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BrASil
cOLôNia
2022
SUMÁRIO
AULA 1 • Pré-História Brasileira: origem e povos nativos do Brasil 4
EXERCÍCIOS AULA 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
QUESTÕES DE REVISÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
QUESTÕES DE REVISÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
AULA 7 • Expansão Territorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
EXERCÍCIOS AULA 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
QUESTÕES DE REVISÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
QUESTÕES DE REVISÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Pré-História Brasileira
AULA 1 OBJETIVOS DA AULA
Habilidades Trabalhadas
• H1 • H9
• H5 • H15
• H7 • H18
• H8 • H23
VIDEO-AULA
IE
ESCANE
O
O CÓDIG
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
1 – (Unicamp 2020) Na América Portuguesa do as fazendas e bens que possuem souberam falar,
século XVI, a política europeia para os indígenas também lhes houveram de ensinar a dizer como
pressupunha também a existência de uma política os papagaios, aos quais a primeira coisa que en-
indígena frente aos europeus, já que os Tamoios e sinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo
os Tupiniquins tinham seus próprios motivos para querem para lá.
se aliarem aos franceses ou aos portugueses.
SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida
(Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, Introdução a uma privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portu-
história indígena. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, guesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
1992, p. 18.) As críticas desses cronistas ao processo de coloni-
zação portuguesa na América estavam relaciona-
Com base no excerto e nos seus conhecimentos das à
sobre os primeiros contatos entre europeus e indí-
genas no Brasil, assinale a alternativa correta. a) utilização do trabalho escravo.
b) implantação de polos urbanos.
a) A população ameríndia era heterogênea e os c) devastação de áreas naturais.
conflitos entre diferentes grupos étnicos ajuda- d) ocupação de terras indígenas.
ram a definir, de acordo com suas próprias lógi- e) expropriação de riquezas locais.
cas e interesses, a dinâmica dos seus contatos
com os europeus. 3 – (Upe-ssa 1 2017) Na bacia do Rio São Francisco,
b) O fato de Tamoios e Tupiniquins serem grupos nas paleolagoas conhecidas hoje como tanques,
aliados contribuiu para neutralizar as disputas foram achados ossos de animais extintos da fauna
entre franceses e portugueses pelo controle pleistocênica, que conviveram com o homem em
do Brasil, pelo papel mediador que os nativos diversas áreas da região, como Salgueiro e Alagoi-
exerciam. nha, em Pernambuco. Pesquisas mais recentes
c) Os indígenas, agentes de sua história, desde assinalaram, também, a presença de megafauna,
cedo souberam explorar as rivalidades entre os como o mastodonte e a preguiça-gigante, como é
europeus e mantê-los afastados dos seus con- o caso da Lagoa Uri de Cima em Salgueiro.
flitos interétnicos, anulando o impacto da pre-
sença portuguesa. MARTIN, Gabriela; PESSIS, Anne-Marie. Breve Panorama da
Pré-História do Vale do São Francisco no Nordeste do Brasil.
d) As etnias indígenas viviam em harmonia umas Revista FUMDHAMentos, Volume 1 – Número 10 – Ano 2013,
com as outras e em equilíbrio com a natureza. p. 14, adaptado.
Esse quadro foi alterado com a chegada dos
europeus, que passaram a incentivar os con- O trecho acima propõe uma leitura da História do
flitos interétnicos para estabelecer o domínio Brasil, que se caracteriza pela
colonial.
e) O Brasil abrigava uma etnia dividida em diver- a) presença essencial dos europeus no continente
sas tribos que partilhavam uma cultura e mo- americano.
dos de vida comum. b) inexistência de exemplares da megafauna em
território brasileiro.
2 – (Enem 2018) c) carência de estudos paleoantropológicos e sí-
TEXTO I tios arqueológicos no Nordeste.
d) antiguidade da presença humana no país, ante-
E pois que em outra cousa nesta parte me não rior à chegada dos portugueses.
posso vingar do demônio, admoesto da parte da e) existência de répteis de porte avantajado, po-
cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, pularmente conhecidos como dinossauros.
que deem a esta terra o nome que com tanta so-
lenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz 4 – (Uem 2016) Sobre as populações que habita-
que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar vam a América na época da chegada dos coloni-
de mais devotos do pau-brasil que dela. zadores europeus, assinale a(s) alternativa(s) cor-
reta(s).
BARROS, J. In: SOUZA, L M. Inferno atlântico: demonologia
e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras,
1993. 01) Nenhuma cultura nativa americana conhecia o
ferro, o arado, o vidro e a pólvora.
TEXTO II 02) Os chamados Tapuias do litoral do Brasil, os
Esquimós da América do Norte e os Charruas
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por que viviam no Uruguai eram povos que prati-
mais arraigados que na terra estejam e mais ricos cavam uma agricultura diversificada e estavam
que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se em processo de sedentarização.
7
EXERCÍCIOS AULA 1
04) Na região próxima ao litoral do atual território do e estratégico das populações indígenas, que
brasileiro, os tupi-guaranis eram povos nôma- desejavam tão somente ganhar a confiança dos
des que sobreviviam apenas da caça e da pesca viajantes europeus para obter lucros e fazer
e da coleta de frutos e raízes, desconhecendo alianças políticas para derrotar seus inimigos.
práticas agrícolas. e) Um relato sem valor histórico, pois está marca-
08) Na América Central e nos Andes existiam so- do por uma perspectiva eurocêntrica e precon-
ciedades divididas em classes sociais, com um ceituosa sobre os habitantes nativos do Brasil.
Estado estruturado, que impunha o pagamento
de tributos a um poder central. 6 – (Pucsp 2014) “Descoberto o Novo Mundo e
16) Face à escassez de fontes de proteínas (em instaurado o processo de colonização, começou a
razão das prolongadas secas não havia uma se desenrolar o embate entre o Bem e o Mal.”
grande quantidade de animais na América), o Laura de Mello e Souza. Inferno Atlântico. São
canibalismo fazia parte dos hábitos alimentares Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 22-23.
do conjunto de populações que habitavam o
continente na época da chegada dos primeiros Na percepção de muitos colonizadores portugue-
europeus. ses do Brasil, uma das armas mais importantes
utilizadas nesse “embate entre o Bem e o Mal”
A soma das alternativas corretas é era a
5 – (Udesc 2015) Leia com atenção o fragmento 7 – (Uern 2013) Acerca dos povos “pré-colombia-
retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha. nos” e dos habitantes do Brasil anteriores à colo-
nização, marque V para as afirmativas verdadeiras
“E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos e F para as falsas.
todos em pé, com as mãos levantadas, eles [os
índios] se levantaram conosco e alçaram as mãos, ( ) Todos, sem exceção, já haviam estabelecido
ficando assim, até ser acabado; e então tornaram- uma organização política e social extremamen-
-se a assentar como nós. E quando levantaram a te estratificada, estamental e hierarquizada, ba-
Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se pu- seada nos laços de parentesco.
seram assim todos, como nós estávamos com as ( ) Haviam sociedades agrícolas, sedentarizadas
mãos levantadas, e em tal maneira sossegados, e algumas nômades, que não dominavam a do-
que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devo- mesticação de animais, o cultivo sistemático e
ção.” viviam, portanto, da caça e da coleta.
