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ABR 1985 NBR 7661


Tubos de ferro fundido centrifugado de
ponta e bolsa, para líquidos sob
ABNT-Associação
Brasileira de
pressão, com junta não elástica
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Fax: (021) 240-8249/532-2143
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Especificação

Origem: Projeto EB-43/1982


Copyright © 1985, CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
CE-02:009.49 - Comissão de Estudo de Tubo de Ferro Fundido Centrifugado
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Tubos de ponta e bolsa 5 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO NBR 7562 - Tubo de ferro fundido centrifugado - Ensaio


1 Objetivo de flexão por tração de anel - Método de ensaio
2 Documentos complementares
3 Condições gerais NBR 7587 - Tubo de ferro fundido centrifugado - Ensaio
4 Condições específicas de flexão em corpos-de-prova em tira - Método de ensaio
5 Inspeção
6 Aceitação e rejeição 3 Condições gerais

3.1 Condições
1 Objetivo
Os tubos devem satisfazer às seguintes condições:
1.1 Esta Norma fixa as características exigíveis no
recebimento de tubos de ferro fundido centrifugado de ponta a) apresentar ponta lisa e bolsa com anel de centragem;
e bolsa, para líquidos sob pressão, usados com junta não
b) ser facilmente rosqueáveis, broqueáveis e limáveis;
elástica, e estabelece as condições técnicas a que deve
satisfazer o seu fornecimento.
c) apresentar superfícies interna e externa conve-
nientemente lisas e ser isentos de defeitos de
1.2 Os tubos são divididos nesta Norma nas três classes superfície e outros. No entanto, os tubos que
seguintes: LA, A e B, caracterizados pelas espessuras apresentarem pequenas imperfeições, inevitáveis
nominais e respectivas massas, como consta em 4.1. em conseqüência dos processos de fabricação e
que não prejudiquem em nada seu emprego, não
2 Documentos complementares serão recusados;

d) ser recobertos, internamente e externamente, com


Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
uma camada protetora que proporcione revestimento
liso, elástico e não pegajoso. Quando os tubos forem
NBR 6394 - Determinação da dureza Brinell de materiais destinados à conduções de água não deverão, após
metálicos - Método de ensaio lavagens convenientes da tubulação, comunicar
gosto ou cheiro à água. A verificação da pegajosidade
NBR 7561 - Tubo de ferro fundido centrifugado - Ensaio do revestimento será feita à temperatura de cerca
de pressão interna - Método de ensaio de 30oC;
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2 NBR 7661/1985

e) outros tipos de revestimento, tais como pintura, 4.2.6 Curvatura


esmalte, cimento, serão admitidos desde que haja
acordo entre fabricante e comprador; Estendendo-se um fio entre a ponta e a origem da bolsa, o
tubo não pode apresentar flecha maior do que 2 mm por
f) os tubos levarão marcada a punção a indicação da metro, ao longo de sua geratriz.
classe a que pertencem. Poderão ainda trazer outras
indicações, marcadas a frio ou com tinta apropriada. 5 Inspeção

3.2 Unidade de compra 5.1 Procedimento

A unidade de compra é o metro linear de comprimento útil. Efetuado o fornecimento ou no decorrer deste, cabe ao
comprador verificar, na fábrica ou no local de entrega, se as
4 Condições específicas condições exigidas em 3.1, 4.1 e 4.2 foram satisfeitas e
recusar os tubos que não as preencherem.
4.1 Massas e dimensões
5.2 Formação da amostra
As massas e as dimensões normais dos tubos são as
constantes nas Tabelas 1 e 2. 5.2.1 Cabe ao comprador formar com tubos da mesma
classe e do mesmo diâmetro, não rejeitados de acordo com
4.2 Tolerâncias o item anterior, lotes iguais a 1000 tubos.

Sobre as massas e as dimensões são admitidas as 5.2.1.1 De cada lote são retirados ao acaso dois tubos, os
tolerâncias da Tabela 3. quais, devidamente autenticados, são remetidos a labora-
tórios adequadamente aparelhados para a execução dos
ensaios representativos indicados em 5.3.2.
4.2.1 Massa

4.2.1.1 Os tubos com massa maior do que a normal são


5.3 Ensaios de recebimento
aceitos desde que satisfaçam às demais exigências.
5.3.1 Ensaios individuais
4.2.1.2 No caso de a compra ser feita com base na massa,
o comprador não deve pagar excesso maior do que 5% da Os tubos são submetidos ao ensaio de estanqueidade à
massa normal. pressão interna, de acordo com a NBR 7561, e ao ensaio
de usinabilidade (prova de lima).
4.2.2 Espessura
5.3.2 Ensaios representativos
A tolerância na espessura, para menos, é definida pela
fórmula t = 0,6 + 0,07 e (em mm), “e” sendo a espessura A pedido do comprador serão feitos os ensaios represen-
normal da parede dos tubos. tativos mencionados a seguir:

4.2.3 Comprimento a) dureza Brinell, de acordo com a NBR 6394;

A tolerância no comprimento útil do tubo é de 30 mm, para b) flexão por tração de anel, para tubos de diâmetros
mais ou para menos. até 300 mm, inclusive, de acordo com a NBR 7562;

4.2.3.1 Para cada diâmetro admite-se o fornecimento de c) flexão de corpo-de-prova em tira (Tabot strip test),
15% dos tubos com comprimento inferior ao comprimento para os diâmetros de 350 a 600 mm, de acordo com
normal, sendo no máximo 5% com comprimento até menos a NBR 7587.
de 2 m, no caso de tubos com 6 m de comprimento e 5%
com comprimento até menos de 1 m, no caso de tubos de 3 5.4 Condições impostas
a 4 m; os 10% restantes podem ser fornecidos com
comprimento até 1 m a menos no caso de tubos de 6 m, e
5.4.1 Estanqueidade dos tubos à pressão interna
0,5 m a menos no caso de 3 e 4 m.

4.2.4 Diâmetro externo do tubo e interno da bolsa


Mantido o tubo à pressão hidráulica de 2,5 MPa, não deve o
mesmo acusar exsudação, borbulhamento ou vazamento.

Sobre esses diâmetros são admitidas as tolerâncias da


5.4.2 Prova de lima
Tabela 4.

4.2.5 Profundidade da bolsa


É a verificação de que uma lima bastarda, chata ou quadrada,
atuando na superfície externa do tubo, não desliza, devendo
produzir entalhe no mesmo.
Deve ser de ± 5 mm.
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Tabela 1 - Dimensões

Diâmetros Espessura da parede, em mm, Comprimento


para as classes normal do
Profundidade tubo
Diâmetro Diâmetro Diâmetro da bolsa (L)
nominal externo interno (P) (mm) (mm)
(interno) (De) da bolsa LA A B
(D) (Db)
(mm) (mm) (mm)

50 66 80 75 6,5 7,1 7,8 3


60 77 92 80 6,7 7,3 8,0 3
75 92 107 82 6,9 7,6 8,3 3-4-6
100 118 133 88 7,3 8,1 8,8 3-4-6
125 144 159 91 7,7 8,5 9,3 4-6
150 170 185 94 8,2 9,0 9,8 4-6
175 196 211 97 8,6 9,4 10,3 4-6
200 222 238 100 9,0 9,9 10,8 4-6
225 248 264 100 9,4 10,4 11,3 4-6
250 274 291 103 9,8 10,8 11,8 4-6
275 300 317 103 10,2 11,3 12,3 4-6
300 326 343 105 10,7 11,7 12,8 4-6
350 378 395 107 11,5 12,6 13,8 4-6
400 429 448 110 12,3 13,6 14,8 4-6
450 480 499 112 13,2 14,5 15,8 4-6
500 532 552 115 14,0 15,4 16,8 4-6
550 584 604 117 14,8 16,3 17,8 4-6
600 635 655 120 15,7 17,2 18,8 4-6

Tabela 2 - Massa

Diâmetro Massa por tubo, em kg, para os comprimentos


nominal Classe
(D) 3m 4m 6m
(mm)

