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Jilton Moraes

2010
Rio de Janeiro
Todos os direitos reservados. Copyright © 2010 de Jilton Moraes. Direitos de publicação reservados à
Convicção Editora.
Direção geral: Sócrates Oliveira de Souza
Direção editorial: Macéias Nunes
Assistente editorial: Sandra Regina Bellonce do Carmo
Revisão: Utahy Caetano dos Santos
Arte: oliverartelucas

Castro, Jilton Moraes


Púlpito, pregação e música: palavra e música unidas na proclamação da Palavra/ Jilton Moraes. - ed. rev. e
ampl. – Rio de Janeiro: Convicção, 2009.
1. Música em igrejas. 2. Culto cantado – Programas. 3. Música Sacra – Liturgia e ritual. I. Título.
264p. 23cm.

Convicção Editora
Rua: José Higino, 416 – Prédio 28 – Tijuca – Rio de Janeiro, RJ – CEP: 20510-412
Telefone:(21) 2157-5557 - E-mail: falecom@conviccaoeditora.com.br
www.conviccaoeditora.com.br
Unindo palavra e música
na proclamação da Palavra,
o sermão segmentado faz
o pregador e o músico
interagirem em uma só atividade,
tornando a ambos arautos e artistas,
com a oportunidade e o privilégio
de servirem juntos
para o louvor da glória de Deus.
Adoração não é atração,
é algo que a congregação faz
para Deus.
Não pode haver nada
da personalidade humana
para tirar a atenção de Deus.
Você deve desenvolver sua sensibilidade
ao mais alto nível, mas depois deve
aprender a levá-la até a cruz de Cristo.
E, na cruz de Cristo, ela será
acomodada à necessidade do povo.1
(Don Hustad)
A todos quantos, usando a voz,
na pregação e no louvor,
proclamam com vida,
a mensagem da vida.
Sumário

Agradecimentos
Prefácio
Apresentação
Apresentação à Edição Anterior
Introdução
Conhecendo a pregação segmentada
Porque usar a forma segmentada
Sermão Segmentado e Culto Cantado
Como elaborar um sermão segmentado
O sermão segmentado na ordem do culto
Segmentados em diferentes ocasiões
Segmentados para diferentes grupos
Segmentados em diferentes propósitos
Variações na forma que traz variedade
Providências e cuidados no segmentado
Ideias para o trabalho segmentado
Conclusão
Referências bibliográficas
Sobre o autor
Agradecimentos

Todo louvor e gratidão ao nosso Deus,


Senhor da Pregação e da música;
À minha querida esposa Ester
pelo constante e valioso assessoramento;
Aos colegas Ralph Manuel, Wellington Barbosa,
Ney Ladeia e Alfrêdo Oliveira por suas valiosas
sugestões.
Pela vida de cada leitor, e seu interesse
em unir Palavra e Música na proclamação da
Palavra.
Prefácio

Quem lê a Bíblia em quaisquer das línguas


modernas é induzido a pensar que, excetuando-se
os livros poéticos, não há música na sua composição
literária ou na pregação profética. A verdade, no
entanto, é que parte do Antigo Testamento está
escrito em forma de poesias e hinos. A poesia, por
isso mesmo, está além dos poéticos. O cântico faz
parte da pregação bíblica.
No Novo Testamento, semelhantemente, os
autores construíram seus textos utilizando-se formas
poéticas, sentenças metricamente compostas e
terminações de palavras escolhidas para comunicar
com a maior eficácia possível a uma comunidade
cuja cultura baseava-se na audição, não na leitura e
no visual, como a cultura contemporânea. Rimas e
terminações com sons parecidos foram usadas para
a maior apreensão dos ouvintes. Não à toa, afirma-
se, que o cristianismo é a religião do livro e esse
Livro é constituído de palavra e música. A
inseparabilidade da palavra e da música no mundo
bíblico foi revivido entre os reformadores. Lutero,
Calvino e Wesley foram mestres na arte da
pregação. Junto com a destreza na pregação, todos
eles aliaram a homilia com a música. Eles sabiam a
força da música e a usaram como um poderoso
veículo para comunicar as verdades bíblicas.
Palavra e música baseadas na Palavra sempre
caracterizaram o culto protestante. Por causa de
contextos históricos que negavam ou viam com
desprezo toda forma de arte ou emoção, a música
ficou relegada a um plano secundário. No entanto, a
segunda metade do século XX testemunhou a
bênção do resgate da música na vida e no culto.
Mas, como numa espécie de revolta, a música tende
a tomar um espaço desmedido no culto
contemporâneo, quase que relegando a pregação da
Palavra a um tipo de apêndice, onde a pregação e o
pregador aparecem na hora em que os ouvintes já
estão “desligando”.
Graças a Deus que Jilton Moraes traz em seu
livro: Púlpito, Pregação e música: palavra e música
unidas na proclamação da Palavra o equilíbrio entre
pregação e música, princípio reformado, verdade
bíblica. Neste livro, temos música e pregação,
pregação e música, como um binômio que se
completam para o louvor da glória de Deus. A prática
do sermão segmentado, objeto deste livro, como o
próprio autor escreve ao longo das suas prazerosas
páginas, traz uma proposta alegre e participativa
para o povo de Deus. Mas o segmentado não junta
apenas pregação e música. Além de resgatar a
alegria do povo cantar, ajuda a congregação a
entender a mensagem. E mais, a prática da
mensagem segmentada resgata a santidade de
todas as formas de arte usadas de volta para a glória
de Deus. Para o nosso autor: “O sermão
segmentado é uma forma enriquecida pela música e
outros recursos das artes: drama, monólogo, jogral,
poesia e testemunhos”.
Por outro lado, a forma segmentada forçosamente
acaba com qualquer tipo de pretensão estrelista ou
performática, tanto por parte do pastor como do
músico, pois é necessário que ambos trabalhem em
conjunto. O musicista não escolhe as músicas como
servo do pastor, selecionando apenas aquelas que o
pastor gosta ou pede. Também não as escolhe a bel
prazer, pelo gosto pessoal, ritmo ou modismo. Pastor
e musicista tecem juntos, trabalham juntos, juntos
combinam, juntos apresentam. As ideias homiléticas
do pastor ganham ritmo e melodia com a ajuda do
musicista.
A pregação é a síntese da totalidade do débito que
temos a todos os pregadores que ouvimos, de todos
os autores que lemos e do nosso esforço e
dedicação ao estudo da Palavra. Muito do que
falamos nem mesmo lembramos de quem tomamos
emprestado. É como se preparássemos a
mensagem na presença de muita gente e com a
ajuda de todos eles. No sermão segmentado, além
de tudo isso, temos a participação societária dos
musicistas da igreja.
A leitura do livro Púlpito, Pregação e música muito
me ajudou. Tenho certeza que a sua leitura fará o
mesmo para você, seu ministério e a igreja de Deus.
Dr. João Pedro Gonçalves
Pastor da Igreja Batista do Lago Sul, Brasília, DF
Professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília
Apresentação

Púlpito, Pregação e Música: palavra e música


unidas na proclamação da Palavra chega a esta
nova edição, revista e atualizada, como uma obra
apreciada por pastores, músicos, professores e
seminaristas em geral. Foi adotado como livro texto
em vários Seminários e Faculdades Teológicas,
tanto em disciplinas ligadas à área homilética,
quanto à litúrgica, revelando-se uma ferramenta
indispensável para pregadores, em uma época
caracterizada pela pressa e agilidade. Esta edição
chega atendendo à expectativa de um público certo,
que estava como que órfão após esgotar-se a edição
anterior.
A obra enfoca a pregação segmentada, que é uma
forma sermônica conectada com os novos tempos e
tendências, uma vez que preenche uma lacuna
existente tanto na oratória clássica quanto na
homilética – a interatividade. Quando congregação,
coros, grupos musicais e solistas participam durante
o sermão, ele assume um aspecto dialógico e torna-
se uma construção coletiva, fruto da interação entre
pregador e comunidade. O sermão segmentado,
apresentado no texto, está em harmonia com o que
há de mais moderno na comunicação, e está em
perfeita sintonia com princípios seculares como o
sacerdócio universal de todos os crentes.
O livro está estruturado em onze capítulos, que
tratam de forma didático-pedagógica sobre a doce
harmonia que deve caracterizar a pregação e a
música, o sermão e as outras partes da liturgia, o
Pastor e o Ministro de Música – bem como todos os
músicos que servem no ministério da igreja. Essa
harmonia é perceptível na fluidez do texto.
Sou grato pelo privilégio de apresentar um livro
que acompanhei desde o nascer das primeiras
ideias, quando o autor pastoreava em Recife-PE, e
cujos princípios tenho aprendido e aplicado no
desenvolvimento do glorioso ministério da Palavra.
Alfrêdo Oliveira Silva
Pastor da Primeira Igreja Batista em Mirueira,
Paulista-PE
Professor do Seminário Teológico Batista do Norte
do Brasil
Seminário de Educação Cristã
e Academia Memorial de Ensino Superior de
Pernambuco
Apresentação à Edição Anterior

O sermão segmentado leva o pregador e o


responsável pela música a estudarem tanto a
mensagem quanto os hinos e, em harmonia,
produzirem a ordem do culto, cujo objetivo é
proporcionar um verdadeiro diálogo entre os crentes
e o Senhor da glória. A revelação das verdades
bíblicas impele o crente a se encantar com o Senhor
e, assim, com o coração transbordando, louvar e
engrandecer o seu Santo Nome. O culto dessa
maneira é uma celebração. – a celebração dos fiéis
que se encontram com Deus e uns com os outros
para a proclamação da Palavra e o louvor – Deus
fala e o crente responde cantando e orando.
Nos meus tempos de estudante, em Londres, fui
até a ex-União Soviética a fim produzir um estudo
sobre o louvor para a revista de mocidade. Lá, eu vi
que havia um entrosamento perfeito entre a
exposição da Palavra e o louvor congregacional.
Tempos depois, pastoreando uma igreja em São
Paulo, procurei fazer algo parecido e os crentes
vibraram. Quem me dera ter tido acesso a uma obra
como esta naquela época…
As técnicas para a elaboração de sermões
segmentados são aqui apresentadas com
simplicidade e, autenticadas pelos exemplos
inseridos, através de esboços e sermões,
certamente, nos ajudarão a compreender e colocar
em prática a pregação segmentada.
Eu tenho convicção absoluta de que aqueles que
colocarem em prática os ensinamentos contidos
neste livro e cultuarem a Deus da maneira como
Jilton sugere terão uma experiência singular em
suas igrejas. A união da palavra e da música na
proclamação da Palavra possibilitará aos crentes e
todos os que ali se reunirem para cultuar a terem
consciência plena de estarem diante do Deus Vivo.
O Pastor Jilton Moraes, doutor em homilética e um
dos mais notáveis pregadores do nosso tempo,
brinda-nos com mais uma obra enriquecedora:
Púlpito: Pregação e Música. Com o seu profundo
conhecimento e a sensibilidade de um poeta, trata
de dois temas apaixonantes: a pregação e o culto a
Deus. Não há nada mais sublime no ministério do
que expor a Palavra e dirigir o louvar a Deus. Aliás,
quando a Palavra de Deus é revelada, através da
mensagem, a congregação exulta e não pode ficar
inerte como mera espectadora. Daí a relevância do
sermão segmentado, que, no dizer do autor, é a
“mensagem pregada com participação
congregacional ou especial entre os segmentos.”
Este livro será uma bênção para pregadores e
músicos na proclamação da Palavra e no louvor
neste momento tão importante para a vida da igreja.
Graças a Deus por este livro e que ele seja uma
grande bênção como importante ferramenta à
pregação e ao louvor.
Rio de Janeiro, julho de 2002

Pastor Waldemiro Tymchak


Secretário Geral da Junta de Missões Mundiais da
CBB.
Introdução

Toda honra e louvor ao Senhor. Pregando e


ensinando o modelo segmentado nos últimos anos,
tenho constatado a carência de literatura sobre o
assunto e o interesse dos pregadores e músicos em
poderem lançar mão dessa forma sermônica. Muitas
vezes depois do culto, ou aula, alguns pregadores
me procuram desejando mais subsídios. Isto me fez
sentir que a necessidade era não apenas de
sermões, mas de como elaborá-los. Isso me motivou
a planejar um guia prático para a elaboração desse
modelo.
O propósito deste livro não é apresentar o modelo
segmentado como forma sermônica única. Apesar
da sua boa aceitação, o sermão expositivo continua
como o modelo por excelência para a comunicação
da Palavra. E nenhum pregador, sem que se
desenvolva na arte da exposição bíblica, estará
plenamente habilitado ao uso de outras formas
sermônicas. O mérito do modelo segmentado é ser
uma oportuna alternativa de variedade no púlpito,
algo a ser usado com prudência e parcimônia no
calendário de pregação.
Este trabalho como um todo está terminado, mas
nenhum modelo nele apresentado está acabado. A
forma final fica sob sua responsabilidade. Optei por
não padronizar os exemplos nos trabalhos
homiléticos aqui inseridos. Há manuscritos
completos, esboços mais desenvolvidos, outros com
menos desenvolvimento e simples ideias
sermônicas. O importante é que em cada um deles
há o espaço e o desafio para que você mesmo
coloque a sua marca pessoal que o transformará de
um trabalho importado a algo personalizado, uma
vez que nenhum sermão deve ser pregado sem
antes passar pelo pregador, para sair como parte de
sua vida, com o objetivo de alcançar outras vidas
para comunicar vida. E, como pregar é trabalho
abençoado e bem suado, que requer inspiração e
transpiração, este livro não visa tirar-lhe a bênção de
transpirar, mas a abençoá-lo no exercício da mais
gloriosa e sublime tarefa a nós já reservada. E,
assim, aliviados da excessiva transpiração, seremos
inspirados e abençoados, para com a Palavra do
Senhor sermos bênçãos para os nossos ouvintes.
Esta edição revista e ampliada tem não apenas
mais capítulos e uma nova diagramação, mas uma
completa revisão do texto e acréscimo dos exemplos
apresentados, passando de 16 para 31 ideias
esboços e sermões segmentados.
Como deve ser em tudo quanto fazemos e somos,
publico este livro no temor do Senhor, pedindo-lhe
que seja uma bênção nas mãos de pregadores e
músicos a fim que palavra e música se unam cada
vez mais para a comunicação da Palavra.
Brasília (DF), 2010
Jilton Moraes
1
Conhecendo
a pregação segmentada

Quando a palavra e a música se unem


harmoniosamente para a proclamação da Palavra
com o mesmo foco e um só propósito,
acontece o sermão segmentado
O que é um sermão segmentado? Que inovação é
essa? Quando surgiu tal ideia? Estas e outras
indagações vêm-nos à mente quando pela primeira
vez nos deparamos com a possibilidade dessa forma
sermônica. A melhor definição para sermão
segmentado é:

Mensagem pregada
com participação congregacional
ou especial entre os segmentos1.
Um recurso para variedade no púlpito
Comecei a elaborar e pregar sermões
segmentados em 1991. A leitura do livro de Harold
Freeman2 desafiou-me a usar novas formas
sermônicas em velhos textos bíblicos. Nessa época,
tive a oportunidade de entrar em contato com alguns
homiletas norte-americanos que utilizavam e
advogavam o modelo segmentado. Empolgado com
a ideia, passei a experimentá-la no púlpito, ao tempo
em que fui transmitindo a fórmula aos meus alunos
de Homilética, dos cursos de bacharelado e
mestrado em Teologia, em vários seminários.
Também passei a propagar a novidade aos
participantes de algumas conferências teológicas,
onde fui preletor.
Os membros da Igreja Batista Imperial, no Recife,
onde eu servia como Pastor, foram as primeiras
pessoas a me ouvirem pregando em segmentos.
Eles participavam com alegria dessa nova forma
sermônica. Às vezes alguns deles até me cobravam:
“Nunca mais pregou um sermão segmentado”, ou,
“Quando vamos ter um sermão segmentado?”
Outro feedback significativo veio dos alunos.
Saindo das aulas eles se entusiasmavam em usar a
música junto com as palavras no púlpito. Poucos
foram os ouvintes e pregadores com uma atitude de
rejeição ao modelo, por confundirem segmentado
com fragmentado. Para eles, colocar qualquer parte
entre os segmentos do sermão significava reduzi-lo
a pedaços, num terrível quebra-cabeça sem
condições de ser novamente montado.
Um recurso para conquistar os ouvintes
Inicialmente pensei ser a forma segmentada uma
novidade no Brasil. Em 1997 preguei em um
Congresso dos Pastores um segmentado e fui
surpreendido com uma boa receptividade. Mais tarde
constatei que uso dessa forma entre nós é bem mais
antigo. Foi Eurico Nelson3 que, sem ser homileta e
sem ter a intenção de nos brindar com uma nova
forma sermônica, usou esse recurso. O que Reis
Pereira narrou, deixa claro o valor da música na
pregação. Após falar das dificuldades, decorrentes
das limitações do missionário, na língua portuguesa,
afirmou:
Tratou então de arranjar um violino… Ida
Nelson, por sua vez, dedilhava um violão. Era
quase uma orquestra… Mas, ao som das
melodias estranhas tocadas por aquele ‘duo’
o povo ia se reunindo, entre espantado e
curioso. Quando via a casa cheia, Nelson
abria a Bíblia e principiava a ler solenemente
um capítulo; o silêncio profundo que reinava
na sala dava a ideia de uma excelente
atenção dos ouvintes; quando levantava os
olhos já não havia viva alma na sala fora sua
esposa e o primogênito… Ida punha então o
garoto no soalho e pegava de novo no violão;
o povo se aproximava de novo.4
O relato continua deixando claro o uso da forma
segmentada: “Nelson resolveu, pois, intercalar a
pregação com a música: tocava um hino, falava um
pouco; tocava outra vez, falava de novo e assim por
diante. Dessa maneira foi-lhe possível realizar os
cultos”.5 Ele pregou em Belém, Pará, a partir de
1893. A história não menciona por quanto tempo
teria ele pregado em segmentos, mas a realidade é
que há mais de um século sermões segmentados
foram pregados no Brasil. Lançar mão dessa forma,
portanto, longe de ser inovação é uma volta ao
passado. Um passado que certamente ficou
esquecido, mas que está em tempo de ser
resgatado.
Sermão segmentado nada tem a ver com sermão
fragmentado. Há muita mensagem fragmentada
sendo pregada, mesmo sem qualquer participação
especial entre os tópicos. O que fragmenta um
sermão não é o fato de ser apresentado em
segmentos, mas a falta de uma correta interpretação
do texto bíblico, que transforma o que seria básico,
em simples ornamento; a ausência de
contextualização, que torna as palavras distantes e
irrelevantes; a deficiência de uma pesquisa que
deixa o discurso sem unidade, parecendo uma
colcha de retalhos mal costurada; e a ausência de
um propósito que faz o pregador falar em círculos
intermináveis.
No púlpito é preciso ter um ponto de partida e um
ponto de chegada. Partimos da pesquisa em um
texto bíblico e objetivamos persuadir o ouvinte diante
da verdade apresentada6. Naturalmente o propósito
específico varia de acordo com o propósito básico e
da pesquisa sermônica. Assim, o propósito
específico em um sermão ético não será o mesmo
de um sermão pastoral; o PE de um sermão na
parábola do Bom Samaritano não será o mesmo de
um sermão no Salmo 23; e um sermão que tem
como base a volta do Pródigo não terá o mesmo PE
da mensagem que destaca a rebeldia do irmão mais
velho. O propósito deve ser claro na pesquisa e o
pregador não deve se desviar dele. Observe no
quadro a seguir como esta realidade funciona:

PROPÓSITO
TEXTO PROPÓSITO ESPECÍFICO
BÁSICO
Persuadir os ouvintes a amar
verdadeiramente o próximo,
Lc 10.25-37 Ético
apesar das possíveis diferenças
e barreiras existentes.
Desafiar os crentes a perdoar e
aceitar os que voltam
Lc 15.20-32 Ético
arrependidos, para assim
participar da festa.
Motivar a voltar para junto do
Lc 15.11-19 Evangelístico Senhor aqueles que estão
vivendo distante dEle.

Alguns passos para ter bons sermões segmentados


(1) Defina bem o propósito do seu sermão; isto
acontece a partir da interpretação e contextualização
da passagem bíblica (texto básico).
(2) Trabalhe para que o sermão tenha apenas um
foco (único assunto); a unidade é indispensável para
a boa recepção e assimilação.
(3) Selecione cuidadosamente os hinos e cânticos
a serem inseridos; a mensagem de cada um deles
se unirá às suas palavras para formar um todo.
(4) Planeje a apresentação com a equipe que
participará regentes, instrumentistas, cantores
instrua-os sobre a importância da tarefa.
(5) Evite hiatos e falas desnecessárias7 para que
o sermão seja apresentado como um todo: palavra e
músicas unidas em uma só proclamação, com um só
objetivo.
O exemplo a seguir, um sermão biográfico
segmentado sobre Daniel, deixa claro como a parte
apresentada entre os segmentos, completa a
mensagem e contribui para a sua unidade e
propósito. Este sermão focaliza três diferentes
momentos na vida do personagem, razão pela qual
os textos são lidos ao longo da mensagem e não no
seu início.

Título CORAGEM PARA DIZER NÃO


Introdução
Falar “não” nem sempre é fácil. O advérbio não é
um dos primeiros vocábulos que a criança ouve, um
dos primeiros que aprende a falar, mas é uma das
palavras mais difíceis de ser pronunciada quando
crescemos e passamos a nos comunicar
efetivamente uns com os outros.
Há um personagem no Antigo Testamento que
enfrentou tentações e armadilhas, mas soube dizer
não. Seu nome: Daniel. Em várias ocasiões ele teve
coragem para dizer não. Precisamos ter coragem
para dizer não e fazer a vontade de Deus.
Você tem procurado fazer a vontade de Jesus no
seu dia a dia?

Cristo, bom Mestre, eis meu querer:


Hino 369
tua vontade sempre fazer.
HCC (1ª
Faze-me forte pra resistir às duras provas que
estrofe)
possam vir.

Esse deve ser o nosso querer: fazer a vontade do


Transição e
Senhor. O ideal de Daniel era servir e honrar o
finalização
Altíssimo; e o nosso ideal deve ser o de vencer as
da
tentações, vantagens e armadilhas do mundo, para
introdução
fazer a vontade do Senhor.

Observe como o hino está inserido: após a tese,


seguida pela aplicação. E, depois dele, a transição
entre o que foi cantado e o 1º tópico. Isso permite
plena unidade entre as palavras e a música, como
podemos ver na figura a seguir:

TESE APLICAÇÃO HINO 369 HCC TRANSIÇÃO


Cristo, bom
Mestre, eis meu O nosso ideal
Precisamos Você tem
querer: tua deve ser estar
coragem para procurado fazer
vontade sempre nas mãos do
dizer não e a vontade de
fazer. Faze-me Senhor, com a
fazer a vontade Deus no seu dia
forte pra resistir coragem para
de Deus. a dia?
às duras provas dizer não.
que possam vir.

Mudando o hino por um outro cântico, certamente


a frase de transição precisará ser também mudada.
Observe esta realidade na sugestão com o cântico
“Vaso Novo”:

TESE APLICAÇÃO CÂNTICO TRANSIÇÃO


Eu quero ser,
Senhor amado,
como um vaso O nosso ideal
Precisamos Você está
nas mãos do deve ser estar
coragem para disposto a ser
oleiro. Quebra a nas mãos do
dizer não e como um vaso
minha vida e Senhor, com a
fazer a vontade nas mãos do
fase-a de novo, coragem para
de Deus. Senhor?
Eu quero ser, dizer não.
eu quero ser,
um vaso novo!

A aplicação está servindo como transição; a 2a


estrofe do cântico poderá ser entoada, devendo-se
evitar, porém, a muita repetição, para não tirar o foco
do que está sendo comunicado como um todo.
É válido observar, ainda, que a leitura do 1º texto
básico será introduzida nesse 1º tópico. Ela vem
como parte do sermão que já está sendo pregado,
por esta razão é aconselhável que a congregação
permaneça assentada durante a leitura. Voltando ao
sermão, veja como ele prossegue, agora com o
desenvolvimento do 1º tópico:

1º Tópico CORAGEM PARA DIZER NÃO ÀS TENTAÇÕES


Daniel era jovem e nobre; um hebreu, recém chegado
de Jerusalém. Ele foi escolhido, juntamente com outros
conterrâneos, para servir diante de Nabucodonozor, rei
da Babilônia. Escravo, em terra estranha, ele devia
aprender a cultura dos caldeus e participar das finas
iguarias e do vinho da mesa real.
Como você se reagiria diante de uma situação assim?
A reação de Daniel, falando não às tentações, está
registrada no texto que vamos ler agora: Daniel 1.8:
“Daniel, porém, propôs no seu coração, não se
contaminar com a porção das iguarias do rei, nem
com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe
dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar”.
Por que as iguarias e o vinho do rei contaminariam
Daniel? Por não haverem sido preparados de acordo
com a lei, por provavelmente serem oferecidos aos
ídolos.
Por que Daniel disse não à tentação de se contaminar
com os manjares do rei? Para conservar sua identidade
como hebreu. A identidade dele e dos colegas começara
a ser ameaçada com a mudança de seus nomes;
Para evitar identificação com uma religião pagã. A
mudança do nome de Daniel e de seus amigos fora uma
tentativa de promover essa identificação. Daniel = Deus
é meu juiz; passou a ser Beltessazar = príncipe de bel,
ou príncipe de Baal.
Para manter sua identidade como servo do Deus
Altíssimo – Ele tinha seus valores e precisava preservá-
los.
O mundo ataca com suas tentações; é preciso
coragem para dizer não. Esaú perdeu a primogenitura ao
ceder à tentação de trocá-la por um prato de comida;
José, no Egito, soube dizer não à mulher de Potifar e
manter firme seu ideal de agradar a Deus – (gn 39.9)
“Como posso pecar contra Deus?”
Não quero errar o alvo e me distanciar do Senhor.
Para permanecermos firmes no alvo que é Jesus
precisamos coragem para dizer não!
Coragem para dizer não à tentação de comprar o que
não podemos pagar; dizer não ao namoro que desvia o
jovem crente do seu ideal; dizer não ao culto de vigília
que prejudica a saúde, o trabalho ou os estudos; dizer
não ao exagero de atividades, que rouba o tempo para a
família; dizer não à tentação de, mesmo brincando,
prejudicar ou humilhar o próximo; dizer não à tentação
de aceitar tudo o que os outros dizem; dizer não à
tentação de parecer ou julgar-se superior aos colegas;
dizer não à tentação de agir conforme a minha vontade;
dizer não a tudo que não seja compatível com a vontade
de Deus.
Precisamos dizer e viver o princípio: Senhor, não é a
minha vontade, mas a tua…

Não é minha vontade, mas é tua;


não são meus os caminhos, mas são teus.
Que eu comece uma nova caminhada,
pensando segundo a vontade de Deus,
Hino 473
pensando segundo a vontade de Deus.
HCC
1ª est. e Não a minha verdade, mas a tua verdade;
estrib. não a minha vontade, mas a tua vontade;
não os meus descaminhos, mas os caminhos teus.
Que eu reflita e proclame aos amigos e ao mundo
que só vivo segundo a vontade de Deus,
que só vivo segundo a vontade de Deus.
Somente vivendo segundo a vontade de Deus temos
coragem para dizer não às tentações e…

2º Tópico CORAGEM PARA DIZER NÃO ÀS VANTAGENS

Mais uma vez vale observarmos aqui a questão do


elo necessário à unidade entre PALAVRA – MÚSICA
– PALAVRA. Veja a observação no quadro:

TRANSIÇÃO TRANSIÇÃO
HINO 395 CC
PRÉ-HINO PÓS-HINO
Não é minha vontade,
mas é tua; não são meus
Somente vivendo
Precisamos dizer e os caminhos, mas são
segundo a vontade
viver o princípio: teus. Que eu comece uma
de Deus temos
Senhor, não é a nova caminhada,
coragem para dizer
minha vontade, pensando segundo a
não às tentações
mas a tua... vontade de Deus,
e...
pensando segundo a
vontade de Deus.

Como já vimos, se for necessário mudar esse


hino, faça-o, de acordo com o repertório de sua
igreja, observando somente as frases de transição
antes e depois da música que proverão a unidade
sermônica.
Mais uma observação: A outra parte da leitura do
texto básico dar-se-á agora no 2º tópico e, mais uma
vez, ocorrerá como parte integrante da mensagem.
De volta ao manuscrito, vejamos como acontece:

Daniel agora já não assistia mais na corte. Belsazar,


um louco monarca, nem o conhece. O nome de Daniel é
lembrado pela rainha mãe. O velho Daniel é levado à
presença do rei, num momento de grande dificuldade,
para decifrar o enigma da mensagem escrita na parede,
por mãos misteriosas, durante o banquete real.
Na presença do rei, Daniel ouve as promessas de
ricas vestes de púrpura, finas jóias de ouro e elevada
posição no palácio. Mas, ele teve coragem de dizer não
– não às vantagens.
O texto é Daniel 5.16b,17:
“Se puderes ler a escritura e fazer-me saber a sua
interpretação, serás vestido de púrpura, terás cadeia
de ouro ao pescoço, e serás o terceiro no meu
reino. Então respondeu Daniel: os teus presentes
fiquem contigo e dá os teus prêmios a outrem,
todavia vou ler a escritura e fazer saber a sua
interpretação”.
Por que Daniel não aceitou as vantagens do rei?
Porque sabia que as riquezas do rei nada valiam;
Porque tinha nítido senso de missão profética: ele não
havia sido chamado a receber vantagens, mas para ler a
mensagem; porque se aceitasse as vantagens, Daniel
estaria se comprometendo em dar uma interpretação à
escritura para agradar ao rei; e ele havia sido chamado,
não para satisfazê-lo, mas para tornar claro o que Deus
naquele momento comunicava.
É um desafio aos pregadores da atualidade: A
mensagem deve ser pregada, não para agradar, mas
para tornar conhecido o que a Palavra de Deus tem a
comunicar ao povo. E para tanto, é preciso coragem
para dizer não.
Daniel tinha um referencial: ser achado sempre como
servo de Deus.
Qual o nosso referencial? Como queremos ser vistos?
Como nos apresentamos? Qual o padrão ético que
seguimos? Estamos sendo servos de quem?
Ananias e Safira não tiveram coragem de dizer não à
aparente vantagem de tentar – mentiram, ficando com
uma parte do dinheiro; por isso foram castigados com a
morte. Se o mesmo castigo fosse aplicado hoje, muita
gente não passaria da entrada do templo.
É preciso coragem para dizer não. Dizer não à
aparente vantagem de buscar o caminho das facilidades;
dizer não à “vantagem” de obter uma nota maior como
resultado de fila; dizer não à “vantagem” de copiar o
trabalho de alguém, para não ter que pesquisar; dizer
não à “vantagem” de usar meios ilícitos; dizer não à
“vantagem” de não se integrar na igreja; dizer não à
“vantagem” de realizar um trabalho irresponsável; dizer
não à “vantagem” de realizar trabalhos, olhando
simplesmente para o dinheiro; dizer não aos presentes
ilícitos e ao suborno; dizer não aos bens e riquezas que
o mundo oferece… dizer não a tudo que vem na
tentativa de desviar-nos do ideal. Precisamos de
coragem para dizer não a tudo quanto parece vantagem,
mas, ao fim, termina em desvantagem.
A realidade, é que com Cristo alcançamos um valor
maior e assim não precisamos nos deixar atrair por
ilusórias vantagens e as riquezas delas advindas. Por
isso, podemos cantar que não precisamos de riquezas.
Com Cristo estamos contentes: Só Ele nos satisfaz.

Riquezas não preciso ter, mas sim celeste bem;


Hino 395 nem falsa paz, ou vão prazer, porquanto o crente tem
CC eterno gozo no Salvador, por desfrutar o seu amor.
1ª est. e Com Cristo estou contente, ele me satisfaz.
estrib. Com esse amor do Redentor,
agora estou contente, agora estou contente.
Viver contente com Cristo é a maior vantagem que
podemos ter. No entanto, viver com Ele exige a coragem
para renunciar às tentações e às vantagens…
Além da coragem para dizermos não às tentações e
vantagens, precisamos de

3º Tópico CORAGEM PARA DIZER NÃO ÀS ARMADILHAS


Observe como aparece na frase final o elo que
prepara os fiéis para o cântico do hino a ser entoado.
Mesmo não constando no manuscrito, o pregador
precisa mencionar esta frase que unirá as suas
palavras com os hinos/cânticos dos segmentos,
antes e depois da parte musical. O quadro a seguir
oferece uma visão da unidade proposta:

TRANSIÇÃO TRANSIÇÃO
HINO 395 CC
PRÉ-HINO PÓS-HINO
Riquezas não preciso ter,
mas sim celeste bem; Viver feliz com
nem falsa paz, ou vão Cristo é a maior
Por isso podemos
prazer, porquanto o crente vantagem que
cantar que não
tem eterno gozo no podemos ter. No
precisamos de
Salvador, por desfrutar o entanto, viver com
riquezas. Com
seu amor. Com Cristo Ele exige a
Cristo estamos
estou contente, ele me coragem para
contentes: só Ele
satisfaz. Com esse amor renunciar às
nos satisfaz.
do Redentor, agora estou tentações e às
contente, agora estou vantagens...
contente.

Temos observado desde o início deste sermão que


a leitura do seu texto básico não ocorreu no início,
como parte integrante da introdução, o que
usualmente acontece. A razão não é simplesmente
oferecer mais uma variedade, porém apresentar a
leitura do texto no local onde será explanado.
Tratando-se de um sermão biográfico, foram
escolhidas três ocasiões distintas na vida do
personagem, com um detalhe marcante que
possibilita a unidade: nos três momentos, Daniel,
vencendo tentações e armadilhas, teve coragem
para dizer não.
À exemplo dos demais tópicos, portanto, a parte
final da leitura do texto básico ocorrerá dentro deste
segmento:

Outro momento decisivo: governadores para as


províncias foram nomeados. Daniel era um dos chefes
a quem os governadores deviam prestar contas. Por
seu espírito excelente, distingue-se de todos os
demais – era uma vida conhecida pela retidão e pela
fidelidade – nele não se achava erro, nele não se
achava culpa.
Movidos por inveja, os bajuladores arquitetam uma
armadilha para acusar Daniel.
O texto é Daniel 6.7,9,10:

“Todo homem que, pelo espaço de trinta dias, fizer


petição a qualquer Deus ou, a qualquer homem, e
não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões… O
Texto rei Dario assinou a escritura e o interdito… Daniel,
bíblico pois, quando soube que a escritura estava
(3ª parte) assinada, entrou em sua casa, no seu quarto, três
vezes no dia se punha de joelhos, e orava e dava
graças ao Senhor.”

Daniel não caiu na armadilha: sua prioridade era


viver em comunhão com Deus. Trinta dias sem
comunhão com Deus era deixar de viver. Assim como
não se pode ficar tantos dias sem alimento, sem água
e sem ar… Deixar de falar com Deus era deixar de
viver. Mesmo diante da ameaça de morte Daniel disse
não e, três vezes ao dia ajoelhava-se e orava. Preferia
morrer a se afastar de Deus. Viver sem comunhão
com Deus não fazia sentido para ele.
Quais as nossas prioridades de acordo com os
nossos ideais? O que tem ocupado o primeiro lugar
em minha vida?
O que tem ocupado o primeiro lugar em sua vida?
Qual o lugar que a comunhão com Deus ocupa no
nosso viver?
O que é tão importante que não posso abrir mão?
Estamos vivendo em comunhão com Deus?
É preciso coragem para dizer não à armadilha de
tornar a Bíblia um livro comum;
dizer não à negligência da vida devocional diária;
dizer não às armadilhas que nos afastam de viver uma
vida de oração, de orar constantemente;
dizer não ao impulso de fazer com nossas próprias
forças;
dizer não à pressa de prosseguir sem o
acompanhamento do Senhor;
dizer não à armadilha de olhar apenas para
trabalho, em vez de olhar para o Senhor do trabalho,
que nos manda trabalhar;
dizer não às armadilhas de trabalhar por promoção,
ou autoexibição;
dizer não a toda armadilha que nos afaste do
Senhor.
Entretanto, não podemos vivenciar tão elevado
padrão por nossas próprias forças. Precisamos viver
com Jesus e confiar em Jesus para prosseguirmos
firmes no combate às tentações, vantagens e
armadilhas do mundo.
A Palavra de Deus nos assegura: (Sl 125.1,2):
“Os que confiam no Senhor são como o monte
de Sião que não se abala, mas permanece para
sempre. Como estão os montes à roda de
Jerusalém, assim o Senhor está em volta do seu
povo, desde agora e para sempre”.

Os que confiam no Senhor são como os montes de


Sião que não se abala, mas permanece para sempre.
Como em volta de Jerusalém estão os montes,
assim o Senhor em volta do seu povo.
Cântico:
“Autoridade Autoridade e poder e domínio em suas mãos, pois o
e Poder” Senhor é Deus, o Senhor é Rei dos povos.
Cale-se diante dele a terra, dobre os joelhos, ergam
os mãos, pois o Senhor é Deus, o Senhor é Rei dos
povos.

Conclusão Daniel era um escravo; no entanto, tinha a


autoridade de viver a serviço do Senhor dos exércitos.
É essa a autoridade que temos – o Senhor está
conosco.
Apesar de escravo em uma terra estranha, Daniel
teve coragem para dizer não às tentações, vantagens
e armadilhas do mundo. Ele firmou o propósito de não
se contaminar. E seu exemplo é válido hoje.
Precisamos estar firmes naquele que nos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz.
Só diante de Jesus temos forças para vencer as
tentações, vantagens e armadilhas que o mundo
oferece. Que, firmes no ideal de servir ao Senhor,
tenhamos como prioridade fazer sempre a Sua
vontade, tendo como referencial seguir, amar e
agradar ao Deus, tendo coragem para dizer não.
Amém.

Mais uma vez, é válido atentarmos à questão da


unidade. Sermão segmentado não é uma simples
proposta de trazermos hinos para dentro da prédica,
mas o desafio da união da palavra e da música, com
um só propósito, de comunicar uma só mensagem.
Vejamos como a unidade acontece neste final:

TRANSIÇÃO TRANSIÇÃO
HINO 395 CC
PRÉ-HINO PÓS-HINO
Os que confiam no
A Palavra de Deus Senhor são como os
nos assegura: “Os montes de Sião que não
que confiam no se abala, mas permanece
Daniel era um
Senhor são como o para sempre. Como em
escravo; no
monte de Sião que volta de Jerusalém estão
entanto, tinha a
não se abala, mas os montes, assim o
autoridade de viver
permanece para Senhor em volta do seu
a serviço do
sempre. Como povo. Autoridade e poder
Senhor dos
estão os montes à e domínio em suas mãos,
exércitos. É essa a
roda de Jerusalém, pois o Senhor é Deus, o
autoridade que
assim o Senhor Senhor é Rei dos povos.
temos – o Senhor
está em volta do Cale-se diante de dele a
está conosco.
seu povo, desde terra, dobre os joelhos,
agora e para ergam os mãos, pois o
sempre”. Senhor é Deus, o Senhor
é Rei dos povos.

Trabalhando corretamente o segmentado


Um sermão segmentado bem elaborado e bem
apresentado possibilita chegar aos ouvintes como
um todo, sem que palavra ou música se sobressaia,
deixando, no entanto uma tese clara. No caso deste
biográfico sobre Daniel essa tese foi:

Precisamos ter coragem para dizer não e fazer a vontade do nosso


Deus.

Como acontece em um coro ou orquestra, onde o


importante é a apresentação harmônica da música
que está sendo executada, no sermão segmentado
nada pode sobressair à defesa da tese. As palavras
do pregador e todos os hinos e cânticos entoados
têm o mesmo objetivo de tornar claro diante dos
ouvintes a proposição central do sermão.
Após esta rápida visão do modelo segmentado, a
indagação natural do pregador é, “Por que devo usar
tal forma?” O próximo capítulo tem o propósito de
responder a esta questão.
2
Porque usar a
forma segmentada

Transformando ouvintes em participantes,


que cantam ao longo da mensagem,
o segmentado é um excelente recurso
para a proclamação da Palavra.
Eurico Nelson certamente não planejou pregar
sermões segmentados. Ele lançou mão desse
recurso por precisar, de alguma forma, conquistar a
atenção dos seus ouvintes. A dificuldade de ter
pessoas atentas, pela falta de fluência na língua
portuguesa, o fez usar esse recurso. A forma,
entretanto, não vingou. E isso, com certeza, por não
haver unidade entre os hinos entoados e a
mensagem falada.
Durante décadas houve um silêncio quanto ao uso
da música no sermão; os pregadores não lançaram
mão do modelo segmentado. Daí, a pergunta: por
que pregar sermões segmentados na atualidade?
Consideremos algumas razões para o uso desta
forma.
A música ajuda a prender a atenção do ouvinte
Os meios de comunicação têm considerado a
curta capacidade de atenção dos ouvintes. Nelson
Kirst lembra que, “ao cabo de 20 minutos o
decréscimo na atenção é muito expressivo”8.
Charles Spurgeon, já a seu tempo viu essa
possibilidade, ao declarar: “Se a mente dos ouvintes
estiver vagando longe, não poderá receber a
verdade, e é como se estivesse inativa”9. O
pregador precisa se colocar no lugar do ouvinte.
Para Spurgeon, os ouvintes têm o dever de estar
atentos às palavras do pregador, mas, este, tem
ainda maior dever, de, não apenas conquistar, mas
também manter a atenção daqueles.10
Alejandro Trevino disse que, quando os ouvintes
perdem o interesse ou há evidências de cansaço, o
pregador deve ter a sensibilidade de terminar,
mesmo que tenha de omitir um tópico11. A televisão
apresenta quase toda sua programação em
segmentos breves, e quando os segmentos se
tornam mais longos, os ouvintes se aborrecem e
mudam de canal. Acontece algo parecido hoje:
Quando o sermão se torna prolixo, o ouvinte “muda
de canal”, transfere seu pensamento para outro
assunto, ou simplesmente se desliga das palavras
do pregador. Há um “desligador automático” que é
acionado em tais ocasiões.*
O sermão segmentado dá às pessoas, que antes
seriam simples ouvintes, a oportunidade de se
tornarem, de fato, participantes. Cantando entre
cada segmento, os fiéis se mantêm atentos às
verdades comunicadas. Esse fator aumenta
grandemente o nível da atenção dos ouvintes e a
capacidade de retenção das verdades transmitidas.
As pessoas gostam de cantar
Cantar louvando ao Senhor é um privilégio dos
salvos por Jesus. Razão porque uma das maiores
alegrias do crente é cantar. Não dá para pensarmos
num culto sem música. É impossível alguém ser
crente sem louvar ao Senhor.12 E na vida cristã
aprendemos a cantar sempre, a cantar no
nascimento e na morte, na alegria e na tristeza, na
chegada e na despedida, ao amanhecer e ao
anoitecer. Cantamos em todas as circunstâncias.
Tinha razão o salmista ao declarar: “Bendirei ao
Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará
sempre em meus lábios” (Sl 34.1).
A oportunidade que os fiéis têm de cantar durante
a mensagem, faz do segmentado uma proposta
alegre e participativa. geralmente, quando o sermão
é segmentado, os ouvintes compartilham com
alegria. Cada vez que prego essa forma sermônica,
observo a satisfação dos crentes em cantar.
Vivemos a era do louvor musical
Nunca em nossas igrejas houve tanto espaço para
os cânticos e tanto entusiasmo em cantá-los quanto
na atualidade. Essa tendência tem levado algumas
pessoas ao exagero de quererem transformar o culto
só em cânticos, desprezando as demais partes,
principalmente a pregação da Palavra. A mensagem,
que outrora ocupou lugar de destaque, fica muitas
vezes imprensada, oprimida e quase espremida,
diante da pujança do louvor que vai cada vez mais
tomando espaço. Esta realidade tem criado atritos,
uma quase “quebra de braços” entre palavras e
cânticos no culto. A competição não é a alternativa
para a solução do problema. Se um culto sem
música não tem sentido, de igual modo sem a leitura
da Palavra o sermão torna-se vazio. Música e
pregação não competem, mas se completam para o
louvor da glória de Deus. O sermão segmentado cria
a possibilidade de aproximação dessas ferramentas
maravilhosas, unindo-as num só ato para que a
mensagem seja proclamada.
O sermão segmentado enseja
a variedade no púlpito.
O pastor, com a responsabilidade de pregar
semana após semana, deve lutar com todas as
forças visando oferecer uma dieta variada às suas
ovelhas. O Espírito Santo nos inspira; sabemos
todavia, que isso não dispensa o trabalho pessoal do
pregador. Vida de oração, dependência de Deus e
estudo da Palavra são condições fundamentais para
o êxito no púlpito; é preciso, porém, o pregador fazer
a sua parte para ter novas ideias, estudando-as e
transformando-as em pesquisas que resultarão em
mensagens bíblicas, profundas, relevantes e
criativas. Quando isto acontece, os ouvintes passam
a admirar o pregador que quanto mais prega mais
criativo se torna e, assim, os surpreende a cada
semana, não só com o programa de púlpito, mas,
com o modo como cada sermão é elaborado e
apresentado.
Um dos recursos que o pregador dispõe para não
cair na rotina em seu programa de mensagens é o
uso de várias formas sermônicas. O modelo
segmentado é um recurso agradável que, bem
elaborado, será sempre prazeroso aos ouvintes. Só
o toque de variedade que o segmentado dá à dieta
sermônica, já seria um bom motivo para sua inclusão
no calendário de pregação uma ou mais vezes no
trimestre.
No sermão segmentado os
ouvintes são participantes
No passado, as pessoas iam ao templo com um
vivo interesse em ouvir a pregação da Palavra; a
apresentação do sermão era considerada o
momento mais importante do culto. Os ouvintes
reverenciavam tanto o pregador, quase a ponto de
idolatrá-lo. Martin Lloyd-Jones conta de uma senhora
que, após ouvir um famoso pregador, afirmou haver
gostado do sermão. O comentário levou alguém a
lhe indagar se compreendera o que ele dissera.
Diante da pergunta, ela respondeu: “Longe de mim
presumir que poderia entender tão grande homem
como aquele.” Lloyd-Jones conclui: “Essa era a
atitude antiga; mas isso já desapareceu. Estamos
em uma nova posição, na qual os ouvintes nos
bancos estão insistindo nos seus direitos.”13 As
pessoas na atualidade não querem ser simples
ouvintes; desejam participar.
O segmentado torna possível um trabalho conjunto
O pastor e o ministro de música foram chamados
por Deus para um ministério especial; ambos servem
com o mesmo objetivo: o louvor da glória de Deus;
ambos mourejam na mesma causa, visando a
salvação dos perdidos e a edificação dos salvos e,
em alguns casos, mesmo trabalhando lado a lado,
vivem distantes. É triste vermos pastores que não se
interessam pelo programa de música ou músicos
que não se interessam pela pregação da Palavra.
Alguns chegam a afirmar: “Fique longe da minha
área, que eu não me aproximo da sua”. É a filosofia
do antigo cântico: “Tu no teu cantinho e eu no meu”.
Tais barreiras, contudo, não fazem parte do plano de
Deus. Somente vivendo como irmãos, amando-nos
verdadeiramente, é que teremos condições de
compartilhar a mensagem que temos a pregar. Não
é pela beleza da música ou pela eloqüência das
palavras que as pessoas serão atraídas ao Senhor
Jesus, mas pela capacidade de vivermos unidos. Foi
Ele mesmo quem afirmou: “Nisto conhecerão todos
que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns
pelos outros” (Jo 13.35).
Pode estar faltando oportunidade de encontro
entre o pastor e o responsável pela música na igreja.
Entretanto, precisamos considerar que o ministério
da Palavra e o ministério da música são de tal
proximidade que não dá para existirem separados.
“A presença da música e da pregação no culto deve
ser marcada pela harmonia e não pelo combate.
Para a adoração, para a edificação, para a
inspiração e para a salvação, a música necessita
tanto da pregação quanto a pregação da música”.14
Esta é a razão que me faz pensar que o ministro de
música precisa agir como pregador e o pastor agir
como músico, uma vez que ambos são arautos e
artistas. O pregador é um artista seu trabalho exige
criatividade; e o ministro de música é um arauto –
uma vez que lança mão da sua música para a
proclamação do nome do Senhor.
A elaboração do sermão segmentado enseja ao
pastor e ao ministro de música um trabalho conjunto.
Muitas vezes tenho preparado essa forma sermônica
com a participação de ministros de música. Em
algumas ocasiões, aquele hino ou cântico que tanto
o pastor quis encontrar, é mais facilmente localizado
pelo músico. E, como se não bastasse um trabalho
conjunto na elaboração, o momento da
apresentação exige, mais uma vez, que essa dupla
de chamados se constituam num dueto e jamais
num duelo.
O sermão segmentado enseja maior
retenção da mensagem
A assimilação do que ouvimos é limitada. Mas no
caso do sermão segmentado o percentual de
retenção aumenta consideravelmente. A
comunicação através da música tem muito maior
alcance. Basta observarmos a diferença entre as
falas e as músicas advindas da televisão.
Comerciais só de palavras não ficam retidos; em
contra partida, as propagandas veiculadas com
músicas ficam de tal modo gravadas que, quando
menos esperamos, somos surpreendidos
cantarolando a propaganda que ouvimos.
Participando dos cânticos entre os segmentos os
fiéis retêm muito mais a mensagem do que na
condição de apenas ouvintes.
Todas estas razões justificam a adoção da
pregação segmentada no momento atual. E é
possível que outros pontos favoráveis ao seu uso
ainda sejam mencionados por alguns dos outros
pregadores já estão familiarizados ao seu uso. Mas
antes de começar a adotar o método, prepare a
igreja para o receber. Não precisa levar o assunto
para ser decidido em sessão plenária ou reunião de
líderes, mas uma rápida palavra preparatória antes
de começar a pregar. Como o culto cantado é uma
forma mais usada em nossas igrejas, uma boa dica
é usar um sermão segmentado dentro de um culto
cantado. Com o passar do tempo, e a inserção de
mais segmentados no calendário de pregação, os
irmãos irão compreender as diferenças entre o culto
cantado e o sermão segmentado e que ambos são
uma bênção na vida da igreja, como alternativas
para a proclamação da mensagem.
3
Sermão Segmentado
e Culto Cantado

Um culto cantado, pode até não ter


uma mensagem em forma de pregação,
mas um sermão segmentado,independendo do culto,
jamais deixará de ser pregação.
Sermão segmentado e culto cantado são práticas diferentes.
A incompreensão a esse respeito tem levado algumas pessoas
a denominar essa forma sermônica com cânticos entre os
segmentos, de culto segmentado. O culto, independendo do
número de cânticos e hinos nele inseridos, será sempre um
culto e o sermão segmentado será sempre mensagem da
Palavra de Deus. Neste capítulo queremos destacar algumas
diferenças:
A base do culto cantado são os hinos, dentro de um
determinado assunto
O planejamento do culto cantado começa com a seleção dos
hinos. Mesmo que a inspiração para a escolha do tema do culto
seja uma passagem das Escrituras, a escolha dos hinos é
fundamental para um bom culto cantado. Veja a ficha a seguir,
com sugestões de hinos escolhidos no assunto adoração:

HINOS SOBRE ADORAÇÃO


“A Deus Demos Glória” [228 HCC] Congregação
“Adorem o Rei” [233 HCC] Congregação
“Adoro o Cristo Vivo” [136 HCC] Congregação
“Alegres Adorai” [223 HCC] Congregação [1ª e estribilho]
“Cristo, Nós Te Adoramos” [240 HCC] Congregação
“Desejo Te Adorar, Senhor” [69 HCC] Congregação
“Deus Está Presente” [222 HCC] Congregação
“Glória Pra Sempre” [Cântico] Congregação
“Glorioso És Tu, Senhor” [64 HCC] Congregação
“Jesus Em Tua Presença” [Cântico] Congregação
“Louvamos, Louvamos, Senhor e Adoramos [73 HCC] Congregação
“Não a Nós, Senhor” [23 HCC] Congregação
“Vós, Criaturas de Deus Pai” [224 HCC] Congregação

No sermão segmentado a base é o texto bíblico,


independendo do assunto
Mesmo que a ideia para um determinado sermão segmentado
tenha como ponto de partida um ou mais hinos sobre um
assunto, a base para o desenvolvimento da pesquisa sermônica
deverá ser um texto bíblico. Observe no exemplo a seguir a
importância da escolha do texto para a elaboração do sermão:

Que darei eu ao Senhor por todos os


benefícios que me tem feito? Tomarei o
ASSUNTO: cálice da salvação e invocarei o nome
Texto:
ADORAÇÃO AO do
Salmo 116.12-14
SENHOR Senhor. Pagarei os meus votos ao
Senhor,
na presença de todo o seu povo.

