Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• A saúde e a doença
• Identificação e caracterização
• V. ESTRATÉGIAS EM SAÚDE
• Plano Nacional de Saúde
CAPILARIDADES
• Cuidados de saúde primários
• Cuidados hospitalares
CONTEÚDOS • Cuidados Continuados
PROGRAMÁTICOS
• Saúde pública
• Política do medicamento
• VII. POLÍTICAS DE SAÚDE E DE SERVIÇO SOCIAL
• O percurso do Serviço Social na saúde
PROXIMIDADE)
Século XVIII
Individualização da
As Epidemias Experiência da
sugeriam fenómenos doença
colectivos que Revolução Industrial
assolavam famílias alavanca melhorias
na habitação, higiene
pública
Inexistência de uma
Corpo e alma não imagem estruturada Transição
são um todo de doença demográfica
A saúde afecta a
alma e não o corpo
• Doença não representa uma unidade em
si, faz parte de outros fenómenos
colectivos como a guerra, a fome e
acidentes;
Tempo das
Epidemias • Várias epidemias com elevada taxa de
mortalidade (cólera, sífilis, varíola, peste,
tuberculose, entre outras);
• Partilham-se responsabilidades
• Declaração de Alma-Ata (1978) – traz uma
nova concepção de saúde que critica a
medicina curativa e a responsabilidade
individual dos doentes:
Do doente • “ (…)levando em consideração os determinantes
responsável à socio-económicos e socio-culturais (…) trata-se de
uma responsabilidade do indivíduo, da comunidade
responsabilidade e do governo, e, portanto, em ultima análise, de
pela Saúde uma questão política” (Barton, 1970, p.14)
3.Dimensão
Comunitária • Consideração pelos factores socioeconómicos
• Declaração de Alma-Ata
Década de 70
• Tónica na sustentabilidade
4.Dimensão • Conferência de Otawa
Sustentável • Preocupação com efeitos colaterais da
industrialização (poluição ambiental), escassez
Década 80 e 90 de recursos, “boom” demográfico
Sociologia
Saúde
• Década de 50/60 – modelo do consenso
• Sociologia Médica – associada à análise
funcionalista de Parsons (1951) sobre o
tratamento teórico das profissões e
Sociologia Médica clientes. A Doença = Desvio social
• Década de 70/80 – modelo multicausal
Vs
• Mudanças sociais no padrão da doença e
Sociologia da Saúde na estrutura socioeconómica
e da Doença • Novas perspectivas teóricas das ciências
sociais (teorias femininas, pós-
estruturalismo) influenciavam a atitude
de crítica face à ciência originando nova
abordagem e posicionamento
• Disciplina que estuda a relação entre a
saúde e os factores sociais que induzem
os comportamentos dos indivíduos ou
grupos quando expostos perante
situações de doença e/ou qualidade de
acesso aos cuidados dos doentes
Sociologia da Saúde • Principais áreas de investigação:
influência do género, etnicidade, idade,
status socioeconómico, comportamentos
sociais no acesso a cuidados de saúde;
comportamentos sociais face à doença
(…)
• Complementar à Sociologia da Saúde
debruçando-se sobre a maneira como os
povos de diferentes culturas e grupos
sociais explicam as causas da saúde e da
doença, os tipos de tratamento em que
acreditam e a quem pedem auxílio
(médicos, xamãs, curandeiro);
Antropologia • Pretende saber que crenças tradicionais
Médica de uma comunidade onde determinado
indivíduo se insere, como agem
relativamente à crença e à religião;
• Estuda como crenças e práticas
influenciam as mudanças biológicas
psicológicas e sociais do organismo
humano perante a saúde e doença
• Estuda a mudança de comportamentos
• A transição da sociologia médica para
sociologia da saúde, denuncia a era positivista
na relação da medicina com a sociologia –
agora incapaz de legitimar o seu papel por não
responder às novas necessidades em saúde;
• Há um colapso na “teoria dos germes” ,
EM SÍNTESE modelo que fundamenta a eficácia dos actos
médicos para um novo modelo multicausal,
complexo
• Surge comprometida com novos modelos de
causalidade com o novo panorama dos factos
sociais e das novas realidades da saúde e da
doença
Políticas de saúde
Ano letivo 2013/2014
Modelo
Psicossocial
• Representa a saúde e a doença nas
sociedades ocidentais;
• Classifica a doença como um desvio do
estado normal provocado por causas
naturais, sendo que a eliminação destas
resulta na cura ou na melhoria do estado
de saúde (Engel,1977);
Modelo biomédico • É científico porque envolve regras e
prerrogativas que advêm de métodos
científicos;
• Associado às etnias brancas (Colby e Van
de Berge,1961) e caracterizado pela
profissionalização dos procedimentos
(Fabrega, 1974);
• Incapaz de resolver questões
fundamentais relacionadas com a saúde
e com a doença;
• Visão reducionista, mecanicista e dualista
• Modelo não reconhece perturbações
Críticas ao modelo mentais como patologias
biomédico • Excluir o humano do científico
(Engel,1997) fez cair a biomedicina num
círculo vicioso;
• Negligencia as representações dos
indivíduos sobre a doença;
• Centralidade na saúde e não na doença;
• Promoção da saúde como conceito
Modelo multidisciplinar;
• Reconhecimento da centralidade da
Biopsicossocial palavra no decurso das interacções
terapêuticas como alavanca para uma
abordagem à saúde como uma
construção social.
