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Sonhos de José – Parte 1

E quando tudo vida de ponta cabeça? Quando nossas vidas toma um rumo totalmente
diferente do que estavamos pensando, o que devemos fazer?

José está contente com o seu sonho e resolve compartilhá-lo com seus irmãos e com seu
pai. Mal sabia que isso causaria uma reação de ira e não de alegria, por parte de seus
irmãos. Muitas vezes queremos compartilhar o que Deus colocou em nossos corações, mas
precisamos saber o momento certo para fazer isso. Sabemos que o tempo de Deus não é o
mesmo que o nosso. Nossa ansiedade pode interferir muito nesse caso.

Seus irmãos planejam matá-lo, mas seu irmão Rúben se interpõe:

“—Não vamos matá-lo. Não derramem sangue. Vocês podem jogá-lo neste poço, aqui no
deserto, mas não o machuquem. Rúben disse isso porque planejava salvá-lo dos irmãos e
mandá-lo de volta ao pai.” Gênesis 37: 21-22

“Depois o pegaram e o jogaram no poço, que estava vazio e seco.” Gênesis 37: 24
Percebemos que muitos “poços” onde somos lançados são vazios e secos, ou seja, estamos
só no poço e sem água.

“Aí Judá disse aos irmãos: —O que vamos ganhar se matarmos o nosso irmão e depois
escondermos a sua morte?

Em vez de o matarmos, vamos vendê-lo a esses ismaelitas. Afinal de contas ele é nosso
irmão, é do nosso sangue. Os irmãos concordaram.” Gênesis 37: 26-27 Nitidamente
observamos que as mesmas pessoas que nos lançaram no poço, querem “tirar proveito” da
nossa situação. Fato que ocorre constantemente em nossos dia-a-dia.

Parte 2

“José foi levado para o Egito, onde os ismaelitas o venderam a um egípcio chamado
Potifar, um oficial que era o capitão da guarda do palácio.

O SENHOR Deus estava com José. Ele morava na casa do seu dono e ia muito bem em
tudo. O dono de José viu que o SENHOR estava com ele e o abençoava em tudo o que
fazia.

Assim, José ganhou a simpatia do seu dono, que o pôs como seu ajudante particular.
Potifar deu a José a responsabilidade de cuidar da sua casa e tomar conta de tudo o que
era seu.

Dali em diante, por causa de José, o SENHOR abençoou o lar do egípcio e também tudo
o que ele tinha em casa e no campo.” Gênesis 39: 1-5

Logo após uma difícil situação entre seus irmãos, a vida de José toma um rumo diferente.
Potifar, capitão da guarda do palácio de Faraó, compra José que passa a morar na casa do
egípcio. Deus abençõa tudo quanto José administra, vendo isso, Potifar entrega toda a
administração de seus pertences à ele.
Podemos comparar nossas vidas com a de José. Em um momento estamos compartilhando
os sonhos que tivemos com amigos, pessoas próximas, que por inveja nos lançam em um
“poço”, se afastando de nós e nos desprezando. No outro, estamos vivendo como escravos,
nos esforçando ao máximo para fazer o que nos foi imposto da melhor forma possível. Não
contente com isso o inimigo de nossas almas levanta falsas acusações contra nós, o que ele
mais sabe fazer.

“Potifar entregou nas mãos de José tudo o que tinha e não se preocupava com nada, a
não ser com a comida que comia. José era um belo tipo de homem e simpático.

Algum tempo depois, a mulher do seu dono começou a cobiçar José. Um dia ela disse: —
Venha, vamos para a cama.

Ele recusou, dizendo assim: —Escute! O meu dono não precisa se preocupar com nada
nesta casa, pois eu estou aqui. Ele me pôs como responsável por tudo o que tem.

Nesta casa eu mando tanto quanto ele. Aqui eu posso ter o que quiser, menos a senhora,
pois é mulher dele. Sendo assim, como poderia eu fazer uma coisa tão imoral e pecar
contra Deus?” Gênesis 39: 6-9

O inimigo nos cerca, tenta fazer com que nós nos tornemos imorais e que cometamos
pecados contra Deus. Mesmo assim permanecemos firmes em Deus e recusamos a oferta de
Satanás. Mas nosso adversário continua utilizando suas estratégias e insiste ainda mais em
seu ataque.

“Todos os dias ela insistia que ele fosse para a cama com ela, mas José não concordava
e também evitava estar perto dela”. Gênesis 39: 10

“Então ela o agarrou pela capa e disse: —Venha, vamos para a cama. Mas ele escapou e
correu para fora, deixando a capa nas mãos dela.

