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DESEMPENHO DO TRANSPORTE NO 1 O SEMESTRE DE 2020

Impactos da pandemia de COVID-19


Esta edição do Transporte brasileira, tanto pela ótica da pela crise e as economias mais
em Números tem o objetivo de produção, ou seja, da oferta, resilientes;
detalhar os resultados da ati- quanto dos tipos de despesa na c) serviços prestados nos mo-
vidade econômica no primeiro economia, isto é, da demanda, dais de transporte rodoviário,
semestre de 2020, mostrando com foco especial para o setor ferroviário, aquaviário e aéreo,
a magnitude dos impactos de transporte; mostrando as modalidades
da crise mundial provocada b) A título comparativo, serão mais impactadas.
pela pandemia da Covid-19 no apresentados resultados da ati- O quadro abaixo resume as
acumulado do período. Desta- vidade econômica em países e principais conclusões do estudo.
cam-se três pontos de análise: regiões selecionadas do mundo,
a) A atividade econômica mostrando os mais impactados

Quadro 1 – Quadro-Resumo dos resultados no 1º Semestre de 2020


Descrição Variação 1º semestre
Macro
PIB Total do Brasil - 5,9%
PIB do Transporte - 11,3%
PIB de países e regiões selecionadas
EUA - 4,6%
União Europeia - 8,4%
México - 10,8%
Japão - 6,0%
Coreia -0,8%
Modais
Rodoviário
Fluxo pedagiado de pesados -5,5%
Fluxo pedagiado de leves -23,1%
Fluxo pedagiado total -18,8%
Ferroviário
Movimentação (TU) -7,6%
Produção (TKU) -5,2%
Aquaviário
Longo Curso -7,7%
Cabotagem 1,5%
Vias Interiores -15,2%
Aéreo
RPK -48,8%
RPK Voos Internacionais -55,4%
RPK Voos Nacionais -45,7%
Macro
Resultados do PIB do Brasil no 1º semestre de 2020
O primeiro semestre de pela pandemia do corona- piores registradas desde o
2020 foi um período difícil vírus. A crise gerou contra- primeiro trimestre de 1996,
para o transporte e para a ções do nível de atividade quando se inicia a série his-
economia brasileira, em ra- que se concentraram no se- tórica (Gráfico 1).
zão da crise desencadeada gundo trimestre e foram as

Gráfico 1 – Taxa de variação do PIB do transporte e do PIB do Brasil em diversas bases de comparação
(%) - Trimestre contra trimestre imediatamente anterior, trimestre contra igual trimestre do ano anterior e semestre
contra igual semestre do ano anterior

Fonte: Elaboração CNT com dados das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Sob a ótica semestral, de tal: a retração do setor foi de registrado no auge da reces-
janeiro a junho de 2020, o 11,3%. Esses são os primeiros são de 2014-2016; enquanto
Produto Interno Bruto (PIB) resultados semestrais negati- para o transporte, representa
do Brasil contraiu 5,9% na vos para o PIB total e setorial quase o dobro do que havia
comparação com igual perí- brasileiros desde que o país sido registrado no auge da-
odo do ano anterior. O valor iniciou o ciclo de recuperação quela recessão, como ilustra
adicionado pelo transporte da economia no 1º semestre o Gráfico 2.
de cargas e passageiros no de 2017. Para a economia to-
semestre caiu quase o do- tal, a magnitude da queda é
bro do registrado no PIB to- comparável ao que havia sido

Gráfico 2 – Taxa de variação semestral do PIB do Brasil - total e setor de Transporte, armazenagem e correio
(jan-jun/2014 a jan-jun/2020 - variação % em relação a igual semestre do ano anterior)

PIB Transporte
C- C-
Recessão Recuperação 19 Recessão Recuperação 19
2014.II

2018.II

2020.I

2014.II

2,4 2018.II

2020.I
2015.II

2016.II

2017.II

2019.II

2015.II

2016.II

2,9 2017.II

2019.II
2014.I

2015.I

2016.I

2018.I

2019.I

2014.I

2015.I

2016.I

2018.I

2019.I
2017.I

2017.I
2,0

2,0
1,6
1,4
1,5

1,4

1,4
1,3

0,8
0,6

0,4
0,0
-0,4

-1,0
-2,2

-2,3

-2,7
-4,2
-4,9

-5,1
-5,8
-5,9

-6,0

-11,3

*C-19 = Período de pandemia da Covid-19.


Fonte: Elaboração CNT com dados das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Entre os grandes grupos segmentos apurados nas Con- industriais de Transformação
de atividade econômica, o tas Nacionais Trimestrais do (-10,7%) e da Construção Civil
que mais retraiu no 1º semes- IBGE, o que registrou a maior (-6,1%) registraram a 3ª e a
tre de 2020 foi a indústria queda de janeiro a junho de 5ª maior retração no período,
(-6,5%), seguida dos serviços 2020 foi o de Outras ativi- respectivamente.
(-5,9%); enquanto a agrope- dades de serviços (-13,6%), A perspectiva setorial mos-
cuária conseguiu manter um que inclui serviços de aloja- tra que os efeitos recessivos
desempenho positivo no pe- mento, alimentação, saúde e da crise da Covid-19 atingi-
ríodo (+1,6%), embora bem educação consumidos pelas ram de forma relativamente
abaixo do que já foi registra- famílias, serviços domésticos generalizada as atividades
do ao longo da série histórica remunerados e serviços cul- produtivas no Brasil, mas de-
(Gráfico 3). turais, desportivos e recreati- terminadas atividades, como
O resultado agregado dos vos prestados por instituições o transporte, os serviços
serviços, por tratar de ativi- privadas sem fins lucrativos1. prestados às famílias e a in-
dades bastante heterogêne- Os serviços de Transporte de dústria de transformação, até
as, camufla o fato de que os cargas e passageiros (-11,3%) o momento, concentraram
impactos mais imediatos e e o Comércio (-6,9%) apre- mais prejuízos; ao passo que a
abruptos da crise se fizeram sentaram, respectivamente, agropecuária foi relativamen-
sentir justamente em segmen- a 2ª e a 4ª maior contração te menos impactada.
tos desse setor. Entre todos os no semestre. As atividades

Gráfico 3 – Taxa de variação semestral do PIB do Brasil - grandes grupos de atividades


(jan-jun/2014 a jan-jun/2020 - variação % em relação a igual semestre do ano anterior)

Agropecuária Indústria Serviços

Recorde de C- C
C-
safras
safra
r s Recessão Recuperação 19 Recessão Recuperação 119
2020 I

2020 I
2020.I

2014.II

2018.II

2020.I
2016.II
2015.II

2017.II

2019.II
2014.I

2015.I

2016.I

2018.I

2019.I

2014.I

2015.I

2016.I

2018.I

2019.I
2017.I

2017.I
18,3
18,3
8,4
5,9

5,,0
5,0
3,6

1,8
1,8

1,7

1,7
16
1,6
1,,4
1,4

0,9

1,,3
1,3

1,3
1,,2
1,2

1,2

1,2
1,,0
1,0

0,,3
0,3
0,2
0,,0
0,0
-0,1

-0,,3
-0,3

-0,3
-1,,0
-1,0

-1,,7

-1,,7
-1,7

-1,7
-2,0

-2,,7
-2,7
-2,9
3,,4
-3,4

-3,5
3,5

-3,7
-4,,4
-4,4

-5,7

59
-5,9
-6,5

-6,5
-7,0

*C-19 = Período de pandemia da Covid-19.


