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O início do período foi marcado pela alegria e ansiedade, tanto por parte dos profissionais do NDC como

das crianças e de seus pais. Alegria por receber um novo grupo de crianças, ansiedade pela
responsabilidade que esse processo encerra. A primeira semana de atividades foi estruturada visando uma
experiência positiva das crianças à nova realidade delas.

A forma como conduzimos o período de transição das crianças à instituição de Educação Infantil é crucial
para que elas construam afeição pelo espaço e pelas pessoas desse novo convívio. A confiança que se
estabelece entre adultos, principalmente professores, e crianças é um dos pilares desse processo. Ao se
sentir aceita, respeitada e segura, a criança explora o ambiente e interage com seus pares de forma
autêntica, ou seja, sem a pressão ou condução direta dos adultos.

Dessa forma, nesse período, tentamos criar um clima de intimidade, solicitude e respeito para com os
pequenos. Respeitamos a proximidade que as crianças estabeleceram com os professores e passamos a
interagir de acordo com a preferência de cada uma. Por exemplo, se uma criança se sentia mais segura ao
lado de um dos professores, no dia que ela apresentava alguma dificuldade ou relutância em permanecer
no NDC, aquele professor se aproximava mais dela. Contudo, mesmo usando essa estratégia, sempre
discutimos e tentamos fazer com que as crianças interagissem com todos os professores, mas sempre
respeitando o ritmo de cada uma. No decorrer do semestre, incentivamos as crianças, que necessitavam de
uma maior proximidade com determinado professor, a interagir com os outros professores e crianças do
grupo.

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Durante a primeira semana, visando que a transição da casa à escola fosse a menos traumática possível,
dividimos o grupo em dois. O primeiro compareceu ao NDC nos dois dias iniciais das atividades,
ausentando-se nos dois dias seguintes. O segundo grupo compareceu nos dois dias posteriores ao primeiro
grupo. No quinto dia, o grupo se reuniu por completo; nessa data, realizamos a festa dos aniversariantes do
mês de janeiro e fevereiro.

As atividades que fizeram parte da rotina da primeira semana tinham por objetivo principal favorecer que o
processo de transição decorresse da melhor forma possível para as crianças. Optamos por atividades livres,
de escolha das crianças, (brincar, explorar os espaços, desenhar e pintar etc.) e algumas semiestruturadas
(passeio pelos espaços do NDC, conto e reconto de histórias, por exemplo).

4 RELATÓRIO GERAL – INFANTIL 3

Vale ressaltar que o processo de transição das crianças não aconteceu apenas nas primeiras semanas, mas
ao longo de todo o semestre e continuará após as férias. Ressaltamos ainda a participação dos pais e mães,
durante a rotina desses dias iniciais, como um elemento fundamental. Pois, dessa forma, permitimos que
as crianças realizassem a transição da casa ao NDC sem uma ruptura drástica, principalmente no que tange
à figura dos adultos-referência do seu cotidiano. O trabalho dos professores consistiu, acima de tudo, em
ganhar a confiança das crianças, para, assim, tornarmo-nos também referenciais para as mesmas. Adultos
aos quais elas poderiam confiar e contar em qualquer momento da rotina.

5 RELATÓRIO GERAL – INFANTIL 3


Como já citamos, essa rotina é flexível. Dependendo dos interesses da turma e da peculiaridade do dia,
negociávamos alterações na ordem dos tempos e atividades. Trabalhar com uma rotina, mesmo que
flexível, é de fundamental importância para o desenvolvimento psicológico da criança. Ela aprende a se
planejar para realizar suas atividades, assim como sua ansiedade em relação ao futuro, ao inesperado, é
apaziguada. As crianças têm se apropriado da rotina rapidamente. Quando os professores comunicam ao
grupo o término do momento do parque, algumas crianças respondem, se questionadas, que depois de
beber água, elas vão ouvir a história, como uma das crianças falou: "depois do parque é a história". Outras
vezes, elas falam de forma espontânea, como ilustra a fala: "vamos colocar a letra da história".

