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ATIVIDADE
Coase se preocupou com as atividades das empresas que provocam efeitos danosos em outros. O
exemplo padrão é o da fábrica que emite gases que prejudicam os ocupantes de propriedades vizinhas. A
análise econômica dessa situação era realizada usualmente em termos da divergência entre produto privado e
social da fábrica, em que os economistas seguiam o tratamento de Pigou contido em The Economics of Welfare.
As conclusões desse tipo de análise era de que o proprietário da fábrica deveria ser o responsável pelos danos
causados pelos gases produzidos e equivalente em valores monetários aos danos causados, ou finalmente
excluir a fábrica do distrito residencial (COASE, 1960, p. 1 apud MORAES, 2009, pags. 67-68).
1. Se a empresa A produz um bem, cujo preço estabelecido é 80 u.m. (unidades monetárias) e cujo custos totais
está definido pela função 𝐶(𝑎) = 𝑎 2. A empresa A fábrica, por exemplo, papel, e portanto contamina a água.
Contudo esta externalidade não está incluída em seus custos. Águas abaixo, existe a empresa B, cujo processo
de produção de seu produto b requer água limpa. Assim o grau de limpeza da água deve muito ao uso na qual
esta utiliza. Suponhamos que o produto b tem seu preço estabelecido de 100 u.m. e, que a função de custos da
empresa B é assim, 𝐶(𝑎𝑏) = 𝑏2 + 30𝑎. Portanto, os custos da empresa B depende de sua própria produção
como também depende da produção da empresa A. Considerando, por hora, somente as quantidades
produzidas por ambas as empresas, separadamente, calcule.
Se ambas as empresas se fundirem, o custo da descontaminação da água implica custos iguais a 30a para
a nova empresa que realiza uma produção conjunta de a e b. Logo, a nova empresa internaliza as externalidades
dentro de seus custos. Após a fusão, calcule:
b) A quantidade que maximiza o lucro para a nova empresa.
Empresa A após a fusão:
𝐶 (𝑎) = 𝑎2 = 252 = 625
𝑅(𝑎) = 80𝑎 = 80 × 25 = 2000
𝑙 (𝑎 ) = 2000 − 625 = 1375
Empresa B após a fusão:
𝐶 (𝑏) = 𝑏2 − 30𝑎 = 502 + 30 × 25 = 3250
𝑅 (𝑏) = 100𝑏 = 100 × 50 = 5000
𝑙(𝑏) = 5000 − 3250 = 1750
Resultados conjuntos das empresas:
𝐶 (𝑎) + 𝐶 (𝑏) = 625 + 3250 = 3875
𝑅 (𝑎) + 𝑅 (𝑏) = 2000 + 5000 = 7000
𝑙 (𝑏) + 𝑙 (𝑎) = 1375 + 1750 = 3125
c) Após a resolução dos itens a) e b), preencha o quadro a seguir e, indique em qual das situações seria
melhor para as empresas (eficiência econômica) e para a sociedade e o meio ambiente (externalidades).
SITUAÇÃO DAS EMPRESAS ANTES DA FUSÃO SITUAÇÃO DAS EMPRESAS DEPOIS DA FUSÃO
CUSTOS RECEITA LUCRO CUSTOS RECEITA LUCRO
EMPRESA A 1600 3200 1600 EMPRESA A 625 2000 1375
EMPRESA B 3700 5000 1300 EMPRESA B 3250 5000 1750
TOTAIS 5300 8200 2900 TOTAIS 3875 7000 3125
Suponhando que, em outra situação as empresas não se fusem, e que os direitos de propriedade estão bem
definidos. Suponhamos também que é estabelecido que o contaminador paga pelo dano, e que não se pode
contaminar impunemente o direito de outro. Também suponhamos que a empresa A não tem o direito implícito
à contaminar, então a empresa B aceitará que a água seja (esteja) contaminada na medida em que a empresa
A lhe pague pelo custo da descontaminação.
d) No caso do problema acima, a solução para a internalização da externalidade seria, com base na
Teoria de Coase, uma negociação entre as empresas? Qual a escala de produção máxima seria definida para
a empresa A na negociação? Explique de forma a empresa A conseguiria arcar com o custo da
descontaminação dentro daquela escala de produção e, porquê não poderia passar de tal escala?
Sim, tendo em vista que a concepção de Coase sobre externalidades preve a definição dos direitos de
propriedades de cada um dos envolvidos no conflito, e dessa forma a negociação entre ambos deve ocorrer
com o intuito de compensar financeiramente as perdas nas quais que os afetados estão incorrendo. A escala de
produção adotada pela empres A em uma negociação com a empresa B seria aquela que atende a condição em
que o benefício marginal privado se torna igual ao custo marginal externo da empresa, dessa forma a empresa.
A empresa A caso fosse dona dos direitos de propriedade da terra na qual as instalações da empresa B estão
estabelecidas, poderia exigir o pagamento de um aluguel como forma de compensação pela sua perda de receita
no processo de descontaminação. A empresa A após estabelecido o acordo de compensação junto a empresa
B passa a estar limitada a condição que fora estabelecida, desse modo sua conduta deve ser de acordo com a
novas regras de poluição, do contrario podem haver sanções á emprea A impostas na negociação.