Você está na página 1de 58

DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -

NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Oi, Gente!

Perdão pelo atraso da aula, por motivos de saúde não pude entregá-la no
prazo.

Mas vamos ao nosso encontro de hoje!!!

Legislação federal aplicável aos agentes públicos – Lei nº 8112/90.

Beijo carinhoso e bons estudos!

Patrícia Carla

REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO

(Lei nº 8112/90)
Ao conjunto de regras que disciplinam determinado instituto dá-se o nome
de regime jurídico. Assim, são estabelecidas normas para a nomeação,
aposentadoria, estabilidade, acumulação de cargos, enfim, seus deveres,
direitos e demais aspectos da vida funcional do servidor público.

Nesse contexto, essas normas podem ser estabelecidas por lei ou por
contrato. No primeiro caso, o regime será legal, e estabelecido por meio do
Estatuto dos Servidores Públicos. No último, será contratual, com as regras
dadas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-lei nº
5.452/1943 e Lei nº 9.962/20001).

É justamente aí que se insere o referido Estatuto: trata-se da lei que


estabelece a inter-relação dos servidores públicos com a Administração,
especificando todos os detalhes dessa convivência profissional.

A Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, é que dispõe sobre o regime


jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais.

E é essa lei que vai nos interessar neste estudo, voltado fundamentalmente
para concursos federais.

1
Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu,
cautelarmente e com efeito ex nunc, a alteração do caput do art. 39, CF/88, retornando sua
redação original, onde se exige a existência de um Regime Jurídico Único (RJU) dos
Servidores Públicos. Assim, a partir dessa decisão, tornou-se inaplicável a Lei nº 9.962/2000.

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

AGENTES PÚBLICOS

O gênero agentes públicos abrange todas as pessoas que, de uma forma ou


de outra, mesmo que transitoriamente e sem remuneração, prestam algum
tipo de serviço ao Estado.

Entre os agentes, encontram-se três espécies principais, quais sejam, os


agentes políticos, os agentes em delegação e os servidores públicos.

Assim, agentes políticos são os que compõem os altos escalões do Governo,


como Presidente da República, Governador, Prefeito, Senador, Deputado,
Vereador e Magistrado, com características, prerrogativas e privilégios
próprios, em geral estabelecidos pela Constituição Federal.

Já os agentes em delegação são aqueles particulares que recebem do


Estado a competência para executar determinada atividade pública, ou
prestação de serviço público ou, ainda, construção de obra pública. Citem-
se os leiloeiros, peritos, tradutores, concessionários, permissionários e
autorizatários.

Servidores públicos, em sentido amplo, são todos os que prestam serviços


ao Estado, incluindo a Administração Pública Indireta, tendo vínculo
empregatício e pagos pelos cofres públicos. São também chamados de
agentes administrativos. Nessa classificação estão tanto os servidores
estatutários, sujeitos ao regime legal, quanto os empregados públicos, do
regime contratual, além dos temporários, nos termos do art. 37, IX, da
CF/88.

Os servidores estatutários, também chamados de funcionários públicos


(como na CF/67), são os titulares de cargos públicos e estão sujeitos ao
regime legal, ou estatutário, pois é lei de cada ente da federação (União,
Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) que estabelece as regras
de relacionamento entre os servidores e a Administração Pública.

Tais regras podem ser alteradas unilateralmente, mas com respeito aos
direitos já adquiridos. Esse regime é destinado, preferencialmente, às
funções públicas que exigem do agente poderes próprios de Estado (art.

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

247, CF/88), conferindo-lhe prerrogativas especiais, como a estabilidade.


No plano federal, o estatuto dos Servidores Civis da União, Autarquias e
Fundações Públicas é esta Lei nº 8.112/90, com alterações posteriores
determinadas especialmente pela Lei nº 9.527/972.

Empregados públicos são aqueles contratados, seguindo o regime


trabalhista, próprio da iniciativa privada. Assim, devem obedecer a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT e Lei nº 9.962/20003), bem como
as regras impostas pela CF/88, como acesso mediante concurso público
(art. 37, II, CF/88), limitações de remuneração (art. 37, XI, CF/88) e
acumulação remunerada de cargos e empregos públicos (art. 37, XVI e
XVII, CF/88).

Por sua vez, os empregados das empresas públicas ou sociedades de


economia mista, ainda que exploradoras de atividade econômica (art. 173,
CF/88), equiparam-se a servidores públicos em diversos aspectos, como
limites à acumulação (art. 37, XVII, CF/88), teto remuneratório (art. 37, §
9º, CF/88) e à regra do concurso público, conforme revela antiga decisão do
STF4:

CARGOS E EMPREGOS PUBLICOS. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


DIRETA, INDIRETA E FUNDACIONAL. ACESSIBILIDADE.
CONCURSO PÚBLICO. A acessibilidade aos cargos públicos a
todos os brasileiros, nos termos da Lei e mediante concurso
público é princípio constitucional explícito, desde 1934, art. 168.
Embora cronicamente sofismado, mercê de expedientes
destinados a iludir a regra, não só foi reafirmado pela
Constituição, como ampliado, para alcançar os empregos
públicos, art. 37, I e II. Pela vigente ordem constitucional, em
regra, o acesso aos empregos públicos opera-se mediante
concurso público, que pode não ser de igual conteúdo, mas há de

2
O Regime Jurídico dos Servidores do Serviço Exterior Brasileiro está regrado na Lei nº
11.440/2006.
3
Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu,
cautelarmente e com efeito ex nunc, a alteração do caput do art. 39, CF/88, retornando sua
redação original, onde se exige a existência de um Regime Jurídico Único (RJU) dos
Servidores Públicos. Assim, a partir dessa decisão, tornou-se inaplicável a Lei nº 9.962/2000.

4
STF, MS 21.322/DF, relator Ministro Paulo Brossard, publicação DJ 23/04/1993.
3

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

ser público. As autarquias, empresas publicas ou sociedades de


economia mista estão sujeitas à regra, que envolve a
administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. Sociedade de economia mista destinada a explorar
atividade econômica está igualmente sujeita a esse princípio, que
não colide com o expresso no art. 173, § 1º. Exceções ao
princípio, se existem, estão na própria Constituição.

Já os temporários são aqueles contratados para atividades transitórias,


emergenciais, submetidos a um regime jurídico especial, como, na esfera

federal, disciplinado pela Lei no 8.745/935, com alterações posteriores, em

especial pela Lei no 10.667/2003 e pelo Decreto no 4.748/2003, que a


regulamenta. A lei que trate desse tipo de situação não pode estabelecer
hipóteses abrangentes e genéricas de contratação temporária, sem a
especificação da contingência fática que evidencie tal situação excepcional,
sob pena de inconstitucionalidade6. Essa classe está prevista, como
mencionado, no art. 37, IX, da CF/88, e também tem seus litígios

5
Lei no 8.745/93, art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse
público:
I - assistência a situações de calamidade pública;
II - combate a surtos endêmicos;
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
IV - admissão de professor substituto e professor visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
VI - atividades:
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a
encargos temporários de obras e serviços de engenharia;
b) de identificação e demarcação desenvolvidas pela FUNAI;
c) (Revogado)
d) finalísticas do Hospital das Forças Armadas;
e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança de sistemas de
informações, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a
Segurança das Comunicações - CEPESC;
f) de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situações emergenciais ligadas ao
comércio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco à
saúde animal, vegetal ou humana;
g) desenvolvidas no âmbito dos projetos do Sistema de Vigilância da Amazônia - SIVAM e do
Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM.
h) técnicas especializadas, no âmbito de projetos de cooperação com prazo determinado,
implementados mediante acordos internacionais, desde que haja, em seu desempenho,
subordinação do contratado ao órgão ou entidade pública.
6
STF, ADI 3.210/PR, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 03/12/2004. Veja
também: STF, ADI 890/DF, relator Ministro Maurício Corrêa, publicação DJ 06/02/2004.
4

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

submetidos à Justiça Federal, quando contratados por entidade dessa


esfera:

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CONSTITUCIONAL.


ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. FUNASA. CONTRATO
TEMPORÁRIO. GUARDA DE ENDEMIAS. EXCEPCIONAL INTERESSE
PÚBLICO. RESCISÃO. LEI 8745/93. Compete à Justiça Comum
Federal processar e julgar pedido indenizatório relativo à
contratação efetuada pela Fundação Nacional da Saúde para
atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse
público. Conflito conhecido para declarar a competência da Justiça
Comum Federal.7

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CONSTITUCIONAL.


ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. CONTRATO
TEMPORÁRIO. EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO. RESCISÃO.
Compete à Justiça Comum Federal processar e julgar pedido de
verbas indenizatórias relativas a contratação efetuada pela União
ou suas entidades para atendimento de necessidade temporária
de excepcional interesse público. Conflito conhecido. Competência
da Justiça Comum Federal.8

Assim sendo, os comentários aqui serão fixados nos servidores públicos


estatutários, que são o objeto do Estatuto Federal.

A LEI Nº 8.112/90 E A REFORMA ADMINISTRATIVA DA


EC Nº 19/98

Nossa Constituição Federal de 1988 dedicou um capítulo próprio à


Administração Pública, traçando seus contornos principais e tratando
especificamente dos servidores públicos, com normas gerais a serem
observadas por todos os entes da federação (artigos 37 a 41, CF/88).

Aí estabeleceu formas de acesso, aquisição de estabilidade, perda do cargo,


acumulação legal de cargos, aposentadoria, princípios de observância

7
STJ, CC 40.114/RJ, relator Ministro José Delgado, publicação DJ 09/08/2004.
8
STJ, CC 33.491/RJ, relator Ministro Vicente Leal, publicação DJ 17/06/2002.
5

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

obrigatória e outras normas, que devem ser esmiuçadas pela legislação


ordinária.

O conteúdo original do caput do art. 39 determinava que a União, os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios deveriam instituir, no âmbito de
sua competência, regime jurídico único (RJU) e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas.

Ressalte-se que não se exigia, obrigatoriamente, o regime estatutário.


Havia, isso sim, que ser o mesmo regime para todos, independente de ser
estatutário (ou legal), celetista (ou contratual), ou outro qualquer que fosse
criado. Tal previsão tinha base no princípio da isonomia, segundo o qual
todos deveriam ter o mesmo tratamento.

A União saiu à frente editando a Lei nº 8.112, em 11 de dezembro de 1990,


optando pelo regime estatutário, ou seja, os servidores estariam
submetidos à lei, que regularia sua relação com a Administração Pública.
Poderia também ter optado pelo regime contratual, seguindo as regras da
Consolidação das Leis do Trabalho.

Importante repetir: uma vez optado por um ou outro regime, todos os


servidores daquele ente federativo deveriam estar vinculados a ele. Assim,
o Estatuto atendeu ao comando constitucional, instituindo esse regime
jurídico, à época único, para seus servidores.

