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Proposta de Exame Final de Matemática A

12.O ANO DE ESCOLARIDADE

Duração da prova: 150 minutos. Tolerância: 30 minutos | Data:


Grupo I

Na resposta aos itens deste grupo, selecione a opção correta. Escreva, na folha
de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. No Triângulo de Pascal considere a linha formada pelos elementos da forma nCk tais
que o quarto elemento é igual ao décimo.
Escolhem-se, ao acaso, dois elementos dessa linha.
Qual é a probabilidade de a soma desses dois elementos ser superior a 2n ?
1 6 12 19
(A) (B) (C) (D)
13 13 13 33

2. Sejam Ω o espaço de resultados associado a uma certa experiência aleatória e A e B


dois acontecimentos equiprováveis ( A ⊂ Ω e B ⊂ Ω ).
Sabe-se que:
• P ( A ) = 60%

• P ( A | B ) = 75%

(
Qual é o valor de P A ∩ B ? )
(A) 10% (B) 25% (C) 50% (D) 75%

3. De uma função f , diferenciável em ℝ , sabe-se que:

• f ′(0) = 0

• f ′′ ( x ) = x 2 + 1 , ∀x ∈ ℝ
Qual das seguintes afirmações é verdadeira?
(A) f é estritamente crescente em ℝ .

(B) f ( 0 ) > f (1)

(C) f tem um mínimo relativo para x = 0 .


(D) f tem um máximo relativo para x = 0 .

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4. Na figura estão representadas:
• parte do gráfico de uma função f diferenciável em ℝ ;
• a reta r , definida pela equação y = 2 x − 2 , tangente ao gráfico de f no ponto
de abcissa 1;
• a reta de equação y = 2 , assíntota do gráfico de f .
y
r

2
f

O 1 x

−2

Qual das igualdades seguintes é verdadeira?


f (1 + h )
(A) lim =2
h →0 h
f ( x)
(B) lim =2
x →+∞ x
f ( x)
(C) lim =2
x →1 2x − 2
(D) lim  f ( x ) − 2  = 2
x →+∞

π π
5. Em ℂ , conjunto dos números complexos, considere z = − cos + isin .
7 7
Um argumento do número complexo z é:
π 6π π 6π
(A) (B) − (C) − (D)
7 7 7 7

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6. Na figura estão representados o círculo trigonométrico, as retas r e s bem como os
triângulos [OBA] e [ODC ] . y r
Sabe-se que:
A s
• a reta r é tangente à circunferência no
ponto B (1 , 0 ) ; α
• a reta s passa na origem do referencial e O B x

interseta a reta r no ponto A ; D C


• o ponto D , situado no terceiro quadrante,
pertence à circunferência e à reta s ;
• o ponto C pertence ao eixo Oy e o segmento de reta [ DC ] é perpendicular a

este eixo.
Seja α a amplitude de um ângulo orientado cujo lado origem é o semieixo positivo

ɺ α ∈ 0 , π   .
Ox e cujo lado extremidade é a semirreta OA   
  2  
Qual das expressões seguintes representa, em função de α , a soma das áreas dos
triângulos [OBA] e [ODC ] ?

sin α (1 + cos 2 α ) sin α + cos 2 α


(A) (B)
2cos α 2cos α

sin α + cos α cos α (1 + sin 2 α )


(C) (D)
2cos α 2sin α

7. Num referencial o.n. Oxyz a reta r está contida no plano α .

A reta r é definida pela equação vetorial ( x, y, z ) = (1, 0,1) + k ( 2,1 ,1) , k ∈ ℝ e o

plano α é definido, para determinados valores de a e b , por 2 x + ay + b z = 3 .


Os valores de a e b são:
(A) a = −5 e b = 1
(B) a =1 e b =1
(C) a = −2 e b = −1
(D) a = −2 e b = 1

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De uma sucessão ( un ) sabe-se que un +1 − un =
1
8. , ∀n ∈ ℕ .
n
Qual das afirmações seguintes é necessariamente verdadeira?
(A) ( un ) é uma progressão aritmética.
1
(B) Se u2 = 2 então u1 = .
2
(C) u101 − 0, 01 = u100
(D) u10 < u9

Grupo II

1. Na figura está representado, num referencial o. n. Oxyz , o

cubo [OABCDEFG ] (o vértice D não é visível).

