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by tomeje
Mesmo sendo uma instituição sem finalidade lucrativa, o CNPJ, Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas é necessário, bem como o controle fiscal/financeiro da instituição.
Feito isso, redigindo o estatuto que rege as normas e objetivos da instituição religiosa e
registrando em cartório, já se pode entrar com o pedido do cadastro jurídico, o CNPJ.
Este cadastro leva alguns dias para ser expedido.
Vale lembrar que até aqui, o centro estará regularizando seu reconhecimento jurídico
em âmbito nacional, não tendo qualquer relação com alvarás de funcionamento e/ou
qualquer outro documento que compete a outros órgãos expedir (no Rio de Janeiro, foi
extinta a exigência de alvará de funcionamento há mais de 40 anos).
Segue abaixo um modelo de ESTATUTO que poderá ser utilizado e até mesmo
adaptado. Caso tenha alguma dificuldade, as entidades federativas umbandistas poderão
dar mais informações, como por exemplo, a Federação Brasileira de Umbanda
(fbu@fbu.com.br)
1. constitui a reunião de diversas pessoas para a obtenção de um fim ideal, podendo este
ser alterado pelos associados;
2. ausência de finalidade lucrativa;
3. o patrimônio é constituído pelos associados ou membros;
4. reconhecimento de sua personalidade por parte da autoridade competente.
V – Efeitos do Registro:
As entidades sem fins lucrativos passam a ter existência legal com sua inscrição no
Registro das Pessoas Jurídicas (art. 114 da Lei nº 6.015, de 31/12/73).
Uma vez atendidos todos os procedimentos de registro, o Cartório de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas expedirá, em nome da associação, a certidão de Personalidade
Jurídica, que será a prova da sua existência legal.
VI – Imposto de Renda:
A Lei nº 9.532/97, alterada pela Lei nº 9.718, de 27.11.98, estabeleceu os critérios para
que as entidades enquadradas no dispositivo constitucional acima transcrito possam
gozar do benefício:
- Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alínea “c”, da Constituição, considera-se
imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os
quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter
complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.
- Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente “superávit” em suas
contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine referido resultado,
integralmente à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais.
a) Não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;
b) Aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus
objetivos sociais;
c) Manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das
formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
d) Conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os
documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas,
bem como a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar
sua situação patrimonial;
e) Apresentar, anualmente, declaração de rendimentos, em conformidade com o
disposto em ato da secretaria da receita federal;
f) Recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a
contribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem como cumprir as
obrigações acessórias daí decorrentes;
g) Assegurar a destinação de seu patrimônio à outra instituição que atenda às condições
para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de
suas atividades, ou a órgão público; h) Outros requisitos, estabelecidos em lei
específica, relacionados com o funcionamento das entidades a que se refere este artigo.
a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;
b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus
objetivos sociais;
c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das
formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os
documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas,
bem como a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar
sua situação patrimonial;
e) apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em conformidade com o
disposto em ato da Secretaria da Receita Federal.
Sem prejuízo das demais penalidades previstas na lei, a Secretaria da Receita Federal
suspenderá o gozo da imunidade, relativamente aos anos-calendários em que a pessoa
jurídica houver praticado ou, por qualquer forma, houver contribuído para a prática de
ato que constitua infração a dispositivo da legislação tributária, especialmente no caso
de informar ou declarar falsamente, omitir ou simular o recebimento de doações em
bens ou em dinheiro, ou de qualquer forma cooperar para que terceiro sonegue tributos
ou pratique ilícitos fiscais.
II – As doações, até o limite de dois por cento do lucro operacional da pessoa jurídica,
antes de computada a sua dedução, efetuadas a entidades civis, legalmente constituídas
no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de
empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da
comunidade onde atuem observadas as seguintes regras:
c) A entidade civil beneficiária deverá ser reconhecida de utilidade pública por ato
formal de órgão competente da União, exceto quando se tratar de entidade que preste
exclusivamente serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica
doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem.
Os objetivos da associação poderão ser para fins humanitários, culturais, literários, etc.,
colimando, exclusivamente, ao bem estar da coletividade, podem ser declarados de
utilidade pública, desde que atendidos os requisitos previstos em lei.
Grande parte dos Estados e Municípios possui legislação própria sobre declaração de
Utilidade Pública de algumas entidades sem fins lucrativos e, salvo ligeiras
modificações, as leis estaduais e municipais seguem a mesma orientação traçada pela
legislação federal.
Sugestão de Estatuto
CAPÍTULO I – DA DENOMINAÇÃO
CAPÍTULO II – DA SEDE
Art. 2º – O Centro de Umbanda “NOME DO CENTRO”, terá sua sede e foro na cidade
de ____________, na Rua __________ – Bairro _________, CEP__________, fundado
pelo Sr. NOME DO FUNDADOR,
Art. 6º O número de sócios será ilimitado, com pessoas de ambos os sexos, sem
distinção de cor, nacionalidade e religião.
Art. 7º Os sócios não respondem subsidiariamente pelas obrigações contraídas pela
associação.
Art. 8º O quadro social compor-se-á das seguintes categorias:
I. Associados Fundadores, os que assinarem a ata de instalação definitiva da associação.
II. Associados Contribuintes, os que contribuem mensalmente.
III. Fica atribuído a diretoria o direito de recusar a administração do candidato proposto,
assim quando resolvido na reunião.
