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Mostra 

de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar 
I MICTI 
Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006  ­  Colégio Agrícola de Camboriú/UF SC 

CONHECENDO MÚSICA 

Diego Pacheco 1 ; Carolina Júlia da silva¹ ; Afrânio Austregésilo Thiel 2 ; Carlos Sousa²; 
Osmarilda de Borba² 

RESUMO 

Todos nós ouvimos algum tipo de música, mas poucas pessoas se interessam em conhecê­ 
la profundamente. Ela é essencial na vida de todo ser humano. Acompanhando a sociedade 
em suas diferentes fases econômicas, políticas e sociais, criando um vínculo da qual jamais 
poderá ser rompido, pois ela, faz e continuará fazendo parte da nossa história. Este trabalho 
tem como objetivo apresentar a música, primeiramente de uma forma histórica, relacionando 
suas  transformações  e  vertentes  com  a  sociedade  em  que  ela  se  desenvolve.  Também 
descrevemos  de  uma  forma  simples  e  dinâmica  a  linguagem  musical  e  a  musicoterapia. 
Descrever todos os instrumentos musicais tornaria o trabalho muito extenso e cansativo, por 
isso os restringimos a sua classificação. Na matemática e na física, apresentamos através 
de  conceitos  e  exemplos  práticos  de  ondulatória,  freqüência,  intervalos  musicais  e 
progressões harmônicas. O mais importante, é que o nosso objetivo principal foi alcançado. 
Através  de  um  único  tema,  conseguimos  abranger  várias  disciplinas  como:  matemática, 
física, português, artes, biologia e história. 

Palavras chave: 

1  INTRODUÇÃO 

Todos  nós  ouvimos  algum  tipo  de  música,  mas  poucas  pessoas  se 
interessam em conhecê­la profundamente. 
Ela é essencial na vida de todo ser humano. Acompanhando a sociedade em 
suas  diferentes  fases  econômicas,  políticas  e  sociais,  criando  um  vínculo  da  qual 
jamais  poderá  ser  rompido,  pois  ela,  faz  e  continuará  fazendo  parte  da  nossa 
história. 
Este trabalho tem como objetivo apresentar a música, primeiramente de uma 
forma histórica, relacionando suas transformações e vertentes com a sociedade em 
que ela se desenvolve. Também descrevemos de uma forma simples e dinâmica a 
linguagem  musical  e  a  musicoterapia.  Descrever  todos  os  instrumentos  musicais 


Alunos do Curso Técnico em Informática, Colégio Agrícola de Camboriú, Universidade Federal de 
Santa Catarina. E­mails: carolzinhajsbc@hotmail.com, diegu.Pacheco@gmail.com . 

Professores Orientadores do Colégio Agrícola de Camboriú, Universidade Federal de Santa 
Catarina.e­mail: afraniothiel@yahoo.com.br; carlossal@ced.ufsc.br

tornaria  o  trabalho  muito  extenso  e  cansativo,  por  isso  os  restringimos  a  sua 
classificação. 
Como  dizia  o  compositor  e  pintor  Ernest  Theodor  Amadeus  Wilhelm 
Hoffmann,  “A  música  começa  onde  acaba  a  fala”.  Nesse  trabalho  ressaltamos  a 
música como uma forma de expressão. 

A MÚSICA 

A  palavra  música  é  de  origem  grega  e  significa  "a  força  das  musas".  Estas 
eram  as  ninfas  que  ensinavam  aos  seres  humanos  as  verdades  dos  deuses, 
semideuses e heróis, através da poesia, da dança, do canto lírico, do canto coral, do 
teatro  etc.  Todas  estas  manifestações  eram  acompanhadas  por  sons.  Então  a 
palavra música, numa definição mais precisa, seria a "arte de ensinar". 
A música, desde o início de sua história, foi considerada uma prática cultural e 
humana.  Provavelmente,  fruto  da observação  dos sons  da  natureza  que  despertou 
no homem, através do sentido auditivo, a necessidade e vontade de fazê­la. Defini­la 
não  é  tarefa  fácil  porque  apesar  de  ser  conhecida  por  qualquer  pessoa,  é  difícil 
encontrar um conceito que inclua todos os significados dessa prática. 
Mais  do  que  qualquer  outra  manifestação  humana,  a  música  contém  e  manipula  o 
tempo e o som. Talvez por essa razão seja tão difícil encontrar uma definição, pois ao buscá­ 
la, ela já se modificou, já evoluiu. 

3  A HISTÓRIA DA MÚSICA 

História da música é o estudo das origens e evolução da música ao longo do 
tempo.  Como  disciplina  histórica  insere­se  na  história  da  arte  e  no  estudo  da 
evolução  cultural  dos  povos.  Como  disciplina  musical,  normalmente  é  uma  divisão 
da  musicologia  e  da  teoria  musical.  Seu  estudo,  como  qualquer  área  da  história  é 
trabalho  dos  historiadores,  porém  também  é  freqüentemente  realizado  pelos 
musicólogos.
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3.1  História Mística da Música 

Os  gregos  contavam  que  depois  da  vitória  dos  deuses  do  Olimpo  sobre  os 
seis  filhos  de  Urano  (Oceano,  Ceos,  Crio,  Hiperião,  Jápeto  e  Crono),  mais 
conhecidos como os Titãs, foi solicitado a Zeus que fosse criado divindades capazes 
de cantar as vitórias dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemosina, a 
deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceram 
às nove Musas. 
Entre as nove Musas estavam Euterpe (a música) e Aede, ou Arche (o canto). 
As nove deusas gostavam de freqüentar o monte Parnaso, na Fócida, onde faziam 
parte do cortejo de Apolo, deus da Música. 
Há  também,  na  mitologia,  outros  deuses  ligados  à  história  da  música  como 
Museo, filho de Eumolpo, que era tão grande músico que quando tocava chegava a 
curar doenças; de Orfeu, filho da musa Calíope (musa da poesia lírica e considerada 
a mais alta dignidade das nove musas), que era cantor, músico e poeta; de Anfião, 
filho  de  Zeus,  que  após  ganhar  uma  lira  de  Hermes,  o  mais  ocupado  de  todos  os 
deuses, passou a dedicar­se inteiramente à música. 
Se estudarmos com cuidado a mitologia dos povos, perceberemos que todo o 
povo tem um deus ou algum tipo de representação mitológica ligado à música. Para 
os egípcios, por exemplo, a  música teria sido inventada por Tot ou por Osíris; para 
os hindus, por Brama; para os judeus, por Jubal e assim por diante, o que prova que 
a música é algo fundamental a historia do ser humano sobre a Terra e uma de suas 
manifestações mais antigas e importantes. 

3.2  História Não Mitológica 

Na história não­mitológica da música são importantes os nomes de Pitágoras, 
inventor do monocórdio para determinar matematicamente as relações dos sons, e o 
de  Lassus,  o  mestre  de  Píndaro,  que,  perto  do  ano  540  antes  de  Cristo,  foi  o 
primeiro pensador a escrever sobre a teoria da música.

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Outro  nome  é  o  do  chinês  Lin­Len,  que escreveu  também  um  dos  primeiros 
documentos  a  respeito  de  música,  em  234  antes  de  Cristo,  época  do  imperador 
chinês Haung­Ti. No tempo desse soberano, Lin­Len, que era um de seus ministros, 
estabeleceu a oitava em doze semitons, aos quais chamou de doze lius. Esses doze 
lius  foram  divididos  em  liu  Yang  e  liu  Yin,  que correspondiam,  entre  outras  coisas, 
aos doze meses do ano. 

3.3  A Música Através da História 

Para  melhor  compreensão,  dividimos  a  história  da  música  em  suas 


respectivas fases e tempo, começando pela pré­história até os tempos atuais. 
Ressaltamos a influência da música no cotidiano da sociedade e a influência 
da sociedade na música. As duas sempre estiveram ligadas, tornado fácil relaciona­ 
las. 

3.3.1  Pré­História 

O homem primitivo sentia  a  necessidade  de se  comunicar.  Para  isso  usava, 


por exemplo, sinais sonoros como: gritos, sons corporais, batimentos com pedras ou 
com  ramos  de  árvores,  etc.  Desde  o  momento  que  o  homem  começou  a  produzir 
sons  com  a  intenção  de  fazer  música,  mesmo  como  uma  forma  de  comunicação, 
pode­se afirmar que se deu início ao longo percurso da história da música. 
Assim  o  homem  começou  a  fazer  uso  da  música  nas  suas  cerimônias  e 
rituais, como por exemplo, na evocação das forças da natureza, no culto dos mortos, 
no decorrer da caça,... 
No  início  começou  a  usar  apenas  a voz  e  os  diversos  sons  corporais,  mais 
tarde,  também  introduziu,  lentamente,  instrumentos  que  construía  para  usar  nas 
suas músicas e danças numa tentativa de agradar mais aos deuses.

