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LÓGICA
ARGUMENTAÇÃO
“Minha gente, eu acabei com os marajás do meu estado quando fui governador: sou
um homem rico que não precisa do dinheiro público, fui preparado desde criança para
ser presidente, portanto, sou melhor candidato do que um ex-operário que nunca
governou nada.”
“A vida de estudante no IFES é divertida, uma vez que os colegas de sala são animados
e os professores não pegam no pé dos alunos.”
“A conservação da saúde depende mais das condições espirituais da pessoa do que das
condições corporais, porque uma pessoa triste, preocupada, excessivamente tensa,
saudosista, descuida facilmente de sua alimentação, da higiene e torna-se vulnerável às
doenças.”
PROPOSIÇÃO
Não se deve confundir proposição com oração, pois uma proposição pode ser formada
de uma ou mais orações, exemplos;
a) É difícil ser feliz num mundo de violência
c) As promessas dos políticos são apenas para ganhar votos e tornar o povo refém de
paternalistas
PREMISSAS E CONCLUSÕES
As provas de lógica devem ser mais difíceis neste semestre, pois a intenção do
atual professor é forçar os alunos a estudar mais e prepará-los para as futuras provas
do ENEM que são complexas.
A análise lógica revela que pode existir ou não existir a (cs) entre as proposições de um
argumento.
ORDEM LÓGICA
A ordem lógica da relação das proposições é sempre a de que a Conclusão decorre das
Premissas; o valor das Premissas deve ser pensado em primeiro lugar e o da Conclusão
por última. Daí tem:
A = premissas ( )
( )
________________
C = conclusão [ ]
Por isso, do ponto de vista lógica, convém reestruturar o argumento e colocá-lo segundo
sua ordem lógica, como descrito acima, uma vez que a conclusão pode ser enunciado
primeiro ou entre as premissas. Para ordenar os argumentos, a lógica convenciona a
utilização das letras entre parênteses (p), (q), (r), (s) ... para indicar as Premissas e o
símbolo [C] para indicar a conclusão
Outro exemplo:
Na ordem lógica
QUANTIDADES DE ARGUMENTOS
Exemplos:
1º ARG.
(p) Como um indivíduo abandonado a si próprio não pode realizar todas as boas coisas
que poderia de outro modo obter
[C] - o indivíduo - tem de viver e trabalhar com outros
2º ARG
Outro exemplo
1º ARG
(p) Não tem havido estudos sistemáticos e em grande escala do sono, comparando
diferentes profissionais.
[C] ignoramos se os intelectuais precisam de menos sono que os atletas, e se o esforço
físico, em contraste com o esforço mental, influi na importância do sono de uma
pessoa.
2º ARG
3º ARG
(((r))) (Os episódios) Mesmo quando não são deliberadamente falsificados, são
inidôneos.
[[[C]]] Os episódios pessoais não podem decidir essa questão (a saber, se os
intelectuais precisam de menos sono que os atletas)
Observe que neste último exemplo de argumento uma proposição foi tomada como
conclusão no 2º ARG e como premissa no 3º ARG, isso demonstra a relatividade dos
termos Premissa e Conclusão.
INDICADORES DE ARGUMENTO
Indicadores de Premissas: pois, porque, desde que, como, uma vez que, dado que, tanto
mais que, pela razão de que, tendo em vista que, recordando que, ressaltando que, visto
que, assumindo que, à medida que, sabendo-se que, supondo que, pelo fato de que ...
VERDADE E VALIDADE
NÃO-ARGUMENTO
OS ARGUMENTOS SOFÍSTICOS
FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA
2b. Brice apresenta um Projeto para a construção de casas populares com verbas
do FGTS. Ora, ela defende esse projeto porque é dona de uma firma de construção civil
e quer tirar vantagens econômicas disso. Logo, não devemos apoiar esse projeto da
Deputada.
2e. A formulação da doutrina do Socialismo por Karl Marx dependeu de sua
situação pessoal, porque não conseguiu vencer na vida e era um revoltado contra tudo.
2g. Nietzsche defende uma filosofia ateia, porque havia estudado num colégio de
Padres onde foi muito castigado.
4a. Ninguém provou que Deus existe. Portanto, Deus não existe.
4b. Ninguém ainda provou que Deus não existe Portanto, Deus existe.
4d. Os cientistas não provaram que seres extraterrestres não existem. Logo,
existem seres extraterrestres.