Em 04 de junho de 1998 fez-se promulgar a Emenda Constitucional nº 19,


apelidada de Reforma Administrativa, que inaugurou uma nova fase para os
servidores públicos, com importantes alterações no texto constitucional.

Em especial, alterou-se o texto do artigo 39, deixando de ser necessária a


fixação de um único regime jurídico para todos os servidores, passando a
ser possível a convivência, numa mesma esfera de governo, de múltiplos
regimes jurídicos, cada qual estabelecendo regras de determinada carreira,
com peculiaridades próprias de cada caso.

Com isso, buscou-se a flexibilização da Administração Pública, deixando de


lado muitas regras rigorosas do Estatuto, em especial facilitando a dispensa
de trabalhadores, que passariam a ser contratados pelas regras da CLT,

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

sem direito à estabilidade, como prevista no art. 41 da CF/88, após a


alteração promovida por essa Emenda9. Embora não seja pacífica tal
interpretação10, parece clara a intenção do constituinte derivado ao alterar a
redação do caput do art. 41. Originalmente, a estabilidade era dirigida a
todo aquele “nomeado em virtude de concurso público”, tanto titular de
cargo quanto de emprego público11. Com a nova regra, limita-se a
estabilidade aos “nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público”.

9
Redação original: art. 41. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores
nomeados em virtude de concurso público.
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98: art. 41. São estáveis após três anos de
efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público.
10
Súmula 390, TST: I – O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou
fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. II – Ao empregado
de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante
aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da
CF/1988. TST, RR 3.572/2001-201-02-00.1, relator Ministro João Batista Brito Pereira,
publicação DJ 29/06/2007: O servidor público celetista da administração direta, autárquica
ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. Noutro sentido:
TST, RR 616.054, relator Ministro Guedes de Amorim, publicação DJ 24/08/2001:
Empregado público, ainda que admitido nos serviços do Município, mediante concurso
público de ingresso, nos termos do artigo 37, inciso II, da Constituição Federal, e sob o
regime da legislação trabalhista, adotada pelo Reclamado em observância do artigo 39 da
Carta Magna, não se beneficia da estabilidade assegurada em seu artigo 41, pois destinado
apenas aos servidores públicos civis. TST, RR 459.515, relator Ministro Wagner Pimenta, DJ
02/02/2001: A estabilidade prevista no artigo 41 da Constituição Federal não alcança o
empregado público celetista da administração direta, admitido por concurso público, que, à
data da demissão, contava com mais de dois anos de efetivo exercício. A conclusão desse
entendimento se encontra no artigo 37 da Constituição Federal, que distinguiu cargo de
emprego público, embora para ambos a aprovação dependa de concurso público para a
investidura na Administração Pública, Direta ou Indireta. O cargo público é criado por lei,
enquanto que, no emprego público, a natureza do vínculo é contratual, regida pela CLT. STF,
RE 159.005/PR, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 10/02/1995, e AI-AgR
88.486/PR, relator Ministro Aldir Passarinho, publicação DJ 29/06/1984: Não se cumulam os
dois regimes: o do FGTS e o da estabilidade. STF, AI-AgR 561.230/RS, relator Ministro
Gilmar Mendes, publicação DJ 22/06/2007: Funcionários de empresa pública. Regime
Celetista. Readmissão com fundamento no art. 37, da Constituição Federal. Impossibilidade.
Estabilidade que se aplica somente a servidores públicos. STF, AI-AgR 630.749/PR, relator
Ministro Eros Grau, publicação DJ 18/05/2007: A estabilidade dos servidores públicos não se
aplica aos funcionários de sociedade de economia mista. Estes são regidos por legislação
específica [Consolidação das Leis Trabalhistas], que contém normas próprias de proteção ao
trabalhador no caso de dispensa imotivada. STF, RE-AgR 242.069/PE, relator Ministro Carlos
Velloso, publicação DJ 22/11/2002: A norma do art. 41, C.F., conferidora de estabilidade,
tem como destinatário o servidor público estatutário exercente de cargo público.
11
STF, AI-AgR 510.994/SP, relator Ministro Cezar Peluso, publicação DJ 24/03/2006: Faz jus
à estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal, em sua redação original, o
empregado público que foi aprovado em concurso público e cumpriu o período de estágio
probatório antes do advento da EC nº 19/98. Veja também a seguinte decisão, anterior à EC
nº 19/98: STF, MS 21.236/DF, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 25/08/95 - A
garantia constitucional da disponibilidade remunerada decorre da estabilidade no serviço
publico, que é assegurada, não apenas aos ocupantes de cargos, mas também aos de
empregos públicos, já que o art. 41 da C.F. se refere genericamente a servidores.
7

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Assim, deixou de fazer sentido referir-se a Regime Jurídico Único dos


Servidores Públicos, visto que tal sistema deixou de existir com essa EC nº
19/98. Correto tecnicamente seria chamá-lo de Estatuto dos Servidores
Públicos ou Regime Jurídico Estatutário.

Com efeito, com essa alteração constitucional, passou a caber a cada ente
da Federação a eleição da forma como seriam disciplinadas as regras entre
ele e determinada carreira pública. Essa liberdade, contudo, não é ilimitada,
tendo a própria Constituição Federal deixado implícito que determinados
cargos devem ser organizados em carreira, o que lhes exige a vinculação
estatutária, não necessariamente à Lei nº 8.112/90. Citem-se a Polícia, a
Defensoria, a Advocacia Públicas e as carreiras das administrações
tributárias. Além destas, há ainda a previsão de que determinadas
atividades serão consideradas típicas de Estado, e também deverão estar
vinculadas ao Estatuto, como se denota da redação do novo art. 247,

acrescentado pelo art. 32 da EC no 19/98.

Ademais, é da União a competência para legislar sobre Direito do Trabalho


(art. 22, I, CF/88), o que retira a liberdade dos demais entes de legislar
sobre regimes contratuais, sujeitos a esse ramo do direito.

Então, ao criar novo cargo ou abrir vagas para concurso público, a


Administração Pública, pela via adequada, deveria estabelecer se esses
novos integrantes seriam regidos pelo Estatuto, com regras rígidas,
inalteráveis por acordo entre as partes, ou pelo regime contratual, com
cláusulas discutidas entre empregado e empregador.

Mas esse cenário alterou-se profundamente com o julgamento pelo STF,


ainda em sede cautelar, da ADI 2.13512, onde se discute a
constitucionalidade da EC nº 19/98, em especial no que concerne à
alteração do art. 39, caput, CF/88.

Ocorre que, quando das votações na Câmara dos Deputados, em primeiro


turno, a proposta de alteração do caput do art. 39, CF/88, não foi aprovada
pela maioria qualificada constitucionalmente exigida (art. 60, § 2º, CF/88).
Ao elaborar o texto enviado para votação, em segundo turno, a comissão

12
STF, ADI 2.135/MC, relator Ministro Néri da Silveira, publicação DJ 14/08/2007.
8

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

especial de redação da Câmara dos Deputados teria deslocado o § 2º do


art. 39 – que havia sido aprovado, para o lugar do caput do artigo 39, cuja
proposta de alteração havia sido rejeitada no primeiro turno. Com essa
substituição, a redação original do caput do artigo 39 simplesmente
desapareceu. Naturalmente que essa transposição não pode ser tida por
mera emenda redacional13, exigindo-se, então, nova votação, para
cumprimento da exigência de aprovação por dois turnos em cada uma das
Casas legislativas do Congresso Nacional (art. 60, § 2º, CF/88).

Com isso, haveria inconstitucionalidade formal. Nesse julgamento afastou-


se, em sede cautelar, a nova redação do caput desse art. 39, retomando-se
a redação original do texto constitucional.

Para que fique claro, compare-se a redação original e a alterada pela EC nº


19/98:

Texto original da CF/88:

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e
planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas.

Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998:

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


instituirão conselho de política de administração e remuneração
de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos
Poderes.

À decisão foi dado efeito ex nunc, é dizer, irretroativo, não atingindo as


situações jurídicas havidas entre a promulgação da EC nº 19/98 e a decisão
do STF.

A partir de então, repise-se, retorna a regra da exigência de um Regime


Jurídico Único, sendo incabível, hoje, contratação pelo regime da CLT, no
âmbito federal.

Como efeito imediato, tem-se a inaplicabilidade da Lei nº 9.962/2000, que


disciplinou o regime de emprego público do pessoal da Administração
13
De acordo com o art. 118 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
9

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

federal direta, autárquica e fundacional. Como agora só cabe um regime,


único, o estatutário, não será mais possível a existência de novos empregos
públicos no âmbito da Administração federal direta, autárquica e
fundacional. Aqueles contratados sob esse regime antes da decisão do STF
seguem em seus empregos, já que, como se disse, a decisão cautelar teve
efeito ex nunc.

Aguarde-se a decisão final de mérito.

O Estatuto não é imutável. Ao contrário, não cabe argüir violação ao direito


adquirido contra mudanças no regime jurídico.

Como já visto, regime jurídico é o conjunto de normas que regem


determinado instituto. Ao tomar posse em um cargo público, sob as
determinações do Estatuto, tem-se um determinado conjunto de regras
sobre os mais variados temas: férias, licenças, horário de trabalho etc.

Segundo entende o Supremo Tribunal Federal, não há direito adquirido que


garanta imutabilidade do regime jurídico14. Esse tribunal, que está no ápice
do nosso Poder Judiciário, reiteradamente tem entendido que não se pode
exigir a permanência dessas regras por todo o tempo em que houver
vínculo com a Administração Pública, sendo possível a alteração desses
institutos sem que seja ferido o direito adquirido.

Assim, a não existência de direito adquirido a regime jurídico “implica dizer


que pode a lei nova, ao criar direito novo para o servidor público,
estabelecer exigência que não observe o regime jurídico anterior” 15.

Como se percebe nesse julgado, esse entendimento é antigo e, acrescente-


se, pacífico e consolidado.

Dessa forma pode a Administração alterar unilateralmente as regras. E


assim foi alterado o Estatuto em diversas ocasiões, em especial com a
profunda reforma promovida pela Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de
1997, que retirou inúmeros direitos dos servidores públicos federais, como,
e a título de exemplo, a possibilidade de incorporação de anuênios e os

14
STF, RMS 24.273 AgR-ED/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 10/12/2004 e
ADI 2.555/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 02/05/2003.
15
STF, RE 99.522/PR, relator Ministro Moreira Alves, publicação DJ 20/05/1983.
10

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

chamados quintos das gratificações, licença prêmio, venda de 1/3 das férias
etc.

