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Adtiano Furtado Holonds / Niton Jilio de Favia Congaricadres) GesTALT-TeRaria © ConTeMPoRaNeioapes Coneribices pra uma ConsrataEpsematoiea ch Teoria eds Prt Gestilica erence se a eee Aonesenragho 04 Génie GeotALT-TERAPIA undamentados na erenga de ser a Gestalt-tcrapin uma F row decried valor episeolie, sue ‘nos proporefonar qualidade e oportunidade tanto para au {ores quanto para leitoes Ete lio faz pare da nova, SERIE GESTALTE-TE: APIA, uma composigia de obras sobre a abonazem takicae sua aplicagio. [Nossos objtivos so + faciltaracesso qualificad 20 eimpy tebrico © pritico da Gestal-trapia; + estmiuare difundir ests, pesquisss, relatos © Aescrigies fenomenoligicas de experfnciis pes sltieass + promoverdidlogo e encontro entre autores ¢let= lores; + faciltaea publicagio de livros dos estuiosos da comunidade gestlkca; + rir un espago de interago entre abordagens © reas afin, Fsperamos corresponder As suas expecta ‘Com saudagdes gestilticas dos organizadores da ‘Hugo Ramin Barbasa Oddone Psicdlogo, gestalt-terapeuta hhugodone @terra.com.be Karina Okajima Fukunitsu Priodlog, psicopedagoga, gestal-terapeut, Drofessora e supervisors universitiria arinafukumitsu@ig.com.be ‘SUMARIO Pariow ° Arwesentacao 8 xtentos oe Biseo1ocis on Gea Tenans a ‘Avion Hedin Gesst1-Theaea, Scnatoabe e Corr ” ‘ton Jit de Fria /ACasintacAo vo Suto 4 Gestarr-Team: Drsesso1ses30 6 Cupane iS ® Maria do Carmo Marco lanmaccone Do Sir ao Sts 0 Bsreuruns 0 Prous. Em P9C D4 SURE HNEBARE sa m~ | Cuda Bape Tesora AANaruteza Frsteeics vs Asam Gastric: “Jorge Ponciano Ribas AGesratr-Texaes no Castes Crety fe Isra.acrua Conteoeinen : m Patricia Vale de Albuquerque Lima Porc sGentatoat x nt oe Nic ais Paulo Joacim Leao Por {iu Perosta ne DsLocoenies Gest tT _eMuxina Post 231 Monica Bons Asin ‘Sonne os Avon ‘unca demas lembraro pensamento de Pers ao dizer Nine'nso ev inwenor ds Gestalt Terapia, uma ve essa tio velha quanto 0 proprio mundo, Aparontemente simples, essa admissiortira os mérivosdecriagio dos om- ros deum dos pensadores mais originale geniais da Gestalt para coloct-la como um processo que foi simplesmenteHen- {iffeado e nomeado pelo humano. Gestalt nao é meramente ‘uma tora ou conceit, é a deserigao de um processo da na- tureza. Mas como se pode fazer epistemologi de um pro~ cesso natural? Arbirariamente © homem separa process0s ches determina seu nico, meio e fim, coma se esse ato the esse dominio do fluxo intesminswvel que 0% mente nesse sentido pode-se dizer gestalt: sabendo que © ‘eancito se apronima igorosamente da viveneia de tal for: ‘ma que quase no se consegue colocarem palavras 0 que é vivid, Ao se dizer gestalt particulatiza-se um processo € ‘quase que instantaneamente,artificialmente se interrompe- | ‘sou fluxo, Exatamente por isso, a Gestalt-Terapia steve icionalmenteavess teorizagio e aos “sobrefsmos" inten canando ein isso jamais desprender-se da realidad viti- w ___ Amuso F HotssonNenoe oe Ps (Ong) ‘ma. insuperivel que €a vivencia, Entrtano, seu eresci: ‘mento enquanto abordagem, seu emprogo na litura de ion bites to diversos do humano somados&consciéncia de que Poss um entendimento aprofundado do humano-em-tela- 0 ped elaboragbes qe re-furdamentem sta prvi, num clo constante de rettalimentag io do so Fnzoe Sel algo de inezivel na epistemologia da Gestalt- Terapia isso se refered su plastcidade: a capacidade de ‘oneetar-se com outros pensamentos¢ineompors-s & sua Priica. Muitas vezes isso acontece de fonna qué, aralga ‘mado, quase nose pereche sua origem, Neste sentido & que suaepistemotogia poss flexibildade para suport cinte- rar adiversdiadé, Nem por isso tem se dado o dieito de io estabelecerteflexdes rigarosas a respeito de como so «io esas eonjungdrs, como esses pensamentos contebucin, ‘emque se assemetham e em que divergem. "Nos ltimos anos, particularmente no Brasil, Feno- 'enologia tem sido tedescobeta na tearia da Gestalt-Tera Pia. Na profundidade que se atinge ao se empreender esti- ds Com a finalidade deaclarar sua dimensona gestae onstata exatamente 0 que a prépria Fenomenologia vem ‘evel: que no existe um conhecimentoprivilegiad ou absolut, mas perspectvas distintas de um mesmo objeto ‘Quanto mais perspectivas, maior o entiquevimento do eo- ‘ecimento acerea do objeto ainda sim, sabe-se ser impos. sivel completarocanhecimonto: conheceréaceasr ert ‘pucialidade, ‘medida em que mais perspectives setomam pos: Sivei, maior ser oesforgode se integrar diversas. Essa Satarefa dos atuaisteéricos da GestaltTerspa: no apenas ‘aprofundar na identificasao de seus fundamentos, mas ve= ‘fear em que medida aimporago eadogio de novas pers pectvas do conhecimento podem transinitarconceitos, pro: Pondo manutengio, supe ‘Sabedores que somos, ndo apenas do referente aes {ara Fenomenologia, por assim dizer, r-fundamentando a Gestat-Teropia, mas ambi da prpia diversi que atin _B6 esse mesmo pensamento fenomenolégien, ests que esquadiinhem a Gestal-Terapia em sua constituigao e na comrelago ctim pensamentos ais contibwem para maior fandamentagao da abordagem. Assim, nama iqversio do ‘artesianismo ¢ por tratarmos de conhecimento-processe & mo de coisas, oedifiio da Gestalt-Terapia no precisa ser constuldo necessariamente a partir da base. Neste sentido é que esse livro surge: com reflexdes Figoroses acerea do fazer pestltico e mesirando como e o que se produiz hoje dentro da bordagem, Pole dessa forma, ado um representante da nossa produgo teri ‘eaquando, ao lado de outras obras de peso, se prop a sar sobre uma teoria do conhecimenta na Gestalt-Terapi Passamos por um momento onde reflenGes importantes s0- treo conhtecimento gestiieo so empreendidas. Pode- Porexemplo, falar hoje.em uma discussio acerca de como ‘omara Gestalt-Terapia: como saber ou cic A defini {de caminhos implica também no estabelecimento do eit de eaminhar. Sendo assim é, que e todos nds eaminamos em Airegio& monte, fase mister caminhar deforma que fa sentido. A isso se propdem hoje os pensadores ea geal: ‘squadrinhar 0 conhecimento para, partida eonstante Tago, encontrar seu sentido. 2 "Amis Hour Fa Estamos tambgim e junto a isso num tempo de am- ‘pla rodugio na Gestalt: Terapia brasileira, Momento esse ‘que patece indicar maturagéo de nosso gestal-terapeutas, ‘a ponto de se poder ousar dizer estarmos sando da posigto ‘de consumidores do eonheeimento internacional para ser- ‘mas nossos priprios produores. —~ Silverio Lucio Karwowski Mestre em Picola Cnca(PUC- Compas) Eitur Responsive pol Bolotia de Gest Terapia Apresentagho 4 quasetrnta anos era publieada no Brasil tradugio do ivro Tornar-se Presente, de John Stevens, taal este que esteve sob a responsabilidad de Paulo Barros Et 1976, viviarnos um Brasil soba ditadura militar, ainda com ‘um reflexo do movimento de contract nonte-aerican, ‘com uma politi eeonémiea fecha, com umn perspest ‘vaeducacionalrestrita'a poucos privilegiados e, na eiéncia, Jimpgravam os modelos constuldas & uz do fost (0 dchate académico, nas déeadas de ie 70 do sé- culo passa, parava sobre 0 socialismo eo capitis. A defesa do socialismo apresentava-se como forma de résis- {Encia 20 regime militar, conseqlentemente, 20 capitalis- ro, como a lua contra aexploragio de classes ea depen- ‘ércia cltural. A esse espe, escreve Cecin Coimbra em CGuandces da Orden: aamentamn a preoeuparie € 0 inves timento com as questdes relativas ao ‘interior’ 0 comhe- ciniento de si mesmo toma:se ia finalidade, em verde wt meio para se conhecer o:mundo, Esta visdointimista é ex tremamentevalorizada nos anos 70, quando a reatidade so- ial, o dominio piblico sao esvaziados e desprovides de sentido." Por outro ldo, éinegvel que encontramos una preo- ‘cupigdo coma vida pails, como areata ea eriagto dos ands politicos ~alguns clandestinos ~ dos movimentos ‘Soca, coma na Igreja coma Teologia do Liberty, sind, na ate de proteso, em especial, o teatro ea musica, Na Psicologia, o debate nfo & diferente, apesar da hegemonia cle um pensamento individuaizadoe individ Hist inrapstquieo"), voltado para um “Taz” (iéenico} el ico e para a atuagao come profisso liberal, o que era con. sidetado cxtremamenteeltsta por uns, e salvador por ou tos. Qentve ara quando empretada a husca de uma ‘melhor adequagio do modelo clinico-aosseores populares, xemplos disso podem: ser verficados tanto na movimento ‘dAnipsiquiatra, quanto mais especifiamentc na Amtica ‘Latina na experigncia do argentino Alfredo Mofat, publi ada no livo Psicoterepia do Oprimide, ‘Acadia de 1980, no Brasil, iniciase coma abertura Politica rato de as inte, de moviments sociais pela ‘sti ampla, gral imestritae por eeigdes deta, vison. ‘do ao fim do regime nt. A Psicologia, como profissio, nessa poca, estava por completarvinte anos, As éreas a Aicionas de agi profissional