Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
META DA AULA
- Apresentar a história da educação ambiental no Estado do Rio de Janeiro,
seus marcos legais, a legislação pertinente e as políticas públicas e programas
de educação ambiental desenvolvidos.
OBJETIVOS
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
identificar os aspectos legais referente à Educação Ambiental no Estado
do Rio de Janeiro;
perceber os inúmeros desafios existentes na implementação de políticas
públicas de educação ambiental no Estado do Rio de Janeiro.
identificar projetos de Educação Ambiental desenvolvidos no Estado do
Rio de Janeiro.
PRÉ-REQUISITO
Para esta aula, é importante que você tenha compreendido os principais
marcos legais da Educação Ambiental no Brasil apresentados na aula anterior.
Introdução
O planejamento e a execução de projetos de Educação Ambiental devem estar
atrelados não somente às políticas nacionais, mas devem, também, respeitar
as diretrizes estaduais e municipais, levando em consideração as
particularidades e as necessidades regionais. Nessa aula abordaremos a
constituição da educação ambiental no Rio de Janeiro, seus marcos legais, sua
relação com os documentos internacionais de EA, com a gestão ambiental,
com a pratica da cidadania, com a Agenda 21 e com os movimentos sociais,
em especial o movimento ambientalista, o por justiça ambiental, o movimento
inter-religioso e o LGBT. Esperamos, com isso, traçar um panorama que auxilie
a compreensão dos contextos de desenvolvimento desta pratica educativa em
nossa sociedade, especialmente no Estado do Rio de Janeiro. Também
enfatizaremos alguns aspectos específicos da Lei que estabelece a política
estadual de educação ambiental.
Boa leitura!
Também nesse ano, iniciam-se debates sobre a criação de uma Lei para a
educação ambiental e os primeiros esboços de um texto legal são feitos. No
Rio de Janeiro, o primeiro Projeto de Lei para a criação de uma política
estadual de EA é apresentado em 1997, e discutido com os movimentos
sociais e educadores em duas audiências públicas. Finalmente, em 1999, são
publicadas as Leis que irão definir as políticas federal e estadual de educação
ambiental: a Lei 9.795/99, primeira do gênero na América Latina e que
estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental, e a Lei 3.235/99, que
estabelece a Política Estadual de Educação Ambiental para o Estado do Rio de
Janeiro. Ambas se inspiram nos documentos internacionais de EA e irão
expressar a superação de dúvidas comuns quanto aos pressupostos da
Educação Ambiental, principalmente quanto aos seus objetivos e finalidades,
procurando institucionalizar os pontos consensuais. Há em ambas as Leis uma
preocupação com a construção de atitudes e condutas compatíveis com a
“questão ambiental” e a vinculação de processos formais de transmissão e
criação de conhecimentos a práticas sociais. Há também efetiva preocupação
em fazer com que os cursos de formação profissional insiram conceitos que os
levem a padrões de atuação profissional minimamente impactantes sobre a
natureza e que todas as etapas do ensino formal tenham a Educação
Ambiental de modo interdisciplinar.
A esta altura, você pode estar se perguntando qual o seu papel enquanto
educador. Nesse sentido, a lei é muito clara e esclarece que:
Art. 18 - As escolas da rede pública estadual de ensino deverão priorizar
em suas atividades pedagógicas práticas e teóricas:
- a adoção do meio ambiente local, incorporando a participação da
comunidade na identificação dos problemas e busca de soluções;
- realização de ações de monitoramento e participação em campanhas
de defesa do meio ambiente como reflorestamento ecológico, coleta
seletiva de lixo e de pilhas e baterias celulares;
- as escolas situadas na área de entorno da Baía de Guanabara deverão
incorporar, nos seus programas de Educação Ambiental, o
conhecimento e acompanhamento do Programa de Despoluição da Baía
de Guanabara - PDBG;
- as escolas situadas nas demais baías do Estado, como Ilha Grande e
Sepetiba, assim como as próximas dos rios, lagoas e lagunas
fluminenses deverão adotar em seus trabalhos pedagógicos a proteção,
defesa e recuperação destes corpos hídricos.