( ) Em algumas regiões específicas, a agricultu-
Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. A. ra se desenvolveu mais intensamente e o acú-
Crônicas do descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 23.
mulo de experiências culturais resultou numa
maior condição de desenvolvimento entre es-
Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Por- sas populações.
tugal, pode-se dizer que é: ( ) No Brasil, o período inicial do processo de co-
lonização coincide, historicamente, com o pe-
a) Uma narrativa que projeta sobre as populações ríodo de sedentarização dos nativos e sua intro-
nativas uma visão de mundo cristão, como se dução ao mundo da agricultura e da pecuária,
o Brasil fosse uma espécie de paraíso edênico. anteriormente inexistentes.
b) Um relato imparcial sobre as populações indí-
genas, porque o autor narra exatamente o que A sequência está correta em
viu e viveu no Brasil.
c) Uma narrativa capaz de identificar a verdadeira a) V – F – V – F
essência das populações indígenas brasileiras b) V – F – F – V
que já conheciam o cristianismo, e traziam no c) V – F – V – V
seu íntimo um conhecimento prévio dos ensi- d) F – V – V – F
namentos pregados por Cristo a seus discípu- e) F – V – F – F
los.
d) Um relato que expressa total ignorância e des-
preparo do cronista sobre o caráter dissimula-
8 – (Unesp 2013)
GABARITO AULA 1
01 - A 04 - A 07 - D
02 - E 05 - A 08 - A
03 - D 06 - E
9
Grandes Navegações e a partilha do Novo Mundo
AULA 2 OBJETIVOS DA AULA
Habilidades Trabalhadas
• H1 • H15
• H7 • H16
• H9 • H18
VIDEO-AULA
IE
ESCANE
O
O CÓDIG
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
1 – (Unesp 2013)
a) teve início assim que os navegadores chegaram
[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; às novas terras.
mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, b) projetou a hegemonia portuguesa no comércio
L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; atlântico.
porque, se não têm F, é porque não têm fé em ne- c) enriqueceu a Metrópole com a descoberta de
nhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os metais preciosos.
cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia d) atardou-se devido aos lucros auferidos com o
têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verda- comércio oriental.
de, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça e) foi financiado pelos lucros gerados pelo comér-
bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque cio de especiarias.
não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para
se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao 3 – (Pucpr 2017) Leia o texto a seguir.
som da sua vontade; sem haver entre eles leis com
que se governem, nem têm leis uns com os outros.
E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é
porque não têm rei que os reja, e a quem obede-
çam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho,
nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua
vontade [...].
13
EXERCÍCIOS AULA 2
5 – (Espcex (Aman) 2020) Muitos europeus acre- A representação cartográfica de Battista Agnese
ditavam que, em direção ao sul, o mar seria habi-
tado por monstros e estaria sempre em chamas. a) revelava a permanência das técnicas e sentidos
Se arriscassem cruzar o oceano Atlântico, à época simbólicos da cosmografia medieval, que orien-
conhecido como mar Tenebroso, iriam se deparar taram os navegadores ibéricos na época da ex-
com o fim do mundo. pansão ultramarina.
Mesmo assim, os portugueses se lançaram às b) estava vinculada aos dogmas cristãos e procu-
Grandes Navegações, no final do século XV. rava conciliar o registro da viagem de Fernão
de Magalhães com a perspectiva de Terra Plana
Considerando: ainda presente entre letrados cristãos.
c) estava baseada nos relatos dos navegadores,
I. A Tomada de Constantinopla pelos turcos oto- no acúmulo de conhecimentos acerca das rotas
manos; marítimas e em estimativas de distâncias a par-
II. A Criação da Companhia das Índias Ocidentais; tir de cálculos matemáticos e da planificação do
III. A existência de um poder centralizador e de um globo terrestre.
Estado unificado; d) apresentava o Oceano Pacífico em suas reais
IV. A descoberta da imensa mina de prata em Po- dimensões de acordo com o entendimento de
tosí pelos lusitanos; Fernão de Magalhães e de Cristóvão Colombo
V. A invenção da bússola pelos portugueses na e em desacordo com as perspectivas cristãs.
Escola de Sagres. e) estava assentada nos conhecimentos e detalha-
mentos geográficos bíblicos e nas formulações
Assinale abaixo a alternativa que apresenta as cau- cosmológicas de Ptolomeu, fundamentais para
sas que levaram à Expansão Marítima Portuguesa. o sucesso da viagem de Fernão de Magalhães.
15
Das Capitanias Hereditárias ao Governo Geral
AULA 3 OBJETIVOS DA AULA
Habilidades Trabalhadas
• H1 • H8 • H16
• H5 • H9 • H18
• H7 • H15 • H23
• H15
VIDEO-AULA
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ESCANE
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O CÓDIG
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
19
EXERCÍCIOS AULA 3
GABARITO AULA 3
01 - E 04 - C 07 - C
02 - C 05 - C 08 - E
03 - D 06 - A
21
REVISÃO MODULAR
a) superioridade técnica dos europeus em relação (Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O
aos indígenas e os motivos de a conquista por- observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa
tuguesa não ter enfrentado resistência. Fapesp, no 188, outubro de 2011.)
b) necessidade de reeducar os hábitos dos indíge-
nas, cuja alimentação cotidiana era muito me- O texto estabelece a formação do Brasil a partir
nos diversificada que a dos conquistadores. da navegação marítima, o que implica reconhecer
c) importância da chegada dos portugueses ao a importância
continente americano, pois eles trouxeram me-
lhores alimentos e melhores hábitos de vesti- a) da imposição de uma lógica global de comércio
GABARITO REVISÃO
01 - C 03 - D
02 - D 04 - D
23
O plantation açucareiro, a economia e a socie-
dade colonial
AULA 4
OBJETIVOS DA AULA
Habilidades Trabalhadas
• H3 • H8 • H15
• H5 • H9 • H18
• H7 • H13 • H23
VIDEO-AULA
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ESCANE
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O CÓDIG
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
➢ Economia Açucareira
• A partir de 1530: açúcar como principal motivador econômico da colonização.
• Vantagens econômicas do açúcar:
o Conhecimento técnico prévio obtido no litoral africano;
o Condições de mercado favoráveis na Europa.
• Aliança com a Holanda:
o Portugal se encontrava numa situação de crise econômica devido ao declínio
do comércio de especiarias;
o Holandeses investiram na instalação de engenhos no Brasil e em troca
receberam o monopólio do refino e distribuição final do açúcar.
• Modelo produtivo: plantation → latifúndios monocultores cultivados por mão-de-
obra escrava com a produção voltada para o mercado externo.
• Unidade de produção: engenho → complexo formado pelo latifúndio agrícola,
instalações e equipamentos para o fabrico do açúcar, casa-grande, senzala,
capela, áreas de cultivo para o consumo interno e anexos dos agregados.
• Regiões produtoras: São Vicente e, posteriormente, Nordeste.
• Mão-de-obra: escrava → num primeiro momento houve a escravização de
nativos, mas logo foram substituídos por escravos africanos (atividade mais
lucrativa para a Coroa).
• Outras atividades econômicas: pecuária, drogas do sertão, tabaco, mandioca,
rapadura e aguardente.
• O “Ciclo do Açúcar” durou até meados do século XVII → a Holanda foi a principal
beneficiária dessa atividade.
