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Anneliese Schmidt.
Mestrado em Sistemas de Gestão Jogos na saúde e a saúde
pela Universidade Federal nos jogos.........................2
Fluminense; Bacharel em Letras
pela Universidade do Estado 2 de abril: Dia Mundial
do Rio de Janeiro, da Conscientização
com Especialização em Gestão do Autismo.....................7
da Comunicação Corporativa;
estudiosa da cultura afro-brasileira Uma cientista que
se descobriu Autista.... 10
Marcia Capella.
Doutorado em Ciências (Biofísica) Moda, beleza e suas
pela Universidade Federal do Rio consequências
de Janeiro; professora associada no indivíduo..................21
do Instituto de Biofísica
Carlos Chagas Filho-UFRJ. Psicanálise e Filosofia:
“eu: entre eu e os meus
Luiz Sabbatini. demônios”.....................30
Doutorado em Ciências (Biofísica)
Pela Universidade Federal do Rio Curiosa-Idade..............34
Do Rio de Janeiro; é professor
da UNESA e do CEDERJ. Sucesso e qualidade
de vida: “Sepultar
os mortos; cuidar
dos vivos; fechar
______________________ os portos.”...................36
Jardim de letras.........40
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JOGOS NA SAÚDE
E A SAÚDE NOS JOGOS
Flávia de Carvalho-
Doutoranda do Programa de Pós
Graduação em Informação e
Comunicação em Saúde, do Instituto
de Comunicação e Informação
Científica e Tecnológica em Saúde,
da Fundação Oswaldo Cruz, com
Doutorado Sanduíche na Breda
University of Applied Sciences.
https://about.me/flaviagcarvalho
RS+:
_ Professora Marcia, conte-nos um pouco sobre a sua
infância e adolescência.
MC:
_ Eu nasci e cresci no subúrbio carioca. Passei minha
infância entre os bairros de Quintino, Cascadura e Praça
Seca. Na adolescência fui morar no Andaraí, região da
grande Tijuca. Sempre fui uma criança estranha; eu sabia
que era diferente das demais. Não me “encaixava”, não
gostava de grupos, de gritaria, de barulho, de luz intensa.
Como era filha única, passava sozinha a maior parte
do tempo em que não estava na escola; e de certa forma eu
gostava, apesar de ficar olhando da janela as crianças
brincarem na rua. Mas eu não conseguia “me enturmar”.
Me sentia uma E.T. (Risos). Sofri muito o que hoje
chamamos de bullying, até por parte de uma professora.
Tive muitos problemas por causa da minha incapacidade de
socializar.
Posso dizer que na minha adolescência minha
história piorou por um lado, mas por outro, melhorou. Meu
avô faleceu e nos mudamos para o Andaraí. Para mim,
qualquer mudança era complicada. Já era difícil fazer
amizades, e a mudança para um bairro distante foi muito
ruim. Por outro lado, na escola onde eu estudava havia uma
biblioteca de bairro, e eu podia ir para lá durante o recreio,
falta de professores etc. Lá, na biblioteca, li muito! Comia
os livros (risos). Li de tudo, de romances policiais de
Agatha Christie a Kafka, Ibsen, Brecht, passando por
Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes...
Enfim, acho que li quase todos os livros da biblioteca. Isso
me fazia ficar distante dos colegas. Mas, em sala de aula,
sempre fui muito solícita, e gostava de auxiliar os colegas
que não estavam entendendo a matéria. Dessa forma, tinha
amigos que não implicavam com meu jeito estranho de ser.
Já não sofria mais bullying, mas também não era convidada
para nenhuma festa, pois “a Marcia não vai mesmo”. E era
verdade. Eu não ia, não gostava, me sentia mal em festas,
mas doía ouvir isso. Dói até hoje. Queria ser igual a todos
e não entendia a razão de ser tão diferente.
RS+:
_ Quando e como você se descobriu dentro do chamado
Transtorno do Espectro Autista?