do psicSlogo,em especial clinica, haviam sido rompilas jn Final da déeada de 70, ‘tuando 0 psiedlogo passa a intogtarservigos publicos de salde © hosptais psiquitricos, Esse foi o momento opor- 4 Gains, 18.199. Gales ds Onn a viogem pels pre ‘serpin Brave “hile” io de lain Of tA Gisrar-Teuit Conmmcannensoe 1s {uno para se repensara Psicologia: a oportunidad para se valiar seu compromisso social, sobre os servigos que ela Dresta& sociedad e ever seu compo teieutécnico, © €cenirio no qual se publican os lvtos Zamnar= se Presente Gestal-Terapia Explicada, Sobre ests pbli- cagies disse Jean Clark Juliano, em 1992, na Revista de Gestalt do Instituto Sedes Sapientiae (p16) (.) pareciam deserigdes de cura insuantinea, Muitas profissionats fic ‘ram entsiosmados com essa leiturae se puseram a ‘pl car as téenicas de Gestalt em seus consuldres, com res tadas desastrosos* ean nos conta da empreitada de Thérse Tellegen, ‘desu niciativa, dente outros, com Walter Ferri da Rosa Ribeio, Paulo Barros, Abel Guedes e Lili Fazio de cons- ‘Wuir uma Gestat-Terapia fundamentada. CConta-nos que se instalou uma fase em gue tnham ‘que divulgar que a Gestalt no era, e exemplifica no, Gestalt ndo & una terapia que se fa na na piscina; no, ndo ‘wsamos drogas para aumenar nossa “awareness” cdsmi ea: nao,rerapia de grupo nao & equivaleite a sexo em grt 0: ndo, pegar olivrodo Stevens e ao acaso propor “exer. stcios” de Gestalt, ndo 6 que entendemos como Gestal- Terapi; no, awacdessédicas por parte do terapeuta em relagdo ao sew cliente nao é Gestalt (p. 17). Pacsuamos coma dna tare assim por ete gue odo qual Jean nos fala. Gragas a inciativas comin esta € que ‘Gestalt Terapia, a0 longo dsses anos fi ganhandaexedibi- 5 Wana te-G "ig de Gest, tia Sees Sapient 992), Gel Tapa: ein sans exo 16 Anus E atssaena J nes Ores) lidade es fend reconbeci, inclusive, no meio aca 9, rompendo com a hegemonia dos modelos trdicionais, No entanto vale destacar que vivamos sob o culto a ndividualidade, do *mindo interior”, como apontou Ce~ cia Coimhen 0 cenit hstérico foi propicio para que a (Gestall-Terapia passassea ser compreendida, pelos entu- siasmados com a novidade c @ supostaresposta imeat, apenas como téenicas ou aes pouco convencionas, sabe does eles, uno, de que com estas atividades contribuiam para permanéncia da ida de um individuo como causa de si mesmo. “Muitos forafn os eaminhos percorrdos pela Gestalt “Terapia, da negagio acitagio no meio académio; ct re- pulsa ao elogio daqucles que compreenderam; dos cons- Urangimenios aos setimentas de que sé possivel buscar. _autonomia do individu. Nomeio académico veificamos que, pauatnanien- te, Gestalt foi ganhando contornos, desde a forma de dis sertagdes de mestrado teses de doutoramento, até se faze figuea em conteidos programsticos ou mesino de estig supervisionados dos eusos de graduago em Psicologia, demos observaristo caramente quando pereebe- meso erescimenta de demanda, por pare de estudiosos da ‘Gestalt Terapia, pela discuss dos seus fundamentos; pela procurs cadh ver mais por ualilicagio profisional polos {emus que vém sendo abordados em programas de mestrado ‘e davtorado por todo ops plas sueessivas corelagdes ‘quevém sendo destacadas, ecuperadas,resgataidas ov mes- ‘mo eonstruidss por autores que referem a Gesialt-Terapia a filosfias diversas, a modelos de pensamento socio jas, modernos Ou «os eanropolégicos, a pensadores “pés-modernos” ‘Como destacam Holanda & Karwowski (2004.51 (0 que observamos & que, paulatinamente, os ges ions vei diversfcanda sua reflex, tanto nd ues to dos campos (como a epistemotoga, por exemplo) tomo na fora de sua expresso. Acreddanos que ‘scope tedrico fiasco da Gestalt se sficente: mente anol para ser linac avn respsta tm: van Alén disse, observanos que a nardanga no pert td reflex na Gestal-Terapia pode va ser ume temativa & reflexdo tanto na Psicologia quanto nos demais deus do conhecinento ‘Osamores aid destcam ts “einos” sob os as & prodyo academica emt Gesalt-Terapia sedeu ene os a0 Be 1982 « 2002: fundamentes,feoria e tenica. Nos exes ‘Neori” e“fundamentos” destague para adiversificagto dos tems sbordados, o que reflete uma perspectiva de amp ‘io conceltual;€ no eixo “téenica”, observa-se uma quali- Ficagio da debate em torno da pragmtica daagio gestalt. Naguilo que nos interessa no mais particular ~ a is ceussto epistemoldgien da Gestall-Terapia—0 etude