A escolha do texto é, não só importante, mas essencial, uma


vez que servirá de base para a elaboração do sermão e a partir
da sua correta interpretação e contextualização todo material
sermônico será determinado. A exceção a esta regra se dá
quando um hino não apenas oferece a ideia sermônica, mas
suas estrofes determinam a própria estrutura do sermão. São
poucos os hinos com a capacidade de fornecer o foco da
mensagem e, geralmente, quando isso acontece, o hino ou
cântico particularizado tem uma sólida base bíblica que serviu
de inspiração ao seu autor.
Veja como esta realidade está presente no hino 388 do
Cantor Cristão. A partir dele foi elaborado o sermão A
FELICIDADE PESSOAL, com seis tópicos que correspondem
diretamente às estrofes, mas com uma base bíblica que foi
encontrada nos seis versículos do Salmo 1º.

ESTRUTURA
BASE BÍBLICA LETRA DO HINO
SERMÔNICA
(v. 1): Como é feliz aquele que (1a est): Feliz é o 1. É prometida aos que
não segue o conselho dos homem que não vai não seguem o conselho
ímpios, não imita a conduta dos, conforme os ímpios dos ímpios
pecadores, nem se assenta na vão, nem com os
roda dos zombadores!
pecadores tem alguma
comunhão.
(2a est): Porém na lei,
(v. 2): Ao contrário, sua na santa lei de Deus se 2. É garantida aos que
satisfação está na lei do Senhor, alegra bem, e posto valorizam a lei do
e nessa lei medita dia e noite. sempre o coração na lei Senhor
divina tem.
(3a est): Tal homem
(v. 3): É como árvore plantada à
florescendo vai qual
beira de águas correntes: Dá
plantação que está ao 3. É conhecida pelo
fruto no tempo certo e suas
pé de um rio e fruto estilo de vida
folhas não murcham. Tudo o
bom em tempo próprio
que ele faz prospera!
dá.
(4a est): Jamais a sua
(v. 4) Não é o caso dos ímpios! folha cai, nem murcha 4. É vista pelos frutos
São como palha que o vento vem a ser, e bem permanentemente
leva. maduro se fará o fruto produzidos
que ele der.
(5a est): Os ímpios não
(v. 5) Por isso os ímpios não
serão assim, jamais 5. é contrastada com a
resistirão no julgamento, nem os
felizes são; porém aparente felicidade do
pecadores na comunidade dos
parecem com o pó, que ímpio
justos.
os ventos levarão.
(6a est): No juízo não
(v. 6) Pois o Senhor aprova o
resistirão, no dia do
caminho dos justos, mas o 6. É uma experiência
Senhor; dos justos
caminho dos ímpios leva à que jamais findará
longe ficarão curtindo
destruição!
eterna dor.

A estrutura sermônica apresentada neste quadro pode ser


usada tanto para o planejamento de um culto cantado, quanto
de um sermão segmentado. No primeiro caso, a preocupação
será estabelecer os hinos, cânticos, leituras bíblicas,
testemunhos e demais detalhes que comporão o culto como um
todo. Já na elaboração do segmentado a preocupação é
aprofundar o estudo deste salmo 1o, contextualizá-lo
adequadamente, para aplicar a mensagem aos ouvintes,
persuadindo-os a mudanças comportamentais, de acordo com
os desafios apresentados.
O culto cantado começa
com a definição de um tema
Veja o exemplo a seguir: tEMa dO CuLtO: Adoramos o Cristo
Vivo a definição desse tema determinará a escolha dos hinos e
leituras bíblicas que comporão a ordem do culto. Como
podemos observar no exemplo a seguir.

CULTO CANTADO - "ADORAMOS O CRISTO VIVO"

Boas vindas, comunicações


Prelúdio………………………………………………………….Piano
Chamada à adoração…… Hino 233 HCC “Adorem o Rei” (R grant/J Haydn) 1a
e 3a estr……………………………………………………………….. Congregação
Adorem o Rei glorioso Senhor, e louvem a Deus, pois ele é amor.
É nossa defesa, real proteção, louvado na glória e com gratidão.
Amor sem igual, quem pode explicar? É visto no sol, na lua a brilhar;
é visto nos montes, nas árvores mil; se mostra no orvalho, no céu cor de anil.
Recitação Bíblica……………….. Salmo 95.1, 6…………….. Congregação
Venham! Cantemos ao Senhor com alegria! Aclamemos a Rocha da nossa
salvação. Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso
Criador.
Cântico………………………. “Ele é Exaltado” ………………… Congregação
Ele é exaltado o Rei é exaltado No céu eu o louvarei, Ele é exaltado pra sempre
exaltado
seu nome louvarei, Ele é o Senhor sua verdade vai sempre reinar; terra e céu
glorifiquem seu Santo nome. Ele é exaltado o Rei é Exaltado no céu.
Oração

ADORAMOS O CRISTO VIVO QUE ENTROU EM NOSSA HISTÓRIA


Recitação Bíblica…………………João 1.1,14…………………Congregação
No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.
Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós.
Vimos a sua glória, glória como do Unigênito e vindo do Pai, cheio de graça e de
verdade.
Dedicação de bens e vidas…………………………………………………Piano
Cântico………………… “Jesus em Tua Presença”………………. Congregação
Jesus em tua presença, reunimo-nos aqui Contemplamos tua face
e rendemo-nos a ti
pois um dia a tua morte trouxe vida a todos nós e nos deu completo acesso ao
coração do Pai
O véu que separava já não separa mais a luz que outrora apagada agora brilha e
cada dia brilha mais.
Só pra te adorar e fazer teu nome grande e te dar o louvor que é devido estamos
nós aqui.
Oração

ADORAMOS O CRISTO VIVO QUE NOS TRANSFORMA


DE GLÓRIA EM GLÓRIA
Recitação Bíblica………………. 2Coríntios 3.18………………… Congregação
E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor,
segundo a sua imagem
estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor,
que é o Espírito.
Hino.448 HCC………………“Que mudança admirável” (R McDaniel) 1a e 2a
estrofes…………………………………………………………………Congregação
Que mudança admirável na vida provei, pois Cristo minha alma salvou! Tenho a
luz lá do céu que eu tanto busquei, pois Cristo minha alma salvou!
Oh! Cristo minha alma salvou! Sim, Cristo minha alma salvou!
Mesmo ali sobre a cruz foi que Cristo Jesus da morte minha alma salvou!
Já deixei de trilhar a vereda do mal, pois Cristo minha alma salvou! E feliz eu
desfruto o favor divinal, pois Cristo minha alma salvou!

ADORAMOS O CRISTO VIVO QUE DÁ SENTIDO A NOSSA HISTÓRIA


Testemunho …... ”Jesus Cristo transformou minha vida” ……Irmão José de
Lima
Hino.312 HCC “Seu Maravilhoso Olhar” (J Peterson) 1a e 3a estrofes.....
Congregação
Vivi tão longe do Senhor, assim eu quis andar,
Até que eu encontrei o amor em seu bondoso olhar.
Seu maravilhoso olhar, Seu maravilhoso olhar
Transformou meu ser, todo o meu viver; Seu maravilhoso olhar.
Em contrição então voltei à fonte deste amor
perdão e paz em Cristo achei; pertenço ao Salvador
Recitação Bíblica………………….. João 1.11-13………………….. Congregação
Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o
receberam, aos que creram em
seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não
nasceram por descendência
natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas
nasceram de Deus.

ADORAMOS O CRISTO VIVO QUE NOS CONDUZ À SUA GLÓRIA


Hino.52 HCC….. “Grandioso És Tu!” (Boberg) 4ª est. e estrib. ……
Congregação
E quando, enfim, Jesus vier em glória e ao lar celeste então me transportar,
Adorarei, prostrado e para sempre: “grandioso és tu, meu Deus”, hei de cantar.
Então minha alma canta a ti, Senhor: “Grandioso és tu! Grandioso é tu!”
Então minha alma canta a ti, Senhor: “Grandioso és tu! Grandioso é tu!”
Recitação Bíblica ………………….. Marcos 13.32…………………..
Congregação
“Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho,
senão somente o Pai.
Hino..447 HCC … “Mas Eu Sei em Quem Tenho Crido!”” (D Whittle/J
Mcgranahan)
………………………………………………………………………….. Congregação
E, quando vem Jesus, não sei, se breve ou tarde vem,
mas sei que o meu Senhor virá na glória que ele tem.
Mas eu sei em quem tenho crido e estou bem certo que é poderoso
pra guardar bem o meu tesouro até o dia final.
Oração Poslúdio…………………………………………………………….Piano

Podemos observar que a escolha do tema – ADORAMOS O


CRISTO VIVO – foi fundamental para todo o culto, que está
dividido em quatro partes: (1) Que entrou em nossa história; (2)
Que nos transforma de glória em glória; (3) Que dá sentido à
nossa história; e (4) Que nos conduz à sua glória.
Esta ordem provavelmente é pequena para um culto cantado,
sem uma pregação da Palavra em forma de sermão.
Lembrando que a mensagem foi pregada por meio dos cânticos,
leituras bíblicas e do testemunho. A ideia é que o testemunho
seja preferencialmente breve e de grande impacto. Isto dará
condições para que após o cântico do Hino final – Mas eu sei
em quem tenho crido – haja a oportunidade para um convite
(apelo) dando oportunidade a todos de firmarem um
compromisso com o Cristo Vivo.
No sermão segmentado, se o ponto de partida
não for um texto bíblico, poderá ser uma ideia,
mas sempre com base bíblica
Geralmente, quando vamos pregar, nossa primeira
preocupação é encontrar o texto básico. Algumas vezes,
entretanto, depois de orar, pedindo a Deus que nos dê a
mensagem, o que nos vem à mente é uma ideia – ADORAÇÃO.
Se, no primeiro caso, temos um texto como os versos 12-14 do
salmo 116, isso nos motiva a elaborar um sermão sobre
ADORAÇÃO. Na segunda hipótese, diante da ideia de pegar
sobre ADORAÇÃO, temos a responsabilidade de escolher um
texto que tanto poderá ser esse em tela, ou um outro que
aborde o assunto.
Quanto mais textual ou expositivo for o trabalho homilético,
tanto maior evidência assume o texto, por ser tratado com
relevância e profundidade. Ao contrário, quanto mais temático
ou tópico o esboço usado, menos evidência recebe o texto, uma
vez que a estrutura sermônica dele não depende para a
formulação das principais divisões.
A elaboração do culto cantado prossegue com a busca
das leituras bíblicas sobre o tema escolhido
Boa prática é escolher várias leituras de acordo com o tema
do culto. Vale a pena escolher passagens de diferentes livros
bíblicos, para selecionar as que mais se ajustam ao
planejamento. Essa ficha, uma vez arquivada, poderá servir
para várias ocasiões. Veja o modelo a seguir:
ALGUMAS LEITURAS BÍBLICAS SOBRE ADORAÇÃO
Digno é o Cordeiro, que foi morto de receber, de receber o poder, e
Ap 5.12
riquezas e sabedoria e força, e honra, e glória, e ações de graças.
Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão
Fl 2.10,11 nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que
Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai.
Hc 2.20 O Senhor está no seu santo templo, cale-se diante dele toda a terra.
Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia
Is 6.3
da sua glória.
Deus é espírito e importa que os seus adoradores o adorem em
Jo 4.24
espírito e em verdade.
Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso
Jr. 29.13
coração.
A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei
nele. Bom é o Senhor para os que se atém a ele, para a alma que o
Lm 3.24-26
busca. Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do
Senhor.
Mc 11.17 A minha casa será chamada casa de adoração.
Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus que apresenteis os
vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
Rm 12.1,2 vosso culto racional e não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei. A minha alma
tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e
Sl 63.1,2
cansada, onde não há água; para ver a tua fortaleza e a tua glória,
como te vi no santuário.

Outros textos sobre adoração poderão ser escolhidos, como


Is 1.11-20; Sl 24.3-5; Sl 100; Êx 3.5; 1Jo 2.7-11; Mt 4.10b; Is 6.1-
9; Sl 42; Dt 4.28-31;
Mt 28.17; Ef 4.25-32; Ap 7.9-17, etc. O uso de uma
concordância ou chave bíblica é importante nesta fase do
trabalho.
A elaboração do segmentado
prossegue seguindo alguns passos

Trabalhe a interpretação do seu texto


Sem que o pregador interprete o texto, jamais chegará ao
conhecimento do seu sentido claro. A capacidade de interpretar
corretamente o texto bíblico é fundamental para o sucesso do
sermão.15 Deve-se trabalhar a interpretação do texto, com a
formulação da ideia central do texto. A ICT é uma frase breve,
de 16 a 18 palavras no máximo, capaz de traduzir a mensagem
como expressão exata da que o texto original encerra16.
Veja no exemplo (Sl 116.12-14) como a ICT é formulada:

TEXTO ICT
Que darei eu ao Senhor por todos os
benefícios que me tem feito? Tomarei o
Para responder às bênçãos de Deus, o
cálice da salvação, e invocarei o nome
salmista firmou o propósito de viver uma
do Senhor. Pagarei os meus votos ao
adoração completa.
Senhor, agora, na presença de todo o
seu povo.

Contextualize a mensagem do texto


Significa que ela será transportada para o momento atual;
esse trabalho se completa com a elaboração da TESE, que é o
resumo do sermão e surge da contextualização da ICT, devendo
ser, também, uma frase breve. Observe como, a partir da ICT a
tese é formulada:

TEXTO ICT TESE


Que darei eu ao Senhor por todos os Para responder às
Devemos
benefícios que me tem feito? Tomarei o bênçãos de Deus, o
responder as
cálice da salvação, e invocarei o nome salmista firmou o
bênçãos de Deus
do Senhor. Pagarei os meus votos ao propósito de viver
vivenciando uma
Senhor, agora, na presença de todo o uma adoração
adoração completa.
seu povo. completa.

Determine o propósito básico e o propósito específico.


O propósito básico (PB) é o rumo a ser seguido na
mensagem, a linha sobre a qual caminharão os elementos
funcionais (explanação, ilustração e aplicação) para que o
propósito específico (PE) seja alcançado. E o PE é o ponto de
chegada. Enquanto a ICT está no pretérito e a tese presente, o
PE estará no futuro; pois é o alvo a ser alcançado. 17
Observe na ilustração, com esses dois novos elementos:

TEXTO ICT TESE


Que darei eu ao Senhor
por todos os benefícios
que me tem feito? Tomarei Para responder às
Devemos responder as
o cálice da salvação, e bênçãos de Deus, o
bênçãos de Deus
invocarei o nome do salmista firmou o propósito
vivenciando uma
Senhor. Pagarei os meus de viver uma adoração
adoração completa.
votos ao Senhor, agora, completa.
na presença de todo o seu
povo.
PB PE TÍTULO
Vivenciarmos a comunhão
com Deus que faz do Quando a adoração é
Devocional
nosso culto uma adoração completa
completa.

Estabeleça um bom título


A melhor definição para um bom título é dizer que ele é um
resumo: o menor resumo de tudo quanto o pregador tem a
comunicar; o menor resumo da verdade a ser transmitida, um
fiel resumo da tese. Uma vez que a tese vem da ideia central do
texto e a ideia central vem do texto, o título será o menor
resumo da ideia correta e contextualizada da verdade do texto
bíblico.18
Veja, mais uma vez, o exemplo:

TEXTO ICT TESE


Que darei eu ao Senhor Para responder às Devemos responder as
por todos os benefícios bênçãos de Deus, o bênçãos de Deus
que me tem feito? Tomarei salmista firmou o propósito vivenciando uma
o cálice da salvação, e de viver uma adoração adoração completa.
invocarei o nome do completa.
Senhor. Pagarei os meus
votos ao Senhor, agora,
na presença de todo o seu
povo.
PB PE TÍTULO
Vivenciarmos a comunhão
com Deus que faz do Quando a adoração é
Devocional
nosso culto uma adoração completa
completa.

Trabalhe as divisões
O sistema de divisões em tópicos constitui-se em excelente
exercício ao pregador que se propõe a transmitir sermões com
base bíblica e aplicação nesse tempo quando o sermão precisa
ser profundo, claro, objetivo e breve.19 Observe neste exemplo
como esses passos se completam:

TÍTULO DIVISÕES
1. Somos mais que espectadores
Quando a adoração é completa 2. Somos mais que frequentadores
3. Somos mais que recebedores

Este é o melhor momento para segmentar o sermão,


trabalhando na escolha das músicas, uma vez que os tópicos
estão estabelecidos. Quanto mais bem divididos estiverem e
quanto mais os hinos escolhidos se encaixarem ao assunto em
pauta, mais haverá equilíbrio e harmonia no trabalho homilético.
O próximo capítulo tratará especificamente da elaboração do
sermão segmentado.
Um culto cantado pode até não ter pregação;
o sermão segmentado, no entanto,
jamais deixará de ser pregação
O ideal de todo culto, mesmo um culto cantado, é ter a
pregação da Palavra. É claro que deve haver um acerto entre o
dirigente da música e o pregador para que a mensagem não
ocupe tanto tempo. Por esta razão, vamos observar dois
modelos de cultos cantados: com pregação e sem pregação.
Vejamos inicialmente um culto cantado com sermão:

ADORANDO AOS PÉS DA CRUZ


Prelúdio………………………………………………………………………Órgão
Chamada à AdoraçãoHino 240 HCC “Cristo, Nós Te Adoramos” (T Debois)
………… Congregação
Cristo, nós te adoramos, com gratidão te louvamos,
Cristo, nós te adoramos, com gratidão te louvamos,
pois pela tua morte sobre a cruz remiste o mundo.
Cristo, nós te adoramos, com gratidão te louvamos.
Cristo, nós te adoramos.
Recitação Bíblica ………………….(Rm 16.27) …………………. Congregação
Ao único Deus sábio seja dada glória para todo o sempre, por meio de Jesus
Cristo.
Cântico……………….. “Ao Que Está Assentado” …………… Congregação
Ao que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor
e a honra e a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.
Oração
Dedicação de bens e vidas…………………………………………………Piano

ONDE CRISTO SUPORTOU VERGONHA E DOR


Hino 132 HCC ……………….. “Rude Cruz” (g. Bernard) ……………..
Congregação
Rude cruz se erigiu, dela o dia fugiu, revelando vergonha e pavor.
Mas eu amo a Jesus, que morreu nessa cruz, dando a vida por mim, pecador.
Sim, eu amo a mensagem da cruz; suas bênçãos eu vou proclamar,
Levarei eu também minha cruz ‘té por uma coroa trocar.
Lá da glória dos céus o Cordeiro de Deus ao Calvário humilhante baixou; e
essa cruz tem pra mim atrativos sem fim porque nela Ele me resgatou
Eu, aqui, com Jesus a vergonha da cruz quero sempre levar e sofrer. Ele vem
me buscar e com Ele no lar sua glória pra sempre vou ter.
Leitura Bíblica Alternada (Isaias 53.1-4)
(Dirigente): Quem creu em nossa mensagem? E a quem foi revelado o braço
do Senhor?
(Vozes Femininas): Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como uma
raiz saída de uma terra seca.
(Vozes Masculinas): Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos
atraísse, (Adolescentes): nada havia em sua aparência para que o desejássemos.
(Crianças): Foi desprezado e rejeitado pelos homens,
(Congregação): um homem de dores e experimentado no sofrimento.
(Dirigente): Como alguém de quem os homens escondem o rosto, (Adultos): foi
desprezado, e nós não o tínhamos em estima.
(Todos): Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si
levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por
Deus atingido e afligido.

Hino 130 HCC ……………. “Oh, Fronte Ensanguentada” (g. Bernard) 1ª e 2ª


estrofes………………………………………………………………….. Congregação

Oh, fronte Ensanguentada, em tanto opróbrio e dor, de espinhos coroada com


ódio e com furor!
Tão gloriosa outrora, tão bela e tão viril! Tão abatida agora de afronta e
escárnio vil!
Quão humilhada pende a face do Senhor! Não vive não resplende, já não tem
luz, nem cor.
Oh, crime inominável fazer anuviar o brilho inigualável de um tão piedoso olhar!

ONDE CRISTO MINHA CULPA LEVOU


Leitura Bíblica Uníssona (Isaias 53.5-7)
Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões,
foi esmagado por causa de nossas iniquidades;
o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos
curados.
Todos nós, tal qual ovelhas,
nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o
Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido; e,
contudo, não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e
como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a
sua boca.
Hino……………. “Em Meu Lugar” 1 (J. Moraes/R. Manuel) …………
Congregação
A Ovelha muda, em meu lugar, tão desprezada, está a sofrer,
a minha dor foi suportar… Tão grande amor sem eu merecer.
Desprezado, humilhado, vai assim o meu Senhor; abatido, oprimido,
caminhando
a padecer.
Castigado, espancado, vai levando a minha dor; abatido e ferido vai em meu
lugar morrer.
A Ovelha muda, em meu lugar, tão humilhada e sem parecer, o meu pecar foi
carregar… Todo esse amor me leva a crer.
A Ovelha muda, em meu lugar, tão castigada em seu padecer a minha culpa foi
expiar… A esse amor vou me render
A Ovelha muda, em meu lugar, tão espancada vai pra morrer, minha aflição em
paz mudar… Por esse amor quero viver.
Momento de Confissão e Busca…………………………………………… Órgão
Hino 130 HCC …… “Oh, Fronte Ensanguentada” (g. Bernard) 3ª estrofe……
Congregação
Estás tão carregado, mas todo fardo é meu. Eu, só, me fiz culpado, e o
sofrimento é teu.
Eu venho a ti tremente; mereço a punição, mas olhas-me clemente, com santa
compaixão.

ONDE CRISTO MEUS PECADOS PAGOU


Sermão20………………. Perspectivas da Cruz21 ……………….Pastor J. Lima
Tempo de Entrega e Dedicação…………………………………………Órgão
Hino 130 HCC .. “Oh, Fronte Ensanguentada” (g. Bernard) 4ª estrofe..
Congregação
Sê meu refúgio forte, meu guia, vida e luz. Que eu sinta, vendo a morte,
conforto em tua cruz.
Na cruz com fé me abrigo: ao ver que ao lado estás, eu me unirei contigo e vou
dormir em paz.
Oração
Poslúdio……………………………………………………………………….Piano
Alguns cultos cantados, no entanto, são planejados sem um
sermão. Nesses casos deve-se cuidar para que as mensagens
cantadas e demais partes do culto apresentem um claro desafio,
oriundo da Palavra de Deus. Vejamos um exemplo de culto
cantado, sem uso da Palavra pregada.

A MENSAGEM DA CRUZ

Prelúdio..........................................................................................................Órgão
Chamada à Adoração............Hino 76 HCC “Ao Eterno Salvador Jesus” (J.
Moraes/R.
Manuel)...............................................................................................
Congregação
Ao eterno Salvador Jesus, que por mim sofreu humilhação,
tão bondoso sim pois tomou a cruz, a ele sempre todo o meu louvor
Ao bendito redentor Jesus, que por mim sofreu ingratidão
poderoso sim, mas sofreu na cruz, a ele sempre todo o meu louvor.
Ao divino e bom Pastor Jesus que por mim sofreu a maldição,
glorioso, sim, pois venceu na cruz a ele sempre todo o meu louvor.
Recitação Bíblica …………………(gl 6.14) ………………… Congregação
Mas longe de mim gloriar-me a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.
Cântico……………“Bem Mais que Tudo” (Aline Barros) ………. Congregação
Bem mais que as forças poder e reis, que a natureza e tudo que se fez,
Bem mais que tudo, criado por tuas mãos Deus tu és princípio, meio e fim
Bem mais que os mares, bem mais que o sol e as maravilhas que o mundo
conheceu
E as riquezas, tesouros desta terra incomparável és pra mim
Por amor, sua vida entregou; meu senhor, humilhado foi
como a flor machucada no jardim morreu por mim, pensou em mim, me amou.
Bem mais que os mares bem mais que o sol e as maravilhas que o mundo
conheceu
e as riquezas, tesouros desta terra incomparável és pra mim.
Oração

A CRUZ NOS FALA DO AMOR DE CRISTO


Hino 389 CC ……………. Ventura” (C. H. gabriel) 1ª est………….. Congregação
O amor de meu Cristo é ventura, repleto de graça sem par;
e sua ternura percebo cada dia por mim aumentar.
Oh! Ternura, graça e amor me dispensa o Salvador!
Que amor sublime do meu Mestre, que ternura, que graça sem par!
Leitura Bíblica Uníssona…………….(Jo 15.13) ……………….. Congregação
Ninguém tem maior amor do que este: de dar a própria vida em favor dos seus
amigos.
Hino 25 CC…. ”Amor” (R. Boswell/J. Mcgranahan) 1ª estofe e estribilho
……………. Congregação
Que grande amor, excelso amor, que Cristo nos mostrou:
pra se tornar o Salvador a vida não negou.
Louvemos tão grande amor, sim tão grande amor que Cristo assim nos
manifesta; que maravilha de amor, que nos trouxe para Deus.
Leitura Bíblica Uníssona……………….(1Jo 4.10) ………………….. Congregação
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que
ele nos amou
e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”.
Hino 69 HCC ……….“Buscou-me com Ternura” (W. Waltson/A. gordon)
estribilho..
…………………………………………………………………………….. Congregação
Oh, que amor glorioso! Preço doloroso Cristo lá na cruz por mim pagou! Sua
imensa graça me mostrou.
Leitura Bíblica Uníssona……………… (gl 3.13) ………………. Congregação
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em
nosso lugar, porque está escrito:Maldito todo aquele que for pendurado no
madeiro”.
Hino 83 CC..“A Cruz de Cristo” (M. A. Souza/W.A. Ogden) 1ª estrofe
Congregação
Pendurado foste, ó Senhor Jesus, numa cruz exposto ao desprezo, assim,
cena que ao pensar muita gente induz; sofreste tanto, creio, foi por mim.
Tu, Jesus, vieste me salvar, Tu, Jesus, vieste me salvar.
Eu confio em ti, teu amor senti; sofreste tanto, creio, foi por mim.

A CRUZ NOS FALA DO SOFRIMENTO DE CRISTO


Leitura Bíblica Uníssona (Isaías 53.5-7)
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras
fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se
desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós
todos; Ele foi oprimido e humilhado mas não abriu a sua boca. Como um cordeiro
foi levado ao matadouro, e como ovelha muda perante os seus tosquiadores, Ele
não abriu a sua boca”.
Hino 134 HCC ….. “Bem Junto à Cruz de Cristo” (E. Clephane/F. Maker)
…..Congregação
Bem junto a cruz de Cristo eu quero me abrigar, à sombra de uma rocha que
possa me alentar.
Coragem no deserto na estrada um doce lar que os fardos amenizam e o sol faz
refrescar. Mas sobre a cruz de Cristo meus olhos podem ver um vulto agonizante
por mim ali morrer.
Então enternecido declaro o seu amor, amor incomparável por mim um pecador.
Desejo estar à sombra da cruz do Salvador. Nenhum fulgor anseio senão o do
Senhor. O mundo abandonando, sem nada aqui perder na cruz encontro a glória
que me redime o ser.
Tempo de Meditação e Confissão………………………………………………Órgão
Orações de gratidão e Louvor
Música Coral ………………… “Morreu Por Mim” ……………… Grupo Coral
Jogral22 …………………. “Em Meu Lugar” (JMoraes) ……………..Grupo Jovem

A CRUZ NOS FALA DA SALVAÇÃO QUE CRISTO CONQUISTOU


Solo Vocal……………………………..“No Calvário5**6
……………………………..Maria Silva
Tempo de Entrega e Dedicação23
Hino 291HCC“Graça de Deus, Infinito Amor” (J. Johnston/D. Towner).
Congregação

Graça de Deus, infinito amor, graça que excede todo o meu mal! Lá no Calvário,
meu Salvador prova me deu desse amor real.
graça, graça, fonte de paz, de perdão e amor! graça, graça, graça de Deus para
o pecador!
Todas as manchas do meu pecar não poderei jamais esconder;
pode Jesus me purificar e como a neve me embranquecer.
Graça insondável é dom de Deus a quem em Cristo somente crê.
Se tu desejas chegar aos céus, em Jesus Cristo põe tua fé.

Oração
Hino 132 HCC …………“Rude Cruz” (g. Bernard) estribilho …………….
Congregação
Sim, eu amo a mensagem da cruz; suas bênçãos eu vou proclamar,
Levarei eu também minha cruz ‘té por uma coroa trocar.
Poslúdio……………………………………………………………………….Piano

Sermão segmentado é explanação bíblica com hinos entre os


segmentos
A mensagem segmentada será sempre pregação, sua base é
o texto bíblico e se alguém tentar tirar dele a explanação da
Palavra, com ilustrações e aplicação, deixará de ser pregação.
No começo deste capítulo mencionamos a ideia de um sermão
segmentado sobre adoração, com base no Salmo 116.12-14.
Tivemos oportunidade de observar sua pesquisa, da ideia
central do texto até a divisão em tópicos. É válido observarmos
como este trabalho ficou finalizado.

Título QUANDO A ADORAÇÃO É COMPLETA


Sl 116.12-14
Adoração é comunhão com Deus. É a nossa resposta a
Introdução Deus. O Salmista estava preocupado em responder ao
Senhor: Que darei? “Que darei ao Senhor por todos os
benefícios que me tem feito?

Para responder às bênçãos de Deus, o Salmista


resolveu vivenciar uma adoração completa. Precisamos
nos preocupar a cada instante em responder ao Senhor.
Como estamos respondendo? Do modo como
respondemos depende nossa adoração. Como é a
nossa adoração?
Devemos responder às bênçãos do Senhor
vivenciando uma adoração completa. Só assim
podemos afirmar: O Senhor está aqui, eu sinto sua
graça e seu poder.
Estamos sentindo a graça de Deus?

Hino 236 HCC Sim, com certeza, meu Senhor aqui está, pois eu sinto
a sua graça, seu poder.
Refletida em cada face aqui, sua glória posso ver; sim,
com certeza, meu Senhor aqui está.

Temos absoluta certeza que o Senhor aqui está.


Nesta certeza sentimos sua graça e seu poder e
queremos que a nossa adoração seja, de fato, completa

QUANDO A ADORAÇÃO É COMPLETA SOMOS


1º tópico MAIS QUE ESPECTADORES

O espectador simplesmente assiste a um espetáculo.


A vida do crente não é um mero espetáculo, o culto não
é um espetáculo e nós não somos espectadores. Somos
mais que espectadores: a salvação é real para nós.
O primeiro propósito do salmista foi: “Tomarei o cálice
da salvação”.
Uma referência à páscoa: o cálice onde bebiam o
vinho – uma lembrança da libertação de Deus.
Hoje, dois sentidos: (1) Deus nos oferece o cálice da
salvação
– esta é a maior bênção que temos recebido: a
salvação do Senhor. (2) A aceitação deste cálice da
salvação é traduzida no compromisso de servirmos ao
Senhor. Ser crente não significa simplesmente estar
salvo, mas significa viver disposto a caminhar ao
Calvário, a tomar a cruz. Na vida cristã não há lugar
para espectadores. Como o poeta sacro, devemos dizer:
Usa, Senhor, todo o meu ser pra teu louvor…

Usa, Senhor, todo o meu ser, pra teu louvor.


Mãos, pés e voz, tudo consagro a ti.
Não há no mundo nada melhor que dia a dia trabalhar
Hino 433 HCC por Jesus. Por isso tudo te entrego, ó Deus, enquanto
neste mundo eu viver.
Usa, Senhor, todo o meu ser, pra teu louvor.
Mãos, pés e voz, tudo consagro a ti.

QUANDO A ADORAÇÃO É COMPLETA SOMOS


2º tópico MAIS QUE FREQUENTADORES
Frequentamos o templo, entretanto jamais poderemos
nos reduzir a frequentadores.
O Salmista diz:“Tomarei o cálice da salvação e
invocarei o nome do Senhor.”
Como podemos viver esta realidade? Vivendo
identificados com o Senhor; vivendo uma vida de oração
– nada farei sem consultar ao Senhor. Através da
oração, Deus nos desafia a vivermos com Ele. Quanto
mais oramos, mais deixamos de ser simples
frequentadores de cultos.
O Salmista havia recebido bênçãos de Deus (vv. 2, 3)
havia invocado ao Senhor (v, 4) e havendo sido ouvido
por Deus, declarava o seu amor a Ele (v. 1).
Devemos responder sempre ao Senhor, através da
oração. É importante estarmos aqui, porém muito mais
importante é estarmos na presença de Deus. Invocar o
nome do Senhor é um propósito para ser cumprido a
cada dia, a cada instante. Porque tomamos o cálice da
salvação, invocamos ao Senhor. Na qualidade de filhos
nos comunicamos com Deus, nosso Pai, através da
oração. E é impossível viver na presença de Deus e ser
um crente frequentador.
Pode haver maior alegria que estarmos aos pés do
Senhor?

Oh, que pura e santa alegria é aos teus santos pés


me achar, e com viva e mui reverente fé com o Salvador
Hino 361 HCC falar!
3a estr. e estrib.
Mais perto da tua cruz, quero estar, ó Salvador! Mais
perto, para tua cruz, leva-me, ó meu Senhor.

Só quando nos aproximamos da cruz de Cristo, a


nossa adoração se torna, de fato, completa. Perto da
cruz somos mais que frequentadores, mais que
recebedores…

3º tópico QUANDO A ADORAÇÃO É COMPLETA


SOMOS MAIS QUE RECEBEDORES
O Salmista apresentou um plano completo:
“Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome
do Senhor, cumprirei os meus votos na presença de
todo o seu povo.”
Somos filhos de Deus e fomos por Ele criados não
apenas com a capacidade de receber, mas de dar.
Somos não somente receptores, mas também doadores.
E na adoração esta dupla capacidade se torna evidente.
Na adoração completa não apenas recebemos, mas
acima de tudo nos doamos – colocamo-nos diante do
Senhor como oferta viva. A resposta à nossa adoração é
a

obediência, a entrega. E esta é a parte mais difícil,


mais exigente; mas a vida cristã é não apenas uma
coroa de glória, mas, de igual modo uma cruz a levar. E
Jesus deixou claro que a nossa cruz precisa ser levada
a cada dia (Mc 8.34). É preciso renúncia, sacrifício,
doação. Vida cristã não é ôba-ôba, é vida diante de
Deus, vida segundo a vontade de Deus.
Alguns estudiosos crêem que o Salmista tivesse em
mente a história de Ana, que voltou para cumprir o seu
voto. Certamente não foi fácil para ela voltar, levando
seu único filho para oferecer ao Senhor. Mas aquela
entrega era a oferta que ela havia prometido ao Senhor.
Estamos cumprindo os nossos votos ao Senhor? Há
muita pregação barata hoje, baseando a mensagem só
nas bênçãos recebidas. A Palavra de Deus deixa claro,
entretanto, que é mais alegre dar do que receber (At
20.35). Precisamos ter em mente que mais importante
que receber bênçãos é poder viver na presença do
Senhor, é poder ser agradecidos ao Senhor; é poder
dizer, ‘Senhor, estou aqui;’ é poder voltar para
agradecer.
Estamos cumprindo os nossos votos? “Cumprirei os
meus votos na presença de todo o seu povo.” Nossa
preocupação não deve ser questionar o que o Senhor
está fazendo por nós, mas, o que podemos fazer por
Ele, que já tem feito tudo por nós.
Que a oração do poeta seja o nosso ideal: “Perto,
mais perto; mui pobre sou, tudo, porém, venho a ti
ofertar. Todo o meu ser, contrito te dou. Busco o teu
reino em primeiro lugar”.

Hino 442 HCC


Perto, mais perto, ó Deus de ti, perto de ti eu preciso
viver. Perto, mais perto, ó Deus de ti, em tua graça
desejo crescer.
Em tua graça desejo crescer.
Perto, mais perto; mui pobre sou, tudo, porém, venho
a ti ofertar. Todo o meu ser, contrito te dou.
Busco o teu reino em primeiro lugar. Busco o teu reino
em primeiro lugar.
Perto, mais perto: em meu viver, sei que seguro pra
sempre hei de estar,
e finda a luta, quando eu morrer, perto, mais perto de
ti vou ficar.
Perto mais perto, de ti vou ficar.

Qual tem sido a nossa atitude? Que daremos ao


Senhor? “Tomarei o cálice da salvação e invocarei o
nome do Senhor,
cumprirei os meus votos na presença de todo o seu
Conclusão povo.”
Que a nossa resposta seja uma adoração completa,
sabendo que somos: mais que espectadores, mais que
frequentadores e mais que recebedores. Que a nossa
adoração seja uma adoração completa. Amém.

À medida que usamos sermões segmentados, aprendemos a


distingui-los do culto cantado; o uso de um não invalida o outro;
há lugar para ambos, bastando sabermos elaborar bem tanto
um culto cantado quanto um sermão segmentado.
4
Como elaborar um
sermão segmentado

Elaborar um sermão segmentado


é uma tarefa abençoada e abençoadora;
quanto mais preparamos novos sermões,
mais nos habilitamos nesse importante mister.
Temos visto que a elaboração do sermão
segmentado começa com os mesmos passos de
qualquer outra forma sermônica: com um texto
bíblico e a contextualização da mensagem a ser
apresentada. Além de interpretar e contextualizar
bem o texto bíblico tomado como base, o pregador
precisa elaborar o sermão de modo a poder dividi-lo
em segmentos.24
Na elaboração do sermão segmentado, o
pregador trabalha também com a preocupação de
encontrar a mensagem musical certa a ser inserida
entre os diversos segmentos. A escolha dos hinos
ou cânticos que serão entoados exige do pregador
um conhecimento da letra (mensagem) de cada um
deles. Entretanto, nenhum pregador deve desistir de
elaborar e pregar um sermão segmentado pelo
desconhecimento dos hinos. Havendo limitação
nesta área, o sermão poderá ser elaborado a quatro
mãos, pelo pastor e o dirigente de música, ou outra
pessoa que conheça bem os hinos. Alguns dos
meus sermões segmentados têm surgido como
resultado de parceria com músicos.
Não há determinação de quantos hinos a serem
cantados. geralmente não é preciso entoar todo hino
entre os segmentos; sendo mais aconselhável o uso
de apenas uma ou duas estrofes, cuja letra esteja
em harmonia com a mensagem do segmento. É
válido considerar, de igual modo, que é melhor evitar
a inserção de hinos longos e cânticos repetitivos que
tornarão a mensagem prolixa e cansativa.
É indispensável algum conhecimento da
mensagem dos hinos. Alguns hinários têm um índice
dos assuntos, um recurso extremamente útil na
elaboração do sermão segmentado. Como nem
sempre todas as músicas que precisamos dispor
estão classificadas, uma boa prática é preparar uma
lista dos hinos e cânticos sobre o assunto no qual
queremos elaborar um segmentado. Naturalmente
essa lista vai diferir de igreja para igreja, de acordo
com o repertório da própria congregação, recursos
musicais, hinário adotado e outros fatores
característicos da igreja.
De grande importância é a participação do pessoal
da música regente e instrumentistas na
apresentação do sermão segmentado. Se pregador
e músicos não estiverem unidos no mesmo
propósito, será impossível a apresentação dessa
forma sermônica com bons resultados. No capítulo 8
há mais detalhes sobre tão importante parceria no
trabalho segmentado.
A ideia de pregar um sermão segmentado pode
surgir antes ou depois da elaboração do esboço.
Algumas vezes o assunto a ser pregado, ou a
ocasião em que temos que pregar motivam-nos a
optar pelo modelo segmentado. Outras vezes,
quando estamos já no toque final no esboço, somos
atraídos por algo que nos conduz ao trabalho
segmentado.
Observe o exemplo a seguir:
VISãO PARA ALIMENTAR O MUNDO25
Este sermão foi elaborado a pedido da Junta de
Missões Mundiais, da Convenção Batista Brasileira.
Antes de iniciar seu preparo, optei pelo modelo
segmentado para oferecer aos pastores uma visão
dessa nova forma sermônica. O sermão foi
elaborado mais ou menos assim:
(1) ideia – Já havia sido determinada pela Junta
de Missões Mundiais da CBB, de acordo com o tema
da campanha missionária anual.
(2) TEXTO – Partindo da ideia e do desafio de
alimentar o mundo faminto da Palavra de Deus,
encontrei o texto de Mateus 14.13-21.

Ouvindo o que havia ocorrido, Jesus retirou-se de barco, em


particular, para um lugar deserto. As multidões, ao ouvirem falar
disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Quando Jesus saiu
do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou
os seus doentes. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se
dele e disseram: “Este é um lugar deserto, e já está ficando tarde.
Manda embora a multidão para que possam ir aos povoados
comprar comida”. Respondeu Jesus: “Eles não precisam ir. Dêem-
lhes vocês algo para comer”. Eles lhe disseram: “Tudo o que temos
aqui são cinco pães e dois peixes”. “Tragam-nos aqui para mim”,
disse ele. E ordenou que a multidão se assentasse na grama.
Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu,
deu graças e partiu os pães. Em seguida, deu-os aos discípulos, e
estes à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os
discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que
sobraram. Os que comeram foram cerca de cinco mil homens, sem
contar mulheres e crianças.

(3) TESE – Depois de estudar bem o texto,


interpretá-lo e conhecer seu significado, elaborei a
seguinte tese:

Superando dificuldades, desprezando facilidades e usando


possibilidades, Jesus nos dá a visão para alimentar o mundo.

(4) TÍTULO – Uma vez elaborada a tese, foi


possível estabelecer o título:

VISÃO PARA ALIMENTAR O MUNDO

(5) DIVISõES – Observe que boas divisões vêm


do título, que funciona como o alicerce sobre o qual
a estrutura se ergue:

TÍTULO TÓPICOS
1. Superando as dificuldades
VISÃO PARA ALIMENTAR O 2. Desprezando as facilidades
MUNDO 3. Aproveitando as
possibilidades
(6) ESCOLHA DAS MÚSICAS – A partir dos
enunciados dos tópicos e da ideia dominante em
cada um deles é possível escolher bem os hinos e
cânticos. Nesta mensagem, a opção foi por usar
apenas o hino 546 do HCC, colocando uma estrofe
após cada segmento. Quando encontramos um hino
com estrofes que se encaixam ao longo de todo o
sermão, facilita o trabalho do regente e
instrumentista. No caso do sermão em tela, seguiu-
se a seguinte ordem:

VISÃO PARA ALIMENTAR O MUNDO


1. SUPERANDO AS DIFICULDADES
Hino 546 (1ª estrofe e estribilho)
2. DESPREZANDO AS FACILIDADES
Hino 546 (2ª estrofe e estribilho)
3. APROVEITANDO AS POSSIBILIDADES
Hino 546 (3ª estrofe e estribilho)

Antes de introduzir a mensagem, o pregador deve


mencionar aos ouvintes que o sermão será em
forma segmentada, explicar rápida e claramente o
que significa, e convidá-los a participar, através dos
cânticos indicados na ordem do culto.
Em seu esboço o pregador precisa ter as
orientações para o desenvolvimento das ideias dos
segmentos e da participação congregacional. O
próximo exemplo ajuda na elaboração do esboço:

Texto: (Rm 14.17): “O Reino de Deus não é comida nem bebida,


mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo”
Ict: No contraste entre o mundo e o Reino, Paulo assegurou que a
alegria vem do Senhor.
Tese: Só no Reino de Deus encontramos a verdadeira alegria.
Pb: Devocional/evangelístico
PE - Persuadir os ouvintes a viverem a verdadeira alegria com
Jesus.
Título : ONDE ESTÁ A ALEGRIA?
TÓPICOS:
1. O mundo tenta experimentar alegria distante de Deus, a
alegria do cristão é vivida diante de Deus.
2. A alegria que o mundo oferece termina em tristeza, a
alegria que Cristo dá não desaparece, mesmo na tristeza.
3. A alegria que o mundo dá se traduz em valores
passageiros, a alegria que cristo dá tem valores eternos.

Nesse novo exemplo o sermão inicia com


indagações, visando conquistar a atenção dos
ouvintes. Precisamos ter em mente que esse recurso
deve ser usado de modo responsável. O pregador só
deve perguntar o que terá condições de responder
no desenvolvimento de sua prédica. Se o pregador
não tiver respostas, é melhor não formular
indagações. Observe as questões e modo
responsável como são tratadas.
Título ONDE ESTÁ A ALEGRIA?
Rm 14.17
Alegria ou tristeza? Qual desses sentimentos está
Introdução mais presente em sua vida? Você é alegre ou triste? No
contraste entre o mundo e o Reino, Paulo assegurou
que a alegria vem do Senhor:

“O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas


justiça, paz e alegria no Espírito Santo”.
Onde está a alegria? Como explicar que somos
alegres sem participar de encontros que, para muitos se
traduzem na expressão da máxima alegria? Como
compreender que cantamos até no momento da morte?
Só no Reino de Deus encontramos a verdadeira
alegria, que resulta da comunhão com Jesus. Somos
alegres porque o Espírito Santo está agindo em nós. A
alegria é fruto do Espírito Santo.

Deus em nós, tornando-nos alegres. Antes de viver


com Jesus, a pessoa não pode ser plenamente alegre,
só a partir de uma experiência com o Filho de Deus
podemos cantar: “Eu alegre vou na sua luz”.

Hino 323 Eu alegre vou na sua luz, pois Jesus agora me


HCC conduz, desde que me achou, da morte me livrou, ando
estribilho sempre alegre Cristo me salvou.

Observe como as palavras no final da introdução


se encaixam com o estribilho do hino escolhido. As
últimas palavras servem como elo e um convite ao
louvor que completa a mensagem falada. Após esta
participação, o pregador usa outro elo para dar
prosseguimento e entrar no 1º tópico. Observe na
continuidade do sermão:

Só com Jesus podemos cantar: “Eu alegre vou na sua


luz”, mas ainda há muitas pessoas que se afastam dele
e preferem os prazeres do mundo. A pergunta é: Há
alegria nos chamados prazeres que o mundo oferece?
Onde está a alegria?

1º tópico O MUNDO TENTA EXPERIMENTAR ALEGRIA


DISTANTE DE DEUS, A ALEGRIA DO CRISTÃO É
VIVIDA DIANTE DE DEUS
Fomos criados para viver alegres, para viver na
presença de Deus. Mas o pecado tira a alegria, levando
as pessoas a viverem iludidas com falsas promessas.
Tudo parece muito bom, mas termina em tristeza. Nos
dias do carnaval, por exemplo, muita gente vive uma
falsa alegria. Pouco antes do carnaval, li num outdoor: “A
alegria está solta!” Alegria? Que alegria? Alegria de
poucos dias não é alegria, é folia, é irresponsabilidade,
que leva a tristeza e frustração.
Muito mais pessoas morrem no período do Carnaval.
O número de assassinatos aumenta. Basta observarmos
os noticiários. Um agente da Polícia Rodoviária declarou
que, nesse período de folia, os motoristas ficam cada
vez mais irresponsáveis; o consumo de bebidas
alcoólicas aumenta cada vez mais os riscos de
acidentes; e o problema excesso de velocidade se
agrava ainda mais.
O que é vivido de modo irresponsável, distante de
Deus, não pode ser considerado alegria; é ilusão
passageira. Só em Deus há alegria. O Salmista
declarou: “Na tua presença há plenitude de alegria” (Sl
16.11). Outro Salmista afirmou: “Feliz é o homem que
não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém
no caminho dos pecadores e nem se assenta na roda
dos escarnecedores; antes tem o seu prazer na lei do
Senhor e na sua lei medita de dia e de noite.” (Sl 1.1,2).
Você é alegre? Alegre é a pessoa que tem no Senhor
o auxílio, que não segue o mau conselho, que não imita
o pecador, nem o escarnecedor, e antes tem prazer em
meditar na lei do Senhor. Dentro deste conceito, somos
alegres?

Bem-aventurado é aquele que tem no Senhor o


Hino 407 Auxílio. Bem-aventurado é aquele que não segue o mau
HCC conselho, não imita o pecador, nem o escarnecedor,
antes tem o seu prazer em meditar na lei do Senhor.

Veja no final deste 1o tópico como acontece a


transição para a 1ª estrofe do hino 407 do HCC. O
segmento termina com as palavras que serão
cantadas, acrescidas apenas de uma pergunta
retórica. O recurso possibilita a presença do elo e do
convite ao louvor, transformando ouvintes em
adoradores que participam ativamente.26** Depois
do cântico congregacional, ainda trabalhando com
perguntas retóricas, o pregador, estabelece uma
ligação com a mensagem que foi cantada e o
prosseguimento de suas palavras; com esse elo ele
trabalha sua unidade sermônica, encaixando música
e palavra para dar prosseguimento ao seu 2o tópico:
Uma pessoa bem-aventurada é alguém alegre. Mas a
pergunta, para testar a alegria, é:
Sou alegre em todo o tempo, ou vivo momentos de
alegria? Quando as circunstâncias não favorecem, ainda
continuo alegre?

A ALEGRIA QUE O MUNDO OFERECE TERMINA


2º tópico EM TRISTEZA, A ALEGRIA QUE CRISTO DÁ NÃO
DESAPARECE, MESMO NA TRISTEZA.

Fanny Crosby27 é um nome bem conhecido. Ficou


cega ainda bem criança; tinha tudo para ser uma pessoa
triste, mas sua comunhão com Deus a levou a viver uma
vida de realização, falando sempre nas bênçãos de
Deus, no amor de Jesus e na alegria de poder cantar.
Entre os inúmeros hinos que escreveu, vários falam
sobre sua alegria e gratidão a Deus: Canta minha alma!
Canta ao Senhor! Rende-lhe sempre ardente louvor!

Canta minha alma! Canta ao Senhor!


Rende-lhe sempre ardente louvor!
Hino 417
HCC Canta minha alma! Canta ao Senhor!
Rende-lhe sempre ardente louvor!

O estribilho do hino 417 do HCC foi introduzido,


apesar de não ser final ou início do tópico. Mesmo
que usualmente os cânticos vêm entre os tópicos, o
pregador é livre para inserir o hino (ou cântico)
dentro do próprio tópico, como no exemplo dado.
A experiência da autora do hino foi mencionada
como ilustração, abrindo assim espaço para mais
uma participação cantada. Devemos notar que,
mesmo que este hino e o anterior ficaram bem
próximos, eles se constituem em cânticos pequenos,
bem conhecidos e expressivos e perfeitamente
ajustados à mensagem pregada.
Outro ponto a observar é que não há um limite
para o número de ilustrações. É melhor ter várias
ilustrações menores do que uma ilustração
quilométrica. O importante é lembrar que um sermão
não é formado só de ilustrações, a ilustração é um
recurso que, junto com a aplicação, atualiza a
mensagem, dando-lhe força e equilíbrio capazes de
alcançar o ouvinte em seu mundo significativo.28
Depois do cântico, a mensagem prossegue, com
outra ilustração:

2a parte do Na tarde de um domingo de carnaval, saí com


desenvolvimento minha família para sepultar meu avô, que
do 2o tópico falecera na madrugada daquele dia. Sendo a
cidade interiorana, as ruas estavam repletas de
blocos carnavalescos. Nosso cortejo fúnebre
seguia, a pé, no trajeto de umas poucas quadras,
até o cemitério.
Dentro de poucos minutos vivemos uma
situação inusitada. Os blocos foram chegando
em alarmante folia, e logo ficamos por eles
ladeados. Naquele momento de dor, podia-se
observar o contraste – eles pulavam na folia e
nós caminhávamos em lágrimas.
Pensando nesse aparente contraste, levantei a
indagação: onde está a alegria? E descobri que,
por mais paradoxal que parecesse, a alegria não
estava com os que pulavam na folia, mas com
aqueles que, mesmo caminhando para o
cemitério, o fazem na certeza de que o choro
pode durar uma noite, mas a alegria vem pela
manhã, pois os que crêem em Cristo ainda que
estejam mortos viverão.29
Não há nada que se compare a alegria que
Jesus nos concede. Ela independe do momento
e das circunstâncias e assim cantamos: “Vivo
feliz com Cristo, ele me satisfaz, com esse amor
do Redentor, agora estou contente”.

