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Guia do

Professor

Parte I
Programas e metas curriculares
das atividades prático-laboratoriais
1. Trabalho prático-laboratorial
2. Avaliação
3. Metas transversais a todas
as atividades

Parte II
Exploração das atividades
prático-laboratoriais
Questões prático-laboratoriais com
propostas de resolução

EF11-CLAB-07
Programas e metas curriculares das atividades prático-laboratoriais

Parte I

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Programas e metas curriculares das atividades
prático-laboratoriais

1. Trabalho prático-laboratorial
Dada a natureza experimental da Física e da Química, as atividades de carácter prático-laboratorial, a
desenvolver em tempos de maior duração e com a turma desdobrada, merecem uma referência especial.
O trabalho prático-laboratorial, entendido como todo o trabalho realizado pelos alunos, incluindo a
resolução de problemas, atividades de pesquisa e de comunicação, atividades com ou sem recurso a
material de laboratório (incluindo o controlo de variáveis), é indispensável para o aluno desenvolver
atitudes, capacidades e conhecimentos associados ao trabalho científico.
As atividades laboratoriais devem ser enquadradas com os respetivos conteúdos e referenciais
teóricos. A sua planificação deve ser realizada com cuidado, procurando clarificar o tema, discutir ideias
prévias dos alunos e identificar as grandezas a medir e as condições a respeitar, de modo que os trabalhos
possam decorrer com o ritmo adequado.
Os alunos devem identificar, na realização das atividades, possíveis erros aleatórios e sistemáticos.
Recomenda-se que tenham em atenção o alcance e a sensibilidade dos instrumentos de medida, que
indiquem a incerteza associada à escala utilizada no instrumento e que apresentem as medidas com um
número correto de algarismos significativos. Nas medições diretas, conseguidas com uma única medição,
o resultado da medida deve vir afetado da incerteza associada à escala do instrumento de medida
(incerteza absoluta de leitura). Sempre que possível, uma medição direta deve ser efetuada recorrendo a
uma série de medições nas mesmas condições.

Neste caso, o aluno deve proceder do seguinte modo:



determinar o valor mais provável da grandeza a medir (média aritmética dos valores das medições);
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determinar a incerteza absoluta de leitura;

determinar o desvio de cada medição;

determinar a incerteza absoluta de observação (desvio absoluto máximo);

tomar para incerteza absoluta a maior das incertezas anteriores (de leitura ou de observação);

determinar a incerteza relativa em relação à média, exprimindo-a em percentagem (desvio percentual) e
associá-la à precisão das medidas;

exprimir o resultado da medição direta em função do valor mais provável e da incerteza absoluta ou da
incerteza relativa.

Os alunos devem estar familiarizados com o cálculo da incerteza absoluta de medições diretas e
reconhecer que a precisão das medidas é mais intuitiva quando se exprime a incerteza relativa. Devem
determinar o erro relativo, em percentagem (erro percentual), de uma medida que possa ser comparada
com valores tabelados ou previstos teoricamente e interpretar o seu valor, associando-o à exatidão da
medida. Deve-se sensibilizar os alunos para o facto de a incerteza nas medições diretas se transmitir às
medições indiretas, mas não se exige o respetivo cálculo. Certas atividades requerem o traçado de gráficos

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Avaliação

e de retas de ajuste aos dados experimentais, pelo que os alunos devem, nesses casos, recorrer à
calculadora gráfica (ou equivalente).
Os conceitos relativos ao tratamento de dados devem ser introduzidos de modo faseado, ao longo das
atividades laboratoriais, e de acordo com as metas estabelecidas para cada uma delas.
As atividades laboratoriais têm de ser feitas, obrigatoriamente, pelos alunos em trabalho de grupo.
Alguns aspetos relativos à segurança na realização de atividades laboratoriais fazem parte da formação
dos alunos e, por isso, as atividades propostas incluem oportunidades para aprenderem a lidar com riscos
associados a técnicas de utilização de equipamentos e reagentes.
A segurança deve ser uma preocupação constante, pressupondo-se o cumprimento de regras gerais de
conduta no laboratório. Outros aspetos mais específicos devem ser integrados de um modo progressivo, o
que se traduz pela definição de metas específicas e transversais relacionadas com a segurança, que são
alcançáveis em diferentes trabalhos laboratoriais.

2. Avaliação
O processo de avaliação desta disciplina decorre dos princípios gerais da avaliação: deve ser contínua,
apoiada em diversos instrumentos adaptados às aprendizagens em apreciação, ter um carácter formativo –
não só para os alunos, para controlo da sua aprendizagem, mas também para o professor, como reguladora
das suas opções de ensino – e culminar em situações de avaliação sumativa.
O aluno deve ser envolvido na avaliação, desenvolvendo o sentido crítico relativamente ao seu trabalho
e à sua aprendizagem, através, por exemplo, da promoção de atitudes reflexivas e do recurso a processos
metacognitivos.
Os critérios de avaliação definidos em Conselho Pedagógico, sob proposta dos departamentos
curriculares, devem contemplar os critérios de avaliação da componente prático-laboratorial,
designadamente as atividades laboratoriais de carácter obrigatório. De acordo com o estabelecido no ponto
5 do art.° 7.° da Portaria n.° 243/2012, são obrigatórios momentos formais de avaliação da dimensão
prática ou experimentais integrados no processo de ensino. E, de acordo com a alínea c) do mesmo ponto,
na disciplina de Física e Química A, a componente prático-laboratorial tem um peso mínimo de 30% no

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cálculo da classificação a atribuir em cada momento formal de avaliação.
Dada a centralidade da componente prático-laboratorial na Física e na Química, identificam-se nas
metas curriculares, para cada uma das atividades laboratoriais, descritores específicos e transversais, os
quais devem servir como referência para a avaliação do desempenho dos alunos nessas atividades.
Para responder aos diversos itens dos testes de avaliação os alunos podem consultar um formulário e,
no caso da componente de Química, a Tabela Periódica, numa versão que contenha, pelo menos,
informação do símbolo químico, do número atómico e da massa atómica relativa.
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Programas e metas curriculares das atividades prático-laboratoriais

3. Metas transversais a todas as atividades

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Aprendizagem do tipo processual
1. Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá-lo corretamente, respeitando regras de
segurança e instruções recebidas.
2. Identificar simbologia em laboratórios.
3. Identificar equipamento de proteção individual.
4. Adotar as medidas de proteção adequadas a operações laboratoriais, com base em informação de
segurança e instruções recebidas.
5. Atuar corretamente em caso de acidente no laboratório tendo em conta os procedimentos de alerta e
utilização de equipamento de salvamento.
6. Selecionar material de laboratório adequado a um trabalho laboratorial.
7. Construir uma montagem laboratorial a partir de um esquema ou de uma descrição.
8. Executar corretamente técnicas laboratoriais.
9. Operacionalizar o controlo de uma variável.
10. Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a respetiva
incerteza de leitura.
11. Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática de
dados.
12. Representar um conjunto de medidas experimentais em tabela, associando-lhes as respetivas
incertezas de leitura dos aparelhos de medida utilizados.

Aprendizagem do tipo conceptual


13. Identificar o objetivo de um trabalho prático.
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14. Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.
15. Interpretar e seguir um protocolo.
16. Descrever o procedimento que permite dar resposta ao objetivo de um trabalho prático.
17. Conceber um procedimento capaz de validar uma dada hipótese, ou estabelecer relações entre
variáveis, e decidir sobre as variáveis a controlar.
18. Identificar a influência de uma dada grandeza num fenómeno físico através de controlo de variáveis.
19. Conceber uma tabela de registo de dados adequada ao procedimento.
20. Representar esquemas de montagens.
21. Utilizar regras de contagem de algarismos significativos.
22. Identificar e comparar ordens de grandeza.
23. Distinguir erros aleatórios de erros sistemáticos.

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Metas transversais a todas as atividades

24. Indicar a medida de uma grandeza numa única medição direta, atendendo à incerteza experimental
associada à leitura no aparelho de medida.
25. Indicar a medida de uma grandeza quando há um conjunto de medições diretas, efetuadas nas
mesmas condições, tomando como valor mais provável o valor médio.
26. Calcular a incerteza absoluta do valor mais provável de um conjunto de medições diretas (o maior dos
desvios absolutos), assim como a incerteza relativa em percentagem (desvio percentual), e indicar a
medida da grandeza.
27. Associar a precisão das medidas à sua maior ou menor dispersão, quando há um conjunto de
medições diretas, e aos erros aleatórios.
28. Determinar o erro percentual associado a um resultado experimental quando há um valor de
referência.
29. Associar a exatidão de um resultado à maior ou menor proximidade a um valor de referência e aos
erros sistemáticos, relacionando-a com o erro percentual.
30. Construir gráficos a partir de listas de dados, utilizando papel ou suportes digitais.
31. Interpretar representações gráficas, estabelecendo relações entre as grandezas.
32. Aplicar conhecimentos de estatística no tratamento de dados experimentais em modelos lineares,
identificando as grandezas físicas na equação da reta de regressão.
33. Determinar valores de grandezas, não obtidos experimentalmente, a partir da equação de uma reta de
regressão.
34. Identificar erros que permitam justificar a baixa precisão das medidas ou a baixa exatidão do
resultado.
35. Avaliar a credibilidade de um resultado experimental, confrontando-o com previsões do modelo
teórico, e discutir os seus limites de validade.
36. Generalizar interpretações baseadas em resultados experimentais para explicar outros fenómenos
que tenham o mesmo fundamento teórico.

Guia do Professor
37. Elaborar um relatório, ou síntese, sobre uma atividade prática, em formatos diversos.
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Exploração das atividades prático-laboratoriais

Parte II

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Exploração das atividades prático-laboratoriais

AL Atividade Laboratorial 1.1


Queda livre: força gravítica e aceleração da gravidade

Objetivo geral: Determinar a aceleração da gravidade num movimento de queda livre e verificar se depende da
massa dos corpos.

Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:

Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá-lo corretamente, respeitando regras de
segurança e instruções recebidas.

Selecionar material de laboratório adequado a um trabalho laboratorial.

Construir uma montagem laboratorial a partir de um esquema ou de uma descrição.

Executar corretamente técnicas laboratoriais.

Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a respetiva
incerteza de leitura.

Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática de
dados.

Representar um conjunto de medidas experimentais em tabela, associando-lhes as respetivas incertezas
de leitura dos aparelhos de medida utilizados.

Aprendizagem do tipo conceptual:


Guia do Professor


Identificar o objetivo de um trabalho prático.

Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.

Descrever o procedimento que permite dar resposta ao objetivo de um trabalho prático.

Conceber uma tabela de registo de dados adequada ao procedimento.

Representar esquemas de montagens.

Utilizar regras de contagem de algarismos significativos.

Distinguir erros aleatórios de erros sistemáticos.

Indicar a medida de uma grandeza numa única medição direta, atendendo à incerteza experimental
associada à leitura no aparelho de medida.

Indicar a medida de uma grandeza quando há um conjunto de medições diretas, efetuadas nas mesmas
condições, tomando como valor mais provável o valor médio.

Calcular a incerteza absoluta do valor mais provável de um conjunto de medições diretas (o maior dos
desvios absolutos), assim como a incerteza relativa em percentagem (desvio percentual), e indicar a
medida da grandeza.

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AL Atividade Laboratorial 1.1


Associar a precisão das medidas à sua maior ou menor dispersão, quando há um conjunto de medições
diretas, e aos erros aleatórios.

Determinar o erro percentual associado a um resultado experimental quando há um valor de referência.

Associar a exatidão de um resultado à maior ou menor proximidade a um valor de referência e aos erros
sistemáticos, relacionando-a com o erro percentual.

Identificar erros que permitam justificar a baixa precisão das medidas ou a baixa exatidão do resultado.

Avaliar a credibilidade de um resultado experimental, confrontando-o com previsões do modelo teórico, e
discutir os seus limites de validade.

Metas específicas

Medir tempos e determinar velocidades num movimento de queda;

Fundamentar o procedimento da determinação de uma velocidade com uma célula fotelétrica.

Determinar a aceleração num movimento de queda (medição indireta), a partir da definição de aceleração
média e compará-la com o valor tabelado para a aceleração da gravidade;

Avaliar a exatidão do resultado e calcular o erro percentual, supondo uma queda livre.

Concluir que, na queda livre, corpos com massas diferentes experimentam a mesma aceleração.

Sugestão de respostas às questões pré-laboratoriais


1 Quando sobre um corpo atua apenas a força gravítica, diz-se que o corpo está em queda livre.
Relativamente à queda de uma esfera e considerando desprezável a resistência do ar:
1.1. apresente um esquema onde possam estar representadas as grandezas vetoriais força gravítica,
velocidade e aceleração, no instante inicial e imediatamente antes do embate no solo.
Instante inicial:

a» = g» »
v»0 = 0

»
Fg

Instante imediatamente antes do embate:

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a» = g» v»

»
Fg

1.2. classifique o movimento de queda da esfera.