supe ‘ited ainda langa luz sobre algumas tendéncias: J Wotan A & Karwowski, 1 (200, Produced (Goa Tein Basi Ale de Mestad Dota, Poi tea tower Preis oti), 24) 6071 Dipnie a Wor ‘Mus Wate neti eisai gets 24 027 see2 zi : Arvo F Hosa. te Fae (Ore) 4) um movimento na dirogo do fonitesimento das bases conceit flosiien desta prt by um entendimento de que a Gestalt Tera reduz.a uma ago cliniew; ©) a necessidade de se ampliar debate, indo an en- ‘ont de outs dseiplinas.e outros modelos de Pensamento; 4) 0 reconhecimento de que nas rafzes da Gestalt ‘xs a perypectiva de sua manutengéo como uma hordagem de vanguanta Persistem, contudo, divides, incompreensdes, obs- ‘urantismos, ambigtidades. Pensamos en este liv eo. ‘mo uma form de conrbuir com aqueles que vislumbram 4 Gestalt-Terapia para além do use da téniea; para aque Jes que buseam, na traligio do conhecimento proslzid, ‘superar lacunas e consttuir uma Gestalt-Terapia que se fag fundamentada epistemologicamente, de forma a orientar Sas consirigOes tericasepriticas. Para tant, organizamos este Hiro de forma a con ‘emplardiversos “othares”: desde um versio eitica de seus Fundamentose bases teércas, passando pela discusséo com respeito& conceitos © nogées especificas de seu escopo e Findando por proposigies de entrelagamento com perspec Aivasflos6fieas divers No primeiro capitulo, Blementos de Epistemologta ta Gestalt Terapia, Adriano Holand abre o debate peopon- ‘do uma compreensio da Gestalt-Terapia como una aborla- _Bem que guarda em seu mmago uma complexiade maior do ‘que tradicionamentese the aribui Para tanto, aponta — de {forma dcida ~ para cers imprecisoes contidas na relagao ‘entre teoriaepritica la Gestalt, sugerindo uma retomada de seus fundamentos a patr de um modelo de entendinento, epistemoldico. Naexpectativa de resgatarum legado m {as veres pouco reconhecido, no campo geral ds teorias Psicolégiets, prope um modelo de compreensio episte- ‘mokigico a ser aplicada ao estudo da Gestalt e das demas abordagem, No segundo capil: Gestal-Terapia, Subjrivida dee Culnas Apraximagbes@ Lue de Hermeneutic de Paul Ricoeur Nlton So do Faia resgata um discusao es tor- ‘no da clarificago conceitual de alicerees cet da Gestalt, ‘camo os conceited self de fontera de conto, ede aa vreness a pani da ia de cultura ¢ sociedade, de acondo ‘como pensamento hermenéutico de Paul Rieoeut: Ad res alata Hermenéutica, o autor aponta para camino impor ‘antes na comextualizago da Gestall-Terpi, como a dial ica a ipseidade eda alteridade © fereciro capitulo, de Maria do Carmo Marcello lennacedne, sob o titulo de A Constituigti do Sujeito na Gestalt-Terapia: Desenvotvendo o Cuidado dei, reaproxi- io debate das referéncas a0 processo de subjetivagao de constituigo de subjetividade, wilizando-se do pens ‘mento de Foucault come ferramenta de aproximagio eom, A Gestalt Terapia, : No quarto capitulo, temos um convite&re-labora io das ids de see de processo, de aoa de Cuda Baptista Tévora, em Do Selt-ao Selling: 0 Bsirutural ¢ 0 Processual ua Emengéncia da Subjetvidade, Neste texto, 2» Aouaso FHA 3 Bs (Or) autor inv uma discusséo que toca quests eras da {earia gestiltica, eomo a questao do self. partir de um iia de construgo, de constiuigo, de process. ‘© capitulo seguinte A Natureza Epistemolégica da Abondagem Gestética: Gestalt-Terapia como Processo ‘de Jonge Ponciano Ribeiro, ¢ una verdad “caninum “paseo” pelos fundaneitostericos ilosiicns da Gestalt “Teraia.em que 0 autor~0 mais prffewo e autémicoda.co- ‘runidade gestaltista brasileira ~ num texto simples e Mie do nos coavida a acompanhé-to por reflexdes e pensamen- tos alicergados em sua extensa experiencia profissional, j& cconhevia e reconhecida nacional e internacionalmente Em A Gestalt-Terpia no Contexto Clenificn e In telectul Contempordineo, Patricia Tica Valle de Albugue ‘que Lima principia por estabelecer conexdes epistemol _cas.com a Gestalt-Teapia,inuoduzindo novas ponies com sales ligados ao pensamento contemparineo, relacionan- ddo-a com autores como ya Prigogine, rij Capra, ‘gar Morin Zygmunt Bauman. Ao final, sponta paras pos- fdas inerentes ao dlogo entre a Gestalt-Terapia e a “Teoria ds Estranhezas, de Ued Maluf, ‘Os dois capttulosfinas «presenta ~no sentido de “preseniicar”~ aproximagiesfilos6fieasnecessias, mio 6 para a Gestalt-Terapia em particular, mas para Psicolo~ ‘como um too. Neste, taton-se da importinci que lei- «tras aprofurndadas de autores centais como Nietzsche € ‘Mealeay-Ponty poem ter para auiliar uma constuigio episiemobigica, No capitulo intitulado Psicologia € Genealogia na Filosofia de Nietzsche, Paulo Joaquim Leo Poo ~ j re ‘conhecido por seu profund conhecimento ¢ por seu rigor ta Ketura da obra de Friedrich Nietzsche ~ nos pont par sta necssiria aproximagi com o “pensador maldito” de Filosofia modema, Ao tatar da questao da Psicologia no cio do peasamento nictzscheano, 0 auto raz ona. i= saga eomo forms dle nos encontrarmos pontncia da ge fom est importante par do pensamento modern. 