Percebe-se que as regras do jogo foram alteradas: o que antes era possível
fazer, agora não é mais; de outro lado, novas opções foram deferidas aos
servidores. Como o regime é legal, à lei cabe estabelecer as regras, e aos
servidores cabe cumpri-las. Se o regime é contratual, não pode o
empregador alterar cláusulas como bem entender, devendo haver
concordância entre os contratantes. Destaque-se que, ainda que haja
concordância do empregado, pelo princípio da proteção, algumas alterações
prejudiciais a ele não são admitidas.

Quando da mudança unilateral da lei, as situações já consolidadas devem


ser respeitadas.

Para que fique bem claro, citem-se exemplos ilustrativos. Aquele que
tivesse optado pela conversão em pecúnia de 1/3 das férias (popularmente
chamada de venda de 1/3 das férias) antes de dezembro de 1997, ainda
que o gozo das mesmas fosse em 1998, tinha o direito adquirido à essa
conversão, pois tinha cumprido todos os requisitos antes da extinção dessa
possibilidade. Porém, aquele que ainda não tinha feito essa opção não pôde
mais fazê-la, assim como não pode exigir que continue tendo esse direito.
Outro exemplo é do servidor que já havia cumprido cinco anos de exercício
sem nenhuma falta, exigência para ter direito à licença prêmio de três
meses. Todo aquele que já tinha cumprido o requisito temporal à época da
edição da lei que extinguiu essa vantagem tem o direito adquirido ao gozo
desses três meses de licença prêmio. Porém, aquele que tinha quatro anos,
tinha mera expectativa de direito, não podendo gozar dessa licença, pois
não cumpria os requisitos de então e, quando completou os cinco anos, já
não havia essa previsão legal.

CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES

A Constituição Federal distribui competência entre as pessoas jurídicas


(União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios), órgãos e

11

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

servidores públicos. Por sua vez, estes ocupam cargos, empregos ou


exercem funções.

Assim, cargo é, seguindo o art. 3º do Estatuto, o conjunto de atribuições e


responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor.

É criado por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão (art. 3º, §
único).

O cargo público pode ser de provimento efetivo ou em comissão, e essa


característica quanto à possibilidade de permanência no cargo deve ser
prevista na lei que o cria. Assim, se o preenchimento pressupõe
continuidade e permanência no cargo, será este efetivo; de outro modo,
temporário é o provimento do cargo em comissão, também chamado de
cargo em confiança, pois está atrelado à confiança que determinada
autoridade tem em seu auxiliar, como no caso dos Diretores de Secretaria
na Justiça Federal. Este cargo não comporta maiores regalias ao seu titular
momentâneo, não gerando direito de permanência nele, tampouco à
aposentadoria pelo regime dos servidores públicos (artigos 37, II, V e 40, §
13, CF/88).

O cargo público é exclusividade do servidor estatutário. De outro lado, ao


celetista cabe o emprego público, que também é um conjunto de
atribuições, mas que se diferencia exclusivamente pelo vínculo que une
seus titulares ao Estado. Assim, funcionário (estatutário) será titular de um
cargo, empregado (celetista) será titular de um emprego.

Já a função se refere a uma atribuição específica, pelo Poder Público, a um


agente. Ou seja, é o acréscimo de algumas atribuições àquelas já
destinadas ao agente, no que concerne à chefia, direção ou
assessoramento. Assim, exige-se que, para exercê-la, já seja concursado. O
agente tem suas atividades normais dentro do cargo que ocupa e adquire
mais algumas, como, por exemplo, para ser chefe de uma seção. Em
contrapartida, há acréscimo na remuneração (art. 61, I). Essa possibilidade
está prevista no art. 37, V, da CF/88, e é chamada de função de confiança.

12

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Maria Sylvia Zanella di Pietro16 ainda lembra outra situação quando fala em
função, que é aquela “exercida por servidores contratados temporariamente
com base no art. 37, IX, para as quais não se exige, necessariamente
concurso público, porque, às vezes, a própria urgência da contratação é
incompatível com a demora do procedimento; a Lei nº 8.112/90 definia, no
artigo 233, § 3º, as hipóteses em que o concurso era dispensado; esse
dispositivo foi revogado pela Lei nº 8.745, de 9-12-93, que agora disciplina
a matéria, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.849, de 26-10-99”.

Assim, quer seja em um caso, quer seja noutro, não há necessidade de


prévio concurso público, pois, naquele, exige-se que já seja servidor, neste,
exige-se urgência na contratação. Bem por isso, o inciso II do art. 37 da
CF/88 o exige somente para investidura em cargo ou emprego, silenciando
quanto à função.

Por fim, reproduzo o art. 37, V, da CF/88:

As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Não é qualquer pessoa, no entanto, que pode assumir um cargo em


comissão ou função gratificada. Nessa linha, editou o STF, em 21/08/2008,
a Súmula Vinculante nº 13, com o seguinte teor:

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,


colateral ou por afinidade, até 3º grau, inclusive da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou ainda de função
gratificada da administração pública direta, indireta em qualquer
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.

16
Direito Administrativo. Cit., p. 439.
13

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Acrescento outras decisões do STF acerca da aplicação ou não da Súmula


em análise:

NEPOTISMO. SÚMULA VINCULANTE Nº 13. INAPLICABILIDADE AO


CASO. CARGO DE NATUREZA POLÍTICA. AGENTE POLÍTICO.
Impossibilidade de submissão do reclamante, Secretário Estadual
de Transporte, agente político, às hipóteses expressamente
elencadas na Súmula Vinculante nº 13, por se tratar de cargo de
natureza política.17

A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para


coibir a prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios
contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. O cargo de
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná reveste-
se, à primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que
exerce a função de auxiliar do Legislativo no controle da
Administração Pública.18

Atenção para não confundir: funções de confiança → servidores ocupantes


de cargo efetivo; cargos em comissão (=cargo em confiança) → servidores
de carreira ou não.

Nomeação x Posse x Exercício

Nomeação: é a única forma de provimento originário prevista no atual


ordenamento jurídico brasileiro; é a atribuição de um cargo a um servidor
independentemente de qualquer relação jurídica anterior com a
Administração. O pressuposto para a sua realização é a prévia aprovação
em concurso público, devendo ser formalizada durante o seu prazo de
validade e respeitada a sua ordem de classificação.

17
STF, Rcl 6.650 MC-AgR/PR, DJ 21/11/2008, Informativos 524 e 529. Excertos do
Informativo 524, Rcl 6.650 MC-AgR/PR: A nomeação de parentes para cargos políticos não
implica ofensa aos princípios que regem a Administração Pública, em face de sua natureza
eminentemente política, e que, nos termos da Súmula Vinculante 13, as nomeações para
cargos políticos não estão compreendidas nas hipóteses nela elencadas.
18
STF, Agr. na Med. Caut. em Rcl. 6.702/PR, Informativo 537 e 544. Veja também a Rcl
7.952/PI, onde foi concedida liminar permitindo o afastamento de um assessor de controle
interno do Tribunal de Contas (TC) estadual, sobrinho do esposo de uma conselheira do
próprio TC (decisão liminar de 06/04/2009).
14

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Súmula nº 16, STF: “Funcionário nomeado por concurso tem direito


à posse”.

Posse: é a aceitação, pelo servidor, das atribuições do cargo, momento em


que esse assume o compromisso de bem servir. Nesse momento forma-se a
relação jurídica: a Administração atribui o cargo e o servidor aceita-o,
formando-se, assim, o vínculo estatutário, o que se denomina investidura.
Portanto, com a nomeação tem-se provimento e com a posse faz-se a
investidura.

A posse deve ser feita com a assinatura do respectivo termo, no qual


deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os
direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício
previstos em lei. Esse ato só ocorre no provimento originário e nada impede
que seja realizado por meio de procuração específica.

O servidor tem o prazo de até 30 dias, contados da publicação do ato de


nomeação, para tomar posse, sob pena de a nomeação ficar sem efeito.
Caso o administrador dê posse fora desse prazo, o ato é inválido e não terá
efeito. Em caso de impedimento, esse prazo será contado do seu término.

Na oportunidade da posse, o servidor deve apresentar a sua declaração de


bens e valores. O objetivo dessa declaração é acompanhar a sua evolução
patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode caracterizar
Improbidade Administrativa (Lei nº 8429/92). Exige-se também a
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função
pública, para evitar acumulações ilegais, além da prévia inspeção médica
para atestar sua capacidade física e mental para o exercício do cargo.

Exercício: é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da


função de confiança (art. 13, Lei nº 8112/90). Efetivada a posse, o servidor
tem o prazo de 15 dias pra entrar em exercício a contar daquele ato, sob
pena de ser exonerado de ofício.
15

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Tratando-se de função de confiança, o servidor deve entrar em exercício na


data da publicação do ato de designação, sob pena de o ato ficar sem
efeito. Estando o servidor impedido em razão de licença ou afastamento, a
entrada em exercício deve ocorrer no primeiro dia após o término do
impedimento, que não pode exceder a 30 dias.

Nas hipóteses em que o servidor tenha exercício em outro município em


razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em
exercício provisório, terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo
desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo
necessário para o deslocamento para a nova sede.

A jornada semanal de trabalho do servidor terá duração máxima de 40h,


enquanto a jornada diária terá o limite mínimo de 6h e o máximo de 8h.
Para os ocupantes de cargo em comissão, o regime é de dedicação integral
ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da
Administração.

Formas de deslocamento

Nessa oportunidade, é importante tomar cuidado para não confundir formas


de provimento com formas de deslocamento, não havendo nesse último
atribuição de um novo cargo a um servidor, mas, somente o seu
deslocamento. O Estatuto definiu duas formas de deslocamento: a remoção
e a redistribuição.

Remoção: é um instituto utilizado pela Administração com o intuito de


aprimorar a prestação do serviço público, podendo ser usado, também, no
interesse do servidor, diante da ocorrência dos casos especificados na lei.
Trata-se de uma forma de deslocamento do servidor no âmbito do mesmo
quadro, com ou sem mudança de sede (art. 36). A lei admite três formas de
deslocamento: realizada de ofício pela Administração para atender aos seus

16

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

interesses; a pedido do servidor e deferida de acordo com a conveniência e


oportunidade da Administração; e as hipóteses em que o servidor pede e
tem direito subjetivo ao seu deferimento, isto é, independe do interesse da
Administração, o que ocorre nas seguintes circunstâncias:

a) Quando o pedido for para acompanhar cônjuge ou companheiro,


também servidor público civil ou militar, de qualquer dos poderes e
de qualquer ordem política, que foi deslocado no interesse da
Administração. Essa regra não pode ser utilizada para os servidores
que se deslocaram a pedido e que passaram no concurso quando o
cônjuge já era servidor em outra localidade;
b) Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou
dependente, desde que viva às suas expensas e que essa informação
conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação
por junta médica oficial;
c) Em virtude de processo seletivo promovido, na hipóteses em que o
número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo
com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que eles
estejam lotados.