Movimento retilíneo uniformemente acelerado.
1.3. preveja se, numa queda livre, o valor da aceleração depende da massa da esfera.
O valor da aceleração em queda livre é independente do valor da massa do corpo.
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Exploração das atividades prático-laboratoriais

Registos efetuados

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Instrumentos de medida Alcance Incerteza absoluta de leitura
Balança 500 g ±1g
Digitímetro 99,999 ms ± 0,001 ms
Craveira 12 cm ± 0,1 mm

Diâmetro da esfera: d = (20,0 ± 0,1) mm

Massa da esfera: m = (33 ± 1 g)


Dt1 / ms Dt2 / ms Dttotal / ms
13,495 6,313 171,36
12,505 6,297 174,41
13,746 6,345 172,38
13,469 6,213 168,29
13,720 6,319 172,38

Diâmetro da esfera: d = (18,0 ± 0,1) mm Diâmetro da moeda: d = (25,7 ± 0,1) mm

Massa da esfera: m = (24 ± 1 g) Massa da moeda: m = (8 ± 1) g


Dt1 / ms Dt2 / ms Dttotal / ms Dt1 / ms Dt2 / ms Dttotal / ms
12,200 5,631 168,30 33,726 8,251 224,39
11,798 5,288 174,41 33,452 8,524 224,39
11,675 5,701 169,31 33,708 8,853 225,41
11,954 5,583 169,31 33,361 8,842 225,41
11,814 5,614 168,29 33,382 7,579 223,38

Exploração de resultados
Guia do Professor

Diâmetro da esfera: d = (20,0 ± 0,1) mm

Massa da esfera: m = (33 ± 1) g


Dt1 / ms Dt1 / ms Dt2 / ms Dt2 / ms Dttotal / ms Dttotal / ms
13,495 6,313 171,36
12,505 6,297 174,41
13,746 13,387 6,345 6,297 172,38 171,76
13,469 6,213 168,29
13,720 6,319 172,38
-3
d 20,0 * 10
v1 = ⇒ v1 = -3
⇔ v1 = 1,49 m s- 1
Dt1 13,387 * 10
d 20,0 * 10- 3
v2 = ⇒ v2 = ⇔ v2 = 3,18 m s- 1
Dt2 6,297 * 10- 3
Dv 3,18 - 1,49
g1 = ⇒g= ⇔ g = 9,84 m s- 2
Dttotal 171,76 * 10- 3

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AL Atividade Laboratorial 1.1

Diâmetro da esfera: d = (18,0 ± 0,1) mm

Massa da esfera: m = (24 ± 1 g)


Dt1 / ms Dt1 / ms Dt2 / ms Dt2 / ms Dttotal / ms Dttotal / ms
12,200 5,631 168,30
11,798 5,288 174,41
11,675 11,888 5,701 5,563 169,31 169,92
11,954 5,583 169,31
11,814 5,614 168,29

d 18,0 * 10- 3
v1 = ⇒ v1 = ⇔ v1 = 1,51 m s- 1
Dt1 11,888 * 10- 3
d 18,0 * 10- 3
v2 = ⇒ v2 = -3
⇔ v2 = 3,24 m s- 1
Dt2 5,563 * 10

Dv 3,24 - 1,51
g2 = ⇒g= ⇔ g = 10,2 m s- 2
Dttotal 169,92 * 10- 3

Diâmetro da moeda: d = (25,7 ± 0,1) mm

Massa da moeda: m = (8 ± 1) g
Dt1 / ms Dt1 / ms Dt2 / ms Dt2 / ms Dttotal / ms Dttotal / ms
33,726 8,251 224,39
33,452 8,524 224,39
33,708 33,526 8,853 8,410 225,41 224,60
33,361 8,842 225,41
33,382 7,579 223,38

d 25,7 * 10- 3
v1 = ⇒ v1 = ⇔ v1 = 0,767 m s- 1
Dt1 33,526 * 10- 3

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d 25,7 * 10- 3
v2 = ⇒ v2 = -3
⇔ v2 = 3,06 m s- 1
Dt2 8,410 * 10

Dv 3,06 - 0,767
g3 = ⇒g= ⇔ g = 10,2 m s- 2
Dttotal 224,60 * 10- 3

Cálculo do valor mais provável da aceleração da gravidade:


g1 + g2 + g3 9,84 + 10,2 + 10,2
g= ⇒g= ⇔ g = 10,1 m s- 2
3 3

Cálculo do erro relativo percentual:


0 Vv - Vexp 0 0 9,8 - 10,1 0
er = * 100 ⇒ er = * 100 ⇔ er = 3,1%
Vv 9,8
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g = 10,1 m s- 2 ± 3%

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Exploração das atividades prático-laboratoriais

Análise de resultados

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Com o material e o equipamento sugeridos e uma utilização correta dos mesmos, é possível atingir as
metas propostas na atividade.
Os resultados obtidos aproximam-se das previsões teóricas. Com efeito, não só se obteve um valor
experimental para a aceleração da gravidade bastante aceitável, g = 10,1 m s- 2 ± 3%, como se pode
comprovar que, na queda livre, corpos com massas diferentes experimentam a mesma aceleração.
Nesta atividade, uma possível causa de erro, para além de se desprezar a resistência do ar, poderá
estar associada à determinação do tempo de passagem no digitímetro. Nem sempre o objeto em queda
interrompe o feixe de luz pela sua dimensão máxima. A utilização de um tubo verticalmente alinhado com a
célula fotoelétrica poderá contribuir para minimizar este problema. O tubo deverá estar inicialmente
tapado na extremidade inferior por uma régua, removida no momento da queda, garantindo desta forma,
não só que o objeto cai na vertical pretendida como cai sempre da mesma altura.
No Dossiê do Professor poderá encontrar alternativas para a realização desta atividade laboratorial
com recurso a calculadora gráfica e sensores.

Sugestão de respostas às questões pós-laboratoriais


1 Indique, justificando, em que condições o valor da velocidade obtido com a célula fotoelétrica pode ser
desfera
calculado usando a expressão v = .
Dt
A expressão dada refere-se a um movimento retilíneo e uniforme. No entanto, o tempo de passagem da
esfera pela célula é muito pequeno, pelo que a velocidade da esfera mantém-se praticamente constante
nesse intervalo de tempo.

2 Compare o valor da aceleração da gravidade na queda livre de diferentes objetos.


O valor da aceleração em queda livre é independente da massa dos objetos, pelo que os valores da
aceleração da gravidade são iguais.

3 Mostre que a aceleração da gravidade não depende da massa dos corpos em queda livre.
Um corpo de massa m em queda livre fica sujeito apenas à ação da força gravítica exercida pela Terra:
MTerra m
Fg = G
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R2
MTerra m MTerra
Como FR = Fg, tem-se: m a = G 2
⇔a=G
R R2
Donde se pode concluir que a aceleração da gravidade não depende da massa do corpo em queda.

4 Em três ensaios, realizados nas mesmas condições, um grupo de alunos


Ensaio g / m s– 2
determinou o valor da aceleração da gravidade, g. Os resultados
encontram-se registados na tabela seguinte. 1 9,79
Obtenha o resultado da medição da aceleração da gravidade. 2 9,84
Exprima esse resultado em função do valor mais provável e da incerteza 3 10,20
absoluta. Apresente todas as etapas de resolução.
Cálculo do valor mais provável da aceleração da gravidade:
g1 + g2 + g3 9,79 + 9,84 + 10,20
g= ⇒g= ⇔ g = 9,94 m s- 2
3 3
Determinação dos módulos dos desvios de cada valor medido em relação ao valor mais provável:
d1 = 0 9,94 - 9,79 0 ⇔ d1 = 0,15 m s- 2; d2 = 0 9,94 - 9,84 0 ⇔ d2 = 0,10 m s- 2; d3 = 0 9,94 - 10,20 0 ⇔ d3 = 0,26 m s- 2
Apresentação do resultado da medição do valor da aceleração da gravidade:
g = (9,94 ± 0,26) m s- 2

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QL Questão Prático-Laboratorial 1 Duração: 45 min

Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação

Numa aula laboratorial pretendia-se determinar o valor da aceleração da gravidade num movimento de
queda livre e verificar se este depende da massa dos corpos. Para a realização da atividade os alunos
usaram uma esfera de 33,0 g e de 20,0 mm diâmetro e uma moeda de 8,0 g e 25,7 mm de diâmetro. Estes
corpos caíram de uma dada altura, sem velocidade inicial e com resistência do ar desprezável, passando
por uma célula fotoelétrica ligada a um digitímetro que permitiu medir o tempo de passagem dos corpos.
Os valores medidos estão registados nas tabelas seguintes:

Instrumentos de medida Incerteza absoluta de leitura


Balança ± 0,1 g
Digitímetro ± 0,001 ms
Craveira ± 0,1 mm

Esfera Moeda
Dt1 / ms Dt2 / ms Dttotal / ms Dt1 / ms Dt2 / ms Dttotal / ms
13,720 6,319 172,380 33,708 8,853 225,410
13,469 6,213 168,290 33,726 8,251 224,390
12,505 6,297 174,410 33,382 7,579 223,380
13,495 6,313 171,360 33,452 8,524 224,390
13,746 6,345 172,380 33,361 8,842 225,410

1 Selecione a opção que corresponde, respetivamente, a uma medição direta e a uma medição indireta.
(A) O diâmetro da esfera e a massa da moeda
(B) O tempo de passagem entre as duas células fotoelétricas e o diâmetro da esfera
(C) O valor da velocidade e o valor da aceleração gravítica
(D) O diâmetro da esfera e o valor da aceleração gravítica
2 Escreva o valor da massa e do diâmetro de cada um dos corpos, tendo em consideração o valor da incerteza
absoluta de leitura.
3 Classifique o movimento de cada um dos corpos.
4 Indique, justificando, em que condições o valor da velocidade obtido com a célula fotoelétrica pode ser
calculado pelo quociente entre o diâmetro do corpo e o intervalo de tempo.
5 Determine o valor da aceleração da gravidade para cada um dos corpos.
6 Determine o valor mais provável da aceleração da gravidade obtido experimentalmente e o erro percentual
a ele associado. (Considere g = 9,8 m s- 2)
7 Selecione a opção que completa corretamente a frase: “O valor da aceleração em queda livre é…”
(A) … dependente da massa dos objetos, pelo que os valores da aceleração da gravidade são iguais.”
(B) … independente da massa dos objetos, pelo que os valores da aceleração da gravidade variam.”
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(C) … independente da massa dos objetos, pelo que os valores da aceleração da gravidade são iguais.”
(D) … dependente da massa dos objetos, pelo que os valores da aceleração da gravidade variam.”
8 Demonstre que a aceleração da gravidade não depende da massa dos corpos.

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Exploração das atividades prático-laboratoriais

Atividade Laboratorial 1.2

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AL
Forças nos movimentos retilíneos acelerado e uniforme

Objetivo geral: Identificar forças que atuam sobre um corpo, que se move em linha reta num plano horizontal, e
investigar o seu movimento quando sujeito a uma resultante de forças não nula e nula.

Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:

Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá-lo corretamente, respeitando regras de
segurança e instruções recebidas.

Construir uma montagem laboratorial a partir de um esquema ou de uma descrição.

Operacionalizar o controlo de uma variável.

Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a respetiva
incerteza de leitura.

Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática de
dados.

Representar um conjunto de medidas experimentais em tabela, associando-lhes as respetivas incertezas
de leitura dos aparelhos de medida utilizados.

Aprendizagem do tipo conceptual:



Identificar o objetivo de um trabalho prático.

Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.

Descrever o procedimento que permite dar resposta ao objetivo de um trabalho prático.
Conceber um procedimento capaz de validar uma dada hipótese, ou estabelecer relações entre variáveis,
Guia do Professor

e decidir sobre as variáveis a controlar.



Representar esquemas de montagens.

Utilizar regras de contagem de algarismos significativos.

Construir gráficos a partir de listas de dados, utilizando papel ou suportes digitais.

Interpretar representações gráficas, estabelecendo relações entre as grandezas.

Avaliar a credibilidade de um resultado experimental, confrontando-o com previsões do modelo teórico, e
discutir os seus limites de validade.

Generalizar interpretações baseadas em resultados experimentais para explicar outros fenómenos que
tenham o mesmo fundamento teórico.

Elaborar um relatório, ou síntese, sobre uma atividade prática, em formatos diversos.

108
AL Atividade Laboratorial 1.2

Metas específicas

Identificar as forças que atuam sobre um carrinho que se move num plano horizontal;

Medir intervalos de tempo e velocidade;

Construir o gráfico velocidade em função do tempo, identificando tipos de movimento;

Concluir qual é o tipo de movimento do carrinho quando a resultante das forças que atuam sobre ele
passa a ser nula;

Explicar, com base no gráfico velocidade-tempo, se os efeitos do atrito são ou não desprezáveis;

Confrontar os resultados experimentais com os pontos de vista de Aristóteles, de Galileu e de Newton.

Sugestão de resposta às questões pré-laboratoriais


1 As conceções sobre o movimento evoluíram fruto das contribuições de Aristóteles, Galileu e Newton.
Enumere as principais ideias de cada um deles sobre o movimento.
Aristóteles: ao observar os movimentos que se realizam à superfície da Terra, um corpo só se manteria em
movimento se atuasse sobre ele uma força; se a força deixasse de atuar, o corpo parava.
Galileu: considerava que um corpo em movimento manter-se-ia em movimento, com velocidade constante,
desde que não atuassem outras forças.
Newton: se a resultante das forças que atua sobre um corpo for nula, este permanece em repouso ou em
movimento retilíneo uniforme.

2 Represente a(s) força(s) que atua(m) sobre o carrinho.


Com o fio sob tensão: Legenda: Com o fio sem tensão:
N» N»
N» – Reação normal
»
P – Peso do carrinho
» »
T – Tensão do fio
T

»
P »
P

3 Classifique o movimento do carrinho.

Guia do Professor
Com o fio sob tensão: movimento retilíneo uniformemente acelerado.
Com o fio sem tensão: movimento retilíneo e uniforme.

Registos efetuados
Instrumentos de medida Alcance Incerteza absoluta de leitura
Sensor de movimento 0,5 m-6 m ± 0,001 m
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109
Exploração das atividades prático-laboratoriais

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t/s v / m s- 1 t/s v / m s- 1
0,05 0,0078 1,05 1,2059
0,10 0,0035 1,10 1,2413
0,15 0,0021 1,15 1,2387
0,20 0,0168 1,20 1,2274
0,25 0,0598 1,25 1,2337
0,30 0,1216 1,30 1,2437
0,35 0,1885 1,35 1,2367
0,40 0,2566 1,40 1,2329
0,45 0,3125 1,45 1,2321
0,50 0,3869 1,50 1,2317
0,55 0,4766 1,55 1,2311
0,60 0,5493 1,60 1,2310
0,65 0,6286 1,65 1,2330
0,70 0,7039 1,70 1,2321
0,75 0,7697 1,75 1,2319
0,80 0,8404 1,80 1,2317
0,85 0,9136 1,85 1,2310
0,90 0,9899 1,90 1,2315
0,95 1,0790 1,95 1,2314
1,00 1,1579 2,00 1,2310

v/m s -1

1,2000

1,0000

0,8000
Guia do Professor

0,6000

0,4000

0,2000

0 0,50 1,00 1,50 t/s

Exploração dos resultados


A análise do gráfico permite determinar:

o intervalo de tempo correspondente a tensão não nula: [0,15; 1,10] s;

o instante em que ocorre a colisão do corpo suspenso com o solo: t = 1,10 s;

o intervalo de tempo correspondente a tensão nula: [1,10; 2,00] s;

os tipos de movimento:
– [0,15; 1,10] s – movimento retilíneo uniformemente acelerado;
– [1,10; 2,00] s – movimento retilíneo e uniforme.