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Depois de  descobrir a  beleza  e  a  funcionalidade  da música  o  homem  nunca 


mais se separou dela. 
O  homem  primitivo  usava  principalmente:  pedras,  paus,  ramos  de  árvores 
perfurados e flautas. 

3.3.2  Antiguidade (Até o século VI) 

Esse período se compreende até o século VI, quando a música assumiu  um 
papel  central  nas  diversas  atividades  diárias  das  grandes  civilizações  da 
antiguidade, como no Egito, Grécia e Roma. 
Muitas  obras  de  arte  da  Antigüidade  mostram  músicos  e  seus  instrumentos, 
mas  não  existem  conhecimentos  sobre  como  os  antigos  os  produziam.  Apenas 
umas  poucas  peças  completas  de  música  da  Antigüidade  ainda  existem,  quase 
todas do povo grego.

· Egito 

O  Egito,  situado  a  nordeste  de  África,  caracteriza­se  principalmente  pelos 


seus  monumentos  como  as  pirâmides  e  as  esfinges.  Nesta  civilização,  fazia­se 
música tanto no palácio do faraó como no trabalho do campo ou ainda no culto dos 
mortos. Eram normalmente as mulheres que tocavam. 
A música tinha uma origem divina e estava muito ligada ao culto dos deuses. 
Por  volta  de  4.000  a.C.,  as  pessoas  batiam  discos  e  paus  uns  contra  os 
outros,  utilizavam  bastões  de  metal  e  cantavam.  Posteriormente,  nos  grandes 
templos dos deuses, os sacerdotes treinavam coros para cantos de música ritual. Os 
músicos da corte cantavam e tocavam vários tipos de harpa, alaúdes e instrumentos 
de sopro e percussão. As bandas militares usavam trompetes e tambores.

· Grécia

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A  Grécia  esteve  muito  ligada  à  poesia  e  à  escrita  que,  junto  com  a  música, 
participavam  como  forma  de  expressão  nos  teatros.  A  civilização  grega  teve  um 
papel  fundamental  para  a  evolução  da  história  da  música  ocidental, criando vários 
ritmos. 
Em  Atenas  se  realizavam  anualmente  concursos  de  canto  e  as  peças  de 
teatro eram acompanhadas por música. 
Os  gregos  valorizavam  tanto  a  música,  que  ela  fazia  parte  das  quatro 
disciplinas essenciais para a educação dos jovens. 
Eles  usavam  as  letras  do  alfabeto  para  representar  notas  musicais. 
Agrupavam  essas  notas  em  tetracordes  (sucessão  de  quatro  sons).  Combinando 
esses tetracordes de várias maneiras, os gregos criaram grupos de notas chamados 
modos.  Os  modos  foram  os  predecessores  das  escalas  diatônicas  maiores  e 
menores. 
Os pensadores gregos construíram teorias musicais mais elaboradas do que 
qualquer  outro  povo  da  Antigüidade.  Pitágoras,  um  grego  que  viveu  no  século  VI 
a.C.,  achava  que  a  Música  e  a  Matemática  poderiam  fornecer  a  chave  para  os 
segredos  do  mundo.  Acreditava  que  os  planetas  produziam  diferentes  tonalidades 
harmônicas e que o próprio universo cantava. Essa crença demonstra a importância 
da música no culto grego, assim como na dança nas tragédias. 
Os gregos usavam a Lira, os Aulos e instrumentos de percussão. 
Foi na Grécia Antiga que surgiu o órgão.

· Roma 

Toda a ideologia musical do império romano foi influenciada pela dos gregos, 
mas  também  inventaram  instrumentos  novos  como  o  trompete  reto,  a  que 
chamavam de tuba. 
Em  Roma,  as  lutas  dos  gladiadores  eram  acompanhadas  por  trombetas.  A 
música  estava  sempre  presente  nas  casas  dos  homens  e  mulheres  com  muito 
dinheiro.  Nas  ruas  aconteciam  pequenos  espetáculos  de  malabarismo  e  de 
acrobacia que eram sempre acompanhados por flautas e pandeiretas.

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Usavam freqüentemente o hydraulis , o primeiro órgão de tubos; o fluxo 
constante de ar nos tubos era mantido por meio de pressão de água. 

3.3.3  Idade Média (Do século VII ao XV) 

O  termo  “medieval”  vem  da  expressão  latina  "medium  aevum"    (época 


intermediária)  dada  pelos  historiadores  renascentistas  ao  período  compreendido 
entre  o  desaparecimento  do  Império  Romano  e  os  novos  interesses  pela  cultura 
greco­romana  no  século  15.  O  regime  sócio­econômico  predominante  foi  o 
feudalismo,  caracterizado  pela  exploração  da  terra  e  por  uma  complexa  hierarquia 
político­militar  entre  as  pessoas.  Este  regime  dividiu  a  Europa  em  minúsculos 
territórios. O fator de coesão era a Igreja Católica que, de fato, decidia o destino de 
todos. 
Com  a  queda  do  Império  Romano  e  a  implantação  do  cristianismo,  a  igreja 
passa  a  ter  um  papel  fundamental  para  o  desenvolvimento  e  evolução  da  música, 
pois são os monges que, nos mosteiros e depois dos gregos, desenvolviam a escrita 
e a teoria musical. 
São  os  cânticos  litúrgicos,  vocais  e  de  transmissão  oral  que  fazem  parte  do 
repertório  mais  usado  na  música  da  Idade  Média.  Estes  cantos  litúrgicos  variavam 
nas suas interpretações de acordo com as diferenças de raça, cultura, ritos e hábitos 
musicais dos diversos povos. 
Sentindo  a  necessidade  de  expandir  e  de  fortalecer  o  cristianismo,  São 
Gregório  Magno,  monge  beneditino  e  eleito  papa  em  590  d.C.,  criou  e  selecionou 
uma  série  de  cânticos  litúrgicos  com  qualidade  e  dignos  de  culto.  Esta  coletânea 
intitulada de “Antifonário” reunia alguns cânticos já existentes e outros de sua própria 
autoria. 
Esta forma de cantar foi nomeada de Canto Gregoriano, que era basicamente 
uma forma de oração para demonstrar o amor a Deus. Este canto tinha uma melodia 
simples que seguia o ritmo das palavras. 
Nesta época começa a haver uma grande separação entre a música religiosa 
e  a  música popular. Uma  das  grandes  diferenças  entre  elas  está  nos  instrumentos

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que são usados  em  ambas.  Na  igreja apenas o órgão  era  permitido,  enquanto que 


na  música  não  religiosa  ou  chamada  profana  usavam­se:  a  rabeca,  o  saltério,  o 
alaúde,  a  charamela,  a  flauta,  a  gaita  de  foles,  a  sanfona,  a  harpa,  os  pratos,  os 
pandeiros, os tambores... 
Os  cânticos  religiosos  desenvolveram­se  até  tomar  a  forma  de  uma  espécie 
de  melodia  chamada  cantochão.  Santo  Ambrósio  ajudou  a  elaborar  uma  série  de 
regras  para  manter  um  estilo  adequado  ao  canto  de  hinos  sacros.  A  música  que 
obedece  a  essas  regras  é  chamada  canto  ambrosiano.  Foi  a  primeira  forma 
sistematizada do cantochão. 
O cantochão era construído sobre  uma  série  de  modos semelhantes aos  da 
música  grega.  A  música  da  Antigüidade  e  dos  primórdios  da  Era  Medieval  tem 
apenas  uma  linha  melódica  cantada  e  tocada  por  todos  os  executantes  e  é 
freqüentemente chamada monofonia (apenas um som). 
No  início  da  Idade  Média,  todos  cantavam  tanto  a  música  sacra  como  a 
profana ou secular (não religiosa) na forma monofônica. 
Depois  desejaram  cantar  e  tocar  uma  música  mais  interessante  e  mais 
complexa do que a monofônica. Reuniram duas ou mais melodias, criando um tipo 
de  música  chamada  polifônica,  que  significa  muitos  sons.  A  polifonia  apareceu  na 
Europa mais ou menos no século IX. 
A  composição  no  estilo  polifônico  é  chamada  ORGANUM  e  sua  forma  mais 
antiga é o "Organum Paralelo". 
A  notação musical serviu no início  apenas  para  auxiliar  a  memória  de quem 
cantava,  mas,  ao  longo  dos  tempos,  tornou­se  cada  vez  mais  precisa.  Numa  fase 
inicial eram colocados pequenos símbolos chamados Neumas. 
Mais tarde e de forma progressiva, foram introduzidas as linhas até se chegar 
ao conjunto das 4 que foram inventadas por Guido D’Arezzo, conhecido como sendo 
um grande teórico da música na Idade Média. Mas, a partir do século XI, o uso da 
pauta tornou­se habitual. 
O contraponto (escrita polifônica) desenvolveu­se nos 800 anos seguintes. 