Redistribuição: é o deslocamento de cargo de provimento efetivo,


ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão
ou entidade do mesmo Poder; com prévia apreciação do órgão competente
(art. 37). Esse deslocamento é possível dede que preenchidos os seguintes
requisitos: interesse da Administração, equivalência de vencimentos;
manutenção da essência das atribuições do cargo; vinculação entre os
graus de responsabilidade e complexidade das atividades; mesmo nível de
escolaridade, especialidade ou habilitação profissional, compatibilidade
entre as atribuições do cargo e as finalidades do órgão ou entidade.

A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força


de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de
reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. Nessa hipótese,

17

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

caso o servidor não seja redistribuído, este será colocado em


disponibilidade.

Vacância

Vacância é a terminologia técnica para descrever que o cargo público está


vago, é um fato administrativo que indica que determinado cargo público
não está provido, isto é, está sem titular. O rol de hipótese que geram a
vacância está previsto no art. 33, da Lei nº 8112/90:

1 – Exoneração: ocorre quando a dissolução do vínculo entre o servidor e


a administração se dá sem caráter punitivo, podendo, de acordo com os
arts. 35 e 35 da Lei, ocorrer em duas situações: em cargo efetivo a pedido
do servidor ou de ofício, ou de cargo em comissão a juízo da autoridade
competente ou a pedido do próprio servidor;

2 – Demissão: forma de penalidade disciplinar, cabível às hipóteses


descritas no art. 132, a qual seguida da indisponibilidade dos bens e
ressarcimento ao erário nas circunstâncias onde a conduta motivadora do
agente importar em lesão aos cofres públicos, aplicação irregular de
dinheiro público, corrupção ou improbidade administrativa;

3 – Promoção: constitui também uma das formas de provimento derivado


de cargo público, que se constitui de forma vertical, com ascensão
funcional. No âmbito federal, caberá à lei que fixar as diretrizes do sistema
de carreira na Administração Pública Federal, também estabelecer os
requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira,
mediante promoção, uma vez promovido o servidor, abre-se vaga pra o
cargo anteriormente ocupado;

4 – Readaptação: é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. É ao mesmo
tempo forma de investidura e vacância de cargo público. O servidor
readaptado passará a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas novas
18

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

limitações, deixando o anterior vago para ser ocupado por outro servidor
que preencha os requisitos de capacidade física ou mental;

5 – Aposentadoria: dá-se quando o servidor passa para a inatividade.


Trata-se de direito do servidor e ocorrerá de formas específicas: voluntária,
compulsória, por invalidez permanente e especial;

6 – Posse em outro cargo inacumulável: pode se dar como uma das


hipóteses previstas em lei autorizadora da demissão do servidor. Como
prevê o art. 133, detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de
cargos, emprego ou funções públicas, a autoridade competente notificará o
servidor para que opte por um dos cargos, emprego ou função no prazo de
10 dias. Este terá até o último dia do prazo da defesa do processo
administrativo disciplinar para efetivar sua escolha. Caso contrário,
configurar-se-á má-fé, aplicando-lhe a pena de demissão. Se, porém,
houver a escolha em tempo hábil do cargo, emprego ou função, sua
conduta converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro
cargo. Em ambas as hipóteses haverá vacância;

7 – Falecimento: como o próprio nome já sugere, é a hipótese gerada pelo


óbito do servidor.

Desinvestitura: exoneração x demissão

Desinvestidura é o ato administrativo através do qual o servidor é


destituído do cargo, representa o fim da relação jurídica funcional, gerando
a vacância do mesmo. As duas principais formas são: exoneração e a
demissão.

Exoneração: é o desligamento sem caráter sancionador, podendo ocorrer a


pedido do servidor que não deseja mais trabalhar naquele cargo da
Administração, ou por iniciativa e deliberação espontânea da Administração,
denominada por parte da doutrina de exoneração de oficio. Assim, a
exoneração por iniciativa da Administração pode ocorrer nas seguintes
hipóteses:
19

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

1 – Quando se tratar de cargo em comissão: essa hipótese também


denominada exoneração ad nutum, independe de qualquer motivação.
Tratando-se de cargo de livre nomeação e livre exoneração, em que a
escolha e a manutenção são baseadas na confiança;

2 – Quando o servidor, nomeado e empossado, não entrar em exercício no


prazo legal, o qual, para os servidores públicos federais, é de 15 dias a
contar da data da posse (art. 15, § 1º, RJU);

3 – Quando, em cargo efetivo e antes da estabilidade, o servidor não for


habilitado no estágio probatório ou não aprovado na avaliação especial de
desempenho, prevista no art. 14, § 4º, da CF/88 e realizada por uma
comissão instituída pra essa finalidade, com garantia do contraditório e da
ampla defesa;

4 – Quando, após a aquisição da estabilidade, o servidor é considerado


insatisfatório na avaliação periódica de desempenho, disposição do art. 41,
§ 1º, inciso III, da CF, que representa uma hipótese de perda da
estabilidade com a conseqüente exoneração do servidor, garantidos sempre
o contraditório e a ampla defesa. Essa avaliação depende de
regulamentação através de lei complementar, que deve definir critérios e
garantias para o procedimento, inclusive com regras especiais para os
servidores estáveis que desenvolvem atividades exclusivas de Estado (art.
247, CF);

5 – Para se adequar aos limites previstos no art. 169, CF, quanto às


despesas com pessoal. Esses limites devem ser definidos por lei
complementar, hoje LC nº 101/00, e os entes que estiverem fora da regra
devem reduzir os seus gastos inclusive exonerando servidores, se
necessário, conforme critérios definidos na própria Constituição;

6 – Quando o servidor estiver de boa-fé, em acumulação proibida, a


hipótese prevista no art. 133, § 5º, do RJU que garante ao servidor que

20

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

estiver acumulando ilegalmente a opção de escolher, no prazo de 10 dias,


com qual cargo deseja continuar. Não ocorrendo a escolha, será instaurado
o respectivo processo administrativo disciplinar para investigar a prática da
infração funcional de acumulação ilegal. Durante o processo, o servidor
ainda terá a chance de fazer opção até o prazo da defesa (5 dias),
oportunidade em que se reconhece a boa-fé do servidor e converte a sua
escolha em pedido de exoneração do cargo que não desejar mais. Caso a
opção não ocorra, comprovadas a infração funcional e a má-fé do servidor,
aplica-se a pena de demissão;

7 – A EC 51/06, introduziu o § 6º, do art. 198, da CF, que estabeleceu mais


uma hipótese de exoneração, disponde que o servidor que “exerça funções
equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate
às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos
requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício”, requisitos esses
hoje definidos na Lei nº 11.350/06.

A segunda hipótese de desinvestidura é a demissão, que tem a natureza de


sanção. Trata-se do desligamento do servidor do cargo que ocupa em razão
da prática de uma infração funcional grave; é pena.

A Lei nº 8112/90, em seu art. 132, enumera quais são as infrações


funcionais puníveis com a pena de demissão, exigindo sempre o respectivo
processo administrativo disciplinar, garantindo o contraditório e a ampla
defesa.

A pena de demissão pode ser transformada em pena de cassação ou


destituição, seguindo a Lei nº 8112/90. Prevê o estatuto que, quando o
servidor ocupante de um cargo efetivo pratica uma infração grave e está
em atividade, se comprovada em processo disciplinar, este será demitido.
Todavia, caso o servidor tenha praticado a mesma infração grave enquanto
esteve em atividade e, em data posterior, se aposentou ou entrou em
disponibilidade, a pena de demissão será convertida em cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.

21

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

E mais, caso o citado servidor ocupe um cargo em comissão ou função de


confiança e pratique a mesma infração grave, a pena de demissão será
convertida em destituição de cargo em comissão ou função de confiança.
Por fim, em razão da confiança exigida para esses cargos, caso o servidor
pratique uma infração média que para os demais servidores seria punível
com uma simples pena de suspensão, nesses cargos aplica-se a pena mais
grave de destituição. Portanto, servidor de cargo em comissão ou função de
confiança que pratique infração média ou grave será penalizado com a pena
de destituição e perderá o cargo.

O legislador, preocupado com a efetiva aplicação das diversas sanções


previstas pela lei, estabeleceu que, se o servidor estiver respondendo por
processo administrativo disciplinar, não poderá, enquanto não for julgado o
processo e cumprida a pena, exonerar-se a pedido ou aposentar-se de
forma voluntária (art. 172, RJU).

Ressalvada a restrição acima, ocorrendo a exoneração, seja porque


desconhecia a infração ou nas hipóteses praticadas de ofício pela
Administração, o ato de exoneração poderá ser convertido em pena de
demissão se comprovado, por meio de processo administrativo disciplinar,
que o servidor, enquanto em atividade praticou uma infração funcional
grave (art. 132). Da mesma forma, caso ele obtenha aposentadoria, essa
será cassada.

A situação inversa também é possível. Na hipótese em que o servidor foi


processado e ao final condenado, sofrendo a pena de demissão, se ficar
provada a sua inocência em processo de revisão julgado procedente, a
penalidade ficará sem efeito e o servidor terá direito de retornar para o seu
cargo com todos os seus direitos (art. 182). Contudo, quando tratar-se de
cargo em comissão, a demissão ficará sem efeito e será convertida em
exoneração, mas, nesse caso, o servidor não terá direito de retornar para o
cargo, porque a confiança ficou abalada.

22

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Quadro esquemático dos direitos e vantagens dos servidores

Remuneração

Modalidades: vencimentos e subsídio;

Não se admite remuneração inferior ao salário mínimo;

Fixação por meio de lei, ressalvadas algumas hipóteses expressas na CF,


como o Presidente da República, Ministros de Estado, Senadores e
Deputados Federais, além dos vereadores;

Sujeita ao teto remuneratório e aos princípios da irredutibilidade;

Vedada a vinculação ou equiparação;

Descontos: são possíveis em caso de falta sem motivo justificado; faltas


justificadas, a depender da chefia, é possível compensá-las não sendo
assim descontadas; e atrasos – sendo estes proporcionais;

Consignação em folha: é possível a critério do administrador, quando


autorizado pelo servidor;

Débito com o erário: servidor com débito superior a cinco vezes a


remuneração e que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria
ou disponibilidade cassada terá 60 doas para quitar o débito, sob pena de
inscrição na dívida ativa;

Penhora: o vencimento não pode ser objeto de penhora, arresto ou


seqüestro, salvo por débito alimentar.