Quando notou que, ao fugir, ele havia deixado a capa nas suas mãos,

a mulher chamou os empregados da casa e disse: —Vejam só! Este hebreu, que o meu
marido trouxe para casa, está nos insultando. Ele entrou no meu quarto e quis ter
relações comigo, mas eu gritei o mais alto que pude.

Logo que comecei a gritar bem alto, ele fugiu, deixando a sua capa no meu quarto.”
Gênesis 39: 12-15

Parte 3

Quando Potifar chega em casa, sua esposa lhe conta que José tentara abusar sexualmente
dela (fato que nada tem de verídico). Ao saber disso Potifar fica irado com José. “Como
pode um homem a quem deixo tomando conta de tudo que possuo faz uma coisa dessas
comigo?” Certamente pode ter sido o seu pensamento. Potifar decide então, mandar José
para a prisão.
Por mais uma vez nosso José está no “poço”. Um homem honesto, íntegro e espiritual,
agora passa pelos mesmos problemas de outrora, mas Deus jamais em momento algum
deixa o seu servo desamparado.

Nesse ponto, aprendemos a lição fundamental da vida de José, a confiança total em Deus.

Confiar em Deus não é apenas acreditar que Suas promessas e sonhos irão se cumprir só
porque você está vivendo um bom momento. Confiar em Deus é acreditar que diante de
quaisquer adversidades o Senhor cumprirá cada promessa (sonho) que Ele nos prometeu. É
fácil termos fé que chegaremos à outra margem do mar em meio à bonança (em um dia
ensolarado). Díficil é termos fé quando uma tempestade se aproxima ou estamos dentro
dela. O que me faz lembrar de uma fato muito interessante que aocnteceu com os discipulos
de Jesus.

“E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas
ondas; ele, porém, estava dormindo. E os seus discípulos, aproximando-se, o
despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. E ele disse-lhes: Por que
temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e
seguiu-se uma grande bonança.” Mateus 8: 24-26

Deus nos chama de homens de “pouca fé”. Devemos aprender cada dia mais com a vida de
José. Continuando…

“Ele agarrou José e o pôs na cadeia onde ficavam os presos do rei. E José ficou ali. Mas
o SENHOR estava com ele e o abençoou, de modo que ele conquistou a simpatia do
carcereiro.

Este pôs José como encarregado de todos os outros presos, e era ele quem mandava em
tudo o que se fazia na cadeia. O carcereiro não se preocupava com nada do que estava
entregue a José, pois o SENHOR estava com ele e o abençoava em tudo o que fazia.”
Gênesis 39: 20-23

Mais uma vez vemos o agir de Deus na vida de José, mesmo na prisão ele ficou sendo
encarregado dos demais presos.

Por que mesmo em adversidades José prospera?

A resposta é simples mas a prática dela não é tão simples assim. CONFIANÇA TOTAL nas
promessas, sonhos de Deus!

Vamos ver o que acontece na sequência.

“Passado algum tempo, o rei do Egito foi ofendido por dois dos seus servidores, isto é, o
chefe dos copeiros, que era encarregado de servir vinho, e o chefe dos padeiros.

O rei ficou furioso com os dois e mandou que fossem postos na cadeia que ficava na
casa do capitão da guarda, no mesmo lugar onde José estava preso. Eles ficaram muito
tempo ali, e o capitão deu a José a tarefa de cuidar deles.
Certa noite, ali na cadeia, o copeiro e o padeiro tiveram um sonho cada um. E cada
sonho queria dizer alguma coisa.” Gênesis 40: 1-5

Parte 4

Continuamos falando sobre os sonhos do copeiro e do padeiro…

“Quando José veio vê-los de manhã, notou que estavam preocupados.

Então perguntou: —Por que vocês estão com essa cara tão triste hoje?

Eles responderam: —Cada um de nós teve um sonho, e não há ninguém que saiba
explicar o que esses sonhos querem dizer. —É Deus quem dá à gente a capacidade de
explicar os sonhos—disse José. —Vamos, contem o que sonharam.

Então o chefe dos copeiros contou o seu sonho. Ele disse: —Sonhei que na minha frente
havia uma parreira que tinha três galhos. Assim que as folhas saíam, apareciam as
flores, e estas viravam uvas maduras.

Eu estava segurando o copo do rei; espremia as uvas no copo e o entregava ao rei.

José disse: —A explicação é a seguinte: os três galhos são três dias.

Daqui a três dias o rei vai mandar soltá-lo. Você vai voltar ao seu trabalho e servirá
vinho ao rei, como fazia antes.

Porém, quando você estiver muito bem lá, lembre de mim e por favor tenha a bondade de
falar a meu respeito com o rei, ajudando-me assim a sair desta cadeia.

A verdade é que foi à força que me tiraram da terra dos hebreus e me trouxeram para o
Egito; e mesmo aqui no Egito não fiz nada para vir parar na cadeia.

Quando o chefe dos padeiros viu que a explicação era boa, disse: —Eu também tive um
sonho. Sonhei que estava carregando na cabeça três cestos de pão.

No cesto de cima havia todo tipo de comidas assadas que os padeiros fazem para o rei. E
as aves vinham e comiam dessas comidas.

José explicou assim: —O seu sonho quer dizer isto: os três cestos são três dias.

Daqui a três dias o rei vai soltá-lo e vai mandar cortar a sua cabeça. Depois o seu corpo
será pendurado num poste de madeira, e as aves comerão a sua carne.

Três dias depois o rei comemorou o seu aniversário, oferecendo um banquete a todos os
seus funcionários. Ele mandou soltar o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros e deu
ordem para que viessem ao banquete.

E aconteceu exatamente o que José tinha dito: o rei fez com que o copeiro voltasse ao
seu antigo trabalho de servir vinho ao rei e mandou que o padeiro fosse executado.
Porém o chefe dos copeiros não lembrou de José; esqueceu dele completamente.” [grifos
meus] Gênesis 40: 6-23

Resolvi deixar todo esse trecho pois expõe bem toda a situação em si. Ao interpretar o
sonho do copeiro, José pede um favor ao mesmo, como visto na primeira frase grifada. Já
na ultima frase do texto, que também está grifada, vemos o resultado da petição de José ao
copeiro do rei.

Enquanto isso, José continua esperando o dia em que seu sonho se realizaria.

Quanto tempo você ficou esperando por uma promessa/sonho que Deus colocou em seu
coração? Ou até mesmo nesse exato momento continua a esperar?

Todas as coisas acontecem no tempo de Deus.

Parte 5

O esquecimento do copeiro do rei durou 2 longos anos. Muitos de nós certamente


perderíamos a fé de que as promessas/sonhos se realizariam de fato. Nossa geração é uma
geração imediatista, queremos tudo para ontem, pois não temos paciência de esperar. Isso
me faz lembrar do Salmo 40 “Esperei com paciência pela ajuda de Deus, o SENHOR.
Ele me escutou e ouviu o meu pedido de socorro.”

Mas o Plano de Deus tem um tempo determinado para acontecer e esse tempo chega
quando Faraó tem um sonho que o deixa preocupado. Faraó chama todos os adivinhos e
todos os sábios do Egito e conta à eles o que sonhara, mas ninguém foi capaz de dar a
explicação.

O copeiro lembra-se que quando estivera na prisão, juntamente com o padeiro do rei,
ambos tiveram sonhos e cada um teve uma explicação dada por José, que se cumpriu
conforme haviam sido interpretados.

“Então o rei mandou chamar José, e foram depressa tirá-lo da cadeia. Ele fez a barba,
trocou de roupa e se apresentou ao rei.” Gênesis 41: 14

Antes de você receber a promessa/sonho, Deus te preparará. Faraó conta os dois sonhos que
tivera à José que responde:

“Então José disse ao rei: —Os dois sonhos querem dizer a mesma coisa. Por meio deles
Deus está dizendo ao senhor o que ele vai fazer.

As sete vacas bonitas são sete anos, e as sete espigas boas também são. Os dois sonhos
querem dizer uma coisa só.

As sete vacas magras e feias que saíram do rio depois das bonitas e também as sete
espigas secas e queimadas pelo vento quente do deserto são sete anos em que vai faltar
comida.

É exatamente como eu disse: Deus mostrou ao senhor, ó rei, o que ele vai fazer.
Virão sete anos em que vai haver muito alimento em todo o Egito.

Depois virão sete anos de fome.

E a fome será tão terrível, que ninguém lembrará do tempo em que houve muito
alimento no Egito.

A repetição do sonho quer dizer que Deus resolveu fazer isso e vai fazer logo.” Gênesis
41: 25-32

Logo após de ter interpretado o sonho do rei, José dá uma aula de administração e
economia, vejamos:

“E José continuou: —Portanto, será bom que o senhor, ó rei, escolha um homem
inteligente e sábio e o ponha para dirigir o país.

O rei também deve escolher homens que ficarão encarregados de viajar por todo o país
para recolher a quinta parte de todas as colheitas, durante os sete anos em que elas
forem boas.

Durante os anos bons que estão chegando, esses homens ajuntarão todo o trigo que
puderem e o guardarão em armazéns nas cidades, sendo tudo controlado pelo senhor.

Assim, o mantimento servirá para abastecer o país durante os sete anos de fome no
Egito, e o povo não morrerá de fome.” Gênesis 41: 33-36

Parte 6

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