EXERCÍCIOS AULA 4
27
EXERCÍCIOS AULA 4
A partir do texto e considerando a economia açu- 8 – (Mackenzie 2017) No Brasil do século XVI, a
careira e a civilização do açúcar, é correto assinalar: sociedade tinha, no engenho, o centro de sua or-
ganização.
a) a cana de açúcar era um produto autóctone, ou
seja, nativo do Brasil e gradativamente foi cain- Assinale a alternativa que NÃO atesta a importân-
do no gosto dos portugueses e dos europeus, a cia do engenho no período colonial.
partir do século XVI;
b) a produção e comercialização do açúcar ocor- a) A grande propriedade era monocultora e tam-
reram sob a influência do livre-cambismo em bém escravocrata, voltada para o mercado ex-
que se baseou o empreendimento colonial por- terno, sendo a montagem da estrutura de pro-
tuguês; dução açucareira, um empreendimento de alto
c) a metrópole estabeleceu o monopólio real, po- custo.
rém a comercialização do açúcar passou para os b) Os senhores de engenhos, por serem proprie-
GABARITO AULA 4
01 - A 04 - B 07 - C
02 - C 05 - E 08 - E
03 - A 06 - C
29
Diáspora Africana e escravidão no Brasil
AULA 5 OBJETIVOS DA AULA
Habilidades Trabalhadas
• H3 • H8 • H14 • H18
• H5 • H9 • H15 • H23
• H7 • H13
VIDEO-AULA
IE
ESCANE
O
O CÓDIG
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
➢ Características Gerais
• Patriarcal, aristocrática, escravagista e
rigidamente hierarquizada.
• Camadas socias determinadas pela
riqueza e cor da pele do indivíduo →
sistema racista.
• Fortemente marcada pelo clientelismo.
➢ Escravos africanos
• Diáspora Africana: imigração forçada por fins escravagistas de milhões de
africanos dentre os séculos XVI e XIX.
• Obtenção de escravos realizada por meio de acordos comerciais entre europeus e
tribos africanas.
• Costa Atlântica da África como principal ponto de venda de escravos.
• Transporte em navios negreiros → mortalidade de 50% da tripulação.
• Escravos de uma mesma tribo, família ou etnia eram separados para evitar uma
articulação ou união entre os mesmos.
• Tipos de escravos:
o De campo ou de eito → escravos que trabalhavam nas lavouras
monocultoras ou nas minas;
o Domésticos → escravos que trabalhavam na casa-grande (amas de leite,
cozinheiras etc.);
o De ganho → escravos que trabalhavam nos centros urbanos
comercializando ou vendendo sua força de trabalho para o senhor.
• Senzalas: alojamentos dos escravos.
• Pelourinho: tronco e forca utilizados para castigar os escravos → em frente às
senzalas.
• Formas de resistência: suicídio, sincretismo religioso, fugas e quilombos.
EXERCÍCIOS AULA 5
1 – (Ucs 2015) O Período Colonial da história bra- 3 – (Ufpr 2018) Leia o texto abaixo:
sileira teve início em 1500, com a oficialização da
posse do território pela coroa portuguesa e encer- [...] O quilombo aparecia onde quer que a escravi-
rou-se em 1822, com a independência política do dão surgisse. Não era simples manifestação tópi-
Brasil. ca. Muitas vezes, surpreende pela capacidade de
organização, pela resistência que oferece; destruí-
Sobre esse Período, é correto afirmar que do parcialmente dezenas de vezes e novamente
aparecendo, em outros locais, plantando a sua
a) a atividade econômica de 1500 a 1530 era nula roça, constituindo suas casas, reorganizando a sua
e ficou conhecida como Pré-Colonial, pois o ter- vida social e estabelecendo novos sistemas de de-
ritório impunha muitas dificuldades, e os portu- fesa. O quilombo não foi, portanto, apenas um fe-
gueses davam enorme atenção ao Oriente. nômeno esporádico. Constituía-se em fato normal
b) a primeira forma da administração colonial foi dentro da sociedade escravista. Era reação organi-
o Governo Geral, cujo governador era indicado zada de combate a uma forma de trabalho contra a
diretamente pelo rei de Portugal que escolhia qual se voltava o próprio sujeito que a sustentava.
entre a nobreza da corte a pessoa mais indicada
para assumir tão importante posto. (MOURA, Clóvis. Rebeliões da Senzala. Editora Conquista, Rio
de Janeiro, 1972, p. 87.)
c) a exploração econômica preferida pelos portu-
gueses foi a produção manufatureira, em fun-
ção da abundância de matérias-primas, que A respeito da história dos quilombos no Brasil,
viabilizavam a produção em grande escala e a considere as seguintes afirmativas:
baixo custo.
d) algumas características básicas se complemen- 1. Foi uma forma de organização dos escravos li-
taram na exploração colonial do Brasil, entre bertos, que não encontraram lugar na socieda-
elas: latifúndio, monocultura, escravidão, eco- de brasileira pós-abolição.
nomia voltada para o comércio externo e mo- 2. O quilombo marcou sua presença durante todo
nopólio comercial português. o período escravista, existindo praticamente
e) as principais cidades foram construídas no li- em toda a extensão do território nacional.
toral brasileiro, pois a estrutura econômica 3. Sua estrutura social respondia a uma lógica par-
agroexportadora inviabilizou qualquer tipo de ticularmente militar, que visava desestabilizar a
ocupação fora dessa área. Assim, o interior do estrutura social dos senhores de escravos.
território brasileiro ficou abandonado durante 4. A quilombolagem se constituiu na unidade bá-
todo o Período Colonial. sica de resistência, fruto das contradições es-
truturais do sistema escravista, e sua dinâmica
2 – (Espm 2018) Em 1549 o rei D. João III decidiu, refletia a negação desse sistema.
sem abolir o sistema de capitanias hereditárias,
instituir um novo regime. Assinale a alternativa correta.
Acompanhado por quatrocentos soldados, seis-
centos degredados, seis jesuítas e muitos mecâni- a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
cos, partiu de Lisboa o primeiro governador-geral, b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
Tomé de Souza, que aportou à baía de Todos-os- c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
-Santos em fins de março de 1549. d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Com o governador chegaram também o ouvidor- e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
-geral, Pero Borges e o provedor-mor, Antônio Ca-
ridoso de Barros. 4 – (Enem 2018) Outra importante manifestação
das crenças e tradições africanas na Colônia eram
(Capistrano de Abreu. Capítulos de História Colonial) os objetos conhecidos como “bolsas de mandin-
ga”. A insegurança tanto física como espiritual ge-
O ouvidor-geral e o provedor-mor desempenha- rava uma necessidade generalizada de proteção:
vam, respectivamente, funções de: das catástrofes da natureza, das doenças, da má
sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos rou-
a) defesa – administração civil; bos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc.
b) justiça – fazenda; Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair
c) fazenda – defesa; mulheres, o costume era corrente nas primeiras
d) administração militar – justiça; décadas do século XVIII, envolvendo não apenas
e) administração da capital – vereança. escravos, mas também homens brancos.
33
EXERCÍCIOS AULA 5
35
A União Ibérica (1580-1640), a colonização fran-
cesa e holandesa no Brasil
AULA 6
OBJETIVOS DA AULA
Habilidades Trabalhadas
• H1 • H7 • H13 • H18
• H3 • H8 • H15 • H23
• H5 • H9 • H16
VIDEO-AULA
IE
ESCANE
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O CÓDIG
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
A u l a 6 . A U n i ã o I b é r i c a ( 1 5 8 0 - 1 6 4 0 ), a
colonização francesa e holandesa no Brasil
➢ Ataques
• Ataque: ato de punição os saque, que não visa a ocupação.
• Ataques ingleses: conflitos entre a monarquia inglesa e espanhola → 1583,1587
e 1591.
• Ataques franceses: contrabando de pau-brasil.
➢ Invasões
• Invasão: expedição que visa o domínio de uma região.
