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de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar
I MICTI
Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 Colégio Agrícola de Camboriú/UF SC
CONHECENDO MÚSICA
Diego Pacheco 1 ; Carolina Júlia da silva¹ ; Afrânio Austregésilo Thiel 2 ; Carlos Sousa²;
Osmarilda de Borba²
RESUMO
Todos nós ouvimos algum tipo de música, mas poucas pessoas se interessam em conhecê
la profundamente. Ela é essencial na vida de todo ser humano. Acompanhando a sociedade
em suas diferentes fases econômicas, políticas e sociais, criando um vínculo da qual jamais
poderá ser rompido, pois ela, faz e continuará fazendo parte da nossa história. Este trabalho
tem como objetivo apresentar a música, primeiramente de uma forma histórica, relacionando
suas transformações e vertentes com a sociedade em que ela se desenvolve. Também
descrevemos de uma forma simples e dinâmica a linguagem musical e a musicoterapia.
Descrever todos os instrumentos musicais tornaria o trabalho muito extenso e cansativo, por
isso os restringimos a sua classificação. Na matemática e na física, apresentamos através
de conceitos e exemplos práticos de ondulatória, freqüência, intervalos musicais e
progressões harmônicas. O mais importante, é que o nosso objetivo principal foi alcançado.
Através de um único tema, conseguimos abranger várias disciplinas como: matemática,
física, português, artes, biologia e história.
Palavras chave:
1 INTRODUÇÃO
Todos nós ouvimos algum tipo de música, mas poucas pessoas se
interessam em conhecêla profundamente.
Ela é essencial na vida de todo ser humano. Acompanhando a sociedade em
suas diferentes fases econômicas, políticas e sociais, criando um vínculo da qual
jamais poderá ser rompido, pois ela, faz e continuará fazendo parte da nossa
história.
Este trabalho tem como objetivo apresentar a música, primeiramente de uma
forma histórica, relacionando suas transformações e vertentes com a sociedade em
que ela se desenvolve. Também descrevemos de uma forma simples e dinâmica a
linguagem musical e a musicoterapia. Descrever todos os instrumentos musicais
1
Alunos do Curso Técnico em Informática, Colégio Agrícola de Camboriú, Universidade Federal de
Santa Catarina. Emails: carolzinhajsbc@hotmail.com, diegu.Pacheco@gmail.com .
2
Professores Orientadores do Colégio Agrícola de Camboriú, Universidade Federal de Santa
Catarina.email: afraniothiel@yahoo.com.br; carlossal@ced.ufsc.br
2
tornaria o trabalho muito extenso e cansativo, por isso os restringimos a sua
classificação.
Como dizia o compositor e pintor Ernest Theodor Amadeus Wilhelm
Hoffmann, “A música começa onde acaba a fala”. Nesse trabalho ressaltamos a
música como uma forma de expressão.
A MÚSICA
A palavra música é de origem grega e significa "a força das musas". Estas
eram as ninfas que ensinavam aos seres humanos as verdades dos deuses,
semideuses e heróis, através da poesia, da dança, do canto lírico, do canto coral, do
teatro etc. Todas estas manifestações eram acompanhadas por sons. Então a
palavra música, numa definição mais precisa, seria a "arte de ensinar".
A música, desde o início de sua história, foi considerada uma prática cultural e
humana. Provavelmente, fruto da observação dos sons da natureza que despertou
no homem, através do sentido auditivo, a necessidade e vontade de fazêla. Definila
não é tarefa fácil porque apesar de ser conhecida por qualquer pessoa, é difícil
encontrar um conceito que inclua todos os significados dessa prática.
Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o
tempo e o som. Talvez por essa razão seja tão difícil encontrar uma definição, pois ao buscá
la, ela já se modificou, já evoluiu.
3 A HISTÓRIA DA MÚSICA
História da música é o estudo das origens e evolução da música ao longo do
tempo. Como disciplina histórica inserese na história da arte e no estudo da
evolução cultural dos povos. Como disciplina musical, normalmente é uma divisão
da musicologia e da teoria musical. Seu estudo, como qualquer área da história é
trabalho dos historiadores, porém também é freqüentemente realizado pelos
musicólogos.
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3.1 História Mística da Música
Os gregos contavam que depois da vitória dos deuses do Olimpo sobre os
seis filhos de Urano (Oceano, Ceos, Crio, Hiperião, Jápeto e Crono), mais
conhecidos como os Titãs, foi solicitado a Zeus que fosse criado divindades capazes
de cantar as vitórias dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemosina, a
deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceram
às nove Musas.
Entre as nove Musas estavam Euterpe (a música) e Aede, ou Arche (o canto).
As nove deusas gostavam de freqüentar o monte Parnaso, na Fócida, onde faziam
parte do cortejo de Apolo, deus da Música.
Há também, na mitologia, outros deuses ligados à história da música como
Museo, filho de Eumolpo, que era tão grande músico que quando tocava chegava a
curar doenças; de Orfeu, filho da musa Calíope (musa da poesia lírica e considerada
a mais alta dignidade das nove musas), que era cantor, músico e poeta; de Anfião,
filho de Zeus, que após ganhar uma lira de Hermes, o mais ocupado de todos os
deuses, passou a dedicarse inteiramente à música.
Se estudarmos com cuidado a mitologia dos povos, perceberemos que todo o
povo tem um deus ou algum tipo de representação mitológica ligado à música. Para
os egípcios, por exemplo, a música teria sido inventada por Tot ou por Osíris; para
os hindus, por Brama; para os judeus, por Jubal e assim por diante, o que prova que
a música é algo fundamental a historia do ser humano sobre a Terra e uma de suas
manifestações mais antigas e importantes.