Hino 395 CC Com Cristo estou contente, ele me satisfaz,


estribilho com esse amor do Redentor,
agora estou contente, agora estou contente.

A ilustração termina chamando a atenção ao


próximo hino: “Com Cristo estou contente”, a ser
cantado. O sermão prossegue, com perguntas
retóricas, para introduzir o 3º tópico:

A ilustração termina chamando a atenção ao próximo


hino: “Com Cristo estou contente”, a ser cantado. O
sermão prossegue, com perguntas retóricas, para
introduzir o 3º tópico:
Devemos indagar também: A pessoa mais feliz é
aquela que mais tem?
É possível ter menos recursos materiais e ser alegre?
A felicidade está relacionada ao dinheiro?
E quando falta saúde, nada parece dar certo, os
amigos desaparecem e estamos cercados de problemas,
ainda podemos ser alegres?

A ALEGRIA QUE O MUNDO DÁ SE TRADUZ EM


VALORES PASSAGEIROS, A ALEGRIA QUE CRISTO
DÁ TEM VALORES ETERNOS.
Como compreender esta realidade? Há um contraste
entre os valores terrenos e os divinos. Uma vez que os
valores terrenos são temporários e os divinos
permanentes, temos condições de ser alegres, pois
conhecemos quem guarda o nosso tesouro. Foi a
3º tópico
experiência vivida pelo Apóstolo Paulo; ele afirmou:
“Sei em quem tenho crido e estou certo que é
poderoso para guardar o meu tesouro até aquele dia
(2 Tm 1.12).
Somos alegres quando sabemos que só podemos ser
felizes confiando em Jesus, quando temos a certeza que
é Jesus quem nos alegra.

Sei agora o que me alegra, sei agora o que me alegra,


Hino 146 sei agora o que me alegra confiando no Senhor!
CC
É Jesus o que me alegra, é Jesus o que me alegra, é
estribilho
Jesus o que me alegra, confiando em seu amor!

Uma vez mais, outro hino é cantado dentro do


tópico e não no final. Observe que a letra dá ainda
mais ênfase à mensagem, mostrando que só em
Jesus Cristo há alegria verdadeira. Veja, também,
como elo entre o hino e a sequência do
desenvolvimento do tópico acontecem
harmoniosamente:

Só em Jesus há alegria verdadeira. Por isso cantamos


que é Ele quem nos alegra. E sabemos que Cristo nos
alegra porque nele temos a certeza da vitória. Paulo
declarou:
“que os nossos sofrimentos atuais não podem ser
comparados com a glória que em nós será revelada”
(Rm 8.18).
E mais:
“Em todas estas coisas somos mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois
estou convencido de que nem morte nem vida, nem
anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro,
nem quaisquer poderes, nem altura nem
profundidade, nem qualquer outra coisa na criação
será capaz de nos separar do amor de Deus que
está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.37-39).
É por isso que cantamos:

Que alegria tenho no meu Salvador! Tenho graça, vida e


Hino 335 amor paternal.
CC Tudo posso, tudo por ti, meu Senhor, deste mundo sou
2ª estr. e vencedor afinal.
estrib. Cristo, Mestre, sei que contigo sou vencedor;
dá-me graça, dá-me do teu poder, Redentor!

A inserção de dois cânticos no mesmo tópico, e


ocorrendo tão próximos, mostra de modo claro que o
pregador não deve ficar limitado a determinados
espaços especiais para a colocação das músicas a
serem cantadas. O importante é que sejam
pequenos e expressivos cânticos que se coadunem
com as palavras que estão sendo proferidas e
sirvam para tornar mais clara a tese do sermão,
fixando-a na mente dos ouvintes.
Observe que 3º e último tópico está chegando ao
seu final. E. mais uma vez, o hino cantado serve
para tornar ainda mais clara a tese: Só no Reino de
Deus encontramos a verdadeira alegria.

A alegria que o mundo dá se traduz em valores


passageiros; a alegria que Cristo dá tem valores eternos.
E a amizade com Ele é o nosso bem maior pois esta
amizade nunca se acaba. Tudo o mais passará, mas o
Final do amor que une a Jesus jamais se acabará. E o que nos
3º tópico faz cantar e dá ao nosso coração plena paz e alegria é
ter Jesus como nosso Senhor e Salvador.
Você é alegre? O que Jesus é para você? Jesus vale
mais que tesouros?

Mais do que tesouros é Cristo o meu Bom Mestre; ele


é a luz do mundo, a estrela da manhã.
Ele é o Rei da glória, e no meu coração, contente vou
Hino 66
cantando com muita gratidão.
HCC
1ª estr. e Cantarei ao meu Salvador esta linda melodia, pois eu
estrib. tenho em meu coração plena paz e alegria. Cantarei ao
meu Salvador, cantarei sim noite e dia.
Aleluia! Aleluia! Feliz sempre cantarei.

Qual o lugar que Jesus ocupa em sua vida? Ele vale


mais que tesouros? Só em Cristo há alegria verdadeira.
O mundo tenta experimentá-la distante de Deus,
só a alegria com cristo é vivida diante de Deus.
A alegria que o mundo oferece termina em tristeza,
só a alegria que Cristo dá não desaparece, mesmo na
tristeza.
A alegria que o mundo dá se traduz em valores
passageiros,
só a alegria que Cristo dá tem valores eternos.
Receba a alegria verdadeira e completa que só Jesus
Cristo pode dar. Amém.

A elaboração de sermões segmentados é uma das


mais abençoadas e abençoadoras tarefas no
Ministério Pastoral e no Ministério da Música.
Quanto mais sermões são elaborados e pregados,
sentimo-nos mais e mais habilitados para tão
importante mister.
5
O sermão segmentado na
ordem do culto

A ordem de culto facilita


a efetiva participação dos ouvintes,
disponibilizando-lhes as letras dos hinos
que lhes permite cantar entre os segmentos.
A ordem do culto é importante ao sermão segmentado. Sem
uma ordem disponível ao público será difícil uma participação
efetiva. Mesmo que a igreja não tenha o costume de ter uma
ordem de culto impressa, para a apresentação e participação no
segmentado será necessário tê-la impressa em papel ou
projetada através de retroprojetor ou data-show.
Usando alguns dos sermões já inseridos nos diversos
capítulos, mostraremos como ocorre a inserção do sermão
segmentado na ordem do culto. Os seguintes elementos devem
constar:
Nome dos hinos congregacionais com a transcrição das
letras;
Indicação do hinário, autor e compositor de cada hino;
Menção das participações especiais: grupo vocal, solo,
dramatização, jogral, poema, etc.
Indicação do lugar onde cada participação ocorrerá.
A primeira sugestão de ordem de culto é para o sermão
CORAGEM PARA DIZER NÃO.

ORDEM DE CULTO

Processional…………………………………………………………….Piano
Boas Vindas e Comunicações
Prelúdio ………………………………………………………………..Órgão
Chamada à Adoração …………………………………………………..Coro
Oração
Cântico……. “Minha vida está em Ti, Senhor” (Daniel gardner)……
Congregação
Senhor, és a vida e o amor, és a força e poder, a esperança que tenho em meu
ser.
Enquanto eu viver louvarei o nome do meu Salvador.
Eu vou proclamar com todas as forças que Tu és o Rei dos reis!
Recitação Bíblica Salmo 100
Cântico………..“Celebrai a Cristo, celebrai” (Gary Oliver) ……… Congregação
Celebrai a Cristo, celebrai. Celebrai a Cristo, celebrai.
Ressuscitou! Ressuscitou e hoje vive para sempre. Ressuscitou! Ressuscitou!
Vamos celebrar, vamos celebrar, amos celebrar, ressuscitou o Senhor.
Mensagem Segmentada …. CORAGEM PARA DIZER NÃO…. Pastor Lima
Netto
Hino 369 HCC (1ª est.) “Cristo, Bom Mestre, Eis meu Querer”
(Pollard/.Entzminger) Congregação
Cristo, bom Mestre, eis meu querer: tua vontade sempre fazer.
Faze-me forte pra resistir as duras provas que possam vir

DIZER NÃO ÀS TENTAÇÕES


Hino 473 HCC (1ª estr. e estrib.)………. “Segundo a vontade de Deus” (gióia Jr &
M Oliveira Filho) …………………………………………………………. Congregação
Não é minha vontade, mas é tua; não são meus os caminhos, mas são teus.
Que eu comece uma nova caminhada, pensando segundo a vontade de Deus,
pensando segundo a vontade de Deus.
Não a minha verdade, mas a tua verdade; não a minha vontade, mas a tua
vontade; não os meus descaminhos, mas os caminhos teus.
Que eu reflita e proclame aos amigos e ao mundo que só vivo segundo a
vontade de Deus, que só vivo segundo a vontade de Deus.

DIZER NÃO ÀS VANTAGENS


Hino 395 CC (1ª estr. e estrib) “Agora Estou Contente” (J.J. Maxfield & W.A.
Ogden)
…………………………………………………………………….. Congregação
Riquezas não preciso ter, mas sim celeste bem;
nem falsa paz, ou vão prazer, porquanto o salvo tem
eterna paz no Salvador, por desfrutar o seu amor.
Com Cristo estou contente, ele me satisfaz.
Com esse amor do Salvador, agora estou contente, agora estou contente.

DIZER NÃO ÀS ARMADILHAS


Hino 345 HCC (2ª estrofe).. “Firme nas Promessas” (R. K. Carter & N. E.
Johnson)... Congregação
Firme nas promessas, que não vão falhar, venço as tempestades do revolto mar;
todo medo e todo mal vou derrotar, firme nas promessas de Jesus, firme nas
promessas de Jesus
Momento de Dedicação
Cântico…………”Eu só quero estar onde estás” (Don Moen)……. Congregação
Eu só quero estar onde estás cada dia em Tua presença,
de longe eu não quero Te adorar leva-me pra onde estás.
Eu só quero estar onde estás habitar em tua presença,
leva-me ao lugar onde estás para sempre Te adorar.
Eu quero estar contigo sempre em Tua presença
junto de Tua mesa, rodeado de Tua glória.
Na presença do meu Senhor eu quero estar.
Eu só quero estar - eu contigo quero estar.
Eu só quero estar onde estás para sempre em Tua presença
quero Te louvar e adorar, aproxima-me de Ti.
Ó meu Deus, és minha força e canção,
e quando estou contigo, eu encontro força em Ti!
Eu só quero estar onde estás, habitar em Tua presença,
leva-me ao lugar onde estás, eu só quero estar - eu contigo quero estar!
Oração
Poslúdio.......................................................................................................Violão
Recessional.................................................................................................Bateria

As indicações são simples sugestões. As igrejas com cultos


tradicionais que não usam bateria, violão e demais instrumentos
de um culto mais contemporâneo, poderão usar piano, órgão,
orquestra etc. Na via inversa, adaptações também certamente
precisarão ser procedidas quando a indicação for para o piano
ou órgão e a igreja não usar tais instrumentos.
Os hinos também poderão ser substituídos. Vale a pena
considerar o estilo de culto da igreja onde o segmentado será
pregado – o importante é encontrar a música certa, com a
mensagem adequada ao sermão. É preciso considerar, de igual
modo, que não adianta manter um hino somente pela indicação
do pregador, sem ser conhecido da congregação. Quando a
igreja não conhece o hino ou cântico a ser usado, o que
podemos fazer?:
(1) Ensinar o hino previamente, de preferência alguns dias
antes. É melhor não fazê-lo no mesmo culto em que o
segmentado será pregado e muito menos dentro da
apresentação;
(2) Convidar um solista ou um grupo para cantar a música;
(3) Procurar outra música cuja mensagem se encaixe no
segmento. Veja esta outra ordem para ser usada com um
sermão segmentado:

ORDEM DE CULTO

Processional...................................................................................................Piano
Boas Vindas e Comunicações
Prelúdio..........................................................................................................Órgão
Chamada à Adoração ………………………………………………………..Coro
Oração
Cântico………………….. “Jesus Em Tua Presença” ……………… Congregação
Recitação Bíblica Salmos 95.1,6
Hino 80 HCC .. “Bendito Seja Sempre o Cordeiro” (g. Kerr Neto & J. Camargo
Filho)……………………………………………………………………….. Congregação
Mensagem Segmentada QUANDO A ADORAÇÃO É COMPLETA …Pastor
Asdrubal Neto

Hino 236 HCC …………… “Sim, Com Certeza, Meu Senhor Aqui Está” (Lanny
Wolfe)………………………………………………………………….. Congregação
Sim, com certeza, meu Senhor aqui está, pois eu sinto a sua graça, seu poder
Refletida em cada face aqui, sua glória posso ver;
sim, com certeza, meu Senhor aqui está.

SOMOS MAIS QUE ESPECTADORES


Hino 433 HCC …………….. “Usa, Senhor” (M. Coropos) ………………….
Congregação
Usa, Senhor, todo o meu ser, pra teu louvor.
Mãos, pés e voz, tudo consagro a ti.
Não há no mundo nada melhor que dia a dia trabalhar por Jesus.
Por isso, tudo te entrego, ó Deus, enquanto neste mundo eu viver.
Usa, Senhor, todo o meu ser, pra teu louvor.
Mãos, pés e voz, tudo consagro a ti.

SOMOS MAIS QUE FREQUENTADORES


Hino 361 HCC (3a est. e estrib.) ………………………………………………….
Congregação
“Meu Senhor, Sou Teu” (F. Crosby & W. Doane)
Oh, que pura e santa alegria é aos teus santos pés me achar, e com viva e mui
reverente fé com o Salvador falar!
Mais perto da tua cruz, quero estar, ó Salvador! Mais perto, para tua cruz, leva-
me, ó meu Senhor.

SOMOS MAIS QUE RECEBEDORES


Hino 442 HCC (1ª e 2ª estr.) ……..“Perto, Mais Perto” (L. Morris) ……..
Congregação
Perto, mais perto, ó Deus de ti, perto de ti eu preciso viver.
Perto, mais perto, ó Deus de ti, em tua graça desejo crescer.
Em tua graça desejo crescer.
Perto, mais perto; mui pobre sou, tudo, porém, venho a ti ofertar.
Todo o meu ser, contrito te dou. Busco o teu reino em primeiro lugar.
Busco o teu reino em primeiro lugar.
Momento de Dedicação
Cântico........................“Oferta de Amor” (Willen Soares)......................
Congregação
Venho, Senhor, minha vida oferecer, como oferta de amor e sacrifício.
Quero minha vida a Ti entregar como oferta viva em Teu altar.
Pois pra Te adorar foi que eu nasci, cumpre em mim o Teu querer,
faça o que está em Teu coração e que cada dia eu queira mais e mais
estar ao Teu lado, Senhor!
Oração
Poslúdio..........................................................................................................Órgão
Recessional......................................................................................................Piano

Os próximos exemplos apresentam apenas uma amostra da


inserção do sermão segmentado, sem os detalhes que
antecedem e sucedem sua apresentação. Se a igreja não usa
um boletim impresso com ordens de cultos, poderá optar pela
projeção, utilizando imagens em multimídia ou transparências
em retro-projetor.
Vejamos os próximos exemplos:

ORDEM DE CULTO

Mensagem Segmentada
Pastor Salomão Chaves

ONDE ESTÁ A ALEGRIA


Hino 323 HCC (estribilho)...................................................................
Congregação
“Eu Alegre Vou na Sua Luz” (J. DeVenter/W. Weeden)
Eu alegre vou na sua luz, pois Jesus agora me conduz,
desde que me achou, da morte me livrou,
ando sempre alegre Cristo me salvou.
O MUNDO TENTA EXPERIMENTA R ALEGRIA DISTA NTE DE DEUS, MAS A
ALEGRIA COMPLETA É VIVIDA DIANTE DE DEUS.
Hino 407 HCC (1ª estrofe)….“Bem-aventurado É Aquele” (Verner geier)…
Congregação
Bem-aventurado é aquele que tem no Senhor o auxílio.
Bem-aventurado é aquele que não segue o mau conselho, não imita o pecador,
nem o escarnecedor, antes tem prazer em meditar na lei do Senhor.

A ALEGRIA QUE O MUNDO OFERECE TERMINA EM TRISTEZA, MAS


ALEGRIA QUE CRISTO DÁ NÃO DESAPARECE, MESMO NA TRISTEZA.
Hino 417 HCC (Estribilho) ………………………………………….. Congregação
“Que Segurança! Sou de Jesus!” (Fanny Crosby/P. Knapp)
Canta minha alma! canta ao Senhor! rende-lhe sempre ardente louvor!
Canta minha alma! canta ao Senhor! rende-lhe sempre ardente louvor!
Hino 318 HCC (2ª est. e estrib)…………………………………….. Congregação
“Que alegria é crer em Cristo” (L Stead/W. Kirkpatrick)
Que alegria é crer em Cristo, ter certeza de perdão!
Receber de Cristo mesmo vida, paz e salvação.
Cristo! Cristo! Eu confio em teu nome e em teu poder.
Cristo, meu Senhor amado, faze minha fé crescer!
A ALEGRIA QUE O MUNDO DÁ SE TRADUZ EM VALORES PASSAGEIROS, A
ALEGRIA QUE CRISTO DÁ TEM VALORES ETERNOS.
Hino 146 CC ………………………………………………………. Congregação
“Alegria Verdadeira” (H. Wright)
Sei agora o que me alegra, sei agora o que me alegra,
sei agora o que me alegra, confiando no Senhor!
É Jesus o que me alegra, é Jesus o que me alegra,
É Jesus o que me alegra, confiando em seu amor!
Hino 335 Cantor Cristão (2ª estrofe) ………………………………… Congregação
“Cristo Amado, Sei Que Na Força do Mal” (M. A. Souza/J. Scholfield)
Que alegria tenho no meu Salvador! Tenho graça, vida de amor paternal!
Tudo posso, tudo por ti, meu Senhor, deste mundo sou vencedor afinal.
Hino 66 HCC (1ª est. e estrib) ……………………………………….. Congregação
“Cantarei ao meu Salvador” (O. Smith/A. Ackley)
Mais do que tesouros é Cristo o meu Bom Mestre;
ele é a luz do mundo, a estrela da manhã.
Ele é o Rei da glória, e no meu coração
contente, vou cantando com muita gratidão.
Cantarei ao meu Salvador esta linda melodia,
pois eu tenho em meu coração plena paz e alegria.
Cantarei ao meu Salvador, cantarei sim noite e dia.
Aleluia! Aleluia! Feliz sempre cantarei.

Observamos neste exemplo que os enunciados dos tópicos,


variando da forma usada nos demais exemplos aqui inseridos,
não são formados de frases curtas, mas de expressões mais
longas:30 Vale a pena conferirmos esses enunciados, para
termos uma visão global da estrutura sermônica:

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ALEGRIA


O mundo tenta experimentar alegria distante de Deus,
Mas a alegria completa é vivida diante de Deus.
A alegria que o mundo oferece termina em tristeza,
Mas a alegria que Cristo dá não desaparece, mesmo na tristeza.
A alegria que o mundo dá se traduz em valores passageiros,
A alegria que Cristo dá tem valores eternos.
Para enunciados mais longos, como neste exemplo, um bom
recurso é repeti-lo com a congregação, dando um toque de
cumplicidade1. Facilitando não apenas a participação, mas
ajudando, também na assimilação do que desejamos comunicar.
Observe o próximo exemplo:

ORDEM DE CULTO

Mensagem Segmentada.TRÊS FASES – TRÊS APROVAÇÕES... Pastor


Coriolano Silva
Cântico ..............................“Conheci Um Grande Amigo” ....................
Congregação
Conheci um grande amigo, Ele é Filho de Deus Pai,
o seu nome é Jesus Cristo e nele a gente pode confiar.
Jesus, Jesus, nele a gente pode confiar (bis)
Você só pode ser feliz tendo Jesus no coração (2x)

1ª PROVA: TRANSFORMAR PEDRAS EM PÃES


Cântico ……………….. “Autoridade e Poder” ……………….. Congregação
Os que confiam no Senhor, são como o monte de Sião
que não se abala, mas permanece para sempre.
Como em volta de Jerusalém estão os montes
assim o Senhor, em volta do seu povo.
Autoridade e poder, o domínio em suas mãos,
pois o Senhor é Deus, o Senhor é rei dos povos.
Cale-se diante dele a terra, dobre os joelhos,
ergam as mãos, pois o Senhor é Deus,
o Senhor é rei dos povos.

2ª PROVA: TRANSFERIR A GLÓRIA DO CRIADOR PARA O TENTADOR


Cântico……………….. “Em Espírito, em Verdade” ……………. Congregação
Em Espírito, em verdade, te adoramos, te adoramos.
Em Espírito, em verdade, te adoramos, te adoramos.
Rei dos reis e Senhor te entregamos nosso viver.
Rei dos reis e Senhor te entregamos nosso viver.
Pra te adorar, ó Rei dos reis, foi que eu nasci,
ó Rei Jesus. Meu prazer é te louvar,
meu prazer é estar nos átrios do Senhor.
Meu prazer é viver na casa de Deus, onde frui o amor.
3ª PROVA: TROCAR O CAMINHO DA HUMILHAÇÃO PELA EXIBIÇÃO
Cântico…………………………“Vaso Novo” ………………….. Congregação
Eu quero ser, Senhor Amado, como um vaso nas mãos do oleiro.
Quebra a minha vida e faze-a, de novo, eu quero ser, eu quero ser um vaso novo.
Como tu queres, Senhor Amado, Tu és o oleiro e eu o vaso
Quebra a minha vida e faze-a, de novo; eu quero ser, eu quero ser um vaso novo.
Cântico……………………. “Glória Pra Sempre” …………………Congregação
Glória Pra Sempre ao Cordeiro de Deus, a Jesus, o Senhor,
ao Leão de Judá, à raiz de Davi, que venceu e o livro abrirá.
Os céus, a terra e o mar e tudo o que neles há o adorarão e confessarão:
Jesus Cristo é o Senhor.
Ele é o Senhor, ele é o Senhor! Ressurreto dentre os mortos, ele é o Senhor.
Todo joelho se dobrará, toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor!

Sendo esta mensagem direcionada mais aos jovens e


adolescentes, as músicas nela inseridas são cânticos (hinetos ou
corinhos). Dependendo do momento e da liturgia, eles poderão
ser trocados por hinos ou outro qualquer recurso com mensagem
que se adeqüe à verdade central que está sendo apresentada no
sermão.
Podemos observar nesta ordem, que após o enunciado do
último tópico há a indicação de dois cânticos. Se eles não forem
ser cantados sem interrupção, o pregador deverá acertar com a
equipe de música, para que não haja surpresas, nem atropelos.
No caso deste exemplo, o 2º cântico aí anunciado será cantado
após a conclusão, o que significa que entre um cântico e outro
haverá fala do pregador.
O próximo exemplo, um segmentado pastoral, foi planejado
com antigos hinos, verdadeiros clássicos na hinódia evangélica,
com forte mensagem de conforto.

ORDEM DE CULTO

Mensagem Segmentada ……….. NãO TEMAS……….Pastor Durvalino Souza


1. NãO TEMAS A ESCURIDãO
Hino 347 CC (1ª estrofe e estribilho) Congregação
“O Coração Em Paz” (L. Armond e R. Pitrowsky/B. Ackley)
Vindo sombras escuras nos caminhos teus,
oh, não te desanimes, canta um hino a Deus!
Cada nuvem escura um arco-íris traz
quando em teu coração reinar perfeita paz.
Se teu coração estiver em paz, bem contente e alegre a vida passarás.
Se teu coração estiver em paz, verás que um arco-íris cada nuvem traz.

2. NãO TEMAS A TEMPESTADE


Hino 408 HCC (1ª est. e estrib.)……………………………………… Congregação
“Mestre, o Mar Se Revolta” (M. Baker/H. Palmer)
Mestre, o mar se revolta, as ondas nos dão pavor.
O céu se reveste de trevas, não temos um Salvador.
Não te incomodas conosco? Podes assim dormir,
se a cada momento estamos bem perto de submergir?
As ondas atendem ao meu mandar: “sossegai”.
Seja o encapelado mar, a ira dos homens a força do mal,
tais águas não podem a nau tragar que leva o Senhor rei do céu e mar.
Pois, todos ouvem o meu mandar:
“Sossegai, sossegai; convosco estou para vos salvar, sim, sossegai”;

3. NãO TEMAS OS FANTASMAS


Hino 349 CC (2ª est. e estrib.) . “Rica Promessa” (N. Niles/P. P. Bliss)..
Congregação
Eu sou teu Deus e para livrar-te sempre contigo eu estarei;
não temas pois, porque bem seguro eu pela mão te conduzirei.
Oh! Não temas, oh! Não temas, pois eu contigo sempre serei!
Oh! Não temas, oh! Não temas, pois eu nunca te deixarei!
Hino 347 HCC (1ª e 2ª est e estrib.) ………………………………… Congregação
“Quero o Salvador Comigo” (Fanny Crosby/Z. Oliveira)
Quero o Salvador comigo e com ele vou andar.
Quero estar sempre ao seu lado, nos seus braços descansar.
Confiando no Senhor, consolado em seu amor,
seguirei no meu caminho, sem tristeza e sem temor.
Quero o Salvador comigo, pois tão fraca é minha fé.
Dele tenho pronto auxílio, quando me vacila o pé.
Neste último exemplo, os tópicos estão indicados por
números:

NÃO TEMAS
1. Não temas a escuridão
2. Não temas a tempestade
3. Não temas os fantasmas

Este recurso pode ser usado de acordo com a orientação do


pregador, ou, em havendo necessidade, para facilitar o
acompanhamento e a participação dos fiéis.
O exemplo, número 04, apresenta o modelo de segmentado
mais fácil de ser acompanhado pela congregação, uma vez que
nas três inserções iniciais o mesmo hino é cantado, mudando
apenas as estrofes, e no último segmento, ouve-se um solo
vocal. É muito bom quando todo um hino pode ser segmentado
junto com o sermão, no entanto é preciso cuidado para que o
uso desse recurso não prejudique a unidade entre a tese do
sermão e a mensagem que cada estrofe apresenta.

ORDEM DE CULTO

ORDEM DE CULTO
Mensagem Segmentada ……PASTOR, UM HOMEM FIEL …… Pastor Joaquim
Batista Hino 482 HCC (1ª est. e estrib.)…………………………………. Congregação
“Eu quero fazer o que queres, Senhor” (M. Brown/C. Rounsefell)
Nem sempre será para o lugar que eu quiser que o Mestre me tem de mandar.
É tão grande a seara já pronta a colher, na qual eu irei trabalhar.
E se por caminhos que eu nunca segui, a tua chamada eu ouvir,
feliz, certo irei, dirigido por ti, a tua vontade cumprir.
Eu quero fazer o que queres, Senhor. Por ti sustentado serei.
E quero dizer, o que queres, Senhor, e assim meu dever cumprirei.

SOMOS FIÉIS FAZENDO O QUE O SENHOR QUER QUE FAÇAMOS


Hino 482 HCC (2ª est e estrib)………………………………………… Congregação
Há tantas palavras de amor e perdão que aos outros eu posso levar,
porque nos caminhos dos vícios estão perdidos que eu devo ir buscar.
Senhor, se com tua presença real tu fores pra fortalecer,
darei a mensagem de servo leal, com zelo, fervor e prazer.
Eu quero fazer o que queres, Senhor. Por ti sustentado serei.
E quero dizer, o que queres, Senhor, e assim meu dever cumprirei.

SOMOS FIÉIS COLOCANDO A PREGAÇÃO NO CENTRO DO MINISTÉRIO


Hino 482 HCC (3ª est e estrib.)……………………………………….. Congregação
Eu quero encontrar um obscuro lugar na tua seara, Senhor,
Enquanto viver, eu irei trabalhar com fé e coragem e amor.
De ti meu sustento bem sei que virá, eu nada preciso temer,
a tua vontade, sim, minha será: um servo fiel quero ser.
Eu quero fazer o que queres, Senhor. Por ti sustentado serei.
E quero dizer, o que queres, Senhor, e assim meu dever cumprirei.

SOMOS FIÉIS COMPLETANDO O MINISTÉRIO QUE O SENHOR NOS


CONFIOU
Solo Vocal: ………….. “Segue-me” (Stanphill) ……………João Manuel Oliveira

Se no lugar da ordem impressa houver projeção, os quadros


projetados deverão trazer a participação da congregação apenas
para aquele segmento, com o enunciado do tópico e o hino a ser
cantado, como no exemplo a seguir:

SOMOS FIÉIS COLOCANDO A PREGAÇÃO


NO CENTRO DO MINISTÉRIO
Hino 482 HCC (3ª est e estrib.)................................................. Congregação
Eu quero encontrar um obscuro lugar na tua seara, Senhor,
Enquanto viver, eu irei trabalhar com fé e coragem e amor.
De ti meu sustento bem sei que virá, eu nada preciso temer,
a tua vontade, sim, minha será: um servo fiel quero ser.
Eu quero fazer o que queres, Senhor. Por ti sustentado serei.
E quero dizer, o que queres, Senhor, e assim meu dever cumprirei.

Quanto menos informações em cada quadro projetado, mais


possibilidade de compreensão e participação congregacional. As
letras em cada transparência devem ser escritas em tamanho
que possibilite a leitura, com facilidade. É preciso cuidado para
evitar a troca das transparências ou hiatos prejudiciais à
continuidade da comunicação.
O próximo capítulo apresenta uma visão de como podemos
lançar mão do modelo segmentado em diferentes ocasiões.
6
Segmentados em
diferentes ocasiões

O pregador sábio
com prudência e habilidade
lançará mão da forma segmentada
nas mais diversas ocasiões.
Encontrar ideias para pregar nas ocasiões
especiais nem sempre é fácil. O que pregar no ano
novo, no natal, na ceia do Senhor e em tantas outras
ocasiões? O sermão segmentado pode ser usado
em qualquer ocasião, das mais alegres até o culto
fúnebre. Desde que o pregador e a equipe de
música tenham a prudência e a habilidade de
ministrar de acordo com as características do
momento que está sendo vivido. Há neste capítulo
alguns esboços e sermões segmentados para
ocasiões especiais.

Aniversário
O aniversário é ocasião propícia para uma
abordagem sobre a bênção da vida e a importância
de deixarmos o Senhor conduzir os nossos passos
para que possamos, no dizer do Salmista, contar
bem os nossos dias de tal modo a alcançarmos
corações sábios (Sl 90.12). Naturalmente o sermão
pregado será de acordo com o aniversariante –
criança, ancião, jovem, adolescente ou adulto – cada
faixa etária exigirá um trabalho homilético especial.
O modelo aqui apresentado, com as adaptações
necessárias, pode ser usado para várias faixas
etárias:
Título QUANDO UM ROSTO BRILHA
Êx. 34.29-35
Você já viu um rosto brilhando? Não vale pensar num
brilho de maquiagem, pintura ou purpurina. Você pode
lembrar de alguém com um brilho diferente no rosto?
Introdução Só a comunhão com Deus dá ao rosto um brilho
especial. O rosto de Moisés brilhou de um modo
especial por haver ele estado na presença de Deus. A
comunhão com Deus faz brilhar rostos antes obscuros
e tenebrosos.

Vejo no céu resplendente, do sol a clara luz;


Hino 539
quero viver tão somente brilhando por Jesus.
CC
1ª estr. e Brilhando, brilhando, sempre brilhar como a luz,
estrib. brilhando, brilhando, sempre brilhar por Jesus.

UM ROSTO BRILHA NA COMUNHÃO COM O


SENHOR
(1) Sem comunhão com Deus o rosto se torna
obscuro Moisés, distante de Deus, chegou a matar um
egípcio.
(2) Diante de Deus o rosto resplandece
Moisés esteve no Monte Sinai, em comunhão com
1º tópico Deus. O brilho no rosto dele causava temor (v. 30)
“temeram chegar-se junto a ele”
É privilégio daqueles que têm tido profunda
experiência com o Senhor.
Somente através da comunhão com Jesus podemos
ver o rosto com um brilho especial, o brilho da glória de
Cristo… A comunhão com o Senhor tem feito o nosso
rosto brilhar?

Hino 488
HCC Não somente pra fazer um feito singular
1ª estr. e é preciso agir com muito ardor;
estrib mas as coisas mais humildes por executar
deves fazê-las com todo amor.
Brilha no meio do teu viver.
Brilha no meio do teu viver,
pois talvez algum aflito possas socorrer.
Brilha no meio do teu viver.

QUANDO UM ROSTO BRILHA


É VISTO PELAS DEMAIS PESSOAS
(1) Dispensa a autopromoção. Moisés não chegou
anunciando que seu rosto brilhava, mas o povo
constatou; assim, um véu foi colocado para que as
pessoas pudessem olhar (através dele) para um rosto
que brilhava refletindo a santidade de Deus.
(2) O brilho que precisa ser propagado não é
autêntico Há muita gente hoje propagando o brilho do
seu rosto, proclamando aos quatro cantos sua grande
1º tópico
espiritualidade, mas muitas vezes não passa de um
falso brilho – é como se houvesse colocado purpurina
no rosto, um brilho arranjado, que cai logo depois.
(3) O brilho autêntico resulta da aprovação do Senhor
O brilho no rosto de Moisés era a aprovação divina ao
Pacto Mosaico. As tábuas que Moisés trazia em suas
mãos eram a lei de Deus. O brilho no rosto dos crentes
é a aprovação de Deus para o Novo Pacto, selado com
o sangue de Jesus – Nele somos feitos novas
criaturas…

Solo vocal Ó meu Senhor Jesus, toma o meu coração.


“Jesus E vem com tua luz vencer a escuridão.
Brilhando
em Mim” Oh tua graça e amor, que o mundo veja em mim,
em meu viver intenso fulgor, Jesus brilhando em mim.
A Ti, meu Deus e Rei, entrego o meu amor,
a força não terei se não de ti, Senhor.
Quero de ti me encher, purificado estar,
E, em todo o meu viver, teu tudo revelar.
2º tópico QUANDO UM ROSTO BRILHA AJUDA OUTROS
ROSTOS A BRILHAR
(1) Mostrando Cristo ao mundo. (v. 32) Moisés
ordenou aos filhos de Israel tudo quanto o Senhor lhe
falara. Somos desafiados a falar de Cristo a um mundo
em crise. O fato de podermos brilhar não significa que
somos chamados a uma vida contemplativa.
Na experiência da transfiguração tudo parecia
espetacular, mas era preciso descer do monte…
(2) Servindo ao Senhor com alegria. Quando o Pastor
Armando Bispo pregou no Seminário Teológico Batista
do Norte, conheceu o Irmão Sebastião, um homem
humilde e iletrado, que por mais de 40 anos tem ali
servido, com muito amor. Em uma de suas mensagens,
o Pastor Armando falou que um dos maiores privilégios
que teve naquela semana foi conhecer o irmão
Sebastião. Para ele, alguém passar tanto tempo
servindo num seminário, só mesmo sendo ungido por
Deus. Ele disse haver sentido algo especial ao se
aproximar do irmão Sebastião; foi como se tivesse
falando com Billy graham. O irmão Sebastião tem um
rosto que brilha no seu amor e empenho no trabalho do
Senhor e, assim, ajuda outros rostos a brilhar. E os
nossos rostos brilham, não pela cultura ou destaque,
mas, à medida que deixamos Cristo brilhar em nós.
Precisamos pedir a todo instante: Brilha Jesus, brilha
em mim!
(3) Capacitando-nos a ajudar o próximo. A moça era
uma formanda em fisioterapia. No hospital púbico onde
estagiava, havia um paciente terminal, tão impaciente e
mal educado que desmotivava a todos de atendê-lo.
Essa estagiária, ao contrário, passou a dar-lhe
assistência com a cortesia e o carinho a ela peculiares.
Sua distinção, conquistou o paciente e seus familiares.
Já próximo do fim, o enfermo, ainda lúcido, suplicou à
jovem: “minha filha, fale de Deus”. Admirada, ela
perguntou: “por que o Senhor está me fazendo esse
pedido?” A resposta do moribundo deixou-a ainda mais
surpresa: “Porque eu vi Deus em você”.
Quando nos dispomos a ir ao encontro do nosso
próximo em ajuda, o nosso rosto resplandece e Deus é
visto em nós. Jesus quer brilhar através de nós.

Vejo a luz do Senhor que brilha,


bem no meio das trevas brilha,
Jesus Cristo a luz deste mundo
nos acorda de um sono profundo,
brilha em mim, brilha em mim.
Hino Brilha Jesus, mostra ao mundo a luz de Deus, Pai.
"Brilha Espírito de Deus vem refulge em nós
Jesus" Faz transbordar sobre os povos tua graça e perdão,
Vem ordenar que haja luz, ó Senhor.
Contemplando tua majestade,
teu reflexo em nossas faces
cada dia de glória em glória,
mostra sempre a tua história,
brilha em mim, brilha em mim.
Cada vez que fazemos Cristo conhecido há um brilho
muito maior (2 Co 3.7-11). Porque o brilho de Cristo não
se apaga: marca a vida para sempre. O brilho de Cristo
é o brilho maior, que nos é dado pelo Espírito Santo.
Quando cantamos – Brilha Jesus! Mostra ao mundo a
luz de Deus, Pai… – devemos estar nos colocando a
disposição dEle para que a luz da sua glória possa ser
vista em nós.
Na bênção sacerdotal (Nm 6.24-26) há o desejo: “O
Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça
resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia
de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a
paz”. Somente quando o rosto do Senhor resplandece
sobre nós é que podemos brilhar. Precisamos pedir
mais e mais que o Senhor resplandeça o seu rosto
sobre nós.
No mundo em trevas onde vivemos precisamos ter a
capacidade de enxergar além das trevas – ver o brilho
do Senhor, e brilhar por Ele e para Ele. Amém.

Ano novo
Pregando no ano novo, em qualquer forma
sermônica, o pregador precisa considerar, de modo
especial, a capacidade de atenção dos ouvintes. O
fato de ser um culto de vigília requer um sermão
atraente e, quanto possível, breve. Nas ocasiões em
que lancei mão da forma segmentada no culto de
vigília do ano novo pude contar com menos pessoas
dormindo e mais ouvintes atentos durante a
mensagem. O modelo aqui apresentado fala da
esperança que não se acaba.

ESPERANÇA VIVA, ALÉM DA VIDA


Introdução 1 Pd 1.3
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo que, segundo a sua muita
misericórdia, nos regenerou para uma viva
esperança, mediante a ressurreição de Jesus
Cristo entre os mortos”.
Quais as nossas expectativas para o novo ano? O
que esperamos?
Esperança palavra do momento… Quais as nossas
esperanças para o novo ano? Esperança de uma
família melhor, uma igreja melhor, uma cidade melhor,
um país melhor… Depende da realidade de sermos
melhores pessoas. Há muita “esperança de dia de ano”
que não passa de sonho, utopia, irrealização.
Mas nós precisamos ter a capacidade de sonhar,
sonhar acordados, esperar melhores dias e trabalhar
para alcançar este sonho. Como a vida do crente deve
ser pela fé, jamais devemos perder a esperança, mas
viver em esperança. Se alguém perder a esperança
deixou de ser crente; perdeu a capacidade de confiar,
de acreditar, de esperar. A nossa esperança dever ser a
esperança que nunca se acaba.
Mas, como está sua capacidade de esperar?… Há
muita gente sem esperança. Há muitas esperanças
sepultadas nas frustrações e desgosto… Esperança
viva, além da vida, é esperança que não desaparece, é
esperança que dura para sempre! “Enquanto há vida há
esperança”. É provável que Pedro tivesse aceito esse
dito popular, antes de ver o Cristo ressurreto. Mais
tarde, Pedro pode falar de sua viva esperança em
Cristo.

Minha esperança até o fim é Cristo,


que morreu por mim.
Hino 348
Eu creio só no meu Senhor,
HCC
no nome do bom Redentor.
1ª estr. e
estrib A minha fé e o meu amor
estão firmados no Senhor,
estão firmados no Senhor.
1º tópico ESPERANÇA VIVA, ALÉM DA VIDA, GRAÇAS À
MISERICÓRDIA DE DEUS
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia.”
“Vou pescar…” Declarou Pedro (Jo 21.3) “Nós
também vamos contigo…” (Jo 21.3) Foi a disposição
dos outros seis: (Jo 21.2) Tomé, Natanael, Tiago e João
e mais dois discípulos.
Um dia Pedro havia sido chamado para ser pescador
de homens. Deixou seu barco, redes e todo material de
pesca para seguir a Jesus. Toda esperança havia sido
depositada nele. Agora, sem a liderança do Senhor
Jesus, tentou fazer uma sociedade por sua conta. A
própria esperança de sucesso na pescaria já havia
findado, mas a misericórdia de Deus, mais uma vez,
alcançou Pedro e seus companheiros de pesca.
Há muitos cemitérios de esperanças mortas, porque
há muita gente tentando avançar sem Jesus. Quanta
frustração e tristeza… O Cristo Vivo vai se
manifestando dia a dia no nosso viver para tornar viva
em nós a esperança que não morre Onde está a nossa
esperança?

Solo Vocal A minha esperança Jesus está em ti,


Espero com tua justiça coberto me vi,
em Ti porque no teu sangue deveras eu cri.
Espero em ti, só em ti.
Meu Salvador, a ti glória dou!
Oh sim! Salvação eu encontro em ti;
cantar-te louvores eu para sempre vou.
Meu Mestre, meu Mestre, em ti confiarei,
em ti confiarei.
A minha esperança depus em tua mão.
E anseio constante a celeste mansão
na qual fruirei de teu rosto a visão,
espero em ti, só em ti.
ESPERANÇA VIVA, ALÉM DA VIDA,
PELO MILAGRE DA REGENERAÇÃO
“… segundo a sua muita misericórdia, nos
regenerou para uma viva esperança”.
Pedro, que se julgava o melhor entre todos os
crentes de sua época, precisava passar por um
2º tópico
processo de regeneração para poder experimentar a
esperança que não morre. Ele que, cheio de si mesmo
passou a seguir a Jesus de longe, precisava encherse
do Espírito para viver a realidade da esperança viva.
Às vezes perdemos a esperança porque esperamos
pelas nossas forças…

Hino 351 Cristo, esperança nossa,


HCC que verteste teu generoso sangue redentor;
2ª estrofe tens nossas vidas, pois na cruz morreste,
e ao teu querer responda o nosso amor
3º tópico ESPERANÇA VIVA, ALÉM DA VIDA,
NO ENCONTRO COM O CRISTO VIVO
“…nos regenerou para uma viva esperança,
mediante a ressurreição de Jesus Cristo entre os
mortos”.
Se Pedro não tivesse se encontrado com o Cristo
Vivo jamais sua esperança teria se tornado uma
esperança inabalável.
O Cristo ressurreto também apareceu a Saulo de
Tarso e de tal modo que Ele chegou a afirmar: “Se
Cristo não ressuscitou é vã a vossa fé” (1 Co 15.17).
Só o encontro com o Cristo Vivo nos dá uma viva
esperança que jamais se acaba; dá-nos a salvação e
nos assegura a vida futura.
“Se a nossa esperança em Cristo se limita
apenas a esta vida, somos os mais infelizes de
todos os homens” (1 Co. 15.19):
E o mesmo Paulo completa (Rm 8.37-39), declarando
sua esperança que nunca se acaba:
“Em todas estas coisas somos mais que
vencedores por meio daquele que nos amou. Eu
tenho a certeza que nada pode nos separar do
amor de Deus: nem a morte, nem a vida, nem os
anjos, nem outra autoridade ou poderes celestiais;
nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de
cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o
universo não há nada que possa nos separar do
amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo
Jesus, o nosso Senhor.”

Deus enviou Jesus, seu Filho,


e seu amor perdão nos dá.
Hino 137 Na cruz morreu por meus pecados,
HCC mas ressurgiu e vivo com o Pai está.
1ª estr. e Porque vivo está, o amanhã enfrento.
estrib. Sim, vivo está, não temerei.
Pois eu bem sei que é dele o meu futuro,
e a vida vale a pena. Cristo vivo está.
Jesus está vivo. É esta a razão da nossa esperança.
“Porque vivo está o amanhã enfrento; sim, vivo está
não temerei. Porque eu sei que é d'Ele o meu futuro e a
vida vale a pena, Cristo vivo está!” Três realidades
Conclusão neste cântico:
(1) Condições de prosseguir. “Porque vivo está, o
amanhã enfrento”. O que nos aguarda amanhã?… Há
condições para prosseguir!
Este modelo apresenta introdução e conclusão
mais desenvolvidas, porém os tópicos apenas
esboçados. Esta forma tem sido preferida por muitos
pregadores uma vez que, apresentando a diretriz,
exige do pregador o desenvolvimento de um
raciocínio lógico para que se tenha um sermão
relevante.
Bodas de Prata
Sem grandes complicações um sermão elaborado
para um culto de bodas pode ser adaptado para os
vários aniversários de casamento. geralmente as
datas comemoradas com um culto gratulatório são 5
anos (bodas de madeira), 10 anos (estanho), 15
anos (cristal), 20 anos (porcelana) 25 anos (prata),
30 anos (pérola), 35 anos (coral), 40 anos (rubi),
45 anos (platina), 50 anos (ouro), 60 anos
(diamante), 75 (brilhante) e 80 (carvalho). O exemplo
apresentado a seguir, sugerido para bodas de prata,
pode, portanto, ser adaptado para outros
aniversários de casamento, devendo quem prega
está atento para adaptar a mensagem à ocasião,
tendo especial cuidado com a aplicação. Casais
mais jovens oportunizam mais conselhos,
orientações e desafios, enquanto os mais
experientes ensejam a gratidão e o louvor.

VALE A PENA CASAR


Introdução
Sl 127.1
“Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil
trabalhar na construção”.
Qual a fórmula para um casal continuar unido? O que
é necessário para que a família seja valorizada e feliz?
A família, como instituição, tem sido combatida e
seus valores questionados. Pais e mães não cumprem
seus deveres, e os filhos também, já não têm o devido
respeito e amor pelos pais.

A triste realidade muitas vezes é que há intrigas,


brigas, tumulto, desamor.
A TV se empenha em apresentar o errado como se
certo fora: cenas de infidelidade, adultério, imoralidade,
desobediência e confusão invadem diariamente os
lares, fazendo com que o desvalor assuma o lugar do
valor. O número de divórcios aumenta. Lares são
desfeitos.
Somente vivendo distante de Deus a família não tem
condições de ser firme. Foi o que o salmista afirmou:
“Se não for o Senhor o construtor da casa, será
inútil trabalhar na construção”.
Vivendo diante de Deus, vale a pena casar.
Hoje nos unimos aos nossos queridos irmãos Aniceto
e Setembrina, comemorando seus 25 anos de união
pelos laços do matrimônio.
A indagação para muitos é: qual a fórmula para um
casal ficar unido?
A Palavra de Deus é clara ao afirmar que a família só
vale a pena quando vive na presença de Deus.
“Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil
trabalhar na construção”.
Qual é o alicerce na nossa família?

Que alicerce tendes pra construir


uma casa firme pra resistir
grande tempestade que há de chegar
Hino 416
e a instável casa há de derrubar?
HCC
1ª estr. e Nossa morada na rocha está.
estrib Firme e segura ela ficará;
quando o temporal contra ela der,
há de resistir e permanecer.

VALE A PENA CASAR QUANDO


PROCURAMOS PARECER COM JESUS
Interessante fenômeno entre familiares é a questão
da aparência de um com o outro, em especial da
semelhança com os pais. “Ele é muito parecido com o
pai”, ou “ela é a cópia fiel da mãe”. Algumas vezes os
traços fisionômicos nem são semelhantes, mas a
convivência, a assimilação de valores, vai realçando a
semelhança. Até mesmo a mulher e o marido, antes tão
diferentes, passam a ser vistos como cópia fiel um do
outro.
1º tópico
O apóstolo Paulo fala dessa questão da aparência
para dizer da nossa união com Jesus:
“Aos que de antemão conheceu, também os
predestinou, para serem conforme a imagem de seu
Filho…” (Rm 8.29).
É por isso que cantamos: “Tenho um desejo especial:
quero ser como Cristo. Este é o meu santo ideal: quero
ser como Cristo. Mestre e Senhor sempre há de ser.
Que o mundo inteiro possa ver sua presença em meu
viver: quero ser como Cristo”.

Hino 372 Tenho um desejo especial: quero ser como Cristo.


HCC Este é o meu santo ideal: quero ser como Cristo.
1ª estrofe Mestre e Senhor sempre há de ser.
Que o mundo inteiro possa ver
Sua presença em meu viver: quero ser como Cristo.
VALE A PENA CASAR QUANDO PROCURAMOS
AGIR COMO JESUS
Para parecer com Jesus precisamos agir como ele
agiu. João nos desafia:
“Aquele que diz que está nele, deve também
andar como Ele andou.” (1 Jo 2.6).
Pedro afirmou que Jesus “andou por toda parte
fazendo o bem” (At 10.38).
John Peterson, em sua cantata “Maior Amor”,
inspirado nessa afirmação de Pedro, escreveu:
2º tópico ”Quando aqui viveu o homem Deus andava fazendo o
bem, no viver feliz, a Bíblia diz, andava fazendo o bem.
Andava fazendo o bem: nosso exemplo de amor é
Jesus, Salvador, que andava fazendo o bem”.
Agir como Jesus agiu, aplicado à nossa vivência em
família, significa que eu não vou fazer algo por
vingança, mas vou fazer o que Jesus faria em meu
lugar.
Estamos agindo por que os outros agem, ou
inspirados no exemplo de Jesus?

Hino Quando aqui viveu o homem Deus andava fazendo o


“Andava bem,
Fazendo o no viver feliz, a Bíblia diz, andava fazendo o bem.
Bem”
Andava fazendo o bem, andava fazendo o bem,
Cantata
nosso exemplo de amor é Jesus, Salvador,
Maior
que andava fazendo o bem.
Amor
3º tópico VALE A PENA CASAR QUANDO BUSCAMOS SER
VALORIZADOS POR JESUS
O valor está em sermos aceitos por Ele e
transformados por Ele: “Ele nos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz.” (1 Pd 2.9b). Somente
fazendo o que agrada a Deus, somos por ele
valorizados.
Paulo disse: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim” (gl 2.20). Significa que todas as nossas
ações devem ser para glorificar e agradar a Jesus.
O esposo ou a esposa não precisa ficar na total
dependência da aceitação e elogios do outro, por saber
que Jesus já o aceitou e o transformou… e isso basta.
Quando isso acontece as nossas ações são sempre as
melhores, sempre para o bem estar do próximo.
Mas porque Jesus me aceita, devo procurar aceitar o
outro como ele é e não como eu esperaria ou gostara
que fosse.
A presença de Jesus faz a diferença – Só ele pode
transformar água em vinho; aflições em bênçãos. Ele
faz o pântano florescer.

Hino 597 Vem conceder-lhes força e alegria


HCC em meio às lutas e nas provações.
3ª estrofe Que assim conservem, juntos a harmonia,
unidos tendo sempre os corações.
4º tópico VALE A PENA CASAR QUANDO O PADRÃO DO
AMOR
VIVIDO É O DE JESUS
Somos desafiados a viver em família o amor que se
caracteriza pelo dar e não pelo receber. Jesus deu a
sua vida por nós: “Eu vim para que tenham vida” (Jo
10.10).
Devemos viver o amor que se caracteriza pela
humildade e não pela promoção. Basta nos inspirarmos
em Jesus que “a si mesmo se aniquilou… e humilhou-
se até a morte e morte de cruz.” (Fl 2.5 ss)
Quando vivemos o amor de Jesus a conduta é vista
na capacidade de servir e não em buscarmos ser
servidos: “O Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”
(Lc 19.10).
O amor de um casal, o amor de uma família deve ser
visto na capacidade de amar apesar de, amar sempre,
de está sempre a espera, sempre acreditando, sempre
buscando, sempre ajudando, como fez o Pai do pródigo
(Lc 15.11 ss).
Louvamos o nosso Deus pela união de Aniceto e
Setembrina. Que, juntos com eles, repensemos os
nossos relacionamentos e renovemos os nossos votos.
Vivendo distante de Deus a família não tem
condições de ser firme. Mas vivendo diante de Deus,
vale a pena casar.
“Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil
trabalhar na construção”.