'No capitulo Final, Ménica Botetho Alvin, er int Proposta de Didlogo entre Gestalt Terapi ¢ Merea- Ponty ‘conextaliza 0 pensamento do ftésofo francés, considers {do por muitos como o mis importante fenomendlogo de pois de Husserl, apentando pra a primazia do corpo como ede da subjetividad, Em seguida, apropriase das refle= es merlea-pontyanas com respeito afte €a0 processo ‘riatvo,conelindo peltare como alteridade ‘A proposta dess livro & de “dar pista para uns apreenso ecompreensio da Gestalt-Terapia.como um m0- elo de pensamento slid ¢ rico em contsibuigdes para & ‘eonsrugio de um siber difrenciado. Também se prope “ampliar o leque de discusses a respeito de conceit cen tras no sentido de eselrecimento de perspectivas, de ei boragies, contextualiaagbes, enfin, de “limparo campo “Asst, pretende-e que ele vena aser ua contibui- ona diego de uma ciscusso epistemoligica da Gestall- ‘Terapia, como modelo singular de leitura da realidade; co mo proposta aurentica ie considerogo da realidnd ha; como possibilidade de ressignificagio do contextos0- Gals como mobilizagi diante do fendmeno psicol6gieo. "Esporamos possaser'um novo ponto de partida para solic Gestalt-Terapia como tora, enien ste. O5tex- Arai F HocewoNo. ne ass (Ong) {os eunidos nest livre mostram que a Gestalt pode contri- buitepistemologicamente como um saber, que este saber ade ser “pensado™ de forma rigorosa, profuids, dalogal Por fim, estamos agradecer a tados os autores cok Widar 0 letor & continuar conosco este de- Os Organizadores Exewenros ve ErisTeuatocia om Gesratr-Terania’ Adria Holanda Iwraopucae questo central deno de ma deus rea Unies pia dn Geant Tenpite opens moe de nti sodas po lon ables Semcon mens gua de ponds avn 1B ato arteries 1998), jonas th ssp peacipant oq tange pied Gol -Te, pie ¢ aa rae impede ua ara imens de enc sen deviated snr ass bosses de aug epstnica sn eapcston bins 8 "vik de mundo” gsten Aese movin 1 (eamum m dada de 960 associ eee "AS eens sre esa mai fram pees no VE Congreso tnernacional de Gest Terapia a, 20. ‘verso pina dese spb Bal de eal Terapia, no VI 9, Dz 201), p. 1-24 Agrbeos a lorResonsive plo Rati de Gest Tenn, Sine Karon ' gil eins pra pblzareareilgt, Armano HeexsnvNeroe ne as res) picologia humanists), Petrska Clarkson (1993) cama de gestalt [A teora ea pita de uma abordagem no podem estar dssocidas de uma construgo coerent e de uma f= ‘Tamentasdo aida, bem com dever estar situndas num tdetenninado context. Neste aspect, a Gestal-Terepia apre= ‘sents algumas pecularidades que dlevem ser levadas em ‘ofsidenacio, como asta camplexa estruturagi, os diver 0s pereursos pelos uss esta abordagem passou até deter- nina se como uma perspectva singular, ca sensive Mex Filia de scus consis edricos,wenicos ede sua pris ‘em geral, que engendram invariavelmente ~ compres es por vezes eréneas de seus pressupostos ‘A partir dsto,aeeditamos que € necesstio realizar ta epistemologia da Gestalt-Terapia..com o ntito de at cangar 0s seguintes ponos: 1. Parase eniendera Conescaane? da Gestalt sem ‘a qual no se consegue compreender a total Tap dena a avn“ ooo de expr rac do qe empcn”ers0 me eferinle 8 pias SP eet da tea Complexion dress a=p8 ES ‘Shreve ahaa ood no a slog, m sri quien -pemameno comple" caret 205 a= rare Mo, Une nen cnne: Nest partca © 0- ‘hema inguin como deses ares enc 00" 8385 ee aatane Va, 1998 Mora 1981999, betncnn se peo coments (Nesber, 2001, 2004; Grandes, 2072 mes ey 1997, 202) em go ange Ges Tia ins nteisconcoges om esa popetv, po una cama Ps tapi 008 7 Geran # Cserenson ne de da sua propesta paras poder aleagaro ver dadeiro sentido da sua contibuiga: Com ist, estarenos construindo uma compreet= ‘Sic mais ample, mas gor, mas senate mais coerente do que se denomina “Gestll-Teropia 3, Assim, passagem da teria para