MC:
_ Descobri no ano passado, aos 56 anos, quando um amigo
psicanalista me perguntou se eu já havia pensado nessa
possibilidade, devido não somente ao que relatei acima,
mas à minha literalidade. Esta, aliás, sempre foi uma
característica muito forte em mim. Por conta desse “alerta”
de meu amigo, comecei a pesquisar sobre o assunto, e vi
que me enquadrava em quase tudo da chamada Síndrome
de Asperger, ou autismo leve, de alto desempenho. Procurei
uma neuropsicóloga especializada em TEA e ela fez uma
bateria de exames e, ao final, deu um laudo de TEA, com
alto QI. Depois disso, procurei um psiquiatra para
confirmação e obtenção do laudo definitivo, e aí começou
a minha “via crucis”. Todos os psiquiatras olhavam os
testes e o laudo da neuropsicóloga, me olhavam e diziam:
“Mas você é uma mulher bem-sucedida. Para que você quer
um diagnóstico?” E me receitavam anti-depressivos e
medicamentos para insônia, apesar de eu não ter insônia
nem ser depressiva. Talvez a minha quietude incomode a
todos, inclusive aos profissionais da área, que a confundem
com depressão. Confesso que eu já estava quase desistindo,
quando, finalmente, uma psiquiatra entendeu que, para
mim, era importante ter a confirmação da razão de eu ser
assim, até mesmo para que eu pudesse ter um
acompanhamento psicológico adequado. Assim, em março
deste ano, recebi o diagnóstico definitivo de uma psiquiatra,
após ter passado por uma neurologista, que pediu
eletroencefalograma e ressonância magnética de crânio,
para descartar algumas doenças.
RS+:
_ Agora, conte-nos sobre sua vida acadêmica, sobre os
ajustes que, mesmo não sabendo a respeito de ser autista, e
talvez, exatamente por não saber, você fez para persistir e
se tornar a professora-pesquisadora que é, reconhecida não
apenas dentro, mas também fora do Brasil, tendo diversos
artigos científicos publicados internacionalmente.
MC:
_ Sempre foi muito difícil ter que me adaptar. Entrei para a
UFRJ, como estudante de Graduação em Física, em 1980.
Em 1985 iniciei meu Mestrado em Biofísica, seguindo logo
após com o Doutorado. Em 1992 tornei-me professora-
pesquisadora. Em vários momentos quis desistir e jogar
tudo para o alto, principalmente nos momentos que exigiam
a minha presença em eventos. Nesses quase quarenta anos
de UFRJ, posso dizer que NUNCA participei de festas
juninas ou de comemorações de finais de ano, ou qualquer
evento comemorativo. Sou a antissocial da UFRJ (risos).
Posso dizer, também, que participar de congressos
científicos era (e é) um grande tormento. Muita gente junta,
falando, é definitivamente um inferno para mim! Costumo
dizer que posso conversar muito bem com uma pessoa, bem
com duas, mais ou menos com três, e a partir de quatro
começa o meu inferno. Em geral, as pessoas falam ao
mesmo tempo, retrucando o que a outra está falando, e isso
me deixa completamente apavorada; o zumbido de pessoas
falando juntas, e meu cérebro processando tudo ao mesmo
tempo, me deixa tonta, sem ação. Eu paro de falar. Paraliso
mesmo, porque meu cérebro está processando tudo, todas
as informações.
Geralmente as pessoas conseguem focar em uma
coisa específica e “desligam” o resto. Eu não. Se vou a um
barzinho (para dar um exemplo que todos entendem) meu
cérebro processa a informação da televisão que está ligada,
embora sem som, mais a música que está tocando, seja ao
vivo ou não; o que as pessoas das mesas em volta estão
falando; as luzes do ambiente... Tudo está sendo
processado pelo meu cérebro, e em poucos minutos entro
no que chamo de exaustão: preciso sair dali o mais rápido
possível e ir para algum lugar escuro e sem som.