110
AL Atividade Laboratorial 1.2

Uma vez que o valor da velocidade se manteve praticamente constante a partir do instante em que a
tensão se anulou, continuando apenas a atuarem sobre o carrinho as forças peso e normal que se anulam,
podemos concluir que o atrito é desprezável.

Análise de resultados
Com o material e o equipamento sugeridos e uma utilização correta dos mesmos, é possível atingir as
metas propostas na atividade.
O gráfico obtido permite verificar experimentalmente que quando a resultante das forças é nula o
carrinho se move com movimento retilíneo e uniforme.
Nesta atividade, as possíveis causas de insucesso podem estar relacionadas com a escolha do carrinho
e do plano horizontal sobre o qual este se desloca. Revela-se essencial a utilização de um carrinho de baixo
atrito e a escolha de um plano desprovido de qualquer inclinação e rugosidade que possam adulterar o
resultado final. Havendo possibilidade, será preferível usar uma calha metálica. As dimensões do carrinho
devem ser pequenas, por causa da resistência do ar, mas não em demasia pois diminuem as possibilidades
de o sensor de movimento fazer uma leitura exata a grande distância. Recomendou-se aos alunos que
observassem uma distância de, pelo menos, 15 cm entre o sensor e a posição inicial do carrinho. Caso essa
distância seja inferior, os impulsos ultrassónicos emitidos consecutivamente pelo sensor sobrepõem-se,
sendo incorretamente identificados.

Questões pós-laboratoriais
1 Caracterize o movimento do carrinho ao longo da trajetória.
O carrinho apresenta inicialmente um movimento retilíneo uniformemente acelerado. Após a colisão do
corpo suspenso com o solo, o carrinho passa a mover-se com movimento retilíneo e uniforme.

2 Determine o módulo da aceleração para cada tipo de movimento.


Movimento retilíneo uniformemente acelerado:
→ →
FR = P corpo suspenso ⇒ (mcarrinho + mcorpo suspenso) a = mcorpo suspenso g
mcorpo suspenso
a= g

Guia do Professor
mcarrinho + mcorpo suspenso
→ →
Movimento retilíneo e uniforme: FR = 0 ⇒ a = 0 m s- 2

3 Explique, com base no gráfico velocidade-tempo, como poderá concluir se os efeitos do atrito são ou não
desprezáveis.
Verifica-se no gráfico que, após a colisão do corpo suspenso com o solo, o valor da velocidade se mantém
constante. Assim, a aceleração é nula e, consequentemente, a resultante das forças também é nula, pelo
que os efeitos do atrito são desprezáveis.

4 Confronte os resultados experimentais com os pontos de vista históricos de Aristóteles, de Galileu e de


Newton.
Estes resultados experimentais corroboram os pontos de vista de Galileu e de Newton ao demonstrarem
que quando a resultante das forças passou a ser nula, e ao contrário do que defendia Aristóteles, o corpo
não só não parou como continuou a mover-se animado de um movimento retilíneo e uniforme.
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5 Conclua sobre a necessidade de aplicação de uma força para que um corpo permaneça em movimento.
Podemos concluir que não é necessária uma força para que um corpo permaneça em movimento.

111
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QL Questão Prático-Laboratorial 2 Duração: 45 min

Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação

Numa aula laboratorial pretendia-se identificar as forças que atuam sobre um corpo, que se move em
linha reta num plano horizontal, e investigar o seu movimento quando sujeito a uma resultante de forças
não nula e nula. Para a realização da atividade, os alunos usaram um carrinho que se movia num plano
horizontal. O valor da velocidade do carrinho ao longo do tempo foi recolhido por um sistema automático de
aquisição de dados.
O gráfico obtido foi o seguinte:

v/m s -1

1,2000

1,0000

0,8000

0,6000

0,4000

0,2000

0 0,50 1,00 1,50 t/s

1 Enumere as medições diretas e indiretas efetuadas.

2 Para os intervalos de tempo [0,15; 1,10] s e [1,10; 2,00] s:


2.1. classifique o movimento do carrinho;
2.2. represente a(s) força(s) que atua(m) no carrinho.

3 Indique o instante em que a força resultante sobre o carrinho passa a ser nula.

4 Conclua se é necessário aplicar uma força para que o corpo permaneça em movimento.

5 Explique, com base no gráfico velocidade-tempo, se os efeitos do atrito são ou não desprezáveis.

6 As conceções sobre o movimento evoluíram fruto das contribuições de Aristóteles, Galileu e Newton.
Atribua a cada um as suas principais ideias sobre o movimento.

Coluna I Coluna II
(A) Ao observar os movimentos que se realizam à superfície
da Terra, um corpo só se manteria em movimento se
1. Aristóteles
atuasse sobre ele uma força; se a força deixasse de atuar, o
corpo parava.
(B) Considerava que um corpo em movimento manter-se-ia
2. Newton em movimento, com velocidade constante, desde que não
atuassem outras forças.
(C) Se a resultante das forças que atua sobre um corpo for
3. Galileu nula, este permanece em repouso ou em movimento
retilíneo uniforme.

112
AL Atividade Laboratorial 1.3

AL Atividade Laboratorial 1.3


Movimento uniformemente retardado: velocidade e deslocamento

Objetivo geral: Relacionar a velocidade e o deslocamento num movimento uniformemente retardado e determinar
a aceleração e a resultante das forças de atrito.

Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:

Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá-lo corretamente, respeitando regras de
segurança e instruções recebidas.

Construir uma montagem laboratorial a partir de um esquema ou de uma descrição.

Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a respetiva
incerteza de leitura.

Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática de
dados.

Representar um conjunto de medidas experimentais em tabela, associando-lhes as respetivas incertezas
de leitura dos aparelhos de medida utilizados.

Aprendizagem do tipo conceptual:



Identificar o objetivo de um trabalho prático.

Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.

Interpretar e seguir um protocolo.

Conceber uma tabela de registo de dados adequada ao procedimento.

Representar esquemas de montagens.

Utilizar regras de contagem de algarismos significativos.

Indicar a medida de uma grandeza numa única medição direta, atendendo à incerteza experimental

Guia do Professor
associada à leitura no aparelho de medida.

Indicar a medida de uma grandeza quando há um conjunto de medições diretas, efetuadas nas mesmas
condições, tomando como valor mais provável o valor médio.

Calcular a incerteza absoluta do valor mais provável de um conjunto de medições diretas (o maior dos
desvios absolutos), assim como a incerteza relativa em percentagem (desvio percentual), e indicar a
medida da grandeza.

Associar a precisão das medidas à sua maior ou menor dispersão, quando há um conjunto de medições
diretas, e aos erros aleatórios.

Calcular a incerteza absoluta do valor mais provável de um conjunto de medições diretas (o maior dos
desvios absolutos), assim como a incerteza relativa em percentagem (desvio percentual), e indicar a
medida da grandeza.

Associar a precisão das medidas à sua maior ou menor dispersão, quando há um conjunto de medições
diretas, e aos erros aleatórios.
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Construir gráficos a partir de listas de dados, utilizando papel ou suportes digitais.

Interpretar representações gráficas, estabelecendo relações entre as grandezas.

Aplicar conhecimentos de estatística no tratamento de dados experimentais em modelos lineares,
identificando as grandezas físicas na equação da reta de regressão.

EF11-CLAB-08 113
Exploração das atividades prático-laboratoriais

Determinar valores de grandezas, não obtidos experimentalmente, a partir da equação de uma reta de

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regressão.

Avaliar a credibilidade de um resultado experimental, confrontando-o com previsões do modelo teórico, e
discutir os seus limites de validade.

Metas específicas

Justificar que o movimento do bloco que desliza sobre um plano horizontal, acabando por parar, é
uniformemente retardado;

Obter a expressão que relaciona o quadrado da velocidade e o deslocamento de um corpo com
movimento uniformemente variado a partir das equações da posição e da velocidade em função do
tempo;

Concluir que num movimento uniformemente retardado, em que o corpo acaba por parar, o quadrado da
velocidade é diretamente proporcional ao deslocamento, e interpretar o significado da constante de
proporcionalidade;

Medir massas, comprimentos, tempos, distâncias e velocidades;

Construir o gráfico do quadrado da velocidade em função do deslocamento, determinar a equação da reta
de regressão e calcular a aceleração do movimento;

Determinar a resultante das forças de atrito que atuam sobre o bloco a partir da Segunda Lei de Newton.

Sugestão de resposta às questões pré-laboratoriais


1 Partindo do repouso, um corpo desce uma calha curvilínea, sem atrito, e desliza ainda sobre a parte
horizontal, com atrito.
1.1. Represente as forças que atuam no corpo antes e após atingir a parte horizontal da calha.

Antes de atingir a base Quando se desloca na horizontal


N» – Reação normal

»
P – Peso do carrinho
»
Fa – Força de atrito »
Fa N»
»
P
Guia do Professor

»
P

1.2. Classifique os tipos de movimento.


Na primeira parte, movimento acelerado; na segunda parte, movimento retilíneo uniformemente
retardado.
1.3. Refira como se poderia proceder para calcular o módulo da velocidade do corpo quando este atinge o
troço horizontal.
Para medir o módulo da velocidade do corpo pode utilizar-se uma célula fotoelétrica, um digitímetro e
acoplar um pino ao corpo.
Deve medir-se a largura do pino, L, e o tempo de passagem do corpo, Dt (tempo de interrupção do
feixe de luz), na célula fotoelétrica. A razão entre a largura do pino e o intervalo de tempo permite
obter o valor da velocidade média do corpo. Como o intervalo de tempo é muito pequeno, pode-se
considerar que o movimento é retilíneo e uniforme.

114
AL Atividade Laboratorial 1.3

2 Numa dada experiência laboratorial, um grupo de alunos fez deslizar um bloco ao longo de um plano
inclinado, sem atrito; quando este atingiu o plano horizontal, continuou em movimento até parar, uns
segundos depois.
2.1. Faça um esboço do gráfico que pode representar a variação do módulo da velocidade do bloco em
função do tempo.

v/m s -1

0 t/s

2.2. Para medir a distância percorrida pelo bloco no trajeto horizontal, os alunos utilizaram uma régua
graduada com uma incerteza de ± 0,5 cm. Refira, justificando, qual a menor divisão da escala da
régua.
menor divisão da escala
incerteza do aparelho = ±
2
Assim, menor divisão da escala = 2 * incerteza ⇔ menor divisão da escala = 1,0 cm

Registos efetuados
Instrumentos de medida Alcance Incerteza absoluta de leitura
Balança 500 g ±1g
Digitímetro 99,999 ms ± 0,001 ms
Craveira 12 cm ± 0,1 mm
Régua 500 mm ± 0,5 mm

mcarrinho = (110 ± 1) g

Guia do Professor
Lpino = (3,0 ± 0,1) mm

Ensaio Dt / ms Dx / mm Ensaio Dt / ms Dx / mm
1,950 229,0 2,176 192,0
1 1,853 267,0 5 2,396 166,0
1,919 255,0 2,412 161,0
1,991 250,0 2,553 146,0
2 2,000 232,0 6 2,525 149,0
2,057 227,0 2,490 152,0
2,100 210,0 2,501 150,0
3 2,164 202,0 7 2,607 140,0
2,118 218,0 2,500 150,0
EF11-CLAB © Porto Editora

1,942 241,0
4 2,117 213,0
2,172 209,0

115
Exploração das atividades prático-laboratoriais

Exploração dos resultados

EF11-CLAB © Porto Editora


Ensaio Dt / ms Dt / ms Dx / mm Dx / m v0 / m s- 1 v02 / m2 s- 2
1,950 229,0
1 1,853 1,907 267,0 250,3 × 10- 3 1,57 2,47
1,919 255,0
1,991 250,0
2 2,000 2,016 232,0 236,3 × 10- 3 1,49 2,21
2,057 227,0
2,100 210,0
3 2,164 2,127 202,0 210,0 × 10- 3 1,41 1,99
2,118 218,0
1,942 241,0
4 2,117 2,077 213,0 221,0 × 10- 3 1,44 2,09
2,172 209,0
2,176 192,0
5 2,396 2,328 166,0 173,0 × 10- 3 1,29 1,66
2,412 161,0
2,553 146,0
6 2,525 2,523 149,0 149,0 × 10- 3 1,19 1,41
2,490 152,0
2,501 150,0
7 2,607 2,536 140,0 146,7 × 10- 3 1,18 1,40
2,500 150,0

v 02 /m 2 s -2
Guia do Professor

2,4 v 02 = 9,77Dx – 0,04


R2 = 0,991
2,2

1,8

1,6

1,4

1,2
0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 0,24 Dx/m

Cálculo do valor da aceleração do movimento:



Por leitura do gráfico e da equação da reta de regressão linear obtida, v 02 = 9,77 Dx - 0,04, e atendendo a
que v 20 = 2 0 a 0 Dx, obtemos: 2 0 a 0 = 9,77 ⇔ 0 a 0 = 4,88 m s- 2.

116
AL Atividade Laboratorial 1.3

Cálculo da intensidade média da resultante das forças de atrito que atuam sobre o carrinho no
percurso horizontal:
→ →
Pela Segunda Lei de Newton, FR = m a . Neste caso, atendendo a que o peso e a normal se anulam, é
Fa = m a ⇒ 0 Fa 0 = m 0 a 0 ⇒ 0 Fa 0 = 0,111 * 4,88 ⇔ 0 Fa 0 = 5,37 * 10- 1 N
→ →

Análise de resultados
Com o material e o equipamento sugeridos e uma utilização correta dos mesmos, é possível atingir as
metas propostas na atividade.
Os resultados obtidos aproximam-se das previsões teóricas. Com efeito, o traçado da reta de regressão
linear, com um coeficiente de correlação ao quadrado de 0,991, permite verificar que o quadrado do valor
da velocidade inicial é diretamente proporcional à distância percorrida pelo corpo até parar sobre o plano
horizontal.
Nesta atividade, as possíveis causas de erro poderão estar associadas:

à determinação do tempo de passagem no digitímetro. Um posicionamento mais ou menos
perpendicular da célula fotoelétrica faz com que se meçam tempos de passagem nem sempre
correspondentes à espessura do pino;

à determinação da posição da célula fotoelétrica em relação à régua acoplada ao plano horizontal;

à dificuldade em assegurar que o carrinho foi sempre largado (isto é, sem velocidade inicial) e da mesma
posição, para cada um dos ensaios.

Sugestão de resposta às questões pós-laboratoriais


1 A que corresponde o tempo medido no digitímetro?
O tempo medido no digitímetro corresponde ao tempo de passagem do carrinho na célula fotoelétrica.

