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Oi, Gente!
Perdão pelo atraso da aula, por motivos de saúde não pude entregá-la no
prazo.
Patrícia Carla
(Lei nº 8112/90)
Ao conjunto de regras que disciplinam determinado instituto dá-se o nome
de regime jurídico. Assim, são estabelecidas normas para a nomeação,
aposentadoria, estabilidade, acumulação de cargos, enfim, seus deveres,
direitos e demais aspectos da vida funcional do servidor público.
Nesse contexto, essas normas podem ser estabelecidas por lei ou por
contrato. No primeiro caso, o regime será legal, e estabelecido por meio do
Estatuto dos Servidores Públicos. No último, será contratual, com as regras
dadas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-lei nº
5.452/1943 e Lei nº 9.962/20001).
E é essa lei que vai nos interessar neste estudo, voltado fundamentalmente
para concursos federais.
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Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu,
cautelarmente e com efeito ex nunc, a alteração do caput do art. 39, CF/88, retornando sua
redação original, onde se exige a existência de um Regime Jurídico Único (RJU) dos
Servidores Públicos. Assim, a partir dessa decisão, tornou-se inaplicável a Lei nº 9.962/2000.
AGENTES PÚBLICOS
Tais regras podem ser alteradas unilateralmente, mas com respeito aos
direitos já adquiridos. Esse regime é destinado, preferencialmente, às
funções públicas que exigem do agente poderes próprios de Estado (art.
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O Regime Jurídico dos Servidores do Serviço Exterior Brasileiro está regrado na Lei nº
11.440/2006.
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Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu,
cautelarmente e com efeito ex nunc, a alteração do caput do art. 39, CF/88, retornando sua
redação original, onde se exige a existência de um Regime Jurídico Único (RJU) dos
Servidores Públicos. Assim, a partir dessa decisão, tornou-se inaplicável a Lei nº 9.962/2000.
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STF, MS 21.322/DF, relator Ministro Paulo Brossard, publicação DJ 23/04/1993.
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Lei no 8.745/93, art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse
público:
I - assistência a situações de calamidade pública;
II - combate a surtos endêmicos;
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
IV - admissão de professor substituto e professor visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
VI - atividades:
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a
encargos temporários de obras e serviços de engenharia;
b) de identificação e demarcação desenvolvidas pela FUNAI;
c) (Revogado)
d) finalísticas do Hospital das Forças Armadas;
e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança de sistemas de
informações, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a
Segurança das Comunicações - CEPESC;
f) de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situações emergenciais ligadas ao
comércio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco à
saúde animal, vegetal ou humana;
g) desenvolvidas no âmbito dos projetos do Sistema de Vigilância da Amazônia - SIVAM e do
Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM.
h) técnicas especializadas, no âmbito de projetos de cooperação com prazo determinado,
implementados mediante acordos internacionais, desde que haja, em seu desempenho,
subordinação do contratado ao órgão ou entidade pública.
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STF, ADI 3.210/PR, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 03/12/2004. Veja
também: STF, ADI 890/DF, relator Ministro Maurício Corrêa, publicação DJ 06/02/2004.
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STJ, CC 40.114/RJ, relator Ministro José Delgado, publicação DJ 09/08/2004.
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STJ, CC 33.491/RJ, relator Ministro Vicente Leal, publicação DJ 17/06/2002.
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Redação original: art. 41. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores
nomeados em virtude de concurso público.
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98: art. 41. São estáveis após três anos de
efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público.
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Súmula 390, TST: I – O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou
fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. II – Ao empregado
de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante
aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da
CF/1988. TST, RR 3.572/2001-201-02-00.1, relator Ministro João Batista Brito Pereira,
publicação DJ 29/06/2007: O servidor público celetista da administração direta, autárquica
ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. Noutro sentido:
TST, RR 616.054, relator Ministro Guedes de Amorim, publicação DJ 24/08/2001:
Empregado público, ainda que admitido nos serviços do Município, mediante concurso
público de ingresso, nos termos do artigo 37, inciso II, da Constituição Federal, e sob o
regime da legislação trabalhista, adotada pelo Reclamado em observância do artigo 39 da
Carta Magna, não se beneficia da estabilidade assegurada em seu artigo 41, pois destinado
apenas aos servidores públicos civis. TST, RR 459.515, relator Ministro Wagner Pimenta, DJ
02/02/2001: A estabilidade prevista no artigo 41 da Constituição Federal não alcança o
empregado público celetista da administração direta, admitido por concurso público, que, à
data da demissão, contava com mais de dois anos de efetivo exercício. A conclusão desse
entendimento se encontra no artigo 37 da Constituição Federal, que distinguiu cargo de
emprego público, embora para ambos a aprovação dependa de concurso público para a
investidura na Administração Pública, Direta ou Indireta. O cargo público é criado por lei,
enquanto que, no emprego público, a natureza do vínculo é contratual, regida pela CLT. STF,
RE 159.005/PR, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 10/02/1995, e AI-AgR
88.486/PR, relator Ministro Aldir Passarinho, publicação DJ 29/06/1984: Não se cumulam os
dois regimes: o do FGTS e o da estabilidade. STF, AI-AgR 561.230/RS, relator Ministro
Gilmar Mendes, publicação DJ 22/06/2007: Funcionários de empresa pública. Regime
Celetista. Readmissão com fundamento no art. 37, da Constituição Federal. Impossibilidade.