Dependendo do tempo em que fiquei “exposta”, posso
precisar de mais de um dia para me recompor. Essa minha
total incapacidade de permanecer muito tempo em
ambientes com diversos estímulos sonoros e visuais me
afasta das pessoas, mas não tem relação com depressão. O
que os médicos chamam de depressão, eu chamo de
exaustão. É como se você passasse duas, três noites sem
dormir. A sensação é quase a mesma (eu já tive que ficar
algumas noites sem dormir, quando meu pai estava doente,
antes de falecer), só que bastam algumas poucas horas com
muitos estímulos sensoriais para que eu entre em um
processo de exaustão.
Hoje, sabendo da minha condição, já saio de casa
com um protetor auricular. Levo sempre comigo uma
máscara dessas de cobrir os olhos para dormir e um
medicamento receitado pela psiquiatra, que atua como um
S.O.S. para aliviar a ansiedade em momentos que preciso
estar em meio a vários estímulos sensoriais simultâneos.
Posso dizer que, sem sombra de dúvida, ter um diagnóstico
está mudando a minha vida. Estou começando a me
entender e a me prevenir, o que irá me ajudar,
provavelmente, a voltar a ir a congressos, simpósios etc.,
que eu já havia deixado de ir por não suportar mais o
“barulho” e as luzes.
RS+:
_ Professora Marcia, você está para lançar uma
autobiografia. Diga-nos sobre o que a motivou.
MC:
_ Durante o processo de diagnóstico, a neuropsicóloga me
falou para eu ir escrevendo tudo o que me lembrava, e como
me sentia. De início eu não consegui, até que arranjei um
modo de passar para o papel as minhas lembranças e
sensações; escolhi um nome: “Mariana”. Eu escrevia tudo
em terceira pessoa. “Mariana fazia isso”; “Mariana chorava
por aquilo” etc. Ao término, a neuropsicóloga recomendou
que eu escrevesse um livro com essas minhas memórias,
pois poderia ser de grande ajuda a muitas pessoas. Então,
peguei o que havia escrito e coloquei na Amazon, como e-
book, e várias pessoas compraram, mesmo sendo apenas
um rascunho da minha vida. Fui, inclusive, contatada por
uma estudante de Mestrado, que estava preparando sua
dissertação sobre mulheres autistas com diagnóstico tardio.
Concedi entrevista a ela, que chegou a ler o meu livro.
Logo depois, retirei o livro da Amazon, porque era
apenas uma espécie de rascunho; era o que eu havia escrito
durante o processo do diagnóstico. Agora estou
reescrevendo, com outro olhar, até mesmo com outras
emoções, pois entendo que certas coisas que passei foram
decorrentes da minha condição. Desta forma, devo lançar o
livro até o final de abril, pela Maya Editora. O livro ficará
disponível à venda no site da editora, em formato pdf e
impresso, mas também será colocado na loja Kindle da
Amazon. Em meu livro, muitos aspectos da minha vida, que
certamente são iguais ou bem semelhantes aos da vida
muitas pessoas, serão detalhados e comentados, e desejo,
muito, mas muito mesmo, que meu livro possa
proporcionar alento e orientação, a quem tem TEA e a seus
familiares e amigos.
RS+:
_ Professora Marcia, esteja em liberdade para finalizar
nossa entrevista dizendo o que você quiser.
MC:
_ Espero, mesmo, que meu livro autobiográfico ajude os
jovens autistas a superarem os obstáculos e a persistirem
em seus sonhos. Eu consegui. Vocês também conseguirão!
E espero, principalmente, ajudar aos familiares de autistas
não verbais a encontrar o “gatilho” que leva ao descontrole.
Um exemplo que dou, em meu livro, e que já comentei em
algumas redes sociais, se refere à dor, quando a água do
chuveiro bate em meu corpo. Qual neurotípico vai pensar
que banho de chuveiro pode causar dor? Mas sempre foi
doloroso para mim tomar banho de chuveiro...
Espero, ainda, que a Maya Editora possa lançar uma
antologia, com pequenos textos autobiográficos de autistas,
para ajudar os neurotípicos a nos entenderem um pouco
melhor. Cada um tem uma história. O espectro é amplo...