• Não nega a dimensão biomédica mas
reconhece que as fronteiras entre saúde
Modelo e doença não são claras porque são
difusas, por força das considerações
Biopsicossocial culturais, sociais e psicológicas entre elas
(Engel,1977)
Paradigmas de entendimento da Saúde/Doença
Alopático Holístico
Visão holística tem implicações na
Visão alopática relacionada com um definição filosófica dos sistemas de
sistema de tratamento médico que saúde
trata a doença
1. Consideração pelos factores
Manifesta-se em dois eixos: sociais da saúde;
1. Administração de substâncias para
alterar a bioquímica da localização
2. Consideração pelos distúrbios
corporal
complexos do tecido social);
2. Através de cirurgias (técnicas
invasivas) modificando, removendo
ou substituindo as partes do corpo 3. Consideração pelos factores
humano afectadas culturais
Paradigmas de entendimento da Saúde/doença
Holístico
Valoriza a educação, a auto-ajuda e o
auto-cuidado.
Relação com médico é igual e recíproca
onde se estabelece uma afinidade
empática que visa responsabilizar o
doente pela sua saúde.
Compreensão do ser humano como um
ser multidimensional – corpo, mente e
espírito em que o holismo reforça a
inter-conexão com todas as dimensões,
micro e macroscópicas assim como
aceita o axioma filosófico “que o todo é
maior que a soma de todas as partes”
Paradigmas de entendimento da Saúde/doença
• Prevalência
• 1% ao ano na população geral
• 2,5% no grupo com mais de 65 anos
• 60 a 80% das despesas em Saúde
Principais Mudanças nos cuidados de Saúde
Que
estratégias
Que modelo? para melhorar
a qualidade
dos cuidados?
Como responde o sistema de saúde à doença crónica?