Na roda de conversa, as crianças podem se expressar sobre suas novidades e desejos, assim como
desenvolvem também o comportamento de escutar. Incitamo-las a ouvir, falar e discutir sobre assuntos
importantes ao grupo. Essa atividade que impulsiona o desenvolvimento da criança em diversos aspectos,
como no campo da linguagem verbal, da confiança, da autonomia, da atenção, da vontade, do pensamento
lógico, da participação e da decisão; contribuiu ainda para a construção de uma identidade de grupo. Nesse
momento da rotina, apresentávamos atividades envolvendo experiências diversas para as crianças

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Nos dias de segunda feira, temos a Roda de Música. Estagiários do curso de Música da UFC realizavam
atividades que permitiam as crianças experiências sensoriais e expressivas nessa área. Os estudantes
realizaram diversas atividades com o objetivo de desenvolver a sensibilidade perceptiva e estética das
crianças, dentre elas, destacamos: a apresentação e manipulação de instrumentos musicais; canções que
permitiam explorar as diferenças de cores e as notas da escala musical; atividades que envolviam a
expressão corporal e teatro de fantoches. Geralmente, as crianças participavam com empolgação dessas
experiências.

Os professores também realizaram algumas atividades que tinham por objetivo proporcionar experiência
no campo da expressão musical. Na roda de conversa, escolhíamos e cantávamos músicas com as crianças.
Elas manipularam o pau de chuva, instrumento típico da cultura indígena; utilizaram pandeiros e tambores,
assim como falaram e cantaram usando o microfone. A transcrição abaixo ilustra a dinâmica das interações
verbais que acontecem numa roda de conversa:

7 RELATÓRIO GERAL – INFANTIL 3

No que tange às atividades que permitiram às crianças experimentar diversas formas de expressão
"gestual, verbal, plástica, dramática e musical" (DCNEI, 2009, Art. 9, II), destacamos o trabalho com artes
visuais. O grupo demonstrou acentuado interesse na exploração de materiais (tintas, pincéis, rolos etc.) que
possibilitavam expressões artísticas, tais como o desenho e a pintura. As crianças desenhavam com lápis de
cor, giz normal e de cera e/ou canetas hidrográficas, assim como realizavam esses desenhos em papéis de
formas e texturas diversas. As produções com tintas foram bastante significativas. O grupo explorou
variadas formas de realizar pinturas com tinta: sopro, bolas de gude, pincel, rolos, formas geométricas
feitas de madeira usadas como carimbo. Nessa atividade específica, as crianças manipularam livremente as
formas geométricas feitas de madeiras colorida em vários tamanhos. Após esse primeiro momento, elas
usaram as peças como carimbos, molhando-as na tinta e pressionando-as em uma folha de ofício A3.
Aproveitando as mãos com tintas, elas usaram as palmas como carimbos numa folha de papel madeira.
Dessa forma, oferecemos uma atividade na qual elas puderam se expressar artisticamente e, ao mesmo
tempo, criando e recriando "relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais"
(DCNEI, 2009, Art. 9, IV).

Nessas atividades, incentivávamos às crianças a ter cuidado com suas roupas e a necessidade de usar o
avental, assim como também mediávamos sobre a forma como elas poderiam explorar os suportes
utilizados, mas sempre abertos para as possibilidades que elas construíam nesse contato.

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Durante a realização de desenhos, os professores incitavam as crianças a falar sobre suas produções, o que
elas faziam, socializando suas obras com o grupo todo. No desenho da figura humana, era comum a
professora conversar com as crianças sobre as partes do corpo que elas desenhavam, contribuindo, assim,
para o desenvolvimento da consciência corporal e da habilidade de observar e desenhar. Vale ressaltar que
respeitamos as formas das crianças de produzir arte. A intervenção pedagógica nessas experiências é fazer
com que a criança explore, pense e expresse as possibilidades que os diversos materiais e suportes
encerram. A pintura das sacolas de pano para as mães foi uma experiência que merece destaque.
Propomos uma forma de realizar a pintura que permitiu às crianças o contato direto com a tinta e com o
pano, assim como possibilitou que elas utilizassem e transformassem a técnica ao seu modo.