23

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Indenizações

Não se incorporam ao vencimento/provento para qualquer efeito

Valores que são estabelecidos em regulamento

- para compensar as despesas de


instalação do servidor que, no
interesse do serviço, passar a ter
exercício em nova sede, com
mudança de domicílio em caráter
permanente;
Ajuda de custo
- é calculada sobre a remuneração
do servidor, conforme se dispuser
em regulamento, não podendo
exceder à importância
correspondente a 3 meses

- para compensar afastamento da


sede em caráter eventual ou
transitório para outro ponto do
território nacional ou para o
Diárias exterior;

- servem para indenizar despesas


extraordinárias com pousada,
alimentação, locomoção etc;

- dependem de regulamento
- para compensar despesas com a
utilização de meio próprio de
Transporte locomoção para a execução de
serviços externos, por força das
atribuições próprias do cargo;

- depende de regulamento
- para compensar despesas
comprovadamente realizadas pelo
servidor com aluguel de moradia ou
com meio de hospedagem
24

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

administrado por empresa hoteleira,


no prazo de um mês, após a
comprovação da despesa pelo
servidor;

- tem que atender aos requisitos da


lei (art. 60 – B);

Auxílio-moradia - não será concedido por prazo


superior a 8 anos dentro de cada
período de 12 anos;

- o valor é limitado a 25% do valor


do cargo em comissão, função
comissionada ou cargo de Ministro
de Estado ocupado;

- ocorrendo falecimento,
exoneração, colocação de imóvel
funcional à disposição do servidor ou
aquisição de imóvel, o auxílio-
moradia continuará sendo pago por
mais um mês.

25

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Gratificações e Adicionais

- as gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou


provento, nos casos e condições indicados em lei.

Função de direção, chefia e - lei específica estabelecerá a


assessoramento remuneração

- corresponde a 1/12 da
remuneração mensal do servidor,
Gratificação natalina por mês de exercício no respectivo
ano – será paga até o dia 20.12

Adicional de atividades - servidores que trabalhem com


insalubres, perigosas ou habitualidade em locais insalubres
penosas ou em contato permanente com
substâncias tóxicas, radioativas ou
com risco de vida (definido em lei
específica)

- remunerado com acréscimo de


50% em relação à hora normal,
Adicional de serviço respeitado o limite máximo de 2h
extraordinário por jornada

- prestado em horário compreendido


entre 22h e 5h do dia seguinte, terá
Adicional noturno o valor-hora acrescido de 25%,
computando-se cada hora como
52,30.

26

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

- corresponde a 1/3 da remuneração


do período de férias.
Adicional de férias

- devida ao servidor que, em caráter


eventual:

a) atuar como instrutor em curso de


formação, de desenvolvimento ou de
treinamento regularmente instituído
no âmbito da administração pública
federal;

b) participar de banca examinadora


ou de comissão para exames orais,
análise curricular, correção de
provas discursivas, elaboração de
questões de provas ou julgamento
de recursos intentados por
candidatos;

c) participar da logística de
Gratificação por encargo de preparação e de realização de
curso ou concurso concurso público envolvendo
atividades de planejamento,
coordenação, supervisão, execução
e avaliação de resultado, quando
tais atividades não estiverem
incluídas entre as suas atribuições
permanentes;

d) participar ou supervisionar a
aplicação de provas de exame
vestibular ou de concurso público.

- os critérios de concessão e os
limites da gratificação por
regulamento, observados os
parâmetros legais;

- não se incorpora ao vencimento ou


salário do servidor para qualquer
efeito e não poderá ser utilizada
como base de cálculo para quaisquer
outras vantagens, inclusive para fins
de cálculo dos proventos da
aposentadoria e das pensões.
- Podem ser instituídos outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho

27

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Férias

- 30 dias – podendo ser acumuladas até no máximo 2 períodos, salvo casos


previstos em lei específica;

- raio x ou substâncias radioativas – 20 dias por semestre, vedada


acumulação;

- primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de exercício;

- pagamento será efetuado 2 dias antes do início do período;

- parcelamento – até 3 etapas dede que assim requeridas pelo servidor, e


no interesse da administração pública;

- indenização – na exoneração de cargo efetivo, ou em comissão, há


indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao
incompleto, na proporção de um doze avos por mês do efetivo exercício;

- interrupção – por motivo de calamidade pública, comoção interna,


convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do
serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.

28

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Licenças
- A licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma
espécie será considerada prorrogação.
- doença do cônjuge ou
companheiro, dos pais, dos filhos,
do padrasto ou madrasta e enteado,
ou dependente que viva às suas
expensas;

- exige comprovação por junta


médica, quando a assistência for
Doença em pessoa da família indispensável e não puder ser
prestada simultaneamente;

- prazo: 30 dias + 30 dias com


remuneração e, ultrapassando, até
90 dias sem remuneração;

- não será concedida nova licença


em período inferior a 12 meses do
término da última licença concedida.
- para acompanhar cônjuge ou
companheiro que foi deslocado para
outro ponto do território nacional,
para o exterior ou para o exercício
Afastamento do cônjuge ou de mandato eletivo, podendo haver
companheiro exercício provisório em órgão ou
entidade da Administração Federal,
desde que para o exercício de
atividade compatível.
- será concedida por lei específica
mas, concluído o serviço militar, o
Serviço militar servidor terá ainda até 30 dias sem
remuneração para reassumir o
exercício do cargo.
- sem remuneração, durante o
período que mediar entre a sua
Atividade política escolha em convenção partidária,
como candidato a cargo eletivo, e a
véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça
Eleitoral e será afastado, a partir do
dia imediato ao do registro de sua
candidatura perante a Justiça
Eleitoral, até o décimo dia seguinte
ao do pleito (licença com
vencimentos pelo período de 3
meses)

29

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

- a cada 5 anos poderá afastar-se do


exercício do cargo efetivo, com a
Capacitação respectiva remuneração, por até 3
meses, para participar de curso de
capacitação profissional.
- poderão ser concedidas ao servidor
ocupante de cargo efetivo, desde
Interesses particulares que não esteja em estágio
probatório, licenças para o trato de
assuntos particulares pelo prazo de
até 3 anos consecutivos, sem
remuneração.
- sem remuneração para o
desempenho de mandato em
confederação, federação, associação
de classe de âmbito nacional,
sindicato representativo da categoria
ou entidade fiscalizadora da
Mandato classista profissão, ou, ainda, para participar
de gerência ou administração em
sociedade cooperativa constituída
por servidores públicos para prestar
serviços a seus membros, terá
duração igual a do mandato,
podendo ser prorrogada, no caso de
reeleição, e por uma única vez.

30

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Afastamentos
- pode ser utilizado para servir em
cargo em comissão ou função de
confiança ou em casos previstos em
leis específicas;

- para órgãos ou entidades dos


Estados, DF ou dos Municípios, o
ônus da remuneração será do órgão
Servir a outro órgão ou entidade ou entidade cessionária, mantido o
ônus para o cedente nos demais
casos;

- se EP ou SEM e o servidor optar


pela remuneração do cargo efetivo
acrescida de percentual da
retribuição do cargo em comissão, a
entidade cessionária efetuará o
reembolso das despesas realizadas
pelo órgão ou entidade de origem.
Mandato eletivo - quando vedada a acumulação:
art. 38, CF e art. 94, RJU.
- será concedida desde que a
participação não possa ocorrer
simultaneamente com o exercício do
cargo ou mediante compensação de
horário;

Participação em programa de - mantém a remuneração;


pós-graduação stricto sensu no
país - os beneficiados terão que
permanecer no exercício de suas
funções após o seu retorno por um
período igual ao do afastamento
concedido, devendo, caso contrário,
ressarcir o órgão ou entidade dos
gastos com seu aperfeiçoamento;
isso também ocorrerá caso o
servidor não obtenha o título ou
grau que justificou seu afastamento,
salvo na hipótese comprovada de
força maior ou de caso fortuito.
- a ausência não excederá a 4 anos
e, finda a missão ou estudo,
somente decorrido igual período,
será permitida nova ausência;
Estudo ou missão no Exterior
31

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

- não será concedida exoneração ou


licença para tratar de interesse
particular antes de decorrido período
igual ao do afastamento, ressalvada
a hipótese de ressarcimento da
despesa havida com seu
afastamento.

Concessões
- 1 dia

Doação de sangue

- 2 dias

Alistamento eleitoral

- 8 dias

Casamento

- 8 dias

Falecimento do cônjuge,
companheiro, pais, madrasta ou
padrasto, filhos, enteados,
menor sob guarda ou tutela e
irmãos

- utilizado nas seguintes hipóteses:

Horário especial a) para estudante, quando


comprovada a incompatibilidade
entre o horário escolar e o da
repartição, sem prejuízo do exercício
do cargo, com compensação de
horário;

b) para portador de deficiência,


quando comprovada a necessidade
por junta médica oficial,
independentemente de
compensação de horário;

32

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

c) para servidor que tenha cônjuge,


filho ou dependente portador de
deficiência física, exigindo-se,
porém, compensação de horário;

d) para servidor que desempenhe


atividade prevista nos incisos I e II
do art. 76-A, quais sejam:

I – atuar como instrutor em curso


de formação, de desenvolvimento ou
de treinamento regularmente
instituído no âmbito da
administração pública federal;

II – participar de banca
examinadora ou de comissão de
análise de currículos, fiscalizar ou
avaliar provas de exames vestibular
ou de concurso público, ou
supervisionar essas atividades.

PARA GUARDAR!

Agentes Públicos

É todo aquele que exerce algum tipo


de serviço para o Estado, ainda que
Conceito transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação
ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função.

Agentes políticos: São os que


compõem os altos escalões do
Governo, como Presidente da
República, Governador, Prefeito,
Senador, Deputado, Vereador e
Magistrado, com características,
prerrogativas e privilégios próprios,
Espécies em geral estabelecidos pela
Constituição Federal;

33

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Agentes em delegação: São


aqueles particulares que recebem do
Estado a competência para executar
determinada atividade pública, ou
prestação de serviço público ou,
ainda, construção de obra pública.
Citem-se os leiloeiros, peritos,
tradutores, concessionários,
permissionários e autorizatários.
Servidores públicos em sentido
amplo: são todos os que prestam
serviços ao Estado, incluindo a
Administração Pública Indireta,
tendo vínculo empregatício e pagos
pelos cofres públicos. São também
chamados de agentes
administrativos. Nessa classificação
estão tanto os servidores
estatutários, sujeitos ao regime
legal (Lei nº 8.112/90), quanto os
empregados públicos, do regime
contratual, além dos temporários,
nos termos do art. 37, IX, da CF/88.

São os titulares de cargos públicos e


estão sujeitos ao regime legal, ou
estatutário, pois é lei de cada ente
Servidor estatutário da federação (União, Estados-
membros, Distrito Federal e
Municípios) que estabelece as regras
de relacionamento entre os
servidores e a Administração
Pública.

São aqueles contratados, seguindo o


regime trabalhista, próprio da
iniciativa privada. Assim, devem
obedecer a Consolidação das Leis do
Empregados públicos Trabalho (CLT), bem como as regras
impostas pela CF/88, como acesso
mediante concurso público (art. 37,
II, CF/88), limitações de
remuneração (art. 37, XI, CF/88) e
acumulação remunerada de cargos e
empregos públicos (art. 37, XVI e
XVII, CF/88).

