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1.

Entender a anatomia topográfica envolvida com os órgãos pertencentes ao


Eixo Hipotálamo-Hipófise, identificando: principais estruturas, localização
segundo a planimetria e relações anatômicas;

 Anatomia do hipotálamo
 Estrutura localizada no nosso diencéfalo com mais ou menos 1 cm2.
 Esta inferiormente e anteriormente ao nosso tálamo e superiormente a nossa glândula
hipófise se relacionando diretamente com a hipófise, essa vista é olhando
lateralmente no plano sagital.
 Forma o assoalho do terceiro ventrículo. Inclui o quiasma optico, tuber cinéreo,
corpos mamilares e eminência média. Apresenta como limite anterior o quiasma
optico e lâmina lateral e limite posterior os corpos mamilares
 Olhando no plano frontal percebe-se que o hipotálamo é divido em duas partes, que
são divididas pelo terceiro ventrículo que separa o hipotálamo do lado direito e
esquerdo. Há também a presença de núcleo hipotalâmicos ao redor desses lados.

 Região anterior

Núcleos pré-óticos

 Região supraquiasmática – posterior a região anterior

3 núcleos hipotalâmicos: núcleo paraventricular, núcleo supra ótico, núcleo


supraquiasmático.

 Região tuberal
3 núcleos hipotalâmicos: núcleo dorsomedial, núcleo ventromedial, núcleo arqueado.

 Região mamilar

2 núcleos hipotalâmicos: núcleo posterior do hipotálamo e núcleo mamilar.

Vista anteroposterior – plano frontal

 Zona medial – centralizada pelo terceiro ventrículo. Apresenta no seu entorno


uma serie de núcleos hipotalâmicos:

Núcleo paraventricular, núcleo dorsomedial, núcleo ventromedial, núcleo arqueado e


núcleo supraquiamatico.

 Zona lateral

Núcleo supra ótico

 Sis
te
ma

porta hipotalâmico hipofisário

 Controle neuro-secretor – o hipotálamo controla a neurohipófise e adenohipófise

A “haste conectora” é chamada de haste do infundíbulo – possui três porções

 Porção glandular – atua diretamente a adenohipófise


 Porção neural – neurohipófise
 Porção vascular – se conecta com a rede vascular ao redor

Função endócrina do hipotálamo: neurônios que produzem hormônios


Neurônios magnocelulares (grandes e longos)

 Comunicação do hipotálamo com a neurohipófise (lobo posterior)


 Transporte axonal
 O hormônio que é liberado na neurohipófise através do hipotálamo é através de um
transporte axonal – os hormônios são o ADH, vasopressina e ocitocina.
 Eles são liberados nos capilares locais e a partir da veia hipofisária liberado para
circulação sistêmica

Neurônio parvocelular

 Conexão do hipotálamo com a adenohipófise


 Também ocorre um transporte axonal, mas é mais curto e desemboca na eminência
mediana onde se encontra um conglomerado de capilares sanguíneos, onde os
hormônios são liberados.
 O hormônio depois de estar na corrente sanguínea vão descer pelas veias porta
hipofisárias longas para um segundo complexo de capilares localizado dentro da
adeno hipófise que vai provocar a produção ou liberação dos hormônios produzidos
pela adenohipófise
 Depois disso liberados na circulação sistêmica.

 Hipófise
 Adenohipófise – Lobo anterior da hipófise
 Neurohipófise – Lobo posterior
 Hipófise tem a proporção de uma ervilha (1cm de diâmetro), esta inserida em uma
cavidade, repousando no osso esfenoide na sela turca do esfenoide.

Tireoide

Anatomia da tireoide

 localizada no pescoço – localização interessante pela facilidade de se apalpar a


tiroide
 localizada inferiormente a cartilagem tireóidea, anteriormente a traqueia com dois
lobos localizados um do lado direito e outro do lado esquerdo da traqueia, e esse
lobos são conectados por um elemento central chamada de istmo.
 É encaixado na traqueia em função da presença de uma fina capsula de tecido
conectivo que também preenche o interior da glândula tireoide.
 Esse tecido conectivo que preenche o interior da tireoide também envolve os
folículos tiroidianos.

 Anatomia da paratireoide
 Possui uma coloração meio bege. Localizada na superfície posterior da tireoide e são
4 glândulas paratireoides.
 São fixadas na tireoide pelo tecido conectivo, que também forma o interior da
paratireoide envolvendo as células formando uma capsula conetiva no interior da
paratireoide.

 Pâncreas

O pâncreas é separado em regiões

 Cabeça – está conectada diretamente com o duodeno, está fixada cm a face


descendente e horizontal do duodeno. A cabeça apresenta uma projeção inferior
próximo a parede horizontal do duodeno, chamada de processo uncinado. Também
tem contato com o ducto colédoco.
 Colo – tem cerca de 1,5 cm e está localizado sobre os vasos mesentéricos superior. O
colo do pâncreas está localizado anteriormente ao colo do intestino grosso e
totalmente encoberto em sua anterior pelo peritônio.
 Corpo – está localizado a esquerda dos vasos mesentéricos e sobrea artéria aorta,
bem como a sua face posterior se relaciona com a glândula suprarrenal e o rim
esquerdo. O corpo é a região que apresenta grande quantidade de ilhotas pancreáticas
com muitas células alfa e beta.
 Calda – localizado anteriormente ao rim esquerdo e sobre a flexura esquerda do colo.
A calda também é rica em células associadas a produção de insulina e glucagon.

2. Reconhecer as características histológicas da hipófise, identificando as


estruturas celulares e tecidos que a compõe.