3.2 História Não Mitológica
Na história nãomitológica da música são importantes os nomes de Pitágoras,
inventor do monocórdio para determinar matematicamente as relações dos sons, e o
de Lassus, o mestre de Píndaro, que, perto do ano 540 antes de Cristo, foi o
primeiro pensador a escrever sobre a teoria da música.
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Outro nome é o do chinês LinLen, que escreveu também um dos primeiros
documentos a respeito de música, em 234 antes de Cristo, época do imperador
chinês HaungTi. No tempo desse soberano, LinLen, que era um de seus ministros,
estabeleceu a oitava em doze semitons, aos quais chamou de doze lius. Esses doze
lius foram divididos em liu Yang e liu Yin, que correspondiam, entre outras coisas,
aos doze meses do ano.
3.3 A Música Através da História
3.3.1 PréHistória
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3.3.2 Antiguidade (Até o século VI)
Esse período se compreende até o século VI, quando a música assumiu um
papel central nas diversas atividades diárias das grandes civilizações da
antiguidade, como no Egito, Grécia e Roma.
Muitas obras de arte da Antigüidade mostram músicos e seus instrumentos,
mas não existem conhecimentos sobre como os antigos os produziam. Apenas
umas poucas peças completas de música da Antigüidade ainda existem, quase
todas do povo grego.
· Egito
· Grécia
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A Grécia esteve muito ligada à poesia e à escrita que, junto com a música,
participavam como forma de expressão nos teatros. A civilização grega teve um
papel fundamental para a evolução da história da música ocidental, criando vários
ritmos.
Em Atenas se realizavam anualmente concursos de canto e as peças de
teatro eram acompanhadas por música.
Os gregos valorizavam tanto a música, que ela fazia parte das quatro
disciplinas essenciais para a educação dos jovens.
Eles usavam as letras do alfabeto para representar notas musicais.
Agrupavam essas notas em tetracordes (sucessão de quatro sons). Combinando
esses tetracordes de várias maneiras, os gregos criaram grupos de notas chamados
modos. Os modos foram os predecessores das escalas diatônicas maiores e
menores.
Os pensadores gregos construíram teorias musicais mais elaboradas do que
qualquer outro povo da Antigüidade. Pitágoras, um grego que viveu no século VI
a.C., achava que a Música e a Matemática poderiam fornecer a chave para os
segredos do mundo. Acreditava que os planetas produziam diferentes tonalidades
harmônicas e que o próprio universo cantava. Essa crença demonstra a importância
da música no culto grego, assim como na dança nas tragédias.
Os gregos usavam a Lira, os Aulos e instrumentos de percussão.
Foi na Grécia Antiga que surgiu o órgão.
· Roma
Toda a ideologia musical do império romano foi influenciada pela dos gregos,
mas também inventaram instrumentos novos como o trompete reto, a que
chamavam de tuba.
Em Roma, as lutas dos gladiadores eram acompanhadas por trombetas. A
música estava sempre presente nas casas dos homens e mulheres com muito
dinheiro. Nas ruas aconteciam pequenos espetáculos de malabarismo e de
acrobacia que eram sempre acompanhados por flautas e pandeiretas.
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Usavam freqüentemente o hydraulis , o primeiro órgão de tubos; o fluxo
constante de ar nos tubos era mantido por meio de pressão de água.
3.3.3 Idade Média (Do século VII ao XV)
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3.3.4 Renascimento (Séculos XV e XVI)
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O Renascimento foi um movimento cultural muito complexo, que nasceu na
Itália, por volta do século XIV, e se espalhou pela Europa cem anos depois.
Esta época marca o início do mundo moderno.
O período renascentista é caracterizado pela mudança de pensamento do
homem perante o mundo. Sabese então que esta mudança vai também influenciar
a arte.
O homem do renascimento já não vive apenas dominado pelos valores da
igreja, agora encontra valores nele próprio e na natureza. A igreja também se tornou
menos rígida e permitiu uma troca maior entre a música sacra e a música profana.
É neste período também que os donos das cortes e homens ricos concedem
oportunidades de trabalho aos compositores e aos músicos, promovendo festas,
audições e acontecimentos culturais.
Nesta época, as obras musicais que se desenvolvem são essencialmente
vocais, ou melhor, a música vocalpolifônica 3 , que se torna a composição mais
comum.
As formas vocais mais importantes deste período são: os madrigais 4 , a missa,
e o motete.
É também no renascimento que, apesar de se continuar a utilizar os
instrumentos para duplicar, reforçar ou substituir as vozes, se começou a
desenvolver uma música composta para ser tocada por instrumentos musicais,
destacandose o alaúde e as violas de gamba.
Os compositores desejavam escrever música secular sem se preocupar com
as práticas da Igreja. Sentiamse atraídos pelas possibilidades da escrita polifônica,
na qual cada voz podia ter sua própria linha melódica.
A escrita polifônica fornecia oportunidades técnicas para efeitos de grande
brilho, que eram impossíveis até então. Uma forma secular de composição, o
madrigal, surgiu no século XIV, na Itália. Os compositores escreviam madrigais em
sua própria língua, em vez de usar o latim. Compositores flamengos escreveram
3
Composição vocal com diferentes vozes que cantam em simultâneo, na qual cada uma das vozes canta uma
melodia diferente das restantes.