Fonte: Elaboração CNT com dados das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Entre os tipos de despesa geral da economia brasileira, população, principalmente nas
na economia, ou seja, entre as pois também são impactadas áreas de educação e saúde2.
possíveis destinações de tudo pela perda da capacidade de Do ponto de vista da deman-
o que foi produzido, a maior consumo e investimento no da externa, ou seja, das expor-
queda ficou por conta dos com- país. Por isso, elas retraíram tações do Brasil para os demais
ponentes da demanda interna, 5,0% no semestre (Gráfico 4). países - que já vinham regis-
refletindo um corte abrupto na Ainda no escopo da deman- trando um desempenho negati-
capacidade de gasto dos bra- da interna, é preocupante que vo tanto no primeiro quanto no
sileiros. De janeiro a junho de o consumo do governo tenha segundo semestre de 2019 -, o
2020, o investimento retraiu retraído 4,4% no período (Grá- resultado de janeiro a junho de
5,7% e o consumo das famí- fico 4). Nas Contas Nacionais 2020 ficou mais próximo da es-
lias, impressionantes 7,1%. As Trimestrais do IBGE, o consumo tabilidade: queda de 0,8% (Grá-
importações de mercadorias do governo mensura o volume fico 4). Esse indicador deve ser
para consumo das famílias e de de atendimentos individuais e analisado a partir do comércio
máquinas, partes e peças para coletivos prestados gratuita- internacional e dos impactos
a operação das empresas ten- mente pelas esferas de governo mais aparentes da pandemia da
dem a acompanhar a tendência federal, estadual e municipal à Covid-19 na economia global.

Gráfico 4 – Taxa de variação semestral do PIB do Brasil - por tipo de gasto


(jan-jun/2014 a jan-jun/2020 - variação % em relação a igual semestre do ano anterior)

Cosumo Investimento
C- C-
Recessão Recuperação 19 Recessão Recuperação 19
2014.II

2018.II

2020.I

2014.II

2018.II

2020.I
2015.II

2016.II

2017.II

2019.II

2015.II

2016.II

2017.II

2019.II
2014.I

2015.I

2016.I

2018.I

2019.I

2014.I

2015.I

2016.I

2018.I

2019.I
2017.I

2017.I

5,2
3,4

3,3
2,6
2,5

2,5
2,0

2,0
1,7
1,5

1,2

1,3
0,5

-1,3
-1,4

-2,6
-5,0
-5,1

-5,7
-6,3
-7,0
-7,1

-9,1
-10,8

-14,9
-17,1

continua
*C-19 = Período de pandemia da Covid-19.
Fonte: Elaboração CNT com dados das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Gráfico 4 – Taxa de variação semestral do PIB do Brasil - por tipo de gasto
(jan-jun/2014 a jan-jun/2020 - variação % em relação a igual semestre do ano anterior)
continuação
Governo Exportação
C- C-
19 19
2014.II

2018.II

2020.I

2014.II

2018.II

2020.I
2015.II

2016.II

2017.II

2019.II

2015.II

2016.II

2017.II

2019.II
2014.I

2015.I

2016.I

2018.I

2019.I

2014.I

2015.I

2016.I

2018.I

2019.I
2017.I

2017.I
8,1
7,0

7,0
6,9
6,7

1,8
1,6

1,0
0,7

0,6
0,2
0,2
0,0

0,1

-0,1
-0,2

-0,3
-0,5

-0,8
-1,0

-1,2
-1,8

-3,5
-4,4

-4,7

-4,7

continua
*C-19 = Período de pandemia da Covid-19.
Fonte: Elaboração CNT com dados das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Gráfico 4 – Taxa de variação semestral do PIB do Brasil - por tipo de gasto
(jan-jun/2014 a jan-jun/2020 - variação % em relação a igual semestre do ano anterior)
continuação
Importação

Recessão Recuperação C-19


2014.II

2018.II

2020.I
2015.II

2016.II

2017.II

2019.II
2014.I

2015.I

2016.I

2018.I

2019.I
2017.I

9,4
8,7

7,2
4,7

1,2

1,0
-2,2

-2,3

-3,9

-5,0
-8,2

-16,3
-19,8

*C-19 = Período de pandemia da Covid-19.


Fonte: Elaboração CNT com dados das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Resultados de países selecionados no 1º semestre de 2020
Indicadores disponíveis da da Coreia, que produziu 1,6% da crise financeira mundial
Organização para a Coopera- do PIB global em 2019 e re- (Gráfico 5).
ção e Desenvolvimento Eco- gistrou uma retração muito Já a economia coreana
nômico (OCDE) já revelam mais suave do que os demais vem demonstrando alto grau
a contração que ocorreu de países no semestre: somente de resiliência frente a crises
janeiro a junho de 2020 em -0,8% (Gráfico 5). mais agudas que ocorrem no
algumas das economias mais A queda semestral provo- cenário internacional. Duran-
representativas do mercado cada pela crise da Covid-19 te a crise financeira mundial
internacional. nos EUA, União Europeia e de 2007-2009, o desempenho
A economia americana, México foi pior do que a re- negativo da Coreia durou me-
que representou 15,1%3 do gistrada no auge da crise nos tempo e registrou quedas
PIB mundial em 2019, re- financeira internacional de mais suaves do que nos de-
traiu 4,6% no semestre. Já 2007-2009, no primeiro se- mais países. Até o momento,
a União Europeia, que produ- mestre de 2009. Nos casos os indicadores de 2020 apon-
ziu 13,8% do PIB mundial em da Europa e do México, a tam que, novamente, a Coreia
2019, retraiu 8,4%. O Japão, retração semestral causada tem feito uma gestão da crise
com 4,0% do produto mun- pela Covid-19 superou a ge- que parece mais bem-sucedi-
dial de 2019, caiu 6,0%. Entre rada pela crise financeira no da do que a dos demais paí-
as economias latino-america- primeiro semestre de 2009 ses (Gráfico 5).
nas, a do México é a segun- em mais de 3,0 pontos per-
da mais representativa4, com centuais. Na economia japo-
1,8% do PIB global de 2019, e nesa, a contração semestral
retraiu 10,8%. Na região asiá- provocada pela Covid-19 não
tica, além do Japão, também foi pior, mas é comparável à
chama a atenção a economia registrada no pior semestre

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Gráfico 5 – Taxa de variação semestral do PIB de países e regiões selecionadas
(jan-jun/2014 a jan-jun/2020 - variação % em relação a igual semestre do ano anterior)