Estabilidade que se aplica somente a servidores públicos. STF, AI-AgR 630.749/PR, relator
Ministro Eros Grau, publicação DJ 18/05/2007: A estabilidade dos servidores públicos não se
aplica aos funcionários de sociedade de economia mista. Estes são regidos por legislação
específica [Consolidação das Leis Trabalhistas], que contém normas próprias de proteção ao
trabalhador no caso de dispensa imotivada. STF, RE-AgR 242.069/PE, relator Ministro Carlos
Velloso, publicação DJ 22/11/2002: A norma do art. 41, C.F., conferidora de estabilidade,
tem como destinatário o servidor público estatutário exercente de cargo público.
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STF, AI-AgR 510.994/SP, relator Ministro Cezar Peluso, publicação DJ 24/03/2006: Faz jus
à estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal, em sua redação original, o
empregado público que foi aprovado em concurso público e cumpriu o período de estágio
probatório antes do advento da EC nº 19/98. Veja também a seguinte decisão, anterior à EC
nº 19/98: STF, MS 21.236/DF, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 25/08/95 - A
garantia constitucional da disponibilidade remunerada decorre da estabilidade no serviço
publico, que é assegurada, não apenas aos ocupantes de cargos, mas também aos de
empregos públicos, já que o art. 41 da C.F. se refere genericamente a servidores.
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Com efeito, com essa alteração constitucional, passou a caber a cada ente
da Federação a eleição da forma como seriam disciplinadas as regras entre
ele e determinada carreira pública. Essa liberdade, contudo, não é ilimitada,
tendo a própria Constituição Federal deixado implícito que determinados
cargos devem ser organizados em carreira, o que lhes exige a vinculação
estatutária, não necessariamente à Lei nº 8.112/90. Citem-se a Polícia, a
Defensoria, a Advocacia Públicas e as carreiras das administrações
tributárias. Além destas, há ainda a previsão de que determinadas
atividades serão consideradas típicas de Estado, e também deverão estar
vinculadas ao Estatuto, como se denota da redação do novo art. 247,
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STF, ADI 2.135/MC, relator Ministro Néri da Silveira, publicação DJ 14/08/2007.
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STF, RMS 24.273 AgR-ED/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 10/12/2004 e
ADI 2.555/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 02/05/2003.
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STF, RE 99.522/PR, relator Ministro Moreira Alves, publicação DJ 20/05/1983.
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chamados quintos das gratificações, licença prêmio, venda de 1/3 das férias
etc.
Percebe-se que as regras do jogo foram alteradas: o que antes era possível
fazer, agora não é mais; de outro lado, novas opções foram deferidas aos
servidores. Como o regime é legal, à lei cabe estabelecer as regras, e aos
servidores cabe cumpri-las. Se o regime é contratual, não pode o
empregador alterar cláusulas como bem entender, devendo haver
concordância entre os contratantes. Destaque-se que, ainda que haja
concordância do empregado, pelo princípio da proteção, algumas alterações
prejudiciais a ele não são admitidas.
Para que fique bem claro, citem-se exemplos ilustrativos. Aquele que
tivesse optado pela conversão em pecúnia de 1/3 das férias (popularmente
chamada de venda de 1/3 das férias) antes de dezembro de 1997, ainda
que o gozo das mesmas fosse em 1998, tinha o direito adquirido à essa
conversão, pois tinha cumprido todos os requisitos antes da extinção dessa
possibilidade. Porém, aquele que ainda não tinha feito essa opção não pôde
mais fazê-la, assim como não pode exigir que continue tendo esse direito.
Outro exemplo é do servidor que já havia cumprido cinco anos de exercício
sem nenhuma falta, exigência para ter direito à licença prêmio de três
meses. Todo aquele que já tinha cumprido o requisito temporal à época da
edição da lei que extinguiu essa vantagem tem o direito adquirido ao gozo
desses três meses de licença prêmio. Porém, aquele que tinha quatro anos,
tinha mera expectativa de direito, não podendo gozar dessa licença, pois
não cumpria os requisitos de então e, quando completou os cinco anos, já
não havia essa previsão legal.
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É criado por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão (art. 3º, §
único).
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Maria Sylvia Zanella di Pietro16 ainda lembra outra situação quando fala em
função, que é aquela “exercida por servidores contratados temporariamente
com base no art. 37, IX, para as quais não se exige, necessariamente
concurso público, porque, às vezes, a própria urgência da contratação é
incompatível com a demora do procedimento; a Lei nº 8.112/90 definia, no
artigo 233, § 3º, as hipóteses em que o concurso era dispensado; esse
dispositivo foi revogado pela Lei nº 8.745, de 9-12-93, que agora disciplina
a matéria, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.849, de 26-10-99”.