Existem dois tipos de glândulas endócrinas:

 Cordonais – suas células se organizam sob forma de cordões celulares


 Foliculares – as células se organizam na forma de um folículo

Histologia da hipófise

A hipófise se localiza em uma região do crânio conhecida como sela turca. Se divide em
adenohipófise e neurohipófise e possui dupla origem embriológica:
 Neurohipófise – formada a partir de uma evaginação, do assoalho diencéfalo.
Portanto sua origem embriológica é de neuroectoderma.
 Adenohipófise – formada a partir de uma evaginação, do teto da bolsa primitiva
que cresce em direção cranial. Ao encontrar a evaginação que forma a
neurohipófise, forma uma dilatação contendo uma cavidade conhecida como
bolsa de Rathke. Essa bolsa sofre uma constrição para se separar da cavidade
bucal e como a parede anterior se espessa reduz-se o tamanho da cavidade da
bolsa, formando apenas uma fissura. Portanto a origem embriológica da
adenohipófise é o ectoderma,

 Neurohipófise

É constituída por uma porção volumosa, a pars nervosa, por um pedículo e uma
eminência mediana, situados na região superior, que formam o infundíbulo da
neurohipófise que se continua com o hipotálamo. Formam o infundíbulo da
neurohipófise que se continua com o hipotálamo.

 Possui um tipo específico de célula glial muito ramificada, o pituícito responsável


pela sustentação dos neurônios. Na pars nervosa da neurohipófise encontramos cerca
de 100 mil axônios não mielinizados oriundos do hipotálamo, especificamente dos
neurônios secretores situados nos núcleos supraóptico e as periventriculares.
 Na altura da neurohipófise, encontramos os corpos de Herring, depósitos para o
armazenamento dos hormônios produzidos no hipotálamo (ADH e oxitocina,). A
microscopia eletrônica revela que os corpos de Herring contém grânulos de neuro
secreção envolvidos por membrana. Quando esses grânulos são liberados a secreção
entra nos capilares sanguíneos fenestrados que existem em grande quantidade e os
hormônios são distribuídos pela circulação geral.
 ADH e oxitocina são armazenados na neurohipófise e liberadas por meio de
impulsos nervosos de fibras nervosas originadas do hipotálamo.

 Adenohipófise
Dividida em 3 porções:

 Lobo Anterior ou Pars Distalis

É a primeira e mais volumosa; seu principal componente é constituído por cordões de


células epiteliais produtoras de hormônios entremeados por capilares sanguíneos. Os
hormônios produzidos por essas células são armazenados em grânulos de secreção,
enquanto os poucos fibroblastos secretam fibras reticulares que sustentam os cordões.

 Seis hormônios são produzidos na pars Distalis, com a participação de 3 tipos


celulares (cromófobas, acidófilas e de basófilas). O mecanismo principal de controle
funcional é representado por hormônios peptídicos produzidos pelos agregados de
células neuro secretoras dos núcleos neuro-mediano, dorsoventral e infundibular do
hipotálamo. Este sistema de estímulo é conhecido como porta‐hipofisário, sendo a
comunicação entre a parte nervosa (hipotálamo) e a glândula endócrina (hipófise).
Dois pares de artérias ramos da artéria carótida interna, as artérias hipofisárias
superiores e inferiores, são responsáveis pelo suprimento sanguíneo da hipófise.
 As artérias hipofisárias superiores são direcionadas ao infundíbulo enquanto as
inferiores, para a neurohipófise. No infundíbulo, as artérias hipofisárias superiores se
encontram, na altura da eminência mediana, para formar o plexo capilar primário. Os
capilares deste plexo se reúnem para formar vênulas e veias que atravessam o
pedículo hipofisário e se ramificam na adenohipófise, formando o plexo capilar
secundário. Este conjunto de estruturas forma o sistema porta hipofisário,
responsável por levar neuro‐hormônios produzidos no hipotálamo para a
adenohipófise.
 O segundo mecanismo de controle é representado pelos hormônios produzidos por
várias glândulas endócrinas, os quais agem sobre a liberação de peptídeos na
eminência mediana e sobre a função das próprias células da pars Distalis.
 Na pars Distalis da adenohipófise encontramos alguns tipos celulares:
• Células cromófilas: apresentam afinidade por corante, sendo subdivididas em
células acidófilas (coradas com a eosina –rosa) e células basófilas (coradas com
a hematoxilina – roxas);
• Células cromófobas: apresentam pouca afinidade por corante. Não se sabe
exatamente sua função
 Lobo Tuberal ou Pars Tuberalis É a porção cranial que envolve o infundíbulo da
neurohipófise. Ela contém células especializadas na produção de hormônios
gonadotrópicos e são organizadas em cordões em torno de vasos sanguíneos.
 Lobo Intermédio ou Pars Intermedia: É uma região intermediária entre a
neurohipófise e a pars Distalis. Ela é pouco desenvolvida em humanos e contém
cistos de Rathke e células fracamente basófilas

TIREOIDE
 A tireoide é a única glândula endócrina classificada como folicular. Ela é encontrada
na região cervical, anterior à laringe, é constituída de dois lóbulos unidos por um
istmo e apresenta origem endodérmica. A principal função da tireoide é a produção
dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), regulando o metabolismo.
 O folículo tireoidiano é composto por um epitélio simples, formado por células
foliculares (cúbicas) que se organizam ao redor do formato arredondado que
apresentam estes folículos, e por uma substância gelatinosa, que contém
tireoglobulinas, que preenche sua cavidade, o coloide. Esta substância confere à
tireoide uma maior eficiência no armazenamento de hormônios.
 A glândula é coberta por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos
para o parênquima. Esses septos tornam-se gradualmente mais finos ao encontrar os
folículos, que são separados entre si, especialmente por fibras reticulares, as quais
tem a função de sustentação de células da glândula. A tireoide é extremamente
vascularizada por uma extensa rede capilar sanguínea e linfática cercando os
folículos, sendo os seus capilares fenestrados, o que facilita o trânsito de substâncias.