EUA U n i ão E u ro p ei a

Ci c l o s d e
Cri s e Ci c l o s d e c res c i m en to e C- Cri s e Cri s e d a c res c i m en to e C
C-
2 007 - 099 d es ac el eraç ão 1 9 2 007 - 09 d í vi d a d es ac el eraç ão 19
2 007 . I
2 008. I
2 009 . I

2 02 0. I
2 007 . I
2 008. I
2 009 . I

2 02 0. I
2 01 0. I

2 01 2 . I
2 01 3 . I
2 01 4. I
2 01 5 . I
2 01 6 . I
2 01 7 . I
2 01 8. I
2 01 9 . I

0. I

2 01 2 . I
2 01 3 . I
2 01 4. I
2 01 5 . I
2 01 6 . I
2 01 7 . I
2 01 8. I
2 01 9 . I
2 01 1 . I

2 01 1 . I
2 01 0
3,8

3,4
3,2

3,2
3,0
2,9

2,8
2,8

2,6
2,6
2,5

2,6
2,5

2,5
2,4
2,3

2,3
2,3

2,2

2,2
2,0

2,1

2,1

2,0
2,1

2,0

2,0
1,9
1,8

1,8

7
11,7

1,7
1,7

1,6
1,7

1,6

1,5
1,4

1,4
1,3

1,2
1,1

0,6
-0,4
-0,6
-0,8

-0,9
-1,4
-1,5
15

-3,3
-3,6

-4,6

-5,3

-8,4

*C-19 = Período de pandemia da Covid-19. continua


Fonte: Elaboração CNT com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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Gráfico 5 – Taxa de variação semestral do PIB de países e regiões selecionadas
(jan-jun/2014 a jan-jun/2020 - variação % em relação a igual semestre do ano anterior)
continuação

Méxi c o J ap ão
Cri s e Ci c l o s d e c res c i m en to , C- Cri s e C
C-
2 007 - 09 9 d es ac el eraç ão e retraç ão 1 9 2 007 - 09 Des em p en h o erráti c o 19
2 007 . I
2 008. I
2 009 . I

2 02 0. I
2 007 . I
2 008. I
2 009 . I

2 02 0. I
2 01 0. I

2 01 2 . I

2 01 4. I
2 01 5 . I
2 01 6 . I

2 01 8. I
2 01 9 . I

0 I

2 01 2 . I

2 01 4. I
2 01 5 . I
2 01 6 . I

2 01 8. I
2 01 9 . I
2 01 3 . I

2 01 7 . I

2 01 3 . I

2 01 7 . I
2 01 1 . I

2 01 1 . I
2 01 0.
5,9
4,4

4,4
4,0
4,0

4,11
4
3,4
3,3

3,2
3,1

3,0

3,0
2,9

2,8
2,6

2,5
2,4

2,4

2,4
2,4

2,0
2,1

2,0

1,9
1,8

1,7
1,6

1,5
1,3

1,2

1,2
1,0

0,9
1,1

0,8
0,8

0,5
0,3

0,2
0,1
0,0

0,1

-0,1
-0,1

-0,4
-0,6

-0,6
-2,3
-3,3
34
-3,4

-6,0
-6,7

-7,5
-10,6

continua
*C-19 = Período de pandemia da Covid-19.
Fonte: Elaboração CNT com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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Gráfico 5 – Taxa de variação semestral do PIB de países e regiões selecionadas
(jan-jun/2014 a jan-jun/2020 - variação % em relação a igual semestre do ano anterior)
continuação

Co rei a
Cri s e 2 007 - 09 Ci c l o s d e c res c i m en to e d es ac el eraç ão C-
C 19
2 007 . II

2 008. II

2 009 . II

2 02 0. II
2 01 0. II

2 01 2 . II

2 01 3 . II

2 01 4. II

2 01 5 . II

2 01 6 . II

2 01 7 . II

2 01 8. II

2 01 9 . II
2 008. I
2 007 . I

2 009 . I

0. I
2 01 1 . II
2 01 0. I

2 01 2 . I

2 01 3 . I

2 01 4. I

2 01 5 . I

2 01 6 . I

2 01 7 . I

2 01 8. I

2 01 9 . I
2 01 1 . I

2 02 0
7,5
6,2

6,1
5,4

4,9

4,6

3,7
3,6

3,4

3,4
3,3

3,1
31
3,1

3,0
2,8

2,8
2,7

2,7
2,6
2,4
2,4

2,3

2,1
1,9
1,1

08
-0,8
-1,5

*C-19 = Período de pandemia da Covid-19.


Fonte: Elaboração CNT com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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As estatísticas da China tado para os demais países, China um importante parcei-
não estão disponíveis em regiões e para o agregado ro comercial; e
bases semestrais, mas en- mundial (Gráfico 6). (ii) o aumento da partici-
contram-se estruturadas Com 19,2% do PIB mundial pação chinesa na economia
em bases anuais nos dados em 2019, sendo a maior eco- mundial e na pauta de ex-
do World Economic Outlook nomia do mundo5, e o princi- portação de países como o
(WEO) do Fundo Monetá- pal destino das exportações Brasil.
rio Internacional (FMI). Es- brasileiras, com 28,1% do va- Outro ponto importante
sas estatísticas mostram a lor exportado pelo Brasil em no banco de dados do WEO/
potência e a resiliência da 2019, o desempenho menos FMI é que a instituição pre-
economia chinesa frente a vigoroso da China em 2020 vê uma recuperação rápida
crises. Desde 2011, a econo- exercerá uma influência des- e expressiva da crise da Co-
mia chinesa passa por um favorável para os resultados vid-19 já em 2021 em regiões
processo de desaceleração; da economia mundial e das diversas do planeta (Gráfico
porém, quando a China de- exportações brasileiras em 6). Como ainda há muita in-
sacelera, cresce na faixa dos 2020. Por outro lado, ainda certeza em relação à crise,
6,0% no ano - algo muito que menos vigoroso, o de- é necessário acompanhar os
impressionante. No contexto sempenho do país tende a próximos indicadores para
da crise da Covid-19, o FMI ser melhor do que o dos de- verificar se o FMI deverá
estima que a economia chi- mais países, o que tem duas manter ou ajustar para baixo
nesa crescerá 1,2% em 2020 implicações: as suas projeções efetuadas
- desempenho bem abaixo (i) o amortecimento do em abril para o ano de 2021.
dos demais registros da sé- tombo da economia mun-
rie histórica, mas que, por dial no ano e algum grau de
ser positivo, contrasta com o sustentação para as expor-
desempenho negativo proje- tações de países que têm na

12
Gráfico 6 – Taxa de variação anual do PIB mundial, regiões e países selecionados
2007 a 2019: valores observados; 2020 a 2021: valores projetados - variação percentual em relação ao ano anterior

Mu n d o Ch i n a
Cri s e Cri s e
2 007 - 2 007 -
09 Cres c i m en to es tável C- 1 9 09 Des ac el era ç ão C- 1 9

2 02 0*

2 02 0*
2 02 1 *

2 02 1 *
2 008

2 008
2 009

2 009
2 007

2 007
2 01 8

2 01 8
2 01 4

2 01 4
2 01 0

2 01 0
2 01 5
2 01 6

2 01 9

2 01 5
2 01 6

2 01 9
2 01 2

2 01 2
2 01 3

2 01 3
2 01 7

2 01 7
2 01 1

2 01 1
14,3

10,6
9,7

9,5
9,4

9,2
7,9
7,8
7,3

6,9
6,8
6,9

6,8
6,1
5,8
5,6

5,4
4,3

3,9
3,6

3,6
3,5
3,5

3,5
3,4
3,0

2,9

1,2
-0,1

-3,0

*C-19 = Período de pandemia da Covid-19. continua


Fonte: Elaboração CNT com dados da base do World Economic Outlook do Fundo Monetário Internacional (FMI).