3.3.4  Renascimento (Séculos XV e XVI)

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O  Renascimento  foi  um  movimento  cultural  muito  complexo,  que  nasceu  na 
Itália, por volta do século XIV, e se espalhou pela Europa cem anos depois. 
Esta época marca o início do mundo moderno. 
O  período  renascentista  é  caracterizado  pela  mudança  de  pensamento  do 
homem perante o mundo. Sabe­se então que esta mudança vai também influenciar 
a arte. 
O  homem  do  renascimento  já  não  vive  apenas  dominado  pelos  valores  da 
igreja, agora encontra valores nele próprio e na natureza. A igreja também se tornou 
menos rígida e permitiu uma troca maior entre a música sacra e a música profana. 
É neste período também que os donos das cortes e homens ricos concedem 
oportunidades  de  trabalho  aos  compositores  e  aos  músicos,  promovendo  festas, 
audições e acontecimentos culturais. 
Nesta  época,  as  obras  musicais  que  se  desenvolvem  são  essencialmente 
vocais,  ou  melhor,  a  música  vocalpolifônica 3 ,  que  se  torna  a  composição  mais 
comum. 
As formas vocais mais importantes deste período são: os madrigais 4 , a missa, 
e o motete. 
É  também  no  renascimento  que,  apesar  de  se  continuar  a  utilizar  os 
instrumentos  para  duplicar,  reforçar  ou  substituir  as  vozes,  se  começou  a 
desenvolver  uma  música  composta  para  ser  tocada  por  instrumentos  musicais, 
destacando­se o alaúde e as violas de gamba. 
Os compositores desejavam escrever música secular sem se preocupar com 
as práticas da Igreja. Sentiam­se atraídos pelas possibilidades da escrita polifônica, 
na qual cada voz podia ter sua própria linha melódica. 
A  escrita  polifônica  fornecia  oportunidades  técnicas  para  efeitos  de  grande 
brilho,  que  eram  impossíveis  até  então.  Uma  forma  secular  de  composição,  o 
madrigal, surgiu no século XIV, na Itália. Os compositores escreviam  madrigais em 
sua  própria  língua,  em  vez  de  usar  o  latim.  Compositores  flamengos  escreveram 


Composição vocal com diferentes vozes que cantam em simultâneo, na qual cada uma das vozes canta uma 
melodia diferente das restantes. 

Composição coral elaborada de origem italiana que, com base num pequeno poema, podia ser acompanhada 
por diversos instrumentos. Geralmente era tocado nas reuniões sociais palacianas e em espetáculos teatrais.
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obras  neste  estilo,  embora  se  dedicassem  quase  essencialmente  à  composição 


sacra. 
Na  Itália,  Giovanni  Palestrina,  criou  o  mais  importante  sistema  de  escrita 
polifônica que antecedeu a Bach. Durante a Renascença, a música inglesa atingiu o 
apogeu,  surgiram  grandes  compositores  madrigalistas  ingleses  que  musicavam  a 
poesia da época. 

3.3.5  A Música Barroca ­ (Do final do século XVI a meados do século XIII) 

Os  séculos  XII  e  XVII  da  história  humana  são  caracterizados  pelas  grandes 
disputas  nos  mares  entre  Inglaterra,  Espanha  e  Holanda,  por  causa  das  colônias 
americanas e africanas, e pelas guerras religiosas entre católicos e protestantes na 
Europa. Na política a burguesia apóia os monarcas contra os senhores feudais. 
Nas  ciências  (medicina,  astronomia,  química  etc.)  e  na  filosofia  há  um 
contínuo  desenvolvimento  pela  pesquisa:  a  razão  passa  a  ser  a primeira  condição 
para a felicidade do ser humano (mais tarde esta maneira de pensar desembocaria 
no Iluminismo). 
Os  artistas  refletiram,  então,  esta  expansão,  intensidade,  contradição, 
exuberância  e  diversidades  culturais,  buscando  expressar  toda  a  infinitude  do 
universo, a transitoriedade do tempo e as contradições de visão de mundo. 
Os gêneros típicos da música barroca são a ópera, o concerto grosso, a suíte 
e a cantata sacra. 
A  música barroca se caracteriza pelo caráter polifônico da música de Bach e 
de Handel, apesar de que nem toda a música barroca foi polifônica. 
No  Barroco  do  século  XVII,  a  melodia  torna­se  independente  do  coro, 
passando  a  ser  expressão  de  situações  dramáticas  e  sentimentos  humanos;  é  a 
ópera. Por outro lado, a polifonia entra em decadência. 
O século XVIII os compositores passaram a ser servidores públicos, servindo 
a  corte,  a  aristocracia,  a  Igreja.  A  arte  musical  tornou­se  estritamente  funcional.  O 
objetivo  era,  apenas,  a  execução  ou  a  representação  de  uma  obra.  Por  isso  a

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grande  maioria  das  composições  do  século  nunca  foi  publicada,  impressa;  caiu, 
depois da execução, no esquecimento. 

3.3.6  Rococó : Um Período de Transição (Meados do século XVIII) 

Entre  as  experimentações dos compositores do século  XVII e  a  solidificação 


das  formas  tonais,  aconteceu  um  período  de  transição,  mais  ou  menos  entre  os 
anos de 1720 a 1760, batizado de Rococó ("concha" em francês) ou Estilo Galante. 
Também é costume chamá­lo de Pré­Clássico. 

As características fundamentais foram:

●  Simplificação harmônica;

●  Melodias baseadas ou imitadas da música folclórica;

●  Fim do floreio vocal e instrumental;

●  Ritmos dançantes (o minueto era a dança oficial de todas as cortes);

●  Abandono das texturas polifônicas;

●  Formas contrastantes entre trechos rítmicos e melodiosos. 

Podemos destacar os seguintes compositores:

●  Georg Philipp Telemann (1681/1767)

●  Domenico Scarlatti (1685/1757)

●  Giovanni Battista Pergolesi (1710/1736)

●  Wilhelm Friedmann Bach (1710/1784)

●  Carl Philipp Emmanuel Bach (1714/1788)
· Johann Christoph Friedrich Bach (1732/1795)
· Johann Christian Bach (1735/1782)

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Devemos  acrescentar  que  as  primeiras  composições  de  Joseph  Haydn 


(1732/1809)  e  de  Wolfgang  Amadeus  Mozart  (1756/1791)  também  levam  a  marca 
deste estilo transitório. 

3.3.7  Música Clássica (Da segunda metade do século XVIII até o início do século 
XIX) 

A expressão "música clássica" é, quase sempre, sinônimo de música erudita. 
Na  filosofia,  o  Iluminismo  incentivava  a  discussão  política  em  torno  das 
noções  de  democracia,  república,  direitos  humanos  etc.  e,  também,  das  crenças 
religiosas,  que  foram  livremente  admitidas  e  toleradas,  bem  como  duramente 
criticadas. 
Nas  artes  do  período,  desenvolveu­se  o  estilo  Neo  Clássico  (ou  Arcadismo) 
da  Literatura  e  das  Artes  Visuais.  Esta  estética  defende,  num  sentido  amplo,  o 
racionalismo, a procura do belo, a perfeição, o equilíbrio, a simetria, a proporção, a 
imitação não da natureza, mas de obras de outros autores. 
Os compositores clássicos acreditavam  que a  música  deveria  ter  uma  forma 
polida  e  galante,  só  desejavam  expressar  emoções  de  uma  maneira  refinada  e 
educada. Suas obras são cheias de brilhantismo e vivacidade. 
Entre  os  compositores  que  dominaram  a  época  estão:  Joseph  Haydn  e 
Wolfgang Amadeus Mozart, ambos com uma obra vastíssima. Haydn compôs  mais 
de  100  sinfonias,  enquanto  Mozart  compôs  mais  de  600  peças.  Ambos 
desempenharam  um  papel  importante  no  desenvolvimento  da  sonata  para  piano, 
nos quartetos de cordas e em outras formas musicais. 

3.3.8  Romantismo (Século XIX) 

Os  compositores  românticos  achavam  o  estilo  de  música  do  Classicismo 


artificial.  Sentiam  que  a  música  poderia  ser  fantasiosa  e  emocional,  com  a

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imaginação fornecendo os meios e o sentimento expressando o estado de espírito. 
A força da expressão substituía o refinamento que faltava em suas obras. 
Muitos  compositores  importantes  surgiram  nesta  época:  Beethoven,  que 
apesar de ser  um  mestre das  formas clássicas,  afastava­se  delas sempre  que  isso 
lhe parecia necessário para atingir suas metas artísticas. Era fundamentalmente um 
classicista,  mas  escreveu  obras  de  espírito  romântico.  Franz  Schubert,  um 
compositor do início do romantismo. Carl Maria von Webwer, alemão que imprimiu o 
primeiro exemplo importante de espírito nacionalista à ópera. Mendelssohn, também 
alemão que obteve fama por sua música instrumental e teve o grande mérito de ter 
renovado o interesse pela música de Bach. 
Nesta época também surgiu o polonês Frederic Chopin, que passou a maior 
parte de sua vida na França e é famoso por suas peças para piano. 

3.3.9  Nacionalismo (Século XIX até o início do século XX) 

Um  dos  frutos  do  romantismo  foi  que  muitos  compositores  começaram  a 
procurar,  de  diversas  maneiras,  expressarem  na  música  os  sentimentos  de  seu 
povo. O nacionalismo musical desenvolveu­se de diversas formas em vários países; 
muitos  compositores  estudaram  o  folclore  de  seu  país  e  aproveitaram  música 
folclórica em suas obras. 
Na  França,  o  nacionalismo  criou  uma  marcante  e  nova  tradição  na  ópera  e 
em  obras  sinfônicas  dramáticas.  George  Bizet  compôs  Carmen,  uma  das  mais 
conhecidas e executadas óperas até hoje. Franz Liszt, húngaro de nascimento, mas 
que  estendeu  suas  atividades  tanto  à  França  como  à  Alemanha,  representa  um 
vínculo musical entre esses dois países. 
Na  Alemanha,  Richard  Wagner  dominou  a  forma  operística  com  seus 
revolucionários dramas musicais. Johannes Brahms rejeitou a influência do teatro e 
procurou  dar  continuidade  à  tradição  de  Beethoven,  preferia  a  música  pura  sem 
dramatizações. A valsa do estilo vienense e a ópera ligeira começaram com Johann 
Strauss e atingiram o auge com seu filho.

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Na Itália, Rossini, Puccini e Verdi desenvolveram a ópera que atingiu o auge e 
seus mais belos momentos. 

3.3.10  Música no século XX 

O  século  XX  presenciou  o  desenvolvimento  de  quatro  aspectos  importantes 


na história da música:

●  O sempre crescente espírito nacionalista; 

O  Nacionalismo  tornou­se  marcante  na  música  espanhola.  Os  compositores 


soviéticos,  dominados  pelo  governo  comunista,  criaram  uma  perspectiva 
oficialmente anti­romântica, conhecida como realismo socialista. 
Os  mestres  húngaros  escreveram  obras  baseadas  em  canções  folclóricas 
mas com um estilo pessoal.

●  O  aparecimento  de  importantes  compositores  norte­americanos  e  latino­ 


americanos; 
Novos compositores americanos começaram a expressar idéias de vanguarda 
de  muita  importância  na  música  do  século  XX.  A  América  Latina  produziu 
compositores  muito  importantes  como  o  mexicano  Carlos  Chávez  e  o  brasileiro 
Heitor Villa Lobos.

●  A  ascensão  de  estilos  internacionais  na  música,  pela  primeira  vez  desde  o 
período clássico do século XVIII; 
Estilos internacionais. No início do século XX surgiu o Impressionismo, criado 
na França por Claude Debussy e mais tarde com Maurice Ravel. O compositor russo 
Igor Stravinsky, foi um inovador por excelência, criando vários estilos musicais. Suas 
criações  levaram­no  do  nacionalismo  e  neoclassicismo  até  as  composições

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dodecafônicas.  Os  primeiros  balés  de  Stravinsky,  especialmente  A  Sagração  da 


Primavera, foram logo aceitos como clássicos contemporâneos.

●  A  procura  de  novos  princípios  harmônicos  que  substituíssem  a  harmonia 


tradicional de tônica­dominante. 
Novos  princípios  harmônicos:  os  músicos  acreditavam  que  já  haviam 
esgotado  todos  os  recursos  do  sistema  tônica­dominante  e  sentiam  que  a  música 
precisava  de  uma  estrutura  harmônica  nova.  Muitas  inovações  foram  feitas  e 
despertaram  uma  reação  violenta  de  protesto,  tanto  do  público  como  de 
compositores  conservadores  e  críticos.  Fizeram  experiências  de  atonalidade  e  de 
politonalidade (duas ou mais tonalidades mesmo tempo) 
Na década de 60, o nacionalismo deixou de representar uma força na música 
erudita.  O  mundo  musical  apresentava  uma  situação  semelhante  ao  século  XVII, 
quando estilos internacionais dominavam o cenário musical e compositores das mais 
diversas procedências e  escolas  podiam compartilhar  dos  mesmos  pontos  de vista 
artísticos. Nos países comunistas, o realismo socialista era o estilo oficial. 

4  A Linguagem da Música 

A música é feita de sons, tradicionalmente descritos por alguns parâmetros:
· Altura:  freqüência  definida  de  um  som.  É  o  que  diferencia  um  som  de  um 
ruído. Não confundir com volume (intensidade);
· Ritmo:  diferentes  modos  de agrupar  os sons  musicais,  do  ponto de vista  da 
duração dos sons e de sua acentuação;
· Acorde:  A junção de 2 ou mais notas musicais. Pode ser consonante, notas 
concordam umas com as outras ou pode ser dissonante, notas dissonam em 
maior ou menor grau;
· Intensidade: a força relativa de um som em relação a outros;
· Timbre: qualidade de som de cada instrumento, o que pode ser chamado de 
“a cor do som”. A sonoridade característica de um instrumento é que nos faz 
reconhecê­lo imediatamente;

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· Forma: configuração básica de uma obra musical;
· Tessitura:  aspecto da música. Algumas apresentam uma sonoridade calma, 
enquanto outras agitadas.
· Tempo:  Em  um  compasso,  é  a  marcação  da  pulsação  de  uma  música  de 
forma a estabelecer um padrão de agrupamento de sons. 

As  obras  musicais  têm  vários  nomes  oficiais  e  não  oficiais.  O  nome  oficial 
pode indicar a forma da obra e identificar a sua tonalidade, como em Sinfonia nº9 em 
Ré  Menor;  esse  nome  inclui  freqüentemente  um  número  de  opus  (obra)  que 
corresponde  à  ordem  de  colocação  da  música  na  obra  do  autor,  que  poderá  ter 
escrito ou publicado outras obras entre sua 8ª e 9ª sinfonia. Por exemplo: a Sinfonia 
nº8 em Fá Maior de Beethoven, é opus 93 e a sua 9ª Sinfonia em Ré Menor é opus 
125. Os números de opus indicam a ordem de publicação, e não a de composição. 
As  músicas  de  Mozart  são  identificadas  pelo  índice  Köchel,  como  K  550,  que 
corresponde  à  sua  colocação  no  catálogo  publicado  pelo  musicólogo  Ludwig  von 
Köchel, em 1862. 

4.1  Notação 

É o conjunto de sinais convencionados para representar os sons musicais. As 
partituras  são  escritas  e  publicadas  de  acordo  com  essa  linguagem  própria  da 
música.  As  notas  são  sinais  gráficos  que  representam  os  sons  musicais,  são 
símbolos escritos em preto e branco na pauta (conjunto de cinco linhas horizontais). 

