Você está na página 1de 3

Gabrieli Donda Grigolin

SILVA, Flavio Moraes da; Subsistência e Poder: a política do abastecimento alimentar


nas Minas setecentistas

Alunos: Anderson, Francielle, Guilherme e Stefani.

Apresentação do autor:

O autor se propôs a analisar o abastecimento alimentar na capitania de Minas Gerais a


partir de uma perspectiva política.

Capitulo I- Motins da Fome:

No inicio começa falando sobre o principio de economia moral baseado em dois


autores: Tompson e Adam Smith.

Sobre como a intervenção das autoridades de gênero se deu com a população das
minas, acreditava-se que as faltas de alimentos nas minas se dava pelo monopolismo de
grandes comerciantes – segundo visão de Tompson.

Adam- economista e filosofo francês com uma visão liberalista

Meados do século XVII o modelo da nova economia politica começou a causar


mudanças na organização de mercado na Inglaterra e eclodiram revoltas, como
interdição de vias para não permitir a entrega de mantimentos. As camadas populares
forçaram a violência pela não aceitação, queriam um meio de alimentar a população.

O autor faz um panorama sobre o que acontecia e aconteceu mundialmente, que


interferia na economia: Reinado de Henrique IV foi marcado pela prosperidade do
comercio de alimentos, trouxe uma estabilidade, com uma imagem de rei protetor e pai
do povo. A politica de abastecimento dele não foi abandona por seus sucessores, no
século 17 os motins pela fome foram raros, o estado tinha medo dos motins e se
preocupavam com os suprimentos para o exercito e capitais. Nos períodos de escassez o
governo pressionava os grandes comerciantes com estoques para que vendessem.
Informações que foram lembradas e citadas pelo autor. Na visão de Smith o comercio
livre traria mais benefícios do que consequências ruins, achava que todos se
beneficiariam com esse mercado, trazendo mais lucros para a nação como um todo.

Toda ação na capitania de minas gerais com inicios de motins contra a falta de viveras
estava alimentada com princípios políticos, pressionando as autoridades por mudanças.
Os motins em minas foram diferentes dos do exterior, forçavam o preço dos alimentos e
os abastecimentos das cidades, segundo ao autor não era um movimento politico e sim
de fome.

Capitulo II- Negociação:

Este capitulo fala sobre a descoberta do ouro pelos bandeirantes que entravam e os
forasteiros que vinham de fora e ficaram conhecidos como emboabas. Os forasteiros
marcaram os primeiros conflitos. Os emboabas possuíam os capitais maiores para
investimentos e contatos com as pessoas que viviam fora do Brasil, trazendo assim
conflitos que preocupavam a coroa: tinham preocupação com a ameaça externa e
conflitos internos que aconteciam na capitania.

A capitania não possuía uma estrutura preparada para os acontecimentos que se


seguiram por ter sido criada as pressas. A coroa tentava transportar as politicas que
funcionaram na Europa para cá, algo que o autor deixa claro que não funcionou como o
desejado.

A politica com as minas tinha como objetivo acabar com os motins nas minas, e quando
aconteciam tomavam providencias buscando resolver o mais rápido possível.

Fala sobre como a distribuição do mercado interno dependia de quantas propriedades


produtoras existiam em determinado território.

Capitulo III:

No decorrer do capitulo o autor cita sobre o contentamento da população com o


mercado interno e as formas para se atingir isso. A produção de carne e de produtos
agrícolas era uma das principais formas de produção nesse período.

Capitulo IV: Politica Normalizadora e Abastecimento:

Cita o medo da coroa com os atravessadores que buscavam atingir lucros maiores, então
tinham medo de subir os preços de produtos e esse comercio acontecer mais
intensamente. O governo batia de frente o máximo possível com esses atravessadores
para evitarem que acontecesse.

Capitulo V- Controle e Estimulo:

Buscavam punições mais fortes quanto aos quilombos, pois os escravos fugitivos
roubavam frequentemente as grandes e pequenas fazendas para conseguir o seu
sustento. Quilombos nesse período eram caracterizados com a junção de a partir de
cinco ou mais escravos.

O governo tinha medo de que esses escravos fugitivos que se juntassem com os
atravessadores que prejudicassem a economia da capitania.

As minas eram definidas como centros administrativos, a carência que ocorreu na


capitania não durou tempo suficiente para que a população se revoltasse. Visavam que a
população direcionasse a energia para a produção de bens rentáveis e o crescimento da
capitania. As autoridades ficavam em cima para conseguir controlar a produção de
carne bovina, para que seguisse as regras da coroa. Buscavam manter os preços no
limite para que toda a população pudesse comprar.
Houve um esforço muito grande das autoridades para manter o controle, mas não se
preocupavam exatamente em adaptar para as características divergentes encontradas
aqui.

Capitulo VI- Estratégias de Mercado:

Existiam reclamações da população sobre os atravessadores. Os roceiros pagavam


alguém para vender seus produtos nas cidades, a coroa via isso com maus olhos para
que não houvesse um aumento de preço para aumentar a comissão do
comissário/vendedor.

Em épocas abundantes não se controlava o comercio, já nos períodos de seca quando os


comerciantes buscavam ir para locais onde conseguiriam um lucro maior o governo
fazia o possível para barrar, assim conseguindo cuidar das cidades sem que faltasse
alimento na área em que eram responsáveis.

Capitulo VIII- Politica dos Engenhos:

O autor fala sobre a bebida alcoólica que era fabricada nos engenhos de cana e sobre o
quanto a coroa queria que esses deixassem de existir, pois a mesma não trazia muitos
lucros para a coroa.

Apesar de serem feitas ordens para que fossem extintas esse engenhos continuavam a
existir e cada vez mais em uma maior quantidade. O autor cita várias documentações
em que os próprios moradores pediam a permissão para a existência e construção de
engenhos, e cita também que grande parte da mão de obra ficava nos engenhos e não
nas minas.

O autor cita que é de fundamental importância que nos lembremos da importância da


agua ardente, pois era utilizada também como forma de controle no sentido de “se
comportem da maneira correta e a autorização para a existência de engenhos será dada”.

O autor ressalta que a agua ardente era o principal comercio nas minas gerais, se
igualando e passando o comercio da carne.

Conclusão:

Divide em três pontos: mercados- taxação dos preços e produtos

Intercambio de comarcas: venda de produtos entre as regiões com produções diferentes.

Estabilidade dos preços: com o passar do tempo os preços vão se normalizando e a


necessidade do governo intervir diminui.

Você também pode gostar