13
Gráfico 6 – Taxa de variação anual do PIB mundial, regiões e países selecionados
2007 a 2019: valores observados; 2020 a 2021: valores projetados - variação percentual em relação ao ano anterior
continuação

EUA U n i ão E u ro p ei a

Cri s e Cri s e
2 007 - 2 007 - Cri s e d a
09 Cres c i m en to C- 1 9 09 d í vi d a R ec u p eraç ão C- 1 9

2 02 0*

2 02 0*
2 02 1 *

2 02 1 *
2 008

2 008
2 009

2 009
2 007

2 007
2 01 8

2 01 8
2 01 4

2 01 4
2 01 0

2 01 0
2 01 5
2 01 6

2 01 9

2 01 5
2 01 6

2 01 9
2 01 2

2 01 2
2 01 3

2 01 3
2 01 7

2 01 7
01 1

2 01 1
2 01

4,8
4,7
3,4
2,9
2,9

2,9
2,6

2,5

2,5
2,4

2,3

2,3
2,2

2,2
2,1
1,9
1,9

1,8

1,7
1,6

1,7
16
1,6

0,9

0,0
-0,1

-0,7
-2,5

-4,2
-5,9

-7,1

*C-19 = Período de pandemia da Covid-19. continua


Fonte: Elaboração CNT com dados da base do World Economic Outlook do Fundo Monetário Internacional (FMI).

14
Gráfico 6 – Taxa de variação anual do PIB mundial, regiões e países selecionados
2007 a 2019: valores observados; 2020 a 2021: valores projetados - variação percentual em relação ao ano anterior
continuação

A m éri c a L ati n a e Cari b e


Cri s e 2 00
C 007 - 09 Des ac el era ç ão e R ec es s ão R eto m ad a C- 1 9

2 02 0*

2 02 1 *
2 008

2 009
2 007

2 01 8
2 01 4
2 01 0

2 01 5

2 01 6

2 01 9
2 01 2

2 01 3

2 01 7
2 01 1
6,2
5,6

4,6
4,0

3,4
2,9

2,9

1,3

1,3

1,1
0,3

0,1
-0,6
-2,0

-5,2

*C-19 = Período de pandemia da Covid-19.


Fonte: Elaboração CNT com dados da base do World Economic Outlook do Fundo Monetário Internacional (FMI).

15
Modais
Rodoviário
No acumulado de janeiro a resultando em uma queda do po, bases de comparação
junho de 2020, o desempe- fluxo total de 18,8%6. menos deprimidas, como em
nho do fluxo de veículos nas A abertura mensal do de- relação a igual mês do ano
rodovias pedagiadas do Bra- sempenho, comparado com anterior, mostram que, ape-
sil foi negativo, impactado o mês imediatamente an- sar de não estarmos mais no
pela crise da Covid-19 sobre terior, mostra que o vale da vale, a situação ainda é crí-
a atividade econômica. O flu- crise parece ter ocorrido em tica, caracterizada por taxas
xo de veículos leves retraiu abril de 2020 (Gráfico 7.A). negativas de grande magni-
23,1% no período, compara- Isso, considerando que não tude e prolongadas (Gráfico
do com igual semestre do haverá novas ondas da pan- 7.B) - algo que compromete
ano anterior; já o de veículos demia capazes de provocar a situação financeira das
pesados contraiu 5,5%, na vales ainda mais profundos empresas.
mesma base de comparação; no futuro. Ao mesmo tem-

Gráfico 7 – Variação mensal do fluxo de veículos nas rodovias pedagiadas do Brasil


(jan/2020 a jun/2020 - Em percentual (%)
A. Comparado ao mês imediatamente anterior

Le v e s P e sa dos Tot a l
mar/2 0

mar/2 0

mar/2 0
m a i/ 2 0

m a i/ 2 0

m a i/ 2 0
fe v / 2 0

a br / 2 0

fe v / 2 0

a br / 2 0

fe v / 2 0

a br / 2 0
ja n/ 2 0

jun/ 2 0

ja n/ 2 0

jun/ 2 0

ja n/ 2 0

jun/ 2 0
28,8%

20,8%

21,0%

18,0%
9,7%
8,7%
0,7%
1,0%

0,1%
-0,5%

-0,4%
-0,7%

-4,0%

-18,1%

-18,4%
-22,7%

-32,3%
-38,7%

continua
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.

16
Gráfico 7 – Variação mensal do fluxo de veículos nas rodovias pedagiadas do Brasil
(jan/2020 a jun/2020 - Em percentual (%)
B. Comparado ao mesmo mês do ano anterior
continuação

L eves Pes ad o s T o tal


m ar/ 2 0

m ai / 2 0

m ar/ 2 0

m ai / 2 0

m ar/ 2 0

m ai / 2 0
f ev/ 2 0

ab r/ 2 0

ju n / 20

f ev/ 2 0

ab r/ 2 0

ju n / 20

f ev/ 2 0

ab r/ 2 0

ju n / 20
j an / 2 0

j an / 2 0

j an / 2 0
3,1%
0,5%

0,4%
6,7%

5,1%
0,0%
-0,2%

-0,3%
-15,0%

-19,3%
-20,5%

-22,1%
-26,3%

-29,2%

-34,2%
-40,9%

-43,8%
-51,5%

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.

