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Aula Conhecimentos

2 Técnicos

IBGE

CENSO 2021
Recenseador e
Agente Censitário
AULA 2 - História do IBGE

E aí!? Gostou da Aula 1, sobre o IBGE e a Administração Pública? Espero


que sim!

Mas, acima de tudo, espero que tenha assimilado a maior quantidade de


conteúdo possível, pois só entendendo onde se situa o IBGE na Administração
Pública Federal, poderemos compreender com maior profundidade a sua
história, objeto da nossa aula de hoje.

Vou tentar abordar este assunto da maneira mais didática possível, pois
não quero que você fique entediado estudando história, e, sim, quero que você
aprenda e seja capaz de acertar todas as questões que caírem na prova sobre o
tema.

Só peço que você tente se despir de qualquer preconceito que tem ou já


teve em relação à disciplina de história! O primeiro passo para que aprendamos
algo é não achar que é chato ou difícil sem nem ao menos tentar. Tenho certeza
de que ao final você vai perceber que é um assunto bem tranquilo.

Apesar da história do IBGE ser um assunto mais frequente para cargos


efetivos, também já foi cobrado para processos temporários. E como meu
objetivo é dar a você a MELHOR PREPARAÇÃO DO PAÍS em Conhecimentos
Técnicos do IBGE, eu não poderia deixar a história de fora. Não é verdade?!

Posso garantir a você que ao ler todo esse material, acompanhar as


videoaulas, estudar o mapa mental e ouvir o áudio em seu tempo livre, você
estará preparado para qualquer questão relacionada à história do IBGE!

Então... como dizia aquele antigo programa de TV:

"Senta, que lá vem história!"


Tudo começou em 1870, quando o Imperador Dom Pedro II considerou
que era chegada a hora de fazer um recenseamento geral da população
brasileira, pois, até então, ninguém tinha ideia da quantidade de habitantes do
Brasil, do número de homens e mulheres residentes no país, a nacionalidade
deles, além de saber quantos eram livres e quantos eram escravos.

Isso mesmo! Havia essa distinção no primeiro recenseamento, pois,


lembre-se, o fim da escravidão no Brasil ocorreu apenas alguns anos depois, em
1888.

Naquela época, contar a população era tido como algo feito apenas


por países modernos e consolidados como os Estados Unidos, por
exemplo, que já haviam adotado essa prática desde 1790.
Vale lembrar que o Brasil, como país, tinha menos de 50 anos, visto
que se tornou independente de Portugal apenas em 1822.

Diante desse contexto, o Imperador Dom Pedro II, que era quem
mandava e desmandava no país na época, resolveu criar uma diretoria para
cuidar de assuntos relacionados ao recenseamento, a chamada DGE - Diretoria
Geral de Estatística, criada no ano de 1871.

A DGE foi criada com o principal objetivo de realizar o primeiro censo


no Brasil, o qual foi a campo um ano após sua criação, em 1872, com o nome de
“Recenseamento da População do Império do Brasil”.

Este recenseamento ainda possui seus dados disponíveis para consulta


no site oficial do IBGE. Caso tenha curiosidade ou interesse em se aprofundar,
clique aqui!

Em 1889, com a Proclamação da República, o governo reorganizou a


Diretoria Geral de Estatística, colocando como atribuição também a coleta de
dados do registro civil de nascimentos, casamentos e óbitos.
Além do Recenseamento de 1872, a Diretoria Geral de Estatística ainda
realizou três recenseamentos gerais: em 1890, 1900 e 1920. Os três já no período
republicano.

Entretanto, em 1931, no início da Era Vargas, o órgão acabou extinto, e


suas atribuições foram divididas entre diversos ministérios.

Vários estudiosos e membros do governo na época não consideraram


boa ideia acabar com o órgão oficial de estatísticas e formaram, em 1933, uma
comissão interministerial com objetivo de convencer Getúlio Vargas, então
presidente da república, a criar novamente um órgão de estatísticas oficiais.

O relator dessa comissão e um de seus principais entusiastas era o então


Diretor Geral de Informações, Estatística e Divulgação do Ministério da
Educação e Saúde Pública, Mário Augusto Teixeira de Freitas, considerado hoje
o patrono e fundador do IBGE.