34

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

São aqueles contratados para


atividades transitórias,
emergenciais, submetidos a um
regime jurídico especial, como, na
Temporários esfera federal, disciplinado pela Lei
nº 8.745/93. A lei que trate desse
tipo de situação não pode
estabelecer hipóteses abrangentes e
genéricas de contratação
temporária, sem a especificação da
contingência fática que evidencie tal
situação excepcional, sob pena de
inconstitucionalidade. Essa classe
está prevista, como mencionado, no
art. 37, IX, da CF/88, e também tem
seus litígios submetidos à Justiça
Federal, quando contratados por
entidade dessa esfera

PARA GUARDAR!

Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
na forma da lei (art. 37, I, da CF/88).

Cargo:

Lei nº 8112/90, art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e


responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor.

Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são


criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.

35

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

A relação dos requisitos é meramente exemplificativa, podendo a lei exigir


outros, de acordo com as atribuições do cargo. Incabível restringir, no Edital
do Concurso, o que a lei não limitou.
Súmula 686, do STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a
habilitação de candidato a cargo público.
A exigência de habilitação para o exercício do cargo objeto do certame dar-
se-á no ato da posse e não da inscrição do concurso (STF, RE 392.976/MG,
DJ 08/10/2004).
Os cargos em comissão são os de livre nomeação e exoneração, não
necessitam de concurso público e não oferecem qualquer garantia de
permanência ao seu titular, posto que transitórios. Essa característica é
dada pela lei que cria o cargo, nos casos em que é necessário um liame de
confiança entre determinada autoridade e o titular de cargo de direção,
chefia ou assessoria. A lei também indica a autoridade competente para
fazer a nomeação.
É o caso dos assessores ou diretores, onde é fundamental o envolvimento
entre estes e a autoridade que os nomeia.
Apesar de ser livre a nomeação, a lei pode estabelecer certas regras, o que
não desvirtua essa característica do cargo. Assim, pode determinar idade
mínima de vinte e um anos, como no citado caso dos Ministros de Estado
(art. 87, CF/88), exigir diploma de bacharel em Direito, para os Diretores de
Secretaria na Justiça Federal, proibir nomeações de determinados parentes
etc.
A exoneração não precisa ser motivada, sendo ato puramente
discricionário da autoridade competente para nomear; diz-se, por isso, que
a exoneração é ad nutum.

Emprego:

Emprego público é um conjunto de atribuições, mas que se diferencia do


cargo pelo vínculo que une seus titulares ao Estado. Assim, o estatutário
(regido por um estatuto que no âmbito federal é a Lei nº 8112/90) será
titular de um cargo (ex. servidor do INSS, TRE), já o empregado (regido
pela CLT) será titular de um emprego (ex. empregado dos Correios, Banco
do Brasil, Petrobras).

Função:

Já a função refere-se a uma atribuição específica, pelo poder Público, a um


agente. É o acréscimo de algumas atribuições àquelas já destinadas ao
agente, no que concerne à chefia, direção ou assessoramento. Assim,
exige-se que, para exercê-la, já seja concursado.

36

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Art. 37, V, da CF/88: As funções de confiança, exercidas exclusivamente


por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento

PATTYDICAS!

1. O gênero agentes públicos abrange todas as pessoas que, de uma


forma ou de outra, mesmo que transitoriamente e sem remuneração,
prestam algum tipo de serviço ao Estado;
2. Entre os agentes, encontram-se três espécies principais, quais sejam,
os agentes políticos, os agentes em delegação e os servidores
públicos.
3. A estabilidade é uma garantia de ordem constitucional deferida aos
ocupantes de cargos públicos de provimento efetivo, com o intuito de
assegurar sua permanência no cargo, enquanto atendidos os
requisitos legais.
4. São quatro as possibilidades de perda do cargo do servidor estável: I
– em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II –
mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa; III – mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho; IV – para o cumprimento dos limites com a despesa
com pessoal ativo e inativo.
5. Todo servidor é responsável por suas ações e omissões, envolvendo
as esferas civil, penal e administrativa, e por elas responde quando
do exercício irregular de suas atribuições;
6. A responsabilidade civil decorre tanto de ato omissivo quanto de
comissivo, seja ele doloso ou culposo, desde que resulte em prejuízo
ao erário ou a terceiros;
7. A responsabilidade do Estado por danos que seus agentes causarem
a terceiros é objetiva, ou seja, independe de dolo ou culpa;
8. A responsabilidade do servidor é subjetiva, depende de comprovação
de culpa lato sensu para que venha a responder pelo prejuízo;
9. Se falecer o servidor devedor, a obrigação de reparar o dano
estende-se aos sucessores e, contra eles, será executados, até o
limite do valor da herança recebida.

10.Em havendo necessidade de deslocamento do servidor da sede, em


caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território
nacional ou para o exterior, por razões do serviço, receberá
indenização relativa a todos os custos do afastamento, ou seja,
passagens e diárias destinadas a fazer face às parcelas de despesas
extraordinárias com pousadas, alimentação e locomoção urbana,
conforme se dispuser em regulamento.

37

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

11.Se o servidor receber diárias e não se afastar da sede, por


qualquer motivo, ficará obrigado a restituí-las integralmente,
no prazo de 5 dias.

12.Havendo deslocamento, porém retornando à sede em prazo


menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as
diárias recebidas em excesso, no mesmo prazo (Lei nº 8112/90,
art. 59).

13.Se não houver devolução, poderá haver desconto na


remuneração do servidor (Lei nº 8112/90, art. 49).

Há duas formas de retorno do servidor aposentado à ativa por meio


da reversão:

1. A primeira refere-se ao aposentado por invalidez que deixou


de ser inválido (Lei nº 8.112/90, art. 25, I): neste caso, como é do
interesse da Administração Pública, encontrando-se provido o cargo,
o servidor exercerá as suas atribuições como excedente, até a
ocorrência de vaga (art. 25, § 3º);

2. A segunda hipótese de reversão ocorre no interesse da


Administração, desde que sejam atendidos, pelo aposentado, os
seguintes requisitos:

a) Tenha solicitado a reversão;


b) A aposentadoria tenha sido voluntária;
c) Estável quando na atividade;
d) A aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à
solicitação;
e) Haja cargo vago.

Os cinco requisitos são cumulativos, na falta de um deles, não será


possível a reversão a pedido.

No caso do inválido que sofre a reversão, não havendo cargo vago,


exercerá as atribuições como excedente. Na segunda hipótese, não
havendo vaga, não poderá ser deferido o pedido.

Em ambas as hipóteses, a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no


cargo resultante de sua transformação (art. 25, § 1º) e não poderá
ser efetivada no caso de aposentado que já tenha completado 70
anos de idade (art. 25).

No que diz respeito à remuneração, o servidor que retornar à atividade


por interesse da Administração perceberá, em substituição aos
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a
exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que
percebia anteriormente à aposentadoria, revertendo os prejuízos
financeiros que eventualmente teve com a mesma (art. 25, § 4º).

38

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

A gratificação por encargo de curso ou concurso é devida ao


servidor que, em caráter eventual:

1. Atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento


ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da
administração pública federal;
2. Participar de banca examinadora ou de comissão para exames
orais, análise curricular, correção de provas discursivas, elaboração
de questões de provas ou julgamento de recursos intentados por
candidatos;
3. Participar da logística de preparação e de realização de
concurso público envolvendo atividades de planejamento,
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando
tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições
permanentes;
4. Participar ou supervisionar a aplicação de provas de exame
vestibular ou de concurso público.

A referida gratificação não se incorpora ao vencimento ou salário do


servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo
dos proventos da aposentadoria e das pensões.

Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes


Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

O direito de petição é o direito que todo servidor tem de pedir, requerer aos
Poderes Públicos, em defesa de direitos ou interesse legítimo, seja férias,
licença, reintegração, reversão, horário especial de estudante, cópias de um
processo administrativo, promoção etc.

Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para


decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver
imediatamente subordinado o requerente.

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver


expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
(Vide Lei nº 12.300, de 2010)

Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que


tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco)
dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

39

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à


que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em
escala ascendente, às demais autoridades.

§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que


estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou


de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo
interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a


juízo da autoridade competente.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração


ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 110. O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de


aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e
créditos resultantes das relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando


outro prazo for fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da


publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado,
quando o ato não for publicado.

Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,


interrompem a prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada


pela administração.

Ser a prescrição de ordem pública significa que o interesse do Estado em


manter a ordem pública prevalece, não podendo abrir mão dos prazos,
recebendo recurso a destempo. Por isso, são fatais e improrrogáveis os
prazos aqui estabelecidos, salvo motivo de força maior, que são
acontecimentos imprevisíveis e estão fora do alcance das partes.

Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do


processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele
constituído.

Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo,


quando eivados de ilegalidade.
40

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste


Capítulo, salvo motivo de força maior.

Nos termos da Lei no 8.112/90, é assegurado ao servidor o direito de


requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

Lista de questões da aula 3

1. (ESAF/PFN/2004) Assinale a opção que não constitui forma de


provimento de cargo público, nos termos da Lei no 8.112, de 1990.
a) promoção
b) readaptação
c) transferência
d) aproveitamento
e) recondução

2. (ESAF/PFN/2004) Reversão é forma de provimento de cargo público,


pelo retorno à atividade de servidor aposentado. Sobre o assunto, assinale
a opção incorreta.
a) Na hipótese de reversão, o tempo em que o servidor estiver em exercício
não será considerado, para concessão de aposentadoria.
b) O retorno à atividade, no interesse da Administração, somente será
possível se a aposentadoria tiver sido voluntária.
c) A reversão no interesse da Administração só é aplicável a servidor que
era estável, quando em atividade.
d) O servidor que retornar à atividade por interesse da administração
perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração
do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza
pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
e) Não é possível a reversão no interesse da Administração se a
aposentadoria tiver ocorrido há mais de 5 (cinco) anos da data da
solicitação.

3. (ESAF/TÉCNICO MPU/2004) A Lei nº 8.112/90, que dispõe sobre o


regime jurídico, do servidor público federal, prevê várias formas de
provimento e vacância de cargos efetivos, algumas das quais,
necessariamente, são comuns e simultâneas a ambas, como é o caso

41

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

a) do aproveitamento.
b) da disponibilidade.
c) da reintegração
d) da reversão.
e) da readaptação.

4. (ESAF/Analista MPU/2004) Não se inclui nas exigências para a


ocorrência da reversão do servidor aposentado, quando de interesse da
administração,
a) o servidor ter solicitado a reversão.
b) a aposentadoria ter ocorrido nos dois anos anteriores à solicitação.
c) o servidor ser estável quando na atividade.
d) a existência de cargo vago.
e) a aposentadoria ter sido voluntária.