Para além da conjuntura 2014-16, é a referência para recessão, enquanto o de le-


da crise da Covid-19, é impor- se analisar quão longe esta- ves, 3,3% abaixo. Após a re-
tante analisar como essa cri- mos desse objetivo e quanto cessão, iniciou-se no país um
se se insere do ponto de vista tempo estamos demorando ciclo de recuperação que du-
da trajetória mais ampla de para, no mínimo, retornar rou mais de 3 anos (jan/2017
recuperação da economia. a esse patamar referencial a fev/2020) e, mesmo assim,
Desde a eclosão da recessão (Gráfico 8.A). não conseguiu repor o fluxo
de 2014-2016, o Brasil tem A recessão de 2014-16 foi de veículos pesados ao nível
como “missão” recuperar o mais sentida no segmento pré-recessão. Em fev/2020,
nível de produção perdido de veículos pesados do que ele ainda estava 6,1% abaixo
durante a longa recessão e no de leves. Ao final da re- do pré-recessão. O de leves,
superar esse nível pré-reces- cessão (dez/16), o fluxo de 1,4% acima. Nesse meio tem-
são, construindo uma nova veículos pesados nas rodo- po, houve um evento agudo,
trajetória de expansão. Nes- vias pedagiadas do país es- porém pontual, que foi a pa-
se sentido, março de 2014, tava 12,4% abaixo do volume ralisação dos caminhoneiros
véspera da recessão de observado na véspera da e afetou diretamente o fluxo

17
de pesados, enquanto o de to do primeiro semestre do de vale da crise da Covid-19,
leves foi apenas indireta- ano, estava 25,1% abaixo. Já em abr/2020, quando ficou
mente afetado (Gráfico 8.B). o fluxo de pesados chegou 26,2% abaixo desse pata-
A crise da Covid-19 mostra ao vale da crise da Covid-19 mar. Contudo, a paralisação
um efeito inverso: o fluxo de 26,2% abaixo do patamar de foi pontual, durou dez dias;
leves e de pesados foi afe- mar/2014 e, em junho, estava enquanto a crise da Covid-19
tado, porém o de leves foi 12,0% abaixo desse patamar. sustentou resultados nega-
mais forte. No vale da crise Vemos que no mês de pa- tivos de grande magnitude
(abr/2020), o fluxo de leves ralisação dos caminhonei- por mais tempo. Além disso,
estava 51,9% abaixo do pa- ros, em mai/2018, o fluxo há toda a incerteza envolvi-
tamar mínimo de referência, de veículos pesados se dis- da na Crise da Covid-19, mui-
o da véspera da recessão de tanciou mais do patamar de to maior do que a relaciona-
2014-16 (mar/2014). Em ju- mar/2014, ficando 33,8% da à paralisação de 2018.
nho de 2020, no fechamen- abaixo dele, do que no mês

Gráfico 8 – Cronologia do fluxo de veículos nos ciclos econômicos recentes do Brasil


A. Índice ABCR (Período base = mar/2014, véspera da recessão de 2014-16)

Índice
Brasil
115

105

95

85

75

65

55

45
jan/1 8
jan/1 4
jan/1 0

jan/1 6
jan/1 2
mai/03

mai/07

mai/17
mai/01

mai/11
jan/08

set/18
jan/04

set/08

set/14
set/04
jan/00

set/10

jan/20
set/00

jan/06

set/16
jan/02

set/06

set/12

mai/15

mai/19
set/02

mai/05

mai/09

mai/13

Ciclo de expansão Recessão Recuperação Covid


2014-16 2017-19 2020

Total Pesados Leves


continua
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.

18
Gráfico 8 – Cronologia do fluxo de veículos nos ciclos econômicos recentes do Brasil
B. Variação do Índice ABCR - meses selecionados em relação à mar/2014
(véspera da recessão de 2014-16)
continuação

Leves Pesados Total


d ez/ 1 6 m ai / 1 8 f ev/ 2 0 ab r/ 2 0 ju n / 20
( fim d a ( fim d a ( 4 m es es d e
rec es s ão d e ( p aral i s aç ão d o s rec u p eraç ão d e ( val e d a c ri s e c ri s e d a Co vi d -
2 01 4- 1 6 ) c am i n h o n ei ro s ) 2 01 7 - 2 0) d a Co vi d - 1 9 ) 1 9)

1,4%

-0,9%
-3,3%

-6,1%

-6,1%
-9,6%

-12,0%
-12,4%

-16,3%

-21,8%
-25,1%
-26,2%
-33,8%

-45,2%
-51,9%

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.

Ferroviário
De janeiro a junho de 2020, de ferro - mercadoria que, produtos, exceto a carga de
a movimentação ferroviária historicamente, representa soja, que cresceu 4,5% no
brasileira total caiu 7,6% em mais de 70,0% do volume período, e a de outros produ-
toneladas úteis transporta- total transportado por ferro- tos agrícolas, que registrou
das (TU), na comparação com vias brasileiras (Gráfico 9.A). crescimento de 3,4% (Gráfi-
igual período de 2019 (Gráfi- Portanto, a queda registra- co 9.B). Dada a participação
co 9.B)7. É importante ressal- da no primeiro semestre de majoritária do minério de
tar que o primeiro semestre 2020 se dá sobre uma base ferro no volume total trans-
de 2019 foi um período de- de comparação já bastante portado, o desempenho to-
safiador para o segmento de fraca. tal do transporte ferroviário
transporte ferroviário, pois A desagregação do volu- acaba sendo mais aderente
foi afetado pelo rompimento me transportado por grupos ao desempenho desse tipo de
da barragem de Brumadinho, de mercadorias mostra que carga.
comprometendo a produção a queda foi puxada por pra- Do ponto de vista das fer-
e o transporte de minério ticamente todos os tipos de rovias que compõem a malha

19
ferroviária brasileira, obser- volume transportado nessas distância em quilômetros
va-se que as mais represen- ferrovias é também o que percorrida pelas cargas mo-
tativas são também as que mais influencia o desempe- vimentadas. Nessa métrica,
transportam majoritaria- nho do volume transportado a produção ferroviária brasi-
mente o minério de ferro, a total nas ferrovias brasileiras leira no primeiro semestre de
saber: Estrada de Ferro Ca- (Gráfico 10.B). 2020 caiu 5,2%, consideran-
rajás (EFC); Estrada de Ferro Para complementar a aná- do que, dado o volume de to-
Vitória a Minas (EFVM); e a lise, o indicador Tonelada neladas úteis transportadas
MRS Logística (MRS), sen- Quilômetro Útil (TKU) é uma no período, a distância média
do que as duas últimas vem medida de serviço ou esfor- percorrida pelas ferrovias
perdendo participação para ço do transporte ferroviário, brasileiras foi de 744,25 qui-
a primeira desde 2015 (Grá- pois é calculado multiplican- lômetros no período.
fico 10.A). O desempenho do do-se o indicador de TU pela

Gráfico 9 – Perfil e desempenho do transporte ferroviário no Brasil segundo o tipo de carga


A. Participação dos tipos de carga no volume total transportado em toneladas úteis (TU) no 1º semestre de cada ano - (%)

Área Linha

50% 90%

45% 77,4% 80%


72,6%
40%
70%
70,9%

35%
60%

30%
50%

25%

40%
20%

30%
15%

20%
10%

5% 10%

0% 0%
08

18
14
10

11
06

09

15

16

19
12
07

13

17

20
20
20

20

20

20

20

20

20

20

20
20

20

20

20

20

1 2 3
Outros agrícolas

Combustíveis 4 Conteiner Minério de Ferro


Fonte: Elaboração CNT com dados. continua

20
Gráfico 9 – Perfil e desempenho do transporte ferroviário no Brasil segundo o tipo de carga
B. Variação do volume total transportado em toneladas úteis (TU) - acumulado do 1º semestre em relação a igual
semestre do ano anterior - (%)
continuação

2 01 7 2 01 8 2 01 9 2 02 0

32,9%

25,5%
17,9%

13,6%

13,4%
12,2%

9,6%
6,2%
6,2%

4,5%
4,4%

3,4%
3,3%
2,5%
2,5%

2,4%
1,9%
1,8%

1,0%
-0,3%

-0,3%

-1,6%
-2,9%

-2,9%
-7,6%

-8,0%
-9,2%

-9,9%
-10,9%
-16,2%

-12,7%
-13,2%

1 2
Total Minério de Ferro

3
Outros agrícolas Combustíveis 4 Conteiner

Fonte: Elaboração CNT com dados.