Hino 590 Cristo seja o lar edificado, no Conselheiro,


HCC Mestre e Salvador.
1ª e 3ª Que todo filho cresça consagrado a Cristo,
estrofes estrofes nosso grande Redentor.
Que no caminho seja acompanhado por nosso Deus,
o forte protetor.
A ti, ó Deus, o lar nós dedicamos, quer na alegria,
na tristeza e dor.
Oh, vem livrá-lo, Pai, nós imploramos, da tentação
do mundo e do temor!
Sê tu Jesus o nosso Mestre,oramos; sê nosso guia em
tudo,
ó Salvador.

Edifiquemos nossas famílias no Senhor. Só assim a


principal aparência será com Jesus; as ações serão
Conclusão inspiradas por Jesus; as pessoas serão valorizadas por
1ª e 3ª Jesus; e o padrão do amor vivido será o de Jesus. Que
estrofes a maravilhosa graça de Jesus abençoe os nossos lares
para que valha a pena estarmos juntos; juntos sempre.
Amém.

Ceia do Senhor
A celebração da Ceia do Senhor é uma boa
ocasião para se refletir sobre o sacrifício de Jesus na
cruz e o preço da nossa redenção. Não deve ser um
apêndice ao culto, mas todo um culto voltado para o
assunto. Mais uma vez, o segmentado ajuda a
prover variedade em tão importante ocasião.
O exemplo a seguir, tem sua ideia a partir do hino
130 do HCC. A inspiração da mensagem motivou a
procura do texto bíblico e o prosseguimento da
pesquisa, até termos em sua completitude este
sermão segmentado.

Título O REI COM A FRONTE ENSANGUETADA


Introdução Mc 15.17-19
“Não tinha aparência, nem formosura, e
olhando para ele, nenhuma beleza víamos para
que o desejássemos” (Isaías 53.2).
Quem gostaria de se encontrar com alguém
assim?…
Quem gostaria de ter um amigo assim?…
Parece a descrição de alguém horripilante e
indesejável. Mas na realidade o profeta estava
falando da pessoa mais fantástica que o mundo já
conheceu a expressão máxima da graça de Deus;
O Rei dos reis, o Senhor dos Senhores; o Filho de
Deus feito homem: Jesus de Nazaré.
Por que o profeta falou que ele não tinha
qualquer beleza?
Por que disse que sua aparência não era boa?
O Profeta não estava simplesmente olhando
para o Homem Jesus. Ele estava tendo uma
antevisão do sofrimento que Jesus haveria de
suportar; estava contemplando (mais de 700 anos
antes de Cristo), a dor e a agonia do Calvário. O
Profeta estava contemplando a fronte
Ensanguentada de Jesus. E em sua visão, diz:
“Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído
pelas nossas iniquidades.”
Os relatos dos evangelhos falam que a fronte
do Senhor foi ferida:
“E tecendo uma coroa de espinhos, puseram-
lha na cabeça” (Mt. 27.29);
“E puseram-lhe na cabeça uma coroa de
espinhos que haviam tecido… davam-lhe com
uma vara na cabeça, cuspiam nele.” (Mc 15.17);
“Os soldados, tecendo uma coroa de espinhos
e, puseramlha sobre a cabeça.” (Jo. 19.2).
Lucas é o único dos evangelistas que não
menciona a coroa de espinhos, mas, ele afirma
que os soldados zombaram e feriram Jesus. O
que a fronte Ensanguentada de Jesus nos fala?
Oh, fronte Ensanguentada, em tanto opróbrio e
Hino 130 HCC dor,
1ª estrofe de espinhos coroada com ódio e com furor!
Tão gloriosa outrora, tão bela e tão viril!
Tão abatido agora de afronta e escárnio vil!
1º tópico A FRONTE ENSANGUENTADA ACENTUA
A HUMANIDADE DE JESUS
Ao usar aquela coroa de espinhos, Jesus
deixava de lado a sua Majestade Divina. Ele não
era um super-homem: era homem. E naquele
momento vivia o mais terrível quadro de
humilhação e espancamento. A primeira parte da
tortura antecedia à crucificação: Ali os
espancamentos eram como um prelúdio. E Ele foi
condenado à tortura e a crucificação. Pilatos O
entregou para ser açoitado e crucificado. As tiras
de couro usadas nos açoites eram entrelaçadas
com pedaços de metal ou ossos, que
transformavam o corpo da pessoa em uma massa
sangrenta. A violência era tal que às vezes o
condenado morria antes da execução da pena
máxima.31
A coroa de espinhos foi uma entre muitas
indignidades um ato de completa humilhação,
ironizando Jesus como rei: um manto de
escarlate, a coroa de espinhos, uma vara
representando um cetro, os soldados ajoelhados,
fingindo reverência: “Salve, rei dos judeus!”.
A coroa de espinhos serviu para ridicularizar a
Jesus e aumentar ainda mais o seu sofrimento.
Introduzida em sua cabeça, a coroa feriu-lhe a
fronte. Os espinhos pavorosos e terríveis fizeram
sangrar a fronte de Jesus. A coroa pode ter sido
feita com ramos de acácia síria, que tinham
espinhos quase do tamanho de um dedo. Quando
batiam na cabeça de Jesus feriam ainda mais sua
fronte, uma vez que os espinhos penetravam e
dilaceravam terrivelmente. Era também um ato de
tortura, de espancamento: Além da coroa,
bateram na cabeça d?'Ele, cuspiram nele, deram-
lhe bofetadas.

Quão humilhada pende a face do Senhor!


Hino 130 HCC Não vive, não resplende, já não tem luz nem cor.
2ª estrofe Oh, crime inominável fazer anuviar
o brilho inigualável de um tão piedoso olhar!
Além de acentuar a humanidade,
A FRONTE ENSANGUENTADA REALÇA A
DIVINDADE DE JESUS. O Senhor Jesus foi
tratado não somente como um condenado
qualquer, mas ridicularizado como alguém
anormal. Filon conta que em Cesaréia os
soldados fantasiaram de rei um jovem retardado e
saíram pelas ruas a exibi-lo. Algumas pessoas ao
verem a cena armada para ridicularizar Jesus
podem ter pensado que se tratava de um louco.
As ações dos líderes religiosos revelavam inveja e
ódio; as ações dos judeus, indiferença e
ingratidão; as ações de Pilatos, irresponsabilidade
e covardia; e as ações dos soldados, ignorância e
crueldade…

2º tópico Mas ali não estava um homem comum, não


estava um condenado qualquer! Jesus não era
um subversivo, nem era um criminoso; não era
um ladrão, nem era um perturbador. Era o filho de
Deus. O próprio Deus feito homem. Ele havia
deixado a sua glória para conosco habitar; havia
sido obediente até a morte e morte de cruz; por
isso sua cabeça estava inclinada e sua fronte
ferida. Deus, feito homem, sofrendo no nosso
lugar.

Estás tão carregado, mas todo o fardo é meu.


Hino 130 HCC Eu, só, me fiz culpado, e o sofrimento é teu.
3ª estrofe Eu venho a ti, tremente; mereço a punição,
mas olhas-me, clemente, com santa compaixão.
3º tópico A FRONTE ENSANGUENTADA FALA DA
VITÓRIA DE JESUS
João afirma que, Jesus na cruz, inclinando a
cabeça, entregou o espírito (19.10). Podia parecer
uma cena de derrota. Que tristeza! Aquele que
tanto falou de vida, agora terminava a vida
morrendo numa cruz. Mas naquela fronte ferida,
inclinada e inerte estava a vitória do amor de
Deus, a vitória do plano para a salvação do
mundo.
A coroa posta na cabeça de Jesus, apesar de
ser de espinhos e não de louros, falava da vitória
de Jesus: naquela coroa os espinhos se
transformaram em flores; a maldição se convertia
em bênção; e a humilhação resultava em
glorificação.
O que parecia terminar na morte, era a
conquista para a vida; e a coroa usada para a
derrota, foi feita troféu de vitória. “graças a Deus
que nos dá a vitória por Cristo Jesus, nosso
Senhor!”.
Com a fronte Ensanguentada por aquela coroa
de espinhos, Jesus nos ensina que a vida tem
muitos espinhos que nos ferem e machucam… A
fronte do Filho de Deus estava ferida pelos
espinhos porque Ele levava sobre os seus ombros
os pecados do mundo, e o pecado fere.
A fronte estava ensanguentada…
O que os homens podiam pensar daquele
Poema “A réu?
Fronte Ele é Deus feito homem se dando pelos
ensanguentada” homens.
(Jilton Olhando sua fronte ensanguentada
Moraes)32 e a terrível coroa de espinhos,
vemos em Jesus o Homem, sofrendo em
nosso lugar.

A fronte estava ensanguentada…


Os homens pensavam estar lidando
simplesmente com mais um réu,
um simples condenado, um homem qualquer,
Mas ali estava o próprio Deus.
Olhando a fronte ensanguentada vemos o único
Filho de Deus.
Com a coroa de espinhos, Ele diz que deixou a
sua glória e veio para nos salvar.
A fronte estava ensanguentada
Os homens pensavam estar o réu esmagado
pela humilhação,
mas ele está a caminho da glorificação;
pensavam que ele iria caminhar para a morte,
mas ele está conquistando a vida;
pensavam que ele estava sendo derrotado,
mas Ele será para sempre vitorioso.
Diante dele todo joelho se dobrará.
Anás, Caifás, Pilatos, Herodes, Barrabás.
Reis, monarcas, presidentes e governadores.
Todo joelho se dobrará e toda língua confessará
que só Ele é Senhor.
E, diante do Rei, o que você dirá?
Sê meu refúgio forte, meu guia, vida e luz.
Que eu sinta, vendo a morte, conforto em tua
Hino 130 HCC cruz.
(4ª est) Na cruz com fé me abrigo: ao ver que ao lado
estás,
eu me unirei contigo e vou dormir em paz
Que diante da fronte Ensanguentada de Jesus
você O convide a ser o seu Senhor e Salvador. E
afirme como o poeta sacro: “Sê meu refúgio forte,
meu guia, vida e luz. Que eu sinta, vendo a morte,
Conclusão
conforto em tua cruz”.
Que você proclame a todos: Jesus é meu
Senhor! Amém.

Dia das Mães


O dia das mães é uma ocasião especial que deve
ser aproveitada para a apresentação de uma
mensagem. É preciso bom senso para não colocar
as mães em um pedestal, enaltecendo o seu grande
amor, nem apedrejá-las com severas advertências.
O exemplo a seguir mostra como a ocasião pode
ser aproveitada, com a forma segmentada.

Título AJUSTES DA MÃE MAIS FELIZ


Introdução A oportunidade de ser mãe e a realização com o filho
dão á mulher uma grande felicidade. Maria foi a mais
feliz entre todas as mães: “Todas as nações me
chamarão bem aventurada” Ela foi escolhida para ser a
mãe do Senhor Jesus. Entretanto, para viver tão grande
alegria, ela teve que fazer enormes ajustes em seu
viver.
A mãe que quiser ser verdadeiramente feliz deve
estar pronta a fazer ajustes em sua vida.
O primeiro ajuste necessário tem a ver com a
obediência. Obedecer muitas vezes implica em grandes
ajustes.

AJUSTANDO-SE PARA OBEDECER


(Lc 1.31): “Eis aqui a tua serva, cumpra-se em mim
segundo a tua vontade.”
Maria estava sendo escolhida para uma grande
missão, mas para desempenhá-la tinha que fazer
profundos ajustes em sua vida: havia um alto preço a
ser pago.
É sempre assim… E os ajustes são feitos não apenas
na vida de cada mãe, mas na de cada pessoa que
1º tópico deseja obedecer ao Senhor.
Quais as ordens que Deus está lhe dando agora?
Você está disposto a obedecer? Está pronto a pagar o
preço?
Maria obedeceu prontamente e esta deve ser a
atitude não apenas das mães, mas de todos nós hoje.
Maria respondeu “eisme aqui”. E nós, qual a nossa
resposta?
“Eis aqui! Ao teu altar me entrego, eis-me aqui! Sem
vacilar me entrego, eis-me aqui”.

Solo Vocal Eis-me aqui! Ao teu altar me entrego, eis-me aqui!


“Eis-me
aqui” Sem vacilar me entrego, eis-me aqui! Ó Senhor!
Chamaste-me com afeto;
em submissão completa me rendo a ti, Senhor meu
Deus.
A decisão já feita me traz visão perfeita; agora bem
feliz sou teu.

Eis me aqui! Dirige minha vida, eis-me aqui!


Fiel serei na vida, eis-me aqui!
Ó Senhor! Serei por ti usado conforme o teu
mandado

em teus caminhos seguirei. Estranho e sem abrigo ou


num lugar amigo,
da cruz de Cristo falarei. Eis me aqui, eis-me aqui!

2º tópico Além do ajuste para obedecer, é necessário o ajuste


para o viver.
AJUSTANDO-SE PARA O VIVER.
(Jo 2.5) “Fazei tudo quanto ele vos disser”.
Jesus estava começando seu ministério. A ocasião:
uma festa. Diante de um problema surgido, Maria e ele
travam um diálogo de apenas três falas:
(1) Maria leva o problema a Jesus – “Eles não têm
vinho.”
(2) Jesus responde à sua mãe – “Mulher, que tenho
eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.”
(3) Maria se dirige aos empregados “Fazei tudo
quanto ele vos disser.”
Maria, diante do problema da falta de vinho, quis
encontrar uma solução; e assim foi informar o problema
a Jesus. A reação de Jesus não foi de rebeldia ou
grossura. Ele quis deixar claro que não era Maria quem
haveria de dizer o que ele tinha a fazer. O programa
que Deus-Pai tinha para ele, seria traçado pelo próprio
Deus. A hora de Jesus providenciar a salvação da
humanidade não era aquela; o momento de sua
glorificação não havia chegado. Maria precisava se
ajustar para uma vida inteira de obediência a Deus. A
vida de Jesus seria pautada dentro do plano de Deus e
segundo o tempo de Deus. Era preciso ajustar-se para
o viver. E Maria compreendeu aquela realidade e
ordenou a todos quantos serviam que obedecessem
completamente a Jesus.
É assim hoje. Você tem procurado agir no tempo de
Deus?

Além de acentuar a humanidade,


A FRONTE ENSANGUENTADA REALÇA A
DIVINDADE DE JESUS. O Senhor Jesus foi tratado
não somente como um condenado qualquer, mas
ridicularizado como alguém anormal. Filon conta que
em Cesaréia os soldados fantasiaram de rei um jovem
retardado e saíram pelas ruas a exibi-lo. Algumas
pessoas ao verem a cena armada para ridicularizar
Jesus podem ter pensado que se tratava de um louco.
As ações dos líderes religiosos revelavam inveja e ódio;
as ações dos judeus, indiferença e ingratidão; as ações
de Pilatos, irresponsabilidade e covardia; e as ações
dos soldados, ignorância e crueldade…

Hino 472 Não é fácil ajustar-se para um viver de submissão a


HCC vontade do Senhor. Quais os ajustes que tem que ser
1ª e 4ª feitos em sua vida para que ela possa ser inteiramente
estrofes dedicada ao Senhor?
Como o barro na mão do oleiro, precisamos deixar
que Ele nos refaça, contanto que a vontade dele seja
cumprida.
“Tua vontade faze, ó Senhor! Sou criatura és Criador.
Molda e refaze todo o meu ser, segundo as normas do
teu querer.”
Hino 472 HCC 1ª e 4ª estrofes
Tua vontade faze, ó Senhor! Sou criatura, és Criador.
Molda e refaze todo o meu ser, segundo as normas
do teu querer.
Tua vontade, boa e sem par, quero na vida realizar.
Vive, triunfa, domina, enfim!
Reina supremo, meu Deus em mim.

Mais um ajuste. E este ainda mais difícil: é o ajuste


que implica em perdas. Perder é sempre doloroso. Mas
a realidade é que se quisermos ser autênticos servos
do Senhor Jesus, precisamos estar prontos a perder.
Maria teve que se ajustar para perder.

AJUSTANDO-SE PARA PERDER.


(Jo 19.25) “E junto à cruz estava a mãe de Jesus…”
O ajuste mais difícil que qualquer pessoa tem a fazer
é no nomento de grandes perdas. Maria enfrentou uma
situação assim. Certamente não pode haver dor mais
profunda para uma mãe ou um pai do que ver o filho
morrendo. Maria estava junto a cruz de Cristo. O filho
estava sendo brutalmente assassinado. Naquele
3º tópico
momento terrível, Maria precisava ajustar-se para
perder.
Precisamos hoje nos ajustar para perder grandes
bens a fim de que possamos receber outros maiores. O
segredo na hora do ajuste da perda é a fé em Deus.
Passamos por crises de fé, mas podemos fortalecer
nosso relacionamento com o Senhor para enfrentar
momentos difíceis.

Hino “Tem Tem fé em Deus embora sombras venham sobre o


Fé em teu viver; tem fé em Deus que a todos guarda e o
Deus” mundo ampara com poder; o Seu ouvido atento está e
da criança ouve o chorar.
Tem fé em Deus não fiques só; guardado estás por
sua mão, aos altos céus te levará. Tem fé, tem fé em
Deus, não fiques só, guardado estás por sua mão e aos
altos céus te levará,
tem fé, tem fé em Deus! Tem fé em Deus, em Deus!

O Senhor está nos desafiando agora. Precisamos


nos ajustar para obedecer, para viver e para perder.
Precisamos nos ajustar de tal modo que a nossa vida
seja sempre uma bênção nas mãos do Pai. Amém

Dia dos Pais


À semelhança do dia das mães, o dia dos pais é
bastante conhecido e explorado pela mídia. Os
pregadores precisam aprender a aproveitar melhor
esse dia quando um número maior de pais e filhos
comparece ao templo e se dispõe a ouvir o sermão.
Aqui de igual modo o segmentado se encaixa bem.

Título UM PAI DIANTE DE JESUS


Introdução Mc 5. 21-42
O que faz alguém ser um pai nota dez? Como cada
filho vê o seu pai? Fiz uma pesquisa com pré-
adolescentes, adolescentes e jovens para saber o
cada um pensava de seu pai. Os resultados foram
interessantes. À pergunta – qual a importância de seu
pai em sua vida – 100% dos pré-adolescentes e dos
adolescentes responderam que o pai é muito
importante. Já entre os jovens, 82% indicaram ser o
pai muito importante, enquanto 18% optaram ser o pai
mais ou menos importante. Outra pergunta foi
quais as qualidades que você mais admira em seu
pai? – Os pré-adolescentes viram a alegria, amizade,
amor para com a família, bondade, capacidade de ser
amigo, carinho, compreensão, educação, gosto pelo
trabalho e inteligência, como qualidades admiráveis
em um pai. Os adolescentes apontaram: carinho,
amizade, amor, capacidade para dialogar, para se
comunicar, para ser amigo, coragem, dedicação ao
trabalho do Senhor, gosto pelo trabalho, honestidade,
respeito, sinceridade e tranquilidade. Os jovens
acrescentaram outras qualidades: amor à esposa, aos
filhos e a Palavra de Deus, fé nas promessas de Deus,
força de vontade, idoneidade, inteligência, persistência
e presteza em ajudar aos necessitados. No item – o
que mais gostaria de ver em seu pai
algumas respostas merecem destaque – (pré-
adolescentes): dar mais tempo para a família, dar mais
tempo para se divertir comigo, ser um crente, ser mais
amoroso, menos exigente, menos chato.
(Adolescentes): ser mais amigo, mais companheiro,
mais compreensivo, mais participativo dos problemas
dos filhos, mais paciente. (Jovens): ser mais aberto às
mudanças, ser mais amoroso, mais carinhoso, ser
capaz de expressar amor à família, ter mais cuidado
ao tirar conclusões, dar mais atenção à família.
Que tipo de pai temos sido? O que os nossos filhos
podem dizer de nós? Todos nós queremos ser um pai
nota dez. A nossa história apresenta um pai nota dez.
Jairo, indo pessoalmente a Jesus, com uma fé
inabalável, recebeu uma resposta admirável. Quando
o pai se coloca na presença de Jesus, com fé, alcança
maravilhas.33

1º tópico
UM PAI DIANTE DE JESUS PESSOALMENTE
Apesar da dificuldade de acesso: – (v. 21): “Tendo
Jesus voltado de barco para a outra margem, uma
grande multidão se reuniu ao seu redor, enquanto ele
estava à beira do mar”.
Que dificuldades têm se apresentado em seu
caminho hoje, impedindo-o de levar pessoalmente o
problema de seu filho (filha) a Jesus?
Quando foi diagnosticada a paralisia infantil em um
dos filhos do Pastor Valdívio Coelho, não havendo
mais qualquer possibilidade na medicina, ele resolveu
passar uma noite em oração, junto com sua esposa,
pelo filho. Pela manhã, a criança estava curada. Logo
a notícia se espalhou e muitos pais e mães se
juntaram na porta da residência pastoral, para que ele
orasse por seus filhos. Pastor Valdívio mandou-lhes
um recado: – “Diga-lhes que eu não sou um
curandeiro. O que houve aqui foi que Deus atendeu a
oração de um pai e uma mãe aflitos”.
Nenhum pai deve ficar limitado a pedir aos outros
que ore por seu filho. Cada um deve ir pessoalmente à
presença do Senhor Jesus. Uma das maiores
necessidades deste tempo é de pais que levem seus
filhos diante de Jesus, em oração.
Com toda humildade – (v 22): “Então chegou ali um
dos dirigentes da sinagoga, chamado Jairo. Vendo
Jesus, prostrou-se aos seus pés”. Jairo era um dos
chefes da sinagoga, mas estava ali, prostrado na
presença de Jesus. Em Jesus, os detalhes que
destacam as pessoas desaparecem, pois ele mesmo,
sendo Deus, humildemente tornou-se homem e veio
até nós para nos salvar.
Você, pai, tem procurado a presença de Jesus e,
com toda humildade, colocado os problemas de seus
filhos?
Com um pedido insistente (v. 23): “e lhe implorou
insistentemente: “Minha filhinha está morrendo! Vem,
por favor, e impõe as mãos sobre ela, para que seja
curada e que viva”.
Ele não pede, primeiramente, a cura da filha. Ele
pede que Jesus imponha as mãos sobre ela para que
viva. Ele apresenta seu pedido a Jesus.
É o desafio para cada pai hoje: chegar à presença
de Jesus, levando os filhos para serem por ele
abençoados. Precisamos entregar os nossos filhos
aos cuidados do Senhor, precisamos dirigir a Ele a
nossa oração.

Dirijo a ti, Jesus, minha oração,


Pois tu conheces bem meu coração.
Eu venho ti adorar, mais graça suplicar.
Hino 379
Oh, vem me abençoar, vem, santo Deus.
HCC
1ª e 3ª Dirijo a ti, Jesus, minha oração, A ti que amparo és
estrofes em aflição.
Oh, vem me consolar, oh, vem me confortar, Em mim
vem habitar, ó Redentor.

2º tópico UM PAI DIANTE DE JESUS COM UMA FÉ


INABALÁVEL
Capaz de persistir em ficar ao lado de Jesus, em
meio à multidão – (v.24): “Jesus foi com ele. Uma
grande multidão o seguia e o comprimia”.
Capaz de não desistir diante da aparente mudança
de rota – (v. 25-34): Uma mulher com um grave
problema de saúde, sem mais qualquer esperança de
melhora, veio e tocou nas vestes de Jesus, com o
pensamento que, se tão somente o tocasse ficaria
curada. Jesus parou para identificar a mulher. Ao
sentir que dele saíra poder, quis saber quem havia
tocado às suas vestes. Naturalmente isso levou algum
tempo, até que a mulher se aproximou, prostrou-se
aos pés de Jesus e, tremendo de medo, contou-lhe o
que acontecera. E Jesus enfatizou que ela, curada
pela fé, seguisse em paz, livre daquele sofrimento.34
Quantas vezes nos impacientamos por acharmos
que o Senhor está demorando em atender… Uma fé
inabalável nos faz esperar pacientemente, mesmo
quando parece que o Senhor está tardando em nos
responder.
Davi falou de experiência (Sl 40.1): “Coloquei toda
minha esperança no Senhor; ele se inclinou para mim
e ouviu o meu grito de socorro”. A tradução Melhores
Textos traz:: “Esperei com paciência pelo Senhor e ele
se inclinou para mim e ouviu o meu clamor”
Temos sido pacientes em esperar a resposta do
Senhor?
Capaz de não desesperar quando tudo parece
perdido. O tempo que Jesus despendeu na
parada não programada, para dar atenção à
mulher, pareceu ser fatal – (v. 35): “Enquanto
Jesus ainda estava falando, chegaram algumas
pessoas da casa de Jairo, o dirigente da
sinagoga. “Sua filha morreu”, disseram eles. “Não
precisa mais incomodar o mestre!”.
Como você reagiria em uma situação assim?

Cântico Só de ouvir tua voz e sentir teu amor,


“Doce só de pronunciar o teu nome
Nome” Os meus medos se vão minha dor, meu sofrer
pois de paz tu inundas o meu ser.
Jesus, teu doce nome que transforma em
alegria o meu triste coração
Jesus, só o teu nome é capaz de dar ao Homem
Salvação
UM PAI DIANTE DE JESUS
COM UM RESULTADO ADMIRÁVEL
Não fazendo caso da terrível notícia da morte da
menina, Jesus disse ao pai que não tivesse medo,
mas fé: “Não tenha medo; tão-somente creia” (v.
35).
Somos capazes de crer, nos momentos de
grandes dificuldades?
Jesus seguiu apenas com Pedro, Tiago e João (v.
37). Na casa havia grande alvoroço, com o povo
chorando em voz alta (v. 38). Jesus chega e se
dirige ao povo com uma pergunta e uma
afirmação aparentemente ingênuas: “Por que todo
este alvoroço e lamento? A criança não está
morta, mas dorme” (v. 39). A reação de todos foi
rir de Jesus. Mas o Mestre, ordenando que todos
saíssem, foi com o pai e a mãe da criança e com
3º tópico
os discípulos que o acompanhavam, até onde a
criança estava (v. 40); diante daquele corpo sem
vida, ele ordenou: “menina, eu lhe ordeno,
levante-se!” (v. 41). No mesmo instante ela se
levantou e, para espanto de todos, passou a
andar (v. 42).
Maravilhas admiráveis acontecem quando um pai
se coloca diante de Jesus, buscando ajuda para
seus filhos. No salmo 103, Davi fala do Deus que
perdoa todos os pecados e cura todas as
doenças, que resgata a vida da sepultura e nos
coroa de bondade e compaixão, que enche de
bens a existência, renovando a juventude como a
águia (v. 3-5). Ele descreve o Deus compassivo e
misericordioso, paciente e cheio de amor, como
um pai bondoso que ama a seus filhos e deles se
compadece (v. 8,13).

Hino “Qual
Pai Qual pai bondoso ama a seus filhos, Deus se
Bondoso” compadece,
Deus se compadece dos que o temem.
Qual pai bondoso ama a seus filhos, Deus se
compadece,
Deus se compadece dos que o temem.
Voltemos à pergunta inicial:
O que faz alguém ser um pai nota dez?
Jairo, o nosso personagem nos dá a resposta. Ele
Conclusão esteve pessoalmente diante de Jesus, com uma fé
inabalável, alcançou um resultado admirável. Jairo foi
um pai nota dez. E esse é o desafio para todos nós,
pais, hoje. E para sermos pais aprovados, precisamos
viver diante do Senhor, precisamos viver pela fé.

Cada vez que a minha fé é provada


Tu me das a chance de crescer um pouco mais
As montanhas e vales, desertos e mares
Que atravesso me levam mais perto de Ti.
Minhas provações não são maiores que o meu Deus
E não vão me impedir de caminhar
Cântico
Se diante de mim não se abrir o mar
“Rompendo
Deus vai me fazer andar por sobre as águas.
em Fé”
Rompendo em fé, minha vida se revestirá do Teu
poder
Rompendo em fé, a cada dia vou mover o sobrenatural
Vou lutar e vencer, vou plantar e colher
A cada dia vou viver rompendo em fé

O leque de opções de segmentados para as


diferentes ocasiões é vastíssimo. A inspiração e a
criatividade do pregador e do ministro de música,
aliadas ao bom senso, serão determinantes. Mesmo
nos cultos de formatura, onde há um maior número
de pessoas não crentes, ainda assim o modelo
segmentado poderá ser usado, desde que os hinos e
cânticos a serem entoados estejam entre os mais
fáceis e mais conhecidos para que os visitantes
também tenham a possibilidade de cantar.
No próximo capítulo veremos como os sermões
segmentados são também uma forma a ser pregada
para diferentes grupos.
7
Segmentados para
diferentes grupos

Independendo da faixa etária,


da menor idade à melhor idade,
todo povo que tem prazer em cantar,
participa alegremente do sermão segmentado.
Pregar para diferentes grupos nem sempre é
tarefa fácil. À semelhança dos sermões para
ocasiões especiais, há grupos que demandam
sermões mais específicos e, consequentemente,
suas ideias nem sempre são facilmente encontradas.
O sermão segmentado é um recurso disponível que
provê variedade e alcance, independendo do grupo
que temos como ouvintes. Os exemplos aqui
compartilhados vão desde o público infantil até aos
ouvintes mais experientes.
Adolescentes
A mensagem para adolescentes precisa ser clara
e objetiva, com um esboço que facilite a
apresentação deixando o pregador livre para uma
comunicação mais dinâmica. O modelo apresentado
está em forma de esboço, necessitando de mais
desenvolvimento para ser pregado. Dos três tópicos,
o terceiro é o que está mais desenvolvido.
Para pregar este sermão será necessário mais
pesquisa no texto básico, para prover a adequada
explanação, seleção de mais ilustrações, dentro do
assunto e um mapeamento estabelecendo o lugar da
aplicação ao longo da mensagem.

Título MISSÃO RESGATE


Introdução 1Pd 1.18,19
1º tópico De todas as missões resgate, a mais arriscada,
corajosa e cara foi a da nossa salvação. Ela foi a razão
da vinda de Jesus ao mundo (Lc 19.10). Esta missão,
com tão elevado preço, conquistou a salvação para nós
e nos deu a garantia da liberdade.
MISSÃO RESGATE COM UM ALTO PREÇO
(v. 18): “Porque vocês sabem o preço que foi pago
para livrálos da vida inútil que herdaram de seus
antepassados”.
O preço mais valioso jamais pago
Foi o alto preço da vida do Filho de Deus, dada na
cruz do Calvário.
(v. 18) “mais precioso que o ouro…”
O preço mais valioso que um pai podia pagar
(1Jo 4.10a): “Nisto consiste o amor: não em que nós
tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou….
O preço mais valioso para nos oferecer o presente
mais precioso: (1Jo 4.10b): “…e enviou seu filho
como propiciação pelos nossos pecados”

Hino 169 Oh, que amor glorioso!


HCC Preço doloroso!
estribilho Cristo lá na cruz por mim pagou!
Sua imensa graça me mostrou.
O preço que Cristo pagou foi suficiente para nos dar
uma liberdade completa. Só nele podemos ser
plenamente livres:

2º tópico MISSÃO RESGATE COM A GARANTIA DA


LIBERDADE
(v.19): “Vocês foram libertados pelo precioso
sangue… de Cristo”.
Que vem pelo conhecimento da verdade
“E conhecerão a verdade e a verdade os libertará”
(Jo 8.32)
Que se torna realidade por meio de Jesus, o Filho
de Deus “Se o Filho os libertar, vocês de fato serão
livres” (Jo 8.36).
Que faz a diferença no nosso viver
“Se alguém está em Cristo é nova criação. As
coisas antigas já passaram; eis que surgiram
coisas novas” (2Co 5.17).
O mundo está cheio de escravos, mas nós já não
somos mais escravos; não somos dependentes dos
vícios, das drogas… Somos livres por Jesus. Ele levou
o nosso castigo.

Nosso castigo Jesus levou, veio nos libertar.


Tudo na cruz ele consumou para nos resgatar.
Quem dentre os homens já compreendeu
Hino 114
todas as dores que sofreu,
HCC 2ª e
a condição em que morreu para nos resgatar?
estr. e
estrib. Glória, glória demos ao Salvador, glória,
glória por seu imenso amor.
Glória, glória! Temos a paz com Deus.
Glória, glória, vamos cantar nos céus.
3º tópico MISSÃO RESGATE COM UM PROPÓSITO:
UMA VIDA DE QUALIDADE
“Agora que vocês já se purificaram pela
obediência à verdade e agora que já têm um amor
sincero pelos irmãos na fé, amem uns aos outros
com todas as forças e com um coração puro.” (1Pd
1.22 NTLH):
Marcada pela identificação com Cristo
“Vocês o amam mesmo sem o terem visto, e creem
nele” (1Pd 1.8 NTLH).
Sem Cristo não há vida de qualidade.
Autenticada pela alegria
”Vocês têm essa alegria porque estão recebendo a
sua salvação que é o resultado da fé que possuem”
(1Pd 1.9 NTLH):
Em João 16.22 Jesus afirma que a nossa alegria
ninguém pode tirar.
Só em Jesus Cristo temos alegria completa.
Comprovada pela obediência
“Vocês já se purificaram pela obediência à
verdade…” (1Pd 1.22a – NTLH).
“Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando”
(Jo 15.14).
Quem ama a Jesus tem prazer em obedecer a sua
palavra.
Evidenciada pelo amor
“… e já têm um amor sincero pelos irmãos na fé,
amem uns aos outros com todas as forças e com um
coração puro” (1Pd 1.22b NTLH).
“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque
Deus é amor” (1 Jo. 4.8).
E a qualidade de vida que só encontramos em Jesus
nos faz irmãos.

Cântico: Eu sei que foi pago um alto preço


“Alto para que contigo eu fosse um, meu irmão,
Preço” quando Jesus derramou sua vida ele pensava em ti,
ele pensava em mim, pensava em nós.
E nos via redimidos por seu sangue,
lutando o bom combate do Senhor;
lado a lado trabalhando, sua igreja edificando
e rompendo as barreiras por amor;
e na força do Espírito Santo nós proclamamos aqui
que pagaremos o preço de sermos um só coração no
Senhor;
e por mais que as trevas militem e nos tentem separar,
com os nossos olhos em Cristo unidos iremos andar.
Na cruz, Cristo pagou um alto preço para concretizar
a missão resgate que nos liberta e nos garante
qualidade de vida. Diante desse fato devemos nos unir
Conclusão a Ele, assumindo um compromisso de viver para o
louvor e a glória do Seu nome. Só assim nossa atitude
será de completo reconhecimento e gratidão. Deixe que
Jesus seja o Senhor da sua vida. Amém.

Minha vida, todo ser quero-lhe consagrar.


Ao seu lado vou viver, o seu amor cantar
Hino 462 e a mensagem transmitir aos que perdidos são.
HCC (2ª Vou ao meu Senhor servir, com gratidão.
est e Cristo me amou e me livrou. O seu imenso amor me
estrib.) transformou.
Foi seu poder e seu querer, Cristo meu Salvador, me
libertou.

Anciãos
Um culto com o pessoal da terceira idade é uma
oportunidade rara para a pregação da Palavra. Eles
geralmente são atenciosos e bem dispostos a ouvir.
A mensagem deve considerar o momento que
vivem, alguns questionando os seus valores. O
exemplo apresentado a seguir enfoca a garantia do
bem maior. O fato de estar segmentada lançando
mão de todo um hino e apenas uma estrofe e
estribilho de outro hino facilita a participação
congregacional.

Título A GARANTIA DO BEM MAIOR


Mc 9.36
“Que aproveita ao homem ganhar o mundo
inteiro e perder a sua vida? Que daria um homem
em troca de sua vida?”
Duas perguntas. Duas profundas perguntas que nos
levam a pensar. Ainda que alguém possa ter ajuntado a
Introdução maior fortuna, nada pode fazer se perde a vida. Não há
bem maior que a vida. Não há tesouro maior que a
certeza da vida eterna, com Deus; não há tesouro maior
do que sabermos que o Senhor está cuidando de nós.
Tendo certeza de haver alcançado esse bem maior
vivemos plenamente felizes e cantamos: sempre,
sempre seguirei a Cristo.

Ao vale calmo irei tranqüilo com Jesus,


onde as flores brotam, a levar a minha cruz.
Hino 469 Por qualquer lugar eu seguirei meu Salvador,
HCC 1ª protegido sempre pelo seu amor.
estr. e Sempre, sempre seguirei a Cristo,
estrib. seja por onde for, eu o seguirei.
Sempre, sempre seguirei a Cristo,
seja por onde for, eu o seguirei.
1º tópico GARANTIMOS O BEM MAIOR CONSIDERANDO
A VONTADE DE DEUS
Jesus começava a falar aos seus discípulos sobre
sua morte (31); Pedro não podia admitir que o Calvário
fizesse parte do itinerário do Mestre. Mas a cruz era
plano de Deus. Sem cruz o mundo estaria
completamente perdido; sem cruz não haveria escape.
A partir da cruz o mundo encontraria esperança e o sol
brilharia mais bonito após a tempestade…
Depois que Jesus falou do sofrimento que haveria de
enfrentar, Pedro reprovou o que ele havia dito. Jesus o
repreendeu (32): “arreda-te, Satanás, porque não
cogitas das coisas de Deus.”
Estamos meditando nas coisas de Deus?
Procuramos compreender o que Ele tem para nós?
Buscamos fazer a vontade dele? Estamos prontos a
sofrer por ele?

Ao vale escuro irei tranquilo com Jesus


onde as tempestades sempre cobrem a luz.
Hino 469 Minha mão na sua, eu prossigo sem temor;
HCC 2ª com Jesus ao lado eu ando com vigor.
estr. e Sempre, sempre seguirei a Cristo,
estrib. seja por onde for, eu o seguirei.
Sempre, sempre seguirei a Cristo,
seja por onde for, eu o seguirei.
2º tópico GARANTIMOS O BEM MAIOR DESCARTANDO
VALORES TRANSITÓRIOS
Há valores eternos e valores efêmeros, passageiros,
transitórios. Jesus disse:
(vv 34 e 35): “Quem quiser vir após mim, a si
mesmo se negue, tome cada dia a sua cruz e siga-
me. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e
quem perder a sua vida por causa de mim e do
evangelho, salva-la-á.”
Descarte é palavra do momento. Vivemos a era dos
descartáveis. Descartamos copos, pratos, talheres,
barbeadores, roupas, lentes… Mas há muita coisa que
precisamos descartar e nem sempre fazemos… No
programa de qualidade total (adaptado pelo SEBRAE) o
primeiro passo é o descarte. É preciso jogar fora tudo o
que não tem real utilidade; é preciso desfazer-se de
tudo o que está atrapalhando.
O que pode está atrapalhando sua vida? O apego
exagerado aos valores passageiros pode prejudicar a
garantia do bem maior (vv 34 e 35). Precisamos estar
prontos a seguir a Cristo em qualquer circunstância,
deixando que Ele seja o bem maior no nosso viver.
Assim podemos cantar: “Por onde quer que for, Jesus,
te seguirei; entoando alegres melodias irei”.

Por onde quer que for, Jesus, te seguirei;


entoando alegres melodias irei.
Hino 469 Teu caminho em segurança sempre vou trilhar,
HCC 3ª e, por fim, irei entrar no céu, meu lar.
estr. e Sempre, sempre seguirei a Cristo,
estrib. seja por onde for, eu o seguirei.
Sempre, sempre seguirei a Cristo,
seja por onde for, eu o seguirei.
3º tópico GARANTIMOS O BEM MAIOR CONFESSANDO
QUE JESUS É O SENHOR
Jesus falou de uma dura realidade (v 38 BLH): “Se
alguém tiver vergonha de mim e dos meus
ensinamentos, nesta época de incredulidade e
maldade, então o Filho do Homem terá vergonha dele
também quando vier na glória de seu Pai.”
Onde nos situamos? Estamos confessando que
Jesus é Senhor? Há muitas pessoas que estão vivendo
tão distantes de Jesus, como se Ele nunca tivesse
existido. # Jesus contou a parábola do rico louco: “Esta
noite te pedirão a tua alma e o que tens preparado,
para quem será?”
A sua vida, tudo quanto você está ajuntando e
preparando para quem será?
Paulo falou que todos homens um dia haverão de
confessar que Jesus é Senhor (Fl 2.10,11): “Para que
ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão
no céu, na terra e debaixo da terra e toda a língua
confesse que Jesus Cristo é Senhor para a glória de
Deus Pai.”
Você que ainda não assumiu um compromisso com
Jesus, confesse-O como Senhor e Salvador de sua
vida. Diga: Jesus é precioso para mim. E todos nós,
juntos, firmemos o propósito de jamais nos
esquecermos de que ele é o nosso bem maior; ele é
precioso.

Precioso é Jesus para mim!


Precioso é Jesus para mim!
Hino 456 Celeste prazer é Jesus conhecer!
HCC Precioso é Jesus para mim!
estrib. e Firmado em Jesus eu terei, no final,
4ª est. futuro de glória na vida eternal.
Feliz viverei já liberto do mal;
precioso é Jesus para mim
A fórmula é simples: Considerar a vontade de Deus,
descartar valores transitórios e confessar que Jesus é
Senhor. Assim, seguindo sempre a Jesus e
reconhecendo o quanto ele é precioso para nós,
Conclusão
garantir o bem maior.
Viva em comunhão com Jesus; Entregue sua vida a
ele, deixe que ele se torne o seu Salvador e Senhor.

Crianças
Uma boa mensagem para crianças precisa de
algumas características nem sempre encontrada nos
demais sermões: deve ser uma história bíblica,
apresentada com informalidade, simplicidade,
clareza e síntese. E aqui também o modelo
segmentado pode ajudar o pequeno público a ficar
atento, participando entre os segmentos. O exemplo
a seguir é apresentado apenas em forma de esboço,
mais como ideia a ser desenvolvida.

Título PODEMOS VER O AMOR DE JESUS


Mc 10.13-16
De que modo o amor de Jesus pode ser visto? Como
você pode ver o amor de Jesus em sua vida? A Bíblia
conta a história de um encontro de Jesus com as
crianças. Jesus ama muito a todas as pessoas e, de
Introdução modo especial, ama muito a todas as criancinhas.
E quando a gente lembra do grande amor de Jesus
pelas crianças, pensa, também, que Ele um dia foi
criança. Você já pensou nisso? Jesus foi uma
criancinha como você. É por isso que a gente canta:
“Jesus foi criança como eu. Jesus foi criança como eu”.

Jesus foi criança como eu.


Jesus foi criança como eu.
Hino 110 Ele as criancinhas muito compreendeu
HCC porque foi criança como eu.
estrib. e Quando as mães quiseram ver Jesus,
2ª estr. seus filhinhos ele abençoou.
“Que venham as crianças”, ele respondeu
porque foi criança como eu.
1º tópico Pois é, Jesus foi criança, como vocês, e, depois que
cresceu, mostrou o seu amor
CONSERVANDO AS CRIANÇAS AO LADO DELE
(V 13): Alguns traziam crianças a Jesus para que ele
tocasse nelas, mas os discípulos os repreendiam.
Talvez as pessoas grandes que seguiam Jesus
achassem que ele estava ocupado demais para dar
atenção às crianças.. Vocês já devem ter ouvido algo
assim: “Saiam daí, meninos, isso não é lugar para
criança ficar”. Mas acontece que o melhor lugar para
qualquer pessoa ficar é ao lado de Jesus. Os discípulos
estavam repreendendo os pais e mães que levavam
seus filhos a Jesus, mas o Filho de Deus tinha muito
amor para dar a todos aqueles meninos e meninas que
ali se encontravam.
Essa é uma grande lição: Jesus tem amor por todos
nós. Ele tem um especial amor pelas crianças. Foi por
todos nós que ele morreu, para nos dar perdão e
salvação. É por isso que cantamos: “Cristo tem amor
por mim: sei que a Bíblia diz assim. Por crianças como
eu numa cruz Jesus morreu”. Vamos cantar bem bonito!

Hino 173 Cristo tem amor por mim: sei que a Bíblia diz assim.
HCC 1ª Por crianças como eu numa cruz Jesus morreu.
estr. e Cristo me ama! Cristo me ama!
estrib. Cristo me ama! A Bíblia diz assim
2º tópico Cristo me ama! Cristo me ama! Não pode haver nada
melhor do que saber que podemos ver o amor de
Jesus. E nós podemos ver o amor de Jesus
conservando as crianças ao lado dele e
RECEBENDO CARINHOSAMENTE AS CRIANÇAS
Jesus ficou zangado com os adultos que quiseram
tirar as crianças de perto dele. O que ficou escrito
nessa história foi: “Quando Jesus viu isso, ficou
indignado e lhes disse: “Deixem vir a mim as crianças,
não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos
que são semelhantes a elas” (v, 14).
“Deixem vir a mim as crianças”. Que coisa boa! Jesus
estava dizendo: eu quero os meninos e as meninas
perto de mim”. Isto significa que Jesus quer você ao
lado dele. Ele veio a este mundo para nos buscar e
salvar. O seu lugar é ao lado de Jesus e ninguém tem o
direito de afastar você de Jesus. Preste bem atenção:
ninguém tem o direito de tirar você da presença de
Jesus.
Esta história é tão linda que nós cantamos: “Jesus
recebeu e abençoou as criancinhas com amor. Vamos
cantar?

Jesus recebeu e abençoou as criancinhas com amor;


nos braços tomou e abençoou as criancinhas com amor
Hino 609 Os meninos, as meninas, são levados a Jesus;
HCC 1ª e pequeninos, tão felizes, abençoados por Jesus.
2ª estr .e
Ele quer receber e abençoar crianças de hoje com
estrib.
amor;
Jesus quer tomar e abençoar crianças de hoje com
amor.
3º tópico Que Jesus maravilhoso que conserva as crianças ao
lado dele e as recebe com tanto amor. E nós podemos
ver o amor de Jesus
VALORIZANDO E ABENçOANDO AS CRIANçAS
Ele deu uma importância tão grande àquelas meninas
e meninos! Sabem o que ele disse? Ele falou: “Digo-
lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus
como uma criança, nunca entrará nele”. Jesus estava
ensinando aos seus discípulos que ser grande no
tamanho só não é tudo; é preciso viver diante de Jesus
com um coração sincero. É preciso ser bom diante de
Deus.
Jesus abençoou aquelas crianças. A história diz que
Jesus “tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as
mãos e as abençoou” E ele ainda hoje continua
abençoando todos vocês. Como é bom podermos
receber a bênção de Jesus. Mas para isso é preciso
que fiquemos perto dele. Lembram que ele foi criança
como vocês? Qual tal cantarmos outra vez?

Hino 110 Jesus foi criança como eu. Jesus foi criança como eu.
HCC Ele as criancinhas muito compreendeu porque foi
“Jesus foi criança como eu.
criança Aos que o seguiram ensinou,
como eu” “se alguém quiser chegar ao céu,
(estrib. e tal qual uma criança deve se tornar
3ª est.) porque foi criança como eu.
Que coisa boa podermos ver o amor de Jesus!
Vamos nos lembrar de como podemos ver o amor de
Jesus nessa história: (1º) Conservando as crianças ao
lado dele; (2º) recebendo carinhosamente às crianças e
(3º) valorizando e abençoando as crianças. Jesus nos
Conclusão ama tanto, tanto que a gente até se lembra de um hino
que diz assim: “Das maravilhas que a Bíblia contem eis
a mais linda: Jesus me quer bem. Chego-me a ele
ninguém me detém, quando me lembro de que me quer
bem”. Vamos cantar bem bonito!

Das maravilhas que a Bíblia contem eis a mais linda:


Jesus me quer bem.
Chego-me a ele ninguém me detém, quando
Cântico me lembro de que me quer bem.
“Jesus me
Ó que prazer Jesus me quer bem, sim,
quer bem”
me quer bem a mim também.
Ó que prazer Jesus me quer bem, sim, me quer bem,
Jesus.
Observe que esta mensagem, apesar de sua
estrutura formal com três tópicos, tem toda
característica de informalidade que a comunicação
para crianças requer. A linguagem utilizada é bem
infantil, à altura do público alvo principal do discurso.
Também evitou-se aqui pregar para as crianças e os
pais ao mesmo tempo. Muitas vezes os pequeninos
perdem a atenção antes do término porque em
determinados pontos passamos a nos dirigir aos
pais. Pregando para crianças devemos ter em mente
que tudo quanto dissermos deve ser bem claro e
com o foco a elas direcionado.
Músicos
Nada melhor que pregarmos sermões
segmentados para os músicos. geralmente eles têm
grande apreciação por essa forma. Este segmentado
foi pregado em um encontro de músicos e serve
como modelo para ocasiões que os reúnam. Tem
sua base na experiência de Paulo e Silas, na prisão
em Filipos.

Título UM DUETO À MEIA-NOITE


Introdução At 16.25
“À meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam
hinos a Deus, enquanto os outros presos
escutavam”.
Meia noite… Meia noite que diz não apenas que o dia
está terminando: meia noite símbolo de problemas e
adversidades. Meia noite tem a ver com a noite
interminável muitas vezes enfrentada; meia noite de
sofrimentos, dificuldades, dissabores; meia noite
marcada pelo silêncio, interrompido apenas pelo tic-tac
do relógio que parece ter parado o tempo; meia noite
quando é mais fácil calar, mais fácil mesmo chorar;
meia noite quando é difícil cantar.
Em plena meia noite escura, marcada por dissabores,
um hino foi ouvido. A noite tinha tudo para ser uma das
mais tristes da história, mas o dueto nela cantado, fez
com que precocemente, independendo do relógio,
viesse o amanhecer.
Paulo e Silas, cantando à meia noite, viveram a
alegria do amanhecer. Quando cantamos à meia noite
vivemos a alegria do amanhecer.
CANTAR À MEIA NOITE É FAZER MÚSICA
1º tópico
APESAR
Para Paulo e Silas mais fácil mesmo era chorar que
cantar. Cantar apesar, apesar de, não é fácil. É fácil
fazer música “por causa de”, ou, “porque”; fazer música
por causa das bênçãos: meu trabalho está em franco
progresso; conto com todo apoio do meu pastor, minha
igreja vibra com a música, há sucesso na escola de
música, conto com bons músicos, minha igreja tem
visão em música, e ainda, para completar as bênçãos,
recebo um bom salário.
O fazer Música Sacra, no entanto, não deve basear-
se no por causa de ou no porque. Há momentos
quando parece não se ter tantas bênçãos a
compartilhar, quando nem sempre o trabalho realizado
está em franco progresso, o músico trabalha com um
pastor que não apoia a música; a igreja não vibra como
deveria, com a boa música; a escola de música está
longe de ter o êxito almejado; a igreja ainda não tem
bons músicos; não há a visão da importância da
música; o salário do músico não é um sustento
condigno.
O desafio que nos motiva no trabalho do Senhor é o
de promovermos sua música independendo das
circunstâncias. E, parafraseando o profeta Habacuque,
afirmarmos:
Ainda que não me pareça ter tantas bênçãos a
compartilhar, nem o meu trabalho esteja em franco
progresso; ainda que o pastor não me dê o apoio
que eu gostaria de receber, nem a igreja vibre com
a boa música; ainda que os resultados da escola
de música estejam longe do esperado e eu não
conte com bons músicos para me ajudar em meu
ministério, ainda que minha igreja não tenha uma
visão da importância do meu trabalho,e eu não
receba um sustento condigno; todavia, eu me
alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha
salvação e farei música para sua honra e glória.
Vale a pena considerarmos o desafio apresentado na
letra deste belo hino:
“Cante a canção quando a noite chegar;
quando em aflição ou em provação;
fácil é cantar quando brilha o sol.
Podes tu cantar quanto o mal surgir?”
Não é fácil cantar um hino à meia noite; cantar
servindo a uma igreja que não quer cantar hora
nenhuma; servindo sem um sustento condigno; sem
recursos, ou, ainda pior, sem visão, sem compreensão,
sem valorização do trabalho, sem compromisso, sem
fé!
Mas, O dueto à meia-noite nos desafia a fazermos
música apesar: “por mais triste que seja o dia ou a noite
sem terminar”, ainda assim, cantemos em louvor ao
Maravilhoso Cristo que nos ensina a cantar e põe nos
nossos lábios um canto de força, coragem e fé.
Por mais triste que seja o dia, ou a noite sem
terminar,
Hino 303
quem em Cristo Jesus confia, ainda cantará.
HCC
1ª estr. e Maravilhoso Cristo, ele ensina minha alma a cantar:
estribilho um canto de força, coragem e fé, ele ensina minha alma
a cantar.