A colocação das notas na pauta é que determina:
· A altura dos sons;
· Sua colocação numa seqüência de sons;
· Sua duração;

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· Indicações  do  compositor  sobre  maneira  como  sua  obra  deverá  ser 
executada. 

4.2  Partituras 

Contêm as músicas escritas para vários instrumentos e vozes. Numa partitura 
orquestral,  a  música  das  madeiras  aparece  em  cima,  logo  abaixo  estão  às  partes 
dos instrumentos de percussão e dos metais, segue­se a música dos solistas, tanto 
vocais  como  instrumentais  e  depois  os  coros,  se  houver.  A  música  das  cordas 
aparece na parte de baixo da partitura. Cada intérprete possui apenas uma partitura 
que  contêm  só  a  parte  que  vai  tocar  ou  cantar  e  segue  sempre  as  instruções  do 
regente; este sim, tem uma partitura completa com a parte de todos os instrumentos, 
solistas e coros. 

4.3  Melodia 

Seqüência  de  notas  de  diferentes  sons,  organizadas  numa  determinada 


forma, de modo a fazer “sentido musical” para quem escuta. 
Na  linguagem  cotidiana,  "melodia"  refere­se  a  uma  seqüência  de  sons  com 
ritmo  definido  e  sentido  de  conjunto.  A  melodia  é  o  que  você  assobia  quando  se 
lembra de uma canção. Comparando à leitura de partituras, onde cada nota é escrita 
ao lado da outra, diz­se que a melodia representa a dimensão horizontal da música. 

4.4  Harmonia 

Ocorre quando duas ou mais notas de diferentes sons são ouvidas ao mesmo 
tempo, produzindo um acorde. Cada combinação forma um acorde; a harmonia é a 
lógica da formação e seqüência dos acordes. Se a melodia é a dimensão horizontal, 
a harmonia é sua dimensão vertical. Ela não se limita à elaboração de acordes, mas 
também à relação entre eles. 
A  harmonia  é  um  sistema  hierárquico:  alguns sons são mais  importantes  do 
que outros para a música.

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4.5  Contraponto 

“Arte  de  sobrepor  duas  ou  mais  melodias.”  Há  vários  tipos  possíveis  de 
contraponto  (ou  polifonia);  a  noção  básica  a  todos  é  a  criação  de  várias  melodias 
independentes,  que soam  ao mesmo  tempo  na composição.  Cada  uma  das  quatro 
vozes de uma peça coral (soprano, contralto, tenor e baixo), tem sua linha melódica 
própria,  que  se  combina  com  as  demais.  As  "vozes"  de  uma  composição 
instrumental seguem o mesmo princípio. 

4.6  Tonalidade 

Tonalidade  é  a  hierarquização  interna  das  notas  musicais,  onde  os  acordes 


são organizados de uma forma crescente. 

4.7  Clave 

Clave  é  um  sinal  que  identifica  as  notas  de  uma  partitura,  fazendo 
corresponder uma determinada nota a uma determinada linha na pauta. Ao longo da 
história  da  notação  musical,  muitas  claves  foram  criadas  e  utilizadas,  mas  a  maior 
parte delas não é mais utilizada nos dias atuais. As claves mais freqüentes hoje em 
dia  são  a  de sol  e  a  de fá.  Além  disso  ainda  existem  as  de  Do,  que são  utilizadas 
com menos freqüência. 
As claves servem para indicar ao músico como ler a partitura. 

4.8  Compasso 

Na  notação musical,  um  compasso  é  uma  forma  de  dividir  as  notas  de uma 
composição  musical  em  grupos  de  mesma  duração.  O  compasso  escolhido  pelo 
compositor  está  diretamente  associado  ao  estilo  da  música.  Uma  valsa,  por 
exemplo, tem o ritmo 3/4 e um rock tipicamente usa o compasso 4/4. 
Os compassos facilitam a execução musical, ao definir a unidade de tempo, o 
pulso  e  o  ritmo  da  composição,  de  uma  ou  de  suas  partes.  Os  compassos  são 
representados na partitura como linhas verticais desenhadas sobre a pauta.

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5  INSTRUMENTOS MUSICAIS 

Um instrumento musical é um objeto construído com o propósito de produzir 
música. O estudo dos instrumentos musicais designa­se por organologia. Os vários 
tipos  de  instrumentos  podem  ser  classificados  de  diversas  formas.  Uma  das  mais 
comuns é dividí­los de acordo com a forma pela qual o som é produzido. 
A tecnologia dos instrumentos musicais esteve, por muito tempo, “trancada a 
7  chaves”, sendo  seus segredos  revelados  somente  de  pai  para  filho.  No  entanto, 
alguns  instrumentos  eram  considerados  irreprodutíveis,  como  os  violinos 
Stradivarius,  confeccionados  na  Itália  por  Antonio  Stradivari,  pois  dizem  que  nem 
mesmo nenhum de seus sete filhos conseguiu reproduzi­los. 

No  século  XX,  a  moderna  teoria  espectral  e  as  técnicas  de  processamento 
digital  de  sinais  desenvolvidos  resolveram  seguramente  todo  o  problema  da 
produção  de  sons,  uma vez que qualquer som devidamente  especificado pode ser 
produzido por meios computacionais. 

5.1  Classificação e divisão dos instrumentos musicais 

Existem  muitas  formas  de  classificar  os  instrumentos  musicais.  Algumas 


classificações  levam  em  conta  os  conjuntos  de  instrumentos  tais  como  orquestras. 
Um exemplo é a classificação dos instrumentos da orquestra sinfônica que divide os 
instrumentos em cordas, sopros (subdivididos em madeiras e metais) e percussão. 

O século XIX, com a necessidade de catalogar e expor instrumentos musicais 
em  uma  coleção  do museu  de  instrumentos  musicais  de  Bruxelas,  o organologista 
Victor Mahillon criou um sistema que dividia os instrumentos, de acordo com a forma 
de  produção  sonora,  em  autofones,  membranofones,  cordofones  e  aerofones.  Seu 
sistema  foi  ampliado  por  Curt  Sachs  e  Erich  von  Hornbostel,  dando  origem  ao 
chamado sistema Hornbostel­Sachs de classificação. 

Freqüentemente  utiliza­se  como  critério  principal  em  várias  classificações,  a 


forma  como  o  som  é  produzido.  Este  é  o  critério  utilizado  por  Hornbostel­Sachs, 
Mahillon e vários outros sistemas mais recentes.
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Forma atualizada 

(da forma como os instrumentos produzem som) 

Aerofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração de uma coluna de 
ar 

Ex:  Clarinete,  saxofone,  oboé,  trompete,  tuba,  voz  humana  ("instrumento"  natural, 
não construído), apito, fagote, flauta, flauta doce, flauta de pan, flugelhorn, gaita­de­ 
fole, harmônica, órgão,  pífano, shakuhachi, sousafone, trompa,  trombone... 

Cordofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração de uma corda 

Ex:  piano, cravo,  guitarra, sanfona,  arcos,  lira,  harpa, bandolim,  banjo,  cavaquinho, 


cítara, alaúde, baixo, berimbau, contrabaixo, kantele, koto, rebab, sangen, shamisen, 
viola, viola de samba, violão, violino, violoncelo... 

Idiofones  –  instrumentos  que produzem som a  partir  do seu próprio corpo, quando 


posto em vibração. 

Ex:  xilofone,  marimba,  sino  tubular,  tantã,  gongo,  prato,  maraca,  reco­reco, 
harmônica de vidros, agogô, afoxé, atabaque, bloco sonoro ou woodblock, carrilhão, 
castanholas, caxixi, chimbal, chocalho, ganzá, triângulo, xequerê... 

Membranofones  –  instrumentos  que  produzem  som  a  partir  da  vibração  de  uma 
membrana 

Ex:  tambores,  tambor  militar,  bongos,  batá,  bateria  ­  na  maior  parte  composta  de 
membranofones,  apesar  de  conter  também  idiofones,  caixa,  cuíca,  pandeiro, 
repenique, surdo, tom­tom, zabumba... 

Electrofones  –  categoria  introduzida  no século  XX,  para  permitir  a  classificação  de 


instrumentos  em  que  os  sons  são  produzidos  puramente  por  meios  elétricos  ou

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eletrônicos. Instrumentos que produzem som a partir da variação de intensidade de 
um campo eletromagnético. 

Ex: computador, sampler, sintetizador, teremim... 

