O passado e a cultura permeiam os processos de ligação com os conhecimentos e
as aprendizagens de cada pessoa, e também o influenciam no modo de aprender, na hora de adotar valores, crença, idéias e conduta social. Conforme o crescimento da criança ela mostra seu grau de adaptação e transformação, no qual a passagem de filiações com os adultos é muito significativa desde a infância, demonstrando o que cada jovem desenvolveu. O jovem no contexto grupal e escolar funciona como um desafio, envolvendo professores e colegas, no ensino formal, no qual ele se denomina um conhecedor, um vencedor, mas na convivência de grupos, pode torná-lo um fracasso novamente, o que faz dele um desentendido, na forma de ler e compreender, que acaba procurando outros métodos de desviar seu não conhecimento por não obediência às regras e às normas impostas pelo sistema escolar. O mesmo ocorre com a leitura e a escrita, muitos não têm uma verbalização adequada para uma boa comunicação, que transforma numa má aprendizagem em ciências, história, matemática, entre outras matérias, por falta de compreensão e interpretação contextual, prejudicando- os numa redação coerente, com bom uso de regras gramaticais. Quanto à escola, existe um padrão distante do interesse dos alunos e da realidade, tanto no ensino público e privado, as aulas seguem um cronograma, e os estudos uma memorização mecânica para atender às expectativas do professor. Tanto os professores como alunos não chegam isentos de conhecimento nas escolas, isto é, os professores precisam mudar o jeito de ver o aluno, não como um objeto e sim um sujeito que quer aprender, e isso tem que ser recíproco para uma boa aprendizagem, com a associação de idéias e com a produção do aluno. Isso vai gerar uma renovação dos pensamentos, a aproximação dos dois funcionará como uma teia de relações e experiências, havendo trocas de diálogos construídos em pesquisas de conteúdos, contendo discussões, leituras, produções escritas. A sala de aula também funciona como um meio de penetrar na realidade, um espaço de construção e reconstrução. As palavras ditas e escritas podem transmitir novos conhecimentos, elas têm movimento, pois são uma cadeia de símbolos e imagens, e estão sempre se reestruturando com novos significados. São bem vindas sempre entre o professor e o grupo nas discussões, elas funcionam tanto em termos conscientes como inconscientes na estruturação do pensamento. A escrita pode tornar o sujeito único pelo estimulo do diálogo e da produção. Pela fala e a escrita podem gerar histórias, que ao ser lido recebe inúmeras interpretações, com várias possibilidades de significados. Para concluir, acredito que as palavras e as aprendizagens vivem num mesmo local, porém de formas diferentes, no simbólico e no real, na medida em que são compartilhadas com os demais. São as perguntas que movem nossas curiosidades, então é preciso perguntar e perguntar-se para aprender e para escrever uma nova história.