Sabe-se que os pontos A , E e G têm coordenadas

( 6 , − 3 , 2 ) , ( 3 , − 5 , 8) e ( −1 , 4 , 9 ) , respetivamente.
1.1. Mostre que o ponto D tem coordenadas
( −3 , − 2 , 6 ) .
1.2. A reta BG interseta o plano xOz num ponto P .
Determine as coordenadas do ponto P .
1.3. Determine, na forma ax + by + cz + d = 0 , uma
equação do plano DFG .

i11 (1 − i )
4

2. Em ℂ , conjunto dos números complexos, considere z = .


 π
2 − 2cis  − 
 3
Determine o menor valor de n ∈ ℕ para o qual z n é um número real negativo.

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3. Na figura estão representados:
• duas retas, r e s , perpendiculares e que se s

intersetam no ponto O ; Q
• um quarto de circunferência de centro O e raio 1 B P
que interseta as retas r e s nos pontos A e B ,
x R
respetivamente;
O A r
• um ponto P que se move sobre o arco de t

 π
circunferência, sendo x ∈  0 ,  a amplitude, em
 2
radianos, do ângulo AOP ;
• a reta t , tangente ao arco de circunferência no ponto P e que interseta as retas
r e s nos pontos R e Q , respetivamente.
Seja f a função que, a cada valor de x , faz corresponder a distância entre os pontos
R e Q.

2
3.1. Mostre que f ( x ) = .
sin ( 2 x )

3.2. Determine o valor de x para o qual a distância QR é mínima.

4. Para cada n ∈ ℕ considere uma função f , de domínio ℝ + , cuja derivada, f ′ , é


dada por:
f ′ ( x ) = x n e− x

4.1. Mostre que, para cada n ∈ ℕ , o ponto do gráfico de f com abcissa n é um


ponto de inflexão.
4.2. Considere n = 4 .
Recorrendo ao Teorema de Bolzano-Cauchy, mostre que existe um ponto do
gráfico de f , cuja abcissa pertence ao intervalo ]1 , 2[ , em que a reta tangente

é paralela à bissetriz dos quadrantes ímpares e, utilizando a calculadora


gráfica, determine um valor arredondado às centésimas da abcissa desse
ponto.
Na sua resposta, reproduza, num referencial, o gráfico da função ou os
gráficos das funções que visualizar na calculadora e que lhe permite(m)
resolver o problema.

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5. Considere a função f definida em ℝ + por f ( x ) = 2 x − ln ( e x − 1) .

Estude a função f quanto à:


5.1. monotonia e à existência de extremos relativos;
5.2. existência de assíntotas do gráfico.

6. Considere o hexágono regular [ ABCDEF ] inscrito numa


F E
circunferência de centro O.
Entre os sete pontos (os seis vértices e o centro da circunferência)
O
A D
escolhem-se três ao acaso.
Qual é a probabilidade de que os três pontos escolhidos definam:
6.1. um triângulo retângulo? B C

6.2. um triângulo com vértice no ponto A ?

COTAÇÕES
Grupo I
8 × 5 pontos = 40 pontos

Grupo II
1.1. 1.2. 1.3. 2 3.1. 3.2 4.1. 4.2. 5.1. 5.2 6.1. 6.2 Total
5 15 10 15 15 10 15 15 15 15 15 15 160

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Proposta de resolução
Grupo I

1. Quarto elemento: nC3


Décimo elemento: nC9
n
C3 = nC9 ⇔ n − 3 = 9 ⇔ n = 12
Trata-se da linha correspondente a n = 12 a qual tem 13 elementos.
O número de casos possíveis é 13C2 = 78 .
Os primeiros três elementos e os três últimos dessa linha são:
1 12 66 … 66 12 1
dado que C1 = C11 = 12 e C2 = C10 = 66 .
12 12 12 12