1 – (Ufpa 2016) No regime escravocrata brasileiro era apresar “negros da terra” para a exportação
é importante observar que os sujeitos escravizados dessa mão de obra para a Europa;
mantinham laços de solidariedade, associações d) os ataques dos bandeirantes paulistas aos
religiosas e redes de sociabilidade, portanto eram jesuítas castelhanos eram uma resposta contra
agentes de sua história. Ao rigor do cotidiano violento a postura da Espanha que naquele momento
que lhes impunham os senhores escravocratas, apoiava a invasão holandesa ao Brasil;
esses sujeitos, como forma de reação, praticaram e) as incursões dos bandeirantes paulistas
contra as missões jesuíticas de Guairá e Tapes
a) fugas em massa o que causou um sério prejuízo ocorreram após o Tratado de Madri.
aos donos de fazendas de café, que contavam
com a vigilância de capatazes e a cumplicidade 3 – (Upe-ssa 1 2018) Observe o quadro a seguir:
de contrabandistas de escravos para seu
controle parcial.
b) insurreições, fugas individuais e coletivas,
assassinato de feitores e senhores, o que
favoreceu a formação de quilombos ou
mocambos, sobretudo após o surgimento do
quilombo de Palmares.
c) roubo de produtos da fazenda que terminavam
por ser vendidos na cidade por escravos que
viviam “sobre si”; o resultado das vendas era
revertido para as irmandades de homens negros
e santas casas de misericórdia.
d) fugas para as matas localizadas em áreas
pantanosas, como forma de dificultar a captura
pelo capitão do mato; além disso, os negros
contavam com a ajuda dos índios catequizados
na formação de quilombos.
e) contrabando de café para os navios negreiros
vindos da África, utilizando-se o resultado da
venda para a compra de alforrias e a aquisição
de armamentos para a defesa dos quilombos.
39
EXERCÍCIOS AULA 6
41
REVISÃO MODULAR
longo dos séculos coloniais. A comercialização da Jorge Velho partiu para ir combater Palmares, se
bebida afetava profundamente a importação de vi- de São Paulo ou do Piauí. Tanto se pode admitir
nhos de Portugal. Esse comércio era obrigatório, uma versão como a outra, já que ambas se apoiam
pois por meio dos tributos pagos pelas cotas do em documentos de igual autoridade [...]. Há tam-
vinho importado é que a Coroa pagava as suas tro- bém muita controvérsia sobre os seus efetivos.
pas na Colônia. A cachaça produzida aqui passou a Em diferentes documentos o número de indígenas
concorrer com os vinhos, com vantagens econômi- oscila entre 800 e 1.300, e o de brancos entre 80 e
cas e culturais. Essa concorrência comercial entre 150, não falando nas mulheres e crianças que cos-
colônia e metrópole se estendeu para as praças tumava levar consigo. A marcha de seiscentas lé-
negreiras e rotas de comercialização de escravos guas até Pernambuco foi uma estupenda façanha.
na África portuguesa. A cachaça brasileira, por ser Custou-lhe a perda de 396 pessoas, das quais 196
a bebida preferida para os negócios de compra e morreram de fome ou doença e 200 desertaram.”
venda de escravos africanos, colocou em grande
desvantagem a comercialização dos vinhos portu- (FREITAS, Décio. Palmares: a guerra dos escravos. Porto Ale-
gre: Mercado Aberto, 1984, p. 145-146)
gueses remetidos à África. A longa queda de bra-
ço mercantil acabou favorecendo afinal a cachaça,
porque sem ela, nada de escravos, nada de produ- O bandeirante Domingos Jorge Velho foi contrata-
ção na Colônia, com consequências graves para a do pelo governo português para destruir o quilom-
arrecadação do reino. bo de Palmares. Isso se deu porque
(Ana Maria da Silva Moura. Doce, amargo açúcar. Nossa Histó- a) os paulistas, excluídos do circuito da produção
ria, ano 3, nº 29, 2006. Adaptado) colonial centrada no Nordeste, queriam aí esta-
belecer pontos de comércio, sendo impedidos
A partir dessa breve história da cachaça no Brasil, pelos quilombos.
é correto afirmar que b) os paulistas tinham prática na perseguição de
índios, os quais, aliados aos negros de Palma-
a) essa produção prejudicou os negócios relacio- res, ameaçavam o governo com movimentos
nados ao açúcar, porque desviava parte con- milenaristas.
siderável da mão de obra e dos capitais, além c) o quilombo desestabilizava o grande contingen-
de incentivar o tráfico negreiro em detrimento te escravo existente no Nordeste, ameaçando a
do uso do trabalho compulsório indígena, que continuidade da produção açucareira e da domi-
mais interessava ao Estado português. nação colonial.
b) esse item motivou recorrentes conflitos entre d) os senhores de engenho temiam que os qui-
as elites colonial e metropolitana, condição em lombolas, que haviam atraído brancos e mes-
parte solucionada quando as regiões africanas tiços pobres, organizassem um movimento de
fornecedoras de escravos se tornaram também independência da colônia.
produtoras de cachaça, o que desestimulou a e) os aldeamentos de escravos rebeldes incita-
sua produção na América portuguesa. vam os colonos à revolta contra a metrópole,
c) essa bebida tem uma trajetória que compro- visando trazer novamente o Nordeste para o
va a ausência de domínio da metrópole sobre domínio holandês.
a América portuguesa, porque as restrições
ao comércio e à produção de mercadorias no 6 – (Ufjf-pism 1 2017) Leia atentamente o trecho
espaço colonial não surtiam efeitos práticos e a seguir. Ele faz parte do Voto do Padre Antônio
coube aos senhores de engenho impor a ordem Vieira sobre as dúvidas dos moradores de São
na Colônia. Paulo acerca da administração dos índios, de 1694.
d) esse produto desrespeitava um princípio cen-
tral nas relações que algumas metrópoles eu- “São, pois, os ditos índios aqueles que, vivendo
ropeias impunham aos seus espaços coloniais, livres e senhores naturais das suas terras, foram
nesse caso, a quebra do monopólio de grupos arrancados delas por uma violência e tirania e trazi-
mercantis do reino e a concorrência a produtos dos em ferros com a crueldade que o mundo sabe,
da metrópole. morrendo natural e violentamente muitos nos
e) essa mercadoria recebeu um impulso impor- caminhos de muitas léguas até chegarem às ter-
tante, mesmo contrariando as determinações ras de São Paulo, onde os moradores delas ou os
metropolitanas, mas, gradativamente, perdeu a vendiam, ou se serviam e se servem deles como
sua importância, em especial quando o tabaco escravos”.
e os tecidos de algodão assumiram a função de
moeda de troca por escravos na África. VIEIRA, A. (Pe.) Escritos instrumentais sobre os índios. São
Paulo: Educ; Loyola; Giordano, 1992. p. 102.
43
REVISÃO MODULAR
a) I, II e IV.
b) II, IV e V.
c) II, III e IV.
d) III e V.
e) III, IV e V.
GABARITO REVISÃO
01 - B 04 - D 07 - B
02 - D 05 - C
03 - A 06 - D
Habilidades Trabalhadas
• H1 • H8 • H14
• H3 • H9 • H18
• H5 • H10 • H26
• H6 • H11 • H27
VIDEO-AULA
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ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
49
EXERCÍCIOS AULA 7
Associe a ocorrência com sua correta representação: Gerais indígena: a resistência dos índios nos sertões e nas vilas
de El-Rei. Tempo, Niterói, v. 12, n. 23, p. 5-22, 2007, p. 8.)
e) F, V, F, V. alternativa CORRETA:
51
EXERCÍCIOS AULA 7
interior.
d) articuladas e executadas pelos bandeirantes,
a mando da Coroa, da Igreja Católica ou por
iniciativa própria, a fim de assegurar o controle
português das minas de ouro e o plantio
em terras férteis, dizimando índios hostis e
fundando vilas jesuíticas para o branqueamento
da população.
e) organizadas e financiadas, respectivamente,
pela Coroa Portuguesa e por particulares, em
busca de metais preciosos, do apresamento de
indígenas e da efetivação da posse das terras
por colonizadores portugueses.