6  MUSICOTERAPIA 

Musicoterapia  é  uma  ciência  paramédica  que  utiliza  a  música  e  seus 


elementos constituintes, ritmo, melodia e harmonia, além de movimentos, expressão 
corporal,  dança  e  qualquer  outra  forma  de  comunicação não verbal,  com  objetivos 
terapêuticos. 
Desenvolve­se  em  um  processo  coordenado  por  um  musicoterapeuta 
qualificado,  com  um  paciente  ou  grupo.  O  objetivo  primário  da  musicoterapia  é 
possibilitar aos pacientes a realização de necessidades físicas, emocionais, mentais, 
sociais e cognitivas. 
O homem é sensível e receptivo ao som e a música é fonte de estímulos, de 
equilíbrio e de felicidade para a personalidade do ser humano. 
A música pode causar ao homem modificações:

●  Em nível psicofísico, tais como: respiração; ritmo cardíaco e reflexo;

●  Na comunicação, quebrando barreiras em nível de expressão. 
Estas repercussões variam de acordo com o nível de cultura musical de cada 
um, bem como o nível da atenção dedicada à música. 
Em 1972, uma iniciativa pioneira foi a criação do primeiro curso de formação 
de musicoterapeutas no país. 
A  utilização  da  música  em  processos  terapêuticos  já  estava  presente  de 
forma  experimental  no  uso  da iniciação  musical  para  crianças  com  dificuldades  de 
aprendizagem e para educação especial. Atualmente, previne e trata indivíduos com 
diferentes  necessidades  tais  como  acompanhando  pais  em  pré­natal;  estimulando 
bebês  em  creches  ou  outras  instituições;  atendendo  a  deficientes  mentais, 
sensoriais  e  deficientes  físicos  em  instituições  de  reabilitação;  recuperando 
dependentes  químicos;  assistindo  pacientes  com  câncer  e  AIDS;  atuando  com 
idosos em centros de geriatria e outros... 
A  musicoterapia busca o crescimento e contribui para uma  melhor qualidade 
de vida, estimulando a criatividade e a autoconfiança.
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Os instrumentos mais usados entre os musicoterapeutas são o violão, o piano 
e instrumentos de percussão. Também faz parte da formação do musicoterapeuta o 
conhecimento  da  anatomia  e  fisiologia  humana,  psicologia,  filosofia  e  noções  de 
expressão artística em diversas formas. 

7  SOM 

O  som  é  uma  compressão  mecânica  ou  onda  longitudinal  que  se  propaga 
através  de  meios  que  tenham  massa  e  elasticidade  como  os  sólidos,  líquido  ou 
gasoso,  ou  seja,  não  se  propaga  no  vácuo.  Os  sons  naturais  são,  na  sua  maior 
parte,  combinações  de  sinais,  mas  um  som  puro  possui  uma  velocidade  de 
oscilação ou freqüência que se mede em hertz (Hz) e uma amplitude ou energia que 
se  mede  em  decibéis.  Os  sons  audíveis  pelo  ouvido  humano  têm  uma  freqüência 
entre  20  Hz  e  20  kHz.  Acima  e  abaixo  desta  faixa  são  ultra­som  e  infra­som, 
respectivamente. 
Seres  humanos e  vários  animais  percebem  sons  com  o  sentido da  audição, 
com seus dois ouvidos, que permite saber a distância e posição da fonte sonora, a 
chamada  audição  estereofônica.  Muitos  sons  de  baixa  freqüência  também  podem 
ser  sentidos  por  outras  partes  do  corpo  e  pesquisas  revelam  que  elefantes  se 
comunicam através de infra­sons. 
Os  sons  são  usados  de  várias  maneiras,  especialmente  para  comunicação 
através  da  fala  ou,  por  exemplo,  música.  A  percepção  do  som  também  pode  ser 
usada  para  adquirir  informações  sobre  ambiente  em  propriedades  como 
características  espaciais  (forma,  topografia)  e  presença  de  outros  animais  ou 
objetos.  Por  exemplo,  morcegos,  baleias  e  golfinhos  usam  a  ecolocalização  para 
voar e nadar por entre obstáculos e caçar suas presas. Navios e submarinos usam o 
sonar, seres humanos recebem e usam informações espaciais percebidas em sons.

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7.1  Amplitude 

Amplitude é uma medida escalar da magnitude de oscilação de uma onda. No 
diagrama a seguir: 

Figura .1: Amplitude

A  distância  Y,  é  a  amplitude  da  onda,  também  conhecida  como  "pico  de 
amplitude". 
Amplitude de uma onda é a medida da magnitude da máxima perturbação do 
meio durante um ciclo da onda. A unidade utilizada para a medida depende do tipo 
da  onda.  Por  exemplo,  a  amplitude  de  ondas  de som  e  sinais  de  áudio  costumam 
ser expressas em decibéis (dB). 
A amplitude de uma onda pode ser constante ou variar com o tempo. 

7.2  Música e Ruído 

Quando  algum  objeto  vibra  de  forma  completamente  desordenada,  dizemos 


que o som produzido por esta vibração é um ruído, como por exemplo o barulho de 
uma  explosão,  um  trovão.  O  ruído  é  o  resultado  da  soma  de  um  número  muito 

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grande de freqüências, de forma que exprimi­lo matematicamente é necessário levar 
em conta um número muito grande de termos. Deste modo, um vulcão, quando em 
erupção  ou um  instrumento  musical  qualquer  pode  produzir  um  grande  número  de 
freqüências. 
A diferença entre os sons musicais e outros quaisquer é que nos instrumentos 
musicais utilizamos apenas algumas dentre as inúmeras freqüências possíveis, que 
foram estabelecidas por convenção, constituíndo­se nas notas musicais. Quando um 
instrumento  por  alguma  razão  começa  a  produzir  freqüências  diferentes  daquelas 
que  estamos  acostumados  a  ouvir,  dizemos  que  o  referido  instrumento  está 
desafinado,  precisando  de  um  ajuste  a  fim  de  retornar  a  produzir  sons  na  escala 
convencional. 
As  notas  musicais  por sua vez  podem  ser  agrupadas  de  modo  a  formar  um 
conjunto.  Este  conjunto  recebe  o  nome  de  gama  e  um  conjunto  de  gamas  se 
constitui  numa  escala  musical.  Cumpre  observar  que  tanto  as  gamas  quanto  as 
escalas  musicais  podem  ser  construídas  de  diversas  maneiras,  não  sendo  única 
(isto pode ser exemplificado verificando­se que a música oriental usa uma gama de 
cinco  notas  musicais  ao  passo  que  o  mundo  ocidental  utiliza  uma  gama  de  sete). 
Entre  as  diversas  gamas  existentes,  a  mais  popular  de  todas  é  a  chamada  gama 
natural ou gama de Zarlin, que utiliza as notas denominadas dó, ré, mi, fá, sol, lá, si 
e  novamente  dó.  Estes  nomes  foram  atribuídos  a  Guido  de  Arezzo,  que  foi  um 
músico italiano que viveu no século XI. 
Naquele tempo, as notas musicais não possuíam nomes, fato este que levava 
a uma natural dificuldade aos aprendizes em memorizar o som das notas. Devido a 
isto, Guido imaginou um processo mnemônico, onde descobriu que um certo hino de 
louvor a São João Baptista continha justamente as sete notas fundamentais. Como 
este  hino  era  muito  popular  na  época  pois  diziam  ser  muito  eficaz  contra  dor  de 
garganta,  Guido  fazia  seus  alunos  decorarem  este  hino  para  melhorar  a  execução 
das notas.

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HINO DE LOUVOR A SÃO JOÃO BAPTISTA  

"Ut  queant  laxis  Re  sonare  fibris  Mira  gestorum  Famuli  torum  Solve 
polluti Labii reatum Sancte Iohannes". 
"Para que teus servos possam exaltar a plenos pulmões as maravilhas 
dos teus milagres perdoa a falta do lábio impuro Ó São João". 

Extraíndo  as  iniciais  de  cada  verso,  Guido  obteve  a  seqüência  UT,  RÉ,  MI, 
FÁ,  SOL,  LÁ,  SI,  a  qual  estabelecia  a  gama.  Foi somente  seis  séculos  mais  tarde 
(século  XVII),  que  o  papa  João  Baptista  Doni  substituiu  a  nota  "UT"  por  "DÓ"  (de 
DOni). Deste modo, ficamos com: 

Figura .2: Gama Musical da Escala de Zarlin

Obviamente  devemos  utilizar  alguma  notação  que  diferencie  as  diversas 


gamas  que  constituem  a  escala  de  Zarlin.  Para  isto,  é  utilizado  índices  nas  notas 
musicais, ou seja, o DÓ da primeira gama será o "DÓ1", o da segunda gama "DÓ2" e 
assim por diante. O "DÓ1" ocupa um lugar de destaque na escala natural, já que é a 
primeira nota da gama, recebendo o nome de nota fundamental. 