2º tópico “À meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos


a Deus…”
CANTAR À MEIA NOITE É CANTAR PARA FORÇAS
RENOVAR
A história registra outra meia noite vivida por
músicos.Cronologicamente, talvez mais meio dia que
meia noite; entretanto, os problemas e angústias
tornaram aquele momento não só em uma meia noite,
mas uma meia noite sem música. Os músicos israelitas
estavam assentados junto aos rios da Babilônia; as
recordações de Sião os faziam chorar; suas harpas
estavam penduradas nos salgueiros… e por mais que
lhes fosse solicitado cantar um dos hinos de Sião, não
houve música.
Ninguém foi capaz de tanger as cordas das harpas
longe da terra natal. Quando músicos crentes não
cantam em oração, não buscam ao Senhor, não tangem
suas harpas, continuam tristes e frustrados. Certamente
esta é a razão da música que, apesar de rotulada de
sacra, não tem qualidade, não tem mensagem, não tem
conteúdo, não tem vida, não tem força, não tem alegria.
Na vida cristã a oração deve preceder a canção.
Quando cantamos e oramos ou, melhor, quando
cantamos orando, nossa música chega ao trono da
graça e o Senhor se inclina para nos ouvir. Se a música
não acontece no contexto ou no propósito da adoração
não pode ser considerada sacra.
Paulo e Silas tinham sido presos injustamente,
presos por fazer o bem; haviam sido arrastados até a
praça e, na presença dos magistrados, depois de
caluniados e ultrajados, com as vestes rasgadas, foram
açoitados. A história registra que foram muitos açoites,
com varas; e depois de tão cruelmente açoitados, foram
lançados na prisão… Eles estavam no desconforto de
um cárcere de segurança máxima, com os pés presos
ao tronco. Mas, ainda assim, em meio ao desconforto,
humilhação e sofrimento, cantaram.
Paulo e Silas podiam ter ficado em silêncio, mas
cantaram um hino à meia noite, renovando as forças no
Senhor e, enquanto oravam e cantavam, Deus agiu:

(v. 26): “De repente, sobreveio um terremoto com tal


intensidade que se abalaram os alicerces do cárcere,
imediatamente abriram-se todas as portas, e os grilhões
de todos soltaram-se.”
Não dá para imaginar as maravilhas que Deus quer
realizar em nossas vidas e ministérios. Os problemas
da noite se transformam nas bênçãos do amanhecer, as
dificuldades em facilidades; as limitações em
realizações e as tristezas em alegrias. Finda o choro da
noite e vivemos a alegria do amanhecer! Deus age
quando cantamos à meia noite!
O dueto à meia noite nos desafia a buscar forças no
Senhor, forças através da oração.

Hino 374 Ao orarmos, Senhor, vem encher-nos com teu amor


HCC pra esquecermos do mundo as pressões
e aquecermos os nossos corações.
Nossas vidas vem, pois, transformar
e vigor para a alma nos dar.
Que outros venham de todo o lugar
tua graça conosco suplicar.
CANTAR À MEIA NOITE É CANTAR PARA LOUVAR
“À meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos
a Deus.”
Há muita gente fazendo música para entretenimento,
para embalo, para a satisfação pessoal, para exibição…
Com que propósito estamos fazendo música em nossas
igrejas?
Qual a razão de ser da sua música? Na vida cristã,
cantar só por cantar não dá; devemos cantar para a
Deus louvar. Paulo e Silas não estavam simplesmente
3º tópico cantando, eles cantavam hinos de louvor a Deus.
Que tipo de música fazemos na atualidade? Que tipo
de música apresentamos em nossas igrejas? Está a
música hoje sendo feita para louvar ao Senhor? Está
sendo apresentada para agradar a Deus?
O dueto à meia-noite nos desafia a dedicarmos toda
a nossa música para a honra e glória do Senhor; a
fugirmos da autopromoção pela música; a escondermos
o nosso eu à sombra da cruz de Cristo; a só usarmos a
música que edifica e louva o Senhor; a tudo fazermos
só para a glória de Deus!

Canta, minha alma! Canta ao Senhor!


Hino 417 Rende-lhe sempre ardente louvor!
HCC Canta, minha alma! Canta ao Senhor!
estribilho Rende-lhe sempre ardente louvor!

CANTAR À MEIA NOITE É, TAMBÉM,


FAZER MÚSICA PARA PROCLAMAR
4º tópico
“À meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos
a Deus, enquanto os outros presos escutavam”.
Nunca a música foi tão importante; mais que
importante, necessária; e mais que necessária,
indispensável, quanto na atualidade.
Se Paulo e Silas há quase dois mil anos usaram a
música para a proclamação do Evangelho, no momento
atual, marcado pela praticidade e pressa, a música é
veículo precioso para, junto à Palavra, proclamar a
mensagem. Não é sem razão que o sermão
segmentado é uma das formas mais aceitas em nossos
dias.
Música é arte. Das belas, a mais bela. Obviamente, o
músico é um artista; entretanto o músico chamado pelo
Senhor, mais que um artista é um arauto das Boas
Novas; não está apenas se realizando com a música,
mas fazendo música para honrar e agradar ao Senhor
que o chamou, está cantando para proclamar o nome
do Senhor!
Há, no trabalho do artista, o binômio criatividade e
exibição. Sabemos, todavia, que no culto o artista não
trabalha para exibir sua arte, ou cria para sua promoção
pessoal; ao contrário, tudo quanto faz é para a glória de
Deus, para se dar completamente e encontrar
realização plena no encontro com o Transcendente.
Tem sido assim hoje? Tem sido assim no trabalho que
realizamos?
Podemos imaginar a alegria de Paulo e Silas com os
resultados do dueto missionário naquela meia-noite: O
impacto da mensagem da música e do modo
maravilhoso como Deus agiu, ensejou a sintetização da
mensagem: (At 16.31): “Crê no Senhor Jesus e serás
salvo”. E assim o carcereiro e seus familiares
assumiram um compromisso com Jesus, aceitando-o
como Senhor e Salvador pessoal.
A importância do trabalho do músico na Igreja hoje é
indescritível. Se alguém quiser atrofiar uma igreja, tire-
lhe a música. A igreja que canta alegremente, que
canta a música do Senhor, que canta a meia-noite, para
a honra e a glória do Senhor, é uma igreja viva, uma
igreja alegre, uma igreja que proclama, uma igreja que
agrada ao Senhor.

Nunca houve alguém tão culpado, infeliz, sem ter paz


e luz, que não fosse ao bom Deus levado, por meio de
Hino 303
Jesus
HCC
3ª estr. e Maravilhoso Cristo, ele ensina minha alma a cantar:
estribilho um canto de força, coragem e fé, ele ensina minha alma
a cantar.

4º tópico Mais um destaque neste dueto cantado à meia noite:


CANTAR À MEIA NOITE É FAZER MÚSICA
PARA UM AO OUTRO AJUDAR .
“À meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos
a Deus…”
Há um fato que não agrada a Deus: o modo como
alguns músicos, educadores e pregadores
desvalorizam o trabalho do outro; a incapacidade de
muitos pregadores, educadores e músicos de formarem
um trio, de fazerem duetos e trios. Precisamos
compreender que no Reino de Deus é diferente do
mundo: não é no isolamento e na autopromoção que
está a valorização; ao contrário, o nosso trabalho é
valorizado quando aprendemos a trabalhar em equipe,
considerando os outros superiores a nós mesmos; e
aceitando o desafio de Jesus, de nos tornarmos servos.
É significativo que a música à meia-noite foi um
dueto; não foi Paulo cantando e Silas reclamando; não
foi Silas cantando e Paulo atrapalhando; não foi Paulo
cantando e Silas cochilando; não foi Silas cantando e
Paulo resmungando; não foi Paulo cantando e Silas se
levantando; não foi Silas cantando e Paulo
debandando. Se assim fora, seria duelo e não dueto…
Mas o texto é claro:
“À meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos
a Deus…”
Paulo e Silas juntos – orando e cantando –
integrados num mesmo trabalho; unidos no mesmo
propósito; juntos – orando e cantando; dizendo-nos que
é possível fazer música, sem duelo, mas num
harmonioso dueto. Estamos sendo capazes de fazer
duetos? Nossos duetos são um ato de louvor ao nosso
Deus?
Permitam-me ilustrar com minha experiência pessoal:
As maiores bênçãos que recebi do Senhor estão
relacionadas à música: O Senhor me deu uma esposa
musicista; deu-nos quatro filhos que fazem música, e
chamou dois deles para o Ministério da Música. Se o
Senhor não me deu o dom da música (do aprendizado
das técnicas musicais) deu-me o dom de juntar
palavras a melodias, num autêntico dueto na
composição de novos hinos. O Senhor tem me dado a
alegria de trabalhar com músicos e, de tanto servirmos
juntos, de tanta identificação entre as nossas atividades
– Ministério da Palavra e Ministério da Música, tenho
sido chamado de músico. Isso não me faz deixar de ser
Pastor; ao contrário, faz-me ainda mais Pastor: Pastor-
Músico, Pastor Amigo dos Músicos.
A realidade é que o Senhor não nos chama para
dividir, mas para somar forças: os nossos ministérios se
completam e o nosso Culto acontece quando não
apenas nos encontramos com o Senhor, mas quando
nos encontramos também com o próximo. É Cristo
quem nos une, é este Maravilhoso Cristo que nos faz
cantar.

Hino 303
HCC Maravilhoso Cristo, ele ensina minha alma a cantar:
estribilho um canto de força, coragem e fé, ele ensina minha alma
a cantar.
Que possamos cantar apesar, cantar para forças em
Deus buscar; cantar sempre para ao Senhor louvar,
cantar para a mensagem proclamar e cantar para aos
Conclusão outros ajudar. Músicos evangélicos, para um tempo
como este os irmãos chegaram até aqui. Que Deus nos
abençoe no Ministério da Música. Amém.

Pastores e seminaristas
Sermões segmentados são bem-aceitos nos
encontros de pastores e seminaristas. Esse grupo,
mesmo se constituindo o público de ouvintes mais
exigentes para a pregação, tem apreciado e
participado bem dessa forma sermônica. O sermão
transcrito abaixo foi pregado no Congresso dos
pastores batistas do Brasil.

Título PASTOR, UM HOMEM FIEL


Introdução At 22.10; 9.15,16; 2Tm 4.7; 2.15
“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como
obreiro que não tem do que se envergonhar e que
maneja corretamente a palavra da verdade” (2 Tm
2.15).
“Assim perguntei: Que devo fazer, Senhor?” (At
22.10). “Mas o Senhor disse a Ananias: “Vá! Este
homem é meu instrumento escolhido para levar o
meu nome perante os gentios e seus reis, e
perante o povo de Israel. Mostrarei a ele o quanto
deve sofrer pelo meu nome” (At 9.15,16). “Combati
o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.”
(2 Tm 4.7)
O que evidencia a fidelidade do Pastor? O que pode
nos tornar homens fiéis?
Paulo, o apóstolo, coloca diante de nós um grande
desafio:
“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como
obreiro que não tem do que se envergonhar e que
maneja corretamente a palavra da verdade” (2 Tm
2.15).
A indagação é pertinente: O que torna o Pastor um
homem fiel? Seria bom ouvirmos a resposta de
pastores veteranos, calejados no ministério; de
pastores experientes, engajados no ministério; de
pastores iniciantes, começando o ministério. Ouvirmos
não apenas os pastores, mas também os chamados
leigos, que, piedosa e pacientemente, nos escutam
pregando a mensagem. Ouvirmos a resposta das
esposas e dos filhos dos pastores, que conosco
convivem e nos conhecem além do púlpito. Acima de
tudo, é indispensável ouvirmos a Palavra do Senhor.
O que Deus quer de nós? O que temos feito face a
responsabilidade de ministrar em Seu nome? Como
podemos ser achados fiéis? Na divisa deste congresso
está um claro conceito de fidelidade: Para sermos
aprovados precisamos viver dignamente e pregar
diligentemente. Temos a responsabilidade de nos
apresentar, não aos homens, mas ao nosso Deus:
“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como
obreiro que não tem do que se envergonhar e que
maneja corretamente a palavra da verdade” (2 Tm
2.15).
Fidelidade no ministério é viver e falar de modo a
comunicar o amor de Cristo, persuadindo as pessoas a
seguirem o caminho da cruz. Fazendo a vontade do
Senhor, manejando bem a palavra e completando o
ministério somos fiéis.
Na vida de Paulo encontramos inspiração e desafios
à fidelidade: tudo inicia com uma entrega total:
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu
quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que
agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de
Deus, que me amou e se entregou por mim” (gl
2.20).
Isso tem a ver com a centralidade no ministério da
pregação: “ai de mim se não pregar o evangelho” (1 Co
9.16). E essa fidelidade pode ser vista na completitude
da carreira:
“combati, o bom combate, completei a carreira”
(2 Tm 4.7).
Somente fazendo a vontade do Senhor, manejando
bem sua Palavra e completando o ministério, somos
fiéis. Somos fiéis vivendo o que cantamos: “Eu quero
fazer o que queres, Senhor.”

Nem sempre será pra o lugar que eu quiser que


o Mestre me tem de mandar.
É tão grande a seara já pronta a colher,
na qual eu irei trabalhar.
Hino 482 E se por caminhos que eu nunca segui,
HCC a tua chamada eu ouvir,
1ª estr. e feliz, certo irei, dirigido por ti, a tua vontade cumprir.
estrib.
Eu quero fazer o que queres, Senhor. Por ti sustentado
serei.
E quero dizer, o que queres, Senhor, e assim meu
dever cumprirei.
1º tópico SOMOS FIÉIS FAZENDO
O QUE O SENHOR QUER QUE FAÇAMOS
“Então disse eu, Senhor, que farei?” (Atos 22.10)
Fazer a vontade do Senhor significava para Paulo
deixar seus planos e seguir um rumo completamente
oposto: ele saiu para combater a causa de Jesus, mas
caiu para levantar-se soldado de Jesus; Ele sonhou
entrar em Damasco, arrogante, levando ódio aos
cristãos, mas entrou na cidade, humilde, precisando do
amor dos cristãos; Ele planejou afastar pessoas do
caminho de Jesus, mas foi colocado no caminho para
atrair os povos a Jesus; Ele desejou chegar a Damasco
para dar ordens contra os cristãos, mas naquela cidade
teve de esperar as ordens dos cristãos.
Saulo ficou atônito. A luz do Cristo brilhou com tal
intensidade que o brilho de suas ideias desapareceu. O
líder pronto a perseguir caiu; o poder de Jesus o
derrubou do pedestal que ele mesmo construíra. Em
sua prostração Saulo ouve a identificação do Senhor:
“Eu sou Jesus a quem tu persegue”. (At 9.5); e recebe a
orientação: “Mas levanta-te e entra na cidade, onde te
dirão o que te convém fazer” (At 9.6).
O desafio de responder fielmente causa
perplexidade: Foi assim com Moisés, gideão, Isaias,
Jeremias e tantos outros. Foi assim com alguns de nós
não tencionávamos ser pastores mas os caminhos do
Senhor e os pensamentos do Senhor são muito mais
elevados que os nossos caminhos e pensamentos (Is
55.8).
Entretanto, não é só a crise da entrega. Engajados no
ministério vivemos tantas vezes o dilema entre fazer a
vontade do Senhor e nossa própria vontade. São
convites para outros pastorados… Uma cidade melhor,
uma igreja melhor, um salário maior… e quando
desejamos dizer sim, o Senhor nos diz que a resposta é
não. Outras vezes, a situação é inversa: vem o convite
para uma cidade inóspita, uma igreja sem recursos,
com um salário menor… e quando pensamos em dizer,
não, o Senhor nos diz que a resposta é sim.
Respondemos e partimos, rumo ao desconhecido, para
outra vez começar tudo, com menos condições de
liderança, menos recursos financeiros, menos
condições de trabalho, todavia felizes, na convicção de
estar no centro da vontade de Deus.
Aprendemos nas duras provas do Ministério que é
melhor ter menos condições e ser fiéis, do que ter todas
as condições possíveis, fugindo da vontade dEle. E a
vontade do Senhor é que sejamos fiéis levando a todos
as palavras de amor e perdão.

Há tantas palavras de amor e perdão que aos outros


eu posso levar, porque nos caminhos dos vícios estão
perdidos que eu devo ir buscar.
Hino 482 Senhor, se com tua presença real tu fores pra
HCC 2ª fortalecer, darei a mensagem de servo leal, com zelo,
estr. e fervor e prazer.
estrib
Eu quero fazer o que queres, Senhor. Por ti
sustentado serei. E quero dizer, o que queres, Senhor,
e assim meu dever cumprirei.

2º tópico SOMOS FIÉIS COLOCANDO A


PREGAÇÃO NO CENTRO DO MINISTÉRIO
Paulo deu completa prioridade à pregação. Deus o
havia escolhido como “um instrumento para levar o seu
nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel”
(Atos 9.15). Paulo compreendeu a importância de
proclamar a mensagem e, “logo nas sinagogas pregava
a Jesus, que este era o Filho de Deus”. (Atos 9.20).
Somos fiéis vivendo como pregadores da Palavra.
Não basta simplesmente pregar, precisamos viver como
pregadores; ter consciência da importância da
pregação; declarar, como o Apóstolo: “Aprouve a Deus
salvar o mundo pela loucura da pregação” (1 Co. 21).
“Ai de mim, se não pregar o evangelho” (1 Co 9.16).
O Pastor Valdívio Coelho afirmou: “Até dormindo
somos pregadores da Palavra. O Bendito Senhor não
falha, Ele promete e cumpre; Ele nos dará mensagem
se formos fiéis e dignos da santa vocação.”35
Somos fiéis compreendendo que fomos chamados
por Deus para ser porta-vozes, e que esta é a missão
mais importante do mundo. Tão importante que, só
podemos desempenhá-la moldados pelo Senhor,
colocados nas mãos dEle, como o barro nas mãos do
oleiro.
O Dr. Shepard declarou: “O sermão deverá ser o
instrumento eficiente nas mãos do ministro para acordar
os sentidos espirituais, dar vida aos ouvintes, criar nova
ação, cultivar a alma do povo… O sermão é o meio
principal que Deus usa para a regeneração da
humanidade… é o instrumento nas mãos do pregador
para produzir a vida”36.
Precisamos ser fiéis, pregando mensagens bíblicas.
John Stott declara: “O poder que salva não está na
sabedoria do homem, mas na Palavra de Deus; se o
pregador deseja exercer um ministério de salvação
deve pregar a Palavra de Deus.”37 É a partir da
admissão desta realidade que podemos ser fiéis
levando aos nossos ouvintes não o que gostaríamos de
lhes transmitir, mas o que o Senhor quer que lhes
transmitamos. E só podemos pregar sermões
embasados nas Escrituras conhecendo os seus ensinos
e vivendo de acordo com os seus preceitos.
Na qualidade de pregadores, somos despenseiros.
Paulo afirma: “O que se requer nos despenseiros é que
cada um seja encontrado fiel” (1 Co 4.2). A Bíblia é
nossa despensa. E como despenseiros fiéis precisamos
conhecer o que estar na despensa e de lá tirar o
alimento que salva vidas e edifica os salvos.
É através da pregação que Deus fala e precisamos
ser fiéis comunicando o que o Senhor tem para seu
povo. Precisamos ser fiéis pregando sermões
cristocêntricos, que não apenas falam do amor de
Jesus e persuadem os ouvintes a um compromisso com
Jesus, mas que são pregados de tal modo que os
ouvintes podem sentir que a própria vida do pregador
foi alcançada e transformada por Jesus.
Somos fiéis pregando com simplicidade; com o
propósito de alcançar, salvar, edificar, inspirar e jamais
impressionar. A mensagem pregada com simplicidade
alcança o ouvinte e, no Poder do Senhor, produz
resultados. J. C. Ryle, antigo Bispo de Liverpool,
afirmou: “Um dos segredos do reavivamento evangélico
da Inglaterra no século XVIII era que seus líderes
pregavam com simplicidade. (…) Eles aplicavam o lema
de Agostinho: “A chave de madeira não é tão bonita
quanto a de ouro, mas se ela abre uma porta que a
chave de ouro não consegue abrir, é muito mais útil”38.
Paulo afirmou:
A minha linguagem e a minha pregação não
consistiram em palavras persuasivas de sabedoria,
mas em demonstração do Espírito e de poder” (1
Co 2.4).
Como Ministros de Jesus precisamos ter em mente
que o ministério dEle foi uma opção pela simplicidade.
Ele fugiu da fama; proibiu que as notícias sobre seus
milagres se propagassem; fugiu para não ser aclamado
rei; não se preocupou com a retórica de seus discursos,
mas falou com simplicidade tal que os mais humildes e
iletrados puderam entender.
Não é pela prolixidade e complexidade que a
mensagem alcança, mas pela simplicidade e
objetividade em colocar tudo na linguagem do ouvinte.
Pregação bíblica é mensagem de impacto, por isso
precisamos escolher as palavras corretas para a
comunicação. Basta seguir o exemplo de Jesus.39
Somos fiéis preparando-nos, diante do Senhor, para
falar em Seu nome. John Knox adverte:
Pregador sem preparo é sacerdote infiel. E, a
não ser que o pregador tenha principiado,
continuado e terminado em oração e louvor, ele
não está preparado, por mais sábio, ‘belo’ ou
inteligente que seja seu sermão e por mais tempo e
fidelidade com que tenha labutado ao mesmo”.40
Somos fiéis pregando com a vida. Se não falarmos
com a vida, nossas palavras pouco ou nada
transmitirão. Spurgeon afirmou que, “a vida do pregador
deve ser um ímã para atrair homens a Cristo”.41
Somos fiéis pregando com coragem. Diante da
injustiça não podemos nos calar. O mundo precisa da
voz profética que denuncia o erro e aponta o pecado.
Os grandes que oprimem os pequenos e os fortes que
ameaçam os fracos precisam ouvir dos nossos lábios o
“assim diz o Senhor”.
As grandes cidades do Brasil estão abarrotadas de
menores carentes e abandonados, famílias sem teto,
trabalhadores sem salário, e pobres sem-terra… Urge
que denunciemos: a injustiça não agrada a Deus e o
plano dele é que o rico e o pobre possam se encontrar,
pois a ambos Ele fez (Pv 22.2).
Somos fiéis pregando com amor. Sem amor qualquer
pregação é como o metal que soa ou como o sino que
tine.
É somente vivendo em amor e pregando com amor
que persuadimos pessoas a um compromisso com
Jesus. O amor nos leva à completa fidelidade; motiva-
nos a seguir para o campo de trabalho indicado pelo
Senhor, dá-nos a visão e a fé de ser sustentados por
Ele e depender só dele.

Eu quero encontrar um obscuro lugar na tua seara,


Senhor, Enquanto viver, eu irei trabalhar com fé e
coragem e amor. De ti meu sustento bem sei que virá,
Hino 482
eu nada preciso temer, a tua vontade, sim, minha será:
HCC 3ª
um servo fiel quero ser.
estr. e
estrib Eu quero fazer o que queres, Senhor. Por ti
sustentado serei. E quero dizer, o que queres, Senhor,
e assim meu dever cumprirei.

3º tópico SOMOS FIÉIS COMPLETANDO O MINISTÉRIO


QUE O SENHOR NOS CONFIOU
“Combati o bom combate, completei a carreira,
guardei a fé; desde agora a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará
naquele dia, e não somente a mim, mas a todos
quantos amam a sua vinda” (2 Tm 4.7,8).
“Completar a carreira” e “guardar a fé” têm no original
o sentido de alcançar o alvo e permanecer fiel.
“Combati o bom combate”. Na sua primeira carta a
Timóteo Paulo desafiou: “Peleja a boa peleja” ou
“Combate o bom combate” (6.12). Agora, ele está
colocando a vida como exemplo. Usando a figura de
uma competição, ele diz como sua vida foi gasta no
ministério.
“Completei a carreira”. Traduz realização: fui fiel ao
Senhor. Muitos têm começado e desistido em meio às
dificuldades e intempéries. Não há melhor maneira de
chegar ao final do que morrer na certeza de que a vida
foi gasta servindo ao Senhor, obedecendo ao Senhor,
fazendo o melhor que podíamos.
O vocábulo usado para carreira só ocorre em dois
outros pontos no Novo Testamento, ambos em Atos. No
primeiro, (13.25) Paulo fala de João, o Batista:
“enquanto João completava a sua carreira”. Na outra
ocorrência (20.24), o Apóstolo diz que não considerava
sua vida como preciosa, contanto que completasse a
carreira, o ministério recebido do Senhor. Espinhosa era
a carreira e árduo o ministério que o Senhor tinha para
Paulo. Quando Deus enviou Ananias a Damasco, para
ajudar o novo convertido Saulo de Tarso, afirmou que
ele era “um instrumento escolhido para pregar a
mensagem aos gentios, e reis e aos filhos de Israel” – e
acrescentou – “e eu lhe mostrarei quanto importa sofrer
pelo meu nome” (At 9.15,16).
Paulo completou a carreira sem desanimar. Ele viveu
o conselho dado aos irmãos em Corinto, de correrem
de modo a alcançar o prêmio (1 Co 9.24). Vivenciou a
afirmação feita aos irmãos em Filipos, “Prossigo para o
alvo, ao prêmio da soberana vocação de Deus, em
Cristo” (Fl 3.14). Viveu o lema apresentado aos anciãos
em Éfeso de que a preciosidade de sua vida estava em
completar a carreira (At 20.24).
Para ele, fidelidade significava dever cumprido. Ele
afirmou aos líderes em Éfeso: “Jamais deixei de vos
anunciar todo o desígnio de Deus” (At 20.27). A razão
de ser de sua vida era Cristo: “Para mim o viver é
Cristo” (Fl 1.21). Seu alvo era Cristo; (Fl 3.14). Sua
linhagem, tradição, rituais, títulos, vantagens, tudo o
mais, fora considerado como refugo por amor a Cristo
(Fl 3.4-8). Sua vida estava escondida em Cristo (Cl 3.3).
Fidelidade no ministério exige mais que disciplina no
tempo, ou tempo de serviço, requer vida diante de
Deus. John Knox afirma que o pregador tem uma oferta
a levar. “Essa oferta não é um animal; é em primeiro
lugar, ele próprio. Ele se apresenta como ‘sacrifício
vivo’. Sua oferta, tal como o cordeiro no altar, precisa
ser ‘santa e aceitável”.42
Paulo colocou sua vida no altar. Ao final, sentindo a
proximidade do tempo da partida, ele afirmou que
estava sendo oferecido em libação (2 Tm 4.6). Para ele,
completar o ministério foi difícil tarefa. Ele declarou:
“São ministros de Cristo?… eu ainda mais: em
trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em
açoites sem medida; em perigos de morte, muitas
vezes. Cinco vezes os judeus me deram trinta e
nove chicotadas; fui três vezes fustigado com
varas, uma vez apedrejado, em naufrágio três
vezes, uma noite e um dia passei na voragem do
mar; em jornadas muitas vezes, em perigos de rios,
em perigos de salteadores, em perigos entre
patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na
cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar,
em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e
fadigas, em vigílias muitas vezes; em fome e sede,
em jejuns muitas vezes; em frio e nudez” (2 Co
11.23-27 TLH v. 24).
Qual tem sido o preço da nossa fidelidade? Temos
tomado a cruz e seguido o Mestre?
O Pastor Arondo Rodrigues da Silva, missionário da
Junta de Missões Nacionais, com apenas 26 anos de
idade foi acometido de leucemia aguda. Internado em
um hospital, em Brasília, e sabendo da gravidade do
seu estado de saúde orou: “Senhor, meu Deus, eu não
sei exatamente por quanto tempo vou ficar aqui, mas eu
te agradeço porque posso transformar esta cama em
meu púlpito, pois tenho tido a oportunidade de
testemunhar a muitos que eu não alcançaria de outra
forma. Senhor, meu Deus, eu não te peço que me dês
saúde, mas forças para testemunhar até o fim” Poucas
horas antes de morrer, ele mandou um recado para a
Missionária Margarida Lemos gonçalves: “Digam a
Dona Margarida e a todos os missionários que dêem
tudo pelo trabalho de Deus, porque no fim é só isso que
vale a pena.”43
Fidelidade é ter forças para transformar a cama em
púlpito; é poder testemunhar até o fim; é completar o
ministério que o Senhor nos tem confiado.
Cristo nos chama a tomarmos a cruz: “Quem quiser
vir após mim, a si mesmo se negue, tome cada dia a
cruz e siga-me” (Mc 8.34).
Seguir o Senhor… tomar a cruz… para isto fomos
chamados! Ministério pastoral é participação na morte
de Jesus, é disposição de caminhar ao Calvário. Mas
quantas vezes desanimamos!
As estradas são estreitas;
não há flores no caminho,
algumas vezes só espinho…
Mas o desafio de Jesus é claro: segue-me!44
Para aceitar o desafio de seguir o Mestre e de, em
todos os momentos e circunstâncias permanecermos
fiéis, precisamos viver dia a dia na presença dEle,
buscando, através da oração e da Palavra, ouvir Sua
voz. O desafio do Senhor precisa estar sempre diante
de nós. E nos momentos mais difíceis certamente Ele
nos falará de modo muito especial.

Solo Vocal Um dia, carregado e só eu ia a caminhar;


“Segue- gemia sob um peso e dor, sem ter a quem falar;
me” senti os pés cansados e a força me faltou.
Então do Mestre a voz me confortou:
Senti meus pés cansados na via para a cruz,
Conheço as tuas dores, levei-as sobre a cruz.
Não temas, sou contigo, meu nome é Salvador;
Ò toma a tua cruz, e segue-me.
As velhas redes eu deixei, Jesus, pra te seguir,
Meu peito se inflamou de amor, sai pra te seguir;
Eu quis ganhar-te as almas, revezes encontrei;
Fraquejo, amado Mestre, o que farei?
Deixei meu lar na glória, ao mundo vim por ti,
Pra te elevar à glória, a cruz sofri por ti.
Não temas, sou contigo, é grande o meu amor,
Ó toma a tua cruz e segue-me.
Eu sinto alento, ó meu Senhor, ouvindo o teu falar;
Queria fazer tanto aqui, Jesus, pra te agradar,
Mas vejo em mim fraquezas, não vejo em mim poder,
Ouvi a voz do Mestre, então, dizer:
Se um copo d’água apenas às mãos te confiei,
Um copo d’água apenas, não mais te pedirei.
Somente na fraqueza se opera o meu poder.
Na tua força, ó Mestre, eu seguirei.

Conclusão O Pastor Albérico Alves de Souza, já aposentado e


enfermo, foi visitado por um repórter que perguntou: “Se
o senhor não fosse Pastor, o que seria?” Reunindo
todas as forças o velho Pastor respondeu: “Ser Pastor,
somente; ser Pastor muito me honra, ser pastor e nada
mais”. Ele havia sido fiel desde a juventude: expulso de
casa, quando decidiu ser Pastor; após servir por mais
de 50 anos no ministério, depois de completar a
gloriosa carreira, ele não via outro caminho além da
fidelidade.
Quantos colegas têm vivido experiências idênticas à
do Pastor Albérico! Quantos têm deixado bons
empregos, melhores salários e maiores incentivos
financeiros para servir em atendimento à chamada do
Senhor.
“Procura apresentar-te diante de Deus, aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que
maneja bem a Palavra da Verdade” (2 Tm 2.15).
Eis o desafio: Tomar a cruz e seguir o Mestre. Eis o
desafio: sermos achados fiéis fazendo o que o Senhor
quer que façamos, colocando a pregação no centro do
ministério e completando a carreira que Ele nos tem
confiado. Eis o desafio: “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a
coroa da vida” (Ap 2.10).
Que ao final possamos ouvir do Rei dos reis e Senhor
dos senhores, a quem servimos: “Bem está servo bom
e fiel, foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei” (Mt
25.21). Amém.

Vestibulandos
O Culto dos feras, como algumas vezes é
chamado é uma grande oportunidade para a
pregação da Palavra. A partir dos vestibulandos da
própria igreja, outros vestibulandos são trazidos e
também seus pais e familiares. A ocasião é propícia
a uma mensagem sobre a comunhão com Deus, a
presença de Deus, trazendo vitória. O exemplo aqui
inserido, baseado no relato da tentação de Jesus,
menciona as fases de provas que o Senhor
enfrentou e o modo como foi aprovado.

Título TRÊS FASES - TRÊS APROVAÇÕES


Introdução Lc 4.1-13.
A expectativa do vestibulando: Serei aprovado na
segunda fase? Jesus foi provado e aprovado; foram
três fases, três vitórias. Vitória completa só temos em
Jesus. Só com Jesus somos aprovados nas provas
mais difíceis da vida.
O verso 1º afirma que Jesus, cheio do Espírito Santo,
voltou do Jordão e era levado (guiado) pelo Espírito no
deserto. Essa história, logo de início, nos ensina
algumas lições: (1ª) O fato de estarmos no Espírito não
nos isenta das tentações, mas nos dá forças para
enfrentá-las; (2ª) A participação nos grandes
empreendimentos da Causa não nos isenta das
provações, mas nos ajuda a vencê-las; (3ª) Ser guiado
pelo Espírito Santo é o segredo para a vitória; (4ª)
Haverá sempre desertos em nossas experiências.
No verso dois, outros detalhes: “Quarenta dias de
tentações” – provas – bem mais dias que as provas do
vestibular. “Tentado pelo Diabo” – provas dificílimas,
bem mais que as provas em qualquer exame.
“Quarenta dias” simbolizam t oda uma v ida de
provações, com aprovação absoluta.
A realidade é que Jesus suportou as mais difíceis
provas e em todas elas foi aprovado completamente.
Jesus é o amigo em quem podemos confiar.

Cântico Conheci um grande amigo, Ele é Filho de Deus Pai,


“Conheci o seu nome é Jesus Cristo e nele a gente pode confiar.
Um
Grande Jesus, Jesus, nele a gente pode confiar (bis)
Amigo” Você só pode ser feliz tendo Jesus no coração (2x)
1º tópico 1ª PROVA: TRANSFORMAR PEDRAS EM PÃES
Seguir o caminho da prosperidade material
(v. 3): “Se és o Filho de Deus, manda esta pedra
transformar-se em pão”
Jesus não havia vindo para salvar a sua vida, mas
para salvar o perdido. Uma grande resposta a teologia
da prosperidade: Jesus podia ter transformado pedras
em pães, mas não o fez para nos mostrar que muitas
vezes sofremos, mesmo sendo seus seguidores. A
nossa fé em Deus não deve depender do alimento ou
riqueza que temos, mas da certeza de que Ele está
cuidando de nós.
A prova de que somos filhos de Deus não se
expressa pela magia de escaparmos das dificuldades,
mas pela calma e serenidade para enfrentá-las. O
segredo da vitória: O conhecimento da Palavra do
Senhor. Jesus responde – (v 4): “Está escrito: nem só
de pão viverá o homem.” (Dt 8.3).
O que está escrito na Palavra de Deus para nós
hoje?
O segredo para vencer a tentação é conhecer a
Bíblia, viver com Cristo e pedir ao Pai que nos ensine a
sua santa lei.

Vem me ensinar, Senhor, a tua santa lei.


Os teus preceitos tão fiéis meus próprios eu farei.
Hino 475 Na senda que eu trilhar derrama a tua luz.
HCC Desejo ter a doce paz que o teu amor produz.
1ª e 2ª Vem me ensinar, Senhor, pois quero, ó Pai, crescer,
estofes contigo o dia todo estar, fazendo teu querer.
Prepara-me, bom Deus, para eu testemunhar.
Aqui e além a Cristo, o Rei, desejo anunciar
2º tópico 2ª PROVA: TRANSFERIR A GLÓRIA DO
CRIADOR PARA O TENTADOR
Desentronizar o Senhor, para entronizar os nossos
interesses (v. 6): “Dar-te-ei toda a autoridade e glória
destes reinos, porque me foram entregue, se tu, pois,
me adorares”.
Como o Tentador é ousado! Jesus não precisava da
autoridade e glória que Satanás tivesse para oferecer.
São autoridade e glória passageiras. Toda autoridade
no céu e na terra pertence a Jesus (Mt 28.19): “Toda
autoridade me foi dada no céu e na terra.”
O reino que ficará para sempre pertence a Jesus (Ap
1.15): “O reino do mundo passou a ser de nosso
Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para sempre.”
george Frederick Haendel compôs, como parte do
seu oratório O Messias, O ALELUIA, baseado em
textos do livro do Apocalipse que falam da vitória de
Jesus. E a mensagem central é: Aleluia! O Senhor
onipotente reina. Ele reinará para sempre!
O segredo da vitória vem sempre a partir do
conhecimento da Palavra de Deus. Jesus responde (v.
8): “Está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás e só a
ele servirás.” (Dt 8.3).
O que está escrito na Palavra de Deus para nós
hoje?
O segredo para vencer a tentação é saber que
nascemos para adorar ao Senhor e não podemos
satisfazer o Tentador.

Em Espírito, em verdade, te adoramos, te adoramos.


Em Espírito, em verdade, te adoramos, te adoramos.
Cântico: Rei dos reis e Senhor te entregamos nosso viver.
“Em Rei dos reis e Senhor te entregamos nosso viver.
Espírito, Pra te adorar, ó Rei dos reis, foi que eu nasci, ó Rei
em Jesus.
Verdade” Meu prazer é te louvar, meu prazer é estar nos átrios do
Senhor.
Meu prazer é viver na casa de Deus, onde frui o amor.
3º tópico 3ª PROVA: TROCAR O CAMINHO DA HUMILHAçãO
PELA EXIBIçãO
Fazer aparecer a glória humana, ofuscando a glória
da cruz (vv. 9, 10): “…Se tu és o Filho de Deus, lança-te
daqui a baixo; porque está escrito: Aos seus anjos
ordenará a teu respeito, que te guardem; e eles te
sustentarão nas mãos, para que nunca tropeces em
alguma pedra.”
O Tentador conhece e usa a Bíblia. Ele menciona o
Salmo 91.11,12.
Precisamos ter cuidado para que uma citação bíblica
isolada não cause confusão. A Bíblia precisa ser
entendida no seu todo: Assim como nada podia desviar
Jesus da cruz, nada pode nos desviar do propósito de
seguir e servir ao Senhor que por nós morreu.
O Segredo da vitória: O conhecimento da Palavra do
Senhor. Jesus responde fazendo calar completamente
o Inimigo ( v. 12): “Dito está: Não tentarás o Senhor teu
Deus” ( cf. Dt. 6.16).
Jesus sabia que havia vindo ao mundo para ser
humilhado e não para ser exaltado. Ele foi provado
neste ponto até no Calvário. Descer da cruz, era
mesmo que atirar-se da torre do templo.
O segredo para vencer a tentação é viver ao pés do
Senhor e jamais fazer a vontade do Tentador (Ef. 6.10).

Em mim vem habitar, oh, vem, Jesus,


E em mim fazer brilhar a tua luz!
Eis a minha ambição: ter e sentir,
Senhor, mais gratidão e mais amor
Hino 366 Os passos teus seguir eu quero, sim:
HCC Servir e bendizer até o fim.
1ª, 2ª e 3ª Eis o meu desejar, meu ideal maior:
estrofes contigo andar, ó Salvador.
Em meu interior vem tu brilhar.
Faz-me, com mais ardor, da cruz falar.
Reveste o coração de teu excelso amor,
De retidão e de fervor.
Conclusão Para uma completa aprovação em todas as fases,
precisamos viver em completa comunhão com Cristo.
Só Ele é o Cordeiro de Deus que merece nossa glória
para sempre; só Ele que é invencível pode nos dar
forças para vencer. Amém
8
Segmentados em
diferentes propósitos

O sermão segmentado
alcança qualquer propósito:
serve para confortar, evangelizar, desafiar,
despertar e ensinar na Palavra.
Todo pregador está atento ao propósito de seu
sermão. Aonde queremos chegar com os nossos
ouvintes na comunicação desta prédica? Esta é uma
indagação que precisa ser considerada. Alcançamos
relevância, objetividade e vigor em nossos sermões
quando trabalhamos com a definição de um claro
propósito. E independendo do propósito, o sermão
pode ser segmentado. Para tornar mais clara essa
realidade, este capítulo, começando com o pb
devocional, oferece em cada um dos seis propósitos
um trabalho segmentado.
Devocional segmentado
É o sermão que parte da necessidade que temos
de intensificarmos a nossa comunhão com o Senhor
Jesus. Objetiva motivar as pessoas que já
assumiram um compromisso com ele a vivenciarem
experiência de fé que vai tornando o relacionamento
vertical mais profundo. É a mensagem da comunhão
com Deus. O propósito devocional enseja o pregador
a trabalhar com os visitantes visando mudanças
comportamentais que têm a ver com a correção de
um comportamento superficial para uma
religiosidade autêntica e amadurecida.
Sendo a comunhão com o Senhor a área do
trabalho devocional, o exemplo a seguir, baseado no
livro do gênesis 28.10-22, mostra bem o modelo
segmentado, com uma abordagem sobre o valor do
encontro com Deus.

Título NA PRESENÇA DO SENHOR


Gn 28.10-22
Um dos meus hinos prediletos fala da realidade da
presença do Senhor:
Quão preciosas são as horas na presença de
Jesus, comunhão mui deliciosa de minha alma com
a luz!
Os cuidados desse mundo não me podem
envolver, pois é ele meu abrigo, quando o Tentador
Introdução vier, quando o Tentador vier.
Vibramos ao cantar este velho hino. Que bênção é
podermos nos encontrar com Deus! Que maravilha é
estarmos na presença do Senhor!
Diante de Deus descobrimos o quanto a comunhão
com Ele é importante. Na presença do Senhor, em
Betel, Jacó aprendeu a prosseguir transformado. Só na
presença do Senhor temos condições de prosseguir
transformados
Quão preciosas são as horas na presença de Jesus,
comunhão mui deliciosa de minha alma com a luz! Os
Hino 400 cuidados desse mundo não me podem envolver, pois é
HCC ele meu abrigo, quando o Tentador vier, quando o
1ª estrofe Tentador vier.

1º tópico NA PRESENÇA DO SENHOR


TEMOS FORÇAS PARA AVANÇAR
Jacó estava viajando – Era aquele momento mais
difícil da viagem -
(v. 11a) “O sol já havia se posto”
Precisava enfrentar a noite. Às vezes é difícil viver
uma noite – noites simbolizam problemas. Jacó vivia
um problema – a falta do travesseiro: Ele precisou usar
(v. 11b) “uma pedra por travesseiro”
Já usou uma pedra como travesseiro? Não deve ser
fácil! Como estamos atravessando as nossas noites?
Diante de Deus ou distante dEle?
O que importa não é a prosperidade material, mas o
desenvolvimento espiritual, o crescimento na fé.
Prosperidade material nem sempre condiz com
desenvolvimento espiritual – Jesus não tinha onde
reclinar a cabeça. Se o Filho de Deus viveu assim, por
que temos que estar bem financeiramente para provar a
nossa comunhão com Deus?
Na presença do Senhor temos forças para avançar
porque Ele segura os nossos passos e nos ajuda com o
seu poder

O Senhor dirige meus passos. Ele me ajuda com seu


poder. Em compaixão me repreende e aperfeiçoa então
Hino 396
meu ser.
HCC
2ª estr. e Busco o Senhor ao começar o meu dia.
estrib. Busco o Senhor e ele me dá direção.
Busco o Senhor com gratidão e alegria.
E à noite, ao findar o labor, eu busco o Senhor.
2º tópico NA PRESENÇA DO SENHOR TEMOS VISãO PARA
SONHAR
Jacó teve um sonho. Ele viu
(v. 12) “uma escada na terra cujo topo atingia o
céu”
Dizia do interesse de Deus nele. Jacó precisava
aprender a buscar a Deus e a sonhar diante do Senhor.
Ele adorava um Deus acessível.
A devoção nos dá a capacidade de sonhar. E o sonho
mais alto, mais sublime que podemos ter é o de chegar
à presença de Deus.
A torre de Babel (gn 11), tornou-se sinônimo de
confusão. Ali os homens tentaram, com a sua
sabedoria, construir uma torre cujo topo chegasse ao
céu. O sonho não era o de encontrar a Deus, para viver
em comunhão com Ele, mas o de fortalecer o nome
deles.
José do Egito teve sonhos. Deus honrou os sonhos
de José, porque ele jamais se afastou dos caminhos do
Senhor; seus sonhos estavam baseados numa
profunda devoção, numa vida de comunhão com Deus.
A vida de José não foi Babel, mas Betel.
Quais são os nossos sonhos pessoais? Deus está
presente em nossos sonhos? Estamos sonhando na
presença de Deus? Estamos sonhando para a glória de
Deus?
Na presença do Senhor temos forças para avançar e
visão para sonhar… Mesmo quando nos sentimos
rodeados por problemas terreais, quando nos sentimos
enfraquecidos, podemos nos dirigir a Jesus e dele ouvir
palavras que trazem consolação.

Ao sentir-me pressionado por problemas terreais,


Hino 400 Irritado, enfraquecido, em hesitações carnais,
HCC a Jesus eu me dirijo nesses tempos de aflição.
2ª estrofe As palavras que ele fala trazem-me consolação,
trazem-me consolação.
3º tópico NA PRESENÇA DO SENHOR TEMOS
MOTIVAÇÃO PARA MUDAR
Mudar o nome do lugar
(v. 19) “E ao lugar, cidade que outrora se
chamava Luz, deu o nome de Betel”
Mudar pela constatação da presença do Senhor:
Betel = casa de Deus
(v. 16, 17): “O Senhor está neste lugar e eu não
o sabia
…Quão temível é este lugar! É a casa de Deus…”
A constatação da presença do Senhor tem nos feito
mudar? Mudar não apenas temporariamente A
mudança do nome do lugar foi confirmada. Tempos
depois, Jacó recebeu ordens de Deus para residir em
Betel, e ali confirmou sua comunhão com Ele
(Gn 35.1): “Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe
a Betel, e habita ali: faze ali um altar ao Deus que
te apareceu…”
Quando vivemos em profunda comunhão com Deus,
podemos mudar o lugar onde estamos. Há lugares
marcados pela presença dos crentes. Há, em goiás,
uma cidade, onde a maioria da população é de crentes
– o nome da cidade é: Cristianópolis45 – uma cidade
marcada pela presença dos cristãos.
Mudar o nome do lugar pela mudança do nosso viver.
Estamos marcando assim? Só é possível mudar o
nome do lugar quando mudamos nosso modo de viver.
Jacó, a partir de sua comunhão com Deus, sua
devoção viveu uma grande mudança
(Gn 35.2): “Então disse Jacó à sua família, e a
todos os que com ele estavam: Lançai fora os
deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-
vos e mudai as vossas vestes.”
A mudança do nosso viver é uma realidade que
cantamos muito no domingo; a pergunta é: estamos
vivendo essa mudança no nosso dia a dia? E mais: Que
mudanças estão se efetuando no seio das nossas
famílias? De que modo estamos mudando o lugar onde
vivemos? De que modo nossa influência está sendo
positiva a ponto de marcar as pessoas que conosco
convivem?
Somente deixando que verdadeiramente o Senhor
dirija o nosso viver, temos condições de mostrar o amor
dele ao mundo; por isso que precisamos buscar ao
Senhor, pedindo-lhe de seu espírito e seu amor.

Quero buscar e pedir ao Senhor


do seu Espírito e seu amor;
e na Palavra vou refletir,
pois suas ordens eu quero cumprir
Hino 212
HCC
Ó Senhor, vem me dirigir, com fervor quero te seguir.
1ª e 2ª
Para hoje e sempre te honrar e teu amor ao mundo
estr. e
mostrar
estrib.
Quero louvar e ouvir o Senhor,
o seu Espírito libertador,
todo pecado já confessar,
tudo que tenho lhe dedicar.
4º tópico Na presença do Senhor e por ele dirigidos temos
forças para avançar, visão para sonhar, motivação para
mudar e chance para marcar.
NA PRESENÇA DO SENHOR TEMOS CHANCE
PARA MARCAR
Erigir marcos em honra ao nome do Senhor
(v. 18) “… tomou a pedra que havia posto por
travesseiro e a erigiu em coluna, cujo topo
entornou azeite”.
Estamos erigindo marcos em honra e glória ao
Senhor? Marcos que dizem de uma experiência
inesquecível
(v. 22) “… e a pedra que erigi por coluna será a
casa de Deus”.
O memorial, em pedras, dizia que o lugar era santo:
marcado pela presença do Senhor. Estamos erigindo
marcos em honra e glória ao Senhor?
Os pioneiros procuravam sempre uma rocha, onde
pudessem escrever seus nomes. Eles enfrentavam todo
tipo de perigo abrindo o caminho, chegavam onde
ninguém antes havia chegado; alcançavam pontos
antes jamais atingidos; expunham-se a todos os riscos
e perigos, mas encontravam uma rocha onde deixavam
a marca de sua passagem.
No filme Pioneiros de Paradigmas aparecem várias
rochas com as marcas dos pioneiros que por ali
passaram. Tais marcas se constituem um atestado de
coragem, gravado no granito. Depois da visão dos
vários nomes escritos nas rochas, vem o desafio: “Se
você tiver a coragem de um pioneiro, também
encontrará uma rocha em algum lugar para gravar o
seu nome”.
Tais marcos são importantes, mas são egoístas, uma
vez que registram o homem. Os marcos que o mundo
precisa são os que dizem da ação de Deus e da
experiência de estarmos na presença dEle.
Parafraseando as palavras do filme, podemos dizer: Se
você tiver uma experiência de devoção, como a de
Jacó, encontrará sempre uma pedra para nela gravar o
nome do Senhor.
Vamos aproveitar a bênção de erigir marcos ao
Senhor. Vamos erigir marcos que digam aos quatro
cantos do Brasil que só Jesus Cristo salva, que só
Jesus Cristo é a única esperança. Mas, vamos, acima
de tudo, viver de tal modo que a nossa vida seja o
marco principal. Mais que marcar o nosso nome em
pedras, podemos marcar vidas, diante de Jesus.
Na presença do Senhor temos forças para avançar,
visão para sonhar, chance para marcar e razão para
dar…

A ti seja consagrada minha vida,


ó meu Senhor;
Hino 429 meus momentos e meus dias
HCC 1ª e sejam só em teu louvor.
2ª Sempre minhas mãos se movam
estrofes com presteza e com amor,
e meus pés velozes corram
ao serviço do Senhor.
5º tópico NA PRESENÇA DO SENHOR TEMOS RAZÃO
PARA DAR
(vv. 20, 22) ”Fez também Jacó um voto dizendo:
Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada
que empreendo… de tudo quanto me concederes,
certamente eu te darei o dízimo.”
Antes de Jacó, Abraão foi também abençoado por
sua fidelidade na entrega do dízimo
(gn 14.20): “…e de tudo Abraão lhe deu o
dízimo”.
Temos sido fiéis ao Senhor? Temos recebido as
bênçãos advindas dessa fidelidade?
Na atualidade, grupos carismáticos exploram de
modo irresponsável a entrega do dízimo, levando fiéis a
negociarem com o Senhor, e arrancando também o
último centavo de algumas pessoas…
A entrega do dízimo mais que um negócio com o
Senhor, é uma questão de compreensão – sei que o
dízimo é do Senhor e a Ele deve ser entregue; uma
questão de responsabilidade – sei que a igreja precisa
e assim participo; uma questão de estilo de vida – sei
que o dízimo expressa a minha fidelidade, devo dizimar.
Não importa o modo errado como outros estão
fazendo, o que importa é sermos fiéis em nossa
adoração, é sermos abençoados pelo privilégio de
participar entregando o dízimo ao Senhor. E Deus tem
bênçãos para os que são fiéis:
(Ml 3.10): “… e eu abrirei as janelas do céu e
derramarei sobre vós bênçãos sem medida.”
Não dá para receber bênçãos sem medida, quando
medimos e damos o mais insignificante ao Senhor.
Recebemos bênçãos sem medida, dando sem
reservas.
Devemos pensar em dízimo não apenas do nosso
dinheiro, mas de tudo quanto o Senhor nos dá: tempo,
capacidade, oportunidades, . E aqueles que acham que
o dízimo é um princípio da lei, devem lembrar que hoje,
no tempo da graça, somos desafiados a dar tudo; a
consagrar tudo. E quando nos entregamos
completamente ao Senhor, recebemos a bênção maior
– a plenitude da presença dele. Muito mais que
preciosas bênçãos materiais vale termos comunhão
plena com o Senhor; só assim podemos ter paz
perfeita, graça e luz.