Refutação: não se podem tirar conclusões sobre aquilo que não podemos
conhecer ou explicar. A nossa ignorância sobre a verdade ou falsidade de lima
determinada proposição não nos permite tirar nenhuma conclusão sobre a mesma. Nada
podemos concluir quando nos faltam meios para provar determinada proposição.
Conclusões tiradas sem demonstração racional (baseadas na nossa ignorância) passam
para o campo das nossas crenças.
5a. Tenho o direito de fazer outra prova A que não fiz foi por motivo de estar
muito sobrecarregado ultimamente com trabalhos, devido ao fato de que fiquei sozinho
em minha seção e tive que desempenhar todas as tarefas, o que me deixou com uma
tremenda dor de cabeça. Nesta circunstância, todo mundo sabe, é difícil uma pessoa
estudar!
5b. Ver as criancinhas abandonadas nas ruas é um quadro triste. Geralmente
estão sujas, mal arrumadas, com os dentes estragados e não tem onde dormir. As
autoridades brasileiras deviam fazer um programa de proteção às crianças. Na rua,
muitas vezes, elas não encontram nem sequer o que comer! Pobrezinhas, vivem como
se fossem bichos!
6. Falácia por apelo ao povo (ld populum): esse tipo de falácia pode ser
caracterizado, em geral, pelo aforismo corrente de que "a voz do povo é a voz de Deus".
Recorre aos sentimentos do povo, aos seus hábitos e costumes, para provocar a
concordância com determinada conclusão. Aproveita-se de uma crença generalizada
(algo que "todo mundo" sabe), de uma prática comum (usos e atitudes) ou dos ídolos
populares para convencer à aceitação de uma ideia como verdadeira, de um produto
como bom, ou uma novidade "renovadora". É também um discurso emocional que
explora os ídolos populares, os ideais de beleza física ou de inteligência, sentimentos de
inferioridade ou, ora os desejos de mudança, ora os desejos de conservação. Explora os
sentimentos psicológicos próprios a cada idade do ser humano. É muito usada por
propagandistas, políticos demagogos e em campanhas publicitárias. Exemplos:
6a. Todas as donas de casa inteligentes usam bom-bril. Logo, devo usar bom-bril.
6d. Pelé usa vitasay; logo, vitassay é um bom remédio.
7c. Sou contra o sexo antes do casamento, porque o Papa falou para os cristãos
serem contra.
7d. É verdadeiro que Tiradentes era barbudo e morreu enforcado, porque foi o
meu professor de História que falou.
9a. As drogas fazem mal à juventude; logo, devemos extinguir o uso de todas as
drogas em nosso meio.
9b. Assim como foi bom o uso de quebra-molas em algumas ruas da cidade.
Também será bom seu uso em todas as ruas.
10. Falácia por falsa causa: há duas formas de ocorrência desta falácia. A
primeira foi denominada pelos latinos por "non causa pro causa", ou seja, tomar por
causa aquilo que na realidade não é causa. Apresenta uma causalidade arbitrária presa
aos dados imediatos. Pode ser fonte de superstições e fetiches. A segunda foi
denominada "post hoc ergo propter hoc" (depois disso, portanto, por causa disso), ou
seja, tomar por causa aquilo que temporalmente aconteceu em primeiro lugar;
simplesmente por ter ocorrido em primeiro lugar. Exemplos:
Refutação: a primeira forma dessa falácia erra por não distinguir "causa
necessária" - aquela em cuja ausência o fenômeno não ocorre - de "causa acidental" -
aquela em cuja presença o fenômeno não ocorre. A segunda forma erra por observar a
sucessão temporal externa de acontecimentos e não sua causalidade interna.
12. Falácia por pergunta complexa: essa falácia é formulada na forma de uma
interrogação ambígua, que pode expressar-se em três variedades: aquela cuja
formulação interrogativa oculta uma afirmação anterior à pergunta e já admitida como
verdadeira. Outra, aquela, cuja formulação interrogativa traz implicitamente uma ou
mais interrogações, às quais se pretende sejam respondidas com um simples "sim" ou
"não". Uma terceira, aquela interrogação formulada na forma de uma conjunção de
perguntas sobre temas explicitamente diferentes, às quais pede uma única resposta.
Exemplos:
TIPOS DE RACIOCÍNIO
DEDUÇÃO E INDUÇÃO, por Irving Copy