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SE EU VIVER VAI SER MILAGRE

ESBOÇO INICIAL • BÍBLIA DA SÉRIE • MILENA MANFREDINI


SUMÁRIO:

LOGLINE E FORMATO DA SÉRIE

TEXTO DE APRESENTAÇÃO - DIREÇÃO

TEXTO DE APRESENTAÇÃO - PRODUÇÃO

SINOPSES DOS EPISÓDIOS E MINIBIO DOS PERSONAGENS

ESTRATÉGIA DE ABORDAGEM

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

ESTRATÉGIA DE ABORDAGEM

EQUIPE

FICHA TÉCNICA
D erivada do longa metragem “Se eu Viver
Vai ser Milagre” a série documental (inse-
rir novo titulo) de 8 (oito) episódios de aproxi-
as origens e ressonâncias do racismo estrutu-
ral brasileiro e como ele impacta nos acessos
de pessoas negras ao mercado de trabalho for-
madamente 45 minutos cada, narra a partir do mal, ao estudo, a saúde mental, a emancipação
ponto de vista de 22 (vinte dois) personagens econômica, a liberdade e a existência plena.
Direção
A democratização da tecnologia digital e o
surgimento da internet tiveram a impor-
tância de revelar muitos jovens cineastas ne-
pretendemos potencializar o protagonismo
de muitas mulheres, seja ela a mãe que luta
para não enfrentar o luto, a que empreende
gro(a)s oriundos das diversas favelas brasi- através do “Black Money”, as que trabalham
leira, trazendo diversidades e novos olhares em circunstâncias precárias pela sobrevivên-
sobre as culturas populares para o audiovisu- cia da sua família e as que transformam do-
al no mundo. res em arte.

A busca pela reparação de um racismo estru- A problematização do racismo, e suas con-


tural histórico é a premissa que vai permear a sequências, é o tema presente que vai dar
narrativa desta série. A história contada e pro- unidade a série. A ideia é que separadamen-
tagonizada sobre os olhares de quem vive os te cada episódio traga sua identidade, ori-
dramas e os conflitos há quase quatro séculos. ginalidade e linguagem para fortalecer a di-
Desta vez, o “objeto” vai virar “sujeito” com o versidade do arco narrativo da série. Cortes
intuito de revelar um novo Brasil. Através do rápidos, enquadramentos contemplativos,
audiovisual, vamos trazer à tona os questio- cores vivas, musicalidade, silêncios dramáti-
namentos, as singularidades e as potências da cos, poesia e personagens contundentes são
nossa negritude, com vieses políticos, onde a alguns dos nossos ingredientes que vão com-
sutileza e ousadia confrontam o nosso inimi- por nossa obra artística para que nossas pre-
go: O racismo. missas nos façam refletir sobre a complexa
humanidade. O entretenimento, a arte, em
Uma série documental composta por episó- função de uma luta e uma causa antirracista
dios diversos e que, através de temas, cená- que busca respostas e desfechos urgentes.
rios e personagens, vamos abordar a plurali-
dade da nossa juventude preta que até hoje
é vítima de um sistema genocida. Em alguns
episó-dios da série, LUCIANO VIDIGAL
Produção
Assim como o Dr. Martin Luther King Jr., e sicos: acesso às univer-sidades como for-
como o advogado Luiz Gama, eu também te- ma de reparação histórica, garantia de
nho um sonho. O de viver em um mundo mais saúde mental, emancipação financeira,
inclusivo e humanizado, onde todos também justiça e liberdade. São estradas que se
tenham o direito de sonhar e viver o próprio cruzam, que se conectam, com intersec-
sonho. Mas a realidade brutal e sufocante ções de experiências compartilhadas e
me coloca diante de uma luta diária para me momentos de escuta.
manter vivo, driblando a morte a cada 23 mi-
nutos. A única forma que encontro para ca- A partir de uma fotografia solar e uma edi-
nalizar tanta dor e para buscar um lugar de ção dinâmica, utilizaremos a linguagem do-
pertencimento é utilizar uma das mais pode- cumental para contemplar o dia-a-dia dos
rosas ferramentas de transformação: a ARTE. personagens ao mesmo tempo que refleti-
Como homem preto, artista e morador de mos sobre as questões humanas mais pro-
favela, aprendi desde novo que a construção fundas. Vamos mostrar histórias potentes,
social oprime e marginaliza pessoas em fun- revelando a cultura pop, os filósofos da rua,
ção da cor da pele. Mas ao começar um pro- os pensadores contemporâneos, os intelec-
jeto tão grandioso como este sobre racismo tuais acadêmicos, os professores e especia-
estrutural e sistêmico, que atravessa nossa listas, que possam gerar uma identificação
sociedade, precisei ampliar minha percepção, direta com o espectador e ampliar a visão
entender que minha voz era apenas um frag- sobre cada tema. O objetivo principal é va-
mento da realidade e que, para poder seguir lorizar as vozes de quem sempre é colocado
adiante, precisaria refletir sobre outras pers- como coadjuvante na base da pirâmide de
pectivas. A intenção, portanto, é ampliar este opressão social e, ao relatar a riqueza des-
campo de visão ao longo dos episódios da ses protagonistas, reforçamos a esperança
série e mergulhar profundamente nas mais e o direito à uma experiência de existência
variadas formas de opressão. Mulheres Ne- plena e pacífica.
gras, Indígenas, Quilombolas, LGBTQIA+,
todos estes como protagonistas de uma
grande revolução em busca de direitos bá- JONATHAN HAAGENSEN

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