinada finalidade.
(6) Para que possam funcionar em rede, os conjuntos rádio devem possuir as características
comuns que se seguem.
(a) Mesmo tipo de modulação.
(b) Estarem sintonizados na mesma freqüência ou canal de operação.
(c) Estarem dentro do raio de ação da estação de menor alcance.
(d) Estarem ajustados para o mesmo tipo de sinal.
b. Conjunto Rádio
(1) Componentes essenciais
- Transmissor-receptor para emissão e captação de ondas.
- Antena.
(2) No Exército Brasileiro, os conjuntos rádio são classificados em grupos.
(3) Para permitir o afastamento dos transmissores de locais como os postos de comando e, desta
forma, dificultar a localização destes PC pela radiogoniometria inimiga, utilizam-se equipamentos
de controle remoto.
(4) Os teleimpressores e computadores permitem elevado rendimento na transmissão de
mensagens via rádio, com vantagens quanto ao sigilo.
c. Características do Meio Rádio
(1) É largamente empregado nas situações de movimento, quando pode vir a se constituir no
único meio prático e eficiente.
(2) Características
(a) Flexibilidade - Permite acompanhar a evolução de qualquer tipo de operação ou situação
tática.
(b) Rapidez de instalação - Usualmente pode ser instalado mais rapidamente do que os meios
físicos.
(c) Operação à distância - Pelo emprego de equipamento de controle remoto, o operador pode
ficar separado de seu conjunto rádio, operando-o à distância. Isto proporciona segurança para o
operador e para o órgão ou instalação servido pelo posto rádio.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................441 /468 )


(d) Estabelecimento de ligação em situações de movimento – Pode ser empregado em
movimento, sendo utilizado com eficiência por unidade aéreas, mecanizadas, blindadas,
motorizadas etc. e na ligação terra-ar.
(e) Indiscrição - É o menos seguro dos meios de comunicações. Daí a necessidade constante de
medidas de segurança no seu emprego, para impedir que o inimigo possa obter informações por
seu intermédio.
(f) Dependência das condições de propagação - As condições meteorológicas, a hora de
transmissão, o relevo, a vegetação e o terreno têm grande influência no emprego do rádio.
(g) Sensível à interferência - O meio rádio está sujeito a interferências naturais e artificiais. As
interferências naturais são as atmosféricas (estática) e as artificiais são as produzidas pela
presença de equipamentos elétricos que estiverem nas proximidades ou as interferências
propositadas provocadas pelo inimigo.
(h) Mensagens - O elevado grau de indiscrição das transmissões, os recursos de radiogoniometria
e as atividades de criptoanálise limitam muito o emprego eficiente do rádio, que deve ser
encarado como meio suplementar, somente utilizado na falha ou inexistência de outros meios e,
mesmo assim, levando-se sempre em conta suas características. As mensagens rádio devem ser
tão breves quanto possível, dando-se preferência às transmissões em grafia e digital sobre as em
fonia, pelas vantagens, quanto à segurança, que aquelas oferecem.
(i) Utilização - Os rádios são usados em todos os níveis. A fim de atenuar os problemas criados
pelo elevado índice de indiscrição, utilizam-se recursos, tais como: o emprego da potência mínima
necessária, cuidadosa localização das estações, antenas direcionais, criptógrafos em linha,
criptofones e, quando disponíveis, equipamentos que empreguem processos especiais de
transmissão.
d. Redes-rádio
(1) A interligação dos postos rádio dos diversos C Com formam as redes-rádio.
(2) O posto diretor da rede (PDR) serve normalmente, à mais alta autoridade participante da rede.
Sua função é manter a disciplina de tráfego e centralizar o controle da rede.
(3) As redes-rádio são organizadas tendo em vista as finalidades de ligação e o tipo da operação,
observadas a situação tática e possibilidades do inimigo. São consideradas típicas as seguintes
redes:
(a) Rede do comandante - Para atender às necessidades de ligação do comandante com os
comandantes subordinados e seus estados-maiores.
(b) Rede de operações - Atende às necessidades de ligações operacionais e de inteligência. Em
alguns casos, é desdobrada em rede de operações e em rede de inteligência.
(c) Rede logística - Destina-se a atender às necessidades de ligações logísticas.
(d) Rede de pedidos aéreos - Atende às necessidades de pedidos de apoio aéreo imediato.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................442 /468 )


(e) Rede de alarme - Presta-se à difusão de alarmes contra ataques aéreos, de blindados etc. É
possível a existência de apenas um transmissor, neste caso situado no órgão que possua as
melhores condições para identificar determinado tipo de ameaça, sendo os demais postos apenas
receptores. Mesmo com a existência de uma rede específica qualquer alarme deve ser difundido
por todos os meios disponíveis, no momento em que se tiver conhecimento da ameaça inimiga.
As mensagens preestabelecidas são normalmente empregadas.
(f) Rede de Finalidades Gerais - Destina-se a auxiliar os elementos de comunicações no controle
técnico do sistema de Com, através da troca de informações de serviço, particularmente quanto
ao meio multicanal.
(4) Outras redes podem ser estabelecidas, tais como a rede de ligação e observação aérea, dos
oficiais de ligação terrestre, etc, de acordo com a operação a ser executada.
(5) Para um dado escalão, as redes são chamadas de redes externas e redes internas. As
externas são as redes do escalão superior, das quais o escalão considerado participa com um ou
mais postos. As internas são as redes de responsabilidade do escalão considerado, para atender
às necessidades de ligação com seus elementos subordinados.
(6) As redes que operam em telegrafia ou teleimpressão devem, se possível, conter, no máximo,
sete postos, devido à queda acentuada de rendimento em sua exploração, quando este número é
ultrapassado. As redes em fonia, desde que controladas, podem ter maior número de postos.
e. Prescrições rádio
(1) O rádio, sendo um meio de comunicações altamente indiscreto exige uma série de medidas de
segurança para seu emprego, entre estas medidas, destacam-se as prescrições rádio.
(2) Prescrições
- Rádio livre - Nenhuma restrição ao tráfego de mensagens.
- Rádio restrito - Somente podem ser transmitidas as mensagens para estabelecimento das redes,
as urgentes ou urgentíssimas.
- Rádio em silêncio - Somente permitida a escuta.
- Rádio em silêncio absoluto - Equipamento desligado. Nenhuma transmissão ou escuta permitida.
(3) As prescrições rádio são estabelecidas em função dos fatores rapidez e segurança. Assim,
para os elementos em contato com o inimigo, é admissível a prescrição de rádio livre; para as
reservas em zona de reunião, é normal a prescrição de rádio em silêncio.

Pronúncia de Letras e Algarismos


Finalidade
A pronúncia de letras e algarismos em radiotelefonia deve seguir determinadas regras, a
fim de evitar erros e confusões que aumentam o tempo total de transmissão e, em conseqüência,

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................443 /468 )


a exposição à GE inimiga. Tais regras consistem no emprego do alfabeto e dos algarismos
fonéticos, os quais serão abordados a seguir.

Alfabeto Fonético
O alfabeto fonético utilizado na exploração é internacional e seu uso está consagrado
pelas Forças Armadas. A parte em negrito das palavras corresponde à sílaba tônica, isto é, a
sílaba que deve ser pronunciada com maior inflexão de voz.