LA 30 - -
50 A 33 - -
B 36 - -

LA 36,5 - -
60 A 39,5 - -
B 42,5 - -

/continua
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4 NBR 7661/1985

/continuação

Diâmetro Massa por tubo, em kg, para os comprimentos


nominal Classe
(D) 3m 4m 6m
(mm)

LA 45 58,5 86
75 A 49,5 64,5 94,5
B 53,5 70 102,5

LA 63 81,5 119
100 A 68,5 89 130
B 73 95 139

LA - 106 154
125 A - 115 168
B - 124 181

LA - 132 192
150 A - 144 211
B - 155 227

LA - 162 235
175 A - 176 256
B - 190 278

LA - 193 281
200 A - 209 305
B - 225 330

LA - 224 326
225 A - 246 359
B - 266 388

LA - 260 379
250 A - 283 413
B - 305 447

LA - 295 429
275 A - 325 474
B - 351 513

LA - 336 489
300 A - 366 534
B - 395 578

LA - 423 615
350 A - 458 668
B - 495 724

LA - 514 748
400 A - 561 819
B - 604 883

LA - 615 894
450 A - 669 976
B - 726 1060

/continua
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/continuação

Diâmetro Massa por tubo, em kg, para os comprimentos


nominal Classe
(D) 3m 4m 6m
(mm)

LA - 727 1057
500 A - 790 1152
B - 853 1246

LA - 839 1222
550 A - 917 1336
B - 992 1451

LA - 968 1408
600 A - 1055 1538
B - 1141 1667

Tabela 3 - Tolerâncias Tabela 5 - Limite de resistência

Diâmetro nominal (D) Tolerâncias para as classes Diâmetro nominal Limite de resistência mínimo
(mm) LA, A e B (mm) (MPa)

50 a 125 -7% 50 a 75 350

150 a 275 -6% 100 a 150 300

300 a 600 -5% 175 a 300 280

Tabela 4 - Tolerâncias 6 Aceitação e rejeição

Diâmetro nominal Tolerância (mm) 6.1 Os tubos que satisfazem às exigências de 3.1, 4.1, 4.2,
(D) 5.4.1 e 5.4.2 serão aceitos. Cabe, entretanto, ao comprador,
(mm) Diâmetro externo Diâmetro externo o direito de recusar a totalidade do fornecimento, caso 20%
do tubo da bolsa ou mais dos tubos não satisfaçam às condições de 4.1, 4.2,
5.4.1 e 5.4.2.
60 a 100 -2 -0
+5 +5 6.1.1 É facultado, todavia, ao fornecedor, apresentar
novamente o fornecimento recusado, por ele escolhido e
125 a 350 -3 -0 separado no local de entrega, sem ônus para o comprador.
+5 +5
6.2 No caso de serem solicitados os ensaios represen-
375 a 600 -4 -1 tativos, o lote deve satisfazer às exigências de 5.4.3 e 5.4.4.
+6 +5 Caso um ou mais dos resultados não satisfaçam às referidas
exigências, é admitida a repetição do ensaio.
5.4.3 Dureza Brinell

A dureza Brinell não pode ser superior a 210. 6.2.1 O ensaio é feito, então, sobre quatro amostras (retiradas
de quatro tubos), para cada lote, devendo cada amostra
5.4.4 Resistência à flexão satisfazer integralmente às condições desta Norma.

A resistência à flexão deve obedecer: Nota: Em vista da falta de dados experimentais para os tubos de
fabricação nacional, esta Norma não consigna, como seria
a) para os tubos de diâmetro até 300 mm inclusive, o aconselhável, exigência quanto ao módulo secante máximo
limite de resistência, no ensaio de flexão por tração de elasticidade em 5.4.4-b).
de anel, não deve ser inferior aos valores indicados
na Tabela 5;
6.2.2 No caso de os resultados obtidos não satisfazerem às
b) para os tubos de diâmetros acima de 300 mm, o condições exigidas, o lote é recusado.
limite de resistência à flexão do corpo-de-prova em
tira não deve ser inferior a 280 MPa.

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