2 Para medir o valor da velocidade do carrinho deve utilizar-se o tempo médio, obtido a partir do digitímetro,
para cada uma das alturas de onde é largado o carrinho. Apresente uma justificação para este facto.
A repetição das medidas, e o respetivo tratamento estatístico, é vantajosa porque minimiza os erros

Guia do Professor
aleatórios inerentes a qualquer trabalho experimental.

3 Indique, justificando, das medições realizadas, quais as que são medições diretas e quais as medições
indiretas.
A medição da massa do carrinho, da largura do pino, do tempo de passagem do carrinho na célula
fotoelétrica e da distância de paragem no plano horizontal são medições diretas.
O módulo da velocidade do carrinho quando este atinge o troço horizontal é obtido por uma medição
indireta.

4 Indique o significado físico do declive da reta que melhor se ajusta aos pontos experimentais obtidos.
O declive da reta que melhor se ajusta aos pontos experimentais representa o dobro do valor da aceleração
do movimento.

5 Faça um esquema representativo da velocidade e da aceleração do carrinho na parte horizontal da calha.


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a» v»

117
Exploração das atividades prático-laboratoriais

6 Explique como pode determinar a intensidade média da resultante das forças de atrito que atuam sobre o

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carrinho no percurso horizontal.
A intensidade média da resultante das forças de atrito pode ser calculada a partir da Segunda Lei de
→ →
Newton: FR = m a
Como FR = Fa ⇒ Fa = m a.

7 Conclua, justificando, se a resultante das forças que atuam no carrinho no troço horizontal é uma força
conservativa.
Quando num corpo apenas atuam forças conservativas: Em = constante
Em = E c + E p
Como no percurso horizontal a energia potencial é constante, porque a altura é constante, e a energia
cinética diminui, conclui-se que no percurso horizontal há diminuição da energia mecânica. Assim,
conclui-se que a resultante das forças que atuam no carrinho no troço horizontal é uma força não
conservativa.

8 Se, numa das experiências, partindo da mesma altura inicial, o carrinho for lançado com uma dada
velocidade, é correto afirmar que:
(A) o carrinho atinge a base do plano com igual velocidade;
(B) o carrinho vai estar sujeito a uma maior aceleração;
(C) o quadrado da velocidade com que o carrinho inicia o seu movimento horizontal, não é, neste caso,
diretamente proporcional à distância de paragem;
(D) a distância de paragem é maior.
(A) Falso. O carrinho irá atingir a base do plano com maior velocidade.
(B) Falso. Nestas circunstâncias podemos considerar que a aceleração do carrinho é constante, qualquer
que seja a velocidade do carrinho no final do plano inclinado.
(C) Falso. Nestas condições continua a ser válida a relação de proporcionalidade.
(D) Verdadeira.

Algumas considerações:
Como alternativa à utilização do digitímetro, poderá ser utilizada uma célula fotoelétrica (photogate)
Guia do Professor

acoplada a um analisador de dados e a uma calculadora gráfica. Não recomendamos, no entanto, que os
alunos obtenham diretamente na máquina o valor da velocidade de passagem do carrinho. Será
pedagogicamente mais pertinente a obtenção dos tempos de passagem e posterior cálculo do valor da
velocidade.
Revela-se aconselhável a utilização de uma calha que tenha uma componente horizontal com as
dimensões adequadas ao estudo que se pretende efetuar. Na eventualidade de não existirem no laboratório
calhas com este perfil sugerimos a utilização de calhas de proteção de cabos elétricos, em PVC, como
ilustrado na fotografia do material e equipamento. Para além de económicas, são flexíveis, permitindo
ajustar a altura e o comprimento de modo que o percurso horizontal do corpo seja todo feito sobre a calha.
Um simples bloco de madeira munido de um prego cilíndrico constitui uma excelente solução para
substituir o carrinho.

118
QL Questão Prático-Laboratorial 3 Duração: 45 min

Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação

Numa aula laboratorial pretende-se estudar a relação entre a velocidade e o deslocamento num
movimento uniformemente retardado, num plano horizontal e determinar a aceleração e a resultante das
forças de atrito. Para tal, os alunos usam uma célula fotoelétrica, um digitimetro, um carrinho, de massa
110 g, com um pino, de espessura 3,0 mm. Partindo do repouso, o carrinho desce uma calha e continua a
deslizar no plano horizontal, com atrito, acabando por parar.

B C

Para medir a distância percorrida pelo


carrinho no trajeto horizontal, foi utilizada uma v 02 /m 2 s -2
v 02 = 9,77Dx – 0,04
R2 = 0,991
régua graduada com uma incerteza de ± 0,5 cm.
2,2
Com os dados recolhidos os alunos obtiveram o
seguinte gráfico que relaciona o quadrado da
1,7
velocidade, no início do movimento no plano
horizontal, com a distância de paragem.
1,2
1 Indique, das medições realizadas, as diretas 0,120 0,170 0,220 Dx/m
e as indiretas.

2 Selecione a opção que corresponde ao valor da menor divisão da escala da régua.


(A) 0,5 cm (B) 0,25 cm (C) 1,0 cm (D) 0,10 m

3 Explique porque é que o valor da velocidade do carrinho pode ser obtido pelo quociente entre o diâmetro do
pino e o intervalo de tempo.
4 Descreva o movimento do carrinho.
5 Represente as forças que atuam no corpo antes e após atingir a parte horizontal da calha. Entre os pontos
A e B considere o atrito desprezável.
6 Indique o significado físico do declive da equação da reta que melhor se ajusta aos pontos experimentais obtidos.
7 Determine o módulo da aceleração do movimento.
8 Calcule o valor da intensidade média da resultante das forças de atrito que atuam sobre o carrinho no
percurso horizontal.
9 Comente a afirmação: “A resultante das forças que atuam no carrinho no troço horizontal é uma força
conservativa”.
10 Selecione a opção que pode representar o esboço do gráfico da variação da velocidade do bloco em função
do tempo.
(A) (B) (C) (D)
v/m s -1 v/m s -1 v/m s -1 v/m s -1
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0 0 t/s 0 t/s 0 t/s


t/s

119
Exploração das atividades prático-laboratoriais

Atividade Laboratorial 2.1

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AL
Características do som

Objetivo geral: Investigar características de um som (frequência, intensidade, comprimento de onda, timbre) a
partir da observação de sinais elétricos resultantes da conversão de sinais sonoros.

Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:

Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá-lo corretamente, respeitando regras de
segurança e instruções recebidas.

Construir uma montagem laboratorial a partir de um esquema ou de uma descrição.

Operacionalizar o controlo de uma variável.

Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a respetiva
incerteza de leitura.

Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática de
dados.

Aprendizagem do tipo conceptual:



Identificar o objetivo de um trabalho prático.

Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.

Interpretar e seguir um protocolo.

Identificar a influência de uma dada grandeza num fenómeno físico através de controlo de variáveis.

Utilizar regras de contagem de algarismos significativos.

Indicar a medida de uma grandeza numa única medição direta, atendendo à incerteza experimental
Guia do Professor

associada à leitura no aparelho de medida.



Determinar o erro percentual associado a um resultado experimental quando há um valor de referência.

Associar a exatidão de um resultado à maior ou menor proximidade a um valor de referência e aos erros
sistemáticos, relacionando-a com o erro percentual.

Elaborar um relatório, ou síntese, sobre uma atividade prática, em formatos diversos.

Metas específicas

Identificar sons puros e sons complexos.

Comparar amplitudes e períodos de sinais sinusoidais.

Comparar intensidades e frequências de sinais sonoros a partir da análise de sinais elétricos.

Medir períodos e calcular frequências dos sinais sonoros, compará-los com valores de referência e
avaliar a sua exatidão.

Identificar limites de audição no espetro sonoro.

Medir comprimentos de onda de sons.

120
AL Atividade Laboratorial 2.1

Sugestão de resposta às questões pré-laboratoriais


1 Neste trabalho pode ser usado o osciloscópio para efetuar diversas medições, procurando tirar partido dos
seus diferentes modos de operação e funcionalidades.
Para se familiarizar com o osciloscópio, pode começar por ligá-lo a um gerador de sinais.
1.1. Considere que, numa primeira parte, a base de tempo é ajustada para 0,1 ms/div.
1.1.1. Partindo da imagem que representa o visor do osciloscópio, indique qual é a incerteza absoluta
de leitura associada às medições.
Sendo a base de tempo 0,1 ms por divisão e estando cada divisão dividida em cinco partes,
conclui-se que:
0,1
menor divisão da escala = ⇔ menor divisão da escala = 0,02 ms
5
Sendo a incerteza dada por:
menor divisão da escala
incerteza = ± ⇒ incerteza = ± 0,01 ms
2

1.1.2. Apresente o período do sinal, em unidades SI, em função do valor lido e da incerteza relativa da
medição.
O período do sinal é igual a quatro divisões.
T = 4 * 0,1 ms ⇔ T = 0,4 ms
Sendo a incerteza relativa:
incerteza absoluta 0,01
dr = * 100 ⇒ dr = * 100 = 2,5%
valor lido 0,4
Assim, o período é dado pela expressão: T = 0,4 * 10- 3 s ± 2%

1.2. Considere que se pretende escolher no gerador de sinais uma frequência com cerca de 2,0 kHz.
1.2.1. Como deve ajustar a base de tempo de modo a visualizar uma figura estável com 3 ciclos
completos?
Sendo a frequência do sinal ¶ = 2,0 * 103 Hz ⇒ T = 5,0 * 10- 4 s
Para ser possível visualizar três ciclos completos:
Dt = 3 * T ⇔ Dt = 3 * 5,0 * 10- 4 s Dt = 1,5 * 10- 3 s

Guia do Professor
Dividindo este tempo pelas 10 divisões, obtém-se:
1 divisão = 0,15 * 10- 3 s ⇒ 1 divisão = 0,15 ms
1.2.2. Se fizer variar a intensidade do sinal no gerador de sinais o que acontece à amplitude do sinal
que se vê no osciloscópio?
Aumentando a intensidade do sinal no gerador de sinais observa-se uma onda com amplitude
cada vez maior.
1.2.3. Ao ligar em simultâneo um gerador de sinais e um altifalante, qual a relação entre a
intensidade do sinal produzido pelo gerador e a intensidade do som que é ouvido?
Quanto mais intenso é o sinal produzido pelo gerador maior é a intensidade do som ouvido.
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121
Exploração das atividades prático-laboratoriais

2 De entre os sinais representados, resultantes da conversão de sinais sonoros em sinais elétricos, escolha o

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que representa:

(1)

(2)

(3)

(A) um som puro;


(B) um som complexo;
(C) o som de menor intensidade;
(D) a onda com menor comprimento de onda;
(E) o som mais alto.
(A) Um som puro é um som que pode ser bem representado por uma função sinusoidal – (1) ou (2).
(B) Um som complexo resulta da sobreposição de sons harmónicos – (3).
(C) Um som é tanto menos intenso quanto menor é a amplitude – (2).
(D) Quanto maior a frequência de uma onda menor o seu comprimento de onda – (1).
(E) Um som é tanto mais alto quanto maior a sua frequência – (1).

Registos efetuados

Sinal no osciloscópio produzido por um diapasão de 440 Hz
Percutido com forte intensidade Percutido com fraca intensidade
Guia do Professor

T = (2,20 ± 0,05) ms T = (2,20 ± 0,05) ms


Som produzido pelas cordas vocais ao emitir o som “a” por diferentes alunos
Aluno 1 Alunos 2 Aluno 3

122
AL Atividade Laboratorial 2.1


Alteração, no gerador de sinais, da frequência e da intensidade de um sinal
Frequência mais baixa Frequência mais alta

T1 = (2,23 ± 0,05) ms T2 = (1,12 ± 0,05) ms

Intensidade mais baixa Intensidade mais alta

A = (1,2 ± 0,2) V A = (4,2 ± 0,2) V

Limites de audibilidade
¶mínima ouvida = (70 ± 1) Hz ¶máxima ouvida = (16 000 ± 1) Hz

Medição de comprimento de onda
Distância, d, entre microfones: d = (70,00 ± 0,05) cm.

Exploração dos resultados



Sinal no osciloscópio produzido por um diapasão de 440 Hz
O som produzido pelo diapasão é um som puro.

Guia do Professor
T = 2,20 * 10- 3 s
1 1
¶= ⇔ ¶= ⇔ ¶ = 455 Hz
T 2,20 * 10- 3
0 VV - Vexp 0 0 440 - 455 0
er = * 100 ⇔ er = * 100 ⇔ er = 3,4%
VV 440
¶ = 455 Hz ± 3%

Som produzido pelas cordas vocais ao emitir o som “a” por diferentes alunos.
O som produzido pelas cordas vocais ao emitir o som “a” é um som complexo. Diferentes pessoas
emitem sons com características diferentes como resultado do número de harmónicos que intervêm e da
proporção com que cada um contribui para o som resultante. Estas características permitem distinguir
os sons emitidos por cada aluno.

Alteração, no gerador de sinais, da frequência e da intensidade de um sinal
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Aumentando a frequência, o período diminui e o som resultante é mais agudo. Diminuindo a frequência, o
período aumenta e o som resultante é mais grave.
Aumentando a intensidade, o som resultante é mais forte. Diminuindo a intensidade, o som resultante é
mais fraco.

123
Exploração das atividades prático-laboratoriais

Determinação do comprimento de onda, l

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Quando as duas ondas estão em fase, a distância a que os dois microfones se encontram corresponde a
um comprimento de onda. Assim, o comprimento de onda é: l = 7,00 * 10- 1 m.
O som captado pelo microfone que se deslocou diminuiu de intensidade porque, à medida que a distância
ao emissor de som (altifalante) aumenta, a mesma energia distribui-se por uma área cada vez maior,
diminuindo a amplitude de oscilação das partículas.

Análise de resultados
Com o material e o equipamento sugeridos e uma utilização correta dos mesmos, é possível atingir as
metas propostas na atividade.
Com efeito, o valor obtido para a frequência do diapasão é aceitável.
Os limites de audibilidade registados não correspondem aos valores médios para o ser humano. Tal
pode dever-se ao facto de os altifalantes não reproduzirem fielmente toda a gama de frequências sonoras,
condicionando deste modo os resultados obtidos.

Nesta atividade, as possíveis causas de erro poderão estar associadas:



à calibração do osciloscópio;

ao ruído ambiente;

aos cabos de ligação e às diferentes conexões.

