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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO Prof.

Fabrício Lopes Paula

DIREITO – PARTE I @fabriteprof


Sociedade
organizada pelo
núcleo familiar – Desenvolvimento e
regras morais e sistematização do
religiosas Direito

HISTÓRIA DO Pré-história Civilização


Filosofia e
Direito grego-
DIREITO romano

Surgimento da escrita
e das primeiras
regras jurídicas
(Babilônia)
“Direito” vem do latim directum, que denota aquilo que é reto. Essa compreensão passa por
vários sentidos, como a retidão, o que é justo, conjunto de leis, a ciência que estuda leis, entre
outras.
Segundo Hugo Grócio, séc. XVII, “direito é o conjunto de normas ditadas pela razão e
sugeridas pelo appetitus societatis”. Para Kant, séc. XVIII, “é o conjunto de condições, segundo
as quais o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros, de acordo com uma
lei geral de liberdade”. Na compreensão de Rudolf von Jhering, séc. XIX, é a soma das
condições de existência social, no seu amplo sentido, assegurada pelo Estado através da Deusa Themis – na mitologia
coação”. grega, Themis carrega a razão
(espada) e a justiça (balança). A
balança significa o equilíbrio entre
Enquanto norma (Direito Objetivo), estabelece condutas sociais aos indivíduos, que devem ser justiça e Direito.

respeitadas; mas, enquanto faculdade de agir (Direito Subjetivo), o indivíduo acata ou não o
que prevê a norma, de acordo com seu interesse e/ou vontade.

AFINAL, O QUE É DIREITO?


MORAL X DIREITO
Não existem apenas normas jurídicas! A sociedade estabelece padrões de
comportamento por meio de costumes, hábitos, comportamentos sociais etc. Por
exemplo, temos regras culturais, religiosas, familiares, profissionais, entre
outras, que impõem condutas e estabelecem padrões certos ou errados, bons e
maus.
Assim, Regra Moral é uma norma em que não há autoridade pública que
imponha obrigatoriedade em seu cumprimento ou uma sanção pela
desobediência. Contudo, pode tornar-se uma regra obrigatória quando ela é
positivada, ou seja, quando se transforma em lei.
Segundo Jellinek, o Estado Moderno nasceu como
unidade de associação, organizada consoante
E ESTADO? uma constituição, ao superar o dualismo rei e povo
e o poder espiritual e temporal. Para Azambuja,
QUAL É A SUA isolando uma série de noções acidentais ou
secundárias, verifica-se a permanência de três
DEFINIÇÃO? elementos essenciais para a configuração de um
Estado: uma população, um território e um
governo independente.
POVO TERRITÓRIO PODER/SOBERANIA

Segundo Maluf, população é o conjunto Território é a base física, o É o poder de associação que
heterogêneo dos habitantes de um país, sem âmbito geográfico de uma há de cuidar, segundo Mario
exclusão de estrangeiros, apátridas etc. nação, onde ocorre uma Quintão Soares, dos fins
Povo: É a população do Estado, considerando o validade da sua ordem comuns e que ordenará e
aspecto meramente jurídico, sendo, assim, o grupo jurídica, nas palavras de dirigirá a execução das
humano sujeito às mesmas leis, ainda que formado Maluf. O território é o país ordens emanadas pelo
por diferentes raças, interesses e aspirações. propriamente dito, não Estado por toda a sua
Nação: É uma entidade moral, caracterizando-se compreendendo somente a unidade.
como um grupo de indivíduos que se sentem unidos terra, mas também os rios, Azambuja considera duas
pela origem, pelos interesses e aspirações comuns. lagos, mares interiores, formas de soberania, a
A origem, a língua e a religião são fatores portos, golfos, estreitos, interna (o poder do Estado,
essenciais de uma nação, juntamente com a história inclusive o mar territorial. nas leis e ordens que
e tradição. estabelece para todos os
Raça: No sentido sociológico, difere do conceito de indivíduos que habitam seu
nação, pois se configura como uma unidade território) e a externa
bioantropológica. Uma nação pode conter várias (significa que nas relações
raças, como uma raça pode dar origem a várias recíprocas entre países não
nações. Não se trata de um conceito meramente há qualquer subordinação
biológico, já superado. nem dependência, mas
igualdade).
ILUMINISMO E JUSNATURALISMO
Como advento do Renascimento, o homem europeu traçou um novo
rumo para a vida social e política a partir da Idade Moderna, no
século XVI. As grandes navegações, a reforma protestante e o
avanço da ciência e do pensamento crítico conduziram a sociedade a
buscar cada vez mais a felicidade e o progresso. Mas como? Através
de direitos! Pensadores iluministas, ancorados na ideia de que os
homens pudessem participar na vida política e terem acesso a
direitos como a vida, liberdade e bens materiais, estabeleceram
novos ideais de justiça, política e desenvolvimento econômico. Os
ideais iluministas exigiam, por meio da elaboração de leis
(positivismo jurídico), o reconhecimento de direitos, a democracia e o
fim da monarquia absolutista. O grande marco histórico do iluminismo
foi a Revolução Francesa. Vamos ver como o direito se desenvolveu
nos últimos séculos?
• Jusnaturalismo
- Direitos Naturais: Vida, Liberdade e Propriedade
DIREITOS CIVIS • Contrato social
E POLÍTICOS • Democracia Moderna: eleição de representantes
• Divisão dos Poderes: Executivo, Legislativo e
Judiciário
1ª GERAÇÃO • Independência Americana (1776)
• Revolução Francesa (1789)
• Estado Liberal
DIREITOS • Revolução Industrial (séc. XIX)
ECONÔMICOS, • Movimento Operário
SOCIAIS E - Manifestações de trabalhadores
- Reivindicação de Direitos trabalhistas
CUTURAIS • Encíclica Rerum Novarum (1891)
• Direitos Sociais
- Art. 6º da Constituição Federal de 1988
2ª GERAÇÃO
DIREITOS • Guerras do séc. XX
DIFUSOS E • Organização das Nações Unidas – ONU (1945)

COLETIVOS - Manutenção da Paz


- Desenvolvimento e cooperação entre os povos
- Reconstrução econômica e social pós-guerra

3ª GERAÇÃO - Proteção ao meio ambiente e grupos sociais

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