GABARITO AULA 7
01 - B 04 - A 07 - A
02 - C 05 - B 08 - E
03 - A 06 - E
Habilidades Trabalhadas
• H1 • H6 • H8 • H10 • H11 • H14 • H18 • H26 • H27
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ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
➢ Contexto
• Crise econômica em Portugal e arrocho colonial.
• Tratado de Methuen (1703) – “Panos e Vinhos” .
• 1755-1777: Era Pombalina
➢ A Economia Mineradora
• 1693: Descobertas as primeiras jazidas de ouro → corrida pelo ouro – população
colonial quase dobrou de número o que acarretou uma crise de abastecimento e
fome.
• Legislação e controle sobre o ouro:
o Intendência das Minas (1702) – órgão responsável pela regulação e
controle da mineração;
o Quinto – imposto sobre o ouro;
o Casas de Fundição (1718);
o Proibição da circulação de ouro em pó (1719).
• Transformações sócio econômicas:
o Diversificação da economia;
o Aumento do afluxo de escravos;
o Desenvolvimento do comércio interno;
o Integração dos polos produtores;
o Ampliação da urbanização;
o Boom populacional.
• Sociedade mineradora → mais dinâmica, urbana e livre.
• Após 1770: crise da mineração → técnicas rudimentares de extração +
esgotamentos das jazidas.
o Instituição da derrama → sentimento antilusitano.
• Diamantes: descobertos em 1729 e a extração era monopolizada pela Coroa.
• Renascimento agrícola → período posterior ao declínio da mineração.
EXERCÍCIOS AULA 8
57
EXERCÍCIOS AULA 8
a) indústria.
b) extrativismo vegetal.
c) agricultura.
d) extrativismo mineral.
Com base no mapa e em seus conhecimentos, as- e) pecuária.
sinale a alternativa correta.
6 – (Unicamp 2019 Adaptada) Tanto que se viu
a) O rio São Francisco foi caminho natural para a a abundância do ouro que se tirava e a largueza
expansão da cana-de-açúcar e do algodão da com que se pagava tudo o que lá ia, logo se fize-
Zona da Mata, na Bahia, até a Capitania de São ram estalagens e logo começaram os mercadores
a mandar às Minas Gerais o melhor que chega nos
navios do Reino e de outras partes. De todas as lares e dos escravos na tomada de decisões.
partes do Brasil, se começou a enviar tudo o que V. A convergência dos caminhos no centro do país
dá a terra, com lucro não somente grande, mas ex- foi denominada de Cruzeiro Rodoviário.
cessivo. Daqui se seguiu, mandarem-se às Minas
Gerais as boiadas de Paranaguá, e às do rio das Está correto apenas o que se afirma em
Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e tudo o
mais que os moradores imaginaram poderia ape- a) I, II e V.
tecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e b) I, II e III.
industriais, adventícias e próprias. c) II, III e IV.
d) II, IV e V.
(Adaptado de André Antonil, Cultura e Opulência do Brasil. e) III, IV e V.
Belo Horizonte: Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.)
59
EXERCÍCIOS AULA 8
GABARITO AULA 8
01 - A 04 - B 07 - B
02 - B 05 - D 08 - A
03 - B 06 - A
Habilidades Trabalhadas
• H1 • H9 • H17
• H4 • H11 • H18
• H5 • H14 • H22
• H7 • H15 • H29
• H8 • H16
VIDEO-AULA
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ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
•SP, 1641.
•Para inibir o apresamento de nativos, Portugal enviou jesuítas para a região de São Vicente.
Aclamação de •Amador Bueno nomeado rei de SP por manifestantes.
Amador Bueno •Revolta encerrada por negociações.
•Maranhão, 1684.
•1682: criação da Cia Geral do Comércio do Estado do Maranhão → monopólio sobre as
drogas do sertão.
•Jesuítas enviados para a região para inibir a escravização de nativos.
Revolta de •1684: liderados por Manuel Beckman revoltosos tomaram São Luís e expulsaram a Cia de
Beckman Navegação e os jesuítas.
•Reação portuguesa: prisão e execução dos líderes.
•MG, 1708-1709.
•Paulistas x Emboabas (portugueses e nordestinos).
•1708: paulistas expulsos da região por emboabas que nomearam Nunes Viana governador
Guerra dos geral das Minas.
Emboabas •1709: Nunes Viana destituído pela Coroa portuguesa.
•Pernambuco, 1710-1711.
•Olindenses (ruralistas) x Pernambucanos (comerciantes – mascates).
Guerra dos •Estopim: elevação de Recife à categoria de Vila → invasão dos olindenses.
Mascates •1711: fim do conflito por meio da intervenção portuguesas → revoltosos anistiados.
65
EXERCÍCIOS AULA 9
a) 2 – 3 – 4.
b) 4 – 1 – 2.
c) 3 – 1 – 4.
d) 4 – 3 – 1.
e) 2 – 3 – 1.
GABARITO AULA 9
01 - C 04 - A 07 - A
02 - C 05 - A 08 - A
03 - B 06 - C
67
REVISÃO MODULAR
4 – (Puccamp 2017) As colônias que se formaram Meu avô, ainda intrigado,
na América portuguesa tiveram, desde o século XVI, foi modelar a fronteira:
o caráter de sociedades escravistas. Com o passar
do tempo, consolidaram-se em todas elas algumas E o Brasil tomou a forma de harpa.”
práticas relacionadas à escravidão que ajudaram
a cimentar a unidade e a própria identidade dos (Martim Cererê - Cassiano Ricardo)
colonos luso-brasileiros. Dentre essas práticas,
ressalta-se a combinação entre um avultado tráfico O autor, no seu poema Metamorfoses se refere
negreiro gerido a partir dos portos brasileiros e às várias transformações verificadas no território
altas taxas de alforria. brasileiro. Tais “metamorfoses” presentes acima se
referem
BERBEL, Márcia; MARQUESE, Rafael e PARRON, Tâmis.
Escravidão e política. Brasil e Cuba, c. 1790-1850. São Paulo: a) à importância do indígena brasileiro na
Hucitec/Fapesp. 2010. p. 178-179.
composição étnica e cultural do povo brasileiro.
b) às dimensões continentais adquiridas pela
Segundo o texto e seus conhecimentos sobre a nação brasileira e sua semelhança com um
história da escravidão na América Portuguesa, instrumento musical.
a sociedade escravista que nela se constituiu c) ao processo histórico de penetração e ocupação
apresentava a do território nacional e a delimitação das nossas
fronteiras.
a) convivência entre a presença de um grande d) à conquista do território nacional, realizada
número de alforriados e o denso volume de pelos nossos indígenas, graças à navegação dos
escravos gerido internamente, constituindo-se nossos rios.
como elemento importante na construção da e) à enorme diversidade de ecossistemas e
identidade dos colonos. paisagens naturais presentes no nosso vasto
b) dissociação entre tráfico negreiro, controlado território.
pelos portugueses reinóis, e alforria propiciada
pelos colonos locais, gerando uma pluralidade 6 – (Fuvest 2013) Admite-se que as cenouras
de identidades na sociedade escravista. sejam originárias da região do atual Afeganistão,
c) tensão entre práticas de alforria engendradas tendo sido levadas para outras partes do mundo
pelos colonos e medidas de estímulo ao tráfico por viajantes ou invasores. Com base em relatos
negreiro empregadas pela Coroa portuguesa, escritos, pode-se dizer que as cenouras devem ter
como expressão de projetos diferentes de sido levadas à Europa no século XII e, às Américas,
sociedade escravista. no início do século XVII.
d) interação patriarcal entre colonos luso-brasileiros
e escravos, devido à adoção de práticas de Em escritos anteriores ao século XVI, há referência
alforria, apesar da unidade e resistência vigentes apenas a cenouras de cor roxa, amarela ou vermelha.
entre os africanos escravizados e da opressão É possível que as cenouras de cor laranja sejam
exercida pela Coroa portuguesa. originárias dos Países Baixos, e que tenham sido
e) contradição entre práticas escravistas desenvolvidas, inicialmente, à época do Príncipe de
estimuladas pelos traficantes portugueses que Orange (1533-1584).
geriam os portos brasileiros e as propostas No Brasil, são comuns apenas as cenouras
abolicionistas apregoadas pelo colonos luso- laranja, cuja cor se deve à presença do pigmento
brasileiros que defendiam a alforria. betacaroteno, representado a seguir.