21
Gráfico 10 – Perfil e desempenho do transporte ferroviário no Brasil segundo as ferrovias que compõem a malha
brasileira
A. Participação das ferrovias no volume total transportado em toneladas úteis (TU) no 1º semestre de cada ano - (%).

Área Linha

70% 45%

38,8% 40%
60%
34,7%
35%

50%
30%

25,5%
40%
23,0% 25%

23,9%
20%
30%

15,0%
15%
20%

10%

10%
5%

0% 0%
08

18
14
10

11
06

09

15

16

19
12
07

13

17

20
20
20

20

20

20

20

20

20

20

20
20

20

20

20

20

FCA RMN RMS FNSTN RMP Outras EFC MRS EFVM

continua
Fonte: Elaboração CNT com dados do Anuário do Setor Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres.

22
Gráfico 10 – Perfil e desempenho do transporte ferroviário no Brasil segundo as ferrovias que compõem a malha
brasileira
B. Variação do volume total transportado em toneladas úteis (TU) - acumulado do 1º semestre em relação a igual
semestre do ano anterior - (%)
continuação

2 01 7 2 01 8 2 01 9 2 02 0
26,6%
19,5%

17,3%
15,9%

14,5%
11,0%

10,7%

10,6%

10,4%
10,1%

7,7%
6,2%

5,7%

6,1%

6,1%
5,4%

4,9%
2,8%
2,6%
2,5%

0,1%

-0,3%
-0,7%

-0,8%

-1,6%

-1,5%
-6,1%

-7,1%

-7,6%
-8,1%

-9,4%

-9,9%
-10,9%

-13,0%
-22,6%

-28,6%

Total Geral EFC MRS EFVM FCA RMN RMS FNSTN RMP

Fonte: Elaboração CNT com dados do Anuário do Setor Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres.

23
A abertura mensal do vo- odo de aumento do volume sileira de minério de ferro -
lume transportado nas fer- transportado - geralmente, mercadoria cuja participação
rovias brasileiras mostra que de maio a julho ou agosto - e, no volume transportado por
existe uma sazonalidade, por fim, um momento de de- ferrovias supera os 70% e
caracterizada por um volu- saceleração do volume trans- cuja produção é afetada pelo
me mais baixo de toneladas portado nos últimos meses período de chuvas no início
transportadas nos primeiros do ano (Gráfico 11.A). do ano, que acaba atrasando
meses do ano - período ini- Esse padrão sazonal obser- algumas etapas do processo
ciado em janeiro e que pode vado no transporte ferroviá- produtivo.
ser estender até março ou rio de cargas do país provém
abril -, seguido de um perí- do perfil da produção bra-

Gráfico 11 – Evolução do volume transportado por ferrovias no Brasil e da produção mundial de aço

A. Volume transportado nas ferrovias do Brasil - em toneladas úteis (TU) mensais

55.000.000

50.000.000

45.000.000

40.000.000

35.000.000

30.000.000

25.000.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2017 2018 2019 2020 Máximo* Mínimo*


continua

* Máximos e mínimos de cada mês considerando o período de 2015-2020.


1
2020 corresponde ao acumulado de janeiro a junho.
Fonte: Elaboração CNT com dados do Anuário do Setor Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres e do
World Steel Association.

24
Gráfico 11 – Evolução do volume transportado por ferrovias no Brasil e da produção mundial de aço

B. Variação anual da produção mundial de aço por países selecionados - (%) com base em toneladas produzidas
continuação

10%

5%

2,2%
0%

-5%
-5,5%

-10% -9,5%

-15%

-17,4%

-20% -18,3%

-24,2%
-25%

-30%
2017 2018 2019

Mundo China India Japão EUA Coreia do Sul

* Máximos e mínimos de cada mês considerando o período de 2015-2020.


1
2020 corresponde ao acumulado de janeiro a junho.
Fonte: Elaboração CNT com dados do Anuário do Setor Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres e do
World Steel Association.

Os efeitos da pandemia mas a magnitude da que- Esse comportamento da


sobre o segmento de trans- da foi amortecida porque a China nesse mercado mostra
porte ferroviário de cargas China conseguiu sustentar a a capacidade da economia
podem ser analisados se- sua produção (Gráfico 11.B). chinesa e, ao mesmo tempo,
gundo condicionantes pelo Como a China é o compra- a importância de uma políti-
lado da demanda e pelo lado dor majoritário do minério ca externa e diplomacia bra-
da oferta de minério de fer- de ferro brasileiro, a pro- sileira que não deteriorem
ro. Do lado da demanda, a dução da commodity e seu as relações com o país e se-
produção mundial de aço, transporte também tiveram jam benéficas à produção e
que tem no minério de ferro alguma sustentação nesse transporte de commodities
seu principal insumo, caiu, aspecto. brasileiras de exportação.

25
Já do lado da oferta, a sado o período de efeito ne- servado nos dados de 2020
pandemia da Covid-19 veio gativo da sazonalidade sobre de exportação de minério
em um momento em que a a oferta, será possível obser- brasileiro segundo países de
sazonalidade das chuvas do var se a demanda mundial destino. De janeiro a junho
início do ano, somada à de- de minério de ferro, determi- de 2020, a participação chi-
sativação ou interrupção da nada pela produção mundial nesa no volume de minérios
produção de sítios da Vale de aço, poderá acomodar o de ferro e seus concentra-
desde Brumadinho e cuja re- volume de minério adicio- dos9 exportados pelo Brasil,
abilitação precisa seguir um nal. Com o ritmo de produ- em quilogramas líquidos,
cronograma de médio prazo, ção de aço da China, é mais chegou a 67,9% - 10 pontos
contribuíram para um menor provável que acomode. Mas, percentuais (p.p.) a mais do
volume produzido e trans- pela queda da produção nos que a média dos últimos três
portado, conforme mostram demais países, a participa- anos (2017-19)10.
os relatórios de produção da ção da China na compra de
mineradora da Vale8. minério brasileiro tende a se
Nos próximos meses, pas- elevar, como já pode ser ob-

Aquaviário
A navegação de longo cur- 201911. Parte da queda tem 3,0% no volume transporta-
so transportou 322,33 mi- relação com a crise mundial do no segundo semestre de
lhões de toneladas de janei- da Covid-19 e seus impactos 2019 e vinha desacelerando
ro a junho de 2020 (Gráfico no comércio internacional seu ritmo de crescimento
12), o que resultou em uma de mercadorias. Contudo, é desde 2018, resultado de um
queda de 7,7% no volume importante observar que a ciclo de desaceleração no
transportado, na compara- navegação de longo curso comércio e na economia in-
ção com igual período de já havia registrado queda de ternacional (Gráfico 13).