LETRA PALAVRA PRONUNCIADA LETRA PALAVRA PREONUNCIADA

A ALFA N NOVEMBER

B BRAVO O OSCAR

C CHARLIE P PAPA

D DELTA Q QUEBEC

E ECHO R ROMEO

F FOXTRT S SIERRA

G GOLF T TANGO

H HOTEL U UNIFORM

I INDIA V VICTOR

J JULIET W WHISKEY

K KILO X XRAY

L LI MA Y YANKEE

M MAIQUE Z ZULU

Fig 2-1. Alfabeto Fonético Internacional

Algarismos Fonéticos
Os algarismos fonéticos utilizados na exploração radiofônica são específicos de nosso
País e seu uso é obrigatório para a Força Terrestre, como também para a Aviação Civil e Militar,

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................444 /468 )


quando sobrevoando o Brasil. A parte em negrito corresponde à sílaba tônica do algarismo
fonético.
ALGARISMO PRONÚNCIA ALGARISMO PRONÚNCIA

1 UNO 6 MEIA

2 DÔ-IS 7 SÉ-TÊ

3 TRÊS 8 ÔI-TO

4 QUA-TRO 9 NÓ-VÊ

5 CIN-CO 0 ZÉ-RÔ

Fig 2-2. Algarismos Fonéticos


Procedimentos no Uso da Linguagem
a. Linguagem radiotelefônica - a linguagem radiotelefônica deve ser clara e com ênfase
natural em cada palavra. É aconselhável o uso de pausas entre a pronúncia das diversas palavras
que compõem o texto da mensagem, principalmente em condições desfavoráveis de operação.
b. Uso do alfabeto fonético
(1) Uso geral - as palavras ou grupos de difícil pronúncia serão transmitidos, letra por letra,
usando-se o alfabeto fonético internacional precedido pel expressão ―SOLETRANDO‖.
(2) Grupos cifrados - devem ser transmitidos pronunciando-se as letras e algarismos
individualmente e sem uso da expressão ―SOLETRANDO‖. A separação entre os grupos é feita
com a expressão ―SEPARA‖.
(3) Pontuação - escrita por extenso ou abreviada. É transmitida como escrita, se por extenso, ou
letra por letra, se abreviada.
(4) Acentuação - os sinais de acentuação das palavras não são transmitidos.
(5) Abreviaturas - as abreviaturas do texto e as letras usadas isoladamente ou fazendo parte de
expressões curtas são soletradas, seguindo-se o alfabeto fonético internacional.
c. Uso dos algarismos fonéticos
(1) Grupo data-hora (DH) - é transmitido, algarismo por algarismo, antepondo-se a expressão
―DATA-HORA‖ ao grupo e acrescentando ao final a designação do fuso.
(a) Nas operações combinadas, o fuso horário de referência será o ZULU.
(b) A expressão ―DATA-HORA‖ é dispensada quando é transmitido o grupo data-hora da
mensagem.
(2) Números inteiros
(a) Devem ser enunciados algarismo por algarismo, após a expressão convencional ―NUMERAL‖.

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(b) No caso de ―milhares‖ e ―milhões‖ são usadas as palavras MIL e MILHÃO (ÕES),
respectivamente.
(c) Quando escritos por extenso - o que pode ocorrer no texto da mensagem . deverão ser
transmitidos como estão escritos.
(3) Números não inteiros
(a) Frações ordinárias e números mistos - se redigidos por extenso, assim serão transmitidos. Se
redigidos como números, serão transmitidos como algarismos e os sinais ―/‖ ou ―-‖ como ―BARRA‖
ou ―TRAÇO DE FRAÇÃO‖.
(b) Frações decimais - são transmitidas algarismo por algarismo, sendo o ponto ou a vírgula do
número anunciado com a palavra ―DECIMAL‖.
(4) Quantias em dinheiro - serão transmitidas como algarismos, com as unidades monetárias e
centavos, ou seus equivalentes.
(5) Coordenadas - inicialmente será expresso o sistema de coordenadas utilizado. Em seguida,
serão enunciados os algarismos que a definem. Em caso de dúvida na pronúncia de palavras,
usam-se o alfabeto fonético internacional e as regras para a pronúncia de números estabelecida
neste capítulo.
(6) Graus, minutos e segundos - serão transmitidos algarismo por algarismo, seguidos das
palavras ―GRAUS‖, ―MINUTOS‖ ou ―SEGUNDOS‖, conforme o caso.
(7) Altitudes e profundidades - serão transmitidos por extenso, seguidas da unidade de medida
utilizada. Em níveis de vôo mais altos onde as ligações dizem respeito exclusivamente à Força
Aérea, a altitude será expressa conforme o usual adotado na aviação internacional.
(8) Velocidades - quando se referirem ao ambiente marítimo ou aéreo, serão expressas em nós;
no ambiente terrestre, serão expressas em quilômetros por hora. Poderão ser expressos por
extenso ou por algarismos.
(9) Distâncias e alcances - são transmitidos por extenso, enunciandose após o valor numérico a
unidade de medida utilizada.

Redes
Conceito
Denomina-se redes, o grupo de estações dotadas de equipamentos compatíveis entre si,
operando na mesma freqüência, com o mesmo tipo de sinal e de modulação e sob o controle de
uma delas, tanto sob o aspecto técnico como no tocante à disciplina de exploração.
Finalidade
O agrupamento em redes das diversas estações, que servem a um determinado escalão
de comando, visa a disciplinar a exploração, além de proporcionar melhor rendimento em termos
de transmissão de mensagens e, sobretudo, reduzir a vulnerabilidade à GE inimiga.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................446 /468 )


Organização
a. As redes podem ser organizadas de três maneiras:
(1) aleatoriamente, atribuindo-se números, em vez de nomes;
(2) por função; e
(3) por assunto, baseando-se no teor das mensagens que por elas devem trafegar.
b. A organização aleatória apresenta vantagens em termos de MPE, uma vez que nega ao
inimigo informações importantes na análise do conteúdo das mensagens em função do nome da
rede.
c. É primordial, no entanto, ter em mente que a simples troca de denominação das redes
por função – rede do comandante, rede logística, etc – por números não caracteriza uma
organização aleatória.
d. A quantidade de redes a serem organizadas depende da necessidade do escalão de
comando considerado e será prevista nas Instruções para a Exploração das Comunicações e
Eletrônica (IEComElt) desse escalão.
e. Em relação a um escalão qualquer, as redes poderão ser externas ou internas. As redes
internas são de responsabilidade do comando considerado, para atender às necessidades de
duas ligações com os seus órgãos subordinados. As externas, para esse comando, são redes do
escalão superior das quais faz parte, representado por uma ou mais estações.

Exemplo: Para exemplificar uma rede, considere-se o Diagrama da Rede-Rádio (DRR)


constante do ANEXO ―C‖ (EXEMPLO DE REDE). Nessa representação pode-se notar uma rede
que possui seis estações, organizada de maneira aleatória.

Indicativos de Chamada
Conceito
Os indicativos de chamada, também denominados indicativos operacionais,
são combinações de caracteres ou palavras pronunciáveis que identificam uma estação, um
comando, uma autoridade ou uma unidade.

Finalidade
Como medida de segurança da exploração, os indicativos de chamada são considerados,
sob a ótica da GE, como procedimentos de MPE no campo das comunicações. São utilizados,
basicamente, no estabelecimento e manutenção das comunicações radiotelefônicas.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................447 /468 )


Emprego
Normalmente, cada rede recebe um indicativo e cada estação da rede recebe outro
indicativo específico. Quando se deseja a atenção de todas as estações de uma rede, é utilizado o
indicativo da rede. Para exemplificar, da análise do ANEXO ―C‖ (EXEMPLO DE REDE), pode-se
perceber que o indicativo da rede representada é o algarismo 1 (um) e suas estações possuem os
indicativos
TUPY, MACUCO, SINO, BOTO, PENEDO e SERENO.