Outra forma de expressão artística importante é a dança. Desde o início do semestre, boa parte do grupo
demonstrou interesse em vestir fantasias e dançar ao som de músicas. Tornou-se bastante comum as
crianças solicitarem aos professores que o microssystem fosse ligado para que as mesmas pudessem
dançar, com pedidos do tipo: "professor, agora liga o som!". Durante a roda de conversa, canções que
envolviam movimentação e coreografia, assim como as que imitavam sons de animais, envolveram
bastante as crianças.

9 RELATÓRIO GERAL – INFANTIL 3

As experiências envolvendo a linguagem verbal (oral e escrita) perpassaram todas as atividades


desenvolvidas durante a rotina. Prezamos por sempre valorizar e incitar a interação verbal das crianças. A
roda de conversa, como já citamos, é um dos momentos no qual as crianças se expressam e desenvolvem
as capacidades de narrar acontecimentos, construir conhecimentos e testar suas hipóteses.

Numa determinada roda de conversa, antes de uma festa de aniversário, realizamos uma atividade com um
balão de encher. A experiência consistia em encher e soltá-lo no meio da roda sem amarrar sua
extremidade, o que fazia com que o mesmo voasse até secar. As crianças riram e brincaram com o balão,
ao mesmo tempo, nós as questionamos sobre o porquê do balão secar. Elas deram várias explicações até
que uma das crianças falou que era devido ao ar que estava dentro do balão sair. O diálogo ajuda-nos a
ilustrar a atividade:

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A descrição ilustra a forma como trabalhamos ludicamente as experiências envolvendo a linguagem


(reconhecer as letras do próprio nome e do nome dos colegas), o conhecimento de si (tocar e nomear as
partes do corpo, falar sobre o que gosta de fazer e sobre os seus brinquedos), do mundo físico (o voo do
balão) e sociais (quais as atividades de meninos e meninas, o que é ser criança, quais as diferenças entre
criança e adulto) e matemáticos (contar as letras do nome e as crianças que estão ou não presentes),
durante a roda de conversa.

A experiência de ciências com imã (eletromagnetismo) foi importante para explorar e construir
conhecimentos físico e natural sobre o mundo. Primeiro colocávamos os imãs embaixo da mesa e
movíamos materiais feitos de metal (carrinhos, tesouras, moedas) que estavam por cima da mesma. Aos
poucos, fomos mostrando os imãs e questionando o que fazia eles "grudarem" em alguns materiais e em
outros não. Na ocasião, as crianças elaboram algumas hipóteses: "é porque ele gosta do carrinho", "é
porque tem cola", "é porque ele gruda". A experiência de flutuação de objeto também possibilitou que as
crianças criassem hipóteses acerca do conhecimento físico e natural. Num grande recipiente com água, elas
colocavam objetos de diferentes forma e material e foram incentivadas a explicar o porquê de alguns
desses materiais afundarem e outros não.

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As experiências de linguagem verbal (oral, escrita e leitura) foram diversas e constantes. Cada criança
possui uma ficha com sua foto e seu nome escrito. Frequentemente, incentivamo-las a reconhecer a
própria ficha e a dos colegas. Também trabalhamos a escrita do nome delas e de pessoas significativas (da
mãe, por exemplo). Outro recurso foi o uso de letras móveis, com as quais as crianças podiam formar seus
nomes e outras palavras. Durante a rotina, as crianças puderam experimentar e criar relações com a
escrita, o código alfabético de diversas formas. Por exemplo, todos os objetos das crianças são identificados
pelos seus respectivos nomes. Por exemplo, a procura e identificação dos copos para beber água também
se transformavam numa experiência de leitura e escrita. Embora a Educação Infantil não tenha o objetivo
de alfabetizar as crianças, constatamos que o grupo tem desenvolvido muita proximidade com o código
escrito; a maioria reconhece e nomeia algumas (ou todas) as letras do próprio nome e do nome dos
colegas.