5 – (Mackenzie 2015)
69
REVISÃO MODULAR
b) podem ter sido levadas à Europa por rotas desordens os astros; o clima é tumba da paz e
comerciais norte-africanas e contêm um berço da rebelião; a natureza anda inquieta consigo,
pigmento cuja molécula possui apenas duplas e amotinada lá por dentro é como no inferno.
ligações cis.
c) podem ter sido levadas à Europa pelos chineses Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. Brasil: uma Biografia.
e contêm um pigmento natural que é um
poliéster saturado. O texto é parte do discurso histórico e político sobre
d) podem ter sido trazidas ao Brasil pelos primeiros a sublevação que nas minas houve no ano de 1720
degredados e contêm um pigmento que é um e que o governador Pedro Miguel de Almeida e
polímero natural cujo monômero é o etileno. Portugal, o conde de Assumar, fez chegar às mãos
e) podem ter sido trazidas a Pernambuco durante das autoridades régias em Lisboa.
a invasão holandesa e contêm um pigmento
natural que é um hidrocarboneto insaturado. A respeito da sedição de Vila Rica, em 1720, é
correto assinalar:
7 – (Fuvest 2018) A respeito dos espaços
econômicos do açúcar e do ouro no Brasil colonial, a) os sediciosos planejavam forçar a coroa a
é correto afirmar: suspender o estabelecimento das casas de
fundição, onde se registrava o ouro em barras
a) A pecuária no sertão nordestino surgiu em e se deduzia o quinto por arroba, o imposto
resposta às demandas de transporte da devido ao rei;
economia mineradora. b) os sediciosos planejavam forçar a coroa a abolir
b) A produção açucareira estimulou a formação de a derrama, que determinava a cobrança de todos
uma rede urbana mais ampla do que a atividade os impostos atrasados;
aurífera. c) os sediciosos rebelaram-se contra forasteiros
c) O custo relativo do frete dos metais preciosos que eram beneficiados pela coroa com privilégios
viabilizou a interiorização da colonização na exploração das jazidas auríferas;
portuguesa. d) os projetos dos sediciosos eram o rompimento
d) A mão de obra escrava indígena foi mais com Portugal, a adoção de um regime
empregada na exploração do ouro do que na republicano é a criação de uma universidade em
produção de açúcar. Vila Rica;
e) Ambas as atividades produziram efeitos e) a sublevação desafiou a ação do marquês de
similares sobre a formação de um mercado Pombal que havia determinado o monopólio
interno colonial. régio sobre a extração de diamantes.
Habilidades Trabalhadas
VIDEO-AULA
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ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
Crise do Antigo
Regime
Revolução
Liberdade e Pressão sobre os
Francesa e Ind. Arrocho colonial
Igualdade países ibéricos
Das 13 Colônias
Abertura dos
Enfraquecimento
mercados
metropolitano
coloniais
Apoio inglês às
independências
➢ Movimentos Emancipacionistas
INCONFIDÊNCIA MINEIRA CONJURAÇÃO BAIANA
•Salvador, 1798.
•Vila Rica, 1789.
•Revolta de caráter popular que se colocava
•Conspiração de mineradores e intelectuais de
contra o domínio português e a escravidão.
Vila Rica contra o domínio metropolitano.
•Formado por alfaiates, soldados, um padre e
•Propostas: proclamação de uma República na
alguns profissionais liberais.
região das Minas; criação de uma Universidade;
sem posicionamento em relação à escravidão. •Propostas: proclamação da República, abolição
da escravidão, aumento dos salários, garantia
•Plano: desencadear uma revolta durante do dia
das liberdades individuais e fim do preconceito
da Derrama.
racial.
•Conspiração denunciada antes que ocorresse →
•12 de agosto: eclosão do movimento →
inconfidentes presos e muitos exilados, com
Salvador tomada pelos revoltosos, mas a
exceção de Tiradentes, que foi condenado à
repressão foi rápida.
morte.
•Revoltosos presos e executados.
•Caráter burguês e inspirada na Independência
dos EUA. •Movimento de caráter popular inspirado na Rev.
Francesa e Independência do Haiti.
EXERCÍCIOS AULA 10
75
EXERCÍCIOS AULA 10
GABARITO AULA 10
01 - D 04 - E 07 - A
02 - D 05 - E 08 - C
03 - A 06 - A
77
A vinda da família real para o Brasil e o Período
Joanino
AULA 11
OBJETIVOS DA AULA
Habilidades Trabalhadas
• H1 • H5 • H8 • H11 • H15 • H29
• H2 • H6 • H9 • H13 • H22
• H4 • H7 • H10 • H14 • H24
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ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
81
EXERCÍCIOS AULA 11
FOLHA – Estamos vivendo um momento de novas 6 – (Fac. Albert Einstein 2017 Adaptada) D. João
interpretações em relação ao período imperial? elevou o Brasil à condição de Reino Unido a Portu-
gal e Algarves em 16 de dezembro de 1815.
MAXWELL – (...) o movimento de independência
da década de 1820 não aconteceu no Brasil, mas Essa medida objetivou, entre outros fatores
em Portugal. Foram os portugueses que não qui-
seram ser dominados por uma monarquia baseada a) atender a uma exigência das Cortes de Lisboa,
na América. de acordo com os princípios liberais da Revolu-
Com a rejeição da dominação brasileira, ção do Porto.
eles atraíram muitos dos problemas de fragmen- b) impedir a ampliação do império francês nas
tação, guerras civis e descontinuidade que são pa- Américas, com as guerras por territórios colo-
recidos com aqueles que estavam acontecendo na niais extraeuropeus.
América espanhola. c) apaziguar a elite brasileira do Nordeste, que era
É sempre importante, ao pensar a história favorável à abolição da escravidão e da imple-
do Brasil, considerar que ela não se encaixa em in- mentação da república.
terpretações convencionais. É sempre necessário d) legitimar a dinastia de Bragança, de acordo
pensar um pouco de forma contrafactual, porque a com os princípios restauradores invocados pelo
história brasileira não segue a mesma trajetória de Congresso de Viena.
outras histórias das Américas. O rei estava aqui, a e) reconhecer a importância do Brasil para o Impé-
revolução liberal estava lá. A continuidade estava rio português.
aqui, a descontinuidade estava lá.