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Direito Administrativo. Cit., p. 439.
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STF, Rcl 6.650 MC-AgR/PR, DJ 21/11/2008, Informativos 524 e 529. Excertos do
Informativo 524, Rcl 6.650 MC-AgR/PR: A nomeação de parentes para cargos políticos não
implica ofensa aos princípios que regem a Administração Pública, em face de sua natureza
eminentemente política, e que, nos termos da Súmula Vinculante 13, as nomeações para
cargos políticos não estão compreendidas nas hipóteses nela elencadas.
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STF, Agr. na Med. Caut. em Rcl. 6.702/PR, Informativo 537 e 544. Veja também a Rcl
7.952/PI, onde foi concedida liminar permitindo o afastamento de um assessor de controle
interno do Tribunal de Contas (TC) estadual, sobrinho do esposo de uma conselheira do
próprio TC (decisão liminar de 06/04/2009).
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Formas de deslocamento
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Vacância
limitações, deixando o anterior vago para ser ocupado por outro servidor
que preencha os requisitos de capacidade física ou mental;
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Remuneração
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Indenizações
- dependem de regulamento
- para compensar despesas com a
utilização de meio próprio de
Transporte locomoção para a execução de
serviços externos, por força das
atribuições próprias do cargo;
- depende de regulamento
- para compensar despesas
comprovadamente realizadas pelo
servidor com aluguel de moradia ou
com meio de hospedagem
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- ocorrendo falecimento,
exoneração, colocação de imóvel
funcional à disposição do servidor ou
aquisição de imóvel, o auxílio-
moradia continuará sendo pago por
mais um mês.
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Gratificações e Adicionais
- corresponde a 1/12 da
remuneração mensal do servidor,
Gratificação natalina por mês de exercício no respectivo
ano – será paga até o dia 20.12
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c) participar da logística de
Gratificação por encargo de preparação e de realização de
curso ou concurso concurso público envolvendo
atividades de planejamento,
coordenação, supervisão, execução
e avaliação de resultado, quando
tais atividades não estiverem
incluídas entre as suas atribuições
permanentes;
d) participar ou supervisionar a
aplicação de provas de exame
vestibular ou de concurso público.
- os critérios de concessão e os
limites da gratificação por
regulamento, observados os
parâmetros legais;
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Férias
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Licenças
- A licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma
espécie será considerada prorrogação.
- doença do cônjuge ou
companheiro, dos pais, dos filhos,
do padrasto ou madrasta e enteado,
ou dependente que viva às suas
expensas;
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Afastamentos
- pode ser utilizado para servir em
cargo em comissão ou função de
confiança ou em casos previstos em
leis específicas;
Concessões
- 1 dia
Doação de sangue
- 2 dias
Alistamento eleitoral
- 8 dias
Casamento
- 8 dias
Falecimento do cônjuge,
companheiro, pais, madrasta ou
padrasto, filhos, enteados,
menor sob guarda ou tutela e
irmãos
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II – participar de banca
examinadora ou de comissão de
análise de currículos, fiscalizar ou
avaliar provas de exames vestibular
ou de concurso público, ou
supervisionar essas atividades.
PARA GUARDAR!
Agentes Públicos
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PARA GUARDAR!
Cargo:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
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Emprego:
Função:
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PATTYDICAS!
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O direito de petição é o direito que todo servidor tem de pedir, requerer aos
Poderes Públicos, em defesa de direitos ou interesse legítimo, seja férias,
licença, reintegração, reversão, horário especial de estudante, cópias de um
processo administrativo, promoção etc.
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a) do aproveitamento.
b) da disponibilidade.
c) da reintegração
d) da reversão.
e) da readaptação.
exercício.
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de sua atuação.
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b) O servidor demitido tem 120 (cento e vinte) dias para requerer a revisão
do ato demissório, sob pena de preclusão administrativa.
Gabarito
1 C 11 D
2 A 12 B
3 E 13 B
4 B 14 B
5 D 15 B
6 B 16 E
7 A
8 B
9 D
10 B
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Gabarito: C
Gabarito: A
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Gabarito: E
Gabarito: B
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exercício.
Gabarito: D
Comentários: De acordo com o art. 41, CF/88: são estáveis após três
anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público. Art. 128, § 5º, CF/88: leis
complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as
atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas,
relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a)
vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo
senão por sentença judicial transitada em julgado.
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: B
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Gabarito: D
de sua atuação.
Gabarito: B
Gabarito: D
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Gabarito: B
Gabarito: B
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Gabarito: B
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão
oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos
do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
b) O servidor demitido tem 120 (cento e vinte) dias para requerer a revisão
do ato demissório, sob pena de preclusão administrativa.
Gabarito: E
Comentários:
b) O servidor demitido tem 120 (cento e vinte) dias para requerer a revisão
do ato demissório, sob pena de preclusão administrativa.
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Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da
autoridade competente.
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