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7.3  Freqüências Musicais 

Freqüência  é  um  termo  empregue  na  Física  para  indicar  a  velocidade  de 
repetição de qualquer fenômeno periódico. Define­se como o número de vezes que 
se repete um fenômeno na unidade de tempo. 
A unidade de medida da freqüência é o hertz (Hz), em honra ao físico alemão 
Heinrich Rudolf Hertz, onde 1 Hz é um evento que tem lugar uma vez por segundo. 
Alternativamente,  podemos  medir  o  tempo  entre  duas  ocorrências  do  evento 
1  (período) e então a freqüência é o inverso deste tempo. 
f  = 
T Onde T é o período, medido em segundos. 

A  freqüência  de  uma  onda,  por  exemplo,  é  a  quantidade  de  vezes  que  ela 
atinge a sua amplitude máxima (ou mínima) pelo tempo gasto. 
O  conhecimento  da  nota  fundamental  é  importante  pois  serve  de  referência 
para  se  construir  a  escala  musical completa,  pois  podemos  obter  as  demais  notas 
simplesmente  multiplicando­se  a freqüência da  nota  fundamental  por  determinados 
valores (ver tabela em seqüência). 

Figura .3: Comparação entre as freqüências musicais

EXEMPLO1: A freqüência universalmente aceita como padrão é a do lá de índice 3 
(LÁ3), cujo valor é igual a 435 Hz. Calcular deste modo à freqüência da nota DÓ3: 
Resp.: Sendo LÁ3=435 Hz, temos DÓ3=(3/5).LÁ3=261 Hz. 

EXEMPLO2:  Sabendo­se  que  a  freqüência  do  DÓ3  é  igual  a  261  Hz,  calcular  a 
freqüência da nota fundamental (DÓ1): 
Resp.: Como DÓ3=261 Hz, temos DÓ1=(1/4).DÓ3=65,25 Hz.
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O  denominado  intervalo  acústico  entre  duas  notas,  que  pode  ser  definido 
como  a  razão  entre  duas  freqüências  F1  e  F2,  onde  (F1>F2).  Em  decorrência  da 
própria definição, o intervalo acústico "I" será sempre maior ou igual a 1 (quando I=1, 
F1=F2). 
Deste  modo,  conforme  vemos  pela  tabela,  os  intervalos  entre  as  notas 
consecutivas  da  gama  natural  podem  assumir  apenas  os  valores  1(UNÍSSONO), 

F 1 
I=
F 2 
9/8(TOM MAIOR), 10/9(TOM MENOR), 16/15(SEMITOM) e 2(OITAVA). 

Para  introduzir  uma  nota  intermediária  entre  duas  notas  consecutivas,  de 
freqüências  F1  e  F2  temos  a  liberdade  de  proceder  de  duas  maneiras  distintas:  A 
primeira delas é aumentar a freqüência de F1 e a segunda é reduzir a freqüência da 
nota F2. A primeira modalidade chama­se sustenir e a segunda bemolizar. 
Sustenir  uma  nota  consiste  em  aumentar  a  sua  freqüência,  multiplicando­a 
por 25/24. Para indicar que uma nota foi sustenida, escrevemos o índice "#" à direita 
da nota. 
Bemolizar  uma  nota  significa  diminuir  a  sua  freqüência,  multiplicando­a  por 
24/25. Para indicar que uma nota foi bemolizada, escrevemos o índice "b" à direita 
da nota. 

EXEMPLO3: A nota LÁ3  de uma certa gama tem a freqüência de 435 Hz. Calcular a 
freqüência do LÁ sustenido (LÁ#) e do LÁ bemolizado (LÁb): 
Resp.: Sendo LÁ3=435 Hz, temos: 

æ 25 ö
a)  LA # = ç ÷ × LA 3 = 453 Hz 
è 24 ø
æ 24 ö
b)  LAb = ç ÷ × LA 3 = 417 , 6 Hz 
è 25 ø

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7.4  Intervalo Musical 

Considere  agora  que  você  esteja  ouvindo  o  som  produzido  por  algum 
instrumento.  Caso  a  audição de  duas  notas  musicais  (sucessivas  ou simultâneas), 
provocar  uma  sensação agradável,  dizemos  que entre essas  duas  notas existe  um 
intervalo  musical.  Essa  sensação,  que  depende  exclusivamente  da  razão  entre  as 
freqüências dos sons, embora varie de ouvinte para ouvinte a nível sensitivo. 
Os  intervalos  musicais  são  classificados  em consonantes  e  dissonantes.  Os 
intervalos  consonantes  são  expressos  por  frações  em  que  o  numerador  e  o 
denominador são termos menores que 6:
· Intervalo de quarta (DÓ­FÁ) :4/3;
· Intervalo de quinta (DÓ­SOL): 3/2; 
Já  os  intervalos  DISSONANTES  são  expressos  por  frações  cujos  termos 
aparecem inteiros maiores que o número 6:
· Intervalo de sétima maior (DÓ­RÉ): 15/8;
· Intervalo de segunda maior (DÓ­SOL): 9/8; 
Se  a  escala musical  é  a  mesma  como  conseguimos  diferenciar  os sons  dos 
instrumentos  musicais?  Conseguimos  distinguir  os  sons  produzidos  pelos 
instrumentos musicais  através  de  uma  característica sonora  denominada timbre.  O 
timbre  depende  da  fonte  sonora  e  da  forma  de  vibração  que  produz  o  som.  Por 
exemplo, uma mesma nota musical emitida por uma harpa e uma guitarra produzem 
aos  nossos  ouvidos  sensações  diferentes,  mesmo  que  suas  intensidades  sejam 
iguais. 

N
Tb  = å A i  × cos (K k  - w i t + Ph i ) 
i = 1

Matematicamente o timbre (Tb) é a forma da onda resultante quando levamos 
em  conta  todas  as  ondas  produzidas  num  instrumento.  De  um  modo  geral,  estas 
ondas  possuem  amplitudes  "A",  freqüências  "w"  e  fases  "Ph"  diferentes,  de  forma 
que  o  timbre  deve ser  conseguido  através  de  uma  somatória  das  "N"  freqüências. 
Deste  modo  onde  o  índice  "i"  representa  a  varredura  em  todas  as  freqüências  wi 
produzidas no instrumento  musical. Pelo fato do resultado final desta somatória ser

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diferente, variando de instrumento para instrumento é que conseguimos determinar 
as diferenças de sons entre os diversos instrumentos musicais. 
Outra  característica  importante  do som  é  a  altura  do  som  (ou  tom),  que  é  a 
qualidade  do  som  que  permite  distinguir  som  grave  (baixo)  do  som  agudo  (alto). 
Deste  modo,  som  alto  é  o  que  possui  alta  freqüência  ao  passo  que  som  baixo  é 
aquele que tem baixa freqüência. 

8  INSTRUMENTOS MUSICAIS – O OUVIDO  E A AUDIÇÃO 

Os sons musicais e os sons classificados como “ruídos ou barulhos que são 
difíceis de serem distinguidos”, pois o que muitas pessoas consideram como música, 
para  outras  pode  ser  um  ruído  muito  desagradável.  Em  geral,  o  som  musical  é 
aquele  cuja  onda  sonora  apresenta  uma  certa  regularidade,  e  que  é  agradável  a 
nossos ouvidos. Os instrumentos musicais analisados a seguir são dispositivos que 
produzem sons deste tipo. 

8.1  Instrumentos de corda 

Nestes  instrumentos  o  som  é  proveniente,  de  uma  corda  que,  quando 


acionada, vibra. Ao vibrar, a corda provoca compressões no ar, que constituem uma 
onda sonora. 
Como a corda é muito fina, a quantidade de ar que ela desloca é pequena, e 
assim,  o  som  emitido  por  ela  tem  baixa  intensidade.  Por  isso,  as  cordas  são 
montadas em caixas especiais (o corpo do instrumento), que vibram juntamente com 
elas  e  com  o  ar  contido  em  seu  interior.  Isso  faz  com  que  o  som  emitido  pelo 
instrumento se torne muito mais intenso (amplificado).