Acho que isto explica muito das coisas que 7 – (Feevale 2016) No ano de 1808, a Corte portu-
aconteceram depois no Brasil, no século 19. guesa instalou-se no Brasil. A partir desse momen-
to, um processo de desenvolvimento científico-
Marcos Strecker, Para Maxwell, país não permite leituras con- -cultural ocorreu, com a fundação de instituições,
vencionais. Folha de S.Paulo, 25-11-2007.
como Biblioteca Pública e Imprensa Régia. Tam-
bém foram criados, com o passar do tempo, dife-
“A história brasileira não segue a mesma trajetória rentes cursos, como o da Academia Real Militar e
de outras histórias das Américas”, pois da Faculdade de Medicina.
a) em 1824 foi promulgada a primeira constitui- Marque a alternativa que demonstra o principal
ção do Brasil, caracterizada pela divisão e au- objetivo do governo ao instituir o desenvolvimento
tonomia dos três poderes e por uma legislação desses cursos.
social avançada para os padrões da época, pois
garantia o direito de voto a todos os brasileiros. a) Fortalecer o sistema público da educação brasi-
b) com a grave crise estrutural que atingiu as ati- leira, existente desde a fundação das primeiras
vidades produtivas da Europa no início do sécu- vilas.
lo XIX, restou ao Brasil um papel relevante no b) Fortificar a colônia contra os ataques das es-
processo de recuperação das bases econômi- quadras inglesas, formando quadros para o
cas industriais, com o fornecimento de algodão, exército.
tabaco e açúcar. c) Desenvolver novas tecnologias para a crescen-
c) os princípios e as práticas liberais do príncipe- te indústria portuguesa.
-regente Dom Pedro se chocavam com o con- d) Controlar a imprensa local através da censura.
servadorismo das elites coloniais do centro-sul, e) Formar recursos humanos para atender às ne-
defensoras de restrições mercantilistas com o cessidades da Corte.
intuito de conter a ganância britânica pela ri-
queza brasileira. 8 – (Ufsm 2013) No texto “O Império enfermo”,
d) com as invasões napoleônicas, desorganiza- Cláudio Bertolli Filho afirma:
ram-se os contatos entre a metrópole espanho-
la e seus espaços coloniais na América, situa- A vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808
ção diversa da verificada em relação ao Brasil, determinou mudanças na administração pública
que abrigou a Corte portuguesa. colonial, inclusive na área de saúde. Como sede
e) a elite colonial nordestina – voltada para o mer- provisória do império lusitano e principal porto do
cado interno, defensora do centralismo políti- país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o centro
co-administrativo e da abolição da escravatura das ações sanitárias. Com elas, dom João VI pro-
– apostava na liderança e na continuidade no
Estão corretas
a) apenas I e II.
b) apenas I e IV.
c) apenas II e III.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
GABARITO AULA 11
01 - B 04 - C 07 - E
02 -A 05 - D 08 - E
03 - B 06 - D
83
A Independência do Brasil (1822)
AULA 12 OBJETIVOS DA AULA
Habilidades Trabalhadas
• H1 • H6 • H10 • H15
• H2 • H7 • H11 • H22
• H4 • H8 • H13 • H24
• H5 • H9 • H14 • H29
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ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
REVISÃO
RESUMO
➢ Emancipação Política
• Perante a pressão portuguesa em recolonizar o Brasil e pelo retorno de d. Pedro
à Portugal, as elites brasileiras iniciaram a articular o movimento de
independência.
• D. Pedro como fundamental no processo de independência → elites temiam a
formação de uma república popular caso o movimento fosse liderado pelas
camadas mais baixas.
• Pré-emancipação:
o Dia do Fico – após receber um abaixo-assinado D. Pedro declarou que
permaneceria no Brasil, contrariando o Parlamento português;
o Decreto do Cumpra-se – nenhuma lei aprovada em Portugal valeria no
Brasil sem a aprovação de Dom Pedro;
o Nomeação de José Bonifácio como ministro do governo;
o Junho de 1822 – D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte
brasileira.
• Setembro de 1822: oficializada a Independência.
EXERCÍCIOS AULA 12
87
EXERCÍCIOS AULA 12
89
REVISÃO MODULAR
1 – (Pucsp 2011) “O Brasil é uma criação recente. Estão corretas apenas as afirmativas
Antes da chegada dos europeus (...) essas terras
imensas que formam nosso país tiveram sua pró- a) I e II.
pria história, construída ao longo de muitos sécu- b) I e III.
los, de muitos milhares de anos. Uma história que c) II e IV.
a Arqueologia começou a desvendar apenas nos d) I, II e III.
últimos anos.” e) II, III e IV.
Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil. 3 – (Puccamp 2017) Luiz Gama (1830-1882) foi um
A arqueologia pré-histórica no Brasil. São Paulo: Atual, 2009
(15ª edição), p. 6
dos raros intelectuais negros brasileiros do século
XIX, o único autodidata e também o único a ter so-
O texto acima afirma que frido a escravidão antes de integrar a república das
Letras, universo reservado aos brancos. Em São
a) o Brasil existe há milênios, embora só tenham Paulo, em 1859, lançou a primeira edição de seu
surgido civilizações evoluídas em seu território único livro – Primeiras trovas burlescas de Getulino
após a chegada dos europeus. –, uma coletânea de poemas satíricos e líricos até
b) a história do que hoje chamamos Brasil come- bem pouco rara. Pela primeira vez na literatura bra-
çou muito antes da chegada dos europeus e sileira, um negro ousara denunciar os paradoxos
conta com a contribuição de muitos povos que políticos, éticos e morais da sociedade imperial.
aqui viveram. (...) Jamais frequentou escolas, pois, como afirma-
c) as terras que pertencem atualmente ao Brasil ra, “a inteligência repele os diplomas, como Deus
são excessivamente grandes, o que torna im- repele a escravidão”. Luiz Gama converteu-se no
possível estudar sua história ao longo dos tem- incansável e douto “advogado dos escravos”. O
pos. poeta então se eclipsa, cedendo lugar ao abolicio-
d) a Arqueologia se dedicou, nos últimos anos, a nista e militante republicano.
pesquisar o passado colonial brasileiro e seu FERREIRA, Lígia Fonseca. “Luiz Gama por Luiz Gama: carta a
vínculo com a Europa. Lúcio de Mendonça”.
e) os povos indígenas que ocupavam o Brasil an- Revista Teresa de Literatura Brasileira (8/9). São Paulo: Editora
tes da chegada dos europeus, foram dizimados 34/Universidade de São Paulo, 2008, p. 301.
pelos conquistadores portugueses.
Em relação à proposição “Deus repele a escravi-
2 – (Pucrs 2015) Considere as afirmações abaixo dão”, sabe-se que os jesuítas
sobre as razões que levaram os portugueses a
adotar o açúcar como produto agrícola básico de a) defenderam enfaticamente que essa forma
exportação do Brasil Colonial (1530-1822). de trabalho fosse abolida na América hispâni-
ca uma vez que consideravam que todos eram
I. As condições geográficas do Brasil eram favo- iguais perante Deus, sendo, por essa razão, ex-
ráveis ao desenvolvimento da lavoura canaviei- pulsos, primeiro pela Coroa Portuguesa e, em
ra, devido ao clima tropical quente e úmido e ao seguida, pela Coroa Espanhola, após décadas
solo relativamente fértil no litoral. de trabalho missionário.