4
Composição coral elaborada de origem italiana que, com base num pequeno poema, podia ser acompanhada
por diversos instrumentos. Geralmente era tocado nas reuniões sociais palacianas e em espetáculos teatrais.
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3.3.5 A Música Barroca (Do final do século XVI a meados do século XIII)
Os séculos XII e XVII da história humana são caracterizados pelas grandes
disputas nos mares entre Inglaterra, Espanha e Holanda, por causa das colônias
americanas e africanas, e pelas guerras religiosas entre católicos e protestantes na
Europa. Na política a burguesia apóia os monarcas contra os senhores feudais.
Nas ciências (medicina, astronomia, química etc.) e na filosofia há um
contínuo desenvolvimento pela pesquisa: a razão passa a ser a primeira condição
para a felicidade do ser humano (mais tarde esta maneira de pensar desembocaria
no Iluminismo).
Os artistas refletiram, então, esta expansão, intensidade, contradição,
exuberância e diversidades culturais, buscando expressar toda a infinitude do
universo, a transitoriedade do tempo e as contradições de visão de mundo.
Os gêneros típicos da música barroca são a ópera, o concerto grosso, a suíte
e a cantata sacra.
A música barroca se caracteriza pelo caráter polifônico da música de Bach e
de Handel, apesar de que nem toda a música barroca foi polifônica.
No Barroco do século XVII, a melodia tornase independente do coro,
passando a ser expressão de situações dramáticas e sentimentos humanos; é a
ópera. Por outro lado, a polifonia entra em decadência.
O século XVIII os compositores passaram a ser servidores públicos, servindo
a corte, a aristocracia, a Igreja. A arte musical tornouse estritamente funcional. O
objetivo era, apenas, a execução ou a representação de uma obra. Por isso a
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grande maioria das composições do século nunca foi publicada, impressa; caiu,
depois da execução, no esquecimento.
3.3.6 Rococó : Um Período de Transição (Meados do século XVIII)
As características fundamentais foram:
● Simplificação harmônica;
● Melodias baseadas ou imitadas da música folclórica;
● Fim do floreio vocal e instrumental;
● Ritmos dançantes (o minueto era a dança oficial de todas as cortes);
● Abandono das texturas polifônicas;
● Formas contrastantes entre trechos rítmicos e melodiosos.
Podemos destacar os seguintes compositores:
● Georg Philipp Telemann (1681/1767)
● Domenico Scarlatti (1685/1757)
● Giovanni Battista Pergolesi (1710/1736)
● Wilhelm Friedmann Bach (1710/1784)
● Carl Philipp Emmanuel Bach (1714/1788)
· Johann Christoph Friedrich Bach (1732/1795)
· Johann Christian Bach (1735/1782)
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3.3.7 Música Clássica (Da segunda metade do século XVIII até o início do século
XIX)
A expressão "música clássica" é, quase sempre, sinônimo de música erudita.
Na filosofia, o Iluminismo incentivava a discussão política em torno das
noções de democracia, república, direitos humanos etc. e, também, das crenças
religiosas, que foram livremente admitidas e toleradas, bem como duramente
criticadas.
Nas artes do período, desenvolveuse o estilo Neo Clássico (ou Arcadismo)
da Literatura e das Artes Visuais. Esta estética defende, num sentido amplo, o
racionalismo, a procura do belo, a perfeição, o equilíbrio, a simetria, a proporção, a
imitação não da natureza, mas de obras de outros autores.
Os compositores clássicos acreditavam que a música deveria ter uma forma
polida e galante, só desejavam expressar emoções de uma maneira refinada e
educada. Suas obras são cheias de brilhantismo e vivacidade.
Entre os compositores que dominaram a época estão: Joseph Haydn e
Wolfgang Amadeus Mozart, ambos com uma obra vastíssima. Haydn compôs mais
de 100 sinfonias, enquanto Mozart compôs mais de 600 peças. Ambos
desempenharam um papel importante no desenvolvimento da sonata para piano,
nos quartetos de cordas e em outras formas musicais.
3.3.8 Romantismo (Século XIX)
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imaginação fornecendo os meios e o sentimento expressando o estado de espírito.
A força da expressão substituía o refinamento que faltava em suas obras.
Muitos compositores importantes surgiram nesta época: Beethoven, que
apesar de ser um mestre das formas clássicas, afastavase delas sempre que isso
lhe parecia necessário para atingir suas metas artísticas. Era fundamentalmente um
classicista, mas escreveu obras de espírito romântico. Franz Schubert, um
compositor do início do romantismo. Carl Maria von Webwer, alemão que imprimiu o
primeiro exemplo importante de espírito nacionalista à ópera. Mendelssohn, também
alemão que obteve fama por sua música instrumental e teve o grande mérito de ter
renovado o interesse pela música de Bach.
Nesta época também surgiu o polonês Frederic Chopin, que passou a maior
parte de sua vida na França e é famoso por suas peças para piano.
3.3.9 Nacionalismo (Século XIX até o início do século XX)
Um dos frutos do romantismo foi que muitos compositores começaram a
procurar, de diversas maneiras, expressarem na música os sentimentos de seu
povo. O nacionalismo musical desenvolveuse de diversas formas em vários países;
muitos compositores estudaram o folclore de seu país e aproveitaram música
folclórica em suas obras.