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A roda de história é uma prática constante e aconteceu desde o primeiro dia de atividades; contudo,
dependendo da dinâmica da turma, podemos realizar a contagem de história em outros tipos de suportes
que não apenas os livros; ou seja, por meio de fantoches, estórias em CD, desenhos e filmes animados.
Toda terça e quinta-feira o grupo visita a sala de leitura e escolhe livros para levar para casa. Nessas
ocasiões, prezávamos pela interação das crianças com os livros na sala de leitura, no intuito de fazê-las
entender que aquele momento não era apenas o de escolher e alugar livros, mas também um encontro
prazeroso com os atos de ler e de contar histórias. Dessa forma, possibilitamos "´[...] às crianças
experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com
diferentes suportes de gêneros textuais orais e escritos" (DCNEI, 2009, Art. 9, III). Vale ressaltar que o
interesse do grupo por livros e revistas é notável.

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As crianças realizaram diversas experiências envolvendo contagens (de tampas, das crianças presentes, das
letras do próprio nome, dos dedos da mão etc.), assim como tiveram acesso a números móveis e à
sequência numérica anexada na parede. Numa determinada atividade com trenas, utilizamos as fitas
métricas para que as crianças pudessem medir as partes do próprio corpo e do colega e objetos que
estavam na sala. Percebemos que as crianças se envolviam nessas atividades e ansiavam por realizar
contagens a seu modo. Também trabalhamos com formas geométricas e as relações espaço temporais,
como: conversar sobre a rotina e a ordem das atividades, circuitos com obstáculos, manipular e construir
com blocos geométricos. A atividade com dados possibilitou que as crianças desenvolvessem a contagem
termo a termo e desenvolvessem relações de adição. A expansão da área dos jogos foi uma atividade
significativa para o grupo no que tange, principalmente, ao pensamento lógico e aos conhecimentos
matemáticos. Nessa experiência, as crianças interagiram com seus colegas e professores e utilizaram vários
jogos (dominó, baralho, quebra-cabeça, sequência lógica, pequenos blocos de montar e encaixar). Dessa
forma, elas tiveram contato com situações de contagem e raciocínio que incitam a construção e
desenvolvimento do conceito de número, da contagem termo a termo e do pensamento lógico-
matemático.

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Nessa faixa etária, a criança tem a necessidade de se movimentar e de explorar as possibilidades e


limitações do próprio corpo. Atividades como subir numa árvore, pular de uma calçada, utilizar os
brinquedos do parque se transformam em meios para a construção da consciência corporal e do
desenvolvimento psicomotor. Realizamos diversas atividades que visavam promover "o conhecimento de si
e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem
movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos das crianças"

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Dentre essas atividades, destacamos os circuitos, nos quais as crianças precisavam percorrer um
determinado espaço repleto de materiais e obstáculos, como cones, cordas, cadeiras e mesas. A maioria do
grupo participou com empolgação dessa atividade. Sempre incentivamos e acompanhamos as crianças a
vencer desafios referentes ao desenvolvimento psicomotor. Se num dia a ajudamos a usar o balanço, no
outro propusemos que ela tentasse fazê-lo sozinha. Algumas crianças tinham medo de descer no escorrega
da casinha, estávamos sempre verbalizando que elas eram capazes de utilizar aquele brinquedo e também
oferecíamos nossa ajuda e suporte, caso elas precisassem. Ficávamos entusiasmados quando elas venciam
seus medos e limitações e conseguiam realizar uma atividade na qual tinham dificuldades anteriormente.
Dessa forma, estávamos acompanhando o desenvolvimento psicomotor, mais especificamente a
motricidade ampla das crianças.

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As atividades de cortar, desenhar, colar, fazer laços, calçar e descalçar sapatos e sandálias, vestir e tirar
fantasias, manipular massas de modelar contribuíram para o desenvolvimento da motricidade fina das
crianças.