Mudança de Indicativos
a. Os indicativos de chamada devem ser mudados em intervalos de tempo aleatórios, de
acordo com o que prescrevem as Normas Gerais de Ação de Comunicações e Eletrônica (NGA
Com Elt) do escalão considerado, ou, quando estas nada prescreverem, de acordo com a
instrução referente a indicativos e freqüências I E Com Elt do referido escalão. O tempo de
vigência de um mesmo indicativo depende do grau de segurança desejado.
b. A mudança de indicativo, em princípio, deve ser acompanhada de mudança da
freqüência de operação e, se possível, de mudança do local da estação.
c. A transmissão de indicativos dispensa o uso da expressão ―SOLETRANDO‖.

Designação de Indicativos
a. A designação de indicativos destinados às diferentes estações da rede deve ser feita
com o máximo cuidado, seguindo o que prescreve as Instruções Padrão de Comunicações e
Eletrônica (I P Com Elt). A escolha de termos pouco adequados pode resultar em confusão e
deficiências operacionais na rede. Para tal, os indicativos devem ser breves, com vistas a atender
o princípio da simplicidade e diminuir o tempo de transmissão.
b. A distribuição de indicativos deve ser feita pelo comandante ou oficial de comunicações
para os diferentes escalões, sendo estabelecida nas suas respectivas I E Com Elt.
c. A transmissão de indicativos constituídos de grupos de letras e algarismos
deve ser feita com o emprego do alfabeto e algarismos fonéticos.

Controle
Estação Controladora da Rede (ECR)
a. As redes são organizadas, no mínimo, com duas estações, sendo uma delas a Estação
Controladora da Rede (ECR). Para exemplificar, considerando ANEXO ―C‖ (EXEMPLODEREDE),
notamos que na rede 1 (um) a estação TUPY é a ECR.
b. Devem ser evitados indicativos que permitam identificar ECR ou que tenham relação
com a realidade do quadro tático.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................448 /468 )
c. Finalidade - a ECR serve para dirigir, coordenar e controlar o tráfego de tráfego e
centralizar o controle da rede. Ela tem plena autoridade quanto ao controle técnico, seja no
tocante à operação da rede, seja na manutenção da disciplina de tráfego. Não tem nenhuma
ingerência quanto à organização, ao emprego tático e ao deslocamento de outras estações. A
rigorosa disciplina no funcionamento é essencial para a eficiência das comunicações em qualquer
rede.
d. Designação - a ECR deve ser sempre a estação que serve ao mais alto escalão
presente na rede. Dentre as demais estações, qualquer deles poderá ser designado como ECR
substituto, denominado ECR-2, o qual deverá assumir, automaticamente, as funções do primeiro,
na hipótese de eventuais impedimentos daquele. Como exemplo, considerando o ANEXO ―C‖
(EXEMPLO DE REDE), notamos que na rede 1 (um) a estação MACUCO é a ECR-2. O conceito
de ECR está ligado aos conceitos de redes externa e interna, uma vez que o escalão considerado
designa as ECR para as suas redes internas, mas suas estações, nas suas redes externas,
obedecem ao estipulado pelos ditames das ECR designadas pelo seu escalão superior.
e. Funções - a ECR abre e fecha a rede, controla as transmissões e mantém o tráfego
desembaraçado dentro da mesma, corrigindo erros de exploração e concedendo ou negando
autorização para que as demais estações possam entrar ou sair dela. Sempre que possível, deve
utilizar-se de outros meios de comunicações para atender às suas necessidades de coordenação,
de modo a dificultar a identificação de sua função pela GE inimiga.
f. Grau de Controle - o grau de controle exercido pelo ECR sobre a rede varia de acordo
com as condições de operação, experiência dos operadores e qualidade (clareza e intensidade)
dos sinais. Uma rede operada por pessoal experimentado e que mantenha o tráfego fluente e
ordenado precisará de pequeno controle formal. Por outro lado, se o tráfego for intenso e os
operadores forem inexperientes, a ECR deverá exercer controle rígido, de modo a manter a rede
organizada e o tráfego fluindo ordenadamente.

Prescrições de Emprego do Rádio


a. Generalidades
(1) O emprego do rádio depende do confronto de dois fatores fundamentais a rapidez e a
segurança. Quando a necessidade de rapidez na transmissão da mensagem prevalecer sobre a
segurança, como no caso em que as mensagens captadas pelo inimigo não tiverem valor em
tempo útil para ele, o rádio poderá ser empregado livremente. Caso contrário, sua exploração
sofrerá restrições variáveis com o grau de sigilo desejado.
(2) Assim sendo, as redes de um determinado escalão podem funcionar sob diferentes
prescrições de emprego, as quais vigorarão para a rede como um todo ou apenas para alguns de
suas estações. A atribuição de uma determinada prescrição será função da necessidade de sigilo

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................449 /468 )


inerente à situação tática. Em princípio, os elementos em contato com o inimigo usam o rádio
livremente.
b. Atribuição - as prescrições de emprego do rádio em determinado escalão de comando
são atribuídas por seu comandante, de acordo com as prescrições impostas pelo escalão superior
e com as propostas de seu oficial de comunicações baseadas na situação tática. Devem constar
do parágrafo 5º do Plano/Ordem de Operações e do Quadro das Redes-Rádio (QRR).
c. Classificação - conforme o grau de restrição imposto, as prescrições de emprego
classificam-se em:
(1) Rádio silêncio absoluto:
(a) equipamento desligado;
(b) não é possível a transmissão ou a recepção;
(c) o período de rádio em silêncio absoluto é obrigatoriamente prefixado.
(2) Rádio silêncio:
(a) equipamento ligado;
(b) permitida a escuta-rádio;
c) proibido qualquer tipo de transmissão.
3) Rádio restrito:
(a) equipamento ligado;
(b) permitida a escuta-rádio;
(c) permitida a transmissão de mensagens urgentíssimas e urgentes.
(4) Rádio livre:
(a) equipamento ligado;
(b) a escuta e a transmissão são realizadas sem nenhuma restrição.
d. É primordial ressaltar que, sob a ótica da GE, a atribuição de prescrições
de emprego do rádio constitui um procedimento de MPE sob a responsabilidade
dos planejadores dos sistemas de comunicações.

Autenticação
a. A autenticação é uma medida de segurança das comunicações, mais especificamente
de segurança da exploração, destinada a proteger os sistemas de comunicações contra
transmissões de origem duvidosa. Sem essa providência, as estações inimigas, fazendo-se
passar por amigos, poderão transmitir mensagens falsas de toda natureza ou mesmo receber as
mensagens oriundas de nossas estações, evitando ou retardando, desse modo, a entrega das
mensagens a seus verdadeiros destinatários, com conseqüências desastrosas para o
cumprimento da missão do escalão considerado.
b. Conceitos básicos

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................450 /468 )


