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CIDADE.
( 01 ) BANCO CLERO S/A, instituição financeira de direito privado, com sua sede na Av. Y,
nº. 0000, em São Paulo(SP) – CEP nº. 33444-555, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº.
55.444.333/0001-22, com endereço eletrônico clero@clero.com.br, em face dos
motivos abaixo delimitados.
INTROITO
I - EXPOSIÇÃO FÁTICA.
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De pronto o mesmo entrou em contato com INSS, para
averiguar o motivo do citado desconto. Foi sido informado que os valores debitados
mensalmente se referiam a um empréstimo(consignado) feito junto ao Banco x.x.x.x S/A, no
valor total de R$ .x.x.x. ( .x.x.x.x.x.x. ).
II – MERITUM CAUSAE
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(2.1.) – RELAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA
CÓDIGO DO CONSUMIDOR
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Esclarecido antes que a relação jurídica entabulada entre as
partes é de consumo, o Código de Defesa do Consumidor é aplicável à espécie, abrindo, no
caso, a responsabilidade objetiva do Réu.
“(...)
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A culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, indicada no inciso III
do § 3º do art. 12 como hipótese de exoneração da responsabilidade do
fornecedor, a rigor vai nos remeter ao inciso anterior – inexistência de
defeito –, uma vez que, havendo culpa exclusiva do consumidor ou de
terceiro, por óbvio, não há defeito no produto. Se, por outro lado, houve
defeito (tendo-se sempre em mente o “caput” do artigo 12 e seu parágrafo
primeiro), e houver a concorrência e a culpa de terceiro ou do lesado, esta,
obviamente, deixa de ser exclusiva e não se presta como eximente de
responsabilidade, quando muito servindo como minorante, a exemplo das
legislações européias.
Aliás, ressalte-se que a culpa da vítima ou de terceiro somente é objeto
de cogitações, no direito comparado, quando concorrente com o defeito,
como minorante da responsabilidade do fornecedor.(...)”(
fornecedor.(...)”(ALVIM,
ALVIM, Arruda et
alii. Có digo do Consumidor Comentado.
Comentado. 2ª ed. Sã o Paulo: RT, p. 126)
Nesse importe:
CÓDIGO CIVIL
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
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desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
outrem.
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação declaratória de inexistência de débito c/c indenização por danos morais e
materiais. Alegação de culpa exclusiva da vítima. Inovação recursal. Ausência de
relação jurídica entre as partes. Aplicação da teoria do risco do empreendimento.
Protesto indevido. Dano moral configurado. Quantum indenizatório. Manutenção.
Juros moratórios e correção monetária. Termo inicial. Sentença mantida. Recurso
parcialmente conhecido e, na parte conhecida, desprovido. 1. Não se conhece da
insurgência recursal atinente à culpa exclusiva da vítima, eis que não arguida
oportunamente. 2. É indevido o protesto de título em nome do autor quando
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débito registrado provém da conduta de terceiro, que efetua transações mediante
fraude, utilizando-se de cheques falsos em nome do suplicante. Tal fato gera o
dever da empresa que efetuou a inscrição em indenizar, seja pelo enquadramento
da sua atividade como de risco, nos termos do artigo 927, parágrafo único, do
Código Civil, seja pela aplicação do código de defesa do consumidor. 3. Nos casos
de protesto indevido de título ou inscrição irregular em cadastros de
inadimplentes, o dano moral se configura in re ipsa, isto é, prescinde de prova,
ainda que a prejudicada seja pessoa jurídica. (resp 1.059.663/ms, Rel. Min. Nancy
andrighi, dje de 17/12/2008).4. A fixação do montante devido a título de dano
moral fica ao prudente arbítrio do julgador, devendo pesar, nestas circunstâncias,
a gravidade e duração da lesão, a possibilidade de quem deve reparar o dano, e as
condições do ofendido, cumprindo levar em conta que a reparação não deve gerar
o enriquecimento ilícito, constituindo ainda, sanção apta a coibir atos da mesma
espécie. 5. O entendimento majoritário dos julgadores participantes do quórum
de julgamento, foi recentemente alterado, no sentido de que os juros moratórios,
em caso de indenização por danos morais, devem incidir desde a data do evento
lesivo, nos termos da Súmula nº 54, do Superior Tribunal de justiça. Ressalvo,
todavia, que este posicionamento foi firmado por este colegiado com o intuito de
privilegiar a posição majoritária de seus integrantes, até mesmo para se evitar
decisões conflitantes, sem afastar, contudo, o entendimento pessoal de cada
magistrado com relação a esta questão. (TJPR; ApCiv 1425236-5; Jandaia do Sul;
Décima Câmara Cível; Rel. Des. Luiz Lopes; Julg. 10/12/2015; DJPR 18/02/2016;
Pág. 210)
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O nexo de causalidade, por outro lado, fica evidenciado quando,
em razão de um modo de conduta da Ré, somada à atitude de terceiro não identificado, o
Autor teve valores descontados diretamente de seu benefício previdenciário, bem como se
viu obrigado a procurar o Judiciário para ver realizado seu direito.
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Autor, ou, de outro bordo, em face de terceiro(s), que é justamente a regra do inc. II, do art.
14, do CDC, acima citado.
(2.4.) – “PRETIUM
“PRETIUM DOLORIS”
DOLORIS”
"Na responsabilidade objetiva, a atividade que gerou o dano é lícita, mas causou
perigo a outrem, de modo que aquele que a exerce, por ter a obrigação de velar
para que dele não resulte prejuízo, terá o dever ressarcitório, pelo simples
implemento do nexo causal.
causal. A vítima deverá pura e simplesmente demonstrar o
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nexo da causalidade entre o dano e a ação que o produziu " (in, Curso de Direito
Civil Brasileiro,
Brasileiro, 24ª ed.. Saraiva: 2010, vol. 7, p. 55).
( destacamos )
CÓDIGO CIVIL
Art. 944 – A indenização mede-se pela extensão do dano.
DANO MORAL
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Dessa maneira, o nexo causal ficou claríssimo. Logo, evidente
está o dano moral suportado pela Autora, devendo-se tão-somente ser examinada a questão
do quantum indenizatório.
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De bordo, os valores indevidamente descontados deverão ser
restituídos de forma dobrada, à luz do que rege o § único do art. 42, do Código de Defesa do
Consumidor.
Nesse sentido:
Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o
juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem
o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
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§ 1° - A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas
optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático
correspondente.
§ 2° - A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (art. 287 do CPC).
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Art. 300 - A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
“4. Requisitos para a concessão da tutela de urgência: fumus boni iuris: Também é
preciso que a parte comprove a existência da plausibilidade do direito por ela
afirmado (fumus
(fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa assegurar a eficácia
do processo de conhecimento ou do processo de execução...” (NERY JÚNIOR,
Nélson. Comentários ao código de processo civil. – São Paulo: RT, 2015, p. 857-
858)
(destaques do autor)
4.1. Requerimentos
4.2. Pedidos
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( ii ) em caso de descumprimento da decisão anterior, pede-se a
imputação ao pagamento de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos
reais);
Súmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a
partir da data do efetivo prejuízo.
Fulano(a) de Tal
Advogado(a)
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