Na França, o nacionalismo criou uma marcante e nova tradição na ópera e
em obras sinfônicas dramáticas. George Bizet compôs Carmen, uma das mais
conhecidas e executadas óperas até hoje. Franz Liszt, húngaro de nascimento, mas
que estendeu suas atividades tanto à França como à Alemanha, representa um
vínculo musical entre esses dois países.
Na Alemanha, Richard Wagner dominou a forma operística com seus
revolucionários dramas musicais. Johannes Brahms rejeitou a influência do teatro e
procurou dar continuidade à tradição de Beethoven, preferia a música pura sem
dramatizações. A valsa do estilo vienense e a ópera ligeira começaram com Johann
Strauss e atingiram o auge com seu filho.
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Na Itália, Rossini, Puccini e Verdi desenvolveram a ópera que atingiu o auge e
seus mais belos momentos.
3.3.10 Música no século XX
● O sempre crescente espírito nacionalista;
● A ascensão de estilos internacionais na música, pela primeira vez desde o
período clássico do século XVIII;
Estilos internacionais. No início do século XX surgiu o Impressionismo, criado
na França por Claude Debussy e mais tarde com Maurice Ravel. O compositor russo
Igor Stravinsky, foi um inovador por excelência, criando vários estilos musicais. Suas
criações levaramno do nacionalismo e neoclassicismo até as composições
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4 A Linguagem da Música
A música é feita de sons, tradicionalmente descritos por alguns parâmetros:
· Altura: freqüência definida de um som. É o que diferencia um som de um
ruído. Não confundir com volume (intensidade);
· Ritmo: diferentes modos de agrupar os sons musicais, do ponto de vista da
duração dos sons e de sua acentuação;
· Acorde: A junção de 2 ou mais notas musicais. Pode ser consonante, notas
concordam umas com as outras ou pode ser dissonante, notas dissonam em
maior ou menor grau;
· Intensidade: a força relativa de um som em relação a outros;
· Timbre: qualidade de som de cada instrumento, o que pode ser chamado de
“a cor do som”. A sonoridade característica de um instrumento é que nos faz
reconhecêlo imediatamente;
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· Forma: configuração básica de uma obra musical;
· Tessitura: aspecto da música. Algumas apresentam uma sonoridade calma,
enquanto outras agitadas.
· Tempo: Em um compasso, é a marcação da pulsação de uma música de
forma a estabelecer um padrão de agrupamento de sons.
As obras musicais têm vários nomes oficiais e não oficiais. O nome oficial
pode indicar a forma da obra e identificar a sua tonalidade, como em Sinfonia nº9 em
Ré Menor; esse nome inclui freqüentemente um número de opus (obra) que
corresponde à ordem de colocação da música na obra do autor, que poderá ter
escrito ou publicado outras obras entre sua 8ª e 9ª sinfonia. Por exemplo: a Sinfonia
nº8 em Fá Maior de Beethoven, é opus 93 e a sua 9ª Sinfonia em Ré Menor é opus
125. Os números de opus indicam a ordem de publicação, e não a de composição.
As músicas de Mozart são identificadas pelo índice Köchel, como K 550, que
corresponde à sua colocação no catálogo publicado pelo musicólogo Ludwig von
Köchel, em 1862.
4.1 Notação
É o conjunto de sinais convencionados para representar os sons musicais. As
partituras são escritas e publicadas de acordo com essa linguagem própria da
música. As notas são sinais gráficos que representam os sons musicais, são
símbolos escritos em preto e branco na pauta (conjunto de cinco linhas horizontais).
A colocação das notas na pauta é que determina:
· A altura dos sons;
· Sua colocação numa seqüência de sons;
· Sua duração;
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· Indicações do compositor sobre maneira como sua obra deverá ser
executada.
4.2 Partituras
Contêm as músicas escritas para vários instrumentos e vozes. Numa partitura
orquestral, a música das madeiras aparece em cima, logo abaixo estão às partes
dos instrumentos de percussão e dos metais, seguese a música dos solistas, tanto
vocais como instrumentais e depois os coros, se houver. A música das cordas
aparece na parte de baixo da partitura. Cada intérprete possui apenas uma partitura
que contêm só a parte que vai tocar ou cantar e segue sempre as instruções do
regente; este sim, tem uma partitura completa com a parte de todos os instrumentos,
solistas e coros.
4.3 Melodia
4.4 Harmonia
Ocorre quando duas ou mais notas de diferentes sons são ouvidas ao mesmo
tempo, produzindo um acorde. Cada combinação forma um acorde; a harmonia é a
lógica da formação e seqüência dos acordes. Se a melodia é a dimensão horizontal,
a harmonia é sua dimensão vertical. Ela não se limita à elaboração de acordes, mas
também à relação entre eles.
A harmonia é um sistema hierárquico: alguns sons são mais importantes do
que outros para a música.
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4.5 Contraponto
“Arte de sobrepor duas ou mais melodias.” Há vários tipos possíveis de
contraponto (ou polifonia); a noção básica a todos é a criação de várias melodias
independentes, que soam ao mesmo tempo na composição. Cada uma das quatro
vozes de uma peça coral (soprano, contralto, tenor e baixo), tem sua linha melódica
própria, que se combina com as demais. As "vozes" de uma composição
instrumental seguem o mesmo princípio.
4.6 Tonalidade
4.7 Clave
Clave é um sinal que identifica as notas de uma partitura, fazendo
corresponder uma determinada nota a uma determinada linha na pauta. Ao longo da
história da notação musical, muitas claves foram criadas e utilizadas, mas a maior
parte delas não é mais utilizada nos dias atuais. As claves mais freqüentes hoje em
dia são a de sol e a de fá. Além disso ainda existem as de Do, que são utilizadas
com menos freqüência.
As claves servem para indicar ao músico como ler a partitura.
4.8 Compasso
Na notação musical, um compasso é uma forma de dividir as notas de uma
composição musical em grupos de mesma duração. O compasso escolhido pelo
compositor está diretamente associado ao estilo da música. Uma valsa, por
exemplo, tem o ritmo 3/4 e um rock tipicamente usa o compasso 4/4.
Os compassos facilitam a execução musical, ao definir a unidade de tempo, o
pulso e o ritmo da composição, de uma ou de suas partes. Os compassos são
representados na partitura como linhas verticais desenhadas sobre a pauta.
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5 INSTRUMENTOS MUSICAIS
Um instrumento musical é um objeto construído com o propósito de produzir
música. O estudo dos instrumentos musicais designase por organologia. Os vários
tipos de instrumentos podem ser classificados de diversas formas. Uma das mais
comuns é dividílos de acordo com a forma pela qual o som é produzido.
A tecnologia dos instrumentos musicais esteve, por muito tempo, “trancada a
7 chaves”, sendo seus segredos revelados somente de pai para filho. No entanto,
alguns instrumentos eram considerados irreprodutíveis, como os violinos
Stradivarius, confeccionados na Itália por Antonio Stradivari, pois dizem que nem
mesmo nenhum de seus sete filhos conseguiu reproduzilos.
No século XX, a moderna teoria espectral e as técnicas de processamento
digital de sinais desenvolvidos resolveram seguramente todo o problema da
produção de sons, uma vez que qualquer som devidamente especificado pode ser
produzido por meios computacionais.
5.1 Classificação e divisão dos instrumentos musicais
O século XIX, com a necessidade de catalogar e expor instrumentos musicais
em uma coleção do museu de instrumentos musicais de Bruxelas, o organologista
Victor Mahillon criou um sistema que dividia os instrumentos, de acordo com a forma
de produção sonora, em autofones, membranofones, cordofones e aerofones. Seu
sistema foi ampliado por Curt Sachs e Erich von Hornbostel, dando origem ao
chamado sistema HornbostelSachs de classificação.
Forma atualizada
(da forma como os instrumentos produzem som)
Aerofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração de uma coluna de
ar
Ex: Clarinete, saxofone, oboé, trompete, tuba, voz humana ("instrumento" natural,
não construído), apito, fagote, flauta, flauta doce, flauta de pan, flugelhorn, gaitade
fole, harmônica, órgão, pífano, shakuhachi, sousafone, trompa, trombone...
Cordofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração de uma corda
Ex: xilofone, marimba, sino tubular, tantã, gongo, prato, maraca, recoreco,
harmônica de vidros, agogô, afoxé, atabaque, bloco sonoro ou woodblock, carrilhão,
castanholas, caxixi, chimbal, chocalho, ganzá, triângulo, xequerê...
Membranofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração de uma
membrana
Ex: tambores, tambor militar, bongos, batá, bateria na maior parte composta de
membranofones, apesar de conter também idiofones, caixa, cuíca, pandeiro,
repenique, surdo, tomtom, zabumba...
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eletrônicos. Instrumentos que produzem som a partir da variação de intensidade de
um campo eletromagnético.
Ex: computador, sampler, sintetizador, teremim...
6 MUSICOTERAPIA
● Em nível psicofísico, tais como: respiração; ritmo cardíaco e reflexo;
● Na comunicação, quebrando barreiras em nível de expressão.
Estas repercussões variam de acordo com o nível de cultura musical de cada
um, bem como o nível da atenção dedicada à música.
Em 1972, uma iniciativa pioneira foi a criação do primeiro curso de formação
de musicoterapeutas no país.
A utilização da música em processos terapêuticos já estava presente de
forma experimental no uso da iniciação musical para crianças com dificuldades de
aprendizagem e para educação especial. Atualmente, previne e trata indivíduos com
diferentes necessidades tais como acompanhando pais em prénatal; estimulando
bebês em creches ou outras instituições; atendendo a deficientes mentais,
sensoriais e deficientes físicos em instituições de reabilitação; recuperando
dependentes químicos; assistindo pacientes com câncer e AIDS; atuando com
idosos em centros de geriatria e outros...
A musicoterapia busca o crescimento e contribui para uma melhor qualidade
de vida, estimulando a criatividade e a autoconfiança.
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Os instrumentos mais usados entre os musicoterapeutas são o violão, o piano
e instrumentos de percussão. Também faz parte da formação do musicoterapeuta o
conhecimento da anatomia e fisiologia humana, psicologia, filosofia e noções de
expressão artística em diversas formas.
7 SOM
O som é uma compressão mecânica ou onda longitudinal que se propaga
através de meios que tenham massa e elasticidade como os sólidos, líquido ou
gasoso, ou seja, não se propaga no vácuo. Os sons naturais são, na sua maior
parte, combinações de sinais, mas um som puro possui uma velocidade de
oscilação ou freqüência que se mede em hertz (Hz) e uma amplitude ou energia que
se mede em decibéis. Os sons audíveis pelo ouvido humano têm uma freqüência
entre 20 Hz e 20 kHz. Acima e abaixo desta faixa são ultrasom e infrasom,
respectivamente.
Seres humanos e vários animais percebem sons com o sentido da audição,
com seus dois ouvidos, que permite saber a distância e posição da fonte sonora, a
chamada audição estereofônica. Muitos sons de baixa freqüência também podem
ser sentidos por outras partes do corpo e pesquisas revelam que elefantes se
comunicam através de infrasons.
Os sons são usados de várias maneiras, especialmente para comunicação
através da fala ou, por exemplo, música. A percepção do som também pode ser
usada para adquirir informações sobre ambiente em propriedades como
características espaciais (forma, topografia) e presença de outros animais ou
objetos. Por exemplo, morcegos, baleias e golfinhos usam a ecolocalização para
voar e nadar por entre obstáculos e caçar suas presas. Navios e submarinos usam o
sonar, seres humanos recebem e usam informações espaciais percebidas em sons.
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7.1 Amplitude
Amplitude é uma medida escalar da magnitude de oscilação de uma onda. No
diagrama a seguir:
Figura .1: Amplitude
A distância Y, é a amplitude da onda, também conhecida como "pico de
amplitude".
Amplitude de uma onda é a medida da magnitude da máxima perturbação do
meio durante um ciclo da onda. A unidade utilizada para a medida depende do tipo
da onda. Por exemplo, a amplitude de ondas de som e sinais de áudio costumam
ser expressas em decibéis (dB).
A amplitude de uma onda pode ser constante ou variar com o tempo.
7.2 Música e Ruído
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grande de freqüências, de forma que exprimilo matematicamente é necessário levar
em conta um número muito grande de termos. Deste modo, um vulcão, quando em
erupção ou um instrumento musical qualquer pode produzir um grande número de
freqüências.
A diferença entre os sons musicais e outros quaisquer é que nos instrumentos
musicais utilizamos apenas algumas dentre as inúmeras freqüências possíveis, que
foram estabelecidas por convenção, constituíndose nas notas musicais. Quando um
instrumento por alguma razão começa a produzir freqüências diferentes daquelas
que estamos acostumados a ouvir, dizemos que o referido instrumento está
desafinado, precisando de um ajuste a fim de retornar a produzir sons na escala
convencional.
As notas musicais por sua vez podem ser agrupadas de modo a formar um
conjunto. Este conjunto recebe o nome de gama e um conjunto de gamas se
constitui numa escala musical. Cumpre observar que tanto as gamas quanto as
escalas musicais podem ser construídas de diversas maneiras, não sendo única
(isto pode ser exemplificado verificandose que a música oriental usa uma gama de
cinco notas musicais ao passo que o mundo ocidental utiliza uma gama de sete).
Entre as diversas gamas existentes, a mais popular de todas é a chamada gama
natural ou gama de Zarlin, que utiliza as notas denominadas dó, ré, mi, fá, sol, lá, si
e novamente dó. Estes nomes foram atribuídos a Guido de Arezzo, que foi um
músico italiano que viveu no século XI.
Naquele tempo, as notas musicais não possuíam nomes, fato este que levava
a uma natural dificuldade aos aprendizes em memorizar o som das notas. Devido a
isto, Guido imaginou um processo mnemônico, onde descobriu que um certo hino de
louvor a São João Baptista continha justamente as sete notas fundamentais. Como
este hino era muito popular na época pois diziam ser muito eficaz contra dor de
garganta, Guido fazia seus alunos decorarem este hino para melhorar a execução
das notas.
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HINO DE LOUVOR A SÃO JOÃO BAPTISTA
"Ut queant laxis Re sonare fibris Mira gestorum Famuli torum Solve
polluti Labii reatum Sancte Iohannes".
"Para que teus servos possam exaltar a plenos pulmões as maravilhas
dos teus milagres perdoa a falta do lábio impuro Ó São João".
Extraíndo as iniciais de cada verso, Guido obteve a seqüência UT, RÉ, MI,
FÁ, SOL, LÁ, SI, a qual estabelecia a gama. Foi somente seis séculos mais tarde
(século XVII), que o papa João Baptista Doni substituiu a nota "UT" por "DÓ" (de
DOni). Deste modo, ficamos com:
Figura .2: Gama Musical da Escala de Zarlin
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7.3 Freqüências Musicais
Freqüência é um termo empregue na Física para indicar a velocidade de
repetição de qualquer fenômeno periódico. Definese como o número de vezes que
se repete um fenômeno na unidade de tempo.
A unidade de medida da freqüência é o hertz (Hz), em honra ao físico alemão
Heinrich Rudolf Hertz, onde 1 Hz é um evento que tem lugar uma vez por segundo.
Alternativamente, podemos medir o tempo entre duas ocorrências do evento
1 (período) e então a freqüência é o inverso deste tempo.
f =
T Onde T é o período, medido em segundos.
A freqüência de uma onda, por exemplo, é a quantidade de vezes que ela
atinge a sua amplitude máxima (ou mínima) pelo tempo gasto.
O conhecimento da nota fundamental é importante pois serve de referência
para se construir a escala musical completa, pois podemos obter as demais notas
simplesmente multiplicandose a freqüência da nota fundamental por determinados
valores (ver tabela em seqüência).
Figura .3: Comparação entre as freqüências musicais
EXEMPLO1: A freqüência universalmente aceita como padrão é a do lá de índice 3
(LÁ3), cujo valor é igual a 435 Hz. Calcular deste modo à freqüência da nota DÓ3:
Resp.: Sendo LÁ3=435 Hz, temos DÓ3=(3/5).LÁ3=261 Hz.
EXEMPLO2: Sabendose que a freqüência do DÓ3 é igual a 261 Hz, calcular a
freqüência da nota fundamental (DÓ1):
Resp.: Como DÓ3=261 Hz, temos DÓ1=(1/4).DÓ3=65,25 Hz.
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O denominado intervalo acústico entre duas notas, que pode ser definido
como a razão entre duas freqüências F1 e F2, onde (F1>F2). Em decorrência da
própria definição, o intervalo acústico "I" será sempre maior ou igual a 1 (quando I=1,
F1=F2).
Deste modo, conforme vemos pela tabela, os intervalos entre as notas
consecutivas da gama natural podem assumir apenas os valores 1(UNÍSSONO),
F 1
I=
F 2
9/8(TOM MAIOR), 10/9(TOM MENOR), 16/15(SEMITOM) e 2(OITAVA).
Para introduzir uma nota intermediária entre duas notas consecutivas, de
freqüências F1 e F2 temos a liberdade de proceder de duas maneiras distintas: A
primeira delas é aumentar a freqüência de F1 e a segunda é reduzir a freqüência da
nota F2. A primeira modalidade chamase sustenir e a segunda bemolizar.
Sustenir uma nota consiste em aumentar a sua freqüência, multiplicandoa
por 25/24. Para indicar que uma nota foi sustenida, escrevemos o índice "#" à direita
da nota.
Bemolizar uma nota significa diminuir a sua freqüência, multiplicandoa por
24/25. Para indicar que uma nota foi bemolizada, escrevemos o índice "b" à direita
da nota.
EXEMPLO3: A nota LÁ3 de uma certa gama tem a freqüência de 435 Hz. Calcular a
freqüência do LÁ sustenido (LÁ#) e do LÁ bemolizado (LÁb):
Resp.: Sendo LÁ3=435 Hz, temos:
æ 25 ö
a) LA # = ç ÷ × LA 3 = 453 Hz
è 24 ø
æ 24 ö
b) LAb = ç ÷ × LA 3 = 417 , 6 Hz
è 25 ø
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7.4 Intervalo Musical
Considere agora que você esteja ouvindo o som produzido por algum
instrumento. Caso a audição de duas notas musicais (sucessivas ou simultâneas),
provocar uma sensação agradável, dizemos que entre essas duas notas existe um
intervalo musical. Essa sensação, que depende exclusivamente da razão entre as
freqüências dos sons, embora varie de ouvinte para ouvinte a nível sensitivo.
Os intervalos musicais são classificados em consonantes e dissonantes. Os
intervalos consonantes são expressos por frações em que o numerador e o
denominador são termos menores que 6:
· Intervalo de quarta (DÓFÁ) :4/3;
· Intervalo de quinta (DÓSOL): 3/2;
Já os intervalos DISSONANTES são expressos por frações cujos termos
aparecem inteiros maiores que o número 6:
· Intervalo de sétima maior (DÓRÉ): 15/8;
· Intervalo de segunda maior (DÓSOL): 9/8;
Se a escala musical é a mesma como conseguimos diferenciar os sons dos
instrumentos musicais? Conseguimos distinguir os sons produzidos pelos
instrumentos musicais através de uma característica sonora denominada timbre. O
timbre depende da fonte sonora e da forma de vibração que produz o som. Por
exemplo, uma mesma nota musical emitida por uma harpa e uma guitarra produzem
aos nossos ouvidos sensações diferentes, mesmo que suas intensidades sejam
iguais.
N
Tb = å A i × cos (K k - w i t + Ph i )
i = 1
Matematicamente o timbre (Tb) é a forma da onda resultante quando levamos
em conta todas as ondas produzidas num instrumento. De um modo geral, estas
ondas possuem amplitudes "A", freqüências "w" e fases "Ph" diferentes, de forma
que o timbre deve ser conseguido através de uma somatória das "N" freqüências.
Deste modo onde o índice "i" representa a varredura em todas as freqüências wi
produzidas no instrumento musical. Pelo fato do resultado final desta somatória ser
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diferente, variando de instrumento para instrumento é que conseguimos determinar
as diferenças de sons entre os diversos instrumentos musicais.
Outra característica importante do som é a altura do som (ou tom), que é a
qualidade do som que permite distinguir som grave (baixo) do som agudo (alto).
Deste modo, som alto é o que possui alta freqüência ao passo que som baixo é
aquele que tem baixa freqüência.
8 INSTRUMENTOS MUSICAIS – O OUVIDO E A AUDIÇÃO
Os sons musicais e os sons classificados como “ruídos ou barulhos que são
difíceis de serem distinguidos”, pois o que muitas pessoas consideram como música,
para outras pode ser um ruído muito desagradável. Em geral, o som musical é
aquele cuja onda sonora apresenta uma certa regularidade, e que é agradável a
nossos ouvidos. Os instrumentos musicais analisados a seguir são dispositivos que
produzem sons deste tipo.
8.1 Instrumentos de corda
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8.1.1 Fatores que influenciam na freqüência de vibração da corda
A freqüência do som emitido pela corda depende da velocidade v de
propagação da onda na corda e de seu comprimento L. É possível mostrar, usando
se de conhecimentos mais avançados, que o valor de v é dado por:
F
v=
m
Onde:
o F é a força que atua nas extremidades da corda, esticandoa (denominada
tensão da corda);
o µ é a massa por unidade de comprimento da corda, ou seja, µ = m/L
(denominada tensão superficial da corda).
A freqüência do som emitido pela corda em vibração pode, então, ser expressa
da seguinte maneira:
1 F
f =
2 L m
Analisando esta expressão, vemos que:
1. A freqüência de vibração da corda é tanto maior quanto menor for o seu
comprimento. Portanto, quanto menor a corda, mais agudo será o som que
ela emite.
2. A freqüência de vibração da corda é tanto maior quanto maior for a força com
que ela é esticada.
Em um violão ou violino, por exemplo, a tensão na corda pode ser alterada
por meio de cravelhas, com isso, o músico pode fazer com que a corda
produza notas mais graves ou mais agudas.
3. A freqüência da vibração da corda depende também de sua massa por
unidade de comprimento.
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Em um violão, por exemplo, as cordas mais grossas (de maior µ), emitem
sons mais graves e as mais finas (de menor µ), sons mais agudos.
Para que o ouvido humano perceba a onda sonora como som, ela deve ter
intensidade entre aproximadamente 10 12 W/m 2 e 1W/m 2 .
Sons com intensidade abaixo de 10 12 W/m 2 não transmitem energia suficiente
para fazer o tímpano vibrar e, para o ser humano, correspondem ao silêncio
absoluto. Por outro lado, sons com intensidade acima de 1W/m 2 transmitem tanta
energia ao tímpano que ele, ao vibrar, o faz com tão grande amplitude que provoca
dor e desconforto no ouvido.
A faixa de intensidade audível é tão extensa que os cientistas inventaram uma
outra grandeza para qualificar o volume de um som, o nível de intensidade sonora,
representado por β.
O nível de intensidade sonora β, medindo em decibel (dB), para um som de
intensidade I é calculado por:
I
b = 10 × log , em que Io é a intensidade mínima da referência 10 12 W/m 2 .
I 0
Exemplo3: Uma música de rock produz no ar um som cujo nível de intensidade
sonora, a 10 m de distância, é de 90 dB. Considerando que a intensidade mínima
necessária para que um som seja percebido é 10 12 W/m 2 , determine a intensidade I
dessa onda sonora a uma distância de 10 m da fonte.
I
O nível de intensidade sonora é dado por: b = 10 × log , em que I0 = 10
I 0
12
W/m 2 .
I I I
Temos, então: 90 = 10 × log -12 Þ 9 = log -12 Þ -12 = 10 9 Þ I = 10 -3 W / m 2 .
10 10 10
Exemplo1: Num festival de rock, os ouvintes próximos às caixas de som recebiam
uma intensidade física sonora de 10 W/m 2 . Sendo 10 12 W/m 2 a menor intensidade
física sonora audível, determine o nível sonoro do som ouvido por eles.
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Exemplo2: Uma janela de 1 m² de área abrese para a rua onde uma música produz
um nível sonoro, na janela, de 60 dB. Determine a potência que entra na janela por
meio das ondas sonoras. Considere I0 = 10 12 W/m 2 a menor intensidade física
sonora audível.
I I I
Temos o nível sonoro β = 60 dB = 6 B, então: b = log Þ 6 = log Þ 10 6 =
I 0 I 0 I 0
I
Sendo I0 = 10 12 W/m 2 , a intensidade física I da onda sonora será: 10 6 = -12
10
Þ I = 10 -6 W / m 2 .
A potência que entra pela janela de área A = 1m 2 , por meio das ondas sonoras, vale:
P P
I= Þ 10 - 6 = Þ P = 10 6 W
A 1
8.2 TUBOS SONOROS
A freqüência do som emitido pela coluna de ar em vibração é tanto menor
quanto maior for o comprimento da coluna.
Portanto, as colunas de ar de maior comprimento emitem sons mais graves e
as mais curtas, sons mais agudos.
Essa propriedade das colunas de ar em vibração é usada na construção de
instrumentos de sopro. Quando o músico sopra no instrumento, a coluna de ar em
seu interior é colocada em vibração. Em cada instrumento, o comprimento dessa
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coluna pode ser alterado e, assim, ele pode emitir diferentes notas musicais (sons
de diferentes freqüências). Essa variação de comprimento pode ser feita de diversas
maneiras:
Na flauta, se forem tapados todos os orifícios que ela apresenta ao longo do
corpo, será obtido o som mais grave (correspondente ao comprimento total
do instrumento). Destapandose um orifício, a coluna de ar vibra como se
estivesse em um tubo de menor comprimento, e o som emitido será mais
agudo;
No trombone, o comprimento da coluna de ar que vibra pode ser aumentado
ou diminuído movimentandose a “vara” do instrumento;
No pistom, essas variações são obtidas por meio de válvulas, que se abrem
e fecham quando acionadas pelo músico;
No órgão, há vários tubos, cada um deles com um determinado
comprimento, isto é, cada tubo é responsável pela emissão de uma certa
nota. Quanto maior for o número de tubos do órgão, mais agradável será o
som emitido por ele.
9 CONCLUSÃO
compositores, ligação entre História da Música com as outras artes e com a História
Geral, não podem ser apenas o meio de aculturação. O essencial é, em estabelecer
contato com os jovens, achar uma linguagem ao seu alcance, não os impor nada,
não contrariar os seus gostos e achar a ocasião, a forma de trabalho e as técnicas
que permitam criar a motivação e evitar a rejeição.
Por fim, criar momentos para as crianças, adolescentes e jovens traduzirem,
sob forma de atividades expressivas como pintura e movimento, a impressão e a
emoção que a audição musical lhes causa, a fim de permitir uma integração muito
mais intensa, rica e uma familiarização mais satisfatória.
Sugerimos que o assunto música seja trabalhado nas escolas e incentivado pelos
professores.
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