Após o relatório da comissão, Getúlio Vargas acabou se convencendo de


que o país realmente necessitava de um órgão especializado em estatística, então
redigiu o Decreto nº 24.609, em 6 de julho de 1934, criando o Instituto Nacional
de Estatística ― INE, que tinha a finalidade de executar ou orientar
tecnicamente o levantamento sistemático de todas as estatísticas nacionais.

Apesar de legalmente instituído, a instalação e o efetivo funcionamento


do novo órgão ainda dependiam da nomeação de seu presidente, o que só veio a
ocorrer dois anos depois, em 29 de maio de 1936, quando foi nomeado o
Ministro das Relações Exteriores, José Carlos de Macedo Soares, como
presidente da instituição.

Em 29 de maio, o INE - Instituto Nacional de Estatística - é efetivamente


instalado. É a data em que comemora-se até hoje o aniversário do IBGE!
Cerca de dois meses depois, em 11 de agosto de 1936, é realizada a
Convenção Nacional de Estatística, onde é criado o CNE - Conselho Nacional de
Estatística.

Já no ano seguinte, mais um órgão governamental do setor é instituído, o


CNG - Conselho Nacional de Geografia.

Para unificar sob uma única instituição esses órgãos, Getúlio Vargas
achou por bem colocá-los sob a supervisão do INE - Instituto Nacional de
Estatística, que agora passava também a cuidar da questão geográfica nacional.

Dessa forma, fez-se necessário que o INE mudasse de nome passando a


se chamar então IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, conforme
o DECRETO-LEI N. 218 – DE 26 DE JANEIRO DE 1938.

Em 1940 é realizado o quinto


recenseamento no Brasil, o
primeiro feito pelo IBGE. Sua
importância era enorme, visto
que o país havia passado por
diversas transformações desde o
último censo, realizado há 20
anos, em 1920.

Os censos demográficos passaram então a ser realizados de dez em dez


anos desde então, evidenciando que o governo havia feito uma boa escolha ao
criar o IBGE, mantendo a regularidade do recenseamento.

Exceções se fazem aos anos de 1990, quando, por demora na autorização


para contratação de pessoal, o censo acabou sendo realizado em 1991; e a 2020,
quando, devido à pandemia do Coronavírus (COVID-19), foi adiado para 2021.
Cabe mencionar também que o IBGE, até o Decreto-Lei 200/1967, fazia
parte da administração direta federal, uma vez que somente após este decreto
passou a possuir personalidade jurídica própria e ser classificado como uma
fundação pública, conforme já mencionado na Aula 1.

Em 11 de dezembro de 1990, com a publicação da Lei 8.112/90,


ocorreram mudanças também no regime jurídico de trabalho dos servidores
efetivos da instituição, que passaram de celetistas para estatutários, adquirindo,
entre outros benefícios, estabilidade após três anos de exercício na instituição.

A partir do Censo do ano 2000, novos desafios surgiram, devido,


principalmente, à tecnologia, que veio a auxiliar na coleta de dados, sendo
pouco a pouco substituídos os formulários em papel pelo questionário digital,
amplamente utilizado no Censo 2010.

Em um módulo mais a diante, estudaremos em detalhes os Censos, a


importância e um pouco da cronologia deles. Não se preocupe!

E aqui chegamos ao final da Aula 2 - História do IBGE.

Não foi tão ruim assim! Não é verdade?!

Já dizia a grande historiadora Emília Viotti da Costa:

"Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história
está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado."

Corre agora para o pdf de questões para ver como as bancas costumam
cobrar a história do IBGE nas provas!
Não esqueça também de revisar esse pdf sempre que tiver dúvidas,
assistir à videoaula, baixar o áudio em mp3 e estudar o mapa mental da aula,
que possui toda a linha do tempo citada até aqui.

Você não só estará 100% preparado para as provas para temporário,


como também terá uma excelente base se um dia vier a prestar concurso para
servidor efetivo no IBGE.

Bons estudos e até a próxima!


Atenciosamente: Jeck Ferraz

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