5. (ESAF/Analista MPU/2004) A respeito da estabilidade dos servidores


públicos e dos membros do Ministério Público da União (MPU) com base na
Constituição Federal e legislação correspondente, assinale a opção correta.
a) Ambos se tornam estáveis após o decurso do mesmo lapso temporal de
exercício.
b) Os estáveis não podem ser demitidos.
c) A vitaliciedade é um atributo comum aos servidores públicos e aos
membros do Ministério Público.
d) São estáveis os servidores públicos federais após 3 anos de efetivo

exercício.

e) Os membros do MPU são estáveis após três anos de exercício.

6. (PFN/ESAF/2006) Em 1981, João passou a ocupar, sem prévia


aprovação em concurso público, um cargo efetivo de auxiliar administrativo,
em administração direta municipal. Em 1985, seu irmão, Tomás, passou a
ocupar cargo efetivo de fiscal, em autarquia vinculada ao Ministério da
Fazenda, também sem prévia aprovação em concurso público. Levando em
conta que a lei não declara tais cargos como de livre exoneração, que
ambos permanecem em exercício desde a data de suas posses, bem assim
as disposições de nossa Constituição Federal sobre a matéria, é correto
afirmar que, na atualidade

42

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

a) João e Tomás são servidores estáveis.


b) João é servidor estável; Tomás, não.
c) Tomás é servidor estável; João, não.
d) por terem ingressado no serviço público sem prévia aprovação em
concurso, nenhum dos dois detém estabilidade nos cargos que ocupam.
e) não há informações suficientes, no comando desta questão, para saber
se João e Tomás são servidores estáveis.

7. (PFN/ESAF/2006) Nos termos da Lei n. 8.112/90, entende-se como o


deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito
do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder
a) a redistribuição.
b) a remoção.
c) a cessão.
d) a disponibilidade.
e) a substituição.

8. (ESAF/AFC-CGU/2008) São formas de provimento de cargo público,


exceto:
a) aproveitamento.
b) transferência.
c) recondução.
d) promoção.
e) reversão.

9. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) Assinale a opção incorreta, nos termos da


Constituição Federal de 1988, o que ocorre caso seja invalidada, por
sentença judicial, a demissão de servidor estável.
a) Será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável,
reconduzido ao cargo de origem.
b) O servidor estável, quando posto em disponibilidade em virtude de
extinção do cargo, após ser reintegrado, perceberá remuneração até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.
c) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável
ficará em disponibilidade.

43

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

d) O eventual ocupante da vaga, ao ser reconduzido ao cargo de origem,


faz jus à indenização, visto que não agiu de má-fé.
e) A aquisição da estabilidade exige lapso temporal de efetivo exercício e
avaliação especial de desempenho de forma obrigatória.

10. (ESAF/TFC-CGU/2008) Sobre a Administração Pública, é correto


afirmar que:
a) o prazo de validade do concurso público será de até quatro anos,
prorrogável uma vez, por igual período.
b) somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a

instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de

fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas

de sua atuação.

c) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, estando vedado o acesso
pelos estrangeiros, na forma da lei.
d) é garantido aos servidores civis e militares o direito à livre associação
sindical.
e) a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para
efeito de remuneração de pessoal do serviço público tem amparo na
Constituição.

11. (ESAF/AFC-STN/2008) Assinale a opção correta acerca da


estabilidade assegurada pela Constituição Federal aos servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
a) São estáveis após dois anos de efetivo exercício.
b) O procedimento de avaliação periódica de desempenho não pode ensejar
a perda do cargo do servidor público estável.
c) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao
cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade, garantida remuneração integral.
d) Até que seja adequadamente aproveitado em outro cargo, o servidor
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo
de serviço, quando o cargo que ocupar for declarado desnecessário ou
extinto.

44

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

e) A Constituição Federal faculta que a Administração adote o instrumento


da avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade como condição para a aquisição da estabilidade.

12. (ESAF/AFC-STN/2008) Em relação ao regime jurídico dos servidores


públicos, pode-se afirmar corretamente:
a) a investidura em todo e qualquer cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei.
b) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será
convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira.
c) são condições para a aquisição da estabilidade aos servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público: dois anos
de efetivo exercício e avaliação especial de desempenho por comissão
constituída para essa finalidade.
d) adquirida a estabilidade, o servidor público passa a ter direito adquirido
ao regime estatutário a que está submetido, diferentemente do que ocorre
com as relações contratuais trabalhistas.
e) o servidor público estável somente perderá o cargo em virtude de
sentença judicial transitada em julgado ou mediante procedimento de
avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
13. (ESAF/ATA-MF/2009) Acerca do provimento de cargos públicos
federais, regulado pela Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, assinale a
opção incorreta.
a) São requisitos básicos para a investidura em cargo público, entre outros,
a nacionalidade brasileira, o gozo dos direitos políticos e a idade mínima de
dezoito anos.
b) A posse em cargo público é ato pessoal e intransferível, sendo proibida a
sua realização mediante procuração.
c) A posse deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias contados da
publicação do ato de provimento, sob pena de ser o ato tornado sem efeito.
d) Os concursos públicos podem ter validade de até 2 (dois) anos, possível
uma única prorrogação, por igual período.
e) A contar da posse em cargo público, o servidor tem o prazo de 15
(quinze) dias para entrar em exercício.

45

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

14. (ESAF/ANA/2009) Um servidor público federal estável foi demitido


após processo administrativo disciplinar. Inconformado com a decisão,
ajuizou uma ação em que requereu a anulação da decisão administrativa.
Ao final de seu processamento, o servidor obteve decisão transitada em
julgado favorável a seu pedido. Nos termos da Lei n. 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, a fim de que o servidor retorne a seu cargo de origem,
ainda existente, a decisão judicial deverá ter determinado sua
a) readaptação.
b) reintegração.
c) reversão.
d) recondução.
e) disponibilidade.

15. (ESAF/Receita/Analista/2012) Quanto às regras impostas aos


servidores públicos federais, consoante disposição da Lei n. 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, é correto afirmar que:

a) para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com


o qual coopere, o afastamento do servidor dar-se-á sem prejuízo da
remuneração.

b) o servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial


sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do
Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

c) para a participação do servidor em programa de pós- graduação stricto


sensu em instituição de ensino superior no País, é necessária a
compensação de horário, sem possibilidade de afastamento do exercício do
cargo.

d) ainda que no estágio probatório, a critério da administração, poderão ser


concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo licenças para o trato de
assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem
remuneração.

e) durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção


partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Federal, o servidor não terá direito a licença.

16. (ESAF/PGFN/Procurador/2012) No que se refere ao direito de


petição, consoante previsto na Lei n. 8.112, de 1990, assinale a opção
correta.

a) As normas que tratavam de tal direito especificamente no Estatuto do


Servidor Público Federal encontram-se revogadas.

46

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

b) O servidor demitido tem 120 (cento e vinte) dias para requerer a revisão
do ato demissório, sob pena de preclusão administrativa.

c) Os recursos administrativos deverão ser dirigidos à autoridade que


proferiu a decisão, que os encaminharão à autoridade superior, caso não
reconsidere sua decisão.

d) Os recursos interpostos têm efeito suspensivo, razão pela qual


interrompem a prescrição.

e) Admite-se, excepcionalmente, a prorrogação do prazo para o exercício do


recurso administrativo.

Gabarito

1 C 11 D

2 A 12 B

3 E 13 B

4 B 14 B

5 D 15 B

6 B 16 E

7 A

8 B

9 D

10 B

47

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Lista de questões comentadas da aula 3

1. (ESAF/PFN/2004) Assinale a opção que não constitui forma de


provimento de cargo público, nos termos da Lei no 8.112, de 1990.
a) promoção
b) readaptação
c) transferência
d) aproveitamento
e) recondução

Gabarito: C

Comentários: O art. 23, Lei nº 8.112/90, que previa a transferência, foi


tido por inconstitucional pelo STF, e foi revogado pela Lei nº 9.527, de
10/12/97.

2. (ESAF/PFN/2004) Reversão é forma de provimento de cargo público,


pelo retorno à atividade de servidor aposentado. Sobre o assunto, assinale
a opção incorreta.
a) Na hipótese de reversão, o tempo em que o servidor estiver em exercício
não será considerado, para concessão de aposentadoria.
b) O retorno à atividade, no interesse da Administração, somente será
possível se a aposentadoria tiver sido voluntária.
c) A reversão no interesse da Administração só é aplicável a servidor que
era estável, quando em atividade.
d) O servidor que retornar à atividade por interesse da administração
perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração
do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza
pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
e) Não é possível a reversão no interesse da Administração se a
aposentadoria tiver ocorrido há mais de 5 (cinco) anos da data da
solicitação.

Gabarito: A
48

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Comentários: art. 25, § 2º, Lei nº 8.112/90: o tempo em que o servidor


estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria.

3. (ESAF/TÉCNICO MPU/2004) A Lei nº 8.112/90, que dispõe sobre o


regime jurídico, do servidor público federal, prevê várias formas de
provimento e vacância de cargos efetivos, algumas das quais,
necessariamente, são comuns e simultâneas a ambas, como é o caso
a) do aproveitamento.
b) da disponibilidade.
c) da reintegração
d) da reversão.
e) da readaptação.

Gabarito: E

Comentários: Nos termos dos arts. 8º e 33, Lei nº 8.112/90, são


simultaneamente formas de provimento e de vacância de cargos públicos a
promoção; readaptação. Segundo a doutrina, também o é a recondução,
pois, em todos esses casos, há, ao mesmo tempo, um cargo que fica vago e
outro que é ocupado.

4. (ESAF/Analista MPU/2004) Não se inclui nas exigências para a


ocorrência da reversão do servidor aposentado, quando de interesse da
administração,
a) o servidor ter solicitado a reversão.
b) a aposentadoria ter ocorrido nos dois anos anteriores à solicitação.
c) o servidor ser estável quando na atividade.
d) a existência de cargo vago.
e) a aposentadoria ter sido voluntária.

Gabarito: B

Comentários: De acordo com o art. 25, Lei nº 8.112/90: reversão é o


retorno à atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta
médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou II -
no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.

49

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

5. (ESAF/Analista MPU/2004) A respeito da estabilidade dos servidores


públicos e dos membros do Ministério Público da União (MPU) com base na
Constituição Federal e legislação correspondente, assinale a opção correta.
a) Ambos se tornam estáveis após o decurso do mesmo lapso temporal de
exercício.
b) Os estáveis não podem ser demitidos.
c) A vitaliciedade é um atributo comum aos servidores públicos e aos
membros do Ministério Público.
d) São estáveis os servidores públicos federais após 3 anos de efetivo

exercício.

e) Os membros do MPU são estáveis após três anos de exercício.