A soma dos dois elementos escolhidos é superior a 2n = 24 se pelo menos um desses


elementos for escolhido entre o terceiro e o décimo primeiro cujo valor é maior ou igual a 66.
O número de casos favoráveis é 13C2 − 4C2 = 78 − 6 = 72 ou 9C2 + 9 × 4 = 36 + 36 = 72 .
72 12
P= =
78 13
Resposta: (C)

2. P ( A ) = 60% = 0, 6

P ( B ) = P ( A ) = 0, 6

P ( A | B ) = 75% = 0, 75

P ( A ∩ B)
P ( A | B ) = 0, 75 ⇔ = 0, 75 ⇔ P ( A ∩ B ) = P ( B ) × 0, 75 ⇔
P ( B)

⇔ P ( A ∩ B ) = 0, 6 × 0, 75 ⇔ P ( A ∩ B ) = 0, 45

( ) ( )
P A ∩ B = P A ∪ B = 1− P ( A ∪ B) =

= 1 −  P ( A ) + P ( B ) − P ( A ∩ B )  =
= 1 − 0, 6 − 0, 6 + 0, 45 = 0, 25 = 25%
Resposta: (B)

3. f ′′ ( x ) = x 2 + 1 > 0 , ∀x ∈ ℝ

Logo, a função f ′ , derivada de f , é estritamente crescente em ℝ . y


f′
Se f ′ ( 0 ) = 0 e f ′ é estritamente crescente em ℝ , então f ′ ( x ) < 0 para

todo o x ∈ ]−∞ , 0[ e f ′ ( x ) > 0 em ]0 , + ∞[ , pelo que a função f é O x


estritamente decrescente em ]−∞ , 0] e estritamente crescente em

[0 , + ∞[ . x −∞ 0 +∞

Assim, podemos concluir que a função f tem um mínimo relativo para f′ − +


f ց ր
x = 0.
Mín.

Resposta: (C)
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4. Se a reta de equação y = 2 x − 2 é tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 1 , então
f (1) = 0 e f ′ (1) = 2 .
f (1 + h ) − f (1) f (1 + h )
f ′ (1) = lim = lim , dado que f (1) = 0 .
h →0 h h→0 h
f (1 + h )
Como f ′ (1) = 2 , vem lim =2.
h→0 h
Observe-se ainda que:
f ( x) 1 f ( x) 1 f ( x ) − f (1) 1 1
lim = lim = lim = × f ′ (1) = × 2 = 1
x →1 2x − 2 2 x →1 x − 1 2 x →1 x −1 2 2
e, se a reta de equação y = 2 é assíntota ao gráfico de f ( em + ∞ ) , então
f ( x)
lim = 0 e lim  f ( x ) − 2  = 0 .
x →+∞ x x →+∞

Resposta: (A)

π π
5. z = − cos + i sin =
7 7
 π π
= −  cos − i sin  =
 7 7
  π  π 
= − cos  −  + i sin  −   =
  7  7 
 π  π  6π 
= − cis  −  = cis  π −  = cis  
 7  7  7 
Resposta: (D)

6. AB = tan α
y
OC = − sin ( π + α ) = sin α r
s
DC = − cos ( π + α ) = cos α A

π +α α
OB × AB 1× tan α sin α
A[OBA] = = = O x
2 2 2 cos α B
D C
DC × OC cos α × sin α
A[ODC ] = =
2 2
sin α cos α × sin α
A[OBA] + A[ODC ] = + =
2 cos α 2

sin α + cos 2 α sin α sin α (1 + cos α )


2

= =
2 cos α 2 cos α
Resposta: (A)

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7. r : ( x, y, z ) = (1, 0, 1) + k ( 2, 1 , 1) , k ∈ ℝ
α : 2 x + ay + b z = 3
A reta r passa no ponto A (1, 0, 1) e tem a direção do vetor r ( 2, 1 , 1) .

