Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Edmund Husserl
Chanceler
Dom Jaime Spengler
Reitor
Joaquim Clotet
Vice-Reitor
Evilázio Teixeira
Conselho Editorial
da Série Filosofia Conselho Editorial
228
ISBN 978-85-397-0861-1
Modo de Acesso: <http://www.pucrs.br/edipucrs>
Filosofia da Aritmética.
Investigações lógicas e psicológicas / 33
Investigações Lógicas 1
(prolegômenos à lógica pura) / 57
Bibliografia 194
Introdução 1
17 Lebendige Gegenwart. Die Frage Nach der Seinsweise des Transzendentales Ich
bei Edmund Husserl, entwickelt am Leitfaden der Zeitproblematik. The Hague,
Martinus Nijhoff, 1966.
18 Phenomenology of Time. Edmund Husserl's Analysis of Time-Consciousness.
Dordrecht, Springer, 2002.
19 Das Zeitdenken bei Husserl, Heidegger und Ricoeur. Dordrecht. Springer,
2010.
20 Temps et phénomène. La phénoménologie husserliene du temps (1893-1918).
Hildesheim, Olms, 2004.
21 Spatio-temporal Intertwining-Husserl's Transcendental Aesthetic. Dordrecht,
Springer, 2014.
22 Husserl and the Promise of Time. Subjectivity in Transcendental
Phenomenology. Cambridge, Cambridge University Press, 2009.
23 On Time. New Contributions to the Husserlian Phenomenology of Time.
Dordrecht, Springer, 2010.
24 Conscience et existence. Perspectives phénoménologiques. Paris, Presses
Universitaires de France, 2004.
25 Seinsglaube in der phänomenologie Edmund Husserls. Dordrecht. Kluwer
Academic Publishers, 1999.
26 Epistemology, Archaeology, Ethics. Current Investigations of Husserl's Corpus.
London, Continuum International Group, 2010.
Alberto Marcos Onate 13
que eles sejam colecionados; pois é isto que tem valor para
nós, enquanto é um signo absolutamente certo de que uma
unidade da primeira multiplicidade corresponde a uma
unidade da segunda” (Husserl, 1970, p. 109). Torna-se
injustificável, portanto, sustentar a independência entre
igualdade numérica e modo de enlace, tese de larga
aceitação e difusão entre os matemáticos da época:
conceber que a alteração no modo de enlace implica num
resto sem ligação possível equivale a conceber, de maneira
absurda, que as duas multiplicidades comparadas se
submetem ao mesmo tempo a conceitos de número
divergentes.
Após explanar os equívocos decorrentes da
definição de igualdade numérica mediante o conceito de
correspondência biunívoca, Husserl não se dá por
satisfeito, e se dedica a mostrar e contestar suas
consequências noutras teorias similares. Uma delas é
hipotética, elaborada a partir de concepções esparsas
disseminadas nos textos especializados de certos autores
(Stolz, Cantor, Heymans, Dedekind), cujo resultado é a
definição de número através do conceito de equivalência.
Para exemplificar seu processo de formação, o filósofo se
vale de um exercício ficcional. Supondo-se uma
multiplicidade concreta qualquer, pode-se pô-la em
correspondência com todas as outras multiplicidades
efetivas ou possíveis, e separar a totalidade das
multiplicidades equivalentes à multiplicidade suposta,
produzindo-se a classe de multiplicidades correspondente à
multiplicidade suposta. Acrescente-se a esta um novo
elemento arbitrário (willkürliches) e forme-se a nova classe
de multiplicidades correspondente. Repita-se o acréscimo
de outro novo elemento arbitrário e forme-se a nova classe
correspondente, seguindo assim num processo inumerável.
Proceda-se em direção inversa: suprima-se da respectiva
multiplicidade suposta qualquer elemento arbitrário e
produza-se a nova classe correspondente, seguindo-se no
Alberto Marcos Onate 39