Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Millares
2,6
Murugan Li
2,4 Martinez Undri
2,2 OPPU-UNIFEI
Temperatura de chama adiabática 103 K
1,8
1,6
1,4
1,2
1
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
% de excesso do ar
4.3 Atomização
73
Figura 4. 5 Processo ideal da fomação de gotas a partir de uma lâmina líquida (BEÉR e
CHIGIER, 1983).
Aa de pequenas gotículas de um
líquido dentro de um fluido ou vácuo. As gotículas podem variar em tamanho de acordo com a
aplicação, mas em geral apresentam uma área de superfície muito elevada, permitindo assim a
reação química rápida, secagem, calor e .
74
Um Spray é uma coleção de gotas em movimento, resultante do processo de atomização,
contendo uma grande variedade de tamanhos de gotas. (APAZA, 2011). As gotas, contêm
quantidade de movimento suficiente para penetrar no meio circundante.
Para cada tipo de atomizador, o tamanho médio da gota e a distribuição do tamanho das
gotas no spray são muito dependentes do atomizador, condições de funcionamento,
propriedades do líquido atomizado e do meio circundante. Os principais tipos são mostrados a
seguir.
Quando um líquido é descarregado sob pressão por uma pequena abertura, a entalpia
do líquido é convertida em energia cinética fornecendo uma velocidade relativa elevada entre
o líquido e gás circundante, acelerando e desintegrando o líquido em pequenas gotas por efeito
da turbulência gerada.
O mecanismo de atomização destes atomizadores é baseado na capilaridade ou quebra
caótica do jato ou folha de líquido ejetado com alta velocidade do bocal sob elevada pressão de
injeção. São projetados com pequenos orifícios de saída é não são apropriados para líquidos
viscosos, devido ao entupimento que podem acontecer. Nesta categoria estão: Injetor de orifício
simples (plain orifice), centrífugo simples (pressure-swirl simplex), injetor centrifugo dual
(pressure swirl dual), injetor centrifugo com retorno (Pressure swirl with spill return), e com
spray em leque.
b) Atomizadores rotativos
O fluido é introduzido num disco ou copo rotativo com alta rotação, que transmite uma
quantidade de movimento angular para o fluido. O líquido escoa radialmente para a periferia
do disco e é descarregado para o ambiente em virtude da alta velocidade tangencial adquirida,
é por isso que o grau de atomização depende da velocidade periférica, propriedades do líquido,
75
é a vazão. Estes em comparação, com os atomizadores por pressão, permitem uma variação
independente da vazão e velocidade do disco fornecendo maior flexibilidade na operação.
Alguns atomizadores utilizam um copo em vez de disco.
Inclui atomizadores assistidos a ar (air assist) e por rajada de ar (airblast). Eles utilizam
a velocidade do ar para a quebra do jato ou folha do líquido, primeiro em ligamentos, e depois
em gotículas.
A diferença entre eles, é a velocidade e quantidade de ar utilizado na atomização, o
injetor por rajada de ar (airblast) faz uso de elevadas quantidades de ar ou vapor em comparação
com os assistidos a ar (air assist).
O atomizador efervescente é um caso especial de atomizador de dois-fluidos com
mistura interna, em que bolhas de ar ou gás são dispersas na corrente de líquido. Nestes injetores
o ar de atomização é injetado diretamente no líquido numa câmara de mistura a montante do
orifício de descarga. O gás injetado forma bolhas que dão origem a uma mistura bifásica. Ao
passar pelo orifício de saída do injetor, a mistura experimenta uma rápida diminuição na
pressão, causando a expansão do gás e gerando forças de bolha, acima da tensão superficial. A
expansão do gás causa a explosão das bolhas e desintegra o líquido, criando um fino spray.
Estes injetores requerem uma pequena quantidade de ar para produzir um spray muito fino. O
mecanismo de quebra do líquido com um injetor efervescente é fundamentalmente diferente do
encontrado em injetores por pressão, assistidos a ar (air-assist) e rajada de ar (airblast).
Comparado com um injetor airblast, os injetores efervescentes apresentam vantagens tais
como, a formação de um spray com gotas mais finas para uma ampla faixa de condições de
operação. (AZEVEDO, 2013)
Além destes tipos, existem outros tipos de injetores, que são nomeados segundo seu
princípio de funcionamento, por exemplo temos: Atomizadores eletrostáticos, ultrassónicos,
sônicos, cata-vento (moinho de vento ou windmill), por vibração capilar, etc. (APAZA, 2011;
LEFEBVRE, 1989) (APAZA, 2011) (LEFEBVRE, 1989)
76
4.3.3 Influência das propriedades do líquido na atomização.
São vários os fatores que afetam a qualidade da atomização, o diâmetro das gotas e a
facilidade para quebrar os fios e ligamentos do líquido depois de sair do injetor.
a) Massa específica
b) Viscosidade
c) Temperatura
d) Tensão superficial
77
atomização influenciado pela pressão na injeção, as propriedades do líquido e gás é a
configuração geométrica do injetor. (LACAVA, PIMENTA e CARVALHO, 2004), (SONG e
LEE, 1996)
que presenta uma película delgada circunferencial, não uniforme, em uma ampla faixa, onde as
gotas são geradas pelo cisalhamento do jato de ar a alta velocidade e o anel de líquido na parede
da câmara. Ao mesmo tempo, nesta zona algumas gotas já geradas pelo modo de colisão direta
se aglutinam e depositam na película líquida. Assim, o comprimento da porta de mistura
desempenha um papel primordial nesta zona de escoamento de névoa-anular, porque as chances
de arrastamento/deposição das gotas incrementa-se com o incremento da camara de mistura,
uma vez que o tempo de residência torna-se mais longo e a superficie interfacial entre o ar e a
película de á
78
ão C) também é afetada pelo comprimento da câmara de mistura devido ao
movimento entre o ar e o jato de água. A Tabela 4. 6 mostra um resumo do mecanismo descrito.
79
Figura 4. 7 Ilustração esquemática do mecanismo de atomização em atomizadores tipo Y
(SONG e LEE, 1996)
A Figura 4. 9 apresenta um esquema típico desse tipo, onde o fluido auxiliar pode ser ar
comprimido, ou em caso houver vapor no processo, como em caldeiras. Também a figura,
apresenta as características geométricas que definem a configuração do injetor Y (LACAVA,
PIMENTA e CARVALHO, 2004)
80
(a)
(b)
Figura 4. 8 Outras configurações de atomizadores tipo-Y (a) ENEL Y-duct atomizador de
mistura interna, (GRAZIADIO, 1987). (b) Atomizador Babcock Y-jet, (LEFEBVRE, 1989)
81
Figura 4. 9 Esquema de um injetor tipo Y-Jet e suas principais dimensões (MULLINGER e
CHIGIER, 1974)
1) Sua configuração ser relativamente simples, sendo adaptáveis para a construção com
materiais resistentes à erosão e à corrosão térmica.
2) O ângulo de pulverização (spray angle) não variar com a mudança da vazão de combustível
ou gás de atomização, o que difere de outros injetores.
3) Uma boa qualidade do spray com baixo consumo do fluido auxiliar (gás de atomização).
82
4.3.5 Injetores efervescentes
Como o líquido que vaza através do orifício de saída, é pressionado pelas borbulhas e
gás são formados ligamentos e folhas planas de líquido. Se a queda de pressão é suficientemente
grande, ao longo do orifício de descarga, aquelas folhas planas são rotas em pequenas gotas,
devido à expansão rápida das borbulhas do gás, o qual acontece a jusante do orifício de
descarga. Uma das principais vantagens do atomizador efervescente, é o uso eficiente do ar,
sendo possível uma boa atomização com uma pequena vazão do gás atomizador, sendo usado
quando o gás de atomização é escasso (CHIN e LEFEBVRE, 1993; LEFEBVRE, 1989). (CHIN e LE FE BVRE, 1993) (LE FEBV RE, 19 89)
83
a) Vantagens e desvantagens:
Desvantagem
A principal desvantagem e a necessidade de suprimento de gás a alta pressão.
b) Regime borbulhante
Os padrões de fluxo que acontecem num duto são variáveis e com comportamento
diferenciado, para o caso de um duto horizontal foram determinados experimentalmete
diferentes tipos de regimes: estratificada, onda, anular, golfadas, pistonado, disperso e
borbulhante.
O regime borbulhante é caracterizado pela presença de pequenas gotas de ar dentro do
líquido, onde como em outros regimes este é determinado pelas características do líquido, gás,
84
e o duto de vazamento. O padrão de fluxo para escoamento bifásico horizontal, num
atomizador, pode ser prevista na Figura 4. 11:
Figura 4. 11 Regimes de fluxo para misturas ar/água num escoamento horizontal, (CHIN e
LEFEBVRE, 1993)
Onde mostra-se a influência da taxa ar/líquido, pressão e diâmetro da câmara de mistura
(ALR, Dc, P) no regime do fluxo bifásico, onde G é o fluxo mássico do gás em kg/cm2h, e:
85
Figura 4. 12 Esquemas simplificados dos desenhos das diferentes configurações dos
atomizadores efervescentes, Tipo A, B, C, (JEDELSKY, JICHA, et al., 2009)
Tipo A: Neste tipo o líquido escoa geralmente no tubo central e o gás é introduzido no líquido
por um conjunto de pequenos orifícios. Esta configuração com injeção do gás de fora para
dentro permite um fluxo da área liquida grande; esta configuração evita o entupimento,
pimento, o que
faz adequado para suspensões. Esta é a mais utilizada pelos pesquisadores, a configuração com
os fluidos trocados é menos usada. Esta configuração também é conhecida como de tipo
outside-inside.
Tipo B: O líquido escoa no duto anular e o gás é introduzido no líquido por um conjunto de
furos localizados nos lados o na parte final do aerador. Esta configuração também e conhecida
como injetor do tipo inside-outside.
Tipo C: Os dois fluxos entram na câmara de mistura separadamente, permitindo o controle
independente da velocidade de entrada, direção e distribuição do líquido e o gás.
86