IV. Em caso de associado contribuinte, assumir o compromisso de honrar pontualmente
com as contribuições associativas.
V. É direito do associado demitir-se quando julgar necessário, protocolando junto a
Secretária da Associação seu pedido de demissão.
Art. 9º São deveres dos associados, respeitarem a associação, e prestarem a melhor
ajuda, quer material ou espiritual.
I. Pagarem as suas contribuições pontualmente.
II. Cumprir e fazer cumprir o presente Estatuto.
III. Cumprir e fazer cumprir o regimento interno
IV. Zelar pelo bom nome da Associação.
V. Estudar a doutrina espiritualista, a Lei e a prática dos cultos afro-brasileiros e do
ritual litúrgico de Umbanda, esforçando-se para progredir, pautando seus atos de
elevada moral.
VI. Aceitar, salvo quando justificado a recusa, o cargo para o qual forem eleitos ou
designados, trabalhando, para o desempenho do cargo ou função que ocuparem.
CAPÍTULO V
Art. 10º A associação citada neste estatuto, será administrada por uma diretoria
composta por 10 membros.
Art. 11º A diretoria compor-se-á de um Presidente, um Vice-Presidente, 1º e 2º
Secretário, 1º e 2º Tesoureiro e um Conselho de quatro pessoas.
Art. 12º O Presidente e o Vice Presidente serão os Comandantes chefes da associação.
Art. 13º Os demais cargos terão validade por 2 (dois) anos, a partir da data de aprovação
deste estatuto, e serão eleitos em Assembléia, por votação.
Parágrafo Único – Os diretores, perderão seus cargos, por demissões voluntárias ou
pratica de irregularidade que firam as normas deste Estatuto.
Art. 14º São atribuições do Presidente:
I. Representar a tenda em juízo ou falta dele e em geral em relações com terceiros.
II. Cumprir e fazer cumprir este estatuto e seus regulamentos internos.
III. Superintender todos os serviços da associação.
IV. Convocar e presidir as sessões ordinárias e extraordinárias da Diretoria.
V. Apresentar a Assembléia ordinária um relatório dos trabalhos do ano findo.
VI. Validar as contas da Secretária, assinar os cheques para levantamento de
importâncias depositadas em estabelecimento de crédito, visar cheques.
VII. Contratar empregados e demiti-los.
VIII. Nomear prepostos e auxiliares para a associação.
IX. Rubricar todos os livros da associação, bem como balanço e balancetes, despachar
todos os requerimentos, propostas e demais papéis.
Art. 15º Atribuições do Vice-Presidente:
Substituir o Presidente em seus impedimentos legais ou quando solicitado.
Art. 16º Atribuições dos Secretários:
I. Organizar, instalar e dirigir a secretaria.
II. Redigir as atas das em que o Presidente tome parte como dirigente no mínimo uma
vez por mês.
III. Responder ao expediente, redigindo todos os ofícios e demais afazeres concernentes
ao expediente.
IV. Receber do tesoureiro, as propostas de sócios, confeccionando cadernetas, fichas e
demais papéis.
V. Solicitar verba e material necessário, para o bom andamento da Secretária.
VI. Entregar mensalmente ao Presidente, uma demonstração das atividades.
Art. 17º Atribuições dos Tesoureiros:
I. Organizar, instalar e dirigir a tesouraria.
II. Manter em dia a escritura de todos os livros em ordem, entregar ao Presidente um
balancete acompanhado dos respectivos comprovantes a cada final de mês.
III. Solicitar verba e material necessário para o bom andamento da Tesouraria, substituir
o secretário em seus impedimentos ocasionais.
IV. Ter sob sua guarda e em boa ordem de conservação, todos os bens móveis e imóveis
e devidamente inventariados em livro próprio.
Art. 18º Atribuições do Conselho:
I. Fiscalizar e orientar os freqüentadores da associação nas sessões e nos trabalhos.
II. Presidir as sessões quando o Presidente estiver em trabalhos espirituais.
III. Apresentar sugestões e críticas construtivas para o melhor andamento dos trabalhos
espirituais e demais atividades da associação.
Art. 19º Todos os cargos da Tenda, serão isentos de remuneração exceto os cargos
técnicos, ministros de cursos ou serviçais, a critério da Diretoria, que fará os respectivo
ordenados e classificação.
Art. 20º A associação só poderá ser dissolvida por motivos justos em Assembléia geral,
presidida pela diretoria existente e o seu patrimônio, recolhido a uma casa de caridade
congênere.
Art. 21º É vedado a todos os associados ou não associados, discutirem ou manifestarem
opinião nacional ou internacional, no recinto da associação.
Art. 22º Ninguém poderá desempenhar qualquer função ou gozar de qualquer vantagem
da associação sem participar do seu quadro social.
Art. 23º O presente estatuto, entrará em vigor na data da data de seu registro em cartório
e poderá ser modificado no todo ou em parte, após dois anos em assembléia geral
extraordinária.
Art. 24º Os casos omissos, que não constem neste estatuto, deverá ser realizado uma
Assembléia Extraordinária para a apuração e resolução da situação em questão.