Ainda sobre o (re)conhecimento de si e do outro, destacamos o painel que existe na sala com as fotos de
cada criança do grupo. Desde o primeiro dia de atividades no semestre, as crianças se mostraram bastante
fascinadas e interessadas em indicar suas fotos e as dos colegas no mural. Frequentemente, durante as
rodas de conversa, quando perguntamos sobre quem está presente e quem não está, percebemos como
elas nomeiam quase todos os colegas que estão ausentes; nesse momento, elas também recorrem ao
painel para se certificar se não se esqueceram de alguma criança. Esse comportamento é um importante
indício de que há um forte sentimento de grupo e coleguismo entre eles. O trabalho com as suas fotos e
espelhos são importante meios para que eles desenvolvam cada vez mais o conhecimento de si e do outro.
Visando esses objetivos, realizamos uma atividade que consistia no desenho que cada um deveria elaborar
a partir do seu rosto impresso numa folha de papel ofício. O grupo se envolveu bastante nessa experiência.

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As aulas passeio são atividades importantes para que as crianças conheçam mais sua cidade e tenham
contato com experiências que possibilitem diversas aprendizagens, interações e desenvolvimentos. Nesse
semestre, visitamos o Zoológico de Fortaleza, o Parque do Cocó, o departamento de Zootecnia da UFC e o
Dragão do Mar. No primeiro passeio, muitos pais acompanharam seus filhos, pois, achamos necessário que
as crianças, principalmente as que estavam com dificuldade de adaptação à instituição, tivessem um
acompanhamento mais individualizado nesse momento. Os três primeiros passeios prezaram por
experiências que possibilitaram às crianças contato com a natureza. Por meios desses momentos visamos
promover "a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade
da vida na terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais" (DCNEI, 2009, Art. 9, X).

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A festa de São João foi um momento rico de experiências, as crianças puderam aprender mais sobre as
tradições nordestinas e os modos de vida do povo cearense. "[...] a interação e o conhecimento pelas
crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras". (DCNEI, 2009, Art. 9, XI). A Festa Junina
marcou o encerramento do semestre
Na roda de conversa, as crianças podem se expressar sobre suas novidades e desejos, assim como
desenvolvem também o comportamento de escutar. Incitamo-las a ouvir, falar e discutir sobre
assuntos importantes ao grupo. Essa atividade que impulsiona o desenvolvimento da criança em
diversos aspectos, como no campo da linguagem verbal, da confiança, da autonomia, da atenção,
da vontade, do pensamento lógico, da participação e da decisão; contribuiu ainda para a
construção de uma identidade de grupo. Nesse momento da rotina, apresento atividades
envolvendo experiências diversas para toda turma, porem em especial para os alunos: Pedro,
Lorenna, Aylla e Antonella, que ainda estão no processo de aprendizagem na escrita do nome, a
dificuldade que observei é que a coordenação motora não foi desenvolvida, durante o período da
pandemia, mas nessa semana houve um grande avanço, estão a desenvolver na medida do
possível, as habilidades propostas, os demais, já estão escrevendo o nome, sem o utilizarem os
crachás, um recurso que utilizo ao meu favor, é a brinquedoteca, que vem substituindo a falta de
parquinho, as crianças tem perguntado o porquê o parque estava interditado, levei a turma até o
parquinho e pedi que me descrevessem o que estavam vendo, elas mesmos observaram os
problemas encontrados, assim puderam compreender os motivos de não poderem usá-lo, no
momento que faço uma amarelinha no chão, usando o recurso do giz de lousa, e fazendo uma
dinâmica: ache a bolinha escondida, utilizando cones coloridos como meio de recursos a favor da
aprendizagem, assim se transformam em meios para a construção da consciência corporal e do
desenvolvimento psicomotor e a socialização, já que tenho na turma, algumas alunas que estão
com dificuldade de conviver com o outra criança de uma forma amigável, perfeitamente normal
nesse momento que estamos vivendo, o isolamento social contribuiu para tal comportamento,
vamos trabalhar durante todas nossas ações pedagógicas para seja resolvido tal problema, mas
sempre respeitando o jeito de ser e ritmo de cada criança.

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