(1) Elementos-teste - são duas letras ou algarismos quaisquer que constituem os elementos de
entrada de um sistema de autenticação.
(2) Elemento-tempo - normalmente é a hora em que está sendo realizada a autenticação,
aproximada para horas cheias ou de trinta em trinta minutos, conforme prescrever o sistema de
autenticação em vigor; constitui mais um elemento de entrada empregado apenas em alguns
sistemas de autenticação.
(3) Autenticador - é o elemento de saída, ou seja, o resultado do emprego de um sistema de
autenticação. Normalmente é constituído de uma letra repetida.
(4) Grupo Teste de Rede (GTR) - é utilizado pela ECR para sua própria autenticação, a fim de que
as demais estações da rede saibam que realmente se trata da ECR. É constituído de três letras,
das quais duas são os elementos-teste. As I P Com Elt indicam como chegar aos elementos-teste,
partindo do GTR. As I E Com Elt apenas listam os GTR em vigor. Cada GTR só deverá ser
utilizado uma única vez.
(5) Autenticação de mensagens - é uma medida de segurança que possibilita comprovar a
autenticidade da mensagem, independentemente do meio de transmissão. Os elementos para
essa autenticação são extraídos da própria mensagem, na forma indicada nas I E Com Elt. As
mensagens processadas nos Centros de Mensagens chegam ao operador da estação já com o
autenticador incluído, para fins de conferência.
(6) Em procedimentos de autenticação está dispensado o uso da expressão ―SOLETRANDO‖.
c. Quando autenticar
(1) Há muitas circunstâncias em que a autenticação deve ser utilizada, dependendo das
necessidades ou das diretrizes de cada comandante. As instruções do comando, neste sentido,
deverão estar contidas nas NGA Com Elt. As tabelas de autenticação, por outro lado, constarão
da instrução sistemas de autenticação das I E Com Elt.
(2) A situação tática em curso define o grau de segurança a ser observado pelo escalão
considerado, o qual irá influir no maior ou menor emprego da autenticação.
(3) Algumas situações, no entanto, requerem autenticação obrigatória, quais sejam:
(a) quando há suspeita de estações ou chamadas clandestinas na rede;
(b) quando é determinada ou levantada a prescrição de rádio silêncio para a rede como um todo
ou para determinadas estações da mesma;
(c) sempre que a mensagem transmitida determinar qualquer movimento de tropa;
(d) quando as instruções contidas em uma mensagem parecerem cancelar, mudar ou estar em
conflito com ordens estabelecidas;
(e) quando for determinado o fechamento da rede.
d. Procedimentos para autenticação
(1) Autenticação de estação

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................451 /468 )


(a) O operador solicitante lança dois elementos-teste escolhidos aleatoria-mente, empregando a
expressão convencional de serviço ―AUTENTIQUE‖.
(b) O operador solicitado entra com os elementos-teste (e o elemento tempo, quando importar
para a tabela de autenticação a ser utilizada) no sistema de autenticação vigente e obtém o
autenticador, que é então informado ao solicitante. Este responde ao operador solicitante
empregando a expressão convencional de serviço ―AUTENTICAÇÃO‖ seguida do autenticador,
que será transmitido duas vezes de maneira a não causar dúvida.
(c) O operador solicitante confere a autenticação obtida, à luz do sistema de autenticação em
vigor.
(2) Autenticação da ECR - a ECR lança um GTR e seu respectivo autenticador, à luz do sistema
de autenticação em vigor. As demais estações apenas conferem a autenticação.
e. No caso de ocorrer erro durante o processo de autenticação, por qualquer que seja o
motivo, a rede deverá proceder conforme o constante nas NGA Com Elt em vigor do escalão
considerado.
Exemplos:
a. Autenticação de estação, considerando os elementos-teste E e A, o elemento-tempo 08
0814 Jul 04 (Qui) e a rede representada no ANEXO ―C‖ (EXEMPLO DE REDE):
(1) ―SINO AQUI TUPY - AUTENTIQUE ECHO ALFA - CÂMBIO‖.
(2) ―TUPY AQUI SINO - JULIET JULIET - APAGO‖.
b. Autenticação de ECR, considerando o GTR JRL, o elemento-tempo 08 0814 Jul 04 (Qui) e a
rede representada no ANEXO ―C‖ (EXEMPLO DE REDE): - ―UNO AQUI TUPY JULIET ROMEO
LIMA ECHO ECHO - APAGO‖ .

Procedimentos de Exploração
Abertura e Fechamento de Redes
a. Chamada coletiva de rede
(1) As chamadas coletivas são atendidas na ordem alfabética dos indicativos das estações, ou na
ordem estabelecida pelas IEComElt.
(2) Quando uma estação não responder na sua vez, aquela que se segue a ela deverá aguardar 5
segundos e atender à chamada. A estação que não atendeu em tempo, somente deverá fazê-lo
após o atendimento de todas as outras.
b. Estabelecimento de Redes
(1) Para uma rede começar a operar, ele deverá estar aberta. No horário estabelecido ou após um
evento determinado, os integrantes de uma rede sintonizam seus equipamentos e permanecem
em condições de iniciarem a operação.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................452 /468 )


(2) Somente em casos excepcionais, no horário de abertura da rede, é feita uma chamada
coletiva pela ECR, a fim de certificar-se de que as comunicações são possíveis e que todos os
postos estão na escuta. Ao terminarem as respostas, a ECR informa se todos foram ouvidos.
Caso alguma estação nã responda inicialmente, a ECR torna a chamá-la; persistindo o não
atendimento, procura a comunicação por outra rede, enlace ou meio de comunicação.
(3) O fechamento de rede ocorrerá mediante ordem. Após o recebimento da ordem, o operador
colocará o seu equipamento em rádio silêncio absoluto.
(4) O formato de abertura e fechamento de redes, quando for o caso empregar chamadas na
freqüência de operação, deverá ser regulado pela NGA Com Elt em vigor no escalão, devendo
considerar: a necessidade ou não de autenticação, como proceder em caso de postos faltosos ou
desconhecidos, a codificação para a ordem de abrir e fechar a rede, como proceder no caso de
falha na autenticação, etc.
c. Exemplo de formato para abertura de rede
(1) Considerando a rede representada no ANEXO ―C‖ (EXEMPLO DE REDE), teremos:
(a) ―UNO AQUI TUPY – GOLF ROMEO KILO HOTEL HOTEL – INICIAR - AUTENTIQUE JULIET
LIMA - CÂMBIO‖.
(b) ―TUPY AQUI MACUCO – TANGO TANGO – AUTENTIQUE SIERRA FOXTROT - CÂMBIO‖.
(c) ―TUPY AQUI SINO – NOVEMBER NOVEMBER – AUTENTIQUE YANKEE GOLF - CÂMBIO‖.
(d) ―TUPY AQUI BOTO – LIMA LIMA – AUTENTIQUE ZULU ÍNDIA - CÂMBIO‖.
(e) ―TUPY AQUI PENEDO – ALFA ALFA – AUTENTIQUE QUEBEC
DELTA - CÂMBIO‖.
(f) ―TUPY AQUI SERENO – UNIFORM UNIFORM - APAGO‖.
(2) É importante notar no exemplo, meramente ilustrativo, que a NGA Com Elt em vigor no
escalão responsável pela rede 1 (um) prevê a autenticação da ECR por meio de GTR, a
autenticação de todas as estações por meio de elementos-teste e que, após a última estação
fornecer o autenticador, está encerrado o procedimento de abertura. Cabe salientar, ainda, o uso
do código ―INICIAR‖ para indicar a finalidade da chamada. A ordem de resposta dos postos não
foi a alfabética.
d. Chamadas Simplificadas
(1) No estabelecimento das comunicações, conforme o grau de adestramento dos operadores e a
necessidade de maior rapidez na transmissão, podese suprimir a expressão ―AQUI‖ como forma
de identificar a estação que está falando, desde que não haja possibilidade de confusão. Da
mesma forma, as expressões que encerram a transmissão da mensagem, também podem ser
suprimidas.
(2) O exemplo da letra ―c‖ acima ficaria assim:
(a) ―UNO TUPY – GOLFROMEO KILO HOTEL HOTEL – INICIAR - AUTENTIQUEJULIET LIMA‖.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................453 /468 )


(b) ―MACUCO – TANGOTANGO – AUTENTIQUESIERRAFOXTROT‖.
(c) ―SINO – NOVEMBER NOVEMBER – AUTENTIQUE YANKEE GOLF‖.
(d) ―BOTO – LIMA LIMA – AUTENTIQUE ZULU ÍNDIA‖.
(e) ―PENEDO – ALFA ALFA – AUTENTIQUE QUEBEC DELTA‖.
(f) ―SERENO – UNIFORM UNIFORM‖.
e. Exemplo de fechamento de rede
(1) Considerando a mesma rede da letra ―c‖, teremos:
(a) ―UNO AQUI TUPY – ALFA JULIET TANGO BRAVO BRAVO – CESSAR - CÂMBIO‖.
(b) ―MACUCO - CÂMBIO‖.
(c) ―SINO - CÂMBIO‖.
(d) ―BOTO - CÂMBIO‖.
(e) ―PENEDO - CÂMBIO‖.
(f) ―SERENO - APAGO‖.
(2) É importante notar no exemplo, meramente ilustrativo, que a NGA Com Elt em vigor no
escalão responsável pela rede 1 prevê a autenticação da ECR por meio de GTR, a ausência da
autenticação das demais estações e que, após a última estação acusar o recebido (lançando seu
indicativo), está encerrado o procedimento de abertura. Cabe salientar, ainda, o uso do código
―CESSAR‖ para indicar a finalidade da chamada.

Silêncio de Emergência
a. Quando ocorrer uma situação operacional de emergência, a prescrição rádio em silêncio
pode ser determinada pelo emprego da expressão ―SILÊNCIO‖ falada três vezes. Somente a
ECR, por determinação superior, poderá dar essa ordem. Ela exige autenticação do posto
emissor, se houver sistema de autenticação prescrito.
b. As estações não atenderão ou darão recibo para uma transmissão que imponha silêncio
de emergência. A partir de então as estações só poderão transmitir quando a prescrição em vigor
for modificada por meio de ordem da autoridade competente.
c. Um dos procedimentos recomendados, em caso de suspeita de interferência
ou escuta do inimigo, em nossas transmissões, é não denunciar a eficiência do sinal inimigo, ou a
sua presença. Assim, as informações sobre o silêncio de emergência devem ser transmitidas por
outro meio o mais rápido possível, salvo se o rádio for o único meio disponível. Mesmo assim,
deve ser adotada alguma expressão convencional.
d. Exemplo de imposição do silêncio de emergência por meio do rádio
- ―UNO AQUI TUPY – CHARLIE BRAVO DELTA LIMA LIMA - SILÊNCIO SILÊNCIO SILÊNCIO -
APAGO‖.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................454 /468 )


Experiência Fonia
Finalidade
Entende-se por experiência fonia a prática adotada pelas estações para se certificarem das
condições de transmissão e recebimento das demais estações de uma mesma rede. Todavia,
como o estabelecimento dos enlaces em uma rede pode ser automatizado e tendo em vista a
possibilidade de emprego da Guerra Eletrônica do inimigo, a experiência fonia deve ser evitada.

Valores e Significados
a. Clareza - entende-se por clareza a qualidade com que o sinal chega ao equipamento
receptor, caracterizando-se pela limpeza da transmissão e ausência de ruídos ou transmissões
espúrias, que dificultem o entendimento do conteúdo da mensagem transmitida. A escala
numérica de 1 a 5 significa o grau atribuído à inteligibilidade da mensagem.
b. Intensidade - entende-se por intensidade a força com que o sinal chega ao equipamento
receptor, caracterizando-se pela quantidade de tom da transmissão. A escala de 1 a 5 significa o
grau de diminuição ou aumento de volume da recepção.

Utilização
a. Deve-se considerar sempre que uma estação está transmitindo sinais fortes e de boa
qualidade, a não ser que outra estação acuse o contrário.
b. As experiências fonia, quando necessárias, devem ser realizadas pela ECR com o
propósito de verificar as condições de operação da rede, atendendo às restrições das prescrições
rádio.
c. Em uma rede dirigida, quando eventualmente uma estação constatar o mau
funcionamento de seus equipamentos e desejar verificar a intensidade e a qualidade de seus
sinais, poderá realizar uma experiência fonia com a ECR.

Escala Clareza Intensidade


ESCALA CLAREZA INTENCIDADE

1 Ininteligível ou sem clareza Muito fraca

2 Claro com intermitência Fraca

3 Regular Regular

4 Claro Boa

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................455 /468 )


5 Perfeitamente claro Ótima

d. Cada estação é responsável pela obtenção e manutenção das melhores


ondições de transmissão e recepção do sinal de seus equipamentos.

Exemplo de Utilização
a. Considerando a rede constante do ANEXO ―C‖ (EXEMPLO DE REDE), teremos:
(1) ―SINO AQUI TUPY - COMO ME RECEBE – CÂMBIO‖
(2) ―TUPY - RECEBIDO CINCO POR CINCO ―.
b. No exemplo, nota-se que a ECR da rede 1, que utiliza o indicativo TUPY, realiza uma
experiência fonia com uma das estações da rede, cujo indicativo é SINO. Também é possível
verificar que, para SINO, as transmissões originadas de TUPY possuem intensidade ótima e estão
perfeitamente claras, dispensando a chamada completa, bem como a expressão final.

Procedimentos de MPE
Considerações Iniciais
a. Muito embora as MPE sejam uma atividade de GE, é fundamental tornar claro que a
adoção de procedimentos de MPE não é privativa das OM de GE. Pelo contrário, constitui
responsabilidade de todos os planejadores, supervisores e operadores de sistemas rádio, em
todos os escalões de comando de qualquer arma, serviço ou quadro. Constituem medidas de
proteção, destinadas a impedir que o inimigo tome conhecimento do conteúdo de nossas
transmissões, analise nosso tráfego rádio, localize nossas estações, obtenha êxito na suas ações
de interferência ou nos engane com emprego da dissimulação eletrônica imitativa.
b. É, portanto, imprescindível que todos os envolvidos com o funcionamento do sistema
rádio disponham de conhecimentos de GE, com ênfase em medidas de proteção eletrônica e que
cultivem e divulguem a necessidade da guerra eletrônica no combate.

Procedimentos Gerais
a. Conduta do operador da estação
(1) O operador da estação deve se ater estritamente às regras de exploração em vigor. Qualquer
alteração ou descumprimento das mesmas acarretará, invariavelmente, confusão, reduzindo a
confiabilidade e a rapidez das comunicações, comprometendo sua segurança.
(2) Ao passar o serviço de uma estação, o operador substituído deve transmitir ao substituto todas
as ordens particulares e informações concernentes, o que inclui todos os dados úteis ou

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................456 /468 )


necessários sobre mensagens pendentes de transmissão, modificações na organização da rede,
desempenho de equipamento durante o período de operação, atividades de GE inimigas ocorridas
e outros assuntos correlatos.
(3) Antes de assumir o serviço, o operador substituto deverá inspecionar o equipamento,
certificando-se de que está em boas condições de operação e devidamente sintonizado na
freqüência estabelecida.
b. Procedimentos de operação - as radiocomunicações melhorarão sensivelmente na
medida em que os operadores das estações passem a adotar os seguintes procedimentos:
(1) escutar antes de transmitir, a fim de evitar interferência nas transmissões de outras estações;
(2) realizar transmissões tão curtas quanto possível, em princípio, com duração inferior a 20
(vinte) segundos;
(3) transmitir os indicativos de chamada com clareza e exatidão;
(4) transmitir na cadência do operador mais lento da rede;
(5) manter-se alerta para as chamadas de rede e de outras estações e atender prontamente a
qualquer chamada que exija resposta;
(6) operar na potência mínima necessária para manter comunicações com todas as estações da
rede;
(7) continuar operando mesmo que a clareza e intensidade do sinal estejam aquém do desejável;
(8) conhecer a direção das estações com que deve manter comunicações, procurando, sempre
que possível, empregar antena direcional;
(9) saber confeccionar antenas de emergência;
(10) observar sempre a prescrição de emprego do rádio em vigor;
(11) manter a tecla do combinado continuamente pressionada por intervalo de tempo não superior
a 03 (três) segundos;
(12) evitar o pedido de cotejo;
(13) utilizar-se dos procedimentos de autenticação sempre que suspeitar de alguma intromissão
inimiga na rede (dissimulação eletrônica imitativa);
(14) evitar o uso freqüente da experiência fonia;
(15) mudar ligeiramente a localização da estação buscando a condição de melhor recepção;
(16) variar a orientação da antena direcional;
(17) ajustar a sintonia fina do equipamento, bem como o controle manual de ganho e a
sensibilidade, quando for o caso, visando obter a melhor condição
de recepção;
(18) ao ser alvo de interferência, desconectar a antena para verificar se
ela é proveniente de uma fonte externa ou de defeito no receptor. No primeiro caso, as seguintes
condutas deverão ser observadas:

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................457 /468 )


(a) participar, no mais curto prazo, ao seu chefe imediato;
(b) confeccionar o relatório de interferência e dissimulação eletrônica, encaminhando-o à
autoridade competente, de acordo com as NGA Com Elt em vigor;
(c) registrar o fato na folha de registro prevista no Manual de Campanha C 24-17 – CENTRO DE
COMUNICAÇÕES (1ª Parte);
(d) continuar operando normalmente e manter-se calmo, não indicando ao inimigo que sua ação
interferente está sendo eficaz;
(e) falar mais pausadamente;
(f) aumentar a potência do transmissor;
(g) reorientar ou reposicionar a antena, ou mudar sua polarização;
(h) interpor obstáculos entre a antena da estação e a fonte dos sinais interferentes.

Mensagens
Generalidades
Conceito
Mensagem, para a radiotelefonia, é o instrumento utilizado nas comunicações militares
para a troca de informações, dar ciência das decisões, das ordens e de comunicados sob a forma
de voz.

Composição da Mensagem
a. A mensagem é composta por três partes distintas: cabeçalho, texto e fecho.
b. O cabeçalho contém informações relativas ao assunto, à classificação
sigilosa, aos destinatários, ao grupo data-hora, à numeração, à precedência e ao remetente.
c. O texto contém a idéia que se deseja transmitir e a autenticação da mensagem. É a
parte principal da mensagem.
d. O fecho contém as assinaturas da autoridade expedidora e as informações relacionadas
com a parte técnica da transmissão da mensagem.

Procedimentos na Transmissão e Recepção de Mensagens


Generalidades
a. A seqüência para transmissão de mensagens (STM) destina-se a ordenar as
informações a serem transmitidas de forma a facilitar o serviço dos operadores.
b. As mensagens que serão transmitidas pela estação em fonia, após terem o seu
processamento realizado pelo Centro de Comunicações (C Com), chegam ao operador conforme
pode ser visto no exemplo D-1, constante do ANEXO ―D‖ (EXEMPLOS DEMENSAGENS).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................458 /468 )


c. A transmissão da mensagem é realizada em três etapas:
(1) chamada preliminar;
(2) transmissão do texto; e
(3) fecho da transmissão.
d. A chamada preliminar é composta do indicativo de chamada e daprecedência da
mensagem. É por meio da chamada preliminar que o operador da estação informa a sua rede que
irá transmitir uma mensagem de determinada precedência, permitindo ao destinatário preparar-se
para receber a mensagem, e
ao ECR, regular adequadamente o fluxo das mensagens na rede.
e. A responsabilidade pelo preenchimento dos indicativos de chamada é do operador da
estação, quando não houver o Centro de Transmissão e Recepção (CTR) de acordo com a
situação técnica da rede. Com a finalidade de evitar erros do operador, recomenda-se que sejam
riscados os nomes das OM destinatária e expedidora. A mensagem mostrada anteriormente,
pronta para ser transmitida pelo operador, pode ser vista no exemplo D-2, constante do ANEXO
―D‖ (EXEMPLOS DE MENSAGENS).
f. Mensagens com a mesma precedência devem ser enviadas segundo a ordem em que
foram recebidas pelo operador.
g, Para a transmissão das informações constantes do cabeçalho e do fecho da mensagem,
é dispensado o uso das expressões ―SOLETRANDO‖, ―ALGARISMOS‖ e ―DATA-HORA‖.

Transmissão e Recepção de Mensagens em Claro


a. Tomando como base o exemplo D-2, o operador da estação expedidora transmitiria a
mensagem da seguinte maneira:
(1) A chamada preliminar, como já mencionado:
- ―TUPY AQUI SERENO – UNIFORM UNIFORM - CÂMBIO‖.
(2) Após ter conhecimento de que existe mensagem para ser recebida e estar pronto para copiar
as informações, o operador da estação de destino responde:
- ―TUPY CÂMBIO‖.
(3) Após ter a confirmação que a estação destinatária está em condições de receber a mensagem,
o operador da estação expedidora passaria à transmissão das informações remanescentes do
cabeçalho, o texto e o fecho:
- ―CHARLIE OSCAR NOVEMBER FOXTROT – UNO DOIS ZERO – ECHO UNO – SIERRA UNO
– SOLETRANDO – INDIA NOVEMBER FOXTROT OSCAR – RELATÓRIO BAIXAS –
SOLETRANDO – OSCAR MIKE – ATÉ – DATAHORA – ZERO OITO UNO CINCO QUATRO
TRÊS ZULU JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO – SOLETRANDO – PAPA TANGO PAPA

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................459 /468 )


TANGO – ALGARISMOS – ZERO UNO DOIS – SOLDADOS – SOLETRANDO – QUEBEC MIKE
– ALGARISMOS ZERO SETE – AUTENTICAÇÃO – FOXTROT FOXTROT - ZERO
OITO UNO CINCO QUATRO OITO ZULU JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO
- CÂMBIO‖.
(4) Após copiar todas as informações transmitidas e não ter dúvidas sobre a mensagem recebida,
o operador da estação de destino responde:
- ―TUPY – RECEBIDA - APAGO‖.
b. O operador da estação expedidora, após a transmissão da mensagem, deve:
(1) registrar o seu QSL, ou seja, hora de transmissão, juntamente com seu indicativo pessoal, no
espaço reservado no formulário de mensagens (QSL);
(2) encaminhar a mensagem transmitida ao CM, onde será processada e arquivada. O exemplo
D-3 ilustra a mensagem já pronta para ser remetida ao CM.
c. O operador da estação destinatária, após a recepção da mensagem, deve:
(1) registrar o seu QSL, juntamente com seu indicativo pessoal, no espaço reservado no
formulário de mensagens (QSL) e se não existir o CTR;
(2) lançar, no cabeçalho do formulário de mensagens, o meio e a rede utilizados para a
transmissão da mensagem;
(3) preencher os campos PARA e DE do formulário de mensagens com o nome das OM
expedidora e destinatária (s).
(4) encaminhar a mensagem transmitida ao CM, onde será processada. O exemplo D-4 ilustra a
mensagem já pronta para ser remetida ao C Com.

Transmissão e Recepção de Mensagens Criptografadas


a. Tomando como base o exemplo D-5, o operador da estação expedidora transmitiria a
mensagem da seguinte maneira:
(1) A chamada preliminar, como já mencionado:
- ―TUPY AQUI PENEDO – UNIFORM CÂMBIO‖.
(2) Após ter conhecimento de que existe mensagem para ser recebida e estar pronto para copiar
as informações, o operador da estação de destino responde:
- ―TUPY CÂMBIO‖.
(3) Após ter a confirmação que a estação destinatária está em condições de receber a mensagem,
o operador da estação expedidora passaria à transmissão das informações remanescentes do
cabeçalho, o texto e o fecho:
- ―CHARLIE – CINCODOIS ZERO – GRUPOS – UNONOVE – ALFA CHARLIE ROMEO SIERRA
UNIFORM – SEPARA – HOTEL YANKEE BRAVO GOLF TANGO – SEPARA –
NOVEMBERGOLF DELTA INDIA ECHO – SEPARA – HOTELGOLF SIERRA KILO FOXTROT –

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................460 /468 )


SEPARA – YANKEEHOTEL ECHO WHISKEY QUEBEC – SEPARA – ALFA XRAY SIERRA ALFA
QUEBEC – SEPARA - ZULU ALFA SIERRA WHISKEY QUEBEC – SEPARA – DELTA CHARLIE
FOXTROT VICTOR FOXTROT – SEPARA – BRAVOGOLF VICTOR CHARLIE XRAY – SEPARA
– MIKE NOVEMBER JULIET HOTEL YANKEE – SEPARA – BRAVO NOVEMBER MIKE KILO
LIMA – SEPARA – CHARLIE VICTOR FOXTROTGOLF TANGO – SEPARA – INDIA
KILOJULIETUNIFORM YANKEE – SEPARA –PAPALIMA OSCARINDIA KILO – SEPARA –
NOVEMBER JULIET MIKE HOTEL BRAVO – SEPARA – JULIET KILO VICTOR FOXTROT
ROMEO – SEPARA – QUEBEC WHISKEY SIERRA DELTA FOXTROT – SEPARA – BRAVO
VICTOR GOLF FOXTROT TANGO – SEPARA – BRAVO NOVEMBER HOTEL GOLF TANGO -
AUTENTICAÇÃO – LIMA LIMA – ZERO NOVE ZERO CINCO QUATRO DOIS ZULU JULIET
UNIFORM LIMA ZERO QUATRO - CÂMBIO‖.
(4) Após copiar todas as informações transmitidas e não ter dúvidas sobre a mensagem recebida,
o operador da estação de destino responde:
- ―TUPY – RECEBIDA – APAGO‖.
b. É importante frisar que a letra ―C‖, transmitida no lugar que seria da classificação
sigilosa da mensagem, indica que o texto da mensagem fo criptografado e que algumas
informações do cabeçalho foram inseridas no criptograma.
c. O operador da estação expedidora, após a transmissão da mensagem, deve:
(1) registrar o seu QSL, ou seja, hora de transmissão, juntamente com seu indicativo pessoal, no
espaço reservado no formulário de mensagens (QSL); e
(2) encaminhar a mensagem transmitida ao CM, onde será processada e arquivada. O exemplo
D-6 ilustra a mensagem já pronta para ser remetida ao CM.
d. O operador da estação destinatária, após a recepção da mensagem, deve:
(1) registrar o grupo data-hora lançado para o operador da estação expedidora, juntamente com
seu indicativo pessoal, no espaço reservado no formulário de mensagens (QSL) e se não existir o
CTR;
(2) lançar, no cabeçalho do formulário de mensagens, o meio e a rede utilizados para a
transmissão da mensagem;
(3) preencher os campos PARA e DE do formulário de mensagens com o nome das OM
expedidora e destinatária (s); e
(4) encaminhar a mensagem transmitida ao CM, onde será processada. O exemplo D-7 ilustra a
mensagem já pronta para ser remetida ao CM.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................461 /468 )


Situações Diversas
Correções Durante a Transmissão
a. Quando for cometido um erro pelo operador, ele usa imediatamente a expressão
convencional ―CORREÇÃO‖ e enuncia a versão correta depois da última palavra, grupo,
expressão ou frase corretamente transmitida. Após isso, a transmissão continua. Exemplificando,
para a mensagem D-2 a transmissão com uma correção
seria:
- ―(...) SOLETRANDO – QUEBEC MIKE – ZERO – CORREÇÃO – MIKE
–ALGARISMOS – ZERO (...)‖.
b. Se após uma mensagem haver sido transmitida, mas antes que dela se tenha obtido o
recibo, houver necessidade de o operador repetir ou corrigirqualquer parte da mensagem, ele
deverá fazê-lo por meio das expressõesconvencionais de serviço apropriadas, repetindo ou
corrigindo conforme o caso.
(1) Para a mensagem D-2 a transmissão para repetição seria como se segue:
(a) A estação expedidora, ao terminar de enviar sua mensagem:
- ―(...) AUTENTICAÇÃO – FOXTROT FOXTROT - ZERO OITO
UNO CINCO QUATRO OITO ZULU JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO -
CÂMBIO‖.
(b) A estação destinatária, tendo dúvidas sobre o texto da mensagem, transmitiria o seguinte:
- ―TUPY – DIGA DE NOVO - CÂMBIO‖.
(c) Em seguida, a estação expedidora transmitiria, outra vez, toda a mensagem da maneira como
já foi explanado. A chamada preliminar não é repetida nesse caso.
(d) Dando seqüência, a estação destinatária acusaria que a mensagem foi recebida, como
anteriormente visto.
(2) Para o exemplo D-2, a transmissão para correção seria como se segue:
(a) O operador da estação expedidora, durante a transmissão de sua mensagem, nota uma falha
sua e executa a correção logo que percebe o erro:
- ―(...) AUTENTICAÇÃO – FOXTROT FOXTROT - ZERO NOVE
UNO CINCO QUATRO OITO ZULU JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO –
CORREÇÃO – FOXTROT – ZERO OITO UNO CINCO QUATRO OITO ZULU
JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO - CÂMBIO‖.
(b) Após copiar todas as informações transmitidas e não ter dúvidas sobre a mensagem recebida,
o operador da estação de destino responde da maneira como já foi explanado.
c. Se um erro ou omissão é notado após haver sido dado o recibo de uma transmissão, as
correções só poderão ser feitas ou pedidas por meio de novas mensagens.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................462 /468 )


d. Se a estação destinatária deixar de copiar parte da mensagem, solicitará à estação
expedidora a repetição do trecho perdido, utilizando a expressão convencional de serviço
adequada. Desta forma, no exemplo D-2, a transmissão para repetição de parte da mensagem
seria como se segue:
(1) A estação expedidora terminando de enviar sua mensagem:
- ―(...) AUTENTICAÇÃO – FOXTROTFOXTROT – ZEROOITOUNO CINCO QUATROOITOZULU
JULIETUNIFORMLIMA ZEROQUATRO - CÂMBIO‖.
(2) A estação destinatária, tendo dúvidas sobre uma parte do texto da mensagem, transmitiria o
seguinte:
- ―TUPY – DIGA DE NOVO - DEPOIS DE – SOLDADOS - CÂMBIO‖.
(3) Em seguida, a estação expedidora transmitiria, outra vez, a mensagem da maneira como já foi
explanado, desde o ponto indicado pela estação destinatária:
- ―SOLDADOS – SOLETRANDO – QUEBEC MIKE – ALGARISMOS ZERO SETE –
AUTENTICAÇÃO – FOXTROT FOXTROT - ZERO OITO UNO CINCO QUATRO OITO ZULU
JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO - CÂMBIO‖.
(4) Após copiar todas as informações transmitidas e não ter dúvidas sobre a mensagem recebida,
o operador da estação destinatária responde da maneira como já foi explanado.

Cancelamento de Uma Mensagem


a. Durante a transmissão de uma mensagem, esta pode ser cancelada usando-se a
expressão ―CANCELE ESTA TRANSMISSÃO‖. O cancelamento deve ser autenticado pela
estação expedidora. Assim, no exemplo D-2, o cancelamento da mensagem seria como se segue:
(1) A estação expedidora durante a transmissão de sua mensagem:
- ―CHARLIE OSCAR NOVEMBER FOXTROT – UNO DOIS ZERO – SIERRA UNO – ECHO UNO
– SOLETRANDO – INDIANOVEMBERFOXTROT OSCAR – RELATÓRIO BAIXAS –
SOLETRANDO – OSCAR MIKE – CANCELE ESTA TRANSMISSÃO – OSCAR LIMA – KILO KILO
- CÂMBIO‖.
(2) A estação destinatária, percebendo que a mensagem que estava sendo transmitida foi
cancelada, confere a autenticação feita pela estação expedidora e, se a autenticação for
confirmada pelo sistema em vigor, acusa que compreendeu o cancelamento:
- ―TUPY‖.
b.No caso de ocorrer erro durante o processo de autenticação da ordem de cancelamento,
por qualquer que seja o motivo, a rede deverá proceder conforme o constante nas NGA Com Elt
em vigor do escalão considerado.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................463 /468 )


c.Uma mensagem que já tenha sido completamente transmitida só poderá ser cancelada
por outra mensagem. Nesta nova mensagem deve ser feita referência à mensagem a ser
cancelada.
d. O cancelamento pode ser incluído na própria mensagem que substituirá a cancelada ou
se constituir unicamente de uma mensagem de cancelamento.
e. Somente o remetente tem autoridade para cancelar sua mensagem.

Identificação de Mensagens
a. As mensagens serão identificadas pelo grupo data-hora acrescido do indicativo do
remetente da mensagem.
b. Se for necessária uma identificação posterior, o cabeçalho, o texto ou o fecho, parcial ou
completo, poderão ser usados.
c. Em todos os casos, a informação usada para identificar uma mensagem será tão curta
quanto possível.

Mensagens de Serviço
a. Mensagens de serviço são pequenas mensagens, normalmente expedidas pelos
operadores e relacionadas com a exploração da rede. Não exigem certos elementos, tais como
precedência, grupo data-hora, etc.
b. Na chamada preliminar, ao invés da transmissão do algarismo que indica a precedência
da mensagem, deverá ser empregada a expressão ―SERVIÇO‖.

Condições de Exploração Difíceis


Sob condições de exploração difíceis, a chamada para a transmissão da mensagem
poderá ser realizada utilizando-se de palavras dobradas.

Interrupção da Mensagem
a. Uma estação que tenha que transmitir uma mensagem de precedência
―URGENTÍSSIMA‖ ou ―URGENTE‖ pode interromper a transmissão de uma mensagem de
precedência inferior.
b. Não serão, normalmente, feitas interrupções durante a transmissão de mensagens
táticas, exceto para informações sobre o inimigo.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................464 /468 )


ANEXO A
SINAIS DE SERVIÇO

A-1. SINAIS DE SERVIÇO MAIS UTILIZADOS

SINAL SIGNIFICADO

CONF "Confidencial" (grau de sigilo)

DH "Data-hora" (grupo data-hora)

P "Prioridade" (sinal de precedência)

R "Rotina" (sinal de precedência)

RES "Reservado" (grau de sigilo)

S "Secreto" (grau de sigilo)

U "Urgente" (sinal de precedência)

USEC "Ultra-secreto" (grau de sigilo)

UU "Urgentíssimo" (sinal de precedência)

V "Aqui" (origem da chamada)

ANEXO B
EXPRESSÕES CONVENCIONAIS DE SERVIÇO
B-1. GENERALIDADES
A fraseologia reunida no presente anexo segue o previsto no Manual MD31- M-01
MANUALDECOMUNICAÇÕES PARAOPERAÇÕESCOMBINADAS, do Ministério da
Defesa, além de trazer texto extraído do Manual de Campanha C24-12 -
COMUNICAÇÕES – SINAISDE SERVIÇO E INDICATIVOS OPERACIONAIS.
B-2. EXPRESSÕESCONVENCIONAISDE SERVIÇOMAISUTILIZADAS.

EXPRESSÃO SIGNIFICADO

ALGARISMO "Seguem-se algarismos".

AQUI Esta mensagem procede da estação cuja chamada se segue. Em


situações especiais pode ser suprimida.

ANTES DE... Verificar ou repetir a parte da mensagem antes do gru- po que


segue.

APAGO Encerrei esta transmissão. Em operações Combinadas, pode ser


empregado a expressão "CÂMBIO FINAL" ou E SÓ‖.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................465 /468 )


AUTENTICAÇÃO A autenticação da mensagem (ou dos elementos testes)
transmitida (os) é...

CÂMBIO... Encerrei esta transmissão e aguardo resposta. Continue e


transmita

CANCELE ESTA Esta transmissão esta incorreta, cancele-a.


TRANSMISSÃO

COMO ME ―Solicito nformar resultado de Experiência Fonia relacionada a esta


RECEBE transmissão‖.

CORREÇÃO Houve um erro na transmissão desta mensagem. Continuarei com


a última palavra correta.

DATA-HORA Expressão utilizada para informar que a próxima sequência de


algarismos e letras irá indicar o grupo data hora.

DEOIS DE... Verificar ou repetir a parte da mensagem após o grupo que segue.

DIGA DE NOVO ―Diga de novo toda última transmissão‖. Seguida de dados de


identificação, significa: Diga de novo a mensagem ou as partes
indicadas.

GRUPO O número de grupos do texto é o que segue

PALAVRA ANTES Usada para verificação, repetição e correção para indicar a parte
da mensagem.

PALAVRA Usada para verificação, repetição e correção para indicar a parte


DEPOIS da mensagem.

PALAVRAS a. Como pedido: ―A comunicação está dificil. Peço transmitir cada


DOBRADAS frase (ou cada grupo) duas vezes seguidas‖.

b. Como informação: ―Estando a comunicação difícil, cada frase


(ou grupo) desta mensagem será transmitida duas vezes
seguidas‖.

PEÇO COTEJO ―repita toda esta transmissão exatamente como foi recebida‖.
Seguida de dados de identificação, significa: ‖Repita a parte
indicada desta transmissão, exatamente como foirecebida‖.

RECEBIDO POR É uma forma para responder a ―COMO ME RECEBE‖. Os espaços


são preenchidos, respectivamente, com algarismos que esprimem
a clareza e a intencidade do sinal

SEPARAR Separação do texto de outras partes da mensagem ou trechos

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................466 /468 )


dentro do texto ou grupo cifrados.

SILÊNCIO Cessar imediatamente as transmissões. Devera ser mantido o


silêncio fnia do canal até ordem em contrário.

SOLETRANDO Eu soletrarei a próxima palavra do grupo.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................467 /468 )


ANEXO D
EXEMPLOS DE MENSAGENS
D-1. EXEMPLO DE MENSAGEM EM CLARO
MENSAGEM

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................468 /468 )


(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/Vol I.....................................................................469 /468 )

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