• Reactiva e segmentada
• Doente passivo
• Deficit de informação
• Deficit de resultados
Aspectos de melhoria
Portugal
• Em 35% dos doentes com dor crónica ( a dor não está devidamente controlada )
•Castro Lopes, 2008
•33% dos doentes com doenças mentais graves não tiveram tratamento
Caldas de Almeida J, 2010
Politica de Apoio da
Ambiente
Saúde Comunidade
Unidades
Redes
Estruturas Tecnologia
Financiamento
Sistema de Informação
Implementação dos
Processos Prestação de
cuidados pelos
cuidados de saúde
doentes e famílias
Cuidados aceites e adequados a cada doente,
Resultados
de acordo com a evidência, que sejam
eficientes e consigam a satisfação dos doentes
Modelo Global de Gestão de Doente Crónico
Processos
Implementação dos
Prestação de
cuidados pelos
cuidados de saúde
doentes e famílias
• Procurar informação
• Selecção de populações -alvo • Formação para auto-
•Trabalho em equipa cuidados
• Apoio à prevenção e autocuidados •Utilização de equipamentos
• Continuidade de Cuidados de monitorização remota
• Gestão de Caso e de Doença • Modificação de
• Uso de auxiliares de decisão comportamentos de risco
• Diversificação dos contactos • Implementação de cuidados
com os doentes de prevenção e vigilância
• Monitorização de Indicadores • Adesão às terapêuticas
Pirâmide da necessidade de cuidados dos doentes crónicos:
O Caso português
6%
5 ou mais doenças
21%
3 ou 4 doenças
73%
1 ou 2 doenças
Pirâmide da necessidade de cuidados dos doentes crónicos:
O Caso português
(European Congress of Internal Medicine, 2007)
5%
doentes
Mudança de
comportamento de risco
Apoio aos
auto-
cuidados
Apoio
psicológico
Apoio
Social
Reabilitação
Cuidados de
enfermagem Cuidados
médicos
Políticas de saúde
Ano letivo 2013/2014
•MANUTENÇÃO DA AUTONOMIA;
• INDEPENDÊNCIA;
• QUALIDADE DE VIDA ;
• PERFIL DE RISCO
• IDOSOS COM ≥ 80 ANOS
• IDOSOS COM ≥ 65 ANOS COM:
• COMORBILIDADES(≥ 5 DIAGNÓSTICOS)
• NECESSIDADES TERAPÊUTICAS (≥ 5 FÁRMACOS/DIA)
• DEPENDÊNCIA PARCIAL OU TOTAL
• INCONTINÊNCIA URINÁRIA OU FECAL
• QUEDAS DE REPETIÇÃO
• INCAPACIDADE COGNITIVA (SÍNDROME DEMENCIAL, DEPRESSÃO)
• IDOSOS COM INTERNAMENTOS FREQUENTES APÓS ALTA HOSPITALAR
• IDOSOS DEPENDENTES DE ACTIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA BÁSICA
• INSUFICIÊNCIA FAMILIAR: IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL, TANTO
NAS FAMÍLIAS, COMO INSTITUCIONALIZADOS
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E OS NOVOS DESAFIOS
E) ABORDAGEM DO LUTO;
Tardiamente, a partir de Abril de 1976, Portugal garante aos seus cidadãos que “todos
têm direito à protecção na saúde e o dever de a promover e de a defender” e que “o
direito à protecção da saúde é realizado pela criação de um SNS universal, geral e
gratuito.”
83,7% dos portugueses tem médico de família no centro de saúde área residência
51% não consegue consulta no mesmo dia;54% têm de esperar mais de duas semanas
Tempo de espera entre consulta médico família e hospital = > de 1 mês para 48%
Natural
Físico-construído
Socio-económico
• DESIGUALDADES EM SAÚDE: MORTALIDADE E EMV
Mortalidade
Proporção de pessoas que morrem num determinado período/por mil habitantes é
muito + baixa nos países desenvolvidos
Esperança média de vida (EMV)
Mortalidade
Proporção de pessoas que morrem num determinado período/por mil habitantes é
muito + baixa nos países desenvolvidos
Esperança média de vida (EMV)
POBREZA
Não ter recursos suficientes para organizar a vida com as condições mínimas de
conforto material que tornam possível a procura da realização pessoal
Pobreza Saúde
- Tipo de doenças resultantes de habitações insalubres (respiratórias, parasitárias,
depressões, relacionadas com stress);
- Condições (espaço e tempo) para cuidarem dos seus familiares quando estes
adoecem.
DESIGUALDADES EM SAÚDE: POBREZA
- Hábitos Alimentares
- As oportunidades para fazer férias e ter tempo livre (essenciais para a manutenção e
recuperação da saúde física e psicológica)
Processos
fisiológicos
Processos
Psicológicos
Processos
Comportamentais
Políticas de saúde
Ano letivo 2013/2014
O Japão e a Suécia têm uma Esperança Média de Vida (EMV) que pode chegar aos
80 anos;
Contudo:
A pobreza é um dos mais importantes indicadores de desigualdade em saúde
Os mais pobres de entre os pobres registam elevados níveis de doença e de
mortalidade prematura.
Quanto pior a posição socioeconómica, pior o estado de saúde muito embora não
seja obrigatório ou incontornável que assim seja.