Sugestão de resposta às questões pós-laboratoriais


1 Ligue um microfone a um osciloscópio. Utilizando um martelo para percutir um diapasão, produza um som
puro e visualize as características do sinal elétrico correspondente no osciloscópio.
Produza, com o mesmo diapasão, sinais mais ou menos intensos e visualize a sua forma. O que observa?
Esta atividade é semelhante à que se fez com o gerador de sinais. Enquanto no gerador de sinais é emitido
um sinal elétrico, no diapasão é emitido um sinal sonoro, de frequência bem definida (som puro), que é
convertido, pelo microfone, num sinal elétrico captado pelo osciloscópio. O batimento com o martelo no
Guia do Professor

diapasão permite controlar a intensidade do som emitido mantendo a frequência.

2 Observe a seguinte imagem que representa duas ondas observadas no osciloscópio, em que a base de
tempo foi regulada para 5 ms/div e a escala vertical para 5 V/div.
2.1. Indique a onda que representa o som mais intenso.
A onda que representa o som mais intenso é a onda A.
2.2. Determine a frequência de cada uma das ondas
sonoras.
B
Período do som A:
TA = 5 * n.8 de divisões ⇒ TA = 5 * 4,0 = 20 ms
1 1
¶= ⇒ ¶A = ⇔ ¶A = 50 Hz A
T 20 * 10- 3
1 div
Período do som B:
TB = 5 * n.8 de divisões ⇒ TB = 5 * 2,5 = 12,5 ms 1 div

1 1
¶= ⇒ ¶B = ⇔ ¶B = 80 Hz
T 12,5 * 10- 3

124
AL Atividade Laboratorial 2.1

2.3. Indique a onda que representa o som mais grave.


Um som é tanto mais grave quanto menor for a sua frequência (maior o seu período).
Assim, o som com menor frequência é o som mais grave: o som A.
2.4. Determine a amplitude da tensão de cada um dos sinais elétricos captados pelo osciloscópio.
Para a onda A:
AA = 5 * n.8 de divisões ⇒ AA = 5 * 2,0 = 10 V
Para a onda B:
AB = 5 * n.8 de divisões ⇒ AB = 5 * 0,5 = 2,5 V
2.5. Escreva as expressões que traduzem a relação entre a tensão, U, e o tempo, t, para cada um dos
sinais elétricos representados.

Para a onda A: wA = 2p ¶A ⇒ wA = 100p rad s- 1, logo yA (t) = 10 sin a100p t + pb (SI)


3
2
Para a onda B: wB = 2p ¶B ⇒ wB = 160p rad s- 1, logo yB (t) = 2,5 sin (160p t) (SI)

3 Complete as seguintes frases de forma a torná-las cientificamente corretas.


(A) Uma onda sonora no ar é uma onda ✕ .
longitudinal
(B) A altura do som está relacionada com a ✕ da onda sonora.
frequência
(C) A intensidade do som depende da ✕ da onda sonora.
amplitude de pressão
(D) O ✕ é o tempo de uma vibração completa.
período
(E) O número de vibrações completas por segundo é a ✕ .
frequência
(F) A ✕ é o afastamento máximo relativamente à posição de equilíbrio.
amplitude

Algumas considerações:

Guia do Professor
Na determinação do comprimento de onda revela-se por vezes difícil conseguir observar no ecrã do
osciloscópio a representação das duas ondas sonoras, devido à atenuação do sinal detetado pelo microfone
que se afasta do altifalante. Nessas circunstâncias, sugere-se que se desloque o microfone apenas até os
dois sinais estarem em oposição de fase. A distância entre os microfones corresponderá, assim, a meio
comprimento de onda.
Na eventualidade de não disporem de osciloscópios para a realização desta atividade propomos a
utilização de recursos digitais. Um desses recursos poderá ser obtido gratuitamente, desde que para fins
pedagógicos, neste endereço: https://www.zeitnitz.eu/scope_en. Trata-se de um osciloscópio digital virtual,
designado Soundcard Scope, que permite efetuar o estudo das características do som. Outro recurso
igualmente útil é o Audacity, disponível para download neste endereço: http://www.audacityteam.org/.
Trata-se de software que permite gravar e editar sons, de utilização bastante acessível e cuja exploração se
enquadra no âmbito desta atividade.
No Dossiê do Professor poderá encontrar mais alternativas para a concretização desta atividade
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laboratorial com recurso a calculadora gráfica e sensores. Nelas poderá constatar como é simples utilizar
uma calculadora gráfica para ilustrar o que se observa com um osciloscópio.

125
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QL Questão Prático-Laboratorial 4 Duração: 45 min

Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação

Numa aula laboratorial pretendia-se investigar as características de


uma onda sonora (frequência, intensidade, comprimento de onda, timbre)
a partir da observação de sinais elétricos resultantes da conversão de
sinais sonoros. Para o estudo dos respetivos sinais elétricos os alunos
usaram um osciloscópio e um microfone. Assim, os alunos produziram um
som com um diapasão de frequência 440 Hz. No ecrã do osciloscópio, com
a base de tempo colocada em 0,5 ms/div e o amplificador vertical colocado
em 1 V/div, observa-se o sinal a seguir representado.

1 Classifique o som do diapasão.

2 Partindo da informação dada sobre o osciloscópio, indique qual é a incerteza associada à medição do tempo.

3 Apresente o período do sinal, em unidades SI, em função do valor lido e da incerteza relativa da medição.

4 Calcule o valor da frequência do som emitido pelo diapasão.

5 Determine o erro percentual associado ao valor da frequência.

6 Qual das expressões seguintes permite calcular o comprimento de onda do sinal sonoro no ar, admitindo
que, no intervalo de tempo considerado, a velocidade do som, nesse meio é 340 m s− 1?
(A) l = 340 * 2,2 * 10- 3 m
340
(B) l = m
2,2 * 10- 3
(C) l = 340 * 0,1 * 10- 3 m
340
(D) l = m
0,1 * 10- 3
7 Escreva a equação que permite exprimir o deslocamento em função do tempo da referida onda.

8 De entre os sinais representados escolha o que representa:

(A) (B) (C)

(A) um som puro;


(B) um som complexo;
(C) o som de menor intensidade;
(D) a onda com menor comprimento de onda;
(E) o som mais alto.

126
AL Atividade Laboratorial 2.2

AL Atividade Laboratorial 2.2


Velocidade de propagação do som

Objetivo geral: Determinar a velocidade de propagação de um sinal sonoro.

Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:

Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá-lo corretamente, respeitando regras de
segurança e instruções recebidas.

Executar corretamente técnicas laboratoriais.

Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a respetiva
incerteza de leitura.

Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática de
dados.

Aprendizagem do tipo conceptual:



Identificar o objetivo de um trabalho prático.

Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.

Interpretar e seguir um protocolo.

Utilizar regras de contagem de algarismos significativos.

Distinguir erros aleatórios de erros sistemáticos.

Indicar a medida de uma grandeza numa única medição direta, atendendo à incerteza experimental
associada à leitura no aparelho de medida.

Indicar a medida de uma grandeza quando há um conjunto de medições diretas, efetuadas nas mesmas
condições, tomando como valor mais provável o valor médio.

Calcular a incerteza absoluta do valor mais provável de um conjunto de medições diretas (o maior dos

Guia do Professor
desvios absolutos), assim como a incerteza relativa em percentagem (desvio percentual), e indicar a
medida da grandeza.

Associar a precisão das medidas à sua maior ou menor dispersão, quando há um conjunto de medições
diretas, e aos erros aleatórios.

Determinar o erro percentual associado a um resultado experimental quando há um valor de referência.

Associar a exatidão de um resultado à maior ou menor proximidade a um valor de referência e aos erros
sistemáticos, relacionando-a com o erro percentual.

Identificar erros que permitam justificar a baixa precisão das medidas ou a baixa exatidão do resultado.

Avaliar a credibilidade de um resultado experimental, confrontando-o com previsões do modelo teórico, e
discutir os seus limites de validade.

Metas específicas
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Medir a velocidade do som no ar (medição indireta).

Comparar o valor obtido para a velocidade do som com o tabelado, avaliar a exatidão do resultado e
calcular o erro percentual.

127
Exploração das atividades prático-laboratoriais

Sugestão de respostas às questões pré-laboratoriais

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1 Com o objetivo de determinar experimentalmente a velocidade de propagação do som no ar, um grupo de
alunos fez uma montagem como se apresenta na figura abaixo, utilizando um osciloscópio, dois microfones,
uma mangueira e uma chapa metálica (fonte sonora).

Trigger externo

Amplificador
OUT IN

Amplificador
OUT IN

Os alunos começaram por ligar os dois microfones ao osciloscópio, tendo o cuidado de alinhar os
microfones em cada uma das extremidades da mangueira, no decorrer das experiências que realizaram.
1.1. Indique a razão pela qual os alunos usaram os microfones.
Os alunos usaram os microfones para converter o sinal sonoro num sinal elétrico
1.2. Explique como se processa a propagação do som no ar, desde a fonte até ao recetor.
O som no ar propaga-se através de ondas mecânicas longitudinais, gerando zonas de elevada
densidade de partículas e zonas de baixa densidade. Assim, as ondas sonoras propagam-se
originando zonas de maior pressão em relação à pressão atmosférica (zonas de compressão) e outras
de pressão mais baixa em relação à pressão atmosférica (zonas de rarefação).

2 Quando está a trovejar, existe um método relativamente simples para perceber se a tempestade se está a
aproximar ou se se está a afastar do local onde nos encontramos. Explique em que consiste esse método.
Sabendo que o valor da velocidade do som no ar é aproximadamente 343 m s- 1, deve medir-se o tempo
d
entre o instante em que se vê o relâmpago e se ouve o som do trovão, Dt. E, partindo da expressão vsom = ,
Dt
calcular a distância, d.
Fazendo isto para três ou quatro relâmpagos/trovões poderá facilmente determinar-se se a tempestade se
Guia do Professor

está a aproximar (o valor de d é cada vez menor) ou a afastar (o valor de d vai aumentando).

Registos efetuados
qar = (20,0 ± 0,1) °C
TIME / DIV: 1 ms

Instrumentos de medida Alcance Incerteza absoluta de leitura

Fita métrica 2000 mm ± 0,5 mm


Sensor de temperatura - 50,0 – 199,9 °C ± 0,1 °C

Comprimento do tubo L / m Distância entre dois picos / N.° de divisões

6,80
1,200 6,90
7,20

128
AL Atividade Laboratorial 2.2

Exploração dos resultados


Comprimento do tubo Distância entre dois 2L
Dt / s vsom = / m s– 1 vsom / m s– 1
L/m picos / N.° de divisões Dt
6,80 6,80 *10- 3 353
-3
1,200 6,90 6,90 *10 348 345
7,20 7,20 *10- 3 333

0 Vreal - Vexperimental 0 0 343 - 345 0


er = * 100 ⇒ er = * 100 ⇔ er = 0,6%
Vreal 343
vsom = 345 m s- 1 ± 0,6%

Análise de resultados
Com o equipamento utilizado e uma correta utilização do mesmo, é possível atingir as metas propostas
para esta atividade. O resultado experimental obtido para o valor da velocidade do som no ar apresenta um
pequeno erro percentual relativamente ao valor teórico.
Nesta atividade, as causas de erro poderão estar associadas ao ruído de fundo, à produção de um som
pouco “impulsivo” pela fonte emissora e à dificuldade em distinguir no ecrã do osciloscópio o sinal relativo
ao som refletido.

Sugestão de respostas às questões pós-laboratoriais


1 Com o objetivo de determinar experimentalmente a velocidade de propagação do som no ar, um grupo de
alunos usou um osciloscópio, um gerador de sinais, um altifalante, um microfone e uma fita métrica.
Os alunos colocaram o microfone e o altifalante um em frente do outro, a distâncias, d, sucessivamente
maiores e mediram o tempo, t, que um sinal sonoro demorava a percorrer cada uma dessas distâncias.
O valor tabelado da velocidade de propagação do som no ar, nas condições em que foi realizada a
experiência, é 343 m s- 1.
1.1. Para realizarem a experiência, os alunos ligaram:

Guia do Professor
(A) o microfone ao gerador de sinais e o altifalante ao osciloscópio;
(B) o microfone ao osciloscópio e o altifalante ao gerador de sinais;
(C) o microfone e o altifalante unicamente ao gerador de sinais;
(D) o microfone e o altifalante unicamente ao osciloscópio.
(B). Ligaram o gerador de sinais ao altifalante para converter o sinal elétrico num sinal sonoro.
Ligaram o microfone ao osciloscópio para converter o sinal sonoro num sinal elétrico.
1.2. Com os valores de distância, d, e de tempo, t, medidos experimentalmente, os alunos traçaram um
gráfico no qual o inverso do declive da reta obtida foi identificado com o valor experimental da
velocidade de propagação do som no ar.
Os alunos terão, assim, traçado um gráfico de:
(A) d em função de t; (C) t em função de d;
1 1
(B) d em função de ; (D) t em função de .
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t d
d 1
A partir da equação vsom = , tem-se: Dt = * d.
Dt vsom
Assim, quando se faz o traçado gráfico do tempo em função da distância entre os microfones, o
inverso do declive representa a velocidade do som no ar à temperatura considerada.