PARATIREOIDES
 As paratireoides são um conjunto de 4 pequenas glândulas cordonais localizadas ao
redor da tireoide. Em seu parênquima, formado por células epiteliais dispostas em
cordões separados por capilares sanguíneos, encontramos 2 tipos específicos de
células:
 Células principais: são as predominantes e são menores, de forma poligonal, com
núcleo vesiculoso e com o citoplasma acidófilo. Elas apresentam muitos grânulos de
secreção, visíveis na microscopia eletrônica, que contém paratormônio, responsável
pelo aumento da calcemia;
 Células oxifilicas: são células que aparecem na espécie humana por volta dos 7 anos
de idade e a partir daí aumentam progressivamente em quantidade. Elas têm o
formato poligonal, são maiores que as células principais e contém muitos grânulos
acidófilos em seu citoplasma, que na microscopia revelam-se mitocôndrias com
numerosas cristas. A função das células oxifilicas ainda é desconhecida

ADRENAL / SUPRARRENAL
 As adrenais são duas glândulas achatadas com forma de meia‐lua situadas sobre o
polo superior de cada rim. Elas apresentam origem embriológica dupla: o seu córtex
tem origem mesodérmica enquanto sua medula, neuroectodérmica.
 As duas têm funções e morfologias diferentes, embora seu aspecto histológico geral
seja típico de uma glândula endócrina formada de células dispostas em cordões
cercados por capilares sanguíneos. Uma cápsula de tecido conjuntivo denso recobre a
glândula e envia septos para o seu interior. O estroma consiste em fibras reticulares
que sustentam as células secretoras.

3. Entender a relação do sistema porta hipofisário na comunicação do


hipotálamo com a hipófise, descrevendo os vasos e transporte de hormônios
no referido sistema.

Tortora 14 ed.
 Hormônios hipotalâmicos que liberam ou inibem hormônios da adenohipófise
chegam à adenohipófise por meio de um sistema porta. Em geral, o sangue passa do
coração, por uma artéria, para um capilar, daí para uma veia e de volta ao coração.
Em um sistema porta, o sangue flui de uma rede capilar para uma veia porta e, em
seguida, para uma segunda rede capilar antes de retornar ao coração. O nome do
sistema porta indica a localização da segunda rede capilar. No sistema porta
hipofisário, o sangue flui de capilares no hipotálamo para veias porta que carreiam
sangue para capilares da adeno hipófise.
 As artérias hipofisárias superiores, ramos das artérias carótidas internas, levam
sangue para o hipotálamo. Na junção da eminência mediana do hipotálamo e o
infundíbulo, essas artérias se dividem em uma rede capilar chamada de plexo
primário do sistema porta hipofisário.
 Do plexo primário, o sangue drena para as veias porto hipofisárias que passam por
baixo da parte externa do infundíbulo.
 Na adenohipófise, as veias porto hipofisárias se dividem mais uma vez e formam
outra rede capilar chamada de plexo secundário do sistema porta hipofisário. Acima
do quiasma óptico há grupos de neurônios especializados chamados de células neuro
secretoras.
 Essas células sintetizam os hormônios hipotalâmicos liberadores e inibidores em seus
corpos celulares e envolvem os hormônios em vesículas, que alcançam os terminais
axônico por transporte axônico. Impulsos nervosos promovem a exocitose das
vesículas.
 Depois disso, os hormônios se difundem para o plexo primário do sistema porta
hipofisário. Rapidamente, os hormônios hipotalâmicos fluem com o sangue pelas
veias porto hipofisárias para o plexo secundário.
 Essa via direta possibilita que os hormônios hipotalâmicos atuem imediatamente nas
células da adenohipófise, antes que os hormônios sejam diluídos ou destruídos na
circulação geral.
 Os hormônios secretados pelas células da adenohipófise passam para os capilares do
plexo secundário, que drenam para as veias porto hipofisárias anteriores e para fora
na circulação geral.
 Os hormônios da adenohipófise viajam até os tecidos alvo ao longo do corpo. Os
hormônios da adeno hipófise que atuam em outras glândulas endócrinas são
chamados de hormônios tróficos ou trofinas

4. Entender o conceito de hormônios e de como estes interagem com os


receptores nas células-alvo, descrevendo a referida interação.

Um hormônio é uma molécula reguladora mediadora liberada em alguma parte do corpo


que regula a atividade celular em outras partes do corpo. A maioria dos hormônios entra
no líquido intersticial e, depois na corrente sanguínea. O sangue circulante leva os
hormônios para as células do corpo

Tanto os neurotransmissores quanto os hormônios exercem seus efeitos ligando-se a


receptores encontrados nas células alvo.
Inúmeros mediadores atuam tanto como neurotransmissor quanto como hormônio,
como a norepinefrina.

 Tipos de hormônios
 Peptídicos – a maioria dos hormônios. Dependente do ribossomo 80S.
 Lipídicos – são os esteroides. Esteroides derivados do colesterol: aldosterona,
cortisol, estrogênio, progesterona, testosterona. Referencia a organela reticulo
endoplasmático liso e das mitocôndrias na formação desses hormônios
 Amínicos – catecolaminas: epinefrina e norepinefrina (adrenalina e
noradrenalina); T3 e T4.

Derivados de aminoácidos

São caracterizados por hormônios produzidos na medula da glândula suprarrenal, por


exemplo as catecolaminas, adrenalina e noradrenalina.

Hormônios produzidos na glândula pineal – serotonina e melatonina

Hormônios produzidos na tireoide – T3, T4 e calcitonina.

Peptídicos ou proteicos

Características e presentes na hipófise

Vasopressina, ADH e a ocitocina – produzidos no hipotálamo e armazenados na


neurohipófise.

E os hormônios produzidos na adenohipófise – adrenocorticotróficos, GH, prolactina,


TSH, hormônios luteizantes.

Esteroides

Hormônios derivados do colesterol, produzido no córtex da glândula suprarrenal –


aldosterona e cortisol

Hormônios produzidos no testículo e ovários – testosterona, progesterona e estrógeno.


Os hormônios também podem ser hidrossolúveis e lipossolúveis.

Formas de sinalização celular


 Dependente de contato
Célula sinalizadora >> células alvo (com receptor)
 Parácrina - As células alvo se encontram próximo ao local onde foi produzida a
molécula sinalizadora
 Sináptica - Dependente de um neurotransmissor. Um neurônio liberando um
mediador químico que vai interagir com o receptor em uma célula alvo.
 Endócrina - Célula endócrina produz um mediador químico e liberando a
molécula no interior da corrente sanguínea, que é o hormônio, essa molécula vai
percorrer longos caminhos até interagir com a célula alvo.
 Autócrina – a própria célula produtora do hormônio é o receptor do hormônio.