Gabarito: D

Comentários: De acordo com o art. 41, CF/88: são estáveis após três
anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público. Art. 128, § 5º, CF/88: leis
complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as
atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas,
relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a)
vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo
senão por sentença judicial transitada em julgado.

6. (PFN/ESAF/2006) Em 1981, João passou a ocupar, sem prévia


aprovação em concurso público, um cargo efetivo de auxiliar administrativo,
em administração direta municipal. Em 1985, seu irmão, Tomás, passou a
ocupar cargo efetivo de fiscal, em autarquia vinculada ao Ministério da
Fazenda, também sem prévia aprovação em concurso público. Levando em
conta que a lei não declara tais cargos como de livre exoneração, que
ambos permanecem em exercício desde a data de suas posses, bem assim
as disposições de nossa Constituição Federal sobre a matéria, é correto
afirmar que, na atualidade
a) João e Tomás são servidores estáveis.
b) João é servidor estável; Tomás, não.
c) Tomás é servidor estável; João, não.
d) por terem ingressado no serviço público sem prévia aprovação em
concurso, nenhum dos dois detém estabilidade nos cargos que ocupam.
e) não há informações suficientes, no comando desta questão, para saber
se João e Tomás são servidores estáveis.
50

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Gabarito: B

Comentários: Segundo dispõe a CF/88, ADCT, art. 19, os servidores


públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da
administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na
data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos
continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art.
37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público. Assim,
são estáveis aqueles que, cumpridos os demais requisitos, ingressaram
antes de 05/10/1983.

7. (PFN/ESAF/2006) Nos termos da Lei n. 8.112/90, entende-se como o


deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito
do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder
a) a redistribuição.
b) a remoção.
c) a cessão.
d) a disponibilidade.
e) a substituição.

Gabarito: A

Comentários: De acordo com a Lei nº 8.112/90, art. 37, Redistribuição é


o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no
âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Poder (...).

8. (ESAF/AFC-CGU/2008) São formas de provimento de cargo público,


exceto:
a) aproveitamento.
b) transferência.
c) recondução.
d) promoção.
e) reversão.

Gabarito: B

51

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Comentários: Transferência é a passagem de servidor de um cargo para


outro, pertencente a quadro de pessoal diverso, sem o indispensável
concurso público, declarada inconstitucional pelo STF.

9. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) Assinale a opção incorreta, nos termos da


Constituição Federal de 1988, o que ocorre caso seja invalidada, por
sentença judicial, a demissão de servidor estável.
a) Será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável,
reconduzido ao cargo de origem.
b) O servidor estável, quando posto em disponibilidade em virtude de
extinção do cargo, após ser reintegrado, perceberá remuneração até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.
c) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável
ficará em disponibilidade.
d) O eventual ocupante da vaga, ao ser reconduzido ao cargo de origem,
faz jus à indenização, visto que não agiu de má-fé.
e) A aquisição da estabilidade exige lapso temporal de efetivo exercício e
avaliação especial de desempenho de forma obrigatória.

Gabarito: D

Comentários: De acordo com a CF/88, art. 41, § 2º: Invalidada por


sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem,
sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

10. (ESAF/TFC-CGU/2008) Sobre a Administração Pública, é correto


afirmar que:
a) o prazo de validade do concurso público será de até quatro anos,
prorrogável uma vez, por igual período.
b) somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a

instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de

fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas

de sua atuação.

c) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, estando vedado o acesso
pelos estrangeiros, na forma da lei.
52

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

d) é garantido aos servidores civis e militares o direito à livre associação


sindical.
e) a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para
efeito de remuneração de pessoal do serviço público tem amparo na
Constituição.

Gabarito: B

Comentários: De acordo com a CF/88, art. 37, III - o prazo de validade do


concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação. I - os cargos, empregos e funções públicas são
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,
assim como aos estrangeiros, na forma da lei. XIII - é vedada a vinculação
ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público. VI - é garantido ao servidor
público civil o direito à livre associação sindical. Art. 142, § 3º Os membros
das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além
das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: IV - ao
militar são proibidas a sindicalização e a greve.

11. (ESAF/AFC-STN/2008) Assinale a opção correta acerca da


estabilidade assegurada pela Constituição Federal aos servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
a) São estáveis após dois anos de efetivo exercício.
b) O procedimento de avaliação periódica de desempenho não pode ensejar
a perda do cargo do servidor público estável.
c) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao
cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade, garantida remuneração integral.
d) Até que seja adequadamente aproveitado em outro cargo, o servidor
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo
de serviço, quando o cargo que ocupar for declarado desnecessário ou
extinto.
e) A Constituição Federal faculta que a Administração adote o instrumento
da avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade como condição para a aquisição da estabilidade.

Gabarito: D

53

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Comentários: São estáveis após três anos de efetivo exercício. O


procedimento de avaliação periódica de desempenho pode ensejar a perda
do cargo do servidor público estável. Invalidada por sentença judicial a
demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço. A Constituição Federal
determina que a Administração adote o instrumento da avaliação especial
de desempenho por comissão instituída para essa finalidade como condição
para a aquisição da estabilidade.

12. (ESAF/AFC-STN/2008) Em relação ao regime jurídico dos servidores


públicos, pode-se afirmar corretamente:
a) a investidura em todo e qualquer cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei.
b) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será
convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira.
c) são condições para a aquisição da estabilidade aos servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público: dois anos
de efetivo exercício e avaliação especial de desempenho por comissão
constituída para essa finalidade.
d) adquirida a estabilidade, o servidor público passa a ter direito adquirido
ao regime estatutário a que está submetido, diferentemente do que ocorre
com as relações contratuais trabalhistas.
e) o servidor público estável somente perderá o cargo em virtude de
sentença judicial transitada em julgado ou mediante procedimento de
avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Gabarito: B

Comentários: A investidura em cargo ou emprego público, em regra,


depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei. São condições para a aquisição da estabilidade
aos servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público: três anos de efetivo exercício e avaliação especial de
desempenho por comissão constituída para essa finalidade. Ainda que
adquirida a estabilidade, o servidor público não tem adquirido ao regime
estatutário a que está submetido. O servidor público estável perderá o
cargo, entre outras hipóteses, em virtude de sentença judicial transitada

54

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

em julgado ou mediante procedimento de avaliação periódica de


desempenho assegurada ampla defesa.

13. (ESAF/ATA-MF/2009) Acerca do provimento de cargos públicos


federais, regulado pela Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, assinale a
opção incorreta.
a) São requisitos básicos para a investidura em cargo público, entre outros,
a nacionalidade brasileira, o gozo dos direitos políticos e a idade mínima de
dezoito anos.
b) A posse em cargo público é ato pessoal e intransferível, sendo proibida a
sua realização mediante procuração.
c) A posse deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias contados da
publicação do ato de provimento, sob pena de ser o ato tornado sem efeito.
d) Os concursos públicos podem ter validade de até 2 (dois) anos, possível
uma única prorrogação, por igual período.
e) A contar da posse em cargo público, o servidor tem o prazo de 15
(quinze) dias para entrar em exercício.

Gabarito: B

Comentários: Segundo a Lei nº 8.112/90, art. 13, § 3º, a posse poderá


dar-se mediante procuração específica.

14. (ESAF/ANA/2009) Um servidor público federal estável foi demitido


após processo administrativo disciplinar. Inconformado com a decisão,
ajuizou uma ação em que requereu a anulação da decisão administrativa.
Ao final de seu processamento, o servidor obteve decisão transitada em
julgado favorável a seu pedido. Nos termos da Lei n. 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, a fim de que o servidor retorne a seu cargo de origem,
ainda existente, a decisão judicial deverá ter determinado sua
a) readaptação.
b) reintegração.
c) reversão.
d) recondução.
e) disponibilidade.

Gabarito: B

55

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Comentários: A irregularidade na demissão pode ser reconhecida


judicialmente, através de sentença que anula o ato administrativo de
demissão e determina a reintegração, ou pela via administrativa. A CF/88
prevê expressamente a primeira hipótese (art. 41, § 2º, CF/88) e a Lei nº
8.112/90 prevê ambas as possibilidades (art. 28).

15. (ESAF/Receita/Analista/2012) Quanto às regras impostas aos


servidores públicos federais, consoante disposição da Lei n. 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, é correto afirmar que:

a) para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com


o qual coopere, o afastamento do servidor dar-se-á sem prejuízo da
remuneração.

b) o servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial


sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do
Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

c) para a participação do servidor em programa de pós- graduação stricto


sensu em instituição de ensino superior no País, é necessária a
compensação de horário, sem possibilidade de afastamento do exercício do
cargo.

d) ainda que no estágio probatório, a critério da administração, poderão ser


concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo licenças para o trato de
assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem
remuneração.

e) durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção


partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Federal, o servidor não terá direito a licença.

Gabarito: B

Comentários: De acordo com a Lei nº 8112/90:

Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão
oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos
do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional


de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da
remuneração.

Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que


a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício
do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício
do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em
programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior
no País.
56

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

16. (ESAF/PGFN/Procurador/2012) No que se refere ao direito de


petição, consoante previsto na Lei n. 8.112, de 1990, assinale a opção
correta.

a) As normas que tratavam de tal direito especificamente no Estatuto do


Servidor Público Federal encontram-se revogadas.

b) O servidor demitido tem 120 (cento e vinte) dias para requerer a revisão
do ato demissório, sob pena de preclusão administrativa.

c) Os recursos administrativos deverão ser dirigidos à autoridade que


proferiu a decisão, que os encaminharão à autoridade superior, caso não
reconsidere sua decisão.

d) Os recursos interpostos têm efeito suspensivo, razão pela qual


interrompem a prescrição.

e) Admite-se, excepcionalmente, a prorrogação do prazo para o exercício do


recurso administrativo.

Gabarito: E

Comentários:

b) O servidor demitido tem 120 (cento e vinte) dias para requerer a revisão
do ato demissório, sob pena de preclusão administrativa.

Art. 110. O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de


aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e
créditos resultantes das relações de trabalho

c) Os recursos administrativos deverão ser dirigidos à autoridade que


proferiu a decisão, que os encaminharão à autoridade superior, caso não
reconsidere sua decisão.

Art. 107. Caberá recurso:

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à


que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente,
em escala ascendente, às demais autoridades.

d) Os recursos interpostos têm efeito suspensivo, razão pela qual


interrompem a prescrição.

57

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br


DIREITO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS - DNIT - TODOS OS CARGOS -
NÍVEL SUPERIOR – PROFESSORA PATRÍCIA CARLA

Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da
autoridade competente.

e) Admite-se, excepcionalmente, a prorrogação do prazo para o exercício do


recurso administrativo.

Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste


Capítulo, salvo motivo de força maior

58

Professora: Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br

Você também pode gostar