EF11-CLAB-09 129
Exploração das atividades prático-laboratoriais

1.3. O valor experimental da velocidade de propagação do som no ar, obtido pelos alunos, foi 339 m s- 1.

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Determine o valor correspondente ao erro relativo percentual associado ao valor calculado.
0 ea 0 0 Vreal - Vexperimental 0 0 343 - 339 0
er = * 100 ⇔ er = * 100 ⇒ er = * 100 ⇔ er = 1%
Vreal Vreal 343

2 A velocidade do som no ar varia com a temperatura de acordo com a seguinte equação:


vsom (ar) = 331 + 0,606 * q, sendo q a temperatura do ar, expressa em °C.
2.1. Determine o comprimento de onda de uma onda sonora de frequência 1100 Hz, quando a temperatura
do ar é 35 °C.
Apresente todas as etapas de resolução.
vsom (ar) = 331 + 0,606 * 35 ⇔ vsom = 353 m s- 1
l vsom 353
Usando a relação vsom = ⇔ vsom = l * ¶ ⇔ l = ⇒ l= ⇔ l = 0,321 m
T ¶ 1100

2.2. No ar e à temperatura de 20 °C, um instrumento musical produz um sinal sonoro de frequência de


440 Hz e comprimento de onda 0,800 m.
2.2.1. Determine o período do sinal sonoro.
1 1
T= ⇒T= ⇔ T = 2,27 * 10- 3 s
¶ 440
2.2.2. Determine a velocidade de propagação do referido sinal.
Apresente o resultado em função do valor calculado e do erro relativo percentual.
l 0,800
vsom = ⇒ vsom = ⇔ vsom = 3,52 * 102 m s - 1
T 2,27 * 10- 3
0 ea 0 0 3,52 * 102 - 3,43 * 102 0
er = * 100 ⇒ er = * 100 ⇔ er = 2,6%
vsom (ar) 3,43 * 102
vsom = 3,52 * 102 m s - 1 ± 3%

3 O menor intervalo de tempo para que o cérebro humano consiga distinguir dois sons que chegam ao ouvido
é, em média, de 100 ms. A este fenómeno dá-se o nome de persistência auditiva.
Qual é a menor distância a que podemos ficar de um obstáculo para ouvir o eco da nossa voz?
(A) 16,0 m (B) 18,5 m (C) 20,5 m (D) 17,0 m
-1
Dado: Velocidade do som no ar = 340 m s , à temperatura considerada.
Guia do Professor

2d
(D). Dt(ida e volta) = 100 ms = 0,100 s. Usando a equação vsom = ⇒ 2d = 340 * 0,100 ⇔ d = 17,0 m
Dt

Algumas considerações:
Esta atividade pode ser realizada com recurso a uma calculadora gráfica e sensores. Para tal, necessita
de: tubo de cartão ou de PVC com cerca de 1,20 m de comprimento, microfone (sensor de pressão),
analisador de dados, tampa metálica, suporte universal, garras e nozes, régua e calculadora. Coloque o tubo
na vertical, tapando-o numa das extremidades. Na outra extremidade, coloque o microfone, ligado ao
analisador e à calculadora, e tape o tubo com a régua. Ligue a recolha de dados e produza um som impulsivo
com a tampa metálica. Observe no ecrã da calculadora o gráfico obtido e com base nele, determine o
intervalo de tempo correspondente à emissão do sinal sonoro e à receção do sinal refletido. O valor da
velocidade do som será determinado pela razão entre o dobro do comprimento do tubo e o intervalo de
tempo medido.
Poderá ainda recorrer a software digital, obtido na Internet gratuitamente, neste endereço:
http://www.audacityteam.org/. Trata-se de um programa muito amigável, denominado Audacity, que
permite estudar as características de um som e determinar a sua velocidade de propagação.

130
QL Questão Prático-Laboratorial 5 Duração: 45 min

Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação

Numa aula laboratorial pretendia-se determinar a velocidade de propagação de um sinal sonoro. Para
tal foi utilizado um osciloscópio, um tubo tapado numa das extremidades, um microfone e uma tampa
metálica para produzir um som. Para a realização da atividade experimental começou-se por medir a
temperatura do ar. De seguida, ligou-se o microfone ao osciloscópio, tendo o cuidado de alinhar o
microfone com a extremidade do tubo. No final foram efetuados os seguintes registos:

Instrumento de Incerteza absoluta


Alcance
medida de leitura
Fita métrica 2000 mm ± 0,5 mm
Sensor de
- 50,0 – 199,9 °C ± 0,1 °C
temperatura
Osciloscópio 1 ms / DIV ± 0,1 ms

Velocidade do som à
Temperatura do ar, Comprimento
referida temperatura Dt / s
q / °C do tubo, L / m
do ar / m s- 1
6,8 * 10- 3
20,0 343 1,2000 6,9 * 10- 3
7,2 * 10- 3

1 Selecione a opção que corresponde, respetivamente, a uma medição direta e a uma medição indireta.
(A) O comprimento do tubo e a temperatura do ar.
(B) O comprimento do tubo e a velocidade do som.
(C) O tempo de ida e volta do som e a velocidade do som.
(D) A velocidade do som e o tempo de ida e volta do som.

2 Indique o valor da menor divisão da escala da fita métrica.

3 Escreva o valor da temperatura do ar, no momento da realização da atividade, com a respetiva incerteza de
leitura.

4 Indique a razão pela qual os alunos usaram o microfone.

5 Como se processa a propagação do som no ar, desde a produção do som até este ser captado pelo microfone?

6 Calcule o valor da velocidade do som.

7 Determine o erro percentual associado ao valor da velocidade do som determinado.

8 Apresente o resultado em função do valor calculado e do erro relativo percentual.

9 Um sonar, que funciona tanto na água como no ar, é utilizado para medir a distância a que se encontra um
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paredão que apresenta uma parte submersa. Verifica-se que quando o sonar está emerso, o intervalo de
tempo entre a emissão do sinal e a receção do eco é de 1,163 s, e que quando o aparelho está imerso, o
intervalo de tempo entre a emissão e a receção diminui para 0,270 s. Calcule a razão entre a velocidade do
som na água e a velocidade do som no ar.

131
Exploração das atividades prático-laboratoriais

Atividade Laboratorial 3.1

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AL
Ondas: absorção, reflexão, refração e reflexão total

Objetivo geral: Investigar os fenómenos de absorção, reflexão, refração e reflexão total, determinar o índice de
refração de um meio em relação ao ar e prever o ângulo crítico.

Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:

Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá-lo corretamente, respeitando regras de
segurança e instruções recebidas.

Adotar as medidas de proteção adequadas a operações laboratoriais, com base em informação de
segurança e instruções recebidas.

Construir uma montagem laboratorial a partir de um esquema ou de uma descrição.

Executar corretamente técnicas laboratoriais.

Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a respetiva
incerteza de leitura.

Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática de dados.

Representar um conjunto de medidas experimentais em tabela, associando-lhes as respetivas incertezas
de leitura dos aparelhos de medida utilizados.

Aprendizagem do tipo conceptual:



Identificar o objetivo de um trabalho prático.

Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.

Interpretar e seguir um protocolo.

Descrever o procedimento que permite dar resposta ao objetivo de um trabalho prático.

Utilizar regras de contagem de algarismos significativos.
Guia do Professor


Indicar a medida de uma grandeza numa única medição direta, atendendo à incerteza experimental
associada à leitura no aparelho de medida.

Construir gráficos a partir de listas de dados, utilizando papel ou suportes digitais.

Interpretar representações gráficas, estabelecendo relações entre as grandezas.

Aplicar conhecimentos de estatística no tratamento de dados experimentais em modelos lineares,
identificando as grandezas físicas na equação da reta de regressão.

Determinar valores de grandezas, não obtidos experimentalmente, a partir da equação de uma reta de
regressão.

Metas específicas

Avaliar a capacidade reflectora e a transparência de diversos materiais quando neles se faz incidir luz e a
diminuição da intensidade do feixe ou a mudança da direcção do feixe de luz.

Medir ângulos de incidência e de reflexão, relacionando-os.

Medir ângulos de incidência e de refração.

Construir o gráfico do seno do ângulo de refração em função do seno do ângulo de incidência, determinar a
equação da reta de ajuste e, a partir do seu declive, calcular o índice de refração do meio em relação ao ar.

132
AL Atividade Laboratorial 3.1


Prever qual é o ângulo crítico de reflexão total entre o meio e o ar e verificar o fenómeno da reflexão total
para ângulos de incidência superiores ao ângulo crítico, observando o que acontece à luz enviada para o
interior de uma fibra ótica.

Identificar a transparência e o elevado valor do índice de refração como propriedades da fibra ótica que
guiam a luz no seu interior.

Sugestão de respostas às questões pré-laboratoriais


1 Indique os fenómenos que conhece comuns aos vários tipos de ondas (mecânicas e eletromagnéticas).
Reflexão, refração, difração e absorção.
A reflexão ocorre quando a luz incide sobre a superfície de separação entre dois meios e não atravessa a
superfície, retornando ao meio de onde é proveniente. A refração é a passagem da onda de um meio para
outro meio com propriedades físicas distintas. A difração é o fenómeno que ocorre quando uma onda contorna
um obstáculo ou fenda. As ondas são fortemente difratadas quando o seu comprimento de onda é da ordem
de grandeza das dimensões do obstáculo ou fenda. A absorção é um fenómeno que envolve a transformação
da energia, luminosa ou sonora, em outras formas de energia, como química, elétrica ou térmica.

2 Sabendo que o comprimento de onda de uma onda emitida por uma antena parabólica é de 2,8 cm, calcule
a sua frequência. Localize a radiação no espetro eletromagnético.
Admitindo que no ar a velocidade de propagação da onda é igual à velocidade da luz no vácuo:
l
c = ⇔ c = l * ¶ ⇒ 3,0 * 108 = 2,8 * 10- 2 * ¶ ⇔ ¶ = 1,1 * 1010 Hz (micro-ondas).
T
3 Das seguintes proposições sobre o fenómeno da reflexão da luz indique, justificando, a incorreta.
(A) A reflexão ocorre quando a luz incide sobre uma superfície e retorna ao seu meio original.
(B) A reflexão difusa ocorre quando os raios luminosos incidentes são paralelos entre si.
(C) Na reflexão regular, os raios de luz provenientes de um feixe de raios paralelos propagam-se, após
reflexão, de forma paralela uns aos outros.
(D) Quando a luz é refletida por uma superfície, o ângulo de reflexão é sempre igual ao ângulo de incidência
da luz.
A incorreta é a (B), pois quer na reflexão difusa quer na reflexão regular os raios incidentes não têm de ser

Guia do Professor
necessariamente paralelos.
(A) correta. A reflexão ocorre quando a luz incide sobre uma superfície e volta a propagar-se no mesmo meio.
(C) correta. Na reflexão regular um feixe de raios paralelos incidente sobre uma superfície polida dá origem
a um feixe de raios paralelos refletido.
(D) correta. De acordo com as leis da reflexão, o ângulo de reflexão é sempre igual ao ângulo de incidência.

4 Nas comunicações por telemóvel e via satélite são utilizadas micro-ondas de determinadas faixas de
frequência. Em grandes cidades são construídas torres altas que suportam um conjunto de antenas
parabólicas de modo a permitir a propagação ponto a ponto das micro-ondas acima do topo dos edifícios.
Justifique a seguinte afirmação verdadeira:
«Nas grandes cidades existem várias antenas parabólicas que estão colocadas em torres altas em relação
ao solo.»
As ondas emitidas pelas antenas propagam-se em todas as direções e, estando as antenas em locais
elevados, essas ondas encontram menos obstáculos.
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5 Quais as condições para que haja reflexão total na superfície de separação de dois meios transparentes?
A luz deve propagar-se do meio mais refrangente (maior n) para o meio menos refrangente.
O ângulo de incidência deve ser maior que o ângulo crítico, qc.

133
Exploração das atividades prático-laboratoriais

Registos efetuados

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Interface ar-material

Material Transparência Absorção Reflexão Refração


Água ✓ ✓ ✓ ✓
Vidro ✓ – ✓ ✓
Glicerina ✓ ✓ ✓ ✓
Plástico alguma alguma ✓ ✓
Metal – – ✓ –
Acrílico ✓ ✓ ✓ ✓

Instrumentos de medida Alcance Incerteza absoluta de leitura


Disco de Hartl 360° ± 0,5°


Leis da reflexão ■
Leis da refração

Ângulo de incidência Ângulo de reflexão Ângulo de incidência Ângulo de refração


10,0 10,0 10,0 6,5
20,0 20,0 20,0 13,4
30,0 30,0 30,0 19,5
40,0 40,0 40,0 25,5
50,0 50,0 50,0 30,5
60,0 60,0 60,0 35,6
70,0 38,2

Reflexão total
Guia do Professor

Exploração dos resultados



Leis da refração

Interface ar-vidro

Ângulo de incidência sin qincidência Ângulo de refração sin qrefração


10,0 0,174 6,5 0,115
20,0 0,342 13,4 0,228
30,0 0,500 19,5 0,334
40,0 0,643 25,5 0,431
50,0 0,766 30,5 0,508
60,0 0,866 35,6 0,582
70,0 0,940 38,2 0,618

134
AL Atividade Laboratorial 3.1

1,000
sin qr = 1,51 sin qi – 2,00 * 10 –3
0,900

Seno do ângulo de refração


R² = 0,9995
0,800
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100

0 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700


Seno do ângulo de incidência

Análise de resultados
Com o material e o equipamento sugeridos e uma utilização correta dos mesmos, é possível atingir as
metas propostas na atividade.

Dos resultados conclui-se que há materiais que são transparentes e outros que são opacos à passagem
de um feixe de luz. Quando sobre um meio transparente incide luz, parte da sua energia é refletida, parte
é refratada e parte é absorvida, havendo, contudo, conservação de energia.

No caso em que a superfície de separação entre os dois meios é plana e polida (espelho), ocorre uma
reflexão regular, na qual o plano de incidência coincide com o plano de reflexão. Para qualquer um dos
ângulos de incidência analisados o respetivo ângulo de reflexão é igual.

O traçado da reta de regressão linear, com um coeficiente de correlação de 0,995, permite verificar que o
seno do ângulo de refração é diretamente proporcional ao seno do ângulo de incidência. O valor do
declive obtido, que representa o índice de refração do vidro em relação ao ar, é de 1,51. Comparando este
valor com o valor tabelado, podemos escrever:
nvidro, ar = 1,51 ± 0,7%

Guia do Professor

Recorrendo a um modelo de fibra ótica, pedagogicamente mais interessante para análise com os alunos,
é possível visualizar o percurso da luz no seu interior por sucessivas reflexões totais.
Nesta atividade, as possíveis causas de erro podem estar associadas ao fenómeno de absorção, que
ocorre sempre que a luz incide sobre um material, levando a uma diminuição da intensidade luminosa do
feixe refletido/refratado, o que por vezes dificulta a visualização do mesmo e a correta leitura dos diferentes
ângulos.

Sugestão de respostas às questões pós-laboratoriais


1 Quando uma onda incide na superfície de separação de dois meios e é refletida…
(A) … o comprimento de onda diminui. (C) … a frequência aumenta.
(B) … a velocidade não se mantém constante. (D) … a frequência mantém-se constante.
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Assinale a opção correta.


(D). Como a luz não muda de meio, as suas características (velocidade, comprimento de onda e frequência)
permanecem constantes.