Se quereis saber quão doce é com Deus ter comunhão,


Hino 400 podereis então prová-lo e tereis compensação.
HCC Procurai estar sozinhos, em conversa com Jesus
4ª estrofe E tereis na vossa vida paz perfeita, graça e luz.
paz perfeita, graça e luz
Conclusão Temos vivido na presença do Senhor? Temos vivido
diante dEle? Diante do Senhor, Jacó descobriu o
quanto era importante a comunhão com Ele. Na
presença do Senhor, em Betel, Jacó aprendeu a
prosseguir transformado.
Só na presença do Senhor temos condições de
prosseguir transformados. Vivamos na presença do
Senhor e assim teremos forças para avançar, visão
para sonhar, chance para marcar e razão para dar.
Amém!

Doutrinário segmentado
No propósito doutrinário objetivamos mais informar
sobre uma determinada doutrina. bíblica. Por essa
razão, na maioria das vezes, o pb doutrinário é
usado em associação com um outro pb, para que se
trabalhe a persuasão. No exemplo a seguir
trabalhamos com o principal objetivo de informar
sobre Jesus. Palavras e músicas servem para
doutrinar sobre a pessoa do Filho de Deus. Na
conclusão, cria-se uma abertura na linha
DEVOCIONAL [Firmemos mais e mais a nossa
amizade com o amigo que pode ser achado] e na
linha EVaNGELístICa [E você, que ainda não se
aproximou desse amigo, não fique distante] que
possibilitam que o sermão passe da simples
informação e trabalhe visando mudanças
comportamentais nos ouvintes.

Título QUEM É JESUS?


Introdução Jo 4.35-41
“Quem é este que até o vento e o mar lhe
obedecem?”
Esta é a grande indagação: Quem é Jesus? Quantas
vezes a fazemos… Foi a pergunta feita pelos
discípulos. A partir da convivência e do conhecimento
que tinham com o Mestre, eles podiam formular várias
respostas É aquele que nasceu em Belém [Mt 2.1]; o
Filho de Maria [Jo 2.1]; é o filho do carpinteiro [Mt
13.55]; é o carpinteiro [Mc 6.3]; é o Cordeiro de Deus
[Jo 1.29]; é o Verbo que se fez carne [Jo 1.14]. é o
nosso Mestre…
“Quem é Jesus para você?”

É O AMIGO QUE PODE SER ACHADO


É ele quem toma a iniciativa da amizade – (Jo 15.16):
“Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para
1º tópico irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o
Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome”.
Ele está de braços abertos para nos receber Jo
10.10.

Achei um grande amigo, Jesus, o Salvador que com


amor me guarda cada dia;
fiel é seu cuidado, constante o seu amor e sem limite
a sua simpatia.
Hino 73 E ainda o mais notável é que por mim morreu e meus
CC 1ª pecados todos expiou;
estr. e Assim me regozijo nas bênçãos que me deu; sim, sei
estrib. que Jesus Cristo me salvou.
Jesus é meu amigo, meu guia, meu Senhor,
meu protetor, sem outro haver igual.
Por mim sofreu a morte, por mim um pecador,
e agora, vivo, guarda-me do mal.

2º tópico JESUS É O AMIGO PRONTO A AJUDAR


Qual a ajuda que precisamos? Jesus nos ajuda onde
outros amigos não podem ajudar.
A ajuda que os discípulos precisavam era de
segurança (v. 38): “Mestre, não te importas que
morramos?”
Aflitos, os discípulos buscavam socorro em Jesus.
Precisamos de ajuda em todo o tempo. O barco pode
representar a Igreja, ou a família assolada por
problemas, mas tipifica também a vida de cada um de
nós, enfrentando dificuldades e aflições.
Quanto maior a aflição, mais a presença e ajuda de
Jesus parece eficaz. Por isso, devemos nos lembrar
sempre do Amigo pronto a ajudar:

Se os problemas parecem não ter solução,


quando as mágoas inundam o teu coração
há alguém que atende a tua oração:
Hino 202 Jesus Cristo, o Mestre e Senhor.
HCC 1ª
Ele é o dono da chuva, do sol e do ar,
estr. e
é o Senhor da alegria, da dor, do chorar;
esrib.
Ele é o dono dos montes, do céu e do mar.
É o Senhor da crianças das preces dos hinos,
ele é meu e também teu Senhor

3º tópico JESUS É O ÚNICO AMIGO QUE PODE SALVAR


Jesus salvou os discípulos daquela dificuldade. (v.
39): “Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao
mar:
‘Aquiete-se! Acalme-se!’ O vento se aquietou, e
fez-se completa bonança”.
Ele está sempre pronto a salvar, para tanto ele deu a
vida, morreu para se tornar o nosso Salvador. Sem Ele
é impossível salvação.
(Hb 2.3): “Como escaparemos nós se
negligenciarmos tão grande salvação?“ (1Tm 2.5)
“Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os
homens: Cristo Jesus, homem.”
Jesus entrou na casa de Zaqueu para transformá-lo e
salvá-lo. É isso que ele faz com todos quantos dele se
aproximam. Na casa de Zaqueu ele declarou
(Lc 19.9,10): “Hoje veio salvação a esta casa… o
Filho do Homem veio buscar e salvar o que se
havia perdido.”
Esta experiência, que tem sido vivenciada por muitas
pessoas que já entregaram a vida a Jesus, pode ser
também sua. É por isso que nós cantamos…

Jesus tem o poder de as culpas perdoar


A quem arrependido a Deus cm fé se confessar.
Jesus tem o poder, oh! graças ao Senhor!
De dar completa absolvição ao pobre pecador
Hino 202
Sim Cristo tem poder! Onipotente é! Por este seu
CC 1 estr.
poder
e estib.
merece a nossa fé!
Sim, Cristo tem poder! Só nele confiai Perante o seu
poder
humildes adorai.

Quem é Jesus para você? Firmemos mais e mais a


nossa amizade com o amigo que pode ser achado, que
está sempre pronto a nos ajudar e o único que pode
Conclusão salvar. E você, que ainda não se aproximou desse
amigo, não fique distante. Ele quer ser seu amigo, quer
ajudá-lo e lhe dar salvação.

Evangelístico segmentado
Lançamos mão do pb evangelístico para
comunicar a mensagem da salvação, para atrair
pecadores ao arrependimento. Nessas ocasiões, o
modelo segmentado se encaixa bem pelo modo
como a música atrai e envolve o ouvinte. Aliás,
música e pregação têm andando juntas nas grandes
cruzadas evangelísticas.
O exemplo aqui apresentado é um biográfico, com
base em João 5. Fala sobre a vitória completa, tendo
como personagem principal o paralítico à beira do
tanque de Betesda.

Título ´VITÓRIA COMPLETA


João 5.1-18
Vitória é algo que todos almejamos, todos buscamos.
O texto conta a história de alguém fracassado, que
queria vencer, mas continuava no fracasso. Jesus
Introdução
encontrou um paralítico dominado pela crendice, pela
solidão, pelo legalismo e pelo pecado e lhe deu vitória
completa. Só Jesus tem poder para nos dar vitória
completa.

Ouvi contar a história de Jesus, o Rei da glória,


que do céu desceu e aqui viveu porque me quis salvar.
Ouvi do sofrimento que ele padeceu, morrendo;
Hino 499
arrependi-me e confiei em Cristo, o Salvador.
HCC 1ª
estr. e Jesus me dá vitória, vitória completa.
estribilho Buscou-me, comprou-me com sangue remidor.
De coração amou-me, da perdição salvou-me.
Vitória me assegurou Jesus, meu Salvador.
1º tópico VITÓRIA COMPLETA PARA ALGUÉM
DOMINADO PELA CRENDICE
(v. 2-4): “Havia um tanque, chamado Betesda,
onde jazia uma grande multidão de enfermos…,
esperando o movimento das águas, porque um
anjo descia em certo tempo e o primeiro que
entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava
de qualquer doença que tivesse”.
Crendice é crença popular sem fundamento.
Crendice é diferente de crença – crença é convicção
íntima. Ao homem da história faltava convicção íntima,
faltava fé; era alguém derrotado. Sua esperança estava
para uma crendice, quando precisava está firmada em
Jesus. Em vez de esperar pelo movimento das águas
ele precisava esperar em Jesus.
Há muitas pessoas hoje dominadas pela crendice;
alguns que até se dizem crentes, mas estão enganados
e enganando os outros: rosa ungida, água do Jordão,
óleo santo, copo dágua em cima do rádio ou televisor,
são crendices que não levam o homem à vitória e
precisam ser postas de lado. Todos quantos se deixam
dominar pela crendice se tornam derrotados; o segredo
da vitória está na fé em Jesus.

(Rm 8.37): “Em todas as coisas somos mais que


vencedores por meio de Jesus Cristo que nos
amou”;
(1Co 15.57): “graças a Deus que nos dá a vitória
por Jesus Cristo, nosso Senhor.

Hino 454 Sofrendo vivia nas garras do mal;


HCC (2ª e o mundo atirou-me no abismo fatal.
estribilho) Agora, qual ave voando nos céus,
eu vivo contente, pois sou de Jesus.
Eu sou de Jesus, aleluia!
Eu sou de Jesus, meu Senhor.
Não quero falhar, mas quero falar,
andar e viver com Jesus.

VITÓRIA COMPLETA PARA ALGUÉM MARCADO


PELA SOLIDÃO
(v. 7): “Não tenho ninguém…”
Quando a verdadeira esperança surgiu, o homem
nem teve a capacidade de lançar sobre o Salvador toda
a sua ansiedade. Ao contrário do cego Bartimeu que
gritou clamando por Jesus, este paralítico, diante de
Jesus, não pediu para ser curado.
(v. 6): “ Jesus, vendo-o deitado e sabendo que
estava assim havia muito tempo, perguntou:
Queres ficar são? Ao que ele respondeu: Senhor
não tenho ninguém que, ao ser agitada a água, me
ponha no tanque, assim, enquanto eu vou, desce
outro antes de mim.”
A palavra correta, diante de Jesus, teria sido: Eu
quero ser curado. Ser curado é tudo que mais quero em
minha vida!

2º tópico Sua vida tem sido marcada pela solidão? A solidão é


uma das marcas do presente momento. A solidão é um
dos piores sentimentos que alguém pode enfrentar…
Um dia eu experimentei a terrível sensação de não
ter ninguém: em junho de 1989, adoeci no aeroporto
internacional do Rio de Janeiro. De repente, fui
acometido de febre altíssima, tinha fortes convulsões,
sentia dores em todo o corpo e não tinha ninguém para
me ajudar. Estava cercado por dezenas, centenas e
centenas de pessoas, que por mim passavam, mas
ninguém me conhecia, ninguém me ajudava. Tive que
reunir todas as minhas forças e entre uma crise
convulsiva e outra, procurei ajuda na companhia área
que me transportaria. Fui levado ao hospital da base
área, estava com uma terrível infecção, e tudo que eu
mais queria era chegar ao Recife, chegar em casa, para
vencer a solidão.
Sua vida tem sido solitária? Jesus é o único amigo
que nos dá condições de vitória sobre a solidão. O
paralítico da história venceu sua solidão depois que se
encontrou com Jesus.

Hino 200 Cristo é tudo para mim, amigo sem igual.


HCC 2ª A ele vou em aflição e livra-me do mal.
estrofe Tudo me dá o meu Senhor, provando assim o seu amor,
o grande amor do meu Senhor, de Jesus.
VITÓRIA COMPLETA PARA ALGUÉM
ATRAPALHADO PELO LEGALISMO
Betesda era o nome do tanque onde o paralítico
esperava a cura, a vitória para o seu problema. O
significado do nome Betesda é: casa de misericórdia;
mas na casa de misericórdia, não havia misericórdia.
Enquanto o homem, imóvel, esperou pelo movimento
das águas, ninguém o viu; quando ele passou alegre,
carregando sua cama, foi visto pelos legalistas que lhe
3º tópico diziam que ele não podia carregar sua cama num dia de
sábado.
(v. 10): “Hoje é sábado e não te é lícito carregar
o leito.”
É triste quando pessoas que se apresentam como
religiosas se deixam esmagar pelo legalismo. Antes de
vermos os problemas e os fracassos dos outros,
precisamos ver como os podemos ajudar. Jesus nos dá
a vitória completa. Nele somos recriados.
Hino 443 Tão triste e oprimido me achava,
HCC 3ª tendo o fardo da vida a levar,
est. e mas Jesus me falou com ternura
estrib. e meu deu alegria sem par.
O que fez por mim, também quer fazer por ti.
É só nele crer e aceitá-lo pela fé
e vida nova tu hás de receber,
seguindo os passos do Mestre em teu viver.

VITÓRIA COMPLETA PARA ALGUÉM


PREJUDICADO PELO PECADO
(v. 14): “Já que estás curado, não peques mais
para que não te suceda coisa pior.”

O que poderia ser pior que 18 anos de enfermidade e


crendice? Dezoito anos preso à tradição? – A prática do
pecado e suas conseqüências (Rm 6.23): “o salário do
pecado é a morte”
E para alguém prejudicado pelo pecado nada pode
4º tópico assegurar a vitória, a não ser o dom gratuito de Deus
(Rm 6.23): “o salário do pecado é a morte, mas o dom
gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso
Senhor”.
Só através de Jesus o dom gratuito de Deus pode se
tornar uma realidade. Uma vida dominada pelo pecado
é uma vida fracassada e só através de Jesus podemos
conseguir a vitória completa – Jesus é o único capaz de
nos assistir além da morte.
(Rm 8.38): “Nem a morte pode nos separar do amor
de Deus que está em Jesus Cristo nosso Senhor”.

Hino 499 Jesus aqui curava, seu poder favor mostrava.


HCC 2ª Aleijados Cristo fez andar e aos cegos deu visão.
estr. e Clamei a Cristo: “cura meu espírito em tortura.” Minha
estribilho alma ele então limpou e deu-me a salvação.
Jesus me dá vitória, vitória completa.
Buscou-me, comprou-me com sangue remidor.
De coração amou-me, da perdição salvou-me.
Vitória me assegurou Jesus, meu Salvador.

Vidas tristes e vazias têm encontrado sentido ao


toque da mão de Jesus. Falando sobre a vitória que só
Jesus pode dar, o poeta afirmou as palavras que
acabamos de cantar:
Jesus me dá vitória, vitória completa,
Conclusão buscou-me, comprou-me com sangue remidor,
de coração amou-me, da perdição salvou-me,
vitória me assegurou Jesus, meu Salvador.
Deixe que Jesus seja o seu Senhor e viva uma vida
de vitória completa. Amém.

Ético segmentado
A principal preocupação do sermão ético são os
relacionamentos. Uma vez que o sermão devocional
apresenta o desafio de melhorarmos o nosso
relacionamento com o Senhor, o pb ético trata mais
das nossas relações com o próximo. Esse é um
propósito onde precisamos de mais sermões;
poucos são os pregadores na atualidade que
conservam uma abordagem ética. Uma razão,
certamente, é o fato de vivermos um tempo de
licenciosidade, onde, para muitos, tudo é permitido.
Sermões éticos nesse contexto não são muito bem-
vindos, pois são sempre uma chamada ao viver
digno, um desafio a considerarmos os nossos
limites, aceitando as demais pessoas como são,
valorizando-as de acordo com os padrões bíblicos e
amando-as como a nós mesmos.
A triste realidade é que também há uma escassez
de hinos com um pb ético. Elaborar um sermão ético
segmentado é uma tarefa bastante exigente.
Vejamos este sermão ético segmentado:

Título LEVAI AS CARGAS UNS DOS OUTROS


Gl 6.2
“Levai as cargas uns dos outros e assim cumprirei
a lei de Cristo”
Uma tradição interessante em algumas cidades,
nas viagens urbanas, é a disposição dos passageiros
que viajam assentados de se oferecem para levar os
Introdução pacotes dos que estão em pé. Elas recebem, as
cargas dos outroseas ajudamalevá-lonaquele trajeto.
Paulo desafiou os crentes da galácia a cumprirem
a lei de Cristo, levando as cargas uns dos outros.
Somos desafiados a viver a lei de Cristo, levando
as cargas uns dos outros.

Pois, irmão, ao teu vizinho mostra amor, mostra


amor,
Hino 569 o valor não é mesquinho deste amor, deste amor,
HCC 5ª estr. o supremo Deus nos ama, Cristo para o céu nos
chama,
Cristo para o céu nos chama, onde reina o amor.
1º tópico
LEVAR AS CARGAS DOS OUTROS SÓ É
POSSÍVEL PARA
QUEM É FORTE
Até os pacotes no ônibus só podem ser levados
por aqueles que têm força. E quanto maior o fardo,
mais é preciso capacidade para suportá-lo.
(Rm 15.1): “Nós que somos fortes devemos
suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar-
nos a nós mesmos.”
O contexto é o da ajuda ao irmão fracassado…
Qual deve ser a nossa atitude para com aqueles
que fracassam?
(Gl 6.1): “Irmãos, se alguém for surpreendido
nalguma falta, vós que sois espirituais, corrigi-o
com espírito de brandura, e guarda-te para que
não sejas também tentado.”
Como deve ser nossa ajuda?
(1) Com espírito de mansidão “…corrigi-o com
espírito de brandura…”
(2) Olhando para nós mesmos “e guarda-te para
que não sejas também tentado.”
(3) Positiva o braço estendido em ajuda: “Levai as
cargas uns dos outros.”

Que estou fazendo se sou cristão? Se Cristo deu-


me total perdão? Há muitos pobres sem lar, sem pão.
Hino 552 Há muitas vidas sem salvação.
HCC 3ª
Aos poderosos eu vou pregar, aos homens ricos
estrofe
vou proclamar que a injustiça é contra Deus e a vil
miséria insulta os céus.

2º tópico LEVAR AS CARGAS DOS OUTROS


SIGNIFICA OFERECER ALÍVIO
Paulo afirmou (2Co 2.7) sobre alguém que causou
tristeza: “deveis, pelo contrário, :perdoar-lhe e
confortá-lo…”
O que podemos entender por cargas?
Fardos da vida; tarefas insuportáveis; algo difícil de
ser levado; trabalho cansativo; problemas,
tribulações, aflições, provações, reprovações,
fracasso, queda (contexto).
Como podemos compreender a expressão “levar
as cargas uns dos outros”?
Ajuda responsável nos afazeres Até onde posso
ajudar no trabalho de um colega?
Advertência séria, de modo sábio, no momento
oportuno.
Restauração para quem carrega um fardo
insuportável, alguém que está afastado.
Estamos ajudando?…
(Rm 13.10): “O amor não pratica o mal contra
o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o
amor.”
A lei do amor exige restauração e não espírito de
censura

Se eu posso hoje o bem fazer,


se eu posso a alguém favorecer,
se eu posso ajuda a alguém trazer,
Hino 551
que eu possa, ó Deus, assim fazer. Amém
HCC 1ª e 2ª
estrofes Se eu posso a dor aliviar,
se o fraco eu posso ir animar,
se eu posso os tristes alegrar,
que eu possa, ó Deus, assim fazer. Amém
3º tópico
LEVAR AS CARGAS SIGNIFICA CUMPRIR A LEI
DE CRISTO
A lei de Cristo é a lei do amor
(Jo 13.34): “um novo mandamento vos dou:
que vos ameis uns aos outros, assim como eu
vos amei”.
Jesus deu a vida para nos restaurar; Ele restaurou
Pedro.
(Is 53.4,5):: “Ele carregou as nossas dores.
Ele foi esmagado por causa das nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele”.
Não devemos aumentar as cargas do próximo
(Pv 27.3): “Pesada é a pedra e a areia é uma
carga, mas a ira do insensato é mais pesada do
que uma e outra”.
Devemos ajudar e ministrar em amor
(Rm 12.15) “Alegrai-vos com os que se
alegram e chorai com os que choram.”

Se eu posso a alguém encorajar


e o fardo de outros carregar.
Se alguém feliz puder tornar,
Hino 551
que eu possa, ó Deus, assim fazer.
HCC 3ª e 4ª
estrofes Se o pão eu posso dividir,
se posso aos pobres acudir,
se posso em nobreza agir,
que eu possa, ó Deus, assim fazer. Amém.
Poema Nesse tempo de indiferença,
"Desafiados insensibilidade, materialismo, descrença,
a
Restaurar"46
o Senhor nos desafia a fazermos diferença
e com nossa fé marcarmos presença.
Nesse tempo de permissividade,
prostituição, homossexualismo, imoralidade,
o Senhor nos envia a pregarmos a verdade
para podermos salvar a cidade.
Nesse tempo de tanta solidão,
egoísmo, desamor e tamanha confusão
o Senhor nos manda vivermos em comunhão
e difundirmos a paz em profusão.
Nesse tempo de tanta desventura,
assaltos, sequestros e triste conjuntura
o Senhor nos desafia a vivermos a ventura
de ajudarmos a todos com ternura.
Nesse tempo de tanta incerteza,
abandono, desigualdade e pobreza
Senhor nos concede graça e grandeza
para levarmos a mensagem da certeza.
Nesse tempo de falta de afeto,
meninos de rua, menores e maiores sem teto,
o Senhor nos desafia a vivermos seu projeto
de mostramos seu amor de modo completo.

Conclusão As três estrofes do hino 496, de guilherme Kerr


Neto, no HCC, falam sobre Barnabé. Ousei criar uma
quarta estrofe, apresentando o desafio de ajudarmos
de modo positivo, tornando assim conhecido o amor
de Jesus a todas as pessoas:
Devemos hoje ajudar o mundo que precisa
tanto,
a quem tem fome, dando pão, abrigo, amor e
proteção;
revelando o amor de Cristo, assumindo o
compromisso,
vamos ajudar a todos sem distinção.
Que possamos nos dispor a ajudar o próximo,
assim como nos dispomos a buscar a ajuda do
Senhor. Amém.

Missionário segmentado
Esse propósito, também conhecido como
consagratório, trabalha com um desafio missionário,
conclamando os crentes a uma vida de mais
consagração à Causa do Mestre. Esta é uma linha
sermônica bastante lembrada pelos pregadores,
uma vez que sermões que apelam a uma vida de
maior consagração são sempre pregados. Também
na hinódia este propósito é cantado em vários hinos
e hinetos, o que facilita a elaboração de sermões
missionários segmentados. Veja o exemplo a seguir:

Título DIVINA E GLORIOSA CHAMADA


Introdução At 9. 10-19
Um bom trabalho requer aprovação no critério
seletivo e capacitação constante: só assim há
resultados satisfatórios. O mesmo acontece no trabalho
do Senhor: seleção, capacitação e resultados são
fatores importantes.
Nada surpreende mais que a chamada de Deus.
Ananias ficou surpreso ao ser chamado. Quem não
ficaria? Ele foi designado para a missão mais
inesperada: discipular Saulo de Tarso. Como você
reagiria?
Obedecendo a ordem para discipular Saulo, Ananias
viu um odioso desafio tornar-se um glorioso trabalho.
Quanto maior o desafio divino, tanto maior a bênção da
obediência.

Quero ser um vaso de bênção,


sim, um vaso escolhido de Deus,
Hino 438 para as novas levar aos perdidos,
HCC 1ª boas novas que vêm lá dos céus.
estr e Tudo consagro-te agora, Senhor;
estrib. vou proclamar a mensagem de amor.
Meu compromisso no teu serviço
é ser um vaso de bênção, Senhor.
1º tópico DIVINA E GLORIOSA CHAMADA, COM INUSITADO
CRITÉRIO SELETIVO
A quem Deus chama? Aos mais capacitados? NÃO.
Aos mais consagrados? NEM SEMPRE. Aos
aparentemente mais merecedores? JAMAIS.
Somos chamados não pela nossa capacidade, mas
porque o Senhor nos capacita; Não por sermos mais
dedicados, mas porque o amor do Senhor nos
constrange à consagração; não por sermos dignos, mas
porque a graça de Cristo pagou o preço da nossa
dignidade.
Ananias obedeceu à vontade de Deus e discipulando
Saulo de Tarso realizou seu mais importante trabalho.
O texto focaliza chamado após chamado: Deus
chamou Saulo para O ajudar e chamou Ananias para
ajudá-lo. É sempre assim: o Senhor nos chama para
um trabalho cooperativo precisamos uns dos outros,
ajudamos uns aos outros.
Deus escolhe como jamais escolheríamos! Quem
escolheria ao inimigo para ser seu porta-voz?
Deus disse para Ananias ir (v. 11): “Ananias, vá à
casa de Judas”….
Ele respondeu: não posso ir
(v. 13): “Senhor, tenho ouvido muita coisa a
respeito desse homem e de todo o mal que ele tem
feito aos teus santos em Jerusalém”.
Deus não escolhe como nós: escolhemos pelas
aparências; Ele, pela graça; escolhemos por interesses,
ele escolhe em amor. Deus nos escolheu não pelo que
somos, mas por querer nos transformar.
Não sei porque fui escolhido para ser pastor; jamais
eu me escolheria! Sei que o critério não foi pelo que eu
podia fazer; foi o critério da graça.
1Sm 16.7: “O Senhor não vê como vê o homem:
o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o
coração”.
Somos escolhidos porque Deus que nos alcança e
nos capacita. Quanto maior o desafio divino, tanto
maior a bênção da obediência.

Quero ser um vaso de bênção.


Cada dia desejo fazer
Hino 438 todo aquele que vive culpado
HCC 2ª o perdão de Jesus conhecer.
estr. e Tudo consagro-te agora, Senhor;
estribilho vou proclamar a mensagem de amor.
Meu compromisso no teu serviço
é ser um vaso de bênção, Senhor.
2º tópico DIVINA E GLORIOSA CHAMADA COM INSONDÁVEL
PROCESSO DE CAPACITAÇÃO
Você capacitaria a alguém que não tem nada a ver
com o trabalho?
A capacitação resulta da submissão: depois de
perguntar a Jesus quem era ele, Saulo fez outra
pergunta: “Que queres que eu faça?” A partir dali
levantou-se disposto a obedecer em tudo.
Qual a intensidade da nossa experiência com Jesus?
Temos lhe perguntado: Senhor. que queres que eu
faça? Temos procurado nos submeter à vontade dEle?
A capacitação acontece na medida da nossa
dedicação A dedicação de Paulo foi completa: (gl 2.20)
“Vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Quem
diria que Saulo seria tão importante personagem no
Novo Testamento? Ele escreveu aproximadamente uma
quarta parte do NT. Você tem dedicado a vida a Jesus,
para ser por ele capacitado?
Além de nos escolher e capacitar, o Senhor nos
abençoa. Quanto maior o desafio divino, tanto maior a
bênção da obediência.

Para ser um vaso de bênção,


é preciso ser sempre leal,
É preciso ter fé e pureza,
Hino 438
que nos vêm do poder divinal.
HCC 3ª
estr e Tudo consagro-te agora, Senhor;
estribilho vou proclamar a mensagem de amor.
Meu compromisso no teu serviço
é ser um vaso de bênção, Senhor.

DIVINA E GLORIOSA CHAMADA


COM SURPREENDENTES RESULTADOS
Quem abençoaria a alguém que desprezava a
bênção? Quem transformaria o perseguidor em
pregador?
Paulo foi abençoado e Ananias foi abençoado: Deus
tem bênçãos para todos quantos a Ele se entregam.
Quanto maior o desafio, tanto maior a bênção!
Ananias não compreendeu – parecia uma terrível
missão – mas Deus o chamava para a mais gloriosa
tarefa de sua vida.
O poeta escreveu:
Ananias não sabia que esta missão seria sua
maior glória: por discipular Saulo teria o nome na
história.
Se não tivesse tido coragem, se tivesse
desobedecido, seu nome teria sido esquecido.
Por mais que sejam exigentes os desafios do
Senhor, devemos nos levantar e obedecer em
amor.47
Não só Ananias, Saulo também ficou atônito, mas, a
partir do encontro com Jesus, sua vida foi plenamente
abençoada. – Deus tem bênçãos…
Eu não queria ser pastor, mas as maiores bênçãos
estavam no pastorado.
E Ananias? O desafio divino que pareceu terrível
missão foi a mais gloriosa tarefa por ele realizada.
Obedecendo a ordem para discipular Saulo, Ananias
viu um odioso desafio tornarse um glorioso trabalho.
Quanto maior o desafio divino, tanto maior a bênção da
obediência.

A vontade minha toma,


sujeitando-a a ti, Senhor,
Hino 429 do meu coração fazendo
HCC 5ª e o teu trono, ó Salvador.
6ª Meu amor e meu desejo
estrofes sejam só teu nome honrar
faze que meu corpo inteiro
eu te possa consagrar.
Conclusão O Senhor escolhe, capacita e desafia aqueles a
quem chama. Quanto maior o desafio, tanto maior a
bênção. Não deixe que os obstáculos o impeçam de
obedecer; aproxime-se mais e mais do Senhor e
continue sendo por Ele capacitado e usado. Amém.

Pastoral segmentado
O sermão pastoral visa primeiramente transmitir o
conforto que vem do Senhor. Não se trata de um
sermão de autoajuda, mas da mensagem que
apresenta a ajuda do alto. Ouvintes afligidos em
problemas e angústias encontram paz e direção na
Palavra do Senhor. Tão definido é esse propósito em
apresentar o bálsamo que vem do Senhor, que tem
se tornado conhecido também como sermão de
conforto.
Vejamos um exemplo do pastoral segmentado:

Título VALE A PENA ESPERAR


Introdução Lm 3.25,26
A pressa é uma das marcas do momento atual.
Esperar não é fácil, esperar em silêncio é ainda mais
difícil. O profeta Jeremias, no entanto, garante que vale
a pena esperar tranqüilo a salvação do Senhor: “É bom
esperar tranquilo pela salvação do Senhor”
Enfrentando angústia e aflição precisamos esperar
tranquilamente por Deus; só ele nos dá condições para
prosseguirmos. Esperamos tranquilamente quando,
reconhecendo a bondade do Senhor, colocamos nossa
esperança nele.
“O Senhor é bom para com aqueles cuja
esperança está nele, para com aqueles que o
buscam; é bom esperar tranquilo pela salvação do
Senhor”.
Por mais que estejamos aflitos e tristes, Deus está
cuidando de nós.

Aflito e triste coração, Deus cuidará de ti,


Hino 33
Tens nos teus braços proteção, Deus cuidará de ti.
HCC 1ª
est. e Deus cuidará de ti, tudo ele vê, tudo provê.
estrib. Sim cuidará de ti, Deus cuidará de ti

1º tópico VALE A PENA ESPERAR SEM INQUIETAÇÃO


“O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança
está nele, para com aqueles que o buscam; é bom
esperar tranqüilo pela salvação do Senhor”.
Apesar da gravidade do problema. O livro de
Lamentações traz o lamento do Profeta Jeremias diante
da gravidade do momento vivido pelo povo de Deus.
Ele começa falando da cidade, antes populosa, agora
solitária, que havia se tornado como viúva, chorando
amargamente dia e noite. São afirmações fortes, que
dizem do sofrimento do povo:
“Como está deserta a cidade, antes tão cheia de
gente! Como se parece com uma viúva, a que
antes era grandiosa entre as nações! A que era a
princesa das províncias agora tornou-se uma
escrava. Chora amargamente à noite, as lágrimas
rolam por seu rosto. De todos os seus amantes
nenhum a consola. Todos os seus amigos a
traíram; tornaram-se seus inimigos. Em aflição e
sob trabalhos forçados, Judá foi levado ao exílio.
Vive entre as nações sem encontrar repouso.
Todos os que a perseguiram a capturaram em meio
ao seu desespero. Os caminhos para Sião
pranteiam, porque ninguém comparece às suas
festas fixas. Todas as suas portas estão desertas,
seus sacerdotes gemem, suas moças se
entristecem, e ela se encontra em angústia
profunda. Seus adversários são os seus chefes;
seus inimigos estão tranqüilos. O Senhor lhe trouxe
tristeza por causa dos seus muitos pecados. Seus
filhos foram levados ao exílio, prisioneiros dos
adversários. Todo o esplendor fugiu da cidade de
Sião. Seus líderes são como corças que não
encontram pastagem; sem forças fugiram diante do
perseguidor. Nos dias da sua aflição e do seu
desnorteio Jerusalém se lembra de todos os
tesouros que lhe pertenciam nos tempos passados.
Quando o seu povo caiu nas mãos do inimigo,
ninguém veio ajudá-la. Seus inimigos olharam para
ela e zombaram da sua queda” (1.1-7).
Mas em meio a situação tão adversa, o Profeta sabe
que vale a pena esperar pelo Senhor, sem inquietação
e afirma: “Bom é ter esperança” “Bom é aguardar em
silêncio…”
O salmista vivenciou idêntica experiência de fé:
“Esperei com paciência pelo Senhor” (Sl 40.1);
“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46.10).
Qual tem sido a sua situação? Você anda inquieto por
não poder vislumbrar uma solução para os seus
problemas? Nunca se esqueça que o Senhor está no
comando. Por mais cruel que seja a dor, por maior que
seja a aflição, espere no Senhor pois só ele tem poder
para cuidar de nós.

Hino 33 Na dor cruel, na provação, Deus cuidará de ti,


HCC 2ª Socorro dá e direção, Deus cuidará de ti.
est. e
estrib.
Deus cuidará de ti, tudo ele vê, tudo provê.
Sim cuidará de ti, Deus cuidará de ti

2º tópico VALE A PENA ESPERAR SEM DESESPERO


Em meio ao sofrimento o povo apela para o seu
Deus:
Veja, Senhor, como estou angustiada! Estou
atormentada no íntimo e no meu coração me
perturbo pois tenho sido muito rebelde. Lá fora, a
espada a todos consome; dentro, impera a morte.
Os meus lamentos têm sido ouvidos, mas não há
ninguém que me console. Todos os meus inimigos
sabem da minha agonia; eles se alegram com o
que fizeste. Quem dera trouxesses o dia que
anunciaste para que eles ficassem como eu! Que
toda a maldade deles seja conhecida diante de ti;
faze com eles o que fizeste comigo por causa de
todos os meus pecados. Os meus gemidos são
muitos e o meu coração desfalece” (1.20-22)
Quantas vezes oramos ao Senhor quando o nosso
coração se derrama em tristeza, quantas dificuldades
enfrentamos, mas é preciso aprender a esperar no
Senhor, sem desesperar.
Paulo, em meio a circunstâncias adversas, declarou
sua fé
“Eu sei em quem tenho crido e estou bem certo
que é poderoso para guardar o meu tesouro até
aquele dia.” (2 Tm 1.12):
O Profeta Jeremias, em suas Lamentações, também
declara a sua fé; estava cercado de problemas, mas as
evidências do amor de Deus eram bem maiores
Graças ao grande amor do Senhor é que não
somos consumidos, pois as suas misericórdias são
inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a
sua fidelidade! Digo a mim mesmo: A minha porção
é o Senhor; portanto, nele porei a minha
esperança. (3.22-24).
Não dá para desesperar quando temos o nosso
Deus, em quem podemos confiar; não dá para
desesperar quando temos um Deus que é fiel.

Tu és fiel, Senhor, meu Pai celeste, pleno poder aos


teus filhos darás.
Nunca mudaste, tu nunca faltaste: tal como eras,
tu sempre serás.
Hino 25 Tu és fiel, Senhor, tu és fiel, Senhor, dia após
HCC 1ª e dia com bênçãos sem fim.
3ª estr. e Tua mercê me sustenta e me guarda; tu és fiel,
estrib. Senhor, fiel a mim.
Pleno perdão tu dás, paz segurança;
cada momento me guias, Senhor.
E, no porvir oh, que doce esperança
desfrutarei do teu rico favor!

3º tópico VALE A PENA ESPERAR SEM ILUSÕES


Não aguardamos fórmulas mágicas, aguardamos a
salvação do Senhor. É o Criador, o Deus Todo-
Poderoso quem cuida de nós;
O salmista afirmou:
“Do Senhor vem a salvação dos justos; ele é a
sua fortaleza na hora da adversidade. O Senhor os
ajuda e os livra; ele os livra dos ímpios e os salva,
porque nele se refugiam.” (Sl 37.39,40).
E ainda: (Sl 121.2): “O meu socorro vem do Senhor
que fez o céu e a terra.”
No Salmo 142. 6,7 Davi suplica ao Senhor:
“Dá atenção ao meu clamor, pois estou muito
abatido; livra-me dos que me perseguem, pois são
mais fortes do que eu. Liberta-me da prisão, e
renderei graças ao teu nome. Então os justos se
reunirão à minha volta por causa da tua bondade
para comigo
Quando oramos e aguardamos a resposta do Senhor,
não estamos esperando ilusoriamente porque sabemos
que Ele é poderoso para nos atender e fazer muito mais
do que pedimos ou imaginamos. A Bíblia nos ensina
que Deus é fiel e não deixará que sejamos tentados
além do que podemos resistir e que nos dará o meio de
saída para que possamos suportar (1 Co 10.13)
Há muita gente em nossos dias esperando por
ilusões – alguns colocando o copo d’água junto ao rádio
para obter cura… Outros subindo escadas de joelhos,
mas somente em Deus devemos esperar – Ele é o
nosso socorro, é Ele quem não permite que os nossos
pés vacilem.

Deus, somente Deus, criou o mundo e o que nele há;


o ser que pode respirar e existe pra mostrar a glória do
Senhor.
Deus, somente Deus, os seus desígnios pode revelar
os seus mistérios que jamais um dia aconteceu, pois
Hino Deus, somente é Deus.
“Deus,
Deus, somente Deus, domina o trono do universo.
Somente
Que a voz da criação se erga para dar louvor somente
Deus”
a Deus
Deus, somente Deus, eternamente em nós há de
inspirar
a alegria de adorar, desejo de exaltar a Deus,
somente a Deus. Deus, somente Deus

Conclusão
Quando esperamos no Senhor recebemos bênçãos
inigualáveis e alcançamos resultados inesperados. A
esse respeito o profeta Isaías declara:
“Será que você não sabe? Nunca ouviu falar? O
Senhor é o Deus eterno, o Criador de toda a terra.
Ele não se cansa nem fica exausto; sua sabedoria
é insondável. Ele fortalece o cansado e dá grande
vigor ao que está sem forças. Até os jovens se
cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e
caem; mas aqueles que esperam no Senhor
renovam as suas forças. Voam alto como águias;
correm e não ficam exaustos, andam e não se
cansam” (Is 40.28-31).
Vale a pena esperar pelo Senhor – esperar sem
inquietação, sem ilusões, sem desespero. Esperar
sabendo que a bonança chegará.
Que possamos esperar sempre no Senhor. Amém

Sabemos que a pregação para alcançar os


ouvintes com relevância e objetividade trabalha com
propósitos definidos, assim também é a música. O
hino, à semelhança do bom sermão, tem o seu
propósito. Uma classificação feita por Breed,
apresenta seis propósitos para o hino: doutrinário,
didático, missionário, evangelizador, devocional e
experimental.48
Considerando esta realidade, podemos elaborar
fichas com leituras bíblicas e hinos por propósitos,
que facilitarão o preparo de sermões segmentados
para atender às diferentes necessidades
congregacionais.
Quando a pregação e os hinos são planejados
visando um só propósito há condições da unidade
sermônica ser assegurada: o hino integra a palavra
pregada e ambas alcançam o mesmo propósito. Veja
a ficha a seguir, com hinos no propósito
evangelístico:

HINOS COM PROPÓSITO EVANGELÍSTICO


“A nova do evangelho já se fez ouvir aqui” [188 Cantor Cristão]
todo
Buscou-me com ternura [169 HCC] todo
“Cristo é tudo para mim” [200 HCC] todo
“Cristo veio dos santos céus” [192 Cantor Cristão] todo
“Eu era escravo do vil pecar” [308 HCC] Todo
“Eu nas trevas vagueava, sem a luz da salvação” [451 HCC]
“Jesus tem o poder das culpas perdoar” [202 Cantor Cristão] todo
“Mui triste eu andava, aflito e sem paz” [454 HCC] todo
“Pecador, teus pecados brancos, brancos se farão” [187 Cantor
Cristão] todo
“Perdido eu andava nas trevas” [443 HCC] todo
“Pra todos perdidos nas trevas do mal” [Cantor Cristão 183] todo
“Que mudança admirável na vida provei” [448 HCC] todo
“Somente Cristo é salvador” [185 Cantor Cristão] todo
“Triste e sombrio foi meu viver” [450 HCC] todo
“Veio Jesus a este mundo vil” [190 Cantor Cristão] todo

9
Variações na forma que
traz variedade

Oferecendo variações
em uma forma que traz variedade,
surpreendemos agradavelmente os nossos ouvintes
e valorizamos o trabalho no púlpito.
Com criatividade, responsabilidade e bom senso,
conseguimos algumas variações na forma
segmentada. A primeira preocupação do pregador
ou do músico não deve ser em variar esta forma,
mas em usá-la adequadamente para ter a variedade
desejada no culto e na pregação.
Neste capítulo encontramos alguns diferentes
modelos de sermões segmentados não com a
pretensão de esgotar as possibilidades de variações,
mas com o propósito de deixar claro que muito mais
pode ser feito, bastando apenas que haja estudo
sério da Palavra de Deus, identificação com o povo a
quem ministramos e suas necessidades,
conhecimento dos hinos e sensibilidade para
escolhê-los adequadamente e criatividade e
coragem para nos lançarmos ao trabalho. Vejamos
algumas possibilidades de variação.
Segmentado em um texto ilustrado por um hino,
para ensinar verdades bíblicas e doutrinárias.
O esboço do sermão O Deus que Adoramos,
exemplifica esta realidade. A base está no Salmo 46
e será segmentado com o hino Castelo Forte. O
texto bíblico, Salmo 46, serve de fato como base
para o sermão, tornando a porção bíblica básica e
não apenas ornamental. Se, ao usar um hino como
base de um sermão você não encontrar um texto
que seja realmente básico é melhor não ler um texto
no começo do sermão, como se fora básico, apenas
como pretexto para “agradar” aos ouvintes. Isto não
significa que a mensagem não será bíblica, mas que,
apesar de não ter um único texto, terá vários textos
sendo expostos ao longo da apresentação
sermônica. No caso deste esboço, as estrofes do
hino Castelo Forte, cantadas entre os segmentos,
apresentam um conteúdo inspirado no Salmo 46, o
que possibilita a unidade entre: MENSAGEM DO
TEXTO – CONTEÚDO SERMÔNICO – LETRA DO
HINO. Para completar, parte da história do autor do
hino é narrada.

Título O DEUS QUE ADORAMOS


Sl 46
Qual o conceito que temos de Deus?…
Introdução O hino Castelo Forte, 323 do Cantor Cristão, escrito
por Martinho Lutero, baseado no salmo 46, nos mostra
o Deus que está presente na vida dos seus adoradores.

1º tópico O DEUS QUE ADORAMOS TEM PODER


APRESENTADO POR FIGURAS
CastELO “Castelo forte é nosso Deus” – É a ideia de
um lugar de refúgio:
(Sl 46.1): “Deus é o nosso refúgio e fortaleza,
socorro bem presente na angústia.”
(Sl 62.7): “Deus é o meu forte rochedo e o meu
refúgio”
Espada
É uma figura usada no Antigo Testamento para
expressar a ideia de destruição, ataque ou defesa.
Quando afirmamos que o Senhor é nossa espada,
dizemos que dele vem o nosso livramento. No
Éden foi posta uma espada guardando o caminho
da árvore da vida (gn 3.24). O salmista orou: “Livra
a minha alma da espada” (Sl 22.20).
Escudo
É outra figura usada no Antigo Testamento.
Deus prometeu a Abraão (gn 15.1): “Eu sou o teu
escudo, não temas”.
Davi afirmou: (Sl 18.2): “O Senhor é o meu
escudo, a força da minha salvação”.
O Deus que adoramos é Todo-Poderoso e está
sempre pronto a nos proteger. Ele é o castelo forte
a nos abrigar, é a espada que vem em nosso
auxílio e o escudo que sempre nos protege.
É por isso que cantamos…

Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo,


com seu poder defende os seus em todo o transe
Hino 323 agudo.
CC 1ª Com fúria pertinaz persegue Satanás,
estrofe com artimanhas tais e astúcias tão cruéis que iguais
não há na terra.

2º tópico O DEUS QUE ADORAMOS TEM PODER


QUE NOS GARANTE PROTEÇÃO
“A nossa força nada faz, estamos nós perdidos,
mas nosso Deus socorro traz e somos protegidos”.
(Sl 27.1) “O Senhor é a força da minha vida, de
quem terei medo?”
Quem nos defende é Jesus, Ele é o Senhor dos Altos
céus, e uma vez que Ele é o próprio Deus, triunfa na
luta.
(Rm 8.37): “Somos mais do que vencedores, por
meio daquele que nos amou”.

A nossa força nada faz, estamos nós perdidos,


Hino 323 mas nosso Deus socorro traz e somos protegidos.
CC 2ª Defende-nos Jesus, o que venceu na cruz, Senhor dos
estrofe altos céus;
e, sendo o próprio Deus, triunfa na batalha.

O DEUS QUE ADORAMOS TEM PODER


QUE NOS GARANTE A VITÓRIA
Demônios não contados não podem nos assustar; o
3º tópico crente não pode ser derrotado pelo inimigo; Satanás
está derrotado.
(1 Co 15.57): “graças a Deus que nos dá a vitória
por nosso Senhor Jesus Cristo.”

Se nos quisessem devorar demônios não contados,


Hino 323 não nos podiam assustar, nem somos derrotados.
CC 3ª O grande acusador dos servos do Senhor já condenado
estrofe está,
vencido cairá por uma só palavra.

4º tópico O DEUS QUE ADORAMOS TEM PODER


QUE PERMANECE PARA SEMPRE
A Palavra ficará.
Jesus garantiu
(Mt 24.35): “Passará o céu e a terra, mas as
minhas palavras jamais passarão”.
Paulo assegura (Rm 8.35-39) “nada nos separará do
amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso
Senhor”.
Martinho Lutero viveu grandes experiências com
Deus. Deus era tão real na vida dele, a ponto de poder
ver nEle o seu castelo forte, espada e escudo. A
história registra que, em 1519, na Dieta de Worms, na
Alemanha, Lutero foi considerado herege e colocado
fora da proteção da lei. Significava que ele podia ser
morto, pagar com sua vida o preço de suas convicções.
Naquele concílio foi exigido de Lutero que se retratasse
de suas afirmações. Mesmo sabendo do perigo que o
ameaçava, ele respondeu diante do Imperador:
“Não posso submeter minha fé nem ao Papa,
nem aos concílios, porquanto é claro como o dia
que caíram muitas vezes em erro e mesmo em
grandes contradições consigo mesmo. Se, pois,
não for eu convencido com testemunhos da
Escritura ou por evidentes razões; se me não
persuadirem pelas próprias passagens que citei e
me não tornarem a consciência cativa da Palavra
de Deus –
Não posso e não quero retratar-me de coisa
alguma, porque não é seguro para o cristão falar
contra a sua consciência”.49
Tem sido afirmado que Lutero escreveu Castelo Forte
como um cântico de guerra. Lutero sabia que o Senhor
é o nosso Castelo Forte, o Deus que nos protege, que
nada pode nos assustar, nem nos derrotar, e que, para
sempre a Palavra do Senhor ficará.

Hino 323 Sim que a Palavra ficará, sabemos com certeza.


CC 4ª E nada nos assustará com Cristo por defesa.
estrofe Se temos de perder os filhos, bens, mulher e,
embora a vida vá, por nós Jesus está e dar-nos-á seu
reino.

Como você concluiria esta mensagem? Boa


sugestão pode ser um sumário, com aplicação final
de tudo quanto foi apresentado, desafiando os
ouvintes a, pensando nas figuras que falam de Deus,
viverem uma vida de comunhão com Ele, para
serem protegidos, pois só ele permanece para
sempre. Examinemos outra sugestão:
Segmentado em textos bíblicos e hinos ou cânticos
para ensinar verdades bíblicas e doutrinárias.
Sendo o modelo mais temático, não está baseado
em um só texto bíblico, mas em vários diferentes
textos, com a mensagem de cada tópico e que,
juntos, completam o assunto. Nesse caso, pode-se
dispensar a leitura textual no início da mensagem,
avisando aos ouvintes que os textos irão sendo lidos
durante a pregação.

O DEUS QUE CULTUAMOS


Introdução Quem é o Deus a quem cultuamos?
O culto começa autêntico com um adequado conceito
de Deus (Jo 4. 24): “Deus é espírito e importa que os
seus adoradores O adorem em espírito e em verdade.”
Nos hinos e cânticos que entoamos, afirmamos quem
é o nosso Deus. Cultuamos o único Deus verdadeiro.
Só Ele é digno de receber a glória e a honra, a força e o
poder:

Cântico:
“Ao Único Ao único que é digno de receber a glória e a honra,
que é a força e o poder. Ao Deus Eterno, imortal,
digno de invisível, mas real, a Ele tributamos o louvor.
receber”
CULTUAMOS O DEUS PRESENTE NA
CRIAÇãO
(Sl 19.1): “Os céus proclamam a glória de Deus e
o firmamento anuncia a obra das suas mãos”.
A Bíblia começa com a ação de Deus na criação:
(gn 1.1):
“No princípio criou Deus o céu e a terra.” A partir
daí encontramos Deus presente na criação. O
salmista tinha razão quando declarou: “os céus
proclamam a glória de Deus e o firmamento
1º tópico anuncia a obra das suas mãos”.
E no Salmo 8.1,3,4 lemos:
“Ó Senhor, senhor nosso, quão admirável é o teu
nome em toda a terra! Puseste a tua glória sobre
os céus… Quando vejo os teus céus, obra dos teus
dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o
homem mortal para que te lembres dele, e o filho
do homem para que o visites?”
Mas apesar de todo o seu esplendor e glória, o amor
de Deus é tão grande que podemos sentir sua presença
na criação.

Hino 52 Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado,


HCC 1ª contemplo a tua imensa criação,
estr. e o céu e a terra, os vastos oceanos, fico a pensar em tua
estrib. perfeição.
Então minha alma canta a ti, Senhor: grandioso és tu!
grandioso és tu!
Então minha alma canta a ti, Senhor: grandioso és tu!
grandioso és tu!

Olhando tudo quanto foi criado vemos Deus: Deus


presente: presente sempre.
2º tópico
CULTUAMOS O DEUS PRESENTE NO DIA A DIA

A explanação desse tópico tem seu respaldo


bíblico em Lamentações 3.22,23. Conta a história do
povo de Deus, a partir da experiência do Profeta
Jeremias. Vale lembrar que o tempo despendido não
deve ser longo. Após a fala desse tópico, a
congregação canta o hino “Cada Momento”.

Sendo remido por Cristo na cruz, vivo contente no


reino da luz,
Cheio da graça que vem de Jesus. Cada momento o
Hino 183
Senhor me conduz
HCC 1ª
estr. e Cada momento me guia o Senhor, cada momento
estrib. dispensa favor.
Sua presença me outorga vigor, cada momento sou teu,
ó Senhor.