a pratica oor rer por consedignca, © 10 por isolamento © ‘elementaizagio: por diaktiea,e no por sezmen tagio; por significado, e no por asibuigae 4. Também, a passagem da peitiea para a teotia far-se-a por Fundamentaeio,e nto por fantasi por sedimentagio, © no por “geragdo espontl pea”; por fortalecimento, € nie por simplifies lose, 5. Com ist, a8 comtbuigdes da Gestalt tomarse-30 ienificas endo mlgieas; concretas eno subje= tivistas; slidas eno absteatas. ( sentido ~diria mesmo uma necessidade , de se faver uma epistemiologia da Gestalt perpassa o respeito€ a consideragio pela sua ttalidade, colocando-a (ou re- faeterzariam particularidadesindividuais -,mas também ‘Com formas varindas de compreensio da dinmicafuncio~ ral do suit human. Tava, conver inclu ag a mnal= Ciplieidade de interpreagdes que determinados coneitos ‘tém ou podem vir a ter na peti. Lauta Perks (1994) jassinalow que a terapia Gestalt <éum méodo tio “ibertrio” que haveriatanas terapias gestalt quantos terapeutas gestalt F possvel admins que a mutiplicidae de Gestals se deve, primordialmentes mais variadas modaliades de rnflugncias que a Gestal sofreu, em'especialapatirde én fases destas. Pocemos observar que, dada a mutiplicidade da Gestalt Tera de insnctas exereids bre formas pia, algumas se destearam como pontos de “elivager” ou He “edmbic” de énfase, fuzendo com que o mndelo dé 1 [FT per-paspoina ened mtr, napa ‘eecariment uf Gesir Tans eCoxrramansnste x butho ado —incluindo af sua visio de mundo esta per- cepgio do movimento funcional do processo~caminkasse na dire da reerida influénci ‘Prliminarmente, flares de quatro mevelos mais ‘ou menos dstntos de Gestal-Terapia e de suas conotagies. Estes modelos se entelaien nau quests ens mas se dstnguemem teemos de mods de a0 € modos de com ‘preensio da dinsimiea funcional do ser humano, earacteri- ‘zando, assim, tela diferenciados de umn “agi” esti. Em alguns esos hi inelsive diferentes “iste ou “perspec tivas de homem einbutidas nesta diversidade. Assim, teams 1. Uma Gestalt-analitica, profundamente infiuen cada pelo passado freudiano de Fit’, ¢ ainda tomprometids com uma sriede concits, seni tde mods de visio, associados a um entendimett- {orclativo a um pensar meafisco. Trata-se de um. rmodo’de agirFundamentado na “interpretog30"” @ Rasomcnc mas funder. feta ean exis en ta Pct 2 esa, passes nies bx ea otis a simples der sors uma sco man pro> feast campo grecoslereesconovEin. si afaF ‘Sons da Pcs no camp cpio ‘dolsGes fog, emai nso se vlmbexina tae 60 Tea. Api nea ev verre qu lade asia atin or ‘ont apenas pacar sgn Tova seinem arc Taina gs incon ini ~ goo a Get Tei w ters diva da sani, es qu i exis se st Recess scsi dea arqsctogt” as profunda pes spn dvea se en dems tas M AveutoF House) eins (Orne) _mais do que na “compreensia”, no qual a dnd ‘mica do outro &enquaurada em modelos detini «dos a partir de concepgdes derivadas do pens ‘mento psicanalitico. Nessa, identficamos, por ‘exemplo, a retago com's chamados “mecanis: aproptiagbes da mos de defess” on mesmo cea “cielo do contsto”, que & um insiumento pode- oxo tanto como ua forma de “eompreensio" da ddinamica subjetivado ser como uma Forma de “explicaglo" dest mesma subjetvidade’, 7 Ans repos clei de Wilby cere ds Nansen gen ou cs area" ers Geiger ‘afer oa enc do pico ce Aufren (acid) ne aren expe Vth (Gompeender, Pra Dis. as Vaturessnshfe nln co rind a rman esa 9 Gruen lam com ‘@mundo hams, stn “iret” eta vnclad a "pte do qu 0 Verse, ‘ts proxi coma sans (quo aS ama eras "S !mansem alguns apts acum gus ears st hl segue prs Gs Trp dete as un ota plea” do mio panic. A pepe posts serva-se, na Gestall-Terapia, uma apropriagio de conceitos ‘nace aici & sua Formulagio sia (em especial da Psicandlise), ria tentativa de complementar suas deficién- cias, Ocorre que isto, is vers, gera mais confusio do que hung na compecenso ta complexidade do ser humano, Em segundo lugar, parece-nos que a Gestalt sn ‘nto superou a tendéncia teenicisia que em determinado momento de sus hist6ria fo importante para desir st Fdemtdade e seu valor, Observase isto claramente apart dda configurago que a Gestalt possu no imaginivio das de ‘mais corase sistemas, Atala Je um modelo mais siste- tmatizado de toria ede fundamentago filosiea faz com {quo'a Gestalt seja'simutaneamente uilizada como mode: To interpretativo e com modelo reparador, gue limita ‘sua ontebigio, dado que as éenicas servem para “Taci- Tita a emergéncia’do vivencial, como base do trabalho gestltco eno como intervengio direta ou de solugio de probleinas COutra questo a se destacar referese is chamadas “weorag dese” da Gestall-Terapia. E curiosoafirmar sim- plesmente ie as teoris fundamentas da Gestal-Téapia io ‘“Paicologia da Forma”, de Wertheimer, Kabler e Koff ‘Teoria do Campo", de Lewin; “Teoria Organismica”, de Goldstein, ea“ Teoria Holistic”, de Smuts. Dolsaspec~ tos centraisdevem ser deetacados: . 