Receptores

Proteínas receptoras de membrana ou intracelular


Sensores: células ou estruturas especializadas que convertem diversos estímulos em
sinais elétricos – receptores centrais (olhos, orelha, nariz, língua) receptores periféricos
(quimiorreceptor, osmorreceptor, termo receptor).
A nível de sistema endócrino se fala em receptores de proteína.
As localizações para os diferentes tipos receptores de hormônios, em geral são as
seguintes
 Membrana celular ou em sua superfície
São específicos, principalmente para os hormônios proteicos, peptídicos e
catecolaminas.
Hormônios hidrofílicos.
Cascata de sinalização dentro da célula com a ligação do hormônio ao receptor

A cascata de sinalização comina na ativação de proteínas efetoras, como por exemplo:


 Enzimas metabólicas - metabolismo alterado
 Proteínas de regulação de transcrição – expressão gênica alterada
 Proteína do citoesqueleto - forma celular ou movimentos alterados.
Os receptores de membrana podem ser de 3 tipos
 Receptores acoplados a canais iônicos – exemplo é a acetilcolina
 Receptores acoplados a proteína G – existe um receptor inativo acoplado a proteína
G, quando o hormônio interage com o receptor ele ativa a proteína G. Como por
exemplo o glucagon
 Receptores acoplados a enzima. Como exemplo os receptores de insulina.
Quem vai determinar a função do hormônio na célula é o receptor em si e qual via de
sinalização está acontecendo.
Como exemplo a acetilcolina – nas células cardíacas reduz a velocidade de contração e
na glândula salivar induz a secreção. A catecolamina nos receptores alfa gera
vasoconstrição e nos receptores beta gera vasodilatação.
 No citoplasma células

 Hormônios hidrofóbicos
 Esteroides na maioria dos casos
 As moléculas lipofílicas atravessam a membrana plasmática facilmente pela
apolaridade e interagem com seus receptores.
 Após interagir com o receptor formam um complexo que é conduzindo ao núcleo
alterando a expressão genica que comina em uma resposta celular.

 No núcleo da célula

 Hormônios hidrofóbicos
 Hormônios da tireoide
 As moléculas atravessam a membrana e adentram o núcleo interagindo com seus
receptores.
 Ao encontrar seu receptor forma um complexo e altera a expressão gênica.

 Infra regulação – quando a concentração de um hormônio estiver muito elevada,


o número de receptores na célula alvo pode diminuir, tornando a célula menos
sensível ao hormônio.
 Supra regulação – quando a concentração do hormônio tem uma baixa o número
de receptores na célula aumenta para tornar a célula mais sensível ao hormônio.
5. Conhecer os hormônios produzidos pelo hipotálamo, adenohipófise
e neuro hipófise, destacando suas principais ações sob os tecidos
alvo.

Adenohipófise
Hormônio do crescimento (GH)
 O hormônio do crescimento, também chamado de hormônio somatotrópico ou
somatotropina, é a molécula pequena de proteína, contendo 191 aminoácidos em
cadeia única, com peso molecular de 22.005.
 Ele provoca o crescimento de quase todos os tecidos do corpo, que são capazes de
crescer. Promove não só o aumento de tamanho das células do número de mitoses,
promovendo sua multiplicação e diferenciação específica de alguns tipos celulares,
tais como as células de crescimento ósseo e células musculares iniciais.
 Aumento da síntese de proteínas, na maioria das células do corpo;
 Aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo, aumento do nível de
ácidos graxos no sangue e aumento da utilização dos ácidos graxos, como fonte de
energia;
 Redução da utilização da glicose pelo organismo. Assim, de fato, o hormônio do
crescimento aumenta a quantidade de proteína do corpo, utiliza as reservas de
gorduras e conserva os carboidratos.
 Os somatotrofos na adenohipófise liberam pulsos de hormônio do crescimento em
intervalos de poucas horas, especialmente durante o sono. Sua atividade secretora é
controlada principalmente por dois hormônios hipotalâmicos:
 O hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), que promove a
secreção do GH
 O hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH), que o suprime. O
principal regulador da secreção de GHRH e de GHIH é o nível de glicose sanguínea
Hormônio tireoestimulante (TSH)
 Estimula a síntese e a secreção de tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4) que são
produzidos pela glândula tireoide.
 O hormônio liberador de tireotrofina (TRH) do hipotálamo controla a secreção do
TSH. A liberação de TRH por sua vez depende da concentração sanguínea de T3 e
T4.
 Níveis elevados de T3 e T4 inibem a secreção de TRH via feedback negativo. Não
existe hormônio inibidor da tireotrofina.
Hormônio foliculoestimulante
 Nas mulheres, os ovários são os alvos do hormônio foliculoestimulante (FSH). A
cada mês, o FSH inicia o desenvolvimento de vários folículos ovarianos, coleções
em forma de saco de células secretoras que rodeiam o ovócito em desenvolvimento.
 O FSH também estimula as células foliculares a secretar estrogênios (hormônios
sexuais femininos). Nos homens, o FSH promove a produção de espermatozoides
nos testículos
 O hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) do hipotálamo estimula a liberação
de FSH. A liberação de GnRH e FSH é suprimida por estrogênios nas mulheres e
pela testosterona (principal hormônio sexual masculino) nos homens por sistemas de
feedback negativo. Não existe hormônio inibidor da gonadotrofina.
Hormônio luteinizante
 Nas mulheres, o hormônio luteinizante (LH) desencadeia a ovulação, que consiste na
liberação de um ovócito secundário (futuro ovo) por um ovário. O LH estimula a
formação do corpo lúteo (estrutura formada após a ovulação) no ovário e a secreção
de progesterona (outro hormônio sexual feminino) pelo corpo lúteo.
 Juntos, o FSH e o LH também promovem a secreção de estrogênios pelas células
ovarianas. Os estrogênios e a progesterona preparam o útero para a implantação de
um ovo fertilizado e ajudam a preparar as glândulas mamárias para a secreção de
leite.
 Nos homens, o LH estimula células nos testículos a secretarem testosterona. A
secreção de LH, assim como a do FSH, é controlada pelo hormônio liberador de
gonadotrofina (GnRH).
Prolactina
 A prolactina (PRL), junto com outros hormônios, inicia e mantém a produção de leite
pelas glândulas mamárias. Sozinha, a prolactina exerce um efeito fraco. Somente
depois da preparação das glândulas mamárias promovida pelos estrogênios,
progesterona, glicocorticoides, GH, tiroxina e insulina, que exercem efeitos
permissivos, que a PRL promove a produção de leite. A ejeção de leite das glândulas
mamárias depende do hormônio ocitocina, liberado pela adenohipófise. Em conjunto,
a produção e a ejeção de leite constituem a lactação.
 O hipotálamo secreta hormônios tanto inibitórios quanto excitatórios que regulam a
secreção de prolactina. Nas mulheres, o hormônio inibidor de prolactina (PIH), que
vem a ser a dopamina, inibe a liberação de prolactina da adenohipófise na maior
parte do tempo
 A hipersensibilidade das mamas pouco antes da menstruação pode ser causada pela
elevação do nível de prolactina. Quando o ciclo menstrual começa de novo, o PIH é
mais uma vez secretado e o nível de prolactina cai. Durante a gravidez, o nível de
prolactina sobe estimulado pelo hormônio liberador de prolactina (PRH) do
hipotálamo. A sucção realizada pelo recémnascido promove a redução da secreção
hipotalâmica de PIH.
 A função da prolactina não é conhecida nos homens, porém sua hipersecreção causa
disfunção erétil (incapacidade de apresentar ou manter ereção do pênis). Nas
mulheres, a hipersecreção de prolactina causa galactorreia (lactação inapropriada) e
amenorreia (ausência de ciclos menstruais)
Hormônio corticotrófico
 Os corticotrofos secretam principalmente hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). O
ACTH controla a produção e a secreção de cortisol e outros glicocorticoides pelo
córtex das glândulas suprarrenais. O hormônio liberador de corticotrofina (CRH) do
hipotálamo promove a secreção de ACTH pelos corticotrofos
 Estímulos relacionados com o estresse, como glicose sanguínea baixa ou
traumatismo físico, e a interleucina1, uma substância produzida pelos macrófagos,
também estimulam a liberação de ACTH. Os glicocorticoides inibem a liberação de
CRH e ACTH via feedback negativo.
Hormônio melanócito – estimulante
 O hormônio melanócitoestimulante (MSH) aumenta a pigmentação da pele em
anfíbios pela estimulação da dispersão de grânulos de melanina nos melanócitos. Sua
função exata em humanos é desconhecida, porém a presença de receptores de MSH
no encéfalo sugere que pode influenciar a atividade encefálica. Há pouco MSH
circulante em humanos. Entretanto, a administração contínua de MSH ao longo de
vários dias produz escurecimento da pele. Níveis excessivos de hormônio liberador
de corticotrofina (CRH) podem estimular a liberação de MSH; a dopamina inibe a
liberação de MSH.