RS+:
_Agradecemos muitíssimo, Professora Marcia Capella,
pela oportunidade de entrevistá-la. Temos certeza de que
essa entrevista foi muito útil a várias pessoas e de que seu
livro será de enorme utilidade. Parabéns! Sucesso na
publicação de seu livro!
_______________________________________________
Matéria conduzida Por Julio Cesar S. Pereira
MODA, BELEZA E SUAS
IMPLICAÇÕES NO INDIVÍDUO
Ricardo Prado-
Psicanalista e consultor de
relacionamentos
Whatsapp: (11) 9 9384-2676
E-mail: ricardoprado84@gmail.com
Facebook/ricardopradosel
RS+:
_ Ricardo, considerando a sua experiência em atendimentos
como psicanalista e consultor de relacionamentos,
perguntamos: quais as implicações possíveis na relação da
pessoa com os apelos da indústria e seu suporte midiático,
quando essa relação se torna perigosa?
RP:
_ A questão que vem à tona é exatamente a da auto
aceitação, da auto estima e, principalmente, a do sentido de
encontrar-se, perante si e perante a própria experiência do
indivíduo na compreensão do que é considerado bom ou
ruim, bonito ou feio, ou seja, que desencadeie um bem estar
sintonizado com a sua própria originalidade e
essencialidade, com seu próprio desejo. Nos dias de hoje, o
“ser” tornou-se dependente do “ter” e do “usar”. O
problema se intensifica, justamente, pela falta de auto
consciência nesse sentido. Atualmente, com o surgimento
das mídias sociais, observamos um número crescente de
influenciadores de estilos, profetizando o que deve e o que
não deve ser usado, o que é harmônico e o que não é. Com
isso criou-se um abismo entre o que “eu sou” e o que “a
mídia deseja que eu seja”, uma ponte extensa entre a auto
aceitação e a aceitação da sociedade, permeada por
influências e ditames, o que, obviamente, favorece o
consumismo. Não um consumismo consciente, mas um
consumismo permeado de extrema necessidade em se
manter uma auto imagem que, na verdade, ficou longe de
ser construída pelo indivíduo, mas sim. Com isso, surge um
agravante: o de tornar-se escravo da tendência, ou seja, ser
escravizado perante o mercado da moda e da beleza para a
sustentação de uma imagem deturpada, não original, uma
imagem comprada, não construída através da auto
consciência. E aí é que surge o grande problema: gasta-se
uma imensa energia, tempo e, obviamente, dinheiro, mais
do que o realmente necessário, para a manutenção de uma
imagem criada pela mídia, que fomentada pelo desejo de
aceitação e pertencimento na sociedade, causa ainda mais
problemas emocionais e financeiros. A pessoa acredita
estar exercendo seu poder de escolha, quando, na verdade,
está apenas sendo impulsionada inconscientemente ao
consumo desinteligente e à dependência de opiniões alheias
sobre o que é certo e errado, bom e ruim, dentro da
“tendência” ou “fora dela”. Dá-se muito poder ao que é
ditado pela mídia de forma impermanente e muito pouca
atenção ao que realmente manifeste bem estar e felicidade
duradouras.
RS+:
_ O que as pessoas podem e devem fazer para desenvolver
uma relação saudável com a indústria de moda e beleza,
diante dos apelos midiáticos e o que as indústrias podem e
devem fazer para atuarem respeitando a diversidade, a
identidade, e ainda assim continuar crescendo e,
consequentemente, melhor servindo aos seus clientes,
contribuindo para o bem-estar dos mesmos?
RP:
_ Veja que não é errado seguir uma “tendência” transmitida
pela mídia, desde que seja uma atitude inteligente, em que,
primeiramente, reforce e desenvolva ainda mais a auto
consciência. Cada pessoa deve perguntar a si mesma: “O
que gosto realmente? O que faz com que eu realmente me
sinta bem? Estou comprando essa roupa ou essa
maquiagem, ou mesmo fazendo essa cirurgia plástica para
quem? Realmente necessito disso para que eu me sinta
bem?” Essa é a questão: trazer o ato de consumir para a
consciência do quanto está se comportando de forma
genuína e consciente perante a moda ou o quanto está se
comportando de forma totalmente inconsciente, irracional
e escravizante. No quanto isso se tornou uma dependência
e não uma escolha. O mercado de consumo desenvolve
estratégias para atingir o emocional do indivíduo; não sua a
razão. “Moda” é emocional. “Tendência” é emocional.