26
Gráfico 12 – Volume semestral transportado por tipo de navegação - Brasil - jan-jun/2010 a jan-jun/2020 - milhões de
toneladas.

Milhões de
toneladas

2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014 2015 2015 2016 2016 2017 2017 2018 2018 2019 2019 2020
jun dez jun dez jun dez jun dez jun dez jun dez jun dez jun dez jun dez jun dez jun
400

349,0
346,2
345,8
342,3

335,8
332,9

335,1
329,3
330,1
323,9

322,3
322,7
319,9

321,1
308,4
306,5
350

307,0
310,3

303,7
304,1
292,8

300

250

200

150
68,8

69,5

69,2
69,3
68,5

68,6

68,2
69,3
66,8
66,4

67,9

66,9
66,7

67,4
67,0
65,6

100
69,1
63,9

66,1
61,3
59,1

50

0
13,8

13,9

13,6
12,7
11,8

13,0
12,5

12,5

11,9

12,9

11,9
12,2

12,2
11,1

11,1
10,1

10,1
10,8
10,6

10,5

10,2

Longo
Fonte: Elaboração CNT Cursodo Anuário Estatístico
com dados Cabotagem ViasAquaviários
da Agência Nacional de Transportes Interiores(ANTAQ).

Já a navegação por cabo- crescimento neste semestre Embora a crise da Covid-19


tagem transportou 69,20 mi- afetado pela pandemia em tenha contribuído para esse
lhões de toneladas no acu- termos de volume. desempenho desfavorável, é
mulado de janeiro a junho A navegação por vias in- importante notar que esse é
de 2020 (Gráfico 12), repre- teriores transportou 10,09 o quinto resultado negativo
sentando um crescimento milhões de toneladas no da navegação por vias inte-
de 1,5% em relação a igual primeiro semestre de 2020 riores na base de compara-
semestre de 2019 (Gráfico (Gráfico 12), o que signifi- ção semestral.
13). A navegação por cabota- cou uma queda de 15,2% na
gem foi a única modalidade comparação com igual pe-
do aquaviário que registrou ríodo de 2019 (Gráfico 13).

27
Gráfico 13 – Variação semestral do volume transportado no modal aquaviário por tipo de navegação - Brasil - jan-jun/2011
a jan-jun/2020 - percentual (%).

L o n g o Cu rs o Cab o tag em V i as In teri o res

ju n / 20

ju n / 20

ju n / 20
ju n / 1 8

ju n / 1 8

ju n / 1 8
ju n / 1 4

ju n / 1 4

ju n / 1 4
ju n / 1 5
ju n / 1 6

ju n / 1 9

ju n / 1 5
ju n / 1 6

ju n / 1 9

ju n / 1 5
ju n / 1 6

ju n / 1 9
ju n / 1 2

ju n / 1 2

ju n / 1 2
ju n / 1 3

ju n / 1 3

ju n / 1 3
ju n / 1 7

ju n / 1 7

ju n / 1 7
ju n / 1 1

ju n / 1 1

ju n / 1 1

18,9
17,1
13,8
9,3

8,6

8,1
7,0
6,5

6,6

6,5
6,3

5,8
4,8

3,9
4,1

3,7
3,2
3,2

3,1
1,9

1,9

1,9
1,9
1,5

1,5
0,9

0,9
0,5
1,1

1,1
0,3

-0,1
0,0
-0,2

-1,0
-0,9

-0,9
-1,1

-1,4
-1,8

-1,8
-2,0
-2,1
-2,2

-2,3
-2,8
-3,0
-4,9
-5,8

-6,9
-7,7

-9,1
-11,0
-12,2

-12,4
-15,2
-16,1

Fonte: Elaboração CNT com dados do Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Aéreo
A procura por transporte cionais (-55,4%); embora a vimento de ajuste da oferta
aéreo das empresas brasilei- queda da procura por voos de assentos à demanda por
ras, captada pelo número de domésticos também tenha transporte aéreo ocorreu
passageiros transportados sido significativa (-45,7%)13. tanto no mercado de voos
por quilômetro (RPK12), caiu Já a oferta das empresas domésticos quanto no de
drasticamente com a pande- brasileiras de transporte aé- voos internacionais. No mer-
mia da Covid-19, uma reali- reo, medida pela quantidade cado doméstico, a oferta de
dade já captada nas análises de assentos por quilôme- assentos por quilômetro das
da CNT publicadas nos docu- tro disponíveis (ASK14), caiu empresas brasileiras caiu
mentos Economia em Foco 46,8% de janeiro a junho de 44,1%, resultando em uma
de junho e julho. De janeiro 2020, comparado com igual redução de 2,3 p.p. na taxa
a junho de 2020, a queda foi período de 2019 - um pouco de aproveitamento. Já no
de 48,8% em relação a igual menos do que a diminuição mercado internacional, a
semestre de 2019, conside- da demanda, o que resultou oferta caiu 52,6%, também
rando tanto voos interna- em uma queda de 3,1 p.p. da menos do que a queda da
cionais quanto domésticos. taxa de aproveitamento, que demanda, fazendo com que
A retração foi mais intensa expressa o grau de ocupa- a taxa de ocupação das ae-
no mercado de voos interna- ção das aeronaves. Esse mo- ronaves reduzisse 4,9%.

28
Com essa configuração do assentos à demanda, houve no de voos internacionais,
mercado, e mesmo com os uma queda do patamar de esse patamar caiu abaixo
ajustes operacionais realiza- aproveitamento das aero- dos 80,0%, algo que não é
dos pelas empresas brasilei- naves. Tanto no mercado comum no histórico do mer-
ras para ajustar a oferta de de voos domésticos quanto cado aéreo (Tabela 1).