Art. 19 - As escolas técnicas estaduais deverão desenvolver estudos e
tecnologias que minimizem impactos no meio ambiente e de saúde do
trabalho, como controle e substituição do CFC (Cloro Flúor Carbono);
substituição do amianto e mercúrio e incentivo ao controle biológico das
pragas.
Art. 20 - As escolas técnicas e de 2º grau deverão adotar em seus
projetos pedagó- gicos o conhecimento da legislação ambiental e das
atribuições dos órgãos respon- sáveis pela fiscalização ambiental.
Art. 21 - As escolas situadas nas áreas rurais deverão incorporar os
seguintes temas: programa de conservação do solo, proteção dos
recursos hídricos, combate à deser- tificação e à erosão, controle do uso
de agrotóxicos, combate a queimadas e incêndios florestais e
conhecimento sobre o desenvolvimento de programas de micro-bacias e
conservação dos recursos hídricos.
Como obter recursos para estas ações? Em seus artigos 25 e 26, a lei define
que:
Art. 25 - Os recursos do FECAM poderão ser destinados a programas e
projetos de Educação Ambiental desde que aprovados pelo seu
Conselho Gestor, nos termos do Art. 263 da Constituição Estadual.
Art. 26 - Os programas de assistência técnica e financeira relativos a
meio ambiente e educação, em nível estadual, devem alocar recursos
às ações de Educação Ambiental.
COMENTÁRIO
Não há uma resposta única para a atividade proposta, mas destacamos que é
fun- damental que suas ações estejam contextualizadas de acordo com a faixa
etária na qual você atua como docente, com a realidade local e com o
atendimento à política nacional e estadual de Educação Ambiental
CARACTERISTICAS DA SEAM/SEA:
MISSÃO:
Promover uma Nova Cultura Ambiental, a cultura da participação popular na
gestão ambiental.
OBJETIVOS
Criar condições para a participação social (de forma permanente,
responsável e politizada) nos processos decisórios, sobre o acesso e
uso dos recursos ambientais;
Realizar processos educativos com grupos sociais diretamente afetados
pelas atividades de gestão ambiental, para que possam participar das
decisões que afetam o ambiente no qual estão inseridos e exercer o
controle/monitoramento/avaliação/vigilância da qualidade ambiental
local, visando atender a diretriz Nº1 do Ministério do Meio Ambiente
(participação e controle social) e fortalecer o SISNAMA.
LINHA PEDAGÓGICA: Educação Ambiental Crítica
METODOLOGIA: Educação no Processo de Gestão Ambiental
Estabelecimento de processos formativos voltados para gestão
ambiental participativa:
Usa o espaço da gestão ambiental como espaço pedagógico de
aprendizagem;
Incentivo à prática da Cidadania, instrumentalizando os diferentes atores
sociais para a participação na vida pública e uso dos instrumentos de
gestão ambiental como prática de cidadania;
Criação de condições para a participação política dos diferentes atores
(comunidades, alunos, professores, etc), tanto na formulação como na
execução de projetos de intervenção socioambientais e políticas
públicas que digam respeito à realidade local.
Ambiente de exercício da criatividade voltada para a conservação
ambiental, desenvolvimento social, pratica cidadã, justiça social e
participação jovem.
PREMISSAS:
O QUE QUEREM?
O QUE SE PRODUZ?
COMO SE ORGANIZA?
Resposta comentada
Caso você tenha conseguido correlacionar sua proposta às ações e aos
objetivos previstos na legislação referente à Educação Ambiental no Estado do
Rio de Janeiro, você concluiu esta aula. Porém, se ainda encontra dificuldades,
releia os aspectos legais nela destacados.
Referencia bibliografica
SEA. Agenda 21 Escolar: a Agenda 21 Local em construção. Disponível em
http://www.semadur.rj.gov.bres/sup_edu_amb/edu_ambiental_agen_21.html.
Acessado em 30 jul. 2009