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Após um longo dia com seu grupo, Chico senta próximo a lareira do acampamento e começa a escrever

em um caderno

Nunca pensei que teria que me submeter a tanto e cá estamos. Um grupo de imbecis que não sabem
nem se comunicar direito, onde vim me enfiar. Mas não é por isso que estou escrevendo aqui, vamos ao
que importa.

Chico respira profundamente para se acalmar.

Não sei exatamente porque, mas recentemente ando bastante esquecido, por medo de esquecer minhas
brlhantes façanhas decidi começar a realizar estas anotações, talvez me ajudem, pelo menos no
momento que me encontro, me acalmam.

"Começar do começo certo? Isto é ridículo, porque tenho que escrever isso, sou eu não há como
esquecer disso. Bom vamos lá." - pensou.

Meu nome é Francisco Lopez, mais conhecido no México como "Águila Dorada", ou somente "Águila"
devido ao meu expertise com caça de animais e visão bastante precisa. Nasci em uma família humilde,
filho único, pais maravilhosos. Minha mãe, dona de casa e meu pai um caçador exímio, nunca dado o
devido crédito a seus feitos. Durante minha infância aprendi muito com os dois, o que é certo, o que é
errado, mas acima de tudo com meu pai a caçar. Meu pai percebeu logo cedo que eu tinha um dom para
ao trabalho quando com apenas 8 anos já estava caçando animais de médio porte com extrema aptidão
(apesar de na época esfolar não era meu forte). Durante minha adolescência aperfeiçoei cada vez mais
minhas habilidades e com isso me tornei logo um excelente caçador com apenas 16 anos. Nas noites que
frequentava o bar com meu pai percebi que ele era um excelente contador de histórias e sempre fez
questão de animar o clima, sempre, devo muito do que sou hoje a ele.

Nos meus 19 anos algo terrível ocorreu na vila na qual eu morava, vários homem mascarados em seus
cavalos, a arrassaram, tacando fogo em celeiros e estabelecimentos, e saqueando a todos que viam pela
frente. Neste momento eu estava dormindo, estava muito doente no dia quando escutei um estrondo
muito alto, assustado desci correndo e encontro no chão meu pai estendido no chão com sua arma ao
lado e a minha mãe ao lado gritando em desespero.

Ao lembrar desta noite, Chico desaba em lágrimas.

"Nunca poderei dizer a ele o quão o amo, e o quanto sou grato por tudo que me fez. O que me resta é
meu objetivo."

Fiquei ao lado dele por horas a fim, quando percebi já era dia, minha mãe me ajudou a levantar e
ficamos lá, indignados e com várias perguntas, a vila arruinada e o falecimento de meu pai. Pode ser que
isto tenha sido um choque muito grande, provavelmente. Desde então tivemos que nos reconstruir,
mudamos de vila e com isso conseguimos uma "bela" casa com um terreno para plantio, para ocupar a
cabeça de minha mãe. Dois anos se passaram e como minha mãe ainda era jovem, após a venda de
algumas frutas de sua horta no mercado, conheceu um senhor e os dois começaram a sair, minha mãe
parecia ter seguido em frente, o que me deixou e ainda deixa muito contente, o que mais quero é a
felicidade dos dois. Mas ainda me faltava algo, precisava deixar meu pai orgulhoso, e com isso sigo em
uma viagem com um grupo local para realizarmos trabalhos em outras vilas. Fiz parte de vários grupos
durante minha jornada, Alguns trabalhos os quais realizei foram bastante arriscados, e perdi a vida de
muitos companheiros, e isso me traz um pesar enorme, o que me torna chato em alguns momentos, e
até um pouco paranóico, buscando sempre a perfeição nas tarefas as quais realizamos. Agora tenho
meus 25 anos e estou em direção ao famigerado Velho Oeste, em minhas viagens sempre motivo de
muitos contos e lendas. Busco honrar o nome de minha família e espalhar meu nome, para mostrar que
o que me foi ensinado pelo meu pai ainda vive forte dentro de mim, não busco vingança e sim
reconhecimento, fama.

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