Tabela 1 – Demanda e oferta de transporte aéreo de empresas brasileiras por tipo de mercado - em número
de passageiros-quilômetros transportados (RPK), número de assentos-quilômetros ofertados (ASK) e taxa de
aproveitamento (%)

Passageiros-quilômetros Assentos-quilômetros Taxa de


transportados (RPK) ofertados (ASK) aproveitamento (%)
Doméstico
janeiro a junho de 2017 44.015.662.786 54.971.460.092 80,1%
janeiro a junho de 2018 45.844.485.991 57.250.969.251 80,1%
janeiro a junho de 2019 46.352.458.089 56.486.243.217 82,1%
janeiro a junho de 2020 25.187.799.305 31.566.286.507 79,8%
Internacional
janeiro a junho de 2017 17.609.340.041 20.724.240.197 85,0%
janeiro a junho de 2018 20.383.508.627 24.671.629.151 82,6%
janeiro a junho de 2019 21.845.424.930 26.203.119.804 83,4%
janeiro a junho de 2020 9.739.526.808 12.414.541.213 78,5%
Total
janeiro a junho de 2017 61.625.002.827 75.695.700.289 81,4%
janeiro a junho de 2018 66.227.994.618 81.922.598.402 80,8%
janeiro a junho de 2019 68.197.883.019 82.689.363.021 82,5%
janeiro a junho de 2020 34.927.326.113 43.980.827.720 79,4%

Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Conclusão
A pandemia da Covid-19 ge- No Brasil, a contração eco- tadora foi a segunda maior
rou resultados negativos de nômica no primeiro semes- entre todos os segmentos
magnitude sem precedente tre de 2020 foi de 5,9%. O apurados pelo IBGE, ficando
em diversos países, incluindo setor de transporte do país atrás apenas das atividades
o Brasil. Grandes economias retraiu 11,3% - quase o dobro de outros serviços. Por si só,
do mundo registraram, no da economia total, segundo essa realidade já é preocu-
primeiro semestre de 2020, dados publicados pelo IBGE pante. Contudo, a gravidade
uma queda comparável ao em 01/09/2020. Em ambos é elevada ao se considerar
que havia sido observado os casos, o desempenho que o setor de transporte foi
no auge da crise financeira foi o pior registrado desde impactado em um contexto
internacional de 2007-2009, 1996, quando se inicia a sé- de dificuldades, em que as
a exemplo dos EUA (-4,6%), rie histórica. perdas recentes da recessão
União Europeia (-,8,4%) e Ao mesmo tempo, a retra- de 2014-16 ainda não haviam
Japão (-6,0%). ção da atividade transpor- sido repostas.

29
O índice de fluxo de veí- comparação com bases me- abastecimento externo de
culos nas rodovias pedagia- nos deprimidas, o desempe- commodities. Já o segmen-
das do país, publicado pela nho permaneceu no terreno to de passageiros, em razão
ABCR, mostra que, em feve- negativo. das medidas de isolamento
reiro de 2020 - mês em que Os demais modais de social, foi mais profunda-
foram registrados os primei- transporte também regis- mente impactado.
ros casos de coronavírus no traram retração no primei- Em suma, o momento é de
Brasil -, o fluxo de veículos ro semestre de 2020, com dificuldades e os desafios
pesados ainda estava 6,1% exceção da navegação por escalaram rapidamente. A
abaixo do nível anterior à cabotagem, que cresceu saída requer, na esfera in-
recessão de 2014-2016. Em 1,5% no período. O trans- ternacional, a cooperação
junho de 2020, após quatro porte ferroviário de cargas entre países e, no Brasil, um
meses de crise, o fluxo de retraiu 7,6%, em termos de planejamento estratégico
pesados acumulou perdas toneladas úteis transporta- para viabilizar o retorno à
novas e mais intensas, fican- das; o aquaviário de longo recuperação - daquilo que
do 12,0% abaixo desse nível curso, -7,7%, em toneladas foi e está sendo perdido com
de referência. transportadas; a navegação a pandemia da Covid-19 e
Esse indicador, divulgado interior de cargas, -15,2%; e do que já havia sido perdido
em periodicidade mensal e o transporte aéreo de passa- na recessão de 2014-2016.
que tem alta aderência ao geiros, - 48,8%, em termos Uma das chaves estruturan-
comportamento da econo- de passageiros-quilômetro tes nessa agenda deve ser o
mia como um todo, mostra transportados. investimento em infraestru-
que o vale da crise da Co- Os indicadores por modal tura, mobilizando de forma
vid-19 parece ter ocorrido de transporte refletem o complementar os aportes
em abril. O fluxo de veículos fato de que o segmento de públicos e privados, além
nas rodovias voltou a regis- cargas precisou manter, em do apoio às empresas, para
trar taxas positivas em maio, alguma medida, a sua ope- que tenham condições, des-
mas o crescimento ocorreu ração - seja para o abaste- tacadamente financeiras, de
sobre uma base de compa- cimento interno de merca- manter e voltar a crescer
ração bastante fraca. Já na dorias essenciais ou para o suas operações.

30
1. Para definição conceitual da classificação de atividades nas Contas Nacionais Trimestrais
do IBGE, ver Série de Relatórios Metodológicos nos endereços: https://biblioteca.ibge.gov.br/
visualizacao/livros/liv96834.pdf , p.33, e https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/
liv41217.pdf , p. 33.
2. Para definição conceitual da classificação de tipos de despesa nas Contas Nacionais
Trimestrais, ver Série de Relatórios Metodológicos nos endereços: https://biblioteca.ibge.gov.
br/visualizacao/livros/liv96834.pdf , p.60, e https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/
liv41217.pdf , p. 56.
3. Participações relativas dos países no PIB mundial foram calculadas com base no PIB de cada
país a preços correntes em Paridade do Poder de Compra, conforme disponibilizado na base
de dados do World Economic Outlook do Fundo Monetário Internacional (FMI).
4. A maior economia latino-americana é a brasileira, com uma participação de 2,5% no PIB
mundial de 2019, segundo o PIB do país a preços correntes em Paridade do Poder de Compra,
conforme disponibilizado na base de dados do World Economic Outlook do Fundo Monetário
Internacional (FMI).
5. Considerando o PIB de cada país pela Paridade do Poder de Compra, conceito econômico
usado para converter valores gerados por países distintos em uma mesma base de comparação,
porém sem desconsiderar o custo de vida de cada local, a China já é a maior economia do
mundo desde 2014. Essa unidade de medida (PIB a preços correntes em Paridade do Poder
de Compra) é também a utilizada pelo FMI em seu relatório já tradicional, o World Economic
Outlook. Ao converter em dólar o valor gerado em cada país apenas pela taxa de câmbio, os
EUA permanecem como a maior economia do mundo.
6. Segundo dados da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR).
7. Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
8. Para acessar os relatórios de produção da Vale, buscar no endereço: http://www.
va l e.co m /s i tes/se a rc h /p t/ Pa g i n a s/res u l t s. a s px? k = re l a t % C 3% B 3 r i o % 20 d e % 20
produ%C3%A7%C3%A3o&u=http://www.vale.com/brasil/PT .
9. Posição 2601 do Sistema Harmonizado (SH4).
10. Dados do Comexstat, portal oficial do Governo Federal para as estatísticas do comércio
exterior brasileiro.
11. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
12. Refere-se ao volume de Passageiros Quilômetros Transportados, ou seja, a soma do produto
entre o número de passageiros pagos e as distâncias das etapas.
13. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
14. Refere-se ao volume de Assentos Quilômetros Oferecidos, ou seja, a soma do produto entre
o número de assentos oferecidos e as distâncias das etapas.

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