Cultuamos o único Deus presente na criação e


presente no dia a dia
3º tópico CULTUAMOS O DEUS PRESENTE PARA SALVAR
(2 Co 5.19) “Deus estava em Cristo, reconciliando
consigo o mundo”.
A base bíblica é o amor de Deus, presente no
mundo, através de Jesus, dando a vida para nos
salvar. O hino a ser cantado a seguir fala do Rei da
glória que se fez homem, para nos salvar. Observe
que o hino serve como elo entre este 3º tópico e o
próximo, uma vez que a última estrofe fala do Rei
que em breve voltará e o enunciado do 4º tópico fala
do Deus que assegura um futuro glorioso.

O Rei da glória, o Rei dos reis, Senhor dos senhores,


soberano Deus, é Jesus, é Jesus, é Jesus.
Desceu da glória e homem se fez , varão de dores,
servo sofredor, padeceu, sim, Jesus padeceu.
Sim, Cristo entregou sua vida; de forma espontânea
Hino 194 ele a deu;
HCC ninguém poderia obrigá-lo; foi seu grande amor que o
moveu
Por isso reina acima dos céus e tem um nome
Capaz de nos salvar; é Jesus, é Jesus, é Jesus.
Virá em breve o Rei dos reis, vestido de glória,
com todo o seu poder. Voltará, sim, Jesus voltará.

CULTUAMOS O DEUS QUE NOS


ASSEGURA UM FUTURO GLORIOSO
Jesus garante (Jo 14.2):

4º tópico “Na casa de meu Pai há muitas moradas, se


assim não fosse eu vo-lo teria dito, pois vou
prepara-vos lugar, e quando eu for e vos preparar
lugar virei outra vez e vos levarei para mim mesmo,
para que onde eu estiver estejais vós também”.
Observe que neste último segmento, a ênfase é
escatológica. O Deus presente nos dá a certeza de
um futuro glorioso. Ele tem preparado lugar para
todos quantos, através de Jesus, O cultuam em
espírito e em verdade. Após o hino, o sermão pode
ser concluído com um apelo direto e o cântico da
última estrofe do hino 499 do HCC.

Ouvi de um lar glorioso que Jesus, meu Rei bondoso,


preparou nos céus e um dia ali com ele habitarei.
Hino 499 E no celeste coro cantarei a antiga história.
HCC 3ª Ao meu Senhor e Salvador pra sempre louvarei.
est. e
estrib. Jesus me dá vitória, vitória completa.
Buscou-me, comprou-me com sangue remidor.
De coração amou-me, da perdição salvou-me.
Vitória me assegurou Jesus meu Salvador.

Mais uma possibilidade no trabalho segmentado é


o uso do drama. Sermões dramatizados ainda são
raros, mas se constituem em excelente recurso para
ocasiões especiais e outros momentos significativos
na vida do povo de Deus.
Veja este exemplo – Milagre da graça de Deus
Segmentado narrativo dramatizado
O sermão segmentado é uma forma enriquecida
não apenas pela música, mas de outros recursos
das artes: drama, monólogo, jogral, poesia,
testemunhos, etc. Neste próximo exemplo
focalizaremos um segmentado dramatizado,
baseado na carta de Paulo a Filemom. São três
personagens: o pregador; Paulo, o autor da carta,
encarregado da leitura do texto de sua autoria e
Onésimo, solista, que cantando, narra parte da sua
experiência.

MILAGRA DA GRAÇA DE DEUS


Introdução Filemom 1-25
Pregador:
Cartas… gostamos de recebê-las, mas nem sempre
de escrevêlas… A moda hoje são os e-mails, mas até
eles, nem sempre escrevemos. Mas as cartas
continuam tendo sua importância: E como uma carta
ainda pode nos alegrar!
Cartas de apresentação, de agradecimento, de
recomendação ou encaminhamento. Cartas com boas
ou más notícias… Cartas que informam ou confundem,
animam ou abatem, fazem rir ou chorar… Cartas que
vêm de longe, escritas por amigos. Cartas, esperadas
ou inesperadas…
Você já ficou surpreso ao receber alguma carta?
Filemom não esperava receber aquela carta. Pode-se
imaginar sua admiração… Todo assombro que tomou
conta de Filemom naquele momento. Fazia já algum
tempo desde que Onésimo, o escravo, havia fugido. E
agora Onésimo vinha junto com a carta.
Seria possível ele ter a coragem de voltar? Por que
voltaria? Para que voltaria?…
Onésimo, ainda ofegante da viagem e da expectativa,
chega diante de Filemom. O homem recebe a carta;
perguntas estão diante dele: quem poderia ter enviado
a carta por Onésimo? Com que coragem Onésimo volta
até ali? O que deseja ele afinal?
Entretanto, a pergunta mais importante que podemos
fazer é: Onésimo ainda era um escravo?

Eu era escravo do vil pecar mas Cristo Jesus me


salvou.
Veio da morte me libertar e agora salvo estou.
Livre em Cristo. Ele pagou o preço na cruz.
Livre em Cristo, alegre em sua luz.
Toda verdade eu conheci em Cristo, o bom Salvador;
Hino 308 a liberdade já recebi, e assim cantando eu vou.
HCC
O seu amor que me perdoou também poderá te
salvar,
e sua graça que me alcançou a vida pode mudar.
Deixa o Senhor te amar e salvar, e livre pra sempre
serás;
vida completa hás de encontrar e bem feliz cantarás.

Este sermão não inicia com a tradicional leitura do


texto bíblico. O pregador está falando informalmente
sobre o papel das cartas na vida. Partindo desta
situação real, ele chega a Filemom, recebendo a
carta trazida pelo próprio Onésimo. Observe que o
questionamento inicial é: com que coragem
Onésimo, um escravo fugitivo, volta ao lugar de onde
fugiu? E partindo desse questionamento a
mensagem (drama) chega à reflexão maior:
Onésimo ainda era um escravo?
Nesse ponto a comunicação sai da linha da
prédica e assume seu papel dramático. Não se trata
de um simples sermão segmentado. O cântico do
hino é feito por um solista que, caracterizado, com
trajes da época, assume o papel de Onésimo e
diante da pergunta Onésimo ainda era um escravo?
– ele canta: “Eu era escravo do vil pecar, mas Cristo,
Jesus, me salvou… Livre em Cristo, ele pagou o
preço na cruz”.
O sermão prossegue com uma rápida palavra do
pregador para, logo a seguir, aparecer a figura de
Paulo, o autor da carta. Nesta primeira fala, ele se
apresenta (v. 1). A partir daí este material sermônico
introdutório é dividido entre as falas do pregador e as
falas de Paulo, com partes da leitura da carta, que
estão sendo apresentadas à medida que o sermão
avança. Paulo também está caracterizado e suas
vestes da época dão ainda mais dramaticidade à
comunicação.
O segundo hino cantado é outra participação do
solista que, representando Onésimo, diante da
dúvida – o que aconteceu a Onésimo? – usa a
mensagem do seu cantar para dizer de como sua
vida foi transformada: “Perdido, eu andava nas
trevas, te que a luz de Jesus encontrei. Estendeu-me
sua mão, deu-me ajuda, direção nele então eu
achei”.
Observe o próximo segmento:
Ao receber a carta, Filemom logo descobre seu
Pregador: remetente: Paulo, o Apóstolo.

“Eu, Paulo, prisioneiro por causa de Jesus


Cristo, junto com o nosso irmão Timóteo, escrevo
Texto
a você, Filemom, nosso amigo e companheiro de
apresentado
trabalho” (v. 1).
por Paulo

Não havia qualquer dúvida. A carta era mesmo de


Paulo; escrita e assinada por ele…
Por que Paulo estaria enviando esta carta? Por que
Pregador: Onésimo está voltando? Onde Paulo e Onésimo
teriam se encontrado? O que teria acontecido?…
Filemom prossegue na leitura:

“Meu caro Filemom, sempre que eu oro,


lembro-me de você e agradeço ao meu Deus,
porque eu ouço falar do seu amor por todo o
povo de Deus, e da fé que você tem no Senhor
Texto Jesus. Peço a Deus que a fé que une você a nós
apresentado nos faça compreender mais profundamente todas
por Paulo as bênçãos que temos recebido em nossa vida,
em união com Cristo. Meu caro irmão, seu amor
tem me dado grande alegria e muita coragem,
pois você tem animado o coração de todo o povo
de Deus”.

Pregador: O que Paulo está querendo?


Filemom sabe que o Apóstolo jamais enviar-lhe-ia
uma carta apenas para elogiá-lo. Certamente havia
alguma importante comunicação, ou talvez, uma
solicitação.
A leitura continua:

“Por isso, como seu irmão em Cristo, eu me


sinto à vontade para ordenar o que você deve
Texto fazer. Mas o amor que tenho por você me obriga
apresentado a lhe fazer apenas um pedido. E faço isto,
por Paulo embora eu seja Paulo, o representante de Jesus
Cristo, e agora também prisioneiro por causa
dele.”

Pregador: Será que Paulo vai pedir em favor deste escravo?

“Assim, eu lhe faço um pedido a favor de


Texto
Onésimo…”
apresentado
por Paulo

Paulo, pedindo em favor de Onésimo? Alguma


Pregador: novidade aconteceu:

Texto … que é meu próprio filho em Cristo. Porque,


apresentado enquanto eu estava na prisão, tornei-me seu pai
por Paulo espiritual”.

Pregador: Paulo, pai espiritual de Onésimo? Pai espiritual


deste escravo Onésimo?…
Ele foi um escravo inútil. Tão imprestável que fugiu.
Mas, se ele é filho na fé do apóstolo Paulo, então
alguma transformação houve na sua vida. O que
aconteceu a Onésimo? Onésimo não andava mais
perdido nas trevas, sem a luz da graça de Deus. Sua
vida havia sido transformada. Ele havia conhecido o
Senhor Jesus.

Perdido, eu andava nas trevas, té a luz de Jesus


encontrei.
Estendeu sua mão, deu-me ajuda, direção nele então
eu achei
O que fez por mim, também quer fazer por ti.
É só nele crer e aceitá-lo pela fé
Hino 443 e vida nova tu hás de receber,
HCC 1ª, 2ª seguindo os passos da Mestre em teu viver.
e 4ª estr. e Aflito, sem rumo, eu vivia, té que a voz de Jesus eu
estib. ouvi,
me dizendo palavras de vida. Nele cri, sua paz recebi.
Em paz e feliz hoje vivo, porque Cristo Jesus me
encontrou.
É por isso que eu canto louvores a Jesus, que do mal
me salvou.

Sendo narrativo, este sermão não apresenta uma


estrutura em tópicos. Sua proposta é narrar a
mensagem do texto. A ideia central do texto, a
história de Onésimo, aparece clara ao longo de toda
mensagem e, de modo especial, no próximo
segmento:
Paulo trabalhou e a graça divina transformou um
escravo inútil em um homem de valor.
Até o final deste segmento a mensagem está
voltada para Filemom, o que em um sermão sem os
recursos da música e do drama, pode significar
distância do ouvinte, resultando em perda da
atenção.
O segmento termina com o cântico do hino
“Maravilhosa graça”, que realça a verdade da ideia
central do texto e da proposição central, tese, a ser
apresentada no segmento seguinte.

Uma completa transformação aconteceu…


Pregador: Onésimo passou de escravo inútil a um homem útil:

“Antes, ele era um escravo inútil para você,


mas agora é útil a você e a mim. Eu o estou
mandando de volta para você, e com ele vai o
meu coração. gostaria de conservá-lo aqui
comigo, enquanto estou nesta prisão por causa
do evangelho, para que ele me ajudasse em
lugar de você. Porém não quero que você seja
obrigado a me ajudar. Ao contrário, gostaria que
Texto você fizesse isso de livre e espontânea vontade.
apresentado Só ficarei com ele se você concordar. Pode ser
por Paulo que Onésimo tenha se afastado de você por
algum tempo, para que você o tenha de volta
para sempre. Porque agora ele não é mais um
escravo, porém muito mais do que isso -é
querido irmão em Cristo. Ele é de fato muito
querido para mim. E para você é mais querido
ainda, não só como pessoa, mas também como
irmão no Senhor.”

Pregador: Quantas notícias maravilhosas! E o resumo de tudo


era: Paulo trabalhou e o milagre da graça divina
aconteceu: um escravo inútil foi transformado em um
homem de valor.
Onésimo passou de escravo inútil a servo útil. E,
uma vez que a fé cristã não é um passaporte para
fugitivos, agora, em vez de fugir, ele voltava ao seu
antigo posto de trabalho.
Não era fácil para o Apóstolo mandá-lo de volta.
Entre eles nascera tão grande amizade que enviá-lo
era enviar uma parte preciosa de si mesmo:

Texto
apresentado “Com ele vai o meu coração”.
por Paulo
Pregador: Paulo bem que gostaria que Onésimo ficasse com
ele, na prisão. Ele podia ajudar, fazendo o trabalho
que certamente Filemom faria, se ali estivesse. Mas o
Apóstolo não queria nada à força:

“… Não quero que você seja obrigado a me ajudar”.

Imaginar Filemom olhando para Onésimo, tentando


compreender estas palavras:

“Pode ser que ele tenha se afastado de você


por algum tempo, para que você o tenha de volta
para sempre.”

E Onésimo ali estava, livremente,


espontaneamente; sem que qualquer força o
obrigasse a voltar. Só mesmo o milagre da graça de
Deus; o milagre da transformação que só Jesus pode
realizar. Paulo trabalhou e o milagre da graça divina
aconteceu: transformou um escravo inútil em um
homem de valor. A graça de Deus age na vida
humana, fazendo desaparecer a condição de senhor
e escravo e fazendo nascer a relação que nivela
todos os homens como irmãos. A maravilhosa graça
de Deus havia dado certeza e firmeza a Onésimo.

Maravilhosa graça! graça de Deus sem par!


Como poder cantá-la? Como hei de começar?
Ela me dá certeza e vivo com firmeza
pela maravilhosa graça de Jesus.
Graça! Que maravilhosa graça! É imensurável e
Hino 193 sem fim.
HCC 1ª e 2ª É maravilhosa, é tão grandiosa é suficiente para mim.
estr. e É maior que a minha iniquidade, é a revelação do
estrib. amor do Pai.
O nome de Jesus engrandecei e a Deus louvai.
Maravilhosa graça! Traz vida perenal.
Por Cristo perdoado, vou à mansão real.
Hoje eu sou liberto, vivo de Deus bem perto
pela maravilhosa Graça de Jesus.

No prosseguimento, as falas maiores vão se


tornando do pregador, mas ainda com participação
do personagem que representa Paulo, para as
pequenas porções do texto que ainda restam. Neste
segmento, a tese aparece clara: Quando
trabalhamos para o Senhor ele transforma vidas
inúteis em homens de valor.

Filemom estava diante de mais um milagre da


maravilhosa graça de Deus. A graça de Deus age
Pregador: transformando vidas, valorizando pessoas e mudando
relacionamentos. Relacionamentos terrenos se
tornam eternos quando alicerçados na graça:
Texto “Porque agora ele não é mais escravo, porém muito
apresentado mais do que isso -é querido irmão em Cristo. Ele é de
por Paulo fato muito querido para mim. E para você é muito
mais querido ainda, não só como pessoa, mas
também como irmão no Senhor”.

Paulo fazia vários pedidos: que Onésimo fosse


aceito e que fosse aceito não mais como escravo, e
sim como irmão querido. Pedia que, uma vez aceito
como irmão querido, ele pudesse voltar e assumir
suas responsabilidades junto com Paulo, como
pregador do Evangelho. O sonho era ver Onésimo
deixar de ser um escravo de Filemom, porque ele
agora, uma vez livre pelo Salvador, tornara-se um
servo de Jesus Cristo.
O sonho era ver Onésimo passar de escravo
fugitivo à posição de irmão querido; ver Onésimo não
Pregador: mais com a imagem de escravo inútil, mas vivendo
nova realidade como servo útil! E o milagre da graça
de Deus aconteceu!. Paulo trabalhou e a graça divina
transformou um escravo inútil em um homem de
valor.
A graça do Senhor continua agindo hoje. Somos
instrumentos do Espírito Santo para a comunicação
da graça. Quando trabalhamos para o Senhor ele
transforma vidas inúteis em homens de valor. É o
milagre da graça que enche de ricas bênçãos e pelo
seu poder transforma, traz vida eterna e paz.

Hino 193 Maravilhosa graça! Que ricas bênçãos traz!


HCC 3ª estr. Por ela Deus transforma, dá vida eterna e paz.
e estrib. Sendo por Cristo salvo faço do céu meu alvo
pela maravilhosa graça de Jesus.
Graça! Que maravilhosa graça!
É imensurável e sem fim. É maravilhosa,
é tão grandiosa é suficiente para mim.
É maior que a minha iniquidade,
é a revelação do amor do Pai.
O nome de Jesus engrandecei e a Deus louvai.

Os próximos segmentos dão especial atenção à


aplicação. Tendo este sermão um pb ético e
missionário, a aplicação será visando uma completa
valorização do próximo (ético) e uma total entrega ao
Senhor para servirmos ao próximo (missionário).
Veja que esses dois pbs se completam e se
encaixam dentro do foco do texto, possibilitando ao
pregador a unidade e o equilíbrio sermônico.
Vale observar também que, ilustrações de outras
fontes começam a ser usadas a partir deste próximo
segmento.

Pregador: Histórias como as de Onésimo ainda acontecem: O


missionário John Mein estava pregando num culto ao ar-
livre, no final da Av. Aristeu de Andrade, depois do
Colégio Batista, em Maceió, Um adolescente de 13 anos
fez sua decisão, entregando a vida a Jesus. O menino,
apesar do nome, não tinha aparência, nem formosura.
Havia nascido com séria dificuldade visual um
estrabismo duplo, com um olho divergente e o outro
convergente. Além dos muitos problemas de saúde, era
uma vida marcada pela tragédia: a mãe morreu
repentinamente, quando ele tinha apenas 7 anos, e o pai
morreu no ano seguinte. Sem pai e sem mãe, ele, e os
três irmãos menores, foram espalhados pela casa de
parentes.
Qual o valor do feedback da mensagem de John Mein
naquele dia? O que a decisão daquele menino, pobre, e
órfão, podia significar?
O missionário deixou que a graça de Deus agisse, e
como simples instrumento, investiu naquela vida,
aparentemente sem futuro. Custeou os estudos do rapaz
em Maceió e o ajudou quando ele se transferiu para
Recife, a fim de ali estudar. Jamais alguém podia
imaginar que aquele rapaz tão marcado pela tragédia,
tivesse um futuro tão glorioso no trabalho do Senhor. O
menino era Lívio Lindoso! O professor brasileiro que por
mais tempo serviu ao Seminário Teológico Batista do
Norte do Brasil; um dos mais brilhantes e ilustres
docentes que aquele seminário já teve; o brasileiro que
por mais vezes ocupou a reitoria, nas interinidades; o
grande mestre de grego e NT, que, durante 50 anos,
ajudou na formação de vidas…
John Mein foi sensível ao toque da graça do Senhor.
Como Paulo, ele ajudou a alguém que mais tarde veio a
se tornar muito útil para o seu ministério. Quando
trabalhamos para o Senhor, ele transforma vidas inúteis
em homens de valor.
Você teria dado importância a decisão de um menino?
Teria investido naquele menino? Temos ajudado vidas
no nosso trabalho?

Hino 394 Contigo, ó Mestre, quero andar e em teu serviço


HCC trabalhar.
Vem ajudar-me a compreender os sofrimentos do viver.
Aos de insensível coração quero mostrar mais
compaixão
e aos pés errantes apontar a direção do eterno lar.
Dá-me paciência, junto a ti, humilde em teu serviço
aqui.
Em minha fé, que eu venha a ser mais forte, para o mal
vencer.
Nesta esperança e nesta paz e em teu amor que
satisfaz,
por um futuro promissor contigo quero andar, Senhor.

A narrativa saiu do personagem do texto para uma


experiência missionária, tornando ainda mais claro o
foco do sermão e realçando a tese: Quando
trabalhamos para o Senhor, ele transforma vidas
inúteis em homens de valor. Depois do cântico
desse último hino o pregador reinicia sua fala com
essa tese.

Conclusão Quando trabalhamos para o Senhor, ele transforma


Pregador: vidas inúteis em homens de valor. O Senhor nos salva e
nos valoriza… E Ele nos desafia a trabalharmos para a
salvação e valorização do homem.
Todos nós, um dia, recebemos ajuda de alguém. O
próprio Paulo, no começo de sua vida cristã precisou de
pessoas usadas por Deus para o ajudar: Ananias, cujas
mãos certamente teriam sido torturadas pelo
perseguidor, foi ao encontro dele e o ajudou. Barnabé,
quando os discípulos de Jesus não acreditaram na
experiência de Saulo, colocou-se ao lado dele e o
ajudou.
E o que dizer de João Marcos? Tropeçou um dia.
Desistiu. Fracassou. O que teria sido de sua vida, sem
a ajuda de Barnabé? Barnabé, mesmo se indispondo
com Paulo, investiu nele; deixou que a graça de Deus
agisse; e, acreditando em sua capacidade de
recuperação, o ajudou. Mais tarde, ele se recuperou de
tal modo que Paulo chegou a afirmar que João Marcos
era útil ao ministério. Estamos procurando ajudar na
reconstrução de vidas?
Paulo, investindo em Onésimo, um simples escravo,
realizou um trabalho maravilhoso. Paulo trabalhou e a
graça divina transformou um escravo inútil em um
homem de valor. De acordo com a tradição, Onésimo,
liberto por Filemom, dedicou sua vida ao trabalho da
pregação do evangelho.
Meio século depois de haver Paulo enviado esta
carta, Inácio escreveu suas 7 cartas, consideradas
como um dos mais preciosos documentos da igreja
cristã antiga. Uma daquelas cartas foi endereçada à
Igreja em Éfeso. E naquele documento, Inácio fala da
nobreza de caráter e das qualidades notáveis do bispo
daquela igreja. E o nome do bispo da Igreja de Éfeso
era Onésimo50.
Alguns eruditos, admitindo que uma possível
coletânea das cartas paulinas tenha sido feita em
Éfeso, têm identificado Onésimo como o colecionador
das cartas de Paulo. Isto explicaria a inclusão da tão
pequenina e tão pessoal carta a Filemom no cânon do
NT. Ela certamente seria a mais preciosa de todas para
Onésimo, pois era a carta que tratava da sua liberdade.
Invistamos nas pessoas Ainda que pareçam não ter
futuro, levemos-lhes a única mensagem que pode lhes
dar garantia de futuro. O Senhor nos desafia a
acreditarmos na capacidade humana de realização.
Paulo trabalhou e a graça divina transformou um
escravo inútil num homem de valor.
Vale a pena trabalhar para o Senhor. Investir no
próximo com a mensagem da graça de Deus é
trabalhar para a vida eterna, é participar na construção
de um mundo melhor.
Quando trabalhamos para o Senhor ele transforma
vidas inúteis em homens de valor. Trabalhemos para
Ele; sejamos instrumentos para que o milagre da graça
aconteça. A vida só vale a pena quando nos dispomos
a servir. Façamos o nosso melhor. Amém.

Meu Senhor, sou teu, tua voz ouvi, a chamar-me com


amor;
mais de ti mais perto eu almejo estar, ó bendito
Salvador.
Mais perto da tua cruz, quero estar, ó Salvador.
Mais perto para a tua cruz, Leva-me o meu Senhor.
Hino 361
HCC Bem contente está o meu coração, em servir-te sem
temor.
Seguirei teus passos com retidão, constrangido pelo
amor.
Oh, que pura e santa alegria é aos teus santos pés me
achar
e com via e mui reverente fé com o Salvador falar.

O sermão termina mantendo firme o seu propósito


específico de persuadir os crentes a investirem nas
pessoas, independendo de quem sejam ou onde se
encontrem. Esse PE partiu de um Pb
ético/missionário; ético por ser uma abordagem que
realça a importância da pessoa, mostrando a
importância da nossa participação para a valorização
do outro; e missionário por apresentar o desafio de
nos engajarmos na recuperação de vidas.
Monólogo narrativo segmentado
O monólogo narrativo segmentado é outra forma
de variedade que, dependendo do auditório e da
ocasião, pode ser bem-aceito. Difere do narrativo
segmentado uma vez que naquele o pregador conta
a história, enquanto no monólogo, ele vive a história.
O pregador entra no mundo do personagem e
assume esse papel, narrando a história na primeira
pessoa.
O monólogo apresentado a seguir, escrito a partir
da experiência da mulher samaritana (João 4),
focaliza um dos samaritanos alcançados pelo
testemunho da mulher e transformado pela
mensagem de Jesus. É um personagem que não
aparece destacado no texto, mas a base para a sua
criação está no verso 39 na afirmação de que muitos
samaritanos daquela cidade creram em Jesus, por
causa do testemunho da mulher. A criação desse
personagem, portanto, é verossímil, uma vez que ele
é tirado de um grupo existente no relato bíblico.
Observemos o monólogo segmentado do
samaritano convertido.

Título VALE A PENA CRER EM JESUS


Introdução João 4.39-42
Havia entusiasmo nas palavras dela… Tanto que,
pelo modo de falar, ela me convenceu. Aquela mulher
convenceu não só a mim, mas a muitos outros homens.
Jamais teríamos dado ouvidos às palavras dela se não
fossem tão persuasivas… Dá para saber quando
alguém está falando a verdade. Dá para sentir quando
as palavras estão sendo pronunciadas com vida e com
a vida. Dá para saber quando alguém está falando o
que sente e sentindo o que fala.
Foi assim com aquela mulher. A experiência que ela
teve com Jesus de Nazaré foi tão marcante que ela não
pode ficar sem compartilhá-la com outras pessoas. Foi
isso que a fez entrar na cidade gritando para todos:
– “Venham! Corram! Depressa!!! Venham ver um
homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será que
ele não é o Cristo?”
A expressão facial daquela mulher dizia que ela
acabara de encontrar o tesouro mais precioso de sua
vida. Ela estava vindo do poço de Jacó, na entrada de
nossa cidade, Sicar. Ela havia ido ali para tirar água.
Ela nos contou que ao chegar ao poço, encontrou um
homem. Ele parecia cansado. Era um entre tantos
judeus que, fatigado da viagem, ali param para refazer
as forças. Mas mesmo sendo judeu, não havia nele
qualquer traço de indiferença, hostilidade ou rancor
para com aquela mulher, uma conterrânea nossa, uma
samaritana.
Era aproximadamente meio dia. Ela nos disse que o
calor estava insuportável. Para a grande surpresa da
mulher, o homem a olha com ternura e afeto e lhe dirige
a palavra, fazendo-lhe uma solicitação:
– “Dê-me um pouco de água”.
A mulher estava boquiaberta. Sem palavras, sem
ação. O homem era realmente judeu. Não dava para
acreditar que um homem judeu estivesse falando com
uma mulher samaritana. Ainda confusa, ela reage,
respondendo ao pedido de Jesus, com uma pergunta:
– “Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma
samaritana, água para beber”.
Como resultado de uma antiga briga de mais de
quatrocentos anos entre os judeus e nós,
samaritanos51, eles sempre se consideraram
superiores e assim não se comunicavam conosco. O
incrível é que aquele viajante, ele mesmo tomara a
iniciativa de dirigir a palavra à mulher.
Como se não bastassem as dificuldades de
relacionamentos entre judeus e samaritanos, havia
também outro grande problema: a barreira cultural.
Jamais um mestre judeu falaria em público com uma
mulher, nem mesmo com a mulher dele. Alguns fariseus
chegavam a fechar os olhos quando viam uma mulher
na rua. Se um mestre fosse visto em público falando
com uma mulher, significava o fim de sua reputação.52
Para aquele homem, entretanto, as barreiras
pareciam não existir. Que ele era mestre não havia
qualquer dúvida. E ele conhecia todos os obstáculos e
barreiras que nos separavam, mas o seu poder e amor
inigualáveis vencia todos os limites para alcançar as
pessoas com a palavra da libertação.
Posso até ouvir as palavras da mulher, lá na beira do
poço de Sicar:
– “Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma
samaritana, água para beber”.
A mulher nos contou que viveu o momento mais
maravilhoso de sua vida ao lado de Jesus, ali à beira do
poço. Ela nos disse que ele, bondosamente, com o
olhar mais puro e penetrante jamais visto, fitou os olhos
nela e disse:
– “Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe
está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria
dado água-viva”.
Não era possível. A mulher disse que algo novo e
infinitamente maravilhoso começava a acontecer na
vida dela: dom de Deus e água-viva. Sim. Ele menciona
exatamente isto dom de Deus e água-viva. Mas o que
podiam tais figuras significar? A mulher pensou também
que havia naquelas figuras tão significativas, algo de
paradoxal.
Ele falava na capacidade de oferecer água, todavia
estava com sede. Ele mencionara que podia dar água
da vida; contudo, estava pedindo água daquele poço
para saciar sua sede. Mas as palavras dele foram tão
marcantes que ficaram ali ecoando. A mulher continua
ouvindo:
– “Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe
está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria
dado água-viva”.
Não dava para a mulher compreender
completamente as palavras de Jesus. Ela podia ver as
limitações dele ali à beira do poço: estava cansado,
sentia sede, não tinha qualquer recurso para tirar a
água do poço. Como ele poderia então lhe oferecer
água? E essa água dele deve ser diferente – ela
pensava – água-viva!
As indagações foram tantas que a mulher não resistiu
e voltou a falar com Jesus:
– “O senhor não tem com que tirar água, e o poço é
fundo. Onde pode conseguir essa água-viva? Acaso o
senhor é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o
poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos
e seu gado?”.
A resposta de Jesus deixou a mulher ainda mais
perplexa:
– “Quem beber desta água terá sede outra vez, mas
quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá
sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará
nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”.
A crise da mulher levou-a a constatação de que ela
era quem precisava da água que Jesus tinha para lhe
dar. Ela que antes pensou nas limitações de Jesus, via
agora claramente as próprias limitações e começava a
achar que só ele poderia ajudá-la. Uma fonte d’água
jorrando para a vida eterna. Significava uma fonte
inesgotável – pensou a mulher. Uma fonte que nunca
irá secar. Era exatamente isso. Foi o que Jesus falou:
– “Quem beber desta água terá sede outra vez, mas
quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá
sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará
nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”.
Ele disse que tinha a água-viva. Ele garantiu que
quem dela bebesse nunca mais voltaria a ter sede.
Quem não gostaria de receber desta água? Quem não
se interessaria por algo assim? A mulher ficou muito
interessada e logo fez seu pedido, sem rodeios:
– “Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha
mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água”.
Foi essa a reação da mulher diante de Jesus. Ela
havia encontrado a fonte da água-viva. Por tantas
estradas ela andou em suas aventuras e nada deu
certo, mas agora ela podia beber da fonte da água-viva.

Cada estrada que eu andei, eu pensei daria certo,


toda terra em que habitei terminou em um deserto.
Quando Deus achou-me em trevas disse: Haja luz,
Cântico quando Deus achou-me em guerras disse: Haja paz,
Água Viva quando Deus achou-me em negras nuvens de
tribulação
fez nascer um arco-íris no céu do meu coração.
Toda vez que eu tive sede deu-me de beber
Água-viva, deu-me de beber.
– “Mestre, come alguma coisa”.
A resposta dada por ele, apesar de eu não ter
compreendido exatamente o que significavam, foram as
palavras mais bonitas que eu já ouvi:
– “Tenho algo para comer que vocês não conhecem”.
Agora tudo ficou confuso. Nem mesmo os discípulos
alcançavam o significado mais profundo daquelas
palavras. Tanto que ficaram perguntando uns aos
outros:
– “Será que alguém lhe trouxe comida?” “Será que
alguém o alimentou?”
Diante da perplexidade dos apóstolos, o Mestre
tentou esclarecer:
– “A minha comida é fazer a vontade daquele que me
enviou e concluir a sua obra. Vocês não dizem: ‘Daqui a
quatro meses haverá a colheita’? Eu lhes digo: Abram
os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para
a colheita”.
Como foi bom ouvir as palavras de Jesus! Como o
testemunho daquela mulher valeu a pena! Pude
constatar que as palavras de Jesus são poderosas e
transmitem vida. Enquanto ele falava, a vida de cada
um de nós estava sendo transformada.
Diante de tudo o que vimos e ouvimos, diante de
todas as experiências com Jesus, nós lhe pedimos que
conosco permanecesse um pouco mais. Sentíamos que
a permanência dele em nossa cidade seria algo muito
útil a outras pessoas da nossa cidade. Queríamos que
outras pessoas também tivessem a oportunidade de
ouvi-lo pregando; e nós, também, queríamos aprender
mais do ensino dele; queríamos receber a água da vida,
que só ele podia oferecer.
Jesus atendeu o nosso pedido e ficou. Ficou mais
dois dias conosco e suas palavras penetraram no mais
profundo do nosso ser. Naqueles dias sentimos o
milagre da transformação acontecendo entre nós. A
presença de Jesus era a presença de Deus conosco.
Como eu estava alegre! Eu mesmo havia me
encontrado com Jesus e havia crido em suas palavras.
Cri e em Jesus. Eu o recebi como meu salvador
pessoal; entreguei minha vida a ele; ele se tornou o
Senhor da minha vida… Eu o recebi pela fé.
A experiência da mulher foi importante porque me
levou a Jesus. Foi através do testemunho dela que eu
me encontrei com ele. A experiência que eu tenho
agora me dá certeza de vida eterna, de vida
transformada, de vida completa. É maravilhoso! Cri em
Jesus. Encontrei nele o dom de Deus e a água da vida,
capaz de saciar a minha sede espiritual.
Vale a pena conhecer Jesus. Vale a pena conhecer
Jesus! Enquanto eu viver, este será o meu testemunho.
Jesus é o Salvador do mundo! Jesus é o meu salvador!
Esse foi o meu testemunho e dos meus amigos. Já não
era mais pelo que a mulher havia nos contado. Nós
sabíamos que só Jesus era capaz de dar sentido ao
nosso viver. Só nele encontraríamos completa
satisfação.

Cristo satisfaz minha alma, pois em meu lugar sofreu,


vida, paz e liberdade, plena salvação me deu.
Cristo satisfaz, Cristo satisfaz, satisfaz completamente.
Meu mais puro ideal, inspirado pela cruz,
Hino 452
é servir e honrar o bom Jesus.
HCC
Cristo satisfaz minha alma, pois que me livrou do mal
quero sempre obedecer-lhe, sendo mais e mais leal.
Quando os dias se findarem e meu Deus me receber,
“Satisfeito estou contigo” ouvirei Jesus dizer.
Não é fácil aplicar ao longo do monólogo, como o
fazemos nas demais formas sermônicas. Por esta
razão aconselho que especial aplicação seja feita ao
final da apresentação da história do monólogo. Ela
pode ser feita pelo pregador, já sem a caracterização
de José; pelo dirigente, ou uma outra pessoa,
antecipadamente designada. Deve ser feita com
vida, bem ligada ao monólogo e de modo breve,
para não parecer uma outra mensagem.
Quanto mais a aplicação estiver próxima do
primeiro segmento, melhor. Quando o mesmo
pregador que apresentou o monólogo fica com a
responsabilidade de aplicar, pode fazê-lo
imediatamente. Ali mesmo diante do auditório tira a
caracterização e fala. Outra ideia é haver o cântico
de um hino enquanto o pregador se retira, troca
rapidamente a roupa, volta sem caracterização e
fala.

As lições que aprendemos aqui são bem claras:


1. O amor de Jesus quebra todas as barreiras para
nos encontrar.
2. Só Jesus conhece o nosso passado e tem poder
Aplicação para mudar o nosso presente.
3. Quando nos encontramos com Jesus as nossas
prioridades mudam.
4. Nossa experiência com Jesus deve ser repartida
para abençoar outras pessoas.
Segmentado com músicas e jogral
Um jogral bem escrito e bem-apresentado poderá
ser inserido em um dos segmentos, substituindo um
número de música. Há vários jograis publicados
sobre uma variedade de assuntos; entretanto, se
você preferir, poderá escrever seu próprio jogral,
pode inclusive escrever um jogral com base em uma
passagem bíblica. Veja o exemplo neste jogral, com
base em Isaías 5353*.

JOGRAL EM MEU LUGAR


(rapaz 1) – Traído por um discípulo, preso,
(rapaz 2) – arrastado pelas ruas, levado de audiência em
audiência...
(moça 1) – Negado por um amigo, acusado, caluniado,
humilhado,
(moça 2) – trocado pelo criminoso Barrabás...
(moça 2) – Pesada cruz às costas,
(rapaz 1) – esbofeteado, caído,
(todos) – sem mais poder andar…
(moça 1) – Chegando com aquela cruz ao Calvário,
(moça 2) – sofrido, cansado, ensangüentado…
(rapaz 2) – Para assim morrer, morrer em meu lugar…
(rapaz 1) – Pregado ao madeiro por mãos ímpias…
(moça 2) – blasfemado,
(rapaz 2) – insultado,
(moça 1) – injuriado.
(rapaz 1) – Mas tudo em meu lugar…
(moça 1) – Cravos a traspassar seu corpo, braços estendidos,
pés e mãos feridos…
(todos) – Sofria pra me salvar…
(rapaz 2) – Assim esteve no Calvário, Jesus, o meu Senhor…
(moça 2) – Perdão pediu para os algozes, salvou o malfeitor
penitente,
(rapaz 1) – silenciou os insultos, fez do centurião um crente…
(moça 2) – Quanta dor Ele sofreu, até poder ao Pai falar,
“Consumado está”…
(moça 1) – Era a minha salvação que estava sendo
providenciada.
(rapaz 1) – Quando penso no Calvário, no Cristo que ali sofreu,
(moça 2) – Sou-lhe mais e mais agradecido porque aquele lugar
era meu;
(rapaz 2) – Aquele lugar era meu
(moça 1) – Aquele lugar era meu
(todos) – Aquele lugar era meu.

Segmentados com hinos e drama


O drama é excelente recurso e com boa
mensagem e apresentação ajuda a atrair e manter a
atenção dos ouvintes. Uma pequena dramatização
pode ser inserida em qualquer lugar na pregação.
Como recurso para atrair ou ouvintes na introdução,
no desenvolvimento do sermão (entre qualquer dos
segmentos) ou mesmo na conclusão.
Segmentado com hinos e testemunhos
O testemunho no trabalho segmentado, à
semelhança do drama, pode ser usado em qualquer
lugar. Terá a força de uma ilustração viva. Nos
sermões evangelísticos, de modo especial, a
experiência da transformação, contada pela pessoa
que foi transformada, certamente causará impacto
profundo.
Mas será de bom alvitre observarmos os cuidados
na inserção de testemunhos.
Segmentado com participação especial de música
Um cantor ou um grupo de louvor (duo, trio,
quarteto, ou coro) poderá ter participação especial
num sermão segmentado. Em um dia especial, como
o aniversário de um quarteto, por exemplo, pode-se
preparar um sermão e segmentá-lo com hinos a
serem cantados pelo próprio quarteto. Lembrando
que, se queremos sermões segmentados, não
devemos partir do repertório do grupo para a busca
do texto, mas da base textual para as músicas.
Há muitos outros recursos que ajudam na
variedade na pregação segmentada; devemos
buscá-los diante de Deus e certamente seremos
bênçãos.
Podemos lançar mão de testemunhos, dramas,
jograis, poemas, etc. Considerando, no entanto que,
qualquer participação entre os segmentos,
independendo de sua forma, deverá ter o foco
totalmente voltado para proposição central do
sermão (tese) e ser apresentada sem quaisquer
hiatos, improvisos, exibicionismo, comerciais
eclesiásticos, etc.
Precisamos considerar também que as
apresentações entre os segmentos precisam ser
breves e pertinentes ao assunto do sermão. Jamais
um drama deverá ultrapassar 4 a 5 minutos de
apresentação. Músicas e poemas longos, de igual
modo, devem ser evitados.
Ao inserir testemunhos pessoais é preciso todo
cuidado. Não basta uma experiência que se encaixe
com o segmento. É preciso ser real, coerente, clara
e objetiva; é importante que esteja diretamente
ligada ao foco do sermão e seja apresentado sem
humor exagerado, ou referências desabonadoras.

10
Providências e cuidados
no segmentado
Todos os cuidados e providências
devem ser tomados em tempo hábil
para que o sonho de um sermão segmentado
não se desfaça em fragmentos.
A pregação de um sermão da Palavra de Deus há
de ser sempre uma empreitada difícil a qualquer
pessoa. É óbvio que o preparo e o treinamento
ajudam, porém jamais a missão de pregar poderá
ser considerada como algo fácil. Basta pensarmos
que no púlpito falamos em nome do Senhor que nos
envia a pregar. Por essa razão, quanto maior o
preparo diante de Deus e de sua Palavra, mais
condições temos de pregar uma boa mensagem.
Se o preparo de qualquer forma sermônica
demanda cuidados especiais, muito mais na forma
segmentada. Elaborar e pregar um sermão usando
hinos e cânticos dentro do seu desenvolvimento
envolve, muitas vezes, não apenas o pregador, mas
uma equipe que o assessore na escolha e execução
das músicas. Por essa razão, um bom sermão em
segmentos requer mais trabalho do pregador do que
qualquer outra forma.
Um colega, com quem compartilhava de minha
paixão por essa forma sermônica e de suas
vantagens, falou-me que só os pastores com
conhecimento de música podem pregá-la. Mas você
e eu sabemos que não é bem assim. Temos visto ao
longo destas páginas, que qualquer pregador pode
elaborar um sermão segmentado, desde que se
disponha a assessorar-se de uma equipe de música
que o ajude a completar a tarefa. Sendo a forma
segmentada um trabalho que envolve não só o
pregador, mas toda uma equipe, algumas
providências e cuidados se tornam necessários.
Verifique a possibilidade de hinos e cânticos sobre o
assunto
Apesar de ser gratificante segmentar um sermão,
tentar o uso de segmentos em um assunto sobre o
qual não haja um acervo de hinos e cânticos, pode
se tornar um trabalho penoso e infrutífero. Boa
prática é fazer um levantamento do repertório
acessível à igreja, disponibilizando, assim, uma
coletânea daqueles que poderão ser usados54*.
Esse levantamento despertará o ministério de
música a empreender um trabalho de ensinar novos
hinos à igreja, o que poderá ser feito nos cultos mais
informais.
Um recurso que ajudará aos pregadores e
músicos nesse mister é o uso de fichas que
relacionam os hinos sobre alguns temas mais
importantes na comunicação sacra. Disponibilizamos
aqui alguns exemplos de fichas com hinos sobre
assuntos usados para a pregação segmentada:55 A
alegria da vida cristã é um dos grandes temas para a
pregação, sendo também um assunto que tem sido
grandemente aproveitado na nossa hinódia.
HINOS SOBRE ALEGRIA

“A alegria está no coração de quem já conhece a Jesus” todo56


“Agora estou contente” [319 HCC] 1ª e estribilho
“Alegrar-me-ei, alegrar-me-ei no Senhor todo
Alegre sigo avante, na sendo que conduz 270 [Harpa]
Bem-aventurado é aquele que tem no Senhor o auxílio” [407
HCC]
Todo
“Canta Agora Mesmo a Cristo” [17 HCE] Todo
“Cantarei ao meu Salvador” [66 HCC] Todo
“És minha alegria [219 SL] 1ª estrofe
“Eu alegre vou na sua luz” [323 HCC] estribilho
“Eu já contente estou tenho Jesus” [275 CC] 1ª e estribilho
“Feliz é o homem que não vai..” [388 CC] todo ou parte
“Minha alma deleita-se em Cristo” [387 CC] 1ª e estribilho
“Que alegria é crer em Cristo” [318 HCC] Todo
“Que alegria tenho no meu Salvador” [335 CC] 2ª estrofe
“Satisfação é ter a Cristo” [83 VC] Todo
“Sei agora o que me alegra” [146 CC] Todo
“Sempre vivendo em seu grande amor, me regozijo…” [417 HCC]
3ª e estribilho
“Sou Feliz Com Jesus” [329 HCC] estribilho
“Triste e Sombrio foi meu viver” [450 HCC] 1ª e estribilho

Outro tema que vale a pena ser trabalhado no


sermão segmentado é o amor de Deus. Hinistas e
compositores muito têm trabalhado neste assunto.
Veja algumas sugestões na próxima ficha57:

HINOS SOBRE AMOR DE DEUS


Amavas-me, Senhor… [20 CC] Todo ou partes
“Amor sem igual quem pode explicar” [233 HCC] 3ª estrofe
“A nós, porém, seus filhos, revela mais amor” [30HCC] 3ª estrofe
“Ao Deus de Amor e de Imensa” [32 HCC] Todo ou partes
“Atrai-me o teu infindo amor” [82 HCC] 3ª estrofe
“Deus é Amor. A sua graça conquistou meu coração” [29 HCC]
Todo ou partes
“Deus, por amor, criou pra nós o planeta” [55 HCC] 1ª estrofe
“Foi Seu Amor” [CS III] Coral
“graça de Deus, Infinito Amor” [291 HCC] Todo ou partes
“… Mas teu amor me transformou, tornou-me um novo ser” [54
HCC] todo
“Não sei a profundeza desse amor” [Avulso] Solo vocal
“O Amor de Deus” [150 [MV] Solo vocal
“O Amor de meu Cristo é ventura” [389 CC] 1ª e estribilho
“Oh! Não tens ouvido do amor sem igual” [18 CC] Todo ou partes
Oh, que amor maravilhoso Deus por nós já demonstrou (542
HCC) 2ª estrofe
“Quando eu medito em teu amor tão grande” [52 HCC] 3ª estrofe
“Que grande amor, excelso amor…” [25 CC] Todo ou partes
“Senhor é Admirável o teu Divino Amor” [166 HCC] Todo ou
partes
“Todo o amor que o Pai bendito revelou do berço à cruz” [95
HCC] 2ª estrofe
Na música e na pregação este vasto assunto amor
tem diferentes dimensões, razão pela qual
selecionamos, também, hinos que falam sobre o
amor de Deus filho. Como podemos observar na
próxima ficha:

HINOS SOBRE AMOR DE JESUS


“A crer nos convida tal prova de amor” [228 HCC] 3ª estrofe
“Além do nosso entendimento” [396 Harpa] todo
“Amor sem igual, quem pode explicar?” [233 HCC] 3ª estrofe
“Amor, que por amor desceste” [171 HCC] todo
“Ao contemplar a rude cruz” [127 HCC] todo
“Bem mais que as forças, poder e reis… ” [ todo Buscou-me com
ternura” [169 HCC] todo
“Cantarei do amor de Cristo” [25 H Adventista] todo
“Cristo tem amor por mim” [173 HCC] todo
“…E minha vida libertou na força do seu amor” [177 HCC] 2ª
estrofe
“Louvemos tão grande amor, sim, tão grande amor…” [25 CC]
estribilho
“…Na cruz mostrou o amor que aos homens dá perdão” ” [223
HCC] 2ª estrofe
“Não sei a profundeza desse amor” [Avulso] Solo vocal
“O Amor de meu Cristo é ventura” [389 CC] 1ª e estribilho
“O grande amor do meu Jesus” [35 Harpa Cristã] todo
“O teu amor, Jesus” [HCC 167} todo
“Oh fronte Ensanguentada!” [130 HCC] todo
“Oh, quanto, quanto nos amou! [HCC 125] todo
“… Por teu amor, medido pela cruz” [8 HCC] 2ª estrofe
“Quanto nos ama Jesus” [168 HCC]
“Senhor é admirável o teu divino amor” [166 HCC] todo
“Tu vieste, Senhor, revelar-nos amor” [112 HCC] 3ª estrofe

Tema bastante relacionado ao amor de Jesus e


bastante cantado e falado em nossas igrejas é o que
fala de Jesus como Amigo. Há muitos recursos tanto
em base bíblica quanto hinológica para o
aproveitamento desse assunto no trabalho
segmentado. Veja a ficha com algumas sugestões
de hinos:

HINOS SOBRE O AMIGO JESUS


“… Amigo e mestre és, meu defensor” [371 HCC] 3ª estrofe
“Amigo incomparável” [81 Cantor Cristão]
“Amigo verdadeiro” Cântico “Bem mais que tudo” Cântico
“Breve a noite … e o meu ser carece de te ver, Jesus… amigo”
[324 HCC] 4ª estrofe
“Cristo, amigo das crianças” [162 HCC]
“Cristo é tudo para mim, amigo sem igual” [200 HCC] 2ª estrofe
“… Ele é sempre meu amigo, o melhor e mais leal” [400 HCC] 3ª
estrofe
“Em Jesus amigo temos” [165 HCC] 1ª estrofe
“Encontrei um grande amigo, ele é filho do Deus Pai
“Jesus é o amigo melhor” [Cântico]
Jesus meu leal amigo [25 LC 3]
“Sei que o amigo melhor é Cristo” [77 Cantor Cristão] 1ª e 2ª
estrofes
“Tu és o meu amparo, meu guia e protetor” [360 Cantor Cristão]
2ª estrofe
“Tu és pra mim o verdadeiro amigo” [143 Harpa Cristã] 1ª estrofe
“Quão bondoso amigo é Cristo” [200 Harpa Cristã] 1ª estrofe
“Que alegria é crer em Cristo, meu amigo…” [318 HCC] 3ª
estrofe
“Que grande amigo é meu Jesus” [75 Cantor Cristão] todo
“Há um amigo verdadeiro” [76Cantor Cristão] todo
“Um bom amigo e fiel achei, Jesus meu Salvador” [160 HCC] 1ª
estrofe

A graça de Deus é outro tema grandemente


cantado pela igreja. Sendo também um assunto
bastante abordado no púlpito, tem muitos sermões
segmentados nele pregados. Veja as indicações a
seguir, com hinos sobre a graça:

HINOS SOBRE A GRAÇA


“A graça, a paz reside em ti…” [335 HCC] 2ª estrofe
“A graça do Senhor meu coração venceu” [189 Cantor Cristão] 1ª
estrofe
“A graça de Deus revelada em Cristo Jesus” [205 Harpa Cristã]
1ª estrofe
“Ao pecador perdido trouxe…” [296 HCC] 2ª estrofe
“A tua graça, ó Cristo Amado” [167 HCC] 2ª estrofe
“Devedor a sua graça…” [17 HCC] 3ª estrofe
“graça Admirável” [244 CC] Todo “graça de Deus Infinito Amor”
[291 HCC] Todo
“graça Inefável” [189 CC] Todo “graça, real, sem fim…” [160
HCC] Estribilho
“Incomparável graça…” [191 CC] 2ª estrofe
“Maravilhosa graça” [193 HCC] Todo
“Maravilhosa Paz” [28 LC 2º] Trio
“Meu Senhor de Tudo Sabe” 356 HCC] 1ª estrofe
“Oh! Que graça nos revelou…” [192 CC] 2ª estrofe
“Preciosa graça de Jesus” [314 HCC] Todo
“Salvador Bendito” [340 HCC] 2ª e 3ª estrofes
“Sem a tua graça não posso viver” [84 HCC] 3ª estrofe

Afine os instrumentos
Sempre que houver instrumentos de corda que
precisem ser afinados, cuide para que recebam
afinação antes e nunca durante o culto, ou, ainda
pior, durante a apresentação da mensagem,
enquanto o pregador está falando.
É preciso ter em mente, também, que segmentado
não é competição, é cooperação; participação da
palavra e da música para proclamar a Palavra. Para
a consecução desse objetivo, a música deve falar ao
pregador e a pregação falar ao músico; o momento
não é de um ou do outro, mas da comunicação
daquilo que Deus tem ao povo.
Busque o apoio da liderança
Sem o apoio da liderança local é desaconselhável
pregar um sermão segmentado. O pastor e a equipe
de música devem estar de acordo com o uso dessa
forma sermônica e dispostos a ajudar. Ainda que o
Pastor aprove a ideia, mas sem o entusiasmo da
equipe de música será difícil pregar um bom
segmentado. Tenho aprendido que o mais
aconselhável é pregarmos em segmentos ao povo a
quem ministramos.
Comece orando com todos
Orar com todos, antes de tudo é algo que não
podemos negligenciar. A grande responsabilidade de
apresentar um sermão segmentado é não apenas do
pregador, mas de toda equipe. Esta oportunidade só
o trabalho em segmentos oferece, por esta razão é
imprescindível que toda equipe esteja preparada em
oração.
Estabeleça uma parceria com o pastor
Ao planejar pregar um sermão segmentado em
uma igreja onde está sendo convidado, é de bom
alvitre conversar com o pastor da igreja e explicar-
lhe como funciona a forma segmentada. Uma vez
obtida sua aceitação será necessário procurar a
equipe de música da igreja, em tempo hábil,
buscando estabelecer uma parceria.
Evite avisos e hiatos
O regente congregacional ou coral,
preferencialmente, não deve falar e, se o fizer, deve
ser apenas o indispensável, dentro do foco do
sermão. Os instrumentistas, de igual modo, precisam
estar atentos, junto com o regente, para que os
cânticos sejam entoados sem anúncios e sem
hiatos.
Explique a novidade antes de começar
Ao assomar ao púlpito, informe aos ouvintes sobre
a forma sermônica a ser apresentada. Uma vez que
necessitamos da participação deles nos segmentos
é indispensável os instruirmos a como fazê-lo. A boa
orientação nesse momento inicial serve também
para motivar o ouvinte a uma efetiva participação ao
longo da mensagem.
Facilite a participação do povo
Providencie em PowerPoint, retro-projetor, ou em
papel uma ordem com as indicações dos cânticos e
as letras a serem cantadas.
Fale, cante, mas saiba ficar calado
Enquanto o pregador estiver falando, os músicos
devem estar atentos, em oração; e nos cânticos, o
pregador, de igual modo, participa. O sermão
segmentado é um trabalho conjunto: palavra e
música apresentando a mensagem. Não há o
momento do pregador e o momento do músico. É
preciso considerar, também, que, nenhum músico
deve falar antes, durante ou depois de sua
apresentação, para não tirar o foco do sermão; a
música deve ficar com os músicos e a palavra com o
pregador.
Oriente a equipe, em tempo hábil
Toda equipe envolvida na apresentação precisa
ser treinada. Assim, antecipadamente os acertos
com regentes, instrumentistas, responsável por
projeções (quando houver) e os demais participantes
devem ser feitos, para evitar atropelos. É possível
que para algumas pessoas da equipe seja a primeira
vez a participar de um sermão em segmentos.
Firme-se na verdade apresentada
Assim como em qualquer outra forma sermônica,
uma verdade central está sendo apresentada.
Trabalhando com segmentos, precisamos lembrar
que a soma das partes faladas e das músicas
completa o foco sermônico. Não importa a qualidade
isolada do que se pretende inserir se não se
encaixar no todo do sermão, se fugir da verdade
principal nele apresentada, não serve ao sermão
segmentado.
Fique ainda mais atento fora do templo
Ao pregar fora do local onde ministra, é
indispensável verificar todas as condições e checar
todos os detalhes, antes do dia e hora da
apresentação da mensagem. Pormenores como:
local onde o pregador falará e onde os músicos e
demais participantes se apresentarão, não podem
ser esquecidos.
Lembre-se que o segmentado é mais longo, mas
não é interminável
É preciso todo cuidado na extensão dos
segmentos. Se nos tornarmos prolixos, eles
parecerão mensagens isoladas, dando a ideia de
uma série de sermões, pregados de uma só vez e
não um sermão segmentado. Os segmentos devem
ser breves e apresentados com vida.
Mesmo que o tempo despendido na apresentação
do segmentado seja maior do que em outra forma
sermônica, os ouvintes terão mais condições de
atenção e assimilação, em função de estarem
participando dos cânticos. É válido reduzir o número
de cânticos do culto, para dar mais tempo ao
segmentado.
Mantenha a atenção
Regentes, instrumentistas e demais participantes
da equipe de música devem ter à mão todas as
partituras indicadas na ordem, previamente
marcadas, para serem tocadas no exato momento. É
desaconselhável alguém estar buscando localizar
sua partitura enquanto o pregador fala.
Pregue e cante com toda simplicidade
No culto e no púlpito não há lugar para shows e
espetáculos. Especialmente quando houver
participação de solistas ou grupos especiais de
música – duetos, trios, quartetos, conjuntos, coros,
etc. – é preciso cuidado para que a música
apresentada não seja espetaculosa, ou
extremamente chamativa, desviando a atenção dos
ouvintes da verdade sermônica apresentada. O
exibicionismo em qualquer parte comprometerá o
equilíbrio, desviando a atenção dos ouvintes da
verdade sermônica.
Tente sem play-back, é melhor
Quanto possível, o uso do play-back deve ser
evitado; o ideal é o acompanhamento ao vivo.
Entretanto, caso necessite realmente usar, atente
para a localização da faixa exata a ser executada,
observe o volume satisfatório à boa audição e o
pleno funcionamento do sistema de som. .
Segmente, sem fragmentar
Segmentos soltos não formam um sermão
segmentado. Como tem sido amplamente mostrado,
é preciso uma frase de transição entre palavra,
música e palavra, para dar a ideia de continuidade.
Os itens mencionados são apenas algumas das
providências e cuidados a serem considerados antes
da apresentação do sermão segmentado.
Naturalmente há outros pontos que precisam ser
considerados, dependendo do local e das
circunstâncias.
É importante que, por mais que julguemos
estarem todos os detalhes em ordem, possamos
chegar ao local com certa antecedência. Só assim
podemos evitar surpresas. E algumas tão
desagradáveis que podem estragar tudo o mais,
antes tão bem planejado. Lembro-me de quando
decidi pregar um segmentado para a Ordem dos
Pastores Batistas do Brasil. O culto seria à noite, em
um auditório do centro de convenções. Havíamos
providenciado o pianista, o regente e o solista. Pela
manhã fui ao local para verificar se todas as demais
providências estavam tomadas. Logo constatei que
não havia órgão, nem piano ali. Solicitei, então, um
instrumento, mesmo um teclado. À tarde voltei ao
local e vi que o teclado havia sido providenciado.
Mas faltou um detalhe. Não verifiquei se tudo estava
em ordem com o teclado. Pouco antes do momento
de pregar, o acompanhante estava quebrando a
cabeça para fazer aquele teclado funcionar. Ainda
bem que funcionou! E eu aprendi a lição: um só
detalhe que fique desapercebido pode prejudicar o
trabalho de toda equipe. Por isso, não se esqueça
de examinar todos os detalhes e tomar todas as
providências em tempo hábil.
11
Ideias para o trabalho
segmentado

O sermão começa com uma ideia


concebida na mente e no coração do pregador;
no sermão segmentado tudo pode começar com um
hino
mas precisa sempre de um texto bíblico básico.
Este capítulo apresenta algumas ideias para a
elaboração do sermão segmentado. Elas estão
embasadas no Evangelho de João. A preocupação
não é trabalhar o texto, esboçá-lo, ou completar o
esboço ou manuscrito, mas tão somente mostrar
como cada um desses textos pode ser usado na
forma segmentada.
Segmentado a partir da experiência da mulher
samaritana
A primeira ideia tem sua base no texto de João
4:1-30, no encontro de Jesus com a mulher
samaritana. Esse texto tem sido grandemente usado
no púlpito, especialmente com um pb evangelístico.
Vejamos como tão rico texto pode ser
segmentado:

Título A MENSAGEM DE JESUS


Introdução
João 4.5-30
O que a mensagem de Jesus é capaz de fazer por
alguém?
A mulher samaritana foi alcançada pela mensagem
de Jesus e teve sua vida transformada.
Através dos tempos essa mensagem tem
alcançado e transformado a vida de muitas pessoas.
A mensagem de Jesus é a única capaz de alcançar e
transformar pessoas.

A MENSAGEM DE JESUS ALCANÇA A TODOS


1º tópico
Mesmo uma mulher; uma samaritana; uma
pecadora.

EXPLANE58* o texto narrando a experiência da


personagem alcançado por Jesus: uma mulher,
samaritana e pecadora. A mensagem de Jesus tem
alcance ilimitado. ILustRE com a experiência de
alguém que vivia distante de Deus, mas foi
maravilhosamente alcançado pelo poder de Jesus.
aPLIQuE mostrando o poder de alcance da
mensagem de Jesus na atualidade – é a mensagem
cheia da compaixão de Deus. Este segmento finaliza
com o cântico que serve também como elo para o
próximo segmento:

Oh, que mensagem cheia da compaixão de


Deus,
Hino 296 HCC a do evangelho santo que nos conduz aos céus.
1ª estr. e estrib.
Eis a nova: Quem em Jesus confia
dele há de ter verdadeira luz, vida, perdão e
alegria.
2º tópico
A MENSAGEM DE JESUS FALA DA
CONDIÇÃO HUMANA
A samaritana teve cinco maridos e o homem
com quem vivia não era seu marido (v. 18)

EXPLANE contando da condição em que a mulher


samaritana vivia e o modo como Jesus a alcançou e
lhe falou de sua condição. ILustRE com a história de
Zaqueu (Lc 19.1-10), também alcançado por Jesus,
com a mensagem que falou da condição em que
vivia. Enfatizar o modo como Zaqueu assumiu um
compromisso com Jesus e reorganizou sua vida.
aPLIQuE deixando claro que só Jesus conhece a
condição de cada pessoa hoje e sua graça
incomparável e cheia de santo amor, é a nova maior
que o pecado, a nova que todas as pessoas
precisam. O cântico do hino encerrará este
segmento, ligando-o ao próximo.

Ao pecador perdido trouxe o bom Salvador


Hino 296 HCC incomparável graça, cheia de santo amor.
2ª estr. e estrib. Eis a nova: Quem em Jesus confia
dele há de ter verdadeira luz, vida, perdão e
alegria.

A MENSAGEM DE JESUS TRAZ SOLUÇÃO


3º tópico
A samaritana precisava conhecer o Dom de
Deus e provar a água da vida (v. 10).
EXPLANE mostrando que a mulher samaritana
precisava conhecer o dom de Deus para ter
condições de receber a água da vida, capaz de dar
solução aos seus mais profundos problemas.
ILustRE com alguma experiência onde Jesus trouxe
solução. Pode ser pessoal, da Bíblia ou da história.
aPLIQuE mostrando que só Jesus tem a solução
para os problemas insolúveis do ser humano, nele a
pessoa nas trevas encontra luz e vida. O hino serve
como elo entre os segmentos.

Eu nas trevas vagueava, sem a luz da salvação,


eu vivia sempre triste e sem fé no coração.
Hino 451
HCC 1ª e 2ª Como é triste andar em trevas, sem o brilho dessa
estr. e estrib. luz!
Bela é a vida iluminada, dirigida por Jesus
Mas um dia Deus mostrou-me sua graça e doce luz;
vi, então, caminho claro, ao ouvir o meu Jesus.
A MENSAGEM DE JESUS TRANSFORMA A
VIDA
4º tópico
A mulher samaritana foi correndo falar a respeito
de Jesus. A vida dela havia sido transformada; havia
uma experiência a ser partilhada.

EXPLANE narrando o modo maravilhoso como a


transformação verificada na vida da samaritana
tornou-se notória a todas as pessoas, uma vez que
ela saiu, imediatamente, anunciando a mensagem
de Jesus. ILustRE com a experiência de alguém
que, tendo uma profunda experiência com Jesus,
saiu anunciando a mensagem. aPLIQuE mostrando
aos ouvintes que a mesma experiência vivida pela
mulher pode ser vivida hoje. Somente com Cristo o
homem tem condições de deixar o caminho do mal e
encontrar a salvação. O hino prepara os ouvintes
para a conclusão.

Já deixei de trilhar as veredas do mal,


pois Cristo minh’ alma salvou.
E feliz eu desfruto o favor divinal,
Hino 448 HCC 2ª estr e pois Cristo minha alma salvou.
estrib.
Oh! Cristo minh’ alma salvou!
Sim, Cristo minh’ alma salvou!
Mesmo ali, sobre a cruz, foi que Cristo
Jesus
da morte minh’ alma salvou!

Conclua com a aplicação da história da mulher


samaritana ao momento atual. Mostre que tudo
quanto Jesus fez no passado, continua fazendo hoje,
bastando que cada pessoa escute a voz dele e siga
os seus passos. Este último cântico deve ser
cantado durante o apelo:
Hino 259 HCC 1ª e
4a estrofes Escuto a voz do bom Jesus: “Segue-me,
vem, segue-me’.
Guiar-te hei a eterna luz”: “Segue-me, vem,
segue-me’.
Por ti eu toda lei cumpri, por ti o amargo fel
bebi,
por ti a morte já sofri, “segue-me, vem,
segue-me’.
Sim, meu Jesus, te seguirei; seguirei,
sim seguirei.
Por ti eu tudo deixarei, deixarei, sim,
deixarei,
Sem ti sou fraco e sem valor, sem ti não
posso andar, Senhor.
Mas cheio então do teu vigor, seguirei, sim,
seguirei.

Segmentado na história do
paralítico no taque de Betesda
A próxima ideia, em João 5.1-14, focaliza o
encontro de Jesus com o paralítico à beira do poço
de Betesda. Este é um texto com imensas
possibilidades para a pregação, tanto que no
capítulo 8, segmentados em diferentes propósitos,
na abordagem sobre o pb evangelístico, um
segmentado neste mesmo texto é utilizado. Apesar
de embasado no mesmo texto, tem título, enfoque,
estrutura, desenvolvimento e ideias diferentes.
Vejamos este exemplo:

Título UMA OPORTUNIDADE SEM IGUAL


Introdução
Jo 5.1-14
“Espero a melhor oportunidade”. Esta é uma
afirmação que constantemente estamos ouvindo. As
pessoas aguardam a melhor ocasião para casar, ter
filhos, viajar, fazer investimentos e tantas outras
coisas.
Em Betesda o homem aleijado, encontrou em
Jesus a oportunidade sem igual para sua completa
cura. Em Jesus encontramos a oportunidade sem
igual para uma vida de completa realização.

UMA OPORTUNIDADE SEM IGUAL, APÓS


LONGA ESPERA
1º tópico
O homem estava enfermo há 38 anos; ficava entre
outros doentes, completamente desamparado (v. 4, 3,
7).

EXPLANE contando das dificuldades de uma tão


longa espera. ILUSTRE lembrando o quanto é difícil
esperar, principalmente por um longo período, sem
esperança de ser atendido. APLIQUE convidando os
ouvintes a pensar nas coisas que estão esperando,
como as esperam e por quanto tempo aguardam
uma resposta. Mostrar que Cristo é a única
esperança e a vida sem ele é triste e sem
significação. O próximo hino, ligando o 1º ao 2º
tópico, reforçará esta realidade.

Triste e sombrio foi meu viver, longe de ti, meu


Hino 450 Redentor,
HCC 1ª mas alegria vim conhecer junto de ti, Senhor.
estrofe Foi grande a luta e a tentação; tenho sofrido muita
aflição.
Pra confortar o meu coração eu venho a ti, Senhor.
2º tópico UMA OPORTUNIDADE SEM IGUAL VINDA DE
MODO INUSITADO
O enfermo esperava por algo inútil e foi socorrido
pela única pessoa que realmente podia ajudá-lo.

EXPLANE, mostrando que o homem enfermo


esperava por uma crendice: o movimento das águas;
esperava um dia ser levado e baixado até o tanque
para ser curado. Sua esperança parecia distante e
inatingível, mas um dia Jesus surgiu, quando o
homem não esperava, e lhe ofereceu sua amizade
incomparável. (v. 4, 3, 7). ILUSTRE contando de
alguém que recebeu uma bênção inesperada ou
viveu uma agradável surpresa. APLIQUE expondo
aos ouvintes que Jesus é sem igual e, de modo
inusitado, oferece sua amizade que transforma. O
hino a ser cantado, elo entre o 2º e 3º tópicos, fala
de Jesus como amigo.
Hino 75 CC
1º e 2ª estr. e Que grande amigo é meu Jesus, tão santo, bom e
estrib. terno!
Sem outro igual, o seu poder, e o seu amor
superno.
Para esta ovelha sem vigor olhou com simpatia;
e sua tão bondosa mão serviu-me então de guia.
Que grande amigo é meu Jesus, de longe quis
buscar-me!
Desceu, chegou, sofreu, penou, morreu pra
resgatar-me.
As glórias do seu santo lar renovam meu alento,
pois breve espero receber o seu acolhimento.
UMA OPORTUNIDADE SEM IGUAL PARA NOS
GARANTIR VIDA
3º tópico
O enfermo confiou em Jesus, obedeceu a sua
ordem, e foi transformado (v. 9) – recebeu cura e
transformação completa.

EXPLANE narrando o modo como o paralítico


encontrou vida em Jesus. ILUSTRE contando, em
rápidas palavras, um outro milagre de Jesus, para
comprovar o quanto nele há garantia de vida.
APLIQUE falando do poder de Jesus, capaz de
transformar e mudar completamente não só um
problema de enfermidade, mas toda a vida. Deixar
claro que o maior milagre continua a acontecer: a
transformação de vidas. O cântico, unindo o último
tópico à conclusão realça o foco do sermão.
499 HCC 2ª estr. e
estrib. Jesus aqui curava, seu poder favor
mostrava.
Aleijados Cristo fez andar e aos cegos deu
visão.
Clamei a Cristo: ‘Cura meu espírito em
tortura’.
Minha alma ele então limpou e deu-me a
salvação.
Jesus me dá vitória, vitória completa.
Buscou-me, comprou-me com sangue
remidor.
De coração lavou-me, da perdição salvou-
me.
Vitória me assegurou Jesus, meu
Salvador.

Conclua com a aplicação da história mostrando


que tudo quanto aconteceu na vida desse homem
paralítico acontece hoje, aos que se aproximam de
Jesus, pela fé e firmam um novo propósito de vida.
Para o apelo, o hino sugerido apresenta o
testemunho de alguém que se aproxima de Jesus.
Qualquer hino nesta linha de convite pode ser
usado.

Jesus, Senhor, me achego a ti.


Oh, dá-me alívio mesmo aqui,
o teu favor estende a mim, aceita um pecador.
Eu venho como estou,
eu venho como estou;
porque Jesus por mim morreu;
eu venho como estou.
Hino 270 As minhas culpas grandes são;
CC mas tu que não morreste em vão,
me podes conceder perdão; aceita um pecador.
Eu nada posso merecer,
tu vês-me prestes a morrer,
Jesus a ti me vou render, aceita um pecador.
Sim, venho agora, Redentor;
só tu, Jesus, és meu Senhor,
Oh! Vem salvar-me em teu amor; aceita um
pecador.

Segmentado no milagre da multiplicação dos pães


O próximo exemplo para o trabalho segmentado
tem como base João 6:1-
14. Um texto bastante conhecido do povo de
Deus, a conhecida narrativa da multiplicação dos
pães: é um excelente texto, amplamente usado em
várias formas sermônicas e com grandes
possibilidades no modelo segmentado.
Vejamos esta sugestão de desenvolvimento:

Título APRENDENDO NA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES


Jo 6.1-14
Quem é o melhor professor? É o que mais se
identifica com o aluno e mais lições consegue
ensinar; o melhor professor é aquele com quem mais
Introdução aprendemos.
Jamais o mundo conheceu um professor como
Jesus. Ele é inigualável. Até na cruz, agonizante,
ensinou. Ele ensinou também na multiplicação dos
pães. O que podemos aprender com Jesus, daquele
momento em que a multidão faminta foi saciada?

QUE OS DESAFIOS DO SENHOR ÀS VEZES


1º tópico PARECEM INATINGÍVEIS.
“Onde compraremos pães para lhes dar de
comer?” (v. 5 e 6).

EXPLANE a partir da pergunta de Jesus – “Onde


compraremos pães para lhes dar de comer?” – um
desafio para experimentar os discípulos (v. 5 e 6).
Os evangelistas sinóticos afirmam que Jesus
desafiou os discípulos a alimentarem a multidão:
“Dai-lhes vós de comer” (Mc 6.37, Lc 9.13 e Mt
14.16). ILustRE mostrando desafios que se
apresentam diante de nós e parecem inatingíveis,
mas se tornam possíveis na força do Senhor, como o
caso de Davi, ao enfrentar golias. APLIQUE
argumentando que, como servos do Senhor,
precisamos ser sensíveis e obedientes aos seus
desafios, pois ele jamais falhou.

Jamais falhou ao prometer; nas lutas vem me


Hino 348 socorrer.
HCC 3ª estr. e Ao sobrevir a tentação, é Cristo a minha salvação.
estrib. A minha fé e o meu amor estão firmados no
Senhor,
estão firmados no Senhor.

QUE OS RECURSOS DO SENHOR ESTÃO


ALÉM DA NOSSA PERCEPÇÃO
2º tópico
(Mc 6.37): “Dêem-lhes vocês algo para
comer”. Eles lhe disseram: “Isto exigiria
duzentos denários!”.

EXPLANE narrando que os discípulos não viam


qualquer solução para o problema. E, do ponto de
vista humano, não havia alternativa alguma para
possibilitar que tão grande multidão fosse
alimentada. Assim, os discípulos só enxergavam as
dificuldades que estavam bem visíveis diante de
seus olhos (v. 4, 3, 7). ILUSTRE com a experiência
do rei Davi quando, num momento de dificuldade,
pediu ajuda ao Senhor (Salmo 142). APLIQUE
deixando claro que quando parece não haver uma
solução, o Senhor Jesus socorre os que o buscam,
pela fé nas suas promessas.

Com a minha voz clamo ao Senhor,


com a minha voz ao Senhor suplico.
Hino 380 Diante dele a queixar-me eu estou,
HCC Estrib. diante dele exponho a minha aflição.
e 2ª estrofe Ó Senhor a ti clamei, pois tu és o meu refúgio
e o meu tesouro entre os viventes.
Vem atende a minha prece, estou muito abatido.
Livrar-me vem do forte tentador.

QUE O PODER DO SENHOR MULTIPLICA ATÉ O


POUCO
3º tópico COLOCADO EM SUAS MÃOS
O lanche do rapaz parecia nada diante de tão
grande e faminta multidão, mas uma vez entregue
nas mãos do Senhor saciou a todos.

EXPLANE, falando da bênção que foi para o rapaz


ver seu pequeno lanche, multiplicado por Jesus
alimentar e abençoar tantas pessoas. ILUSTRE com
a oferta da viúva pobre: o pouco entregue, de
coração, ao Senhor, se torna em algo de grande
valor. APLIQUE, mostrando que Jesus tem bênçãos
inigualáveis para nós, mas só as recebemos quando
verdadeiramente confiamos na sua Palavra e lhe
entregamos tudo o que temos.

Chuvas de bênçãos teremos, é a


promessa de Deus;
tempos benditos veremos, chuvas
mandadas dos céus.
Chuvas de bênçãos, chuvas de
Hino 337 HCC 1ª e 3ª
bênçãos dos céus;
estr. e estrib.
gotas somente nós temos; chuvas
rogamos a Deus.
Chuvas de bênçãos teremos, manda-
nos já, ó Senhor;
que esta bendita promessa venha
trazer-nos vigor.

Na conclusão, aplique mostrando que Jesus


continua a realizar o mesmo milagre. A multiplicação
acontece quando, pela fé, aprendemos a viver
contentes com o que temos e confiamos o nosso
tudo nas mãos d'Ele. Pode aproveitar o desafio do
Hino “Tudo entregarei” para desafiar os crentes a
uma vida de entrega e consagração ao Senhor. A
próxima música serve de elo ao apelo.
Hino 295 CC 1ª e 4ª estr.
e estrib. Tudo, ó Cristo, a ti entrego, tudo, sim,
por ti darei!
Resoluto, mas submisso, sempre,
sempre seguirei.
Tudo entregarei! Tudo entregarei!
Sim, por ti, Jesus bendito, tudo
deixarei.
Tudo, ó Cristo, a ti entrego; oh! Eu
sinto o teu amor
transformar a minha vida e meu
coração, Senhor.

Segmentado a partir do medo dos discípulos na


tempestade
O Texto de João 6.16-20 fornece a base para o
próximo trabalho segmentado. A mensagem fala dos
medos dos discípulos quando, estando sem Jesus, o
dia declinava, enfrentaram uma tempestade e
acharam estar vendo um fantasma. As palavras
encorajadoras do Mestre servem de título.
Vejamos as sugestões para o desenvolvimento
desta ideia:

Título NÃO TENHAM MEDO


Jo 6.16-21
Vivemos em um tempo de medo. São muitas as
fobias que perturbam as pessoas. A geração
Introdução presente é constituída de gente atemorizada. O
nosso texto conta de um momento quando os
apóstolos de Jesus viveram um grande temor. Eles
tinham problemas reais e imaginários. E Jesus lhes
falou: “não tenham medo”. É a mesma palavra que
Ele tem para nós hoje: “não tenham medo”.
1º tópico
NÃO TENHAM MEDO DA ESCURIDÃO
(v. 16): Ao anoitecer seus discípulos desceram
para o mar

EXPLANAR, narrando que o dia declinava e os


discípulos estavam na escuridão (v. 17). Mateus e
Marcos mencionam ter sido na 4ª vigília da noite (3 e
6 h da madrugada). Provavelmente no início dessa
4ª vigília, pelo fato de ainda estar escuro. Ilustrar
mostrando que nas situações adversas às vezes nos
sentimos no escuro, como em um túnel interminável.
Aplicar apresentando a única saída: a fonte de luz
que pode iluminar o barco do viver é Cristo. Ele
aparece sempre que o buscamos, pela sua Palavra
e pela oração e, nos diz: não tenha medo.

Vindo sombras escuras nos caminhos


teus,
oh, não te desanimes, canta um hino a
Deus!
Hino 347 CC 1ª Cada nuvem escura um arco-íris traz
estr. e estrib. quando em teu coração reina perfeita paz.
Se teu coração estiver em paz,
bem contente e alegre sempre te acharás.
Se teu coração estiver em paz,
verás que um arco-íris cada nuvem traz.

NÃO TENHAM MEDO DA TEMPESTADE


2º tópico
(v.18): Soprava um vento forte, e as águas
estavam agitadas.
EXPLANAR, narrando como o mar estava
empolado, agitado por um forte vento. A tempestade
era o problema real, com o qual os discípulos tinham
que lidar e encontrar uma solução. Ilustrar com os
momentos de dificuldades que vivemos e ficamos
sem encontrar solução. Aplicar lembrando que o
barco nem sempre navega em águas tranqüilas:
problemas vêm, ondas crescem e ele é jogado; mas
a viagem deve prosseguir.

Mestre, o mar se revolta, as ondas nos dão pavor.


O céu se reveste de trevas, não temos um Salvador.
ão te incomodas conosco? Podes assim dormir,
se a cada momento estamos bem perto de submergir?
Hino 408 As ondas atendem ao meu mandar: “sossegai”
HCC 1ª Seja o encapelado mar, a ira dos homens a força do
estr e mal,
estrib. tais águas não podem a nau tragar que leva o Senhor
rei
do céu e mar.
Pois, todos ouvem o meu mandar: “Sossegai,
sossegai;
convosco estou para vos salvar, sim sossegai”.

NÃO TENHAM MEDO DOS FANTASMAS


3º tópico Mateus e Marcos acrescentam um detalhe especial:
os discípulos, vendo Jesus se aproximar, pensavam
estar vendo um fantasma (Mt 14.26, Mc 6.49).
EXPLANAR, narrando que os discípulos tiraram o
foco do problema real que atravessavam, a
escuridão e a tempestade, e, movidos pelo medo,
criaram um outro problema: viram em Jesus um
fantasma. ILUSTRAR, lembrando situações, quando
no dia a dia criamos fantasmas que atrapalham
ainda mais a solução dos problemas. APLICAR
fazendo ver que a atitude correta nesses momentos
é confiar no Senhor – ele nos encoraja: não tenha
medo.

Eu sou teu Deus e para livrar-te sempre


contigo eu estarei;
não temas pois, porque bem seguro eu pela
Hino 349 CC 2ª mão te
estr. e estrib. conduzirei.
Oh! Não temas, oh! Não temas, pois eu
contigo sempre serei!
Oh! Não temas, oh! Não temas, pois eu
nunca te deixarei!

Na conclusão, APLIQUE as verdades explanadas,


persuadindo os ouvintes à convicção de que hoje
Jesus nos fala e nos encoraja, por isso nele
devemos depositar completa confiança, jamais
dispensando sua presença e ajuda.
Hino 350 CC 1ª e 2ª
estr e estrib. Quero o Salvador comigo só com ele
eu posso andar.
Quero conhecê-lo perto, no seu braço
descansar.
Confiando no Senhor, consolado em
seu amor,
seguirei no meu caminho, sem tristeza e
sem temor.
Quero o Salvador comigo, pois tão
fraca é minha fé.
Sua voz me dá conforto, quando me
vacila o pé.

Segmentado com base na resposta de Pedro a


Jesus
Ainda do 6o capítulo do evangelho de João vem-
nos mais um texto para o próximo sermão
segmentado. É o momento quando as pessoas se
retiram e Jesus fica só com os seus discípulos.
Diante da realidade, ele pergunta aos doze: “Quereis
vós também retirar-vos?” E Pedro, responde: “Para
quem iremos nós? Tu tens palavras de vida
eterna…” A sábia resposta de Pedro fornece a ideia
para este sermão.

Título PARA QUEM IREMOS?


Introdução
Jo 6.66-68
Uma resposta inteligente, foi a de Pedro a Jesus.
De que modo estamos respondendo ao Senhor
Jesus? Em um momento quando as multidões
começaram a abandoná-lo, Ele perguntou aos
apóstolos se eles também queriam se retirar:
“Vocês também não querem ir?”
Com uma outra indagação, Pedro ofereceu uma
grande resposta: “Senhor, para quem iremos?”

NÃO PODEMOS DEIXAR JESUS PORQUE


1º tópico CONHECEMOS SUA PALAVRA
(v. 68): “Senhor, para quem iremos? Tu tens as
palavras de vida eterna”.

EXPLANAR narrando que Jesus falava como


jamais homem algum falara. Suas palavras,
entretanto, haviam servido de tropeço. Conhecendo
o modo como Jesus falava, Pedro disse que as
palavras dele eram espírito e vida, por isso eles não
tinham outra opção, a não ser continuar seguindo o
Mestre. ILUSTRAR com a experiência de alguém
que, mesmo diante da adversidade continuou firme
em seguir a Jesus. aPLICaR mostrando que só nas
palavras de Jesus há vida completa e vida eterna
para as pessoas.

Terás vida em olhar pra Jesus, Salvador. Ele


diz:
“Vida eterna eu te dou”. Pois, então, pecador,
Hino 265 HCC considera esse amor; vê Jesus que na cruz
1ª estrofe e estrib. expirou.
Vê, vê, viverás. Terás vida em olhar pra
Jesus,
Salvador. Ele diz: “Vida em mim acharás”.
2º tópico
NÃO PODEMOS DEIXAR JESUS PORQUE
CREMOS NELE
[Senhor, para quem iremos?] (v. 69) “Nós
cremos e sabemos que és o Santo de Deus”.

EXPLANAR, narrando que os doze apóstolos


haviam sido levados a Jesus pelo Pai. Mas havia
descrença até entre eles. Era preciso crer para
continuar seguindo Jesus até o fim. ILUSTRAR com
exemplos de pessoas que têm firmado sua fé em
Jesus. APLICAR apresentando o desafio de
seguirmos a Jesus, uma vez que, mesmo nas
circunstâncias mais adversas não podemos deixar
de crer nele.

Cristo Jesus, meu amigo leal, eu creio em


ti!
Hino 370 CC 4ª Sim, creio em ti; sempre refúgio, defesa real,
estr. e estrib. Cristo Jesus, creio em ti.
Creio, creio, Cristo Jesus creio em ti!
Gozo concedes-me, força e vigor, quando
Senhor creio em ti.

NÃO PODEMOS DEIXAR JESUS


3º tópico PORQUE O CONHECEMOS
(v. 69) “Nós cremos e sabemos que és o
Santo de Deus”.
EXPLANAR narrando que a multidão que
abandonou Jesus ainda não o havia conhecido como
Deus. Para eles Jesus era apenas um homem.
Jesus mesmo já falara de sua divindade, mas eles
não o ouviram. Agora, Pedro fez uma profunda
confissão de fé reconhecendo a divindade de
Jesus. ILUSTRAR com a experiência do Apóstolo
Paulo, para quem o conhecimento pleno de Jesus
mudou completamente a vida. APLICAR mostrando
que precisamos reconhecer que Jesus é o Deus feito
homem que veio a este mundo para nos salvar. E
por ser Deus único e verdadeiro, não há como
desistir de segui-lo, mas a única opção é a de nos
firmarmos mais e mais nele, seguindo-o em
adoração e serviço até o fim.

Estou seguindo a Jesus Cristo, deste


caminho eu não desisto.
Hino “Seguindo a Estou seguindo a Jesus Cristo, atrás não
Jesus” 1ª e 2ª est. volto nunca mais.
Se me deixarem os pais e amigos,
se me cercarem muitos perigos,
se me deixarem os pais e amigos, atrás
não volto nunca mais.

Conclua aplicando as verdades explanadas;


trabalhe para persuadir os ouvintes a um
compromisso de completa firmeza em seguir Jesus,
independendo dos problemas e aflições, deixando o
mundo para trás e seguir sempre tendo o Senhor
Jesus como guia.

Hino “Estou Seguindo a Jesus Cristo”


(3ª e 4ª estrofes)
Atrás o mundo, Jesus na frente, Jesus o
Hino “Seguindo a guia onipotente.
Jesus” 3ª e 4ª est. Atrás o mundo Jesus na frente, atrás
não volto nunca mais.
Depois da luta, vem a coroa, a
recompensa é certa e boa,
Depois da luta, vem a coroa, atrás não
volto nunca mais.

Começando a lançar mão do modelo segmentado,


o pregador tem uma rica fonte de ideias a partir,
inclusive, do seu próprio acervo homilético, onde
alguns sermões já anteriormente pregados poderão
reaparecer no calendário de pregação, agora na
forma segmentada. Para tanto, um bom exercício é
tomar alguns desses sermões prediletos e
transformá-los em segmentados. Naturalmente,
dando preferência a sermões pregados já há algum
tempo e na disposição de trabalhá-los um pouco
mais, especialmente nas ilustrações e aplicação,
visando adequá-los à realidade do novo tempo
quando serão outra vez pregados. Mãos à obra.
Conclusão

A alternativa do modelo segmentado está ao


alcance de todos nós, pregadores e músicos de fala
portuguesa. Dou graças a Deus pelo privilégio de
poder escrever este livro sobre uma forma
sermônica tão antiga, mas ainda inovadora e que,
apesar de seu pouco uso na atualidade, começa a
ser restaurada neste século XXI.
O fato de ministrarmos numa sociedade
apressada, onde ouvintes com pressa perderam a
capacidade de ouvir longos sermões, deve nos
motivar a uma séria e constante avaliação do nosso
trabalho homilético. Urge, como bons despenseiros,
que desenvolvamos a capacidade de extrair da
despensa que o Senhor tem colocado ao nosso
alcance o melhor para comunicarmos aos nossos
ouvintes. E como já está comprovado que o ouvinte
aciona o seu desligador automático quando o
segmento se torna mais longo, o modelo
segmentado surge com uma proposta inovadora aos
fiéis: eles não são apenas convidados ouvir, mas
recebem o privilégio à participação.
Mais do que em qualquer outro tempo, o momento
atual exige de nós pregadores a habilidade de
entrarmos no mundo significativo do ouvinte para, só
assim, podermos trazê-lo ao mundo significativo da
mensagem comunicada. Muitas vezes o ouvinte está
distante; levado por suas preocupações e problemas
para outra galáxia, precisa receber o toque especial
capaz de despertá-lo e dar-lhe condições de ouvir e
assimilar a comunicação do púlpito. O uso da
música, drama, pequenos poemas, testemunhos e
qualquer participação congregacional adequada59
ao sermão se constitui hoje em recurso muito
valioso.
Os hinos e cânticos inseridos nos segmentos
falam de modo especial tanto por sua própria
mensagem quanto pelo fato de agora virem como
parte integrante da unidade sermônica. Não raro,
após pregar um segmentado, ouvimos o
testemunho: “Hoje este hino me falou de um modo
como nunca antes”; ou ainda: “Dentro do sermão
pude compreender melhor a letra deste cântico”.
Unindo palavra e música, o modelo segmentado é
uma bênção na proclamação da Palavra.
Minha intenção não é que o sermão segmentado
assuma o lugar do trabalho expositivo na pregação
dominical, mas que se torne um recurso em uso nas
nossas igrejas a fim de que a Palavra – falada e
cantada – alcance corações e contribua de modo
efetivo para a salvação dos perdidos e a edificação
dos salvos.
Que o Senhor da Pregação e da Música nos dê a
Palavra para que, pregando e cantando, sejamos
bênçãos nas mãos dele.
Referências Bibliográficas

Hinários
CANTAI. Coletânea de Músicas Para Solo vocal
em arranjos e composições de Ralph Manuel. Rio de
Janeiro: JUERP. 1993.
CÂNTICOS ESPIRITUAIS. Compilação de
arranjos de Verner geir. São Paulo: Redijo gráfica e
Editora Ltda. 1982.
CÂNTICOS DE LOUVOR. Compilação de Beth
Parker e Hiram Júnior. Fortaleza: Departamento de
Música da Junta Executiva da Convenção Batista
Cearense. 1984.
CANTOR CRISTÃO. Hinário dos Batistas
Brasileiros. Rio de Janeiro: JUERP. 1971.
CELEBRAI COM JÚBILO. Coleção de Cânticos
Para Congregação e Acompanhamento ao Piano,
em arranjos de Hiram Rollo Júnior. Fortaleza. 1987.
COM JÚBILO CANTEMOS. Rio de Janeiro: União
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CORAL SINFÔNICO. Hinos Para Coros Mistos.
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CULTO CANTADO PARA CEIA DO SENHOR.
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EU VOS ENVIO. Cantata Missionária de John
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HINÁRIO DESPERTAR 95. Congresso da
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HINÁRIO DO PRIMEIRO ENCONTRO DOS
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HINÁRIO PARA O CULTO CRISTÃO. Hinário dos
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HINOS PARA A FAMÍLIA DE DEUS. Produções
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MELODIAS DE VITÓRIA. Coletânea de Hinos e
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O NOVO SOM DA NOVA VIDA. Coleção coral de
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Livros:
FREEMAN, Harold. Variety in The Biblical
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Documentos e Trabalhos Não Publicados


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Sermão. Depoimento escrito ao Dr. Charles Dickson.
Salvador. 1968. Página inédita, datilografada.
MORAES, Jilton. O Valor da Brevidade Para a
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1993. 209 f. Tese (Doutordo em Teologia) –
Orientador: Dr. Jerry S. Key. STBNB. Recife, 1993.
Trabalho inédito, digitado.
_____, A Música e a Pregação no culto.
(monografia de doutorado) 1992. Trabalho inédito,
digitado.
_____, Grandes Pregadores e Sua Pregação.
(monografia de doutorado) 1991.Trabalho inédito,
digitado.
_____, O Uso dos Capítulos 4 a 9 de João na
Pregação – Monografia de Doutorado. Recife:
STBNB, Trabalho inédito, digitado.
Sobre o Autor

Jilton Moraes de Castro exemplifica o tipo de líder


que se encontra cada vez menos em nossas igrejas
de hoje: o teólogo que valoriza a música. Na tradição
que se estende dos dias de Martinho Lutero, líder da
Reforma protestante e autor de vários hinos, e que
continua pelos irmãos João e Charles Wesley,
fundadores do Metodismo que escreveram milhares
de letras de hinos, Jilton Moraes percebe a
importância do uso correto da música
congregacional como parte do culto cristão. Ele
entende que a palavra cantada não é elemento
adversário à palavra pregada; os dois elementos
precisam ser aliados um ao outro para a melhor
integração da mensagem na consciência do povo de
Deus.
Suas qualificações como teólogo são impecáveis:
depois de receber os graus de Bacharel e de Mestre
em Teologia do Seminário Teológico Batista do Norte
do Brasil (Recife), ele recebeu também o Doutorado
em Teologia daquela instituição, em 1993. Atuou
como Professor de Homilética por quase 15 anos no
STBNB, chegando a ser também o seu Coordenador
do departamento de Teologia. Desde 2001 reside no
Distrito Federal, onde, depois de servir à Faculdade
Teológica Batista de Brasília, atua na Faculdade
Evangélica de Taguatinga, como professor e
capelão.
No lado musical, apesar de não ser músico, foi
oficialmente reconhecido pela Associação dos
Músicos Batistas do Brasil como Amigo dos Músicos,
ao receber o Prêmio Arthur Lakschevitz em 1995.
Antes disso, serviu como membro da comissão que
elaborou o Hinário Para o Culto Cristão.
Acima de tudo, Jilton Moraes tem coração de
pastor. Por mais de trinta anos serviu como pastor
de igrejas batistas em diversas cidades do norte e
nordeste deste país, sendo a Igreja Batista Imperial
do Recife (PE) a última onde serviu. Tive o privilégio
de servir como Ministro de Música nesta igreja, junto
com o Pastor Jilton. Posso testemunhar que ele
sempre se mostrou pronto para trabalhar comigo,
para que a parte musical dos cultos pudesse
integrar-se bem com a mensagem falada. Foi então
que iniciamos a nossa colaboração na produção de
novos hinos, ele escrevendo a letra e eu a música.
Em suma, Jilton Moraes é altamente qualificado
para escrever o presente livro em que compartilha as
suas ideias de como utilizar a música como parte
integral da mensagem falada dentro do culto. Vale a
pena ler com atenção.
Ralph Manuel
Ministro de Música
Notas de rodapé
1 As participações congregacionais sugeridas neste livro são, em
sua maioria, de hinos extraídos do Cantor Cristão e do Hinário para
o Culto Cristão. Ressalte-se, porém, que, vários desses hinos
constam em outros hinários, como Harpa Cristã, Salmos e Hinos,
Hinário Adventista, Melodias de Vitória, nas coletâneas de cânticos
e tantos outros. O autor sugere algumas alternativas para as igrejas
que não lançam mão do Cantor Cristão e do HCC: (1) Manter o
hino, caso conste no hinário usado por sua igreja; ou faça parte do
repertório dela; (2) Substituir por uma outra música constante do
hinário usado por sua igreja. com enfoque semelhante; (3) Ensinar o
hino, com antecedência – fora da mensagem. (4) Manter o hino,
mas apresentado em solo ou grupo vocal.
2 Harold FREEMAN. Neuvas alternativas en la predicacion biblica.
El Paso: Casa Bautista de Publicaciones. 1987.
3 Erik Alfred Nelson, sueco, de Estocolmo, veio dos Estados Unidos
para o Brasil, com o propósito de evangelizar a Amazônia. Sem
qualquer salário, precisou provê seu próprio sustento. Serviu 48
anos pregando não só em Belém, Manaus e cidades ribeirinhas,
mas em várias outras cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Eurico Alfredo Nelson tornou-se conhecido como o Apóstolo da
Amazônia.
4 José dos Reis PEREIRA. O Apóstolo da Amazônia. Rio de
Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1954, p. 57.
5 Ibid, p.58.
6 Detalhes completos sobre pesquisa sermônica: Jilton MORAES,
Homilética, da pesquisa ao púlpito. São Paulo: editora vida, 2a
edição, 2007.
7 Sobre o assunto, veja o capítulo 10 – Providências e Cuidados na
Pregação Segmentada.
8 Nelson KIRST. Rudimentos de Homilética. São Paulo:
Paulinas/Sinodal, 1985, p. 76.
9 C. H. SPURGEON. Lições aos meus Alunos (Vol. 2). São Paulo:
PES, s/d, p. 166.
10 Ibid, p. 167.
11 Alejandro TREVINO. El Predicador, Platicas a mis Estudiantes. El
Paso: CBP, 1976, p. 57. 12 Sobre a importância da música na vida
cristã, vê Jilton MORAES: Homilética do púlpito ao ouvinte, Editora
Vida, 2008; capítulo 3 – No púlpito e no culto.
13 Martyn LLOYD-JONES. Pregação e pregadores. São Paulo:
Editora Fiel, 1984, p. 88.
14 Jilton MORAES. A Música e a Pregação no Culto. 1992. p. 20.
Trabalho inédito, digitado.
15 Jilton Moraes. Homilética, da pesquisa ao púlpito. São Paulo:
Editora Vida, 2007, 2a edição, p. 55.
16 Ibid, p. 64.
17 Ibid, p.78.
18 Ibid, p. 85.
19 Ibid, p. 101.
20 Por estar inserido em um culto cantado, o ideal é que o sermão
não ultrapasse a marca dos 15 minutos de duração.
21 PERSPECTIVAS DA CRUZ (Lc 23.33-43); estrutura com quatro
tópicos: (1) a perspectiva da indiferença – o povo assistia, v. 35a; (2)
a perspectiva da zombaria – as autoridades zombavam, v. 35b; (3) a
perspectiva do escárnio – os soldados escarneciam, v. 36; e (4) a
perspectiva do arrependimento – o malfeitor arrependeu-se, v. 39-
43.
22 Veja o conteúdo deste jogral no capítulo 9 – Variações em uma
forma que traz variedade.
23 Deve ser um convite breve e objetivo, posto que a mensagem já
foi apresentada através dos hinos e leituras.
24 Uma vez que os segmentos correspondem aos tópicos, sempre
que o pregador trabalhar um sermão narrativo, uma homilia ou,
ainda mais, um monólogo narrativo (sem tópicos), deverá encontrar
os locais mais apropriados para o encaixe das músicas. No capitulo
7 – Variações em uma forma que traz variedade – há um exemplo
de como esta realidade funciona, deixando claro que um sermão
não precisa necessariamente ter uma estrutura com divisões
formais em tópicos para ser segmentado.
25 Moraes, Homilética: da pesquisa ao púlpito, p. 149.
26 Vale observar como é fácil substituir o hino ou cântico indicado
por um outro, com idêntica mensagem. No caso do hino 407 do
HCC, poderia ser substituído, entre várias outras opções, pelo
cântico Alegrar-me-ei. Sempre que optar pela troca da música,
tenha o cuidado de elaborar um elo que mantenha a unidade
sermônica. No caso dessa permuta, o elo ficaria assim: Você é
alegre? Quando somos verdadeiramente alegres podemos cantar:
Alegrar-me-ei, alegrar-me-ei, alegrar-me-ei no Senhor. E assim
cantamos porque ele nos dá razão pra viver.
27 Edith Brock MULHOLLAND. Hinário Para o Culto Cristão: Notas
Históricas. Rio: JUERP, 2001, p. 187.
28 Para melhor compreensão do equilíbrio entre os elementos
funcionais do sermão, veja: Jilton Moraes. Homilética, do púlpito ao
ouvinte. Editora Vida, 2008, capítulo 7: “equilíbrio, uma importante
questão”.
29 Moraes. Onde Estava a Alegria? O Jornal Batista. Rio de Janeiro,
1º de maio de 1983, p. 2.
30 Jilton MORAES A Cumplicidade na Pregação. In: Zaqueu
OLIVEIRA (redator). Reflexão e Fé (Revista Teológica STBNB), ano
01, número 01. Recife: STBNB Edições. Agosto de 1999, p. 103-
109.
31 Clifton J. ALLEN. Comentário Bíblico Broadman. Rio de Janeiro:
JUERP, 1983, vol 8, p. 474.
32 Este poema quando lido pelo pregador, funciona como parte do
texto do sermão – é o início da conclusão, entretanto, pode ser
recitado por um declamador ou ainda apresentado em forma de
jogral. Nesse caso, funcionará também como mais um recurso, além
da música, na segmentação da mensagem.
33 Esta introdução foi alongada pelos detalhes da pesquisa nela
apresentados. Eles podem ser resumidos, tornando-a mais breve.
Outra opção é substituir a pesquisa por uma breve ilustração, um
dado estatístico, ou qualquer outro recurso que possibilite atrair a
atenção do ouvinte. Veja: Homilética, da pesquisa ao púlpito, p. 149-
166.
34 Para evitar uma leitura maior, o pregador pode extrair a essência
do conteúdo desse texto, narrando a história com as suas próprias
palavras. Esse recurso dá vida ao texto. Outra opção é memorizar o
texto e recitá-lo em tom narrativo, mas sem ficar preso a qualquer
leitura.
35 Valdívio COELHO. Documento Inédito, enviado ao Dr. Charles
Dickson.
36 J. W. SHEPARD. O Pregador. Rio de Janeiro: Casa Publicadora
Batista, 1959, p. 93.
37 John STOTT O Perfil do pregador. São Paulo: Editora Sepal, s/d,
p. 145.
38 Ibid, p. 121.
39 Jilton MORAES, O valor da brevidade para a relevância da
pregação: ensaio a partir de uma análise crítica no trabalho
homilético da David Mein. 1993. 209 f. Tese (Doutorado em
Teologia) – Orientador: Dr. Jerry S. Key. STBNB. Recife, 1993, p.
191.
40 John KNOX, A Integridade da Pregação, p. 77
41 C. H. SPURGEON, Lições aos Meus Alunos, Volume II, p. 18.
42 John Knox, A Integridade da pregação. São Paulo: ASTE, 1964,
p. 77.
43 Margarida Lemos GONÇALVES. O Mundo precisa conhecer o
Deus desse homem. In: A pátria para Cristo, Rio de Janeiro.
44 Jilton MORAES. Segue-me. In: O Jornal Batista. Rio de Janeiro.
31 de outubro de 1989, p. 4.
45 Íris Resende, ao ser entrevistado pelo Jornal Opção, afirmou:
“Cristianópolis surgiu em função de retaliações àqueles que se
convertiam pelo trabalho de evangelização de um grupo de
missionários ingleses. Então, um fazendeiro decidiu fazer um
loteamento em sua fazenda para acolher os irmãos perseguidos”.
Disponível em: http://www.jornalopcao.com.br/index.asp?
secao=Destaques2&idjornal=278. Acessado em 09 de abril de 2008,
às 12h05. 46 Jilton MORAES. Poema Desafiados a Restaurar.
Trabalho inédito digitado.
47 Jilton MORAES. Estrofe do poema Ananias. Trabalho inédito
digitado
48 I. E. Reynolds, El Ministério de la Música em La Religion, p. 67
49 Vicente T. LESSA. Lutero. São Paulo: Casa Editora
Presbiteriana. 1960, p. 163.
50 Disponível em:
http://br.geocities.com/momentoscomjesus/historia/igreja4.htm;
acessado em 24/03/08, às 14h21m.
51 William BARCLAY. El Nuevo Testamento – Juan I, p. 160.
52 Ibid.
53 Jilton Moraes. Em meu lugar. In: Jornal Batista. Rio de Janeiro.
31 de agosto de 1981, p. 4. Publicado como poema e dele adaptado
para jogral, pelo autor, para ser apresentado por quatro pessoas. A
sugestão é para jovens, mas podem ser pessoas de qualquer faixa
etária.
54 As músicas constantes nas fichas são oriundas de vários
hinários; para cada assunto há um acervo bem maior,
especialmente de cânticos contemporâneos. Na tabela de
abreviaturas constam os nomes dos hinários aqui indicados
abreviadamente.
55 Quando apenas uma estrofe ou estribilho está indicado, a
identificação usada nem sempre equivale ao título do hino, mas à
frase que identifica o trecho a ser cantado.
56 A indicação todo não significa que todas as estrofes tenham que
ser usadas, mas que todo o hino é pertinente ao assunto.
57 Às vezes ocorre do mesmo hino está inserido em vários hinários.
É o caso do “Que grande amigo”, Cantor Cristão 75 e Hinário
Adventista 9. A incidência deste fato entre o HCC e o Cantor Cristão
acontece com mais freqüência, por serem ambos coletâneas dos
batistas brasileiros da CBB e por haver a comissão que elaborou o
HCC, utilizado 166 hinos do Cantor Cristão (veja HCC, instruções
para o uso de hinário, p. 683).
58 As recomendações – explane, – ilustre e – aplique têm a ver com
o uso dos elementos funcionais do sermão: explanação, ilustração e
aplicação. As sugestões de idéias aqui apresentadas apontam
esses elementos como recurso para o desenvolvimento do sermão.
59 Participação congregacional adequada em qualquer sermão
segmentado é aquela que ocupa o mínimo de tempo possível, é
planejada de acordo com a tese do sermão, está em plena harmonia
com a verdade central comunicada, completa (junto com as palavras
do pregador) a unidade sermônica e é apresentada de tal forma a
manter o foco no todo da mensagem.

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