4) Smuts no deliita uma “teoria’; mas to somen- {te express reflexes acorca de uma concep0 de “ mundo, reltivamente distinta das existntes en 2 Avo Het snuN ne gs (Ont) Ao, Se pudennos falar de uma “tsa” holistea de fato, devemos nos repartar fundamentalente a Kurt Goldstein, como destaea Wolman (1968), como qual Perl tabahou dirctament ede quem sorve signifieativa inugncia”,e; by Ha imporiamtes distingsce entre as concepyen dos gestatsasclissicos, de Lewin ede Goldstein, ara’ que ster sejam colocadas lado a lado, de odo aeritica, Inclusive, convém asinalar que, ‘apesar de Lewin haver participade alivamente do ‘movimento gestalt, diverge em detcrminado ‘momento e cra um modelo autéticoe destaca- do de compreensio do humano, , da parte de Goldstein, tanto ele quanto os propos gestal: tstas no © consideram come partipante do mo: vimento, fim outras palavra, e em ceros aspee {os significativos, a “Psicologia da Gestalt” ferente da“Tearia do Campo, que éliferente da “Teoria Organismica’, © que jusitiea uma refle- ‘Xo mais aprofundada em torno delas. Anda sobre a diversidade no provesso de constiu ‘slo do pensamento gestlist,invariavelmente ids, too. Fase autores importants ffcam & margem de sua constitu so, como o caso de Carl Gustav Landa, tedico do so- ialismo anarquista; de Alfted Korzytshi, fl6sofo di ‘2uagem ecriador da “seminicageral”e que exere sign. 17 Ion ir 0 mit do bao de Sma, mas serve pace methoe Fata nluéncia tanto sobre Pees quanto sobre Goosinan; «de Moshe Feldenkrais ou mesmo de Wilhelm Reich Outro nome importante ¢ sucessivametie esqueei- do (nfo s6 pela Gestalt Terapia, mas pela propria histéia 4a Psicologia éo de Ouo Rank. A Gestalt ~ediriamos toda 'chamada “Psicologia Humanist —herda de Rank an ‘se no econliecimento dos aspectas humans da interac, ‘erapéutica, aida da resisténeia como uma Forga criatva, além de er sido ele 6 primero a usar a expresso “aul agora” do modo como nos apropriamosatualment. Losltc= do (1994, p. 45) destaca ainda a inflaéneia de Rank sobre Goodman, bem como sua concep 0 —diriames—dialéica deconfto:"..) 0 conflto bso do individuo est no prox cesso de sua individuacdo,e na temtica de separagdo sido que ele significa: a separacio, significanio rsco de ria da relago com aalievidade, a unio, orsco de per= dora individuagaio” Em siltimo lugar, convém destgear ind que no fica claro, no processo de sedimentago da Gestalt mn Solo Americano, qual a verdadeia corelago estabeleidl cre ln € movimento humanisia de Psicologia (princpalmsine ‘depois da ida ue Pes para a Calitémia), bee como a pos svelinluéncia que Rogers exerveu, no somente sobre Gest, mas sobre a Psicologia ea Psicoterapia americanas ‘como um todo, tas questdes server para podermos reli sobre ‘as ases da Gestall-Terapia. Com isto pretendemos assina- {Oppo Res econ inpetini deRenk pa sepesnsn ‘osetia a Fane (19) ow Auman Ho. os Ne 2 as (ree far que a Gestalt & antes de tad, um modelo extremamen- {e complexo de pensamento, edeve ser asin encarada part ‘no se reduzira umn aglomerado de particulaidades. Esta critica, contudo, vist resgatar a singularidade desc dversidade, Pretende-seaponta, com st, para ft de que certs eturas da Gestl-Terapa so lmitantes quan- dono exploram dialticamenteessasdferengas,tornanddo- 10s simples aspectos de una suposta “totalidade” eforgan= ‘doumaaparente “organizagio” intrnseca, Acreitamos que ‘uma perspectivadialties de etua da Gestall-Terapia deve ‘contemplar a fens inerente(e necesiria) & sua comple ‘idade, eno uma pseudofusientre esses elementos, mi- tos doles contaditécios. Sobre este particular, muito nos Jmpacta 3 reflexio de Gabriel Marcel (1968, p. 19) arespei toda proposta de Martin Buber: Deale este escrito nina, onde explode oo no ‘apenas flosfico, mas podica de Buber, este rac ‘atensdo que existe entre o Ewe o mundo.e marca que ‘ou ndo € concebidh sem esta tensa, Eu insist