O vetor n ( 2, a, b ) é perpendicular a α .
Se a reta r está contida no plano α , então o ponto A pertence a α e os vetores r e n são
perpendiculares, ou seja, r ⋅ n = 0 .
 A (1, 0, 1) ∈ α 2 + a × 0 + b × 1 = 3 b = 1 b = 1 b = 1
 ⇔ ⇔ ⇔ ⇔
 r ⋅ n = 0 ( 2, 1 , 1)(
⋅ 2, a , b ) = 0  4 + a + b = 0  4 + a + 1 = 0  a = −5
Resposta: (A)

8. • ( un ) não é uma progressão aritmética porque un +1 − un não é constante.

1
• u1+1 − u1 = ⇔ u2 − u1 = 1 ⇔ u1 = u2 − 1
1
Portanto, se u2 = 2 , então u1 = 2 − 1 = 1 .

1
• u100 +1 − u100 = ⇔ u101 − u100 = 0, 01 ⇔ u101 − 0, 01 = u100
100
1
• un +1 − un = > 0 , ∀n ∈ ℕ
n
Logo, ( un ) é estritamente crescente, pelo que u10 > u9 .
Resposta: (C)

Grupo II

1. A ( 6 , − 3 , 2 ) , E ( 3 , − 5 , 8) e G ( −1 , 4 , 9 ) z

1.1. D = O + OD = O + AE F G
AE = E − A = ( 3 , − 5 , 8 ) − ( 6 , − 3 , 2 ) = ( −3 , − 2 , 6 ) D
E

D = O + AE = ( 0 , 0 , 0 ) + ( −3 , − 2 , 6 ) = ( −3 , − 2 , 6 )

1.2. BG = AD = D − A = ( −3 , − 2 , 6 ) − ( 6 , − 3 , 2 ) =
B C
= ( −9 , 1 , 4 )
A O y
G ( −1 , 4 , 9 )
x
Equação vetorial da reta BG :
( x , y , z ) = ( −1 , 4 , 9 ) + k ( −9 , 1 , 4 ) , k ∈ ℝ
Todo o ponto da reta BG é da forma ( −1 − 9k , 4 + k , 9 + 4k ) , k ∈ ℝ
O ponto da reta BG que pertence ao plano xOz de equação y = 0 é o que se obtém
para o valor de k tal que 4 + k = 0 ⇔ k = −4 .
( −1 − 9 × (−4) , 4 − 4 , 9 + 4 × (−4) ) = ( 35 , 0 , − 7 )
O ponto P tem coordenadas ( 35 , 0 , − 7 ) .

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1.3. O plano DFG passa no ponto E ( 3 , − 5 , 8) .

O vetor AE ( −3 , − 2 , 6 ) é perpendicular ao plano DFG .


O plano DFG pode ser definido por uma equação do tipo −3x − 2 y + 6 z + d = 0 .
Como o ponto E ( 3 , − 5 , 8) pertence ao plano, tem-se:

−3 × 3 − 2 × ( −5 ) + 6 × 8 + d = 0 ⇔ −9 + 10 + 48 + d = 0 ⇔ d = −49
Uma equação do plano DFG é, portanto, −3 x − 2 y + 6 z − 49 = 0 ou
3 x + 2 y − 6 z + 49 = 0 .

u = 1 − i = u cis θ
4
  π 
i 2× 4 + 3  2 cis  −  
i (1 − i )
4
11
  4  u = 1+1 = 2
2. z= = =
 π   π  π   −1
2 − 2 cis  −  2 − 2  cos  −  + i sin  −   tan θ = = −1
 1 ⇒
 3   3  3  (1 , − 1) ∈ 4.º Q

( 2) cis ( − π )
4
π
i3 − i × 4 × ( −1) ⇒− é um argumento de u
= = = 4
1 3  2 −1 + 3 i
2 − 2  − i 
2 2  v = 1 + 3 i = v cis α