II. O açúcar era um produto de grande aceitação b) apresentaram, gradativamente, postura cada
no mercado europeu e poderia proporcionar vez mais complacente em relação aos indíge-
grandes lucros à metrópole portuguesa, tendo nas, argumentando que estes não deveriam
em vista a potencialidade que sua nova colônia ser submetidos ao regime da agricultura nos
apresentava para a lavoura canavieira. moldes ocidentais, uma vez que, diferentemen-
III. Apesar de já comercializar açúcar na Europa, te dos negros, eram frágeis fisicamente e de-
Portugal ainda não tinha experiência na sua tinham suas próprias técnicas de subsistência,
produção, decidindo, assim, iniciar essa nova como o extrativismo e a coivara.
atividade econômica nas terras há pouco des- c) dividiram-se em dois grupos com opiniões di-
cobertas na América. vergentes, sendo um defensor do trabalho
IV. Portugal desejava rivalizar com os holandeses, compulsório aos indígenas e africanos, contanto
que eram inimigos da Coroa Lusitana e domi- que combinado à catequese e a um tratamen-
navam o refino e o comércio do açúcar na Eu- to humanista desses cativos, e outro favorável
ropa; posteriormente, os holandeses, inclusive, ao estabelecimento de missões que atraíssem
invadiriam as zonas produtoras brasileiras de espontaneamente índios e negros que ali pode-
açúcar. riam trabalhar em comunidade e estudar.
d) discutiram efusivamente essa questão, desa-
fiando as orientações superiores em nome da
piedade cristã aos índios e negros, até o mo- Com base nos textos, no mapa e em conhecimen-
mento em que o trabalho compulsório se mos- tos de História, julgue as afirmativas em V (Verda-
trou indispensável para sua fixação e sobrevi- deiro) e F (Falso).
vência nas colônias, etapas que venceram com
êxito, a ponto de se transformarem em uma ( ) Aplicando o princípio do “uti possidetis”, o
ameaça político-econômica à dominação das Tratado de Madri estabeleceu, em linhas ge-
coroas hispânicas. rais, o tamanho e a forma do Brasil. No Sul
e) consideravam a escravidão um mal necessário ocorreu uma exceção: Portugal recebia a região
para a colonização do novo mundo, sendo es- dos Sete Povos do Uruguai (Missões) e entre-
pecialmente admissível no caso da população gava à Espanha a Colônia do Sacramento.
africana, que já adotara essa prática em suas ( ) Pelo Tratado de Madri a Espanha realizava o
próprias terras e se mostrava arredia à adoção objetivo de limitar o perímetro de seu império
do cristianismo, bem como nos casos de indí- colonial americano, mas melhorava suas defe-
genas hostis, aos quais cabia a aplicação dos sas, em especial nas áreas argentíferas andinas.
princípios da “guerra justa”. Caberia aos luso-brasileiros a responsabilidade
de defender a embocadura do rio Amazonas,
via de acesso de possíveis invasores rumo a
4 – (Fepar 2017 Adaptada) Oeste.
( ) O Tratado de Santo Ildefonso, assinado en-
tre as metrópoles ibéricas, restabelecia o que
dispusera o Tratado de Madri, mas no sul dis-
punha que caberia à Espanha a região de Sete
Povos das Missões, assim como a colônia de
Sacramento.
( ) As Guerras Guaraníticas tiveram por causa a
recusa, de colonos portugueses e índios guara-
nis aldeados na região de Sacramento, a aban-
donar as terras que ocupavam e suas facilida-
des de comércio e contrabando na estratégica
localização junto ao rio da Prata.
( ) Comparando o Tratado de Madri e o de Santo
Ildefonso, pode-se afirmar que o território co-
lonial brasileiro teria área maior se esse último
tivesse prevalecido em caráter definitivo.
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REVISÃO MODULAR
Adaptado.)
6 – (Fgv 2016) Reverendo padre reitor, eu, Manoel
A atividade econômica a que o texto se refere está Beckman, como procurador eleito por aquele povo
presente em: aqui presente, venho intimar a vossa reverência,
e mais religiosos assistentes no Maranhão, como
a) A ti trocou-te a máquina mercante, justamente alterados pelas vexações que padece
Que em tua larga barra tem entrado, por terem vossas paternidades o governo tempo-
A mim foi-me trocando, e tem trocado, ral dos índios das aldeias, se tem resolvido a lan-
Tanto negócio e tanto negociante. çá-los fora assim do espiritual como do temporal,
Deste em dar tanto açúcar excelente então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida,
Pelas drogas inúteis, que abelhuda que por esta parte não tem do que se queixar de
Simples aceitas do sagaz Brichote. vossas paternidades; portanto, notifico a alterado
povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio,
(Gregório de Matos, “À cidade da Bahia”.) e não saiam para fora dele para evitar alterações e
mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar;
b) Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, e entretanto ponham vossas paternidades cobro
Que viva de guardar alheio gado, em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos
De tosco trato, de expressões grosseiro, de seus procuradores que lhes forem dados, e es-
Dos frios gelos e dos sóis queimado. tejam aparelhados para o todo tempo e hora se
Tenho próprio casal e nele assisto; embarcarem para Pernambuco, em embarcações
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; que para este efeito lhes forem concedidas.
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto. João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de
Jesus no Estado
do Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.
(Tomás Antônio Gonzaga, “Lira I”.)
O movimento liderado por Manuel Beckman no
c) Tu não verás, Marília, cem cativos
Maranhão, em 1684, foi motivado pela
Tirarem o cascalho e a rica terra,
Ou dos cercos dos rios caudalosos,
a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e
Ou da minada Serra.
pelas pressões que os jesuítas realizavam para
Não verás separar ao hábil negro
impedir a sua liberação.
Do pesado esmeril a grossa areia,
b) questão da mão de obra indígena e pela insatis-
E já brilharem os granetes de ouro
fação de colonos com as atividades da Compa-
No fundo da bateia.
nhia de Comércio do Maranhão.
c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região
(Tomás Antônio Gonzaga, “Lira III”.)
e pela catequese dos povos indígenas sob a sua
guarda.
d) Pescadores do Mondego,
d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos
Que girais por essa praia,
jesuítas aos interesses espanhóis e holandeses
Se vós enganais o peixe,
na região.
Também Lise vos engana.
e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos
Vós ambos sois pescadores;
escravos indígenas, contrariando os interesses
Mas com diferença tanta,
dos colonos maranhenses.
Vós ao peixe armais com redes,
Ela com os olhos vos arma.
7 – (Espcex (Aman) 2018) As ideias iluministas
começaram a circular no Brasil na segunda me-
(Cláudio Manuel da Costa, “Romance I”.)
tade do século XVIII. Elas refletiram-se em vários
campos da atividade e do conhecimento humano.
e) Aonde levas, Pastora,
Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que
Essas tenras ovelhinhas?
apresenta um filósofo deste período, cujo pensa-
Que para seu mal lhes basta
mento incentivou, de forma relevante, a Inconfi-
Ó seres tu quem as guia.
dência Mineira.
Acaso vão para o vale,
Ou para a serra vizinha?
a) Jean-Jacques Rousseau
Vão acaso para o monte,
b) Adam Smith
Que lá mais distante fica?
c) François Quesnay
d) Vicent de Gournay
(Cláudio Manuel da Costa, “Romance IV”.)
e) Nicolau Maquiavel
e) dependência cultural.
8 – (Unesp 2013) Com a vinda da Corte, pela pri-
meira vez, desde o início da colonização, configu- 10 – (Enem PPL 2016) É hoje a nossa festa nacio-
ravam-se nos trópicos portugueses preocupações nal. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais re-
próprias de uma colônia de povoamento e não mota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se
apenas de exploração ou feitoria comercial, pois unânime para comemorar o dia que o tirou dentre
que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, ex- as nações dependentes para colocá-lo entre as na-
plorar “os enormes recursos naturais” e as poten- ções soberanas, e entregou-lhe os seus destinos,
cialidades do Império nascente, tendo em vista o que até então haviam ficado a cargo de um povo
fomento do bem-estar da própria população local. estranho.
c) servidão voluntária. 04 - A 08 - D
d) superioridade racial.
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