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8.1.1  Fatores que influenciam na freqüência de vibração da corda 

A  freqüência  do  som  emitido  pela  corda  depende  da  velocidade  v  de 
propagação da onda na corda e de seu comprimento L. É possível mostrar, usando­ 
se de conhecimentos mais avançados, que o valor de v é dado por: 


v=

Onde:
o  F é a força que atua nas extremidades da corda, esticando­a (denominada 
tensão da corda); 
o  µ é a massa por unidade de comprimento da corda, ou seja, µ = m/L 
(denominada tensão superficial da corda). 

A freqüência do som emitido pela corda em vibração pode, então, ser expressa 
da seguinte maneira:

1 F 
f  =
2 L  m 
Analisando esta expressão, vemos que: 

1.  A  freqüência  de  vibração  da  corda  é  tanto  maior  quanto  menor  for  o  seu 
comprimento.  Portanto,  quanto  menor  a  corda,  mais  agudo será  o  som  que 
ela emite. 
2.  A freqüência de vibração da corda é tanto maior quanto maior for a força com 
que ela é esticada. 
Em  um  violão  ou violino,  por  exemplo,  a  tensão  na corda  pode  ser  alterada 
por  meio  de  cravelhas,  com  isso,  o  músico  pode  fazer  com  que  a  corda 
produza notas mais graves ou mais agudas. 
3.  A  freqüência  da  vibração  da  corda  depende  também  de  sua  massa  por 
unidade de comprimento.

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Em  um  violão,  por  exemplo,  as  cordas  mais  grossas  (de  maior  µ),  emitem 
sons mais graves e as mais finas (de menor µ), sons mais agudos. 

Para  que  o  ouvido  humano  perceba a  onda  sonora  como  som,  ela  deve  ter 
intensidade entre aproximadamente 10 ­12  W/m 2  e 1W/m 2 . 
Sons com intensidade abaixo de 10 ­12  W/m 2  não transmitem energia suficiente 
para  fazer  o  tímpano  vibrar  e,  para  o  ser  humano,  correspondem  ao  silêncio 
absoluto.  Por  outro  lado,  sons  com  intensidade  acima  de  1W/m 2  transmitem  tanta 
energia ao tímpano que ele, ao vibrar, o faz com tão grande amplitude que provoca 
dor e desconforto no ouvido. 
A faixa de intensidade audível é tão extensa que os cientistas inventaram uma 
outra grandeza para qualificar o volume de um som, o nível de intensidade sonora, 
representado por β. 
O nível  de intensidade sonora β,  medindo  em  decibel  (dB), para  um  som  de 
intensidade I é calculado por: 
I
b = 10 × log  , em que Io é a intensidade mínima da referência 10 ­12  W/m 2 . 
I 0 

Exemplo3:  Uma  música  de  rock  produz  no  ar  um  som  cujo  nível  de  intensidade 
sonora,  a  10  m  de  distância,  é  de  90  dB.  Considerando  que  a  intensidade  mínima 
necessária para que um som seja percebido é 10 ­12 W/m 2 , determine a intensidade I 
dessa onda sonora a uma distância de 10 m da fonte. 
I
O  nível  de  intensidade  sonora  é  dado  por:  b = 10 × log  ,  em  que  I0  =  10 ­ 
I 0 
12 
W/m 2 . 
I I I
Temos, então:  90 = 10 × log  -12  Þ  9 = log  -12  Þ  -12  = 10 9  Þ  I = 10 -3 W  / m 2  . 
10  10  10  

Exemplo1:  Num  festival  de  rock,  os  ouvintes  próximos  às  caixas  de som  recebiam 
uma  intensidade física sonora  de 10 W/m 2 .  Sendo  10 ­12  W/m 2  a  menor  intensidade 
física sonora audível, determine o nível sonoro do som ouvido por eles.

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Para  o  nível  sonoro  β  expresso  em  decibéis  (dB),  podemos  escrever: 


I
b = 10 × log  . 
I 0 
Como I = 10 W/m 2  e I0  = 10 ­12  W/m 2 , temos: 
10 
b = 10 × log  -12 
Þ  b = 10× log 10 13  Þ  b = 130dB 
10 

Exemplo2: Uma janela de 1 m² de área abre­se para a rua onde uma música produz 
um nível sonoro, na janela, de 60 dB. Determine a potência que entra na janela por 
meio  das  ondas  sonoras.  Considere  I0  =  10 ­12  W/m 2  a  menor  intensidade  física 
sonora audível. 

I I I
Temos o nível sonoro β = 60 dB = 6 B, então:  b = log  Þ  6 = log  Þ  10 6  =
I 0  I 0  I 0 
I
Sendo I0  = 10 ­12  W/m 2 , a intensidade física I da onda sonora será:  10 6  =  -12 
10 
Þ  I = 10 -6 W  / m 2 . 
A potência que entra pela janela de área A = 1m 2 , por meio das ondas sonoras, vale: 

P  P
I= Þ  10 - 6  = Þ P = 10 ­6  W 
A  1 

8.2  TUBOS SONOROS 

A freqüência do som emitido pela coluna de ar em vibração é tanto menor 
quanto maior for o comprimento da coluna. 
Portanto, as colunas de ar de maior comprimento emitem sons mais graves e 
as mais curtas, sons mais agudos. 
Essa propriedade das colunas de ar em vibração é usada na construção de 
instrumentos de sopro. Quando o músico sopra no instrumento, a coluna de ar em 
seu interior é colocada em vibração. Em cada instrumento, o comprimento dessa
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coluna pode ser alterado e, assim, ele pode emitir diferentes notas musicais (sons 
de diferentes freqüências). Essa variação de comprimento pode ser feita de diversas 
maneiras: 
­  Na flauta, se forem tapados todos os orifícios que ela apresenta ao longo do 
corpo, será obtido o som mais grave (correspondente ao comprimento total 
do instrumento). Destapando­se um orifício, a coluna de ar vibra como se 
estivesse em um tubo de menor comprimento, e o som emitido será mais 
agudo; 
­  No trombone, o comprimento da coluna de ar que vibra pode ser aumentado 
ou diminuído movimentando­se a “vara” do instrumento; 
­  No pistom, essas variações são obtidas por meio de válvulas, que se abrem 
e fecham quando acionadas pelo músico; 
­  No órgão, há vários tubos, cada um deles com um determinado 
comprimento, isto é, cada tubo é responsável pela emissão de uma certa 
nota. Quanto maior for o número de tubos do órgão, mais agradável será o 
som emitido por ele. 

9  CONCLUSÃO 

Educação  musical,  nas  instituições  educacionais,  encontra­se  em  completo 


descaso e carência. Alunos geralmente analfabetos em  matéria de música e pouco 
interessados  em  sair  desse  analfabetismo,  professores  pouco  motivados  e  sem 
formação  especializada  e  a  indiferença  da  opinião  pública  dificultam  o  fim  desse 
esquecimento. 
Diante disto, devemos lembrar que a música é um benefício muito importante 
para a formação, o desenvolvimento e o equilíbrio da personalidade. 
O acesso à música não constitui apenas um modo de lazer, mas uma atitude 
que pode ser provocada, desenvolvida e educada. 
Precisamos  reaprender  a  ouvir  música e familiarizar,  o  mais  rápido possível, 
as crianças, os adolescentes e os jovens com as obras musicais, mas para isso, a 
transmissão  de  conhecimentos  dos  períodos  da  História  da  Música,  vida  dos
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compositores, ligação entre História da Música com as outras artes e com a História 
Geral, não podem ser apenas o meio de aculturação. O essencial é, em estabelecer 
contato  com  os  jovens,  achar  uma  linguagem  ao  seu  alcance,  não  os  impor  nada, 
não contrariar os seus gostos e achar a ocasião, a forma de trabalho e as técnicas 
que permitam criar a motivação e evitar a rejeição. 
Por fim, criar momentos para as crianças, adolescentes e jovens traduzirem, 
sob  forma  de  atividades  expressivas  como  pintura  e  movimento,  a  impressão  e  a 
emoção  que  a  audição musical  lhes causa, a  fim  de permitir  uma  integração muito 
mais intensa, rica e uma familiarização mais satisfatória. 
Sugerimos  que  o  assunto  música  seja  trabalhado  nas  escolas  e  incentivado  pelos 
professores. 

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