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DUPLA TRIBUTAÇÃO

CONCEITOS:

Dupla Tributaçã também conhecida como Bitributação, é um fenómeno do direito tributário que
ocorre quando dois entes tributantes cobram dois tributos sobre o mesmo fato gerador ou fato
juridico tributário,

A Dupla Tributaçã significa a incidência de impostos equiparáveis em dois ou mais países


relativamente ao mesmo contribuinte, fato gerador r períodos dr tempo iguais.

De acordo com autores como Sanches, Pereira, Texeira, Xavier entre outros, a Dupla Tributação
pode dividir-se em dois, Dupla Tributação Economica ( DTE ) e Dupla Tributação Juridica,
sendo que pode ocorrer a nivel interno ou a nivel internacional.

(pereira ,2017), reforça a ideia de que há distinção entre os conceitos de dupla tributação juridica
e duypla tributação economica, “embora nao exista unanimidade na doutrina a este conceito.”

Segundo este autor a dupla tributação juridica consiste no fato de uma pessoa ser tributada mais
do que uma vez, relativamente a um mesmo rendimento. Já no que se ferere a dupla tributação
economica, o mesmo rendimento é tibutado por duas oessoas diferentes.

Acordos de Dupla Tributação

Conceitos:

Os acordos de dupla tributação (ADTs) são tratados internacionais do foro fiscal que tradusem-se
em acordos escritos de vontade entre dois estados, estes acordos foram estabelecidos para que os
impostos pagos em um país possam ser deduzidos nos impostos a pagar no outro país.

Dupla tributação internacional

Assim, dupla tributação: “é o resultado da percepção de impostos similares em dois ou mais


Estados, sobre um mesmo contribuinte, pela mesma matéria imponível e por idêntico período de
tempo.

4.2. Requisitos da dupla tributação


Do conceito acerca da dupla tributação internacional advêm cinco requisitos para a sua
caracterização: semelhança dos impostos incidentes; cobrança desses impostos por dois ou mais
Estados; idêntico fato gerador; idêntico contribuinte e mesmo período de aplicação do imposto.

a) semelhança dos impostos incidentes:


como primeiro requisito para caracterizar-se a dupla tributação, exige-se que os impostos
sejam equivalentes em ambos os Estados que irão cobrá-lo.

b) cobrança por dois ou mais Estados:


mister que a cobrança dos impostos semelhantes seja exigida por dois ou mais Estados
Soberanos, característica essa essencial da dupla tributação.

c) idêntico fato gerador:


além da semelhança do imposto e da cobrança por dois ou mais Estados, imprescindível
é que o imposto, nos vários países que o cobram, incida sobre o mesmo fato gerador.

d) idêntico contribuinte:
obviamente que além dos outros requisitos, para caracterizar-se a dupla tributação
internacional, necessita-se que o sujeito passivo seja o mesmo.

e) mesmo período de aplicação do imposto:


por fim, exige-se que a cobrança do imposto seja efetuada em um mesmo período de
tempo de aplicação.

4.3. Espécies da dupla tributação internacional

Borges aponta mais de vinte espécies da dupla tributação internacional. No presente trabalho, no
entanto, abordar-se-á unicamente as espécies mais relevantes nomeadamente:

a) efetiva e virtual:
é efetiva – também denominada de real – quando realmente podem ser verificados os
cinco requisitos mencionados no tópico 4.2. Será virtual – também chamada de eventual
ou potencial – quando dois ou mais Estados concorrem para a cobrança do imposto, mas
apenas um – ou nenhum deles – efetua, efetivamente, a cobrança do contribuinte. Assim,
pode-se afirmar que a virtual concentra-se apenas na possibilidade, enquanto que a
efetiva concentra-se na realidade da ocorrência da bitributação.

b) real, pessoal e mista:


essa classificação advém da distinção entre impostos reais e pessoais. Segundo Amaro,
são pessoais os tributos que consideram os aspectos pessoais do contribuinte, como, por
exemplo, os tributos que consideram o nível de renda, o estado civil, entre outros, por
outro lado, são reais os tributos que não consideram esses aspectos.
c) intencional e não intencional:
é intencional quando um Estado cria determinada situação para que ocorra a dupla
tributação. Será não intencional, quando decorrer de vontade não desejada dos Estados
que cobram os impostos.
Acerca dessa classificação assevera Borges: Embora muito raramente aconteça, um
Estado pode criar intencionalmente uma situação de dupla tributação internacional, com o
propósito de obter determinados resultados de ordem política ou econômica.

d) vertical, horizontal e oblíqua:


essa classificação decorre da posição em que se encontram os entes que tributam. Será
vertical quando o tributo a ser cobrado advier de entes tributadores situados em níveis
diferentes. Há, portanto, entre esses entes uma posição de hierarquia, como, por exemplo:
“quando um dos entes tributadores é uma organização internacional ou supranacional”.
Já na horizontal os entes encontram-se na mesma posição hierárquica, como, por
exemplo, quando os entes são dois Estados soberanos. Por fim, será oblíqua quando os
entes não estiverem em uma posição de hierarquia, mas tampouco estiver na mesma
posição. É o que ocorre, por exemplo, quando há: “colisão do sistema tributário de um
Estado soberano com o sistema tributário de um ente territorial autônomo de outro
Estado”.

Diferenca entr dupla tributação internacional e dupla tributação interna:

A diferença entre ambas é que a dupla tributação internacional ocorre quando há colisão de
sistemas tributários de entes soberanos, ao passo que a interna ocorre dentro de um único Estado.

Objetivo dos acordos de dupla tributação:

Os acordos de dupla tributação tem por objetivo a regulamentação juridica das situações
tributárias internacionais.

Finalidade dos acordos de dupla tributação:

Os acordos de dupla tributação tem como finalidade previnir ou eliminar o fenómeno de dupla
tributação.
1.12 Acordos de Dupla Tributação Moçambique tem tratados para evitar dupla tributação
internacional com: Portugal, Itália, Maurícias, Emirados Árabes Unidos, Macau, Africa do
Sul, India, Botswana e Vietnam.

Pais Dividendos Juros Royalities Rendimentos de


Capital

Italia 15% 10% 10% 0%


8% (se detido a
pelomenos 25%
por entidade
mauriciana)
10 % (se detido a
menos de 25%
Mauricias por entidade 8% 5%
mauriciana) 0%
15% para todos
outros casos
(Limites
estabelicidos por
autoridades
fiscais de cada
pais)
0% (Nota: no
caso de as ações
vendidas serem
de uma empresa
10% cujo valor seja
Portugal 10% 10% constituído com
mais de 50% de
imóveis, as mais
valias são
tributadas )
0% (Nota: no
caso de as ações
vendidas serem
de uma empresa
0% 0% 5% cujo valor seja
EAU constituído com
mais de 50% de
imóveis, as mais
valias são
tributadas )
Africa do Sul 8% (25% detem a
subsidiaria em 8% 5% 0%
Moçambique)
15% (Detem
mesnos que 25%
da subsidiaria
em
Mozambique)
Macau 10% 10% 10% 0%
0% (Nota: no
caso de as ações
vendidas serem
de uma empresa
cujo valor seja
Vietnam 10% 10% 10% constituído com
mais de 50% de
imóveis, as mais
valias são
tributadas )
0% (25% detem 0% (Nota: no
a subsidiaria em caso de as ações
Moçambique) vendidas serem
12%(Detem de uma empresa
menos que 25% cujo valor seja
Botswana da subsidiaria 10% 10% constituído com
em mais de 50% de
Moçambique) imóveis, as mais
valias são
tributadas)
India 7.5% 10% 10% 32

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