135
Exploração das atividades prático-laboratoriais

2 Quando um feixe de luz monocromática sofre uma mudança de meio, passando do ar para a água, a

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grandeza que se mantém sempre constante é…
(A) … o comprimento de onda; (C) … a velocidade de propagação;
(B) … a frequência; (D) … a direção de propagação.
(B). A frequência de uma radiação não depende do meio de propagação, depende apenas da fonte.
O comprimento de onda, a velocidade e a direção de propagação dependem do meio. Assim, como há
mudança de meio, estas grandezas não irão permanecer constantes.

3 Relacione os senos dos ângulos de incidência e de refração de uma onda monocromática com o comprimento
de onda nos dois meios.
c
A partir da Lei de Snell-Descartes, n1 sin q 1 = n2 sin q 2, e sabendo que n = , irá obter-se:
v
c c v2 sin q 2
sin q 1 = sin q 2 ⇔ =
v1 v2 v1 sin q 1
v
Como = ¶ e a frequência é constante, isto é, não depende do meio de propagação, obtém-se:
l
l2 * ¶ sin q 2 l2 sin q 2
= ⇔ =
l1 * ¶ sin q 1 l1 sin q 1

4 Explique a constituição de uma fibra ótica com base nas diferenças de índices de refração dos materiais
que a constituem.
Revestimento

Núcleo

A fibra ótica é um filamento, de vidro ou de materiais poliméricos, com capacidade de transmitir radiação
eletromagnética.
A fibra possui no mínimo duas camadas: o núcleo e o revestimento. A transmissão da luz dentro da fibra é
possível graças a uma diferença de índice de refração entre o revestimento e o núcleo, sendo que o núcleo
possui sempre um índice de refração mais elevado, característica que aliada ao ângulo de incidência do
feixe de luz, que deverá ser superior ao ângulo-limite, possibilita o fenómeno da reflexão total.

5 Considere um feixe de luz monocromática proveniente do vácuo l/ *10–7 m


6,0 P
incidindo normalmente sobre a superfície plana de um bloco de vidro X
Z
Guia do Professor

5,0
de índice de refração absoluto 1,5. Parte da luz incidente é refletida,
4,0 W
retornando para o vácuo, enquanto a outra parte é refratada, passando
3,0
a propagar-se no vidro. No diagrama abaixo, o ponto P caracteriza a luz Y 2,0
incidente, cujo sentido de propagação foi adotado como positivo. 1,0
Dos pontos assinalados de X a W, os que caracterizam, respetivamente,
a luz refletida e a luz refratada, são: -3,0 -2,0 -1,0 0 1,0 2,0 3,0 v/ *108 m s–1

(A) X e Z (B) Y e Z (C) X e W (D) Y e W


(C). O ponto X caracteriza a radiação refletida – como o meio é o mesmo, o módulo da velocidade é igual,
conclui-se que o comprimento de onda é igual ao da radiação incidente (a ordenada do ponto X é igual à
ordenada do ponto P).
Também como o módulo da velocidade é igual e o sentido de propagação da onda refletida é simétrico ao da
onda incidente, o ponto que caracteriza a onda refletida terá de ser o ponto X.
l v
Sabendo que: v = ⇔v=l*¶⇔¶=
T l
v
Para um feixe de luz com uma dada frequência, é constante a relação , ou seja, o comprimento de onda é
l
lP lW
diretamente proporcional à velocidade da radiação num dado meio, e sendo = , conclui-se que o
vP vW
ponto W caracteriza a luz refratada.

136
QL Questão Prático-Laboratorial 6 Duração: 45 min

Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação

Numa aula laboratorial pretendia-se investigar os fenómenos de absorção, reflexão, refração e reflexão
total, determinar o índice de refração de um meio em relação ao ar e ainda prever o ângulo crítico. Para tal
foi utilizado um banco de ótica onde se observaram e estudaram os fenómenos acima referidos.

1 Uma onda eletromagnética que se propaga no ar incide num Radiação incidente

determinado corpo, como indica a figura ao lado. a)

Faça a legenda da figura.


b)

c)
2 Das seguintes proposições sobre o fenómeno da reflexão da luz
indique, justificando, a incorreta.
(A) A reflexão ocorre quando a luz incide sobre uma superfície e retorna ao seu meio original.
(B) Quando ocorre reflexão difusa de um feixe de raios paralelos apesar de os raios de luz refletidos não se
propagarem de forma paralela, o ângulo de reflexão é sempre igual ao ângulo de incidência da luz.
(C) Quando a luz é refletida por uma superfície, o ângulo de reflexão é independente do ângulo de incidência
da luz.
(D) Na reflexão regular, os raios de luz de um feixe luminoso propagam-se de forma paralela uns aos outros.

3 Quais as condições para que haja reflexão total na superfície de separação de dois meios transparentes?

4 Um feixe de luz monocromática é parcialmente refletido e parcialmente refratado na superfície de uma


piscina. Sabendo que o raio de luz incidente faz um ângulo de 55° com a superfície da água, os ângulos de
reflexão e de refração são, respetivamente:
(A) 180° e 360° (C) 35° e 25,5°
(B) 55° e 38° (D) 35° e 35°
Dado: Índice de refração da água: 1,33.

5 Com o intuito de estudar a lei da refração, usou-se uma fonte de luz monocromática e um disco graduado
num banco de ótica. Adaptou-se ao disco um recipiente contendo água, nágua = 1,33, e foi-se rodando de
modo a variar o ângulo de incidência do feixe de luz na superfície de separação ar-água, tendo sido
efetuados os seguintes registos:

qr qi
o
1 14,5 20,0o
2 29,5o 40,0o
3 41,5o 60,0o
4 35,0o 50,0o

5.1. Determine o valor do índice de refração da água.


Comece por obter o valor experimental do índice de refração a partir do declive da reta que relaciona
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o seno do ângulo incidente, sin q i , e o seno do ângulo de refração, sin q r (utilize a calculadora gráfica).
Apresente todas as etapas de resolução.
5.2. Determine o erro relativo, em percentagem, do valor experimental do índice de refração da água.

137
Exploração das atividades prático-laboratoriais

Atividade Laboratorial 3.2

EF11-CLAB © Porto Editora


AL
Comprimento de onda e difração

Objetivo geral: Investigar o fenómeno da difração e determinar o comprimento de onda da luz de um laser.

Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:

Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá-lo corretamente, respeitando regras de
segurança e instruções recebidas.

Adotar as medidas de proteção adequadas a operações laboratoriais, com base em informação de
segurança e instruções.

Construir uma montagem laboratorial a partir de um esquema ou de uma descrição.

Operacionalizar o controlo de uma variável.

Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a respetiva
incerteza de leitura.

Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática de dados.

Aprendizagem do tipo conceptual:



Identificar o objetivo de um trabalho prático.

Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.

Interpretar e seguir um protocolo.

Utilizar regras de contagem de algarismos significativos.

Indicar a medida de uma grandeza numa única medição direta, atendendo à incerteza experimental
associada à leitura no aparelho de medida.
Guia do Professor


Determinar o erro percentual associado a um resultado experimental quando há um valor de referência.

Associar a exatidão de um resultado à maior ou menor proximidade a um valor de referência e aos erros
sistemáticos, relacionando-a com o erro percentual.

Avaliar a credibilidade de um resultado experimental, confrontando-o com previsões do modelo teórico, e
discutir os seus limites de validade.

Elaborar um relatório, ou síntese, sobre uma atividade prática, em formatos diversos.

Metas específicas

Identificar o fenómeno da difração a partir da observação das variações de forma da zona iluminada de
um alvo com luz de um laser, relacionando-as com a dimensão da fenda por onde passa a luz.

Concluir que os pontos luminosos observados resultam da difração e aparecem mais espaçados se se
aumentar o número de fendas por unidade de comprimento.

Determinar o comprimento de onda da luz do laser.

Justificar o uso de redes de difração em espetroscopia, por exemplo na identificação de elementos
químicos, com base na dispersão da luz policromática que elas originam.

138
AL Atividade Laboratorial 3.2

Sugestão de respostas às questões pré-laboratoriais


1 Por que razão quando se faz incidir um feixe laser numa fenda ou orifício muito estreito, o que se observa
num alvo não é apenas uma mancha luminosa?
Porque ocorre o fenómeno da difração.

2 O que acontece se a largura da fenda for muito maior do que o comprimento de onda da luz incidente?
Neste caso, a difração é pequena, as frentes de onda curvam ligeiramente nas extremidades.

3 O que acontece quando se usa uma fenda estreita mas de abertura variável e se faz diminuir essa largura?
Quando a largura da fenda diminui, a região central mais iluminada observada no alvo fica mais larga.

4 O que acontece quando o feixe laser incide perpendicularmente a duas fendas muito finas, à distância d?
Observa-se no alvo uma sucessão alternada de franjas luminosas e escuras.

5 O que acontece quando o número N de fendas, à mesma distância d entre si, aumenta?
Entre os máximos principais, correspondentes a maior intensidade luminosa, ocorrem máximos de menor
intensidade luminosa (máximos secundários).

6 Se comparar os padrões de difração de um feixe laser obtidos com duas redes de difração diferentes, uma
com 40 linhas por milímetro e outra com 400 linhas por milímetro, em qual das situações espera obter uma
maior distância entre as franjas luminosas observadas no alvo?
lD
No segundo caso, a distância d entre linhas é menor. Como Dx = , a distância Dx entre máximos
d
consecutivos é maior, neste caso.

7 O que acontece à distância Dx entre máximos consecutivos quando o comprimento de onda, l, aumenta?
lD
Uma vez que Dx = , se l' > l então Dx' > Dx.
d

Registos efetuados

Número de linhas por unidade de comprimento da rede de difração: 300 linhas/mm

Guia do Professor
Instrumentos Incerteza absoluta
Alcance
de medida de leitura
Fita métrica 200 cm ± 0,5 mm
Régua 50 cm ± 0,5 mm


Comprimento de onda indicado na fonte de luz laser: 660 a 680 nm

D / cm Dx / cm
174,00 34,50
155,50 32,30
144,70 30,00
133,40 27,50
118,20 24,50
EF11-CLAB © Porto Editora

110,30 23,00
102,20 21,20

139
Exploração das atividades prático-laboratoriais

Exploração dos resultados

EF11-CLAB © Porto Editora


Dx/cm
36
Dx = 0,1911D + 1,956
34
R² = 0,9923
32

30

28

26

24

22

20
100 120 140 160 180 D/cm

Cálculo do comprimento de onda:


1 1
d= mm ⇔ d = * 10- 3 m ⇔ d = 3,3 * 10- 6 m
300 300
tan q = declive ⇒ tan q = 0,1911 ⇒ sin q = 0,1877
Para n = 1, será: l = d sin q
l = 3,33 * 10 - 6 * 0,1877 ⇔ l = 6,25 * 10- 7 m = 625 nm
Cálculo do erro percentual:
lindicado na fonte = 670 ± 10 nm
0 lV - lexp 0 0 670 - 625 0
er = * 100 ⇒ er = * 100 ⇔ er = 6,7%
lV 670
l = 625 nm ± 7%

Análise de resultados
Guia do Professor

Com o equipamento utilizado e uma correta utilização do mesmo, é possível atingir as metas propostas
para esta atividade.
O valor experimental obtido para o comprimento de onda da luz laser utilizada apresenta um erro
percentual aceitável relativamente ao valor indicado na fonte de luz laser.
Nesta atividade, as causas de erro poderão estar associadas à falta de cuidado na montagem (feixe de
luz na horizontal e perpendicular ao plano das fendas no anteparo), o que é, no entanto, minimizado pelo
recurso ao banco de ótica.
Mas são principalmente os erros na medição da distância entre máximos de intensidade luminosa que
limitam a precisão do resultado; se, em vez do alvo, for utilizada, por exemplo, a parede da sala,
aumentam-se os valores de D e, consequentemente, os valores de Dx, que podem então ser medidos com
menor erro experimental.
É de notar que a aproximação tan q ≈ sin q só é válida para ângulos pequenos, o que acontece para l V d
l
(se não for o caso, deve determinar-se a tan q, calcular o ângulo q e aplicar depois a relação sin q n = n ).
d

140
AL Atividade Laboratorial 3.2

Sugestão de respostas às questões pós-laboratoriais


1 Da observação do padrão de difração obtido com uma fenda de abertura variável, o que pode concluir sobre
a forma como varia a largura da região central iluminada no alvo à medida que se vai fechando a fenda?
Quando a largura da fenda, a, diminui, a região central iluminada no alvo fica mais larga.

2 Da observação dos padrões de difração obtidos com fendas múltiplas, como compara estes padrões à
medida que o número N de fendas aumenta?
Entre os máximos de intensidade luminosa ocorrem outros máximos de menor intensidade. A posição dos
máximos principais não depende do número de fendas, mas quanto maior for esse número, mais intensos
e estreitos são os máximos principais.

3 Como procedeu para determinar, com recurso a uma rede de difração, o comprimento de onda da luz laser
utilizada?
A partir do gráfico, o comprimento de onda calcula-se efetuando o produto do declive da reta (Dx em função
de D) pela distância, d, entre fendas.

4 Se fosse utilizada uma rede de difração com menos fendas por unidade de comprimento (por exemplo, com
40 linhas/mm), a distância entre os máximos de intensidade luminosa, para uma mesma distância ao alvo,
seria maior ou menor do que na experiência realizada?
Sendo menor o número de fendas por unidade de comprimento, a distância d entre fendas é maior. Assim, e
lD
uma vez que Dx = , para os mesmos l e D, quanto maior for d, menor é Dx.
d

5 Ao realizar a experiência com uma rede de difração com 40 linhas/mm, o erro experimental na
determinação do comprimento de onda seria maior ou menor do que o obtido?
Sendo Dx menor, a incerteza relativa na medida de Dx é maior, bem como no declive da reta. Portanto, o
erro experimental na determinação do comprimento de onda seria maior.

6 Se, em vez de luz laser, for utilizada luz LED (por exemplo, com LED vermelho, verde e azul), como espera
que seja o padrão de difração obtido com uma rede de difração?
A distância Dx entre pontos luminosos no alvo depende do comprimento de onda. Ocorre, portanto, uma
dispersão do feixe de luz policromática, sendo a distância entre os pontos luminosos vermelhos diferente
da distância entre os pontos luminosos verdes ou azuis.

Guia do Professor
Algumas considerações:
Como sugestão alternativa à execução deste protocolo propomos a realização de duas atividades saídas
nas Olimpíadas Regionais de Física da autoria da Sociedade Portuguesa de Física, entidade responsável pela
organização anual deste evento, que se encontram disponíveis no Dossiê do Professor.
Poderá ainda recorrer ao software digital WebTop, obtido na Internet gratuitamente desde que para fins
pedagógicos, neste endereço: http://webtop.msstate.edu/. Trata-se de um excelente sistema de computação
gráfica tridimensional interativo sobre ondas e ótica, da Mississippi State University, bastante acessível e
cuja exploração se enquadra no âmbito desta atividade.
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141
EF11-CLAB © Porto Editora
QL Questão Prático-Laboratorial 7 Duração: 45 min

Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação

Numa aula laboratorial pretendia-se investigar o fenómeno da difração e determinar o comprimento de


onda da luz de um laser. Para tal foi utilizada uma rede de difração com 300 linhas/mm e uma fonte laser
com indicação de comprimento de onda 660 nm. Da realização da atividade prática foram recolhidos os
seguintes valores de D, distância da rede de difração ao alvo, e Dx, distância entre a franja luminosa central
e a que lhe está mais próxima.

D / cm Dx / cm
174,00 34,50
155,50 32,30
144,70 30,00
133,40 27,50
118,20 24,50
110,30 23,00
102,20 21,20

1 Selecione a opção que completa corretamente a frase:


“Quando se faz incidir um feixe laser numa fenda ou orifício muito estreito o que se observa num alvo não é
apenas uma mancha luminosa, porque ocorre o fenómeno…
(A) … da refração”;
(B) … da difração”;
(C) … da reflexão”;
(D) … da transmissão”.

2 Quando se usa uma fenda estreita de abertura variável e se faz diminuir essa largura o que se observa no
alvo?

3 Em que condições é que se observa no alvo uma sucessão de franjas luminosas e escuras?

4 Recorrendo à calculadora gráfica, construa o gráfico Dx = f (D) e determine a equação da reta que melhor se
ajusta aos pontos.

5 Determine o comprimento de onda da fonte de luz laser.

6 Determine o erro percentual associado ao valor do comprimento de onda da fonte de luz laser.

7 Apresente o resultado em função do valor calculado e do erro relativo percentual.

8 Se fosse utilizada uma rede de difração com mais fendas por unidade de comprimento (por exemplo, com
600 linhas/mm), a distância entre os máximos de intensidade luminosa, para uma mesma distância ao alvo,
seria maior ou menor do que na experiência realizada?

9 Ao realizar a experiência com uma rede de difração com 600 linhas/mm, o erro experimental na
determinação do comprimento de onda seria maior ou menor do que o obtido?

142
Propostas de resolução
Questão Prático-Laboratorial 1 4. Por análise do gráfico, verifica-se que a partir do instante
1. (D) t = 1,10 s o carrinho se desloca com velocidade constante.
De acordo com a Primeira Lei de Newton, quando um corpo se
2. mesfera = (33,0 ± 0,1) g; desfera = (20,0 ± 0,1) mm desloca em linha reta com velocidade constante a resultante
mmoeda = (8,0 ± 0,1) g; dmoeda = (25,7 ± 0,1) mm das forças que sobre ele atua é nula. Assim, podemos concluir
3. Movimento retilíneo uniformemente acelerado. que não é necessário uma força para que um corpo permaneça
4. Se o tempo de passagem da esfera pela célula for muito em movimento.
pequeno, pode considerar-se que a velocidade da esfera se 5. Verifica-se no gráfico que, a partir do instante t = 1,10 s, o
mantém praticamente constante enquanto esta passa em valor da velocidade se mantém constante. Assim, a aceleração
frente à célula fotovoltaica. Se assim for, é possível calcular um é nula e, consequentemente, a resultante das forças também é
valor aproximado dessa velocidade com uma expressão relativa nula, pelo que os efeitos do atrito são desprezáveis.
a um movimento retilíneo uniforme. 6. 1. (A); 2. (C); 3. (B)
5. Esfera
Dt1 = 13,387 ms; Dt2 = 6,297 ms; Dttotal = 171,760 ms Questão Prático-Laboratorial 3
d 20,0 * 10- 3
v1 = ⇒ v1 = ⇔ v1 = 1,49 m s- 1 1. A medição da massa do carrinho, da largura do pino, do
Dt1 13,387 * 10- 3 tempo de passagem do carrinho na célula fotoelétrica e da
d 20,0 * 10- 3 distância de paragem no plano horizontal são medições diretas.
v2 = ⇒ v2 = ⇔ v2 = 3,18 m s- 1
Dt2 6,297 * 10- 3 O módulo da velocidade do carrinho quando este atinge o troço
Dv 3,18 - 1,49 horizontal é obtido por uma medição indireta.
g1 = ⇒ g1 = ⇔ g1 = 9,84 m s- 2
Dttotal 171,760 * 10- 3 2. (C)
Moeda 3. Se o tempo de passagem do pino do carrinho pela célula for
Dt1 = 33,526 ms; Dt2 = 8,410 ms; Dttotal = 224,600 ms muito pequeno, pode considerar-se que a velocidade do
25,7 * 10- 3 carrinho se mantém praticamente constante enquanto este
d
v1 = ⇒ v1 = ⇔ v1 = 0,767 m s- 1 passa em frente à célula fotelétrica. Se assim for, é possível
Dt1 33,526 * 10- 3 calcular um valor aproximado dessa velocidade com uma
d 25,7 * 10- 3 expressão relativa a um movimento retilíneo uniforme.
v2 = ⇒ v2 = ⇔ v2 = 3,06 m s- 1
Dt2 8,410 * 10- 3 4. Na primeira parte o movimento é curvilíneo acelerado e na
Dv 3,06 - 0,767 segunda parte o movimento é retilíneo uniformemente retardado.
g2 = ⇒ g2 = ⇔ g2 = 10,2 m s- 2
Dttotal 224,600 * 10- 3 5. N» N» – Reação normal
g1 + g2 9,84 + 10,2 »
P – Peso do carrinho
6. g = ⇒g= ⇔ g = 10,0 m s- 2
2 2 » N»
0 Vv - Vexp 0 0 9,8 - 10,0 0
F – Força de atrito
a »
Fa
»
P
er = * 100 ⇒ er = * 100 ⇔
Vv 9,8
»
⇔ er = 2,0% P

g = 10,2 m s- 2 ± 2% 6. O declive da equação da reta que melhor se ajusta aos


pontos experimentais representa o dobro do módulo da
7. (C)
aceleração do movimento.
8. Um corpo de massa m em queda livre fica sujeito apenas à
7. Atendendo a que v 20 = 2a Dx, pela equação obtida
ação da força gravítica exercida pela Terra:
v 20 = 9,77 Dx - 0,04
MTerra m
Fg = G Sabemos que: 2a = 9,77 ⇔ a = 4,88 m s - 2
R2 MTerra m MTerra
→ → → →
8. FR = P + N + Fa
Como FR = Fg, tem-se: m a = G ⇔a=G
R2 R2 Pela Segunda Lei de Newton e atendendo, neste caso, que o
Donde se pode concluir que a aceleração da gravidade não peso

e a normal se anulam:

depende da massa do corpo. Fa = m a ⇒ Fa = m a ⇒ Fa = 0,110 * 4,88 ⇔ Fa = 5,37 * 10- 1N
9. Quando num corpo apenas atuam forças conservativas a
Questão Prático-Laboratorial 2 energia mecânica permanece constante, sendo a energia
1. As medições diretas efetuadas foram as medições do tempo mecânica igual à soma da energia cinética, Ec, e da energia
e do valor da velocidade, à custa de um sistema automático de potencial, Ep. Como no percurso horizontal a energia potencial é
aquisição de dados. constante, porque a altura é constante, e a energia cinética
A medição do valor da aceleração adquirida pelo carrinho é uma diminui, conclui-se que no percurso horizontal há diminuição da
medição indireta. energia mecânica. Assim, conclui-se que a resultante das forças
que atuam no carrinho no troço horizontal é uma força não
2.1. [0,15; 1,10] s – movimento retilíneo uniformemente acelerado
conservativa.
[1,10; 2,00] s – movimento retilíneo e uniforme
10. (D)
2.2. N» N»
N» – Reação normal
» Questão Prático-Laboratorial 4
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P – Peso do carrinho
»
T – Tensão do fio 1. O som produzido pelo diapasão é um som puro.
»
T
»
P »
P 2. Sendo a base de tempo 0,5 ms por divisão e estando cada
divisão dividida em 5 partes conclui-se que:
3. A força resultante sobre o carrinho passa a ser nula no 0,5
instante t = 1,10 s. menor divisão escala = ⇔ menor divisão da escala = 0,1 ms
5

143
Propostas de resolução

menor divisão escala 4. (C)


Sendo a incerteza = ± ⇒
2 O ângulo de incidência (q i ), de reflexão (q r) e de refração (q r') são

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0,1 todos medidos em relação à normal à superfície.
⇒ incerteza = ± ms ⇒ incerteza = ± 0,05 ms
2 Assim, q i = 90° - 55° ⇔ q i = 35°
3. O período do sinal é igual a quatro divisões e meia. O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência, q i = q r.
T = 4,50 * 0,5 ms ⇔ T = 2,20 ms Usando a Lei de Snell-Descartes para a refração:
Assim, o período é: T = (2,20 * 10- 3 ± 0,05 * 10- 3) s sin 35o 1,33
1 1 nar sin q i = nágua sin q r' ⇒ = ⇒
4. ¶ = ⇔ ¶ = ⇔ ¶ = 455 Hz sin q r' 1,00
T 2,20 * 10- 3
0 ¶exp - ¶0 0 0 455 - 440 0
⇒ sin q r' = 0,43 ⇒ q r' = 25,5o
5. er = * 100 ⇔ er = * 100 ⇔ er = 3,4% 5.1.
¶0 440
6. (A) qr qi sin qr sin qi
1 14,5o 20,0o 0,250 0,342
7. A = 4,0 * 1 V>div ⇔ A = 4,0 V>div o
w = 2p ¶ ⇒ w = 2p * 455 ⇔ w = 9,10 * 102p rad s- 1 2 29,5 40,0o 0,492 0,643
y (t) = 4,0 sin (9,10 * 102p t) (SI) 3 41,5o 60,0o 0,663 0,866
8. (A) – (A) ou (C); (B) – (B); (C) – (A); (D) – (C); (E) – (C) 4 35,0o 50,0o 0,574 0,766
A equação da reta que melhor se ajusta aos pontos
Questão Prático-Laboratorial 5 experimentais é: sin q i = 1,28 sin q r' + 0,02
Sabendo que, de acordo com a Lei de Snell-Descartes,
1. (B)
nar sin q i = nágua sin q r', o declive da reta que melhor ajusta os
2. 1 mm valores obtidos representa a razão entre o índice de refração da
3. q = (20,0 ± 0,1) °C nágua
água e o índice de refração do ar, , obtendo-se, assim,
nar
4. Para converter o sinal sonoro num sinal elétrico. nágua
= 1,28.
5. Quando se produz o som no ar, este propaga-se pelo tubo nar
através de ondas mecânicas longitudinais. As partículas de ar Sendo o índice de refração do ar, nar = 1,00, conclui-se que
circundante ao vibrar aproximam-se e afastam-se uma das nágua = 1,28
outras gerando zonas de elevada densidade de partículas e
5.2. É possível agora calcular o erro relativo percentual usando
zona de baixa densidade. Assim, as ondas sonoras
a expressão:
propagam-se originando zonas de maior pressão em relação à
0 ntabelado - nexp 0 0 1,33 - 1,28 0
pressão atmosférica (zonas de compressão) e outras de pressão er = * 100 ⇒ er = * 100 ⇔ er = 3,8%
mais baixa em relação à pressão atmosférica (zonas de ntabelado 1,33
rarefação) do meio material. É nesta sequência de compressões Assim, conclui-se que nágua = 1,28 ± 4%.
e rarefações que consiste a propagação de um som no ar.
Quando atinge a base do tubo este é refletido e volta a percorrer Questão Prático-Laboratorial 7
o tubo até ser captado pelo microfone.
1. (B)
6.
2. Quando a largura da fenda diminui, a região central mais
Comprimento Base de iluminada no padrão de difração observada no alvo fica mais larga.
do tubo tempo Dt / s 2L -1
vsom / m s
vsom = / m s- 1 3. Quando se faz incidir um feixe laser num anteparo com
L/m / ms Dt
-3
fendas muito finas igualmente espaçadas.
6,8 * 10 353
4. Dx = 0,1911 D + 1,956
1,2000 1 6,9 * 10- 3 348 345
7,2 * 10- 3 333 1 1
5. d = mm ⇔ d = * 10- 3 m ⇔ d = 3,3 * 10- 6m
300 300
0 Vreal - Vexperimental 0 0 343 - 345 0 tan q = declive ⇒ tan q = 0,1911 ⇒ sin q = 0,1877
7. er = * 100 ⇒ er = * 100 ⇔
Vreal 343 Para n = 1, será: l = d sin q
⇔ er = 0,6% l = 3,33 * 10 - 6 * 0,1877 ⇔ l = 6,25 * 10- 7m = 625 nm
0 lV - lexp 0 0 660 - 625 0
8. vsom = 345 m s- 1 ± 0,6%
9. Dtar = 1,163 s; Dtágua = 0,270 s 6. er = * 100 ⇒ er = * 100 ⇔ er = 5,3%
lV 660
L
vágua Dtágua vágua Dtar vágua 1,163 vágua 7. l = 625 nm ± 5%
= ⇔ = ⇒ = ⇔ = 4,3 8. Sendo maior o número de fendas por unidade de
var L var Dtágua var 0,270 var
Dtar comprimento, a distância d entre fendas é menor.
l
Assim, e uma vez que sin q 1 = , para o mesmo l, quanto
Questão Prático-Laboratorial 6 d
1. a) Reflexão; b) Absorção; c) Transmissão menor for d, maior é sin q1 e consequentemente tan q1; como
Dx
2. (C), pois, de acordo com as leis da reflexão, quando ocorre tan q 1 = , Dx seria maior.
D
reflexão o ângulo de reflexão é sempre igual ao ângulo de
incidência, q i = q r. 9. Sendo Dx maior, a incerteza relativa na medida de Dx é menor,
bem como no declive da reta. Portanto, o erro experimental na
3. A luz deve propagar-se do meio mais refrangente (maior n) determinação do comprimento de onda seria menor.
para o meio menos refrangente. O ângulo de incidência deve
ser maior que o ângulo crítico, qc.

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