desde ‘presente no termo “Spanning” (tenso). como pref tel, para min, a de"Beritun” (rela) qe, come ‘eres, desempeniavon papel ssencal nest filosofa Muito préximo do que aponta Herdcito®, que, 20 conto do gue pensava os pitazoricos (que ilicavam. ‘a unidade do mundo bascada na fusto), defends iia de {9 A Mn free 2 od Bb, “Ea eT 2 Gamo dsicanns em igo aroun, 1988), ‘que unidade do mundo € lta, daltiea, portato tense, € ptemos (rodeos) ~ a guetta (representa meter ‘camente pélo deus Apolo, 0 potador do arco e ca li)” sco tora. a GestaltTeapia um paradoxo emsi-mies na, 0 ue se assevera, em nossa opin na sas ppveante qualidade ator ste que a transforma na sone fem por exceléncia com capacidade ¢ potencial sul omtes para prever uma apropriagao das questdes de sub jatividade que vio além dos demas sistemas psicolgios Aispontveis. E,eomo diria oeminente Von Zuben.“o para doo éa paixao do pensamento; 0 pensador sein para wo é como um amante sens paix, wn sujeito mediocre 1979, 9.) Deri disto poses isolaralgumas eonsalagSes 4) Gestalt representa um amélgama de diversos contexts, hist6ras,conrbuigoese signifieaos; by sua base éessencialmente enropia, e sobre ete oto que se deve comproender sua const Fi- india; £6 seus pilates bisicos ainda silo desconbocidas © ‘itunes, ¢ por sto mesmo se tormam imprescin- aves e necessrios Sadeaacen cus senor as mas densest en demaec enon de otis fies” ta 99160 73. 12 Non enuyamon de tao Ft quar Luras aes de Tae alr dh Rep de Wer, a Almas ane a odtemenen si, pcos e econo de 600 8 ___ pmo Hous tinne Fas Orgs) 4) semesta compreensio de totalidade, eoeremos 0 isco de fazer da Gestalt umn modelo de entenl- ‘mento migica da ealidade, um modelo lienante 4e captago da sentido da existénciae, principal. mente, um modelo limitada de taba, Poresiasrazdes éque se faz necessria a comstrugio «do que chamamos de epistemologia da complexidade, Eta pistemologia diz respeito ao percurso que delimita mado sdeconstrusao de uma abordagem, ou seja, procura respon. der questo: “Como se consi uma abonagen") Para ~efetivamente ~conhocermeos una abeedagem, € nccessrio una anise epistemolgica rigorosa que im. Dliea no wees a0 que, preliminarmet, estames designan ‘o.com sendo quatro tipos de conhecimente: #) Um conhecimento Historica, agi considerado como aquele constiutivo da formagi desta abor. dagen a0 longoo tempo, com ¢ dlinitador do faxo da formagio de uth pensamento, que 35 suas vertenes culturaise'seu's antecedents, ) Um conhecimentn Frasdrico, due delimit 0 seu embasamentoeseusalicess,eluindoa“vicko de mundo” a “visio de homem” cesta abonlagen ©) Um conhecimento Coxcerruat, que designa 0 "epertio de formalisms teens, que dsl ‘a construgio.de uma abordagem com tora ‘011 modelo dnies:e, Um conhecimento Paacaairico, que reflec a for. ‘a como esta abondagem delineiasaplicagsa des Gus Tee Coenen a tnés formas de conhecimento anteriores, ou sea, refete-se ao “fazer espeifico de tal abordagem, ‘ncuindo aqui métods,tSenieas ¢instrumentos Por seu tur, para responder 3 questo que sugere ‘© modo de construed e desenvolvimento de uma abonda em, dove-se, de chofte, perguntar-se qual sol epistemolé- ‘ico no quale do qual brotam certasabordagens. Ea pal ‘ra “certas”asinala aqui um definidr. Nao se perguna un eral tloamplo sem que seincora no erro da simplificasdo, E-éexatamenieesia simplifieagio que estamos oa critica, ‘Talvez seja melhor perguntar como nasce esta ou ‘aquelaabordagem: ou melhor, em que se fundamenta esta ‘aque aborcagem. Qual solo cultural eepistemléyico ( aqui detinimos 0 “epistomalégica” a partite iia de ‘construgio de um saber, como uma Weliansschauung, ¢ 30 apenas como um modelo de pensamento cieniio, ‘comio um modo de captar © mundo, 0 seja, como constr ‘S80 de mentatidades) de determinida abordagem. © que define construsio ou a formagio de uma bordagem , segurament,distinto do que define sua eé- nese, que também, dstinta do que define o seu nascimen- ‘0, emborsexistam significatves entrelagamentosdesssdi- vet805 momentos. Para compreendermos.atealidade do taldade de uma abondagem ~ desde sua histra, sus fre sdamentosflos6ficos, seus conceit até sua pris ere. ‘mos ser necessrio distinguieo processo evolutivo de uma shordagem em termos gers), em quatro grandes momen {0s, que denominaremos, por or, “énese", “construgio” e “desenvolvimento”.

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