Neurohipófise
Hormônio antidiurético (ADH)
 Pode causar diminuição na excreção de água pelos rins (antidiurese).
 Na ausência de ADH, os túbulos e ductos coletores ficam quase impermeáveis a
água, o que impede sua reabsorção significativa e, consequentemente, permite perda
extrema de agua na urina, causando também diluição extrema da urina.
 Na presença de ADH, a permeabilidade dos túbulos e ductos coletores aumenta
consideravelmente e permite que a maior parte da água seja reabsorvida, a medida
que o liquido passa por esses ductos, conservando a agua no corpo e produzindo
urina muito concentrada.
 Liberação e ação do ADH
a) A pressão osmótica sanguínea alta (diminuição do volume sanguíneo) devido
a desidratação ou declínio no volume sanguíneo em decorrência de
hemorragia, diarreia ou sudorese excessiva, estimula os osmorreceptores,
neurônios no hipotálamo que monitoram a pressão osmótica no sangue
b) Os osmorreceptores ativam as células hipotalâmicas neurossecretoras
(magnocelulares) que sintetizam e liberam o ADH. Quando as células
neurossecretoras recebem esse estímulo elas geram impulsos nervosos que
promovem a exocitose das vesículas cheias de ADH nos seus terminais
axônico na neurohipófise.
c) O sangue transporta o ADH para três tecidos alvos: rins, glândulas
sudoríparas e musculatura lisa das paredes dos vasos sanguíneos.
d) Os rins respondem retendo mais água o que reduz o débito urinário - Quando
o ADH age sobre a célula, em primeiro lugar, ele se associa aos receptores de
membrana que ativam a adenililciclase, levando à formação de AMPc no
citoplasma das células tubulares. Isso leva à fosforilação dos elementos nas
vesículas especiais (aquoporinas), o que então faz com que as vesículas se
insiram nas membranas celulares apicais, fornecendo, assim, muitas áreas de
alta permeabilidade à água. Tudo isto ocorre dentro de 5 a 10 minutos.
e) A atividade das glândulas sudoríferas diminui, o que restringe a perda de
água pela perspiração da pele. A musculatura das paredes das arteríolas
contrai em resposta aos elevados níveis de ADH causando constrição desses
vasos e elevando a pressão sanguínea.
f) A baixa pressão osmótica do sangue inibe os osmorreceptores
g) Essa inibição reduz ou cessa a secreção de ADH. Os rins retem menos água,
formando um volume maior de urina e as glândulas sudoríferas intensifica
suas atividades e as arteríolas se dilatam. O volume e a pressão osmótica dos
líquidos corporais voltam ao normal.

 A ingestão de álcool causa micção frequente e copiosa porque o álcool inibe a


secreção de hormônio antidiurético.
 O outro nome desse hormônio é vasopressina devido ao efeito sobre a pressão
arterial que ele pode causar.
 A hipo-secreção de ADH ou receptores não funcionais causam diabetes insípidos.

Ocitocina

 Durante e depois do parto, a ocitocina atua em dois tecidos alvo: o útero e as mamas
da mãe.
 Durante o parto o alongamento do colo do útero estimula a liberação de ocitocina,
que por sua vez, intensifica a contração das células musculares lisas da parede
uterina.
 Depois do parto a ocitocina estimula a ejeção de leite (a descida) das glândulas
mamarias em resposta ao estímulo mecânico produzido pela sucção do bebê.
 A função da ocitocina em homens e mulheres não gravidas ainda é desconhecido.
Alguns estudos sugerem que a ocitocina exerça ações no encéfalo que promovem o
comportamento parental de cuidado em relação ao filho.