π v = 1+ 3 = 2
4 cis 
=
4i
= 2 = 2 cis  π − π  = 2 cis π tan α =
3
= 3
  ⇒
1 + 3 i 2 cis π 2 3 6  1
3 ( )
 1 , 3 ∈1.º Q

n π
 π nπ ⇒ é um argumento de v
z n =  2 cis  = 2n cis 3
 6 6

z n ∈ ℝ− ⇔ = π + 2kπ , k ∈ ℤ ⇔ n = 6 + 12k , k ∈ ℤ
6
O menor valor de n ∈ ℕ para o qual z n é um número real
negativo é n = 6 e obtém-se para k = 0 .
3.
PQ π  PO =1 π 
3.1. = tan  − x  ⇔ PQ = tan  − x  s
PO 2  2 
PR Q
= tan x ⇔ PR = tan x B
PO P

π  1
QR = PQ + PR = tan  − x  + tan x x
2  R
O A r
π 
sin  − x  t
f ( x) =  2  + sin x = cos x + sin x =
π  cos x sin x cos x
cos  − x 
2 
cos 2 x + sin 2 x 1
= = =
sin x cos x sin x cos x
2 2
= =
2sin x cos x sin ( 2 x )

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−2 sin ( 2 x ) ′ −2 × 2cos ( 2 x ) −4 cos ( 2 x )
3.2. f ′( x) = = =
sin ( 2 x )
2
sin ( 2 x )
2
sin 2 ( 2 x )

 π
f ′ ( x ) = 0 ∧ x ∈  0,  ⇔ −4cos ( 2 x ) = 0 ∧ 2 x ∈ ]0, π[ ⇔
 2
⇔ cos ( 2 x ) = 0 ∧ 2 x ∈ ]0, π[ ⇔

π π
⇔ 2x = ⇔x=
2 4
π π
x 0
4 2
f′ – 0 +
f ց ր
Mín.
π
A distância QR é mínima para x = rad .
4
4.
4.1. f ′ ( x ) = x n e − x , n ∈ ℕ ; D f = ]0 , +∞[

f ′′ ( x ) = ( x n e − x )′ = ( x n )′ e − x + x n ( e − x )′ =

= nx n −1 e − x − x n e − x = nx n x −1 e − x − x n e− x =

n  n−x
= x n e − x ( nx −1 − 1) = x n e− x  − 1 = x n e − x ×
x  x

n− x x >0 n − x x >0
f ′′ ( x ) = 0 ⇔ x n e − x × =0⇔ = 0 ⇔ n− x = 0 ⇔ x = n
x x

Como ∀x ∈ ℝ + , x n e − x > 0 , o sinal de f ′′ ( x ) depende do sinal do fator n − x .

Assim, f ′′ ( x ) > 0 ⇔ n − x > 0 ⇔ x < n e f ′′ ( x ) < 0 ⇔ x > n .

Portanto, o gráfico de f tem a concavidade voltada para cima em ]0 , n[ e voltada

para baixo em ]n , + ∞[ , pelo que se pode concluir que o ponto de abcissa n é um

ponto de inflexão.
4.2. f ′ ( x ) = x 4 e− x

A função f ′ é contínua em ]0 , +∞[ por ser definida pela composta e produto de

funções contínuas (função exponencial e funções polinomiais). Logo, f ′ é contínua

em [1 , 2] .

1
f ′ (1) = 14 × e −1 = <1
e
16
f ′ ( 2 ) = 2 4 × e −2 = 2
> 1 porque e 2 < 32 < 16
e

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Portanto, como f ′ é contínua em [1 , 2] e f ′ (1) < 1 < f ′ ( 2 ) , podemos concluir, pelo

Teorema de Bolzano-Cauchy, que existe pelo menos um ponto c , no intervalo ]1 , 2[ ,

tal que f ′ ( c ) = 1 , ou seja, existe um ponto do gráfico de f , cuja abcissa pertence ao

intervalo ]1 , 2[ , em que a reta tangente é paralela à bissetriz dos quadrantes ímpares.

y
Recorrendo à calculadora gráfica e considerando
as funções Y1 = x 4 e − x e Y2 = 1 , determinámos, no
f′
intervalo ]1 , 2[ , a abcissa do ponto de interseção
1
dos respetivos gráficos.

A abcissa do ponto é aproximadamente igual a


1, 43 . O 1 1,43 2 x

5. f ( x ) = 2 x − ln ( e x − 1) , D f = ]0 , + ∞[

( e − 1)′
x
ex 2 ex − 2 − ex ex − 2
5.1. f ′( x) = 2− = 2− = = x
ex −1 ex − 1 ex − 1 e −1
ex − 2
f ′( x) = 0 ⇔ = 0 ⇔ ex − 2 = 0 ∧ ex −1 ≠ 0 ∧ x > 0 ⇔
ex −1
⇔ e x = 2 ∧ x > 0 ⇔ x = ln 2

• e x − 1 > 0 , ∀x ∈ ℝ +

• e x − 2 > 0 ⇔ e x > 2 ⇔ x > ln 2

x 0 ln 2 +∞

f′ – 0 +
f ց 2 ln 2 ր
Mín.

f ( ln 2 ) = 2 ln 2 − ln ( eln 2 − 1) = 2 ln 2 − ln ( 2 − 1) = 2 ln 2 − 0 = 2ln 2

f é estritamente decrescente em ]0 , ln 2] e estritamente crescente em [ ln 2 , + ∞[ .


A função f admite um mínimo relativo (e absoluto) igual a 2 ln 2 para x = ln 2 .

5.2. Assíntotas verticais:


Como f é contínua em D f = ]0 , + ∞[ , apenas poderá existir uma assíntota vertical
no ponto 0.

x → 0+ x →0
( +

)
lim f ( x ) = lim+  2 x − ln ( e x − 1)  = 0 − ln e0 − 1 = − ln 0+ = − ( −∞ ) = +∞

A reta de equação x = 0 é uma assíntota do gráfico de f .

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Assíntotas não verticais ( y = mx + b ) :
 ∞−∞ 
f ( x) 2 x − ln ( e x − 1)  ∞ 

2x ln ( e − 1)
x

m = lim = lim = lim − lim =


x →+∞ x x →+∞ x x →+∞ x x →+∞ x
  1   1
ln e x 1 − x  ln e x + ln  1 − x 
 e 
= 2 − lim   e 
= 2 − lim =
x →+∞ x x →+∞ x
 1  1
x + ln 1 − x  ln 1 − x 
= 2 − lim  e  = 2 − lim − lim 
x e =
x →+∞ x x →+∞ x x →+∞ x
ln1
= 2 −1− = 1− 0 = 1
+∞
( ∞−∞ )
b = lim  f ( x ) − x  = lim  2 x − ln ( e x − 1) − x  =
x →+∞ x →+∞

   1  
= lim  x − ln ( e x − 1)  = lim  x − ln  e x 1 − x    =
x →+∞ x →+∞
   e  

  1    1 
= lim  x − ln e x − ln 1 − x   = lim  x − x − ln  1 − x  =
x →+∞
  e   x →+∞   e 
 1 
= − lim ln 1 − x  = − ln1 = 0
x→+∞
 e 
A reta de equação y = x é uma assíntota ao gráfico de f quando x → +∞ .

6. Número de casos possíveis: 7C3 = 35


F E
6.1. Número de casos favoráveis.
Para que o triângulo seja retângulo é necessário que um dos
lados seja um diâmetro, sendo, assim, o ângulo oposto a esse O
A D
diâmetro inscrito na semicircunferência e, por isso, um ângulo
reto.
Os seis vértices definem três diâmetros: [ AD ] , [ BE ] e [CF ] . B C
Para cada diâmetro há quatro escolhas possíveis para o terceiro vértice.
Logo, há 3 × 4 = 12 casos favoráveis.
12
P=
35

6.2. Número de casos favoráveis: 6C2 − 1 = 15 − 1 = 14 .


Há 6C2 maneiras de escolher os restantes dois vértices entre os restantes seis pontos.
Entre estas escolhas temos de excluir o caso [ AOD ] por não ser um triângulo.

14 2
P= =
35 5

Proposta de Exame Final – Matemática A, 12.o ano – Página 14

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