Consumo de alimentos e de bebidas, até certo ponto, é
emocional. O próprio dinheiro tende a exercer em nós uma
influência completamente emocional. Costumamos
comprar e gastar totalmente guiados na busca pelo prazer.
Mas quase nunca é um prazer permanente ou, pelo menos,
saudável. É um prazer momentâneo, que, como uma droga,
necessita ser, constantemente, saciado com “maiores
doses”. Auto consciência e inteligência emocional são as
chaves para uma relação saudável com a indústria da moda
e da beleza. Como todo vício e dependência, que reafirmo,
são comportamentos de cunho emocional, é necessário a
“quebra do ciclo”. A “quebra do padrão”. É um paradigma.
Para a quebra desse paradigma, é necessário o uso da razão.
“Quebrar” o impulso emocional com perguntas racionais é
um método muito persuasivo e eficiente na maioria dos
casos. Razão e emoção não são duas vias distintas. Uma
trabalha em parceria com a outra. O segredo é sentir uma
emoção, um impulso e, imediatamente, perguntar-se, por
exemplo: qual a forma mais saudável, produtiva, inteligente
e consciente de direcionar esse impulso emocional?
RS+:
_ Do seu ponto de vista, o que é ou deveria ser, de fato, a
"beleza", no que se refere ao ser humano?
RP:
_ A beleza, seja no ser humano ou no mundo à nossa volta,
segue a teoria da relatividade. Não é possível
padronizarmos a questão da beleza, tendo em vista que, o
que é belo para um pode não ser para o outro. Se as pessoas
tomassem esse fato como premissa na questão da beleza,
não nos depararíamos com sérios problemas vinculados ao
consumo desinteligente, emocionalmente falando, ou de
usar isso ou aquilo para criar um sentimento de aceitação
na sociedade. É justamente essa padronização que faz com
que a beleza deixe de ser algo encantador, pois na verdade,
não nos damos conta do fato de que o que realmente
encanta o Ser Humano é o diferente, o genuíno, o essencial
e o espontâneo. É, em suma, o verdadeiro. O problema é
que se torna difícil, para grande parte das pessoas, conceber
essa aceitação pelo diferente e pelo que não está em
conformidade “à tendência”, por conta da opinião massiva
e padronizada sobre o que é belo e o que é feio. Quando
saímos do círculo vicioso do consumismo, do igual e do
padronizado, adentramos em um mundo incrível de
diferenças que fazem toda a diferença! E é aí que se
encontra a beleza na sua mais pura essência: no
desenvolvimento de nossa capacidade em aceitar o
diferente e ser o diferente, como algo encantador, como
uma experiência única e não como uma experiência do
“mais do mesmo”. Quando se adquire essa capacidade,
tanto no olhar o outro como no olhar a si, descobre-se um
sentimento libertador como nunca antes; um sentimento de
verdadeira autonomia perante as “ofertas de moda, beleza
etc.”, reforçando, mais e mais, a consciência do que se é e
do que realmente se gosta, não do que “se deve ser” ou “se
deve gostar” para ser aceito. A beleza real é uma parceria
entre a beleza interna e a beleza externa, manifestada em
harmonia com o Ser na sua essencialidade.
RS+:
_ A Revista Saber mais agradece imensamente pela
entrevista.
_______________________________________________
Matéria conduzida por Julio Cesar S. Pereira
PSICANÁLISE
E FILOSOFIA
Julio Cesar-
Psicanalista, jornalista, teólogo,
artista plástico autodidata e graduando em
Filosofia
www.psijuliocesar.com
OS D’EFICIENTES
RS+:
A. G. L:
RS+:
RS+:
A. G. L: