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GESTÃO E FAMILIA

Vanuza Maria de Almeida


Renata Valente
Prof. Orientador: Gladys Soraia Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Licenciatura em Pedagogia (PED 1287) – Seminário VIII
12/11/2018

RESUMO

O resumo só pode ser elaborado depois de concluído o trabalho e constitui-se de uma breve
explanação de todo o trabalho. Normalmente, o resumo não excede 900 caracteres (15 linhas ou
150 palavras). O resumo deve ser uma apresentação concisa dos pontos relevantes do texto.

Palavras-chave: ......................; .........................; ..............................

1) INTRODUÇÃO

A inclusão de educandos especiais tanto na Educação Infantil como no Ensino Regular


Básico, ainda está avançando apesar das Politicas Públicas darem ênfase com respaldo da
Legislação Inclusiva, muito ainda tem que ser ajustado, como a formação dos professores e
profissionais que atendem esses educandos, o espaço físicos adaptados, currículos adaptados para
trabalhar em sala pelos professores, e projetos de inclusão administrado pela Gestão escolar e o
corpo docente.
A escola inclusiva é um espaço de interação, respeito e cidadania. É onde todos a
comunidades escolar aprende a tolerância, a convivência com o diferente, e a harmonia,
independente das suas diferenças, é um processo de conhecimento e análise da realidade escolar em
suas condições concretas, a escola inclusiva necessita da elaboração de projeto de inclusão e
diversidade para a instituição escolar. Pois os valores são aprendidos e reconstruídos. Como as Leis
da inclusão estão sendo empregadas no dia a dia do educador e dos seus educandos, e como elas
estão sendo integradas à prática pedagógica.
Entende-se que a responsabilidade de uma escola inclusiva, não cabe apenas aos alunos e
professores em sala de aula mas também a gestão escolar, que coordena todas as atividades da
instituição. O gestor precisa ter conhecimento familiar do aluno especial, junto com o professor.
Pois é através desses conhecimentos que ira conseguir elaborar projetos na busca de recursos para
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garantir a acessibilidade dos PNEEs. Utilizando materiais para envolver na elaboração do Projeto
Politico Pedagógico .
No Brasil o paradoxo inclusão – exclusão, marca os sistemas de ensino privado e o publico .
Para uma educação de qualidade é necessário que os gestores estejam preparados e sejam
conhecedores das leis.

2 ) A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E A GESTÃO DEMOCRÁTICA :

A Educação, cumpre função de socialização, de transformando em um fator decisivo na


humanização do indivíduo. A escola perdeu o papel hegemônico de transmitir só a informação. Hoje
a criança, chega a escola trazendo uma enorme bagagem de informações do mundo externo. E a
escola tem que filtrar essas informações, trazendo para a criança os reais valores e concepções
ideológicas e a educação respeitando a sua concepção do mundo que foi inserida. E somente a
escola pode cumprir essa função. Em contra partida deve oferecer o conhecimento facilitando a
analise do mundo para o aluno compreende-lo. Como afirma Bernstein:

“A escola deve transforma-se numa comunidade de vida e, a educação


deve ser concebida como continua reconstrução de experiência.
Comunidade de vida democrática e reconstrução da experiência
baseadas no diálogo, na comparação e no respeito real pelas diferenças
individuais, sobre cuja aceitação pode assentar um entendimento
mútuo, o acordo e os projetos solidários. O que importa não é a
uniformidade, mas o discurso. O interesse comum realmente
substantivo e relevante somente é descoberto ou é criado na batalha
politica democrática e permanece ao mesmo tempo contestando como
compartilhado” (BERNSTEIN, 1987, p.47)

Perceber-se que através de suas vivências diárias tanto na rua, em casa e na escola as
crianças, criam a sua identidade social, e elas passam a pensar e a contestar o meio que estão
inseridas, e o papel do educador é possibilitar essa transição e ensina-las a pensar de uma forma
coerente e guiá-las a um entendimento que todos somos diferentes e estamos vivendo em uma
sociedade que necessita respeitar e tolerar as diferenças.
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A identidade social refere-se às características que são atribuídas a um


indivíduo pelos outros. Elas podem ser vistas como marcadores que
indicam quem, em um sentido básico, essa pessoa é. Ao mesmo
tempo, esses marcadores posicionam essa pessoa em relação a outros
indivíduos que compartilham dos mesmos atributos (GIDDENS,
2005, p.44, grifos do original)
A diversidade educacional e inclusiva é um dos principais pontos dos direitos humanos e da
cidadania, e para que uma sociedade moderna e instruída seja construída, é de suma importância a
educação do respeito, da tolerância e da inclusão social, e tem como objetivo eliminar a
discriminação e a exclusão. Porém o sentido tem sido distorcido por muitos, portanto ao falar de
inclusão devemos entender que as crianças são diferentes entre si, elas são únicas em sua forma de
pensar e aprender. As crianças são únicas e diferentes e seu entendimento de mundo está em
construção e precisa ser bem orientadas.
O princípio é que as escolas devem acolher a todas as crianças,
incluindo crianças com deficiências, superdotadas, de rua, que
trabalham, de populações distantes, nômades, pertencentes a minorias
linguísticas, étnicas ou culturais, de outros grupos desfavorecidos ou
marginalizados. Para isso, sugere que se desenvolva uma pedagogia
centrada na relação com a criança, capaz de educar com sucesso a
todos, atendendo às necessidades de cada um, considerando a
diferenças existentes entre elas (MEC,2005 apud PAULON:
FREITAS;PINHO, 2005,p.20)
A Concepção de educação inclusiva parte da seguinte premissa: De que a escola é para
todos, ou seja, a inclusão não necessariamente é só para as pessoas com deficiências e sim para
todos, a diversidade oportuniza vivências diárias para a construção da cultura e da igualdade, e
ensina as crianças a aceitar as particularidades dos outros, além de se aceitarem como são, havendo
assim uma troca, embutindo a concepção do respeito, da gentileza e da cidadania, e enraizando na
criança que todos são pessoas iguais e que todos tem os mesmos direitos e deveres perante a
sociedade.
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2.1) A COMUNIDADE ESCOLAR E A POLÍTICA DE INCLUSÃO:

Foi através da maneira de olhar o educando especial que mudou as politicas pulicas em
relação a educação especial. Pela Constituição Federal (1988), a política de inclusão social é o
maior desafio da educação no Brasil, pois a grande distribuição de recursos ligados a educação,
visando o desenvolvimento e a manutenção do ensino Publico no Brasil.

Para garantir a verdadeira inclusão do indivíduo com necessidades especiais temos as


políticas públicas, são definidas por ações do governo Federal para atender a demanda na educação,
e garantem os recursos para o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.

As políticas públicas, são definidas por ações do governo Federal para atender a demanda na
educação, e garantem os recursos para o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem. E para
chegar dar fundamentação nas politicas públicas têm vários documentos e legislações que
embasaram e melhoraram a Política de Educação Inclusiva do Brasil:

Constituição da República Federativa do Brasil: “Promover o bem de todos, sem


preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3°,
inciso IV), artigo 205, a educação é um direito de todos, que garante o desenvolvimento da pessoa;
no artigo 206, inciso I , a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, o Estado é
responsável e garante o ensino e o atendimento especializado, preferencialmente na rede regular de
ensino (art.208)

1989 – Lei n°7.853/89: O apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social,
e define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar, ou extinguir a matrícula de um estudante
por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino seja público ou privado. A
punição é de um a quatro anos de prisão mais a multa.

1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente- Lei n°8.069/90: O artigo 55 determina que “os
Pais ou responsáveis tem a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.

1990 – Declaração Mundial de Educação para Todos: São documentos internacionais que
influenciam as politicas públicas de educação inclusiva:

1994 - Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), Dispõe sobre princípios, politicas e


praticas na área das necessidades educacionais especiais - “A preparação adequada de todo
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profissional da educação constitui um fator-chave na promoção do progresso em direção as escolas


inclusivas”.

1994 – politica Nacional da Educação Especial: Retrocesso das politicas públicas ao


contrário ao da inclusão: ao orientar o processo da “Integração instrucional” que condiciona o
acesso as classes comuns do ensino regular aqueles que [...] possuem condições de acompanhar e
desenvolver as atividades curriculares do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos normais”.

1996 LDB- Lei n°9.394/96: tornou obrigatório e reafirma o direito à educação pública e
gratuita das pessoas com deficiência, condutas típicas e altas habilidades.

199 – Decreto n° 3298 que regulamenta a Lei n° 7.853/89: A integração da Pessoa Portadora
de deficiência , define que a educação especial é uma modalidade transversal a todos os níveis e
modalidades de ensino.

2001 – Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica Resolução


CNE/CEB n° 2/2001: Determinam que os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos,
cabendo as escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades
educacionais (art. 2°).

2001 – PNE, Lei n° 10.172/2001: Garante o avanço da década da educação deveria produzir
seria a construção da escola inclusiva que garantia o atendimento a diversidade humana .

2001 – Convenção da Guatemala(1999) Decreto n° 3.956/2001: Afirma que as pessoas com


deficiências tem os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que as demais , definindo
descriminação a exclusão e a discriminação.

2002 – Resolução CNE/CP n° 1/2002: Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para


a formação de professores da educação básica .

2002 – Lei n°10.436/02: Reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de
comunicação e expressão.

2003 – Portaria n° 2.678: Aprova diretrizes e normas para o uso , ensino, a produção, e a
difusão do sistema Braile em todas as modalidades de ensino.

2004 – Cartilha – Acesso dos alunos com deficiências as escolas e classes comuns da rede
regular: O Ministério Publico Federal divulga o documento com o objetivo de disseminar os
conceitos e diretrizes mundiais para a inclusão.
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2004 – Decreto n° 5.296/04 Regulamenta as leis n°10.048/00 e n°10.098/00, que estabelece


normas e critérios para a promoção da acessibilidade as pessoas com deficiência ou com
mobilidades reduzidas. ( Programa Brasil Acessível).

2005 – Decreto n° 5.626/05: Regulamenta a Lei n° 10.436/02 que visa a inclusão dos alunos
surdos, dispõe sobre a inclusão de Libras como disciplina curricular, a formação e a certificação do
professor, instrutor e tradutor/interprete de Libras.

2006 – Plano Nacional de Educação em direitos Humanos: Lançado pela secretaria Especial
dos Direitos Humanos, pelo Ministério da Justiça e pela Unesco, objetivando regulamentar o
currículo da Educação Básica as temáticas relativas às pessoas com deficiência e a sua inclusão até
a educação superior.

2007 – PDE: Traz a acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares a implantação de


salas de recursos multifuncionais e a formação docente para o atendimento educacional
especializado.

2007 – Decreto n° 6.094/07: Estabelece dentre as diretrizes do compromisso Todos pela


Educação a garantia do acesso e permanência no ensino regular e o atendimento as necessidades
educacionais especiais dos alunos com a inclusão educacional das escolas publicas.

2008 – Politica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva: São


diretrizes que fundamentam a politica voltada para a inclusão escolar.

2009 – Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência: Foi aprovada pela ONU ,
que estabelece que os estados devem assegurar o sistema de educação inclusiva , e determina que as
pessoas com necessidades especiais não sejam excluídas do sistema educacional.

2008 – Decreto n° 6.571: Diretrizes para o atendimento educacional especializado no


sistema regulara de ensino.

2009 – Resolução n° 4 CNE/CEB: Regulamenta que o atendimento especializado deve ser


oferecido em contra turno que o educando especial está matriculado.

