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RESUMO DE ESTUDO

Curso: FILOSOFIA Componente: PESQUISA EM FILOSOFIA I Prof. Ms. Jeane


Torres
Acadêmico: Jamilson Domingos de Castro

REFERÊNCIAS:
BELLO, Ângela Alles. Introdução à fenomenologia/ Ângela Alles Bello: tradução Ir.
Jacienta Turolo Garcia e Miguel Mahfoud. Bauru, SP: Edusc, 2006.

INTRODUÇÃO À FENOMENOLOGIA
Nesta obra, Angela Alles Bello, de forma detalhada, expõe sobre a fenomenologia,
pensada por Husserl, que criticava as ciências positivistas e propôs descrever o fenômeno,
voltando-se para as coisas mesmas, ou seja, ao mundo da experiência, a partir da descrição e
interrogação sobre o mesmo, correspondendo a um método nem dedutivo nem empírico, mas
que consistia na reflexão sobre um dado fenômeno.
A autora no segundo capítulo possibilita a percepção da fenomenologia como método,
já que para Husserl compreender fenômenos implica em definirmos um caminho e a palavra
grega que designa caminho é método. Assim, conforme Husserl, a chegada à compreensão do
sentido das coisas propõe duas etapas: A primeira consiste em buscar o sentido dos
fenômenos - a redução eidética: corresponde à busca pela compreensão do sentido das coisas,
embora nem todas sejam compressíveis. Porém, em consonância com a autora, compreender o
sentido das coisas é uma possibilidade humana e para Husserl o importante não é
compreender o fato, mas o sentido do mesmo, não bastando dizer que ele existe.
Ainda continua, no segundo que consiste em identificar como é o sujeito que busca o
sentido: a redução transcendental: nesse momento faz-se a reflexão sobre o sujeito? quem
somos nós, na qual a análise do sujeito humano e o ponto de partida para a investigação.
Assim, a autora aponta que ter consciência dos nossos atos corresponde às vivências e,
portanto, teríamos dois níveis de consciência: em um primeiro nível estão os atos perceptivos
e em segundo os atos reflexivos. Alles afirma ainda, que os seres humanos percebem o que
estão fazendo através da reflexão e, por isso, constitui-se como uma vivencia humana, e a
consciência é a dimensão com a qual registramos os atos.
De acordo com a abordagem fenomenológica, a análise é de que a alma se constitua de
duas partes: impulso psíquicos, que correspondem aos atos não queridos nem controlados por
nós como pulsões, impulsos, instintos e espirito que corresponde à parte que reflete, decide,
avalia, estando ligada aos atos de compreensão, reflexão, decisão e do pensar. Dessa forma,
identifica-se que os sujeitos realizam atos espirituais, psíquicos e corpóreos, sendo que as
coisas físicas são conhecidas através da corporeidade.
No capítulo três nos remete a reflexão sobre a consciência e estrutura universais, já
que a consciência é uma novidade trazida pela fenomenologia e dotada de complexidade,
explicitando ainda, tanto sobre a diferença existente entre a abordagem psicanalista e a
fenomenológica, que é a descrição da dimensão psíquica pré-consciente e depois inconsciente,
quanto sobre o fato de entrarmos na consciência através da percepção.
Estes aspectos correspondem a noções imprescindíveis para a compreensão do ser
humano. Por um lado, Husserl considera que a vivencia psíquica, ou seja, a dimensão do
inconsciente, é importante, mas o ser tem a dimensão espiritual e todos tem a possibilidade de
ativar esta para intervir com controle e sentido. Por outro, para Freud tudo que acontece no
nível consciente é um produto do que acontece no nível do inconsciente.
As considerações presentes no capitulo quatro, nos remete à compreensão de que de
acordo com Husserl existe um caminho anterior à percepção, e este se chama de síntese
passiva, de forma que nos apresenta a explicação de que em um nível passivo algumas
operações se processam, tais como: continuidade e descontinuidade, homogeneidade e
heterogeneidade.

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