Nesta altura o acesso à saúde ou era pago por quem poderia pagar (poucos),
dependente de acções beneméritas de instituições de solidariedade –
muito aquém da magnitude dos problemas de saúde (Misericórdias) ou por
associações de socorros mútuos – organizações de carácter voluntário
Até à década de 70
- Indicadores de saúde muito desfavoráveis
- Sistema de saúde - conjunto de serviços de natureza variada
- Serviços médico-sociais prestavam cuidados de saúde ambulatórios aos seus
associados
- Misericórdias detinham quase todos os hospitais e os poucos estavam centralizados
nos centros urbanos;
- Saúde pública vocacionada para a protecção da saúde (vacinações, protecção
materno-infantil, saneamento ambiental, programas específicos para a tuberculose,
saúde mental;
Financiamento publico da saúde – 2,8% PIB
A criação do SNS
Década de 80
Expansão de infra-estruturas do SNS
OBJECTIVOS EM SAÚDE
Segundo a OMS (2000) os sistemas de saúde têm três grandes objectivos:
CIDADÃO
-
FIO CONDUTOR
Anos 70
Desenvolvimento dos CSP – centros de saúde
Anos 80 e 90
Influências do movimento de promoção da saúde (OMS)
Finais anos 90
1ª Meta em Saúde – Saúde, um compromisso: A estratégia para a saúde para o virar
do século
• PNS 2004-2010
Estratégias Locais de Saúde
PNS 2011-2016
Promoção da cidadania, das políticas públicas saudáveis, da equidade e do acesso
adequado aos cuidados de saúde
GOVERNAÇÃO DA SAÚDE(OPSS)
LICENCIATURA EM SERVIÇO SOCIAL
Ano letivo 2013/2014
Os sistemas de saúde estão sujeitos, tal como noutras áreas sociais, às tensões e
influências da actualidade:
1 - Aumento gradual da despesa, 2- Envelhecimento progressivo da população,
3- Estagnação da economia, 4- Elevados índices de fiscalidade
Como ?
Através da redefinição do papel do estado
QUAIS CAMINHOS?
1. DISSEMINAÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO TÍPICOS DE MERCADO
2. SEPARAÇÃO DOS VÁRIOS PAPÉIS DESEMPENHADOS PELO ESTADO
Sustentabilidade
Universalidade e
Equidade
Resultados e
qualidade do sistema
DESAFIOS A CONQUISTAR
As novas
coligações Baixo desenvolvimento humano
CONCLUSÃO: NOVAS POLÍTICAS DE SAÚDE
1. POLÍTICAS INCREMENTAIS
Minimizar custos de transição e de percurso traçado
•1ª DÉCADA DO SÉC. XXI – CRIADA UMA UNIDADE DE MISSÃO PARA CONCRETIZAR, MONITORIZAR E
REORGANIZAR LOCALMENTE OS CUIDADOS
PORQUÊ?
SÃO O PILAR FUNDAMENTAL E O MAIS DISPENDIOSO EM QQ SISTEMA DE SAÚDE
ACESSO:
• MEIO HOSPITALAR E CENTROS DE SAÚDE
• SOBRECARGA DE REFERENCIAÇÕES
FINANCIAMENTO:
• MISTO
• RISCOS E INCERTEZA
SERVIÇO SOCIAL
• INICIALMENTE – REGIME DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
INSTRUMENTO DE QUALIDADE DIRETA, OU SEJA, ATRAVÉS DO CONTATO PRIVILEGIADO
PARA A HUMANIZAÇÃO COM A POPULAÇÃO UTENTE
Da Génese à Institucionalização
•Serviço Social na saúde, 1907, em Boston, Hospital de Massachusetts
•Foi efetuado o primeiro contrato com um profissional de serviço social
•Função dominante – compreensão das condições psíquicas e sociais que poderiam
estar na origem da enfermidade, da mente ou do corpo
Em Portugal
•Hospitais Universitários de Coimbra (1941) e no Hospital Júlio de Matos (1942)
•Considerações jurídicas – Lei nº 2011/46 menções à sua inclusão no quadro
hospitalar, nos hospitais regionais e sub-regionais, sobre cabimentação de RH em
para o Serviço Social e na formação de agentes de Serviço Social, através de
iniciativas do estado.
PROFISSIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL