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Autor
Edson Luiz Neri
Atuando no setor de Educação, Tecnologia e Inovação, do SENAI do Distrito Federal nos últimos 20 anos. Graduado em
Ciências e Pedagogia, Pós Graduado em Consultoria Empresarial e EaD, Elaboração de Planos de Negócios e Plano de
Marketing pelo Ibemec, extensão em Marketing na ESPM, Desenvolvimento, Elaboração e Vendas de Serviços Técnicos e
Tecnológicos, pelo SENAI SC, Gestão de Projetos, Elaboração de Projetos, adquiriu experiência em Coordenação de Proje-
tos, realização de eventos de educação, e atua como palestrante e educador.

Rosylene dos Santos Carvalho


Atuando no setor de Educação e Tecnologia, do SENAI do Distrito Federal nos últimos 06 anos. Licenciada em Pedagogia,
Pós Graduada em Psicopedagogia. Atua também como Técnica em Segurança do Trabalho, há mais de 15 anos, prestando
Consultoria à empresas, elaborando laudos técnicos, elaboração de materiais didáticos e diagnósticos na área de Segu-
rança, além da Instrutoria no SENAI e diversas outras empresas de educação.

Sthenyo Ribeiro de Souza


Atuando no setor de Educação, Tecnologia e Inovação, do SENAI do Distrito Federal nos últimos 03 anos. Graduado em Engenharia
de Controle e Automação e Técnico Mecânico. Atuou no SENAI no suporte em estudos de viabilidade técnica e econômica, para
na implantação de novos produtos e serviços. Prospecção de mercado para serviços de educação e tecnologia. Proposição de
condições adequadas de infraestrutura, material didático, recursos para realização de cursos e serviços técnicos.

Revisão Ilustração
Grupo NT Márcio Rocha
Jorge Olaff
Projeto Gráfico
NT Editora Capa
NT Editora
Editoração Eletrônica
NT Editora

NT Editora, uma empresa do Grupo NT


SCS Q.2 – Bl. D – Salas 307 e 308 – Ed. Oscar Niemeyer
CEP 70316-900 – Brasília – DF
Fone: (61) 3421-9200
sac@grupont.com.br - www.nteditora.com.br e www.grupont.com.br

V 1.0

Princípios Básicos de Operação de Caldeiras / NT Editora.


-- Brasília: 2014. 24p. : il. ; 21,0 X 29,7 cm.

ISBN - 978-85-68004-43-2
1. Pressão.

Copyright © 2014 por NT Editora.


Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por
qualquer modo ou meio, seja eletrônico, fotográfico, mecânico ou
outros, sem autorização prévia e escrita da NT Editora.
LEGENDA

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Exercícios
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Exercícios
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Bons estudos!
Sumário

1. NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES ����������������������������������������� 7


1.1. Pressão����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7
1.2. Unidades de Pressão����������������������������������������������������������������������������������������������������������� 11

2. CALOR E TEMPERATURA ������������������������������������������������������������������������������ 16

BIBLIOGRAFIA��������������������������������������������������������������������������������������������������� 24

4 NT Editora
APRESENTAÇÃO

O curso Princípios Básicos de Operação de Caldeiras foi organizado em 12 horas e está divi-
dido em 2 etapas:

1. Pressão.

2. Calor e temperatura.

São objetivos deste curso transmitir conhecimentos sobre princípios básicos de Operação de
Caldeiras, conhecer as unidades de Pressão e conceituar o que é Calor e Temperatura.

Com base nestes objetivos, você aprenderá os fundamentos teóricos sobre o que é Pressão e
quais são suas unidades e cálculos. Conhecerá também os diversos aspectos ligados ao Calor e à Tem-
peratura. Este livro lhe dará fundamentos para operar, de forma segura, as caldeiras em seu dia-a-dia.

O curso Princípios Básicos de Operação de Caldeiras é destinado aos profissionais que já


trabalham nessa área, bem como, profissionais da área de manutenção, segurança e áreas afins, que
estejam interessados em ingressar na função de operar caldeiras. Espera-se com isso, um melhor aten-
dimento às expectativas do mercado.

Bom aprendizado!
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SUMÁRIO Princípios Básicos de Operação de Caldeiras 5


1. NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES

1.1. Pressão

Olá, eu me chamo Dreithe. Trabalho como operador de


caldeira. A partir de agora, nós vamos aprender sobre
a segurança na operação de caldeiras. Você pode estar
se perguntando o que a física tem em comum com a
operação de caldeiras a vapor. Você encontrará a resposta
no decorrer do curso, mas posso dizer que essa magnífica
engenhosidade humana funciona graças a ela. Nesta lição
vamos recordar algumas grandezas, tais como, pressão,
calor e temperatura e suas unidades representativas.

Conceito

Pressão é uma força exercida sobre uma determinada área. A


força é a causa que pode modificar o estado de repouso ou movimen-
to de um corpo. Para calcular qualquer tipo de pressão utiliza-se a fórmula:
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Uma mesma força poderá produzir pressões diferentes, dependendo da área sobre a qual atua-
rá. Assim, se a área for muito pequena, poderemos obter alta pressão, mesmo com pouca força.

Para verificar a pressão interna da caldeira, o operador usa o manômetro.

SUMÁRIO Princípios Básicos de Operação de Caldeiras 7


Mas o que é um manômetro? É um instrumento utili-
zado para medir a pressão de fluidos contidos em recipientes
fechados. A figura ao lado apresenta a foto de um manômetro.

Exemplo de cálculo de pressão.

Ex.: 01 - Supondo que uma força de 30 kgf é aplicada


sobre uma área de 2 cm², calcule a pressão resultante.

Resolução

Dados: F = 30 kgf Temos pela fórmula que:

A = 2 cm²

Então: P = 30 ÷ 2 » P = 15 kgf/cm²

Exercitando o conhecimento...
Calcule a pressão resultante, supondo que uma força de 90 kgf é aplicada sobre uma
área de 4 cm².
Utilize a fórmula:
a) 22,5 b) 20 c) 30,5

Pressão atmosférica

Nosso planeta está envolto por uma camada de ar chamada atmosfera. O ar da atmosfera em
torno de nós é tão leve que podemos nos mover através dele sem fazermos esforço. No entanto, esse
ar tem peso. Como ele é atraído pela gravidade, faz força sobre nós em todas as direções, exercendo

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Envolto: Envol- uma pressão de várias toneladas sobre nosso corpo. Não percebemos essa força porque a pressão do
vido, coberto. ar dentro dos nossos pulmões é igual a da atmosfera.

Essa pressão se chama pressão atmosférica. Ela pode


ser comprovada por meio de uma experiência simples: mo-
lha-se a borda de um desentupidor de pia que é comprimido
contra uma superfície plana. Isso expulsa a maior parte do ar
que havia dentro do desentupidor e será preciso fazer muita
força para retirá-lo do lugar.

Isso acontece porque, sem ar no seu interior, o desentupidor sofre uma pressão externa muito
maior do que a pressão interna.

A pressão atmosférica varia de acordo com a altitude, ou seja, ela é maior nos locais mais baixos
e menor nos locais mais altos.

8 NT Editora SUMÁRIO
Quem comprovou isso pela primeira vez foi
um físico italiano chamado Evangelista Torricelli. Em-
borcando em uma cuba cheia de mercúrio um tubo
de vidro de 1 m de comprimento, fechado em uma
das extremidades, e também cheio de mercúrio, ele
observou que, ao nível do mar, a coluna de mercúrio
contida dentro do tubo descia até atingir 760 mm de
altura (0,76 m).

O que Torricelli criou para fazer essa experiência chama-


se barômetro. Quando a experiência foi repetida, com o
auxílio do barômetro em locais de altitudes variadas, ficou
comprovado que a altura da coluna de mercúrio também
variava.
Com isso, concluiu-se que a pressão atmosférica varia
em função da altitude. Isso pode ser demonstrado nos
exemplos do quadro a seguir:
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Exercitando o conhecimento...
Por meio do experimento, o que Torricelli comprovou?
( ) Ele comprovou que a pressão atmosférica, agindo sobre a superfície livre do mer-
cúrio que estava dentro da cuba, equilibrou a pressão exercida pela coluna de mercúrio
contra o fundo da cuba. Para esse valor de 76 cm (760 mm) de altura de mercúrio (Hg), ele
deu o nome de atmosfera (atm).
( ) Ele comprovou que um fluido (líquido ou vapor), dentro de um vaso ou tubo,
exerce uma pressão sobre suas paredes, em direção perpendicular à superfície.

SUMÁRIO Princípios Básicos de Operação de Caldeiras 9


Pressão interna de um vaso

Um fluido (líquido ou vapor), dentro de um vaso ou tubo, exerce uma pressão sobre suas pare-
des, em direção perpendicular à superfície. Veja a figura abaixo.
Perpendicu-
lar: Em ângulo
reto. A pressão dentro do tubo é medida por um manômetro, acoplado à tubulação.

Pressão manométrica

A caldeira é um equipamento destinado a produzir e acumular vapor a uma pressão maior do


que a pressão atmosférica. A essa característica damos o nome de pressão relativa, pois ela descarta a
pressão do ambiente que, por convenção, ao nível do mar vale 1 (uma) atmosfera (atm).

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Como esse fator é crítico para a operação do equipamento, seria interessante estudar o que
acontece com o vapor encerrado em um recipiente fechado.

Para o operador de caldeira, há dois fatores muito importantes a serem observados:

• gases encerrados em recipientes, mesmo sem aquecimento, exercem pressão igual em todos
os sentidos sobre as paredes do vaso que os contêm. Um exemplo disso é o pneu do automóvel.

10 NT Editora SUMÁRIO
• essa pressão se eleva sempre que a temperatura aumenta. Isso significa que, se uma dona de
casa descuidada e distraída colocar ao fogo uma panela de pressão com as válvulas entupidas, o au-
mento da temperatura levará a um aumento constante da pressão interna da panela, até ela explodir.

É isso que acontece com a caldeira, se essa pressão interna


não for controlada.

Essa pressão, medida dentro de um recipiente fechado


(caldeira, por exemplo) que tem como referência a pressão
atmosférica do local onde o recipiente está, é chamada de
pressão relativa ou manométrica.

A pressão relativa pode ser positiva ou negativa.

Se a pressão relativa é positiva, ou seja, se ela for maior que zero, ela é medida por meio de um
instrumento chamado de manômetro. É com o manômetro que o operador verifica os níveis
de pressão dentro da caldeira e os mantém dentro de faixas seguras de operação.

Se a pressão relativa for negativa, isto é, se ela for menor que zero, o vacuômetro, veja a ima-
gem ao lado, é usado na medição.

Se no local onde é feita a medição a pressão relativa (ou manométrica) for somada com a pres-
são atmosférica, obteremos a pressão absoluta.
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1.2. Unidades de Pressão


As unidades de medidas de pressão, peso, força e área, muito utilizadas para o funcionamento
de qualquer tipo de caldeira, variam de acordo com as normas de cada país. As normas brasileiras, es-
tabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) recomendam a utilização das unida-
des do Sistema Internacional (SI). A tabela a seguir apresenta a correspondência entre várias unidades
de medida de pressão.

SUMÁRIO Princípios Básicos de Operação de Caldeiras 11


Agora vamos conhecer melhor cada uma destas unidades.

Não esqueça que Pressão é a Força distribuída em uma determinada área.

• bar
- Equivale exatamente a 100.000 Pa (105 Pa).
• kgf/cm²
- Equivale a 1 quilograma força (kgf) aplicada uniformemente sobre uma área de 1 cm².
• psi [ibf/pol2]
- Unidade de medida inglesa. Significa Libra Força por Polegada Quadrada, utilizada na
indústria americana e inglesa. No Brasil, comum para calibrar pneus.
• atm
- É pressão exercida pelo ar atmosférico ao nível do mar.
• mmHg [torr]
- Mesmo princípio de mmH20, porém o líquido em questão é o mercúrio (Hg).
• mH2O [metro de coluna d’água - mca]
- É pressão equivalente a uma coluna (altura) de água (H2O), dada em metros, sobre uma
superfície qualquer.
• kPa [kN/m²]
- [k] representa 1000 unidades, independe da grandeza.
- [Pa] equivale à força de 1 Newton (N) aplicada uniformemente sobre uma área de 1 m².

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A seguir você verá a forma correta de consultar
a pressão na tabela e converter suas unidades.
A regra de três simples é a base de cálculo.

Ao lado, a fórmula utilizada para conversão de pressão.

Onde, P1 (unidade dada) e P3 (unidade desejada): são en-


contrados na mesma linha na tabela. Sempre coloque P1 com o
valor igual a 1 (um) e na mesma linha encontre seu equivalente na
unidade desejada.

P2: Valor de pressão que será convertido.

Px: Valor procurado na unidade desejada.

12 NT Editora SUMÁRIO
Exemplo de conversão de pressão com auxílio da tabela.

Ex. 01 - Converter 4,0 bar para atm.

Resolução

Dados: P1 = 1,0 bar P3 = 0,9869 [da tabela]

P2 = 4,0 bar Px = ?

Fórmula:

Resolução passo a passo.


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Multiplique cruzado, lembra?

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Ex. 02 - Converter 15,0 psi para bar.

Resolução

Dados: P1 = 1,0 psi P3 = 0,9869 [da tabela]

P2 = 15,0 psi Px = ?

Fórmula:

Resolução passo a passo.

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Você acabou de aprender como converter unidades de


pressão. Provavelmente ainda ficaram algumas dúvidas e
a melhor forma de eliminá-las é exercitando mais. Brinque
com as tabelas apresentadas, simule conversões, afinal foi
assim que fizemos com estes dois exemplos.
Chegou ao final da primeira lição. Por meio desta, você
pôde verificar o conceito, os tipos e as unidades de pressão.

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Exercícios
Parabéns,
Questão 1 - Pressão pode ser definida por: você fina-
lizou esta
a) força distribuída por volume; lição!
b) força distribuída por área; Agora
responda
c) força distribuída por comprimento;
às questões
d) força pela distância. ao lado.

Questão 2 - É um exemplo de unidades de pressão:


a) kg/m²;
b) lbf/in;
c) kgf/cm²;
d) g/cm³.

Questão 3 - Pressão manométrica pode ser considerada como:


a) pressão ao nível do mar;
b) pressão do meio ambiente;
c) pressão no interior de um vaso, medida pelo manômetro, também chamada de pres-
são relativa;
d) diferença entre a pressão externa e externa de um vaso.

Questão 4 - Para verificar a pressão interna da caldeira o operador usa o:


a) manômetro;
b) termômetro;
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c) pressostato;
d) dinamômetro.

Questão 5 - Pressão absoluta é a:


a) pressão do meio ambiente;
b) pressão no interior de um vaso, medida pelo manômetro;
c) diferença entre a pressão externa e externa de um vaso;
d) é a medição que soma a pressão relativa (ou manométrica) com a pressão atmosférica.

SUMÁRIO Princípios Básicos de Operação de Caldeiras 15

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