2011 – PNE: Projeto de Lei que pretende Universalizar para a população de quatro a 17
anos, o atendimento escolar aos estudantes com transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação na rede regular de ensino. Ainda em tramitação.
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2012 – Lei n° 12.764: Institui a Politica Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista; e altera o 3°art.98 da Lei n° 8.112.(11 de Dezembro de 1990)

2.2) INTEGRAÇÃO ESCOLAR:

No final dos anos 60 , houve o movimento pela integração social, que planejava “[...] inserir
as pessoas com deficiências nos sistemas sociais gerais como, educação, o trabalho, a família e o
lazer[...], (SASSAKI,1999,p.31), mas só na década de 80 que realmente começou esse processo.

perceber como foi a evolução da inclusão até chegar ao atual sistema da educação:

1º EXCLUSÃO: onde pessoas normais faziam parte de um grupo fechado e ninguém dito
diferente se incluía;

2º SEPARAÇÃO: havia dois grupos distintos os das pessoas normais e as das pessoas
diferentes e com necessidades especiais;

3º INTEGRAÇÃO: as pessoas com necessidades especiais estão integrados, mas os seus


direitos da igualdades não são respeitados;

4º INCLUSÃO: é só na inclusão que os direitos da igualdade são respeitados, e o professor


e a escola precisam estar preparados para articular estratégias para auxiliar a inclusão
derrubando qualquer preconceito e respeitando a individualidade de cada educando. O
professor também deverá criar possibilidades para a integração e inclusão do aluno especial
junto com o resto de seus colegas, auxiliando-o no respeito mútuo, além auxiliar na
aprendizagem desses estudantes .

2.3) Gestão e Família e a Inclusão:

A Gestão escolar, a Família e a comunidade escolar em geral devem estar unidas para
melhor atender o educando especial e auxilia-lo nas conquistas diárias. Construindo um
compromisso de convivência democrática, com respeito as diferenças. Ou seja, se faz necessário o
desenvolvimento do relacionamento democrático dentro da instituição com todos que atuam na
escola que deve ser uma experiência de construção ao respeito, do caráter e da cidadania, com a
convivência de indivíduos diferentes.
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E a participação da comunidade é de suma importância, pois possibilita o retorno e a


avaliação da gestão escolar e de seus principais autores. Segundo Paro(1997),” a participação
democrática não se dá espontaneamente, sendo antes um processo histórico de construção coletiva”.
Ou seja, é através da construção e do esforço que a escola se torna democrática e engloba a todos
sem distinção.

6 CONCLUSÃO

A conclusão deve apresentar o posicionamento sintetizado da argumentação desenvolvida no


corpo do trabalho. Apresenta-se uma análise sobre o trabalho desenvolvido, informando resultados
e reflexões sobre o Estágio, área de concentração. Também poderá ser relatada uma opinião pessoal
sobre a experiência que acaba de realizar, apresentando recomendações e sugestões referentes ao
aperfeiçoamento de futuros trabalhos.

REFERÊNCIAS:

SILVEIRA, Tatiana dos Santos da, Luciana Monteiro do Nascimento – Educação Inclusiva –
Aspectos Sociais, Indaial: Uniasselvi, 2013

CARVALHO, Rosita Edler – Removendo Barreiras para Aprendizagem, 10 ed. Porto Alegre:
Medição, 2011;

MACHADO, Rosangela, Educação Especial na Escola Inclusiva, Politicas, Paradigmas e


Práticas, 1°ed, São Paulo: Cortez, 2009

MITTLER, Peter – Educação Inclusiva – Contextos Sociais, Tradução Windyz Brazão Ferreira –
Porto Alegre: Artmed, 2003

C RINALDI - As cem linguagens da criança: a abordagem de …, 1999O Currículo Emergente e


o Construtivismo Social. IN: EDWARDS, C., GANDINI, L., FORMAN.
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SACRISTAN, J. Gimeno, A.J.Perez Gómez – Compreender e transformar o ensino, Tradução


Ernani F. da Fonseca Rosa – 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998

ADRIANO, Graciele Alice Carvalho – Gestão educacional, Indaial: Uniasselvi, 2017

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