6. Conhecer as classes químicas dos hormônios quanto à solubilidades


(lipossolúveis e hidrossolúveis) e natureza química, elicitando seus
processos de formação e sinalização celular.

 Hidrossolúveis
São em suma os hormônios aminados, peptídicos, proteicos e eicosanoides.
Esses hormônios não conseguem se difundir pela bicamada lipdica da
membrana e se ligar aos receptores dentro das células.

Os hormônios hidrossolúveis se ligam a receptores que se projetam na


superfície da membrana da célula alvo.

 Hormônios aminados: são sintetizados pela descarboxilação (remoção da molécula


de CO2) ou modificação de determinados aminoácidos. São chamados de aminados
porque retêm (conservam) um grupo amina (–NH3 +). As catecolaminas –
epinefrina, norepinefrina e dopamina – são sintetizadas pela modificação do
aminoácido tirosina, sendo os 2 primeiros secretados pela medula adrenal. A
histamina é sintetizada a partir do aminoácido histidina por mastócitos e plaquetas. A
serotonina e melatonina derivam do triptofano.
 Hormônios peptídicos e os hormônios proteicos: são polímeros de aminoácidos. O
hormônio antidiurético e a ocitocina são exemplos de hormônios peptídicos; o
hormônio do crescimento humano e a insulina são hormônios proteicos. Vários
hormônios proteicos, como o hormônio tireoestimulante, possuem grupos de
carboidrato afixados e, dessa forma, são hormônios glicoproteicos.
 incluindo hormônios secretados pela hipófise anterior e posterior, pelo pâncreas
(insulina e glucagon), pela paratireoide (paratormônio) e por muitos outros.
A maioria dos hormônios do corpo é polipeptídico e proteínas. São secretados
da seguinte forma:

a) Os hormônios proteicos peptídico é sintetizado na extremidade rugosa


do reticulo endoplasmático das diferentes células endócrinas.
b) Geralmente são sintetizadas como proteínas maiores não ativas
biologicamente (pré-pró-hormônios) e clivados para formar pró-
hormônios menores no reticulo endoplasmático.
c) Esses são transferidos para o aparelho de golgi para acondicionamento
em vesículas secretoras.
d) Nesse processo as enzimas nas vesículas clivam o pró-hormônio, a fim
de produzir os hormônios menores biologicamente ativos.
e) As vesículas são armazenadas no citoplasma e muitas ficam ligadas a
membrana celular até que o produto de sua secreção seja necessário.
f) A secreção dos hormônios ocorre quando as vesículas secretoras se
fundem com a membrana celular e o conteúdo granular é expelido para
o líquido intersticial ou diretamente na corrente sanguínea por exocitose.

 Hormônios eicosanoides: são derivados do ácido araquidônico, um ácido graxo de 20


carbonos. Os dois principais tipos de eicosanoides são as prostaglandinas (PG) e os
leucotrienos (LT). Os eicosanoides são importantes hormônios locais, podendo atuar
também como hormônios circulantes.

 Ação dos hormônios hidrossolúveis

a) O hormônio hidrossolúvel (primeiro mensageiro) se difunde do sangue pelo líquido


intersticial e, depois disso, se liga a seu receptor na superfície externa da membrana
plasmática de uma célula alvo. O complexo receptor hormônio ativa uma proteína da
membrana chamada de proteína G. A proteína G ativada, por sua vez, ativa a adenilato
ciclase.
b) A adenilato ciclase converte ATP em AMP cíclico (cAMP). Uma vez que o local ativo
da enzima é na superfície interna da membrana plasmática, essa reação ocorre no citosol
da célula.
c) O AMP cíclico (segundo mensageiro) ativa uma ou mais proteinoquinases, as quais
podem estar livres no citosol ou ligadas à membrana plasmática. A proteinoquinase é
uma enzima que fosforila (adiciona um grupo fosfato) outras proteínas celulares (como
enzimas). O doador do grupo fosfato é o ATP, que é convertido em ADP.
d) As proteinoquinases fosforila uma ou mais proteínas celulares. A fosforilação ativa
algumas dessas proteínas e inativa outras, como um interruptor.
e) As proteínas fosforizadas, por sua vez, causam reações que produzem respostas
fisiológicas. Existem proteinoquinases diferentes no interior das células alvo distintas e
dentro de diferentes organelas da mesma célula alvo. Assim, uma proteinoquinase pode
desencadear a síntese de glicogênio, outra pode causar a degradação de triglicerídeo,
uma terceira pode promover a síntese de proteína e assim por diante. Conforme
observado na etapa , a fosforilação por uma proteinoquinase também pode inibir
determinadas proteínas. Por exemplo, algumas das quinases liberadas quando a
epinefrina se liga aos hepatócitos inativam uma enzima necessária para a síntese de
glicogênio.
f) Após um breve período, uma enzima chamada fosfodiesterase inativa o cAMP. Dessa
forma, a resposta da célula é desativada a não ser que a ligação de novas moléculas
hormonais a seus receptores na membrana plasmática continue.

Hormônios lipossolúveis
 São os hormônios esteroides e tireóideos.
 Se ligam a receptores dentro das células alvo.
 Síntese e secreção

 Hormônios esteroides
 Em geral são sintetizados a partir do colesterol e não são armazenados. A estrutura
química é semelhante à do colesterol.
 Secretados pelo córtex adrenal (cortisol e aldosterona), pelos ovários (estrogênio e
progesterona), testículos (testosterona) e pela placenta (estrogênio e progesterona).
 Na maioria dos casos são sintetizados a partir do próprio colesterol.
 Em geral, poucos são armazenados em células endócrinas. No entanto, grandes
depósitos de ésteres de colesterol em vacúolos do citoplasma, podem ser rapidamente
mobilizados para a síntese de esteroides após estímulo. Além disso, grande parte do
colesterol nas células produtoras de esteroides vem do plasma, mas também ocorre
sua síntese nessas células. 

 Hormônio tireoidianos
 São derivados da tirosina. São sintetizados e armazenados na glândula da tireoide e
incorporados a macromoléculas da proteína tireoglobulina, que é armazenada em
grandes folículos na tireoide.
 A secreção hormonal ocorre quando as aminas clivadas na tireoglobulina e os
hormônios livres são então liberados na corrente sanguínea.
 Depois de entrar na corrente sanguínea a maior parte dos hormônios da tireoide se
combina com proteínas plasmáticas, em especial a globulina de ligação a tiroxina,
que lentamente libera os hormônios para os tecidos-alvo.

 Ação dos hormônios lipossolúveis

a) Um hormônio lipossolúvel livre se difunde do sangue, pelo líquido intersticial e


através da bicamada lipídica da membrana plasmática, para dentro da célula.
b) Se a célula for uma célula-alvo, o hormônio se liga aos receptores localizados no
citosol ou no núcleo, ativando-os. O complexo receptor hormônio ativado
modifica a expressão do gene: ativa e desativa genes específicos do DNA
nuclear.
c) Com a transcrição do DNA, ocorre formação de novo RNA mensageiro
(mRNA) que deixa o núcleo e entra no citosol, onde dirige a síntese de uma
nova proteína, muitas vezes uma enzima, nos ribossomos.
d) As novas proteínas alteram a atividade das células e causam respostas típicas do
hormônio em questão.

8. Compreender o controle da secreção hormonal, destacando os processos de infra


e suprarregulação, a partir da interação dos hormônios com as células-alvo.
 Infra regulação – quando a concentração de um hormônio estiver muito elevada,
o número de receptores na célula alvo pode diminuir, tornando a célula menos
sensível ao hormônio.
 Supra regulação – quando a concentração do hormônio tem uma baixa o número
de receptores na célula aumenta para tornar a célula mais sensível ao hormônio.
9. Entender como os hormônios interagem com seus respectivos receptores nas
células-alvo (feed back negativo ou positivo), descrevendo a referida interação

Reflexos endócrinos – se baseiam em informações do nosso organismo como

 Humoral – aspectos associados a presença de diferentes compostos na corrente


sanguínea, como exemplo a presença de glicose e cálcio no sangue.
 Hormonal – presença ou ausência de determinados hormônios na corrente
sanguínea para aumentar a liberação desse hormônio ou retirada desse
hormônio.
 Neural – a partir da demanda fisiológica da liberação de algum hormônio em
que estimula a glândula a liberar aquele hormônio.

 Conceitos de feedback ou conceitos associados a retroalimentação

Mecanismo de feedback positivo

Mecanismo de feedback negativo

Como funciona?

 Ação – o corpo sofre alguma ação que promove alterações homeostática


 Efeitos – causa a perca da condição de homeostase
 Mecanismo homeostático – o sistema endócrino vai atuar para o retorno da
homeostase do organismo nos efeitos da ação.

Exemplos

 Feedback negativo – reflexos endócrinos que visam inibir (reduzir) o efeito para que
a homeostase seja reestabelecida

Taxa de cálcio na corrente sanguínea – se ocorre a redução da taxa de cálcio na corrente


sanguínea o mecanismo vai atuar reduzindo esse efeito aumento a taxa de cálcio no
sistema sanguíneo, através do paratormônio que promovem a reabsorção do cálcio para
corrente sanguínea e o aumento da reabsorção de cálcio no sistema intestinal e nos rins.

 Feedback positivo – potencializa o efeito

Momento do parto – o feto vai promover a compressão do colo do útero que


desencadeia na contração uterina que serve para movimentação e nascimento do feto. A
contração uterina é o efeito, os reflexos endócrinos promovem o aumento da liberação
da ocitocina aumentando a contração uterina, ou seja, o mecanismo potencializa o
efeito.

A responsividade de uma célula-alvo ao hormônio depende de três fatores:


1. Quantidade de hormônio na circulação sanguínea
2. Quantidade de receptores
3. Influência exercida por outros hormônios

10. Conhecer o mecanismo de controle e de ação dos hormônios da adeno-hipófise


(GH, TSH, Prolactina, ACTH, FSH e LH), citando seus efeitos sob os tecidos-alvo
e a regulação de sua secreção.

A hipófise anterior contém tipos celulares diferentes que sintetizam e secretam


hormônios
Em geral, existe apenas um tipo celular para cada hormônio principal, formado na hipófise
anterior. Com corantes especiais, ligados a anticorpos de alta afinidade, pelo menos cinco tipos
celulares podem ser diferenciados. Esses cinco tipos celulares são:
o Somatotropos – hormônio do crescimento humano (hGH)
o Corticotropos – adrenocorticotropina (ACTH)
o Tireotropos – hormônio estimulante da tireoide (TSH)
o Gonadotropos – hormônios gonadotrópicos, que compreendem o hormônio
luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulante (FSH)
o Lactotropos – prolactina (PRL)
 Em torno de 30% a 40% das células de hipófise são somatotrópicas, secretando
hormônios do crescimento, e cerca de 20% são corticotrópicas, secretando ACTH. Cada
um dos tipos celulares corresponde a cerca de 3%  a 5% do total, no entanto, eles
secretam hormônios potentes para o controle da função tireoidiana, das funções sexuais e
da secreção de leite pelas glândulas mamárias. 
 As células somatotrópicas se coram intensamente com corantes ácidos e são, portanto,
chamadas de acidófilas. Assim, os tumores hipofisários que secretam grande quantidade
de hormônio do crescimento humano são chamados de tumores acidófilos.
Controle da secreção pela adenohipófise

A secreção dos hormônios da adenohipófise é regulada de duas maneiras:


 Células neurossecretoras no hipotálamo secretam cinco hormônios liberadores,
que estimulam a secreção de hormônios pela adenohipófise, e dois hormônio
inibidores, que suprimem a secreção de hormônios da adenohipófise.
Liberadores: GHRH, TRH, GnRH, CRH, PRH.
Inibidores: GHIH, PIH.
 O feedback negativo na forma de hormônios liberados pelas glândulas-alvo
diminui a secreção de três tipos de células na adenohipófise. Nessas alças de
retroalimentação negativa, a atividade secretora dos Tireotropos, gonadotrofos, e
corticotrofos diminui quando os níveis sanguíneos dos hormônios da glândula
alvo se elevam.
Exemplo: o ACTH estimula o córtex das glândulas suprarrenais a secretar
glicocorticoides, principalmente cortisol. Por sua vez, o nível elevado de cortisol
diminui a secreção tanto de corticotrofina como de hormônio liberador de corticotrofina
(CRH) pela supressão das atividades dos corticotrofos pela adenohipófise e das células
neurossecretoras do hipotálamo.
11. Compreender como o GH desenvolve seus efeitos no organismo, destacando sua
ação sob o metabolismo das macromoléculas (proteínas, carboidratos e lipídios) e
sob o crescimento de ossos e cartilagens.
 A principal função do GH é promover a síntese e a secreção de pequenos hormônios
proteicos chamados fatores de crescimento insulino-smiles (IGF’s) ou
somatomedinas. Em resposta ao hormônio do crescimento as células do fígado, no
musculo esquelético, na cartilagem, nos ossos e em outros tecidos secretam fatores
de crescimento IGF, que podem entrar na corrente sanguínea a partir do fígado ou
atuar de maneira local em outros tecidos como autócrinos ou parácrino.
As funções dos IGF são:
 Os IGF fazem com que as células cresçam e se multipliquem pela intensificação
da captação de aminoácidos nas células e aceleração da síntese proteica. Os IGF
também reduzem a degradação de proteínas e o uso de aminoácidos para a
produção de ATP. Devido a esses efeitos dos IGF, o hormônio do crescimento
aumenta a taxa de crescimento do esqueleto e dos músculos esqueléticos durante
a infância e a adolescência. Em adultos, o hormônio do crescimento e os IGF
ajudam a manter a massa dos músculos e ossos e promovem a cicatrização de
lesões e o reparo tecidual.
 Os IGF também intensificam a lipólise no tecido adiposo, aumentando o uso dos
ácidos graxos liberados para a produção de ATP pelas células corporais.
 Além de afetar o metabolismo proteico e lipídico, o hormônio do crescimento e
os IGF influenciam o metabolismo dos carboidratos pela redução da captação de
glicose, diminuindo o uso de glicose para a produção de ATP pela maioria das
células corporais. Essa ação economiza glicose de forma a deixá-la disponível
aos neurônios para produzir ATP nos períodos de escassez de glicose. Os IGF e
o hormônio do crescimento também podem estimular os hepatócitos a liberar
glicose no sangue.
Os Somatotropos na adenohipófise liberam pulsos de hormônio do crescimento em
intervalos de poucas horas, especialmente durante o sono. Sua atividade secretora é
controlada principalmente por dois hormônios hipotalâmicos: (1) o hormônio liberador
do hormônio do crescimento (GHRH), que promove a secreção do GH, e (2) o
hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH), que o suprime. O principal
regulador da secreção de GHRH e de GHIH é o nível de glicose sanguínea

a) A hipoglicemia, uma concentração sanguínea de glicose anormalmente baixa,


estimula o hipotálamo a secretar GHRH, que flui em sentido à adenohipófise nas
veias porto hipofisárias.
b) Ao chegar à adenohipófise, o GHRH estimula os Somatotropos a liberar
hormônio do crescimento humano.
c) O hormônio do crescimento estimula a secreção de fatores do crescimento
insulino-smiles, que aceleram a degradação de glicogênio hepático em glicose,
fazendo com que a glicose entre no sangue com mais rapidez.
d) Consequentemente, a glicemia se eleva ao nível normal (cerca de 90 mg/100 mℓ
de plasma sanguíneo).
e) A elevação da glicemia acima do nível normal inibe a liberação de GHRH.
f) A hiperglicemia, uma concentração sanguínea de glicose anormalmente elevada,
estimula o hipotálamo a secretar GHIH (ao mesmo tempo que inibe a secreção
de GHRH).
g) Ao chegar à adenohipófise no sangue portal, o GHIH inibe a secreção de
hormônio do crescimento pelos Somatotropos.
h) Níveis baixos de GH e IGF retardam a degradação de glicogênio no fígado e a
glicose é liberada no sangue mais lentamente.
i) A glicemia cai para o nível normal. A queda da glicemia abaixo do nível normal
(hipoglicemia) inibe a liberação de GHIH

Outros estímulos que promovem a secreção do hormônio do crescimento são


diminuição de ácidos graxos e aumento de aminoácidos no sangue; sono profundo
(estágios 3 e 4 do sono não REM); intensificação da atividade da parte simpática da
divisão autônoma do sistema nervoso, como pode ocorrer durante o estresse ou
exercícios físicos vigorosos; e outros hormônios, inclusive glucagon, estrogênios,
cortisol e insulina. Os fatores que inibem a secreção do hormônio do crescimento
humano são nível sanguíneo mais elevado de ácidos graxos e mais baixo de
aminoácidos; sono de movimento rápido dos olhos; privação emocional; obesidade;
baixos níveis de hormônios da tireoide; e hormônio do crescimento propriamente dito
(por meio de feedback negativo). O hormônio inibidor do hormônio do crescimento
(GHIH), alternativamente conhecido como somatostatina, também inibe a secreção do
hormônio do crescimento.
12. Correlacionar a produção e os efeitos do GH no organismo com as seguintes
patologias: gigantismo, acromegalia e nanismo hipofisário; destacando o
mecanismo de desregulação hormonal envolvido.
Gigantismo

Esta condição rara ocorre se a hipersecreção de GH iniciar-se na infância, antes do


fechamento das epífises. A velocidade de crescimento do esqueleto e a estatura final
aumentam, mas com pequenas deformidades ósseas. Entretanto, ocorre edema de
tecidos moles e os nervos periféricos estão espessados. Retardo da puberdade  ou
hipogonadismo hipogonadotrófico são também frequentes, resultando em hábito
eunucoide.
Acromegalia
A hipersecreção de GH se inicia entre 20 e 40 anos de idade. Quando a hipersecreção
de GH se inicia após o fechamento das epífises, as manifestações clínicas iniciais são
espessamento das características faciais (ver Prancha 21) e aumento de tecidos moles
nas mãos e nos pés. A aparência muda e são necessários anéis, luvas e sapatos mais
